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Geografia Física

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2018
GeoGrafia física
Prof. Alexandre Schweitzer
Prof. Wanderlei Machado dos Santos
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof. Alexandre Schweitzer
Prof. Wanderlei Machado dos Santos
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
910.02
S413g Schweitzer, Alexandre
 Geografia física / Alexandre Schweitzer; Wanderlei 
Machado dos Santos. Indaial: UNIASSELVI, 2018.
 
 227 p. : il.
 
 ISBN 978-85-515-0135-1
 
 1.Geografia. 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
III
apresentação
O livro didático de Geografia Física do curso de licenciatura em 
Geografia da UNIASSELVI apresenta o resultado de uma intensa pesquisa 
bibliográfica, que pretende apresentar de forma clara e objetiva os principais 
tópicos de geologia que o professor de Geografia abordará em sua vivência 
profissional. Buscamos com este livro reunir o conhecimento replicando 
em uma linguagem direta e objetiva, buscando facilitar o contato do nosso 
acadêmico com os temas da disciplina de maneira que facilite o aprendizado, 
ao mesmo tempo que permita ao futuro professor, a partir do conhecimento 
adquirido com nosso material didático, elaborar atividades práticas e 
também permitir o início de estudos mais aprofundados nos tópicos de 
maior interesse do acadêmico.
Os temas da Geografia estão sempre conectados a outras ciências, 
assim a geologia aparece como um conteúdo que é abordado pela geografia 
e que ainda assim continua ligado a muitas outras ciências, como a física, 
química, matemática, ecologia, economia e geopolítica, são algumas das 
muitas disciplinas que se relacionam com os tópicos apresentados nesse 
livro. 
Esperamos que a partir dos conhecimentos que serão apresentados 
nesse material didático, o futuro professor tenha um ponto de partida para 
novos e mais aprofundados estudos, bem como uma referência para guiar a 
abordagem profissional do ensino de Geografia na escola, quando os temas 
envolverem a geologia.
 
O livro está organizado em três unidades. A primeira aborda a 
astronomia, preocupa-se em trazer uma visão científica sobre o surgimento 
desse universo que ainda é inexplicável, e o que temos são teorias que tentam 
explicar. Também estudaremos um pouco do que a humanidade sabe sobre o 
nosso sistema solar e o nosso planeta. 
Na segunda unidade seguimos com o nosso planeta, os acontecimentos 
ao longo do tempo geológico, os minerais e os diferentes tipos de rochas que 
se originam a partir do ciclo geológico, e finalizando a segunda unidade, 
vamos tratar dos recursos energéticos dos quais a humanidade atualmente 
depende.
Na terceira unidade abordaremos o tectonismo e o vulcanismo, abalos 
sísmicos e formação da crosta terrestre. Nessa unidade objetivamos mostrar 
reflexões teóricas sobre conhecimentos fundamentais de Geografia Física 
(geologia) aos futuros professores, que o conhecimento aqui reunido possa 
fundamentar de forma colaborativa a formação dos novos professores, mas 
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
que, principalmente, possa inspirá-lo a seguir seus estudos. Esse material não 
se trata da apresentação do conhecimento absoluto, mas de uma coletânea de 
conhecimentos já consolidados em geologia. Com isso, lembre-se sempre de 
que a verdade jamais será única, consulte vários autores, instigue reflexões, 
busque argumentos que fundamentem suas ideias, mas principalmente, 
esteja sempre pronto para mudar o rumo do seu pensamento quando se 
deparar com evidências que demonstrem alguma interpretação equivocada 
de sua parte. Confronte ideias, reflita, discuta, concorde e discorde, não fique 
apenas com sua opinião, tenha posicionamento. 
Bons estudos!
Atenciosamente,
Prof. Alexandre Schweitzer.
Prof. Wanderlei Machado dos Santos.
NOTA
V
VI
VII
sumário
UNIDADE 1 – ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO ............................................ 1
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA ........................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3
2 UMA BREVE HISTÓRIA DA ASTRONOMIA ........................................................................... 4
3 SOBRE A ORIGEM DO UNIVERSO ............................................................................................. 12
3.1 AS GALÁXIAS ........................................................................................................................... 14
3.2 BURACO NEGRO .................................................................................................................... 17
3.3 A FORÇA DA GRAVIDADE ................................................................................................. 18
3.4 AS ESTRELAS ............................................................................................................................ 19
3.5 OS PLANETAS .......................................................................................................................... 22
3.6 OS PLANETAS-ANÕES .......................................................................................................... 23
3.7 OS COMETAS ............................................................................................................................ 23
3.8 OS METEOROIDES, METEOROS E METEORITOS ................................................... 24
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 26
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 27
TÓPICO 2 – O SISTEMA SOLAR ..................................................................................................... 29
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 29
2 ORIGEM DO SISTEMA SOLAR ....................................................................................................29
2.1 O SOL ............................................................................................................................................ 31
3 OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR ......................................................................................... 35
3.1 MERCÚRIO ................................................................................................................................. 36
3.2 VÊNUS .......................................................................................................................................... 37
3.3 TERRA .......................................................................................................................................... 38
3.4 MARTE ......................................................................................................................................... 40
3.5 JÚPITER ....................................................................................................................................... 41
3.6 SATURNO ................................................................................................................................... 42
3.7 URANO ........................................................................................................................................ 43
3.8 NETUNO ..................................................................................................................................... 44
4 PLUTÃO: O PLANETA-ANÃO E A NOVA CATEGORIA ........................................................ 45
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 48
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 49
TÓPICO 3 – PLANETA TERRA ......................................................................................................... 51
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 51
2 PLANETA TERRA: O NOSSO LUGAR NO UNIVERSO ......................................................... 51
3 ORIGEM DO PLANETA TERRA E DA LUA ............................................................................... 52
4 LUA: O SATÉLITE NATURAL DA TERRA ................................................................................. 53
4.1 FASES DA LUA ......................................................................................................................... 56
5 OS MOVIMENTOS DE TRANSLAÇÃO DO PLANETA TERRA ........................................... 58
5.1 A ROTAÇÃO E AS HORAS DO DIA ................................................................................. 59
5.2 SISTEMAS DO PLANETA TERRA .................................................................................... 60
5.3 NÚCLEO DA TERRA: A FONTE DO MAGNETISMO............................................... 62
VIII
5.4 O MANTO TERRESTRE ........................................................................................................ 63
5.5 LITOSFERA ................................................................................................................................ 64
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 65
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 69
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 70
UNIDADE 2 – TEMPO GEOLÓGICO: DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS À EXPLORAÇÃO 
DAS JAZIDAS ........................................................................................................... 73
TÓPICO 1 – EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DO PLANETA TERRA .............................................. 75
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 75
2 AS FORMAS DO PLANETA TERRA ........................................................................................... 75
3 A ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICO: ÉON, ERA, PERÍODO, ÉPOCA ............................... 77
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 91
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 93
TÓPICO 2 – OS MINERAIS E AS ROCHAS .................................................................................. 95
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 95
2 OS MINERAIS ................................................................................................................................... 95
3 AS ROCHAS ....................................................................................................................................... 99
3.1 ROCHAS ÍGNEAS .................................................................................................................... 100
3.2 ROCHAS SEDIMENTARES ................................................................................................. 103
3.3 ROCHAS METAMÓRFICAS ............................................................................................... 110
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 113
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 115
TÓPICO 3 – CICLO GEOLÓGICO ................................................................................................... 117
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 117
2 CICLO HIDROLÓGICO .................................................................................................................. 118
3 CICLO TECTÔNICO ....................................................................................................................... 120
4 CICLO DAS ROCHAS ...................................................................................................................... 121
4.1 INTEMPERISMO FÍSICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO: A DESAGREGAÇÃO 
 DAS PARTÍCULAS .................................................................................................................. 122
4.2 EROSÃO E SEDIMENTAÇÃO: OS AGENTES DE SELEÇÃO E 
 TRANSPORTE ........................................................................................................................... 125
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 128
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 130
TÓPICO 4 – RECURSOS ENERGÉTICOS NATURAIS ............................................................... 131
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 131
2 ROCHAS CARBONOSAS .............................................................................................................. 132
2.1 CARVÃO ...................................................................................................................................... 132
2.2 PETRÓLEO E GÁS ....................................................................................................................133
2.2.1 Estoques mundiais de petróleo .......................................................................................... 138
2.2.2 Petróleo brasileiro ................................................................................................................ 139
3 XISTO BETUMINOSO – ÓLEO E GÁS DE FONTE NÃO CONVENCIONAL .................... 140
4 GEOLOGIA E MEIO AMBIENTE .................................................................................................. 142
5 A EXPLORAÇÃO DAS JAZIDAS, A MANUFATURA REVERSA E A CONSERVAÇÃO 
 DE RECURSOS ................................................................................................................................. 144
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 147
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 150
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 152
IX
UNIDADE 3 – FENÔMENOS GEOLÓGICOS ............................................................................... 153
TÓPICO 1 – TECTONISMO ............................................................................................................... 155
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 155
2 PROCESSOS DE FORMAÇÃO DA CROSTA TERRESTRE .................................................... 155
2.1 A FORMAÇÃO DA CROSTA TERRESTRE .................................................................... 156
2.2 ESCUDOS CONTINENTAIS ............................................................................................... 158
2.3 TECTÔNICA DE PLACAS .................................................................................................... 160
2.3.1 Limite das placas tectônicas .............................................................................................. 164
2.4 EXPANSÃO DO ASSOALHO OCEÂNICO .................................................................... 167
3 ZONAS DE SUBDUCÇÃO DA LITOSFERA ............................................................................... 170
3.1 EVOLUÇÃO DOS CONTINENTES ................................................................................... 172
3.1.1 O supercontinente (Pangeia) e as ideias iniciais da Deriva Continental .................... 172
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 175
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 176
TÓPICO 2 – VULCANISMO .............................................................................................................. 179
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 179
2 AS FEIÇÕES VULCÂNICAS .......................................................................................................... 179
2.1 ATIVIDADES VULCÂNICAS ............................................................................................ 181
2.2 TIPOS DE ERUPÇÕES VULCÂNICAS ............................................................................ 183
3 DESASTRES VULCÂNICOS – MARCAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE ............... 186
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 189
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 190
TÓPICO 3 – SISMOS E TSUNAMIS ................................................................................................ 193
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 193
2 FALHAMENTOS E TIPOS DE FALHAS ...................................................................................... 193
2.1 SISMOS......................................................................................................................................... 195
2.2 MAGNITUDE E INTENSIDADE ....................................................................................... 196
2.3 ESCALA RICHTER E ESCALA DE MERCALLI .......................................................... 197
2.4 TSUNAMIS ................................................................................................................................. 200
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 202
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 203
TÓPICO 4 – CROSTA TERRESTRE E AS INTERAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO SOLO .. 205
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 205
2 OROGÊNESE E EPIROGÊNESE .................................................................................................... 205
2.1 OROGÊNESE.............................................................................................................................. 205
2.2 EPIROGÊNESE .......................................................................................................................... 206
3 MOVIMENTOS DE MASSAS ........................................................................................................ 207
3.1 OS TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA .................................................................... 208
4 SOLOS E DESERTIFICAÇÃO ........................................................................................................ 211
4.1 SOLOS ........................................................................................................................................... 211
4.2 DESERTIFICAÇÃO .................................................................................................................. 214
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 216
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 218
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 220
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 223
X
1
UNIDADE 1
ASTRONOMIA: A JANELA 
PARA O UNIVERSO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• descrever fatos importantes da evolução do conhecimento em astronomia;
• sintetizar e reproduzir a visão científica sobre a origem do universo e do 
sistema solar;
• descrever e justificar a classificação de planetas ou planeta-anão dos cor-
pos do sistema solar;
• relacionar a força da gravidade com os buracos negros e outros eventos no 
universo;
• compreender que os princípios de química e física são partes integrantes 
do estudo do planeta Terra e do cosmos;
• descrever a estrutura do planeta Terra;
• definir quais são e como ocorrem os movimentos do planeta Terra;
• descrever a relação Terra-Lua.
Esta unidade está dividida em três tópicos de conteúdos. No decorrer da 
unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o 
conteúdoapresentado.
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
TÓPICO 2 – O SISTEMA SOLAR 
TÓPICO 3 – PLANETA TERRA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 1 acumularemos conhecimentos para compreender a visão 
científica sobre a origem do universo e do planeta Terra. Partimos agora para uma 
leitura que ajudará a entender como se deu o desenvolvimento dos conhecimentos 
em astronomia até chegar na compreensão atual sobre a origem e formação do 
universo, do sistema solar e do planeta Terra.
O professor de Geografia, muitas vezes, é questionado sobre as questões 
divinas que envolvem a origem do universo. É muito importante o equilíbrio 
das ponderações do professor de Geografia para com seus alunos, na sala de 
aula deve haver espaço para todas as formas de pensamento, e cabe ao professor 
mediar esses conhecimentos.
Não é papel do professor convencer o aluno de que este ou aquele 
conhecimento é mais verdadeiro do que outro, o aluno deve aprender a refletir, 
questionar, ponderar e concluir de forma autônoma e crítica, para assim poder 
construir seus próprios saberes. Para aceitar uma religião é preciso ter fé, para 
aceitar as explicações científicas também é necessário acreditar.
Em ambos os casos, na maior parte das vezes, são relatos que chegam até 
nós através de histórias, como a sonda que pousou em Marte ou o profeta que 
conversou com Deus. Os acontecimentos nos são relatados, aceitar como verdade 
ou não cabe a cada um decidir. Sobre ciência e religião, segue o trecho de um 
escrito feito por dois grandes físicos, Stephen Hawking e Leonard Mlodinow, no 
livro “Uma nova história do tempo”:
O objetivo final da ciência é oferecer uma única teoria que descreva 
o universo inteiro. Entretanto, o enfoque seguido pela maioria dos 
cientistas é, na verdade, separar o problema em duas partes. Em 
primeiro lugar, existem as leis que nos informam como o universo se 
altera com o decorrer do tempo. (Se soubermos qual a aparência do 
universo em qualquer dado momento, essas leis nos informarão que 
aparência ele terá em qualquer dado momento futuro.) Segundo, existe 
a questão do estado inicial do universo. Algumas pessoas acham que 
a ciência deveria se dedicar apenas à primeira parte; elas consideram 
a questão da situação inicial uma questão para a metafísica ou para 
a religião. Elas diriam que Deus, sendo onipotente, poderia ter dado 
início ao universo de qualquer maneira que Lhe aprouvesse. Pode 
ser que sim, mas nesse caso Ele também poderia ter feito com que o 
universo se desenvolvesse de uma maneira inteiramente arbitrária. 
Contudo, parece que Deus optou por fazê-lo evoluir de uma maneira 
bem regular, de acordo com certas leis. Logo, parece igualmente 
razoável supor que também existem leis que governam o estado inicial 
(HAWKING; MLODINOW, 2008, p. 23).
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
4
Com isso em mente, cabe ainda destacar que o momento da singularidade 
inicial ocorreu após um evento gatilho que disparou as demais reações. Assim, não 
pretendemos aqui explicar nada anterior ao instante inicial. Desse evento inicial 
em diante foram desencadeados inúmeros acontecimentos físicos e químicos que 
trouxeram o universo a esse ponto em que o conhecemos.
2 UMA BREVE HISTÓRIA DA ASTRONOMIA
É muito fácil acreditar no fato de que desde sempre, nós, seres humanos, 
admiramos o céu. Vamos deixar de lado as divagações sobre fatos remotos sem 
comprovação científica e vamos aos estudos.
Começamos nossa viagem pela história da astronomia com os 
monumentos megalíticos ou megálitos, que são grandes monumentos de rocha 
construídos no passado. São antigos registros que demonstram a relação de 
nossos ancestrais com o céu, os megálitos foram utilizados em rituais religiosos, 
funerários e astronômicos (AFONSO; NADAL, 2014). São evidências bastante 
antigas do início da relação dos seres humanos com os conhecimentos e 
marcações possíveis a partir dos astros.
Sabemos que os seres humanos passaram a registrar os astros, pelo 
menos desde 3000 a.C. Na Inglaterra o monumento de Stonehenge, no Egito as 
pirâmides, são exemplos bastante conhecidos de megálitos e demonstram os 
registros astronômicos de povos do passado; outros megálitos são encontrados 
em diversas partes do planeta (AFONSO; NADAL, 2014). Considerando que se 
há 3000 a.C. já havia monumentos enormes construídos em consonância com 
eventos astronômicos, é bem fácil acreditar que desde o mais primata ancestral 
humano, o céu noturno já atraía a nossa atenção e curiosidade e que desde o 
início tentamos entender o céu.
FIGURA 1 – MONUMENTO NEOLÍTICO DE STONEHENGE, NA INGLATERRA
FONTE: Disponível em: <https://sunearthday.nasa.gov/2005/multimedia/
gal_034.htm>. Acesso em: 17 abr. 2017.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
5
A astronomia no Oriente foi desenvolvida praticamente sem contato com 
os ocidentais, sabemos hoje que foram os chineses que em 2317 a.C. descreveram 
detalhadamente a aparição de um cometa pela primeira vez (TRAVNIK, 1985). 
Os chineses também fizeram apontamentos astronômicos com anotações 
muito precisas dos astros e suas órbitas, esses escritos orientais foram datados 
aproximadamente em 700 a.C. Muito antes do que qualquer ocidental, os chineses 
mediram em 365 dias a duração de um ano (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004).
Também cerca de 700 a.C. é a idade em que foram datadas duas tábuas 
de argila cozida encontradas no Iraque com escritos babilônicos. Esses escritos 
resumem o movimento de planetas e constelações como a de Leão e a de Escorpião, 
de maneira tão detalhada que as descrevem praticamente como conhecemos hoje. 
Os babilônios também foram responsáveis por introduzir o conceito do dia com 
24 horas e da hora com 60 minutos (RIDPATH, 2008).
Os babilônios olhavam para o céu e buscavam realizar as previsões 
celestiais com base na posição das estrelas, o que hoje conhecemos como astrologia 
e não será foco de nossos estudos. Quando esse conhecimento sobre a posição 
das estrelas foi levado aos gregos, estes passaram a se interessar por explicações 
sobre o funcionamento do universo, partindo dos princípios físicos já conhecidos 
naquela época.
Na Grécia Antiga, o período entre 600 a.C. e 400 a.C. foi de grande 
desenvolvimento da astronomia, contando com as contribuições de Tales de Mileto 
(624-546 a.C.), que era matemático, astrônomo e levou muitos conhecimentos 
babilônicos do Egito para a Grécia. Em um tempo em que ainda se pensava que 
a Terra era um disco cercado por água, Tales de Mileto apresentou aos gregos 
conhecimentos fundamentais de geometria, explicou que a Lua é iluminada pelo 
Sol e também previu um eclipse.
Pitágoras (572-497 a.C.), apesar das polêmicas atuais que debatem sobre 
ele ser uma pessoa ou um grupo de estudos daquela época, o que todos concordam 
é sobre o fato de que ele (ou eles) já acreditava na esfericidade da Terra. Tempos 
depois, mas com base nas ideias pitagóricas, surge o pensamento de Aristóteles 
(384-322 a.C.), que explicou as fases da Lua, os eclipses e, com base no conceito de 
Terra esférica, afirmava que o universo é esférico e finito.
Mais tarde, Aristarco (310-230 a.C.) propôs pela primeira vez que a Terra 
se move em torno do Sol. Isso foi quase há 2000 anos antes de Copérnico propor 
o geocentrismo. Aristarco também desenvolveu um método para calcular a 
distância e o tamanho relativo do Sol, da Lua e da Terra.
Depois, Erastóstenes (276-194 a.C.), que foi bibliotecário e diretor da 
Biblioteca de Alexandria, conseguiu desenvolver um método para medir a 
circunferência da Terra a partir do estudo das sombras em duas cidades diferentes, 
Alexandria e Siena, na mesma data e hora. Conhecendo as medidas envolvidas, 
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
6
Erastóstenes descobriu as diferenças entre elas e calculou o raio daTerra. Hoje 
reconhecemos que, tomados os devidos cuidados, podemos chegar a um valor 
muito próximo da medida verdadeira (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004).
Como a unidade de medida utilizada por Erastóstenes foi o estádio, uma 
unidade antiga e que não conhecemos exatamente qual o valor métrico, existem 
controvérsias sobre a medida encontrada por Erastóstenes, pois não se sabe o quão 
próximo da medida real ele teria chegado (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004).
Mais tarde, Hiparco (160-125 a.C.), já com bastante conhecimento grego 
acumulado, compilou um catálogo com informações de posição e magnitude 
(brilho) de 850 estrelas. Hiparco também deduziu o tamanho da sombra da Terra, 
o tamanho e a distância da Lua, e ainda confirmou a duração do ano.
Alguns anos depois, Ptolomeu (85 d.C. – 165 d.C.), o último nome 
importante da astronomia na Grécia Antiga, fez uma excelente representação 
geométrica do sistema solar. O modelo geocêntrico de Ptolomeu apresentou um 
complexo movimento dos planetas. Nesse modelo a Terra era colocada em um 
sistema geocêntrico (geo= Terra + cêntrico= no centro), explicando o complexo 
movimento dos planetas (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004).
Na visão antropocêntrica dominante naquela época, os seres humanos e 
o planeta Terra eram o centro de tudo o que havia, o universo girava em torno 
dos homens. Assim, na concepção antropocêntrica, o homem era o centro da 
“criação”. O modelo geocêntrico de Ptolomeu colocou a Terra no centro do 
sistema, explicando de forma bastante complexa o movimento dos planetas no 
céu. Nessa época os planetas eram chamados de errantes, devido ao vai e vem 
que fazem no céu (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004).
A Terra no centro do sistema, rodeada pelos planetas que se moveriam 
fazendo dois movimentos, um grande círculo, denominado Deferente (Figura 
2), onde cada planeta em uma órbita segue em movimentos circulares menores, 
chamados Epiciclos (RIDPATH, 2008).
Naquele momento, pela primeira vez era possível prever o movimento 
dos planetas com boa precisão, e isso foi um grande avanço na Astronomia da 
época. A ideia básica do modelo geocêntrico de Ptolomeu foi equivocada, mas 
produziu bons resultados na aplicação do modelo.
O modelo geocêntrico descreve tão bem o que é visto no céu que foi 
utilizado até o século XVI (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004). Além do modelo 
geocêntrico, Ptolomeu deixou outra grande contribuição, ao compilar todo o 
conhecimento em astronomia da época em uma coleção que ficou conhecida 
como Almagesto (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004). Logo depois dessa época, 
com a civilização grega indo às ruínas, a astronomia adormeceu.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
7
FIGURA 2 – REPRESENTAÇÃO DO MODELO GEOCÊNTRICO DE PTOLOMEU (À ESQUERDA). 
DETALHE DO DEFERENTE E DO EPICICLO (À DIREITA)
FONTE: Disponível em: <http://www.scienceu.com/observatory/articles/retro/retro.html >. 
Acesso em: 20 abr. 2017.
Com o declínio da civilização greco-romana e avanço das populações 
mulçumanas para a Europa, as investigações mais importantes em astronomia 
passaram a ser realizadas em Bagdá. A obra de Ptolomeu foi revisada, traduzida 
e adaptada para o árabe por Al-Sufi, por volta do ano 1000 d.C., era um popular 
livro árabe de astronomia intitulado “Almagesto”, que significa “O Maior” 
(RIDPATH, 2008).
Os astrônomos árabes se preocuparam muito na descrição física da posição 
dos astros e desenvolveram instrumentos para realizar medidas de ângulos, para, 
através de cálculos matemáticos, obter posições e medidas com certa precisão. 
Esses avanços contribuíram bastante com a modernização do astrolábio e do 
sextante, o que permitiu medidas ainda mais precisas.
Muito do que se produziu na Europa durante os anos de dominação 
mulçumana foi destruído quando ocorreu a conquista do TERRITÓRIO pelos 
cristãos. Grande parte do conhecimento adquirido ao longo da história na 
Europa foi perdido, assim a astronomia perdeu alguns séculos de avanços no 
conhecimento. Com a Europa dominada, a astronomia adormeceu em suas 
descobertas.
TERRITÓRIO – é um dos conceitos-chave da geografia, merece atenção 
especial do professor de Geografia.
ATENCAO
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
8
Entre os séculos XII e XVI a astronomia na Europa passou por uma grande 
perseguição devido à intolerância religiosa. Mesmo assim, Copérnico (1473-
1543), de forma anônima por medo da intolerância religiosa, lançou escritos que 
resgatavam a teoria heliocêntrica (Sol no centro) de Aristarco, estimulando novas 
investigações (RIDPATH, 2008). Com a circulação dos escritos de Copérnico, a 
astronomia passou por um despertar, e apesar de ainda perseguida no século 
XVI, buscou os saberes resgatados na obra de Ptolomeu.
Um fato interessante na história da astronomia é que o Almagesto se perdeu 
com muito conhecimento da antiguidade, mas para a sorte dos astrônomos, em 765 d.C. 
foi encontrada na Pérsia uma versão em árabe do Almagesto, e no século XII a obra foi 
traduzida para o latim e o conhecimento foi levado de volta à Europa, mais precisamente 
para Toled, na Espanha (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004).
NOTA
Conhecendo o modelo heliocêntrico de Copérnico, que explica de forma 
razoável o movimento dos planetas, mas apresenta discrepâncias e não consegue 
explicar os movimentos planetários com precisão, e ainda utilizando os trabalhos 
das observações de seu mestre, o dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), sobre 
a órbita de Marte, foi que o matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630) 
desenvolveu as três leis do movimento planetário (HAWKING; MLODINOW, 
2008; FARIA, 1987).
As três leis do movimento planetário de Kepler descrevem as características 
do movimento dos planetas ao redor do Sol. O movimento de um planeta em 
volta do Sol é chamado de translação. Uma volta em torno do Sol equivale a um 
ano.
A primeira lei de Kepler demonstrou que a órbita dos planetas ao redor 
do Sol é elíptica. A segunda lei de Kepler diz que quanto mais próximo um 
planeta estiver do Sol, maior será sua velocidade, e quanto mais distante do Sol, 
menor será sua velocidade, ou seja, a velocidade de um planeta em sua translação 
ao redor do Sol não é constante. A terceira lei de Kepler aponta uma relação 
constante, que considera a distância média do planeta até o Sol com o tempo da 
translação desse planeta (FARIA, 1987).
Com o desenvolvimento das leis de Kepler foi confirmado que os planetas 
não estavam em órbitas circulares, mas em órbitas elípticas ao redor do Sol 
(HAWKING; MLODINOW, 2008). Assim, o ponto da órbita mais próximo do Sol 
e onde a velocidade é máxima foi denominado de periélio, e o ponto da órbita 
mais distante do Sol, logo com a menor velocidade, foi denominado de afélio 
(FARIA, 1987).
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
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Com isso, o modelo do sistema solar foi ajustado e o movimento dos 
planetas pôde ser descrito com maior clareza. Até essa época, toda observação 
do céu era feita sem nenhum equipamento ótico. O sistema solar era composto 
apenas pelos planetas visíveis a olho nu, ou seja, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter 
e Saturno.
Um grande avanço na astronomia surgiu logo depois das leis de Kepler 
serem estabelecidas, foi quando Galileu Galilei (1564-1642) ouviu falar do 
desenvolvimento de lentes para observar objetos distantes e logo desenvolveu o 
telescópio. Com o telescópio foi possível olhar mais longe, o que possibilitou uma 
nova visão do céu e muitos avanços foram alcançados, ajudando a fundar a física 
moderna (HAWKING; MLODINOW, 2008; RIDPATH, 2008).
A partir de 1610 a astronomia passou a utilizar o telescópio para observar 
o céu. Com suas observações, Galileu descobriu montanhas e crateras na Lua, 
quatro satélites em Júpiter, manchas solares, estrelas distantes invisíveis a olho 
nu (FARIA,1987).
O equipamento de Galileu Galilei permitiu olhar mais longe do que 
qualqueroutra pessoa já tinha olhado antes. Com o telescópio foi possível observar 
os planetas como discos, porém as estrelas ainda se apresentavam apenas como 
pontos luminosos, o que dava força às ideias de um universo vasto, imenso.
As observações celestes de Galileu Galilei abriram uma nova janela para 
o conhecimento humano, ele também descobriu que a velocidade de um objeto 
dobra a cada 9,8 metros de queda, esse é o valor da constante de aceleração da 
força da gravidade, que mais tarde foi utilizada por Isaac Newton para descrever 
a Lei da Gravidade (RIDPATH, 2008).
As revelações de Galileu destoavam do pensamento imposto na época, 
mas, por conta da aceitação do heliocentrismo, o astrônomo teve sérios problemas 
com os tribunais que o perseguiram, prenderam e o confinaram no final de sua 
vida.
Para conhecer mais sobre a obra e a vida de Galileu, a dica é que existem alguns 
filmes disponíveis gratuitamente na internet, procure por Galileu Galilei no seu buscador 
preferido, encontre um dos filmes disponíveis e aproveite para adquirir mais conhecimento.
DICAS
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
10
O telescópio de Galileu foi construído com um tubo e duas lentes, uma 
côncava e outra convexa, que ampliava cerca de 30 vezes e tinha um pequeno 
campo de visão. Foi o suficiente para revolucionar a astronomia, e pouco tempo 
depois o telescópio foi incrivelmente aperfeiçoado por Christian Huygens (1629-
1695). Além de telescópios, ele também propôs a teoria ondulatória da luz e 
descobriu os anéis de Saturno (RIDPATH, 2008).
Os estudos de Isaac Newton (1642-1727) contribuíram muito para o 
desenvolvimento da astronomia. O avanço no entendimento sobre a decomposição 
da luz através de um prisma foi revolucionário, mas a maior contribuição de 
Newton para a astronomia foi o entendimento da força da gravidade, ao 
perceber que a força que nos mantém com os pés no chão é a mesma força que 
atua e mantém a Lua na órbita da Terra, assim como os planetas na órbita do Sol 
(RIDPATH, 2008).
Enquanto Isaac Newton desenvolvia a Lei da Gravitação Universal, ele 
percebeu que a constante da 3ª Lei de Kepler depende da massa do Sol e do 
planeta, e ainda, que as leis de Kepler são válidas também para os asteroides, 
cometas, meteoros, satélites (FARIA, 1987).
O conhecimento de Newton está organizado em sua obra mais importante, 
o Principia Mathematica, que foi publicado originalmente em 1687, apresentando 
pela primeira vez a Lei da Gravidade, explicando a órbita dos planetas ao redor 
do Sol e a influência da Lua sobre as marés (HAWKING; MLODINOW, 2008).
O conhecimento desenvolvido por Newton colaborou muito como um 
grande referencial para as pesquisas posteriores. Atualmente podemos ver a 
aplicação dos ensinamentos de Newton em muitas áreas, como nas tecnologias 
que mantêm os satélites artificiais na órbita da Terra (RIDPATH, 2008). Newton foi 
uma personalidade muito importante no desenvolvimento dos conhecimentos, 
suas contribuições são utilizadas cotidianamente por todos nós.
Os satélites artificiais são mantidos na órbita da Terra e são importantes na 
manutenção de redes de comunicação, como internet e telefonia, e também em usos de 
posicionamento como o GPS. Através de exemplos da atualidade, o professor de Geografia 
pode contextualizar os estudos que estão sendo realizados, levando ao aluno um maior 
entendimento da importância que tem a informação que está sendo oferecida.
ATENCAO
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
11
Mais tarde, com base na teoria da gravidade, Edmond Halley (1656-1742) 
calculou a órbita dos cometas em torno do Sol e percebeu que “os cometas” vistos 
em 1531, 1607 e 1682 eram o mesmo, prevendo corretamente a reaparição do 
cometa em 1758, o que ocorreu 16 anos após sua morte. E quando o cometa surgiu 
no céu conforme previsto, foi batizado de Cometa Halley (RIDPATH, 2008).
O Cometa Halley é conhecido na humanidade, da última vez que nos visitou, 
ainda no século XX, causou muita expectativa, euforia e temor em muitos de nós. Procure 
saber mais sobre acontecimentos históricos em relação à passagem de cometas. O professor 
deve sempre incentivar a leitura e a curiosidade em seus alunos. Falando nisso, você já está 
preparado para a próxima passagem do Cometa Halley?
UNI
Em 1750, o astrônomo amador Thomas Wrigth (1711-1786) presumiu em 
seus escritos a existência de outras galáxias, o que inspirou o alemão Immanuel 
Kant (1724-1804) a propor em 1755 que as nebulosas que se vê no céu noturno 
são sistemas de estrelares bastante compatíveis com o que temos na Via Láctea 
(OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2014). Em 1781, Wilhelm Herschel (1738-1822) 
descobriu Urano e observou a existência da galáxia (FARIA, 1987).
Após o século XVIII, a física e a astronomia alcançaram novos grandes 
avanços, e surge então a astrofísica, com intrigantes debates sobre a origem 
do universo, que resultaram em um desenvolvimento tecnológico incrível. 
A decomposição da luz com um prisma, inicialmente estudada por Newton, 
instigou vários cientistas que passaram a se interessar pelo tema.
Já no início do século XIX, o asteroide CERES é descoberto em 1801 (FARIA, 
1987). No ano seguinte foram descobertas as riscas negras no espectro do Sol. 
Com base na decomposição da luz descrita por Newton, o alemão William Hyde 
Wollanston (1766-1826) desenvolveu um processo e inventou o espectroscópio, 
que é um aparelho utilizado para analisar os comprimentos de onda da luz 
(RIDPATH, 2008).
Utilizando o espectroscópio é possível, por exemplo, decompor a luz de 
estrelas distantes, e foi o que fizeram Robert Bunsen e Gustav Kirchhoff. Quando 
estudaram a atmosfera do Sol utilizando o espectroscópio, eles perceberam a 
presença de substâncias químicas em altas temperaturas (RIDPATH, 2008).
Ainda no século XIX surge a fotografia, e logo que inventada já foi utilizada 
para registrar o céu noturno; ainda em 1838, Friedrich Bessel fez uma mensuração 
inédita, até então ele mediu a distância da Terra até uma estrela aplicando o 
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
12
conhecimento em medidas de distância utilizando os princípios matemáticos de 
Paralaxe (RIDPATH, 2008). A fotometria permitiu a análise quantitativa da luz 
dos astros e a fotografia astronômica possibilitou registrar a luz emitida pelos 
astros (FARIA, 1987).
No início do século XX, Albert Einstein (1879-1955) publicou a Teoria da 
Relatividade, revolucionando a física, e possibilitou muitas descobertas sobre 
as leis do universo no campo da cosmologia. Com o avanço das tecnologias, 
telescópios cada vez mais potentes foram construídos, galáxias distantes foram 
avistadas, teorias foram comprovadas.
Com o desenvolvimento das tecnologias, os astrônomos passaram a olhar 
mais e melhor para o céu, registrando e descobrindo novas estrelas, planetas, 
exoplanetas em galáxias distantes. Aprendemos a sair do planeta, chegar à Lua 
e voltar para a Terra em relativa segurança, enviamos sondas de exploração aos 
planetas do sistema solar, telescópios espaciais foram lançados ao espaço para 
nos enviar imagens de partes muito distantes do universo.
A astronomia é um tema que necessita de atualização constante por parte 
dos professores. Os avanços tecnológicos cada vez mais estão nos fornecendo 
novas ferramentas de investigação, e também as sondas espaciais, que estão cada 
vez mais longe da Terra e seguem nos enviando novos conhecimentos sobre o 
universo. Assim, espera-se que o professor mantenha seus conhecimentos em 
astronomia sempre atualizados, que realize leituras constantes sobre astronomia 
e considere que grandes avanços podem ocorrer.
Atualmente, novas descobertas astronômicas têm sido realizadas, em parte por 
conta dos avanços tecnológicos, mas um aspecto importante é de que, com a popularização 
das lunetas, até mesmo astrônomos amadores já fizeramgrandes descobertas. Uma leitura 
sobre a participação dos astrônomos amadores nas descobertas pode ser encontrada no 
link <http://www.oei.es/historico/divulgacioncientifica/reportajes_098.htm>.
DICAS
3 SOBRE A ORIGEM DO UNIVERSO
Considerando as diferentes linhas de pensamento sobre a origem do 
universo, após leituras que abordam o tema e buscando um texto que apresente 
o conhecimento científico, respeitando as diferentes visões religiosas, é 
importante destacar, mais uma vez, que o presente texto busca apresentar o atual 
entendimento científico sobre os fatos que se sucederam após a singularidade do 
instante inicial. Não se tem intenção de questionar ou tentar explicar qualquer 
fato ou ação anterior à singularidade.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
13
A teoria científica que atualmente melhor explica a singularidade do 
momento inicial diz que toda a matéria que existe no universo estava comprimida 
em um único ponto, onde a temperatura, a densidade e a curva espaçotempo 
foram infinitas, o que resultou na singularidade inicial que chamamos de Big 
Bang (HAWKING; MLODINOW, 2008). Estudar sobre a origem do universo é 
conhecer a origem do planeta Terra e dos elementos que compõem esse e outros 
planetas.
O Big Bang foi o momento da singularidade inicial, marca o início do 
tempo e do espaço, aconteceu entre 13 e 20 bilhões de anos atrás (RIDPATH, 
2008; POMEROL et al., 2013). Essa medida de tempo pode variar conforme o 
método utilizado pelos cientistas. Devemos considerar a teoria do Big Bang, pois 
é o modelo mais aceito sobre a origem do universo, trata do início de tudo, diz 
que a partir de uma grande explosão criou-se o tempo e o espaço e espalhou toda 
a matéria cósmica existente (HAWKING; MLODINOW, 2008).
O planeta Terra, e tudo o que existe aqui, é constituído por elementos 
químicos comuns a outras partes do cosmos. Todo material que conhecemos 
possui uma origem em comum com qualquer outro material existente. A origem 
em comum é a singularidade, a grande explosão primordial, o Big Bang que 
expandiu o universo, espalhou a matéria e deu origem ao espaço e ao tempo.
Um fato inusitado é que a teoria do Big Bang foi batizada por um de seus 
maiores opositores, que ao rejeitar a ideia, proferiu algumas palavras contrariando a teoria e 
exclamando ao fim que o início do tempo não poderia ser apenas uma grande explosão, e 
assim o termo big bang (grande explosão) passou a ser utilizado, quase como um apelido 
de escola, para nominar e referenciar a teoria que atualmente é a mais aceita sobre a origem 
do tempo e do espaço.
UNI
A teoria da relatividade geral, desenvolvida por Albert Einstein (1879-
1955), diz que o espaçotempo começou com o Big Bang e chegará ao fim em 
outra singularidade, o Big Crunsh, a teoria também defende que enquanto o 
universo se expande, qualquer matéria ou radiação nele se resfria (HAWKING, 
1988). Acreditamos que com apenas um segundo de idade o universo já havia 
diminuído sua temperatura para algo em torno de dez bilhões de graus Celsius e 
cerca de cem segundos depois a temperatura já havia caído para algo em torno de 
um bilhão de graus, assim o espaço seguiu expandindo e resfriando (HAWKING; 
MLODINOW, 2008).
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
14
Supondo que o universo se expanda em todas as direções, talvez até o 
infinito, o que se tem certeza é de que vai até mais além do que podemos observar 
ou entender atualmente. A matéria espalhada depois do Big Bang nos dá pistas 
de como ocorre a expansão do universo, pois essa matéria forma as estrelas, 
planetas, cometas, meteoros e tudo mais que possa existir, mas o entendimento 
da origem do universo ainda não foi alcançado e novas teorias ainda despontam, 
como a das supercordas, que sugere um universo com 10 dimensões (OLIVEIRA 
FILHO; SARAIVA, 2004).
Para pensar: se uma estrela estiver a uma distância maior do que 20 bilhões de 
anos-luz da Terra, ainda não poderemos enxergar essa estrela, uma vez que sua luz ainda 
não chegou por aqui, ao mesmo tempo que a luz de uma estrela que está sendo vista da 
Terra hoje foi emitida há tempos atrás e pode ser que a luz que enxergamos hoje seja na 
verdade de uma estrela que já não brilha mais.
UNI
3.1 AS GALÁXIAS
No século XVIII os astrônomos já haviam percebido que havia algo entre 
as estrelas. Parecia um objeto muito grande, porém não é muito nítido. Então 
a desconhecida, difusa e extensa massa foi chamada de nebulosa (OLIVEIRA 
FILHO; SARAIVA, 2014).
Mais tarde descobriu-se que essa nebulosa é formada por diversos objetos 
diferentes, a maior que vemos faz parte da nossa galáxia, são nuvens de gás 
iluminadas por uma estrela em seu interior, gases de alguma estrela que chegou 
ao fim da sua evolução ou mesmo um aglomerado de estrelas, mas algumas 
daquelas nebulosas são outras galáxias, que estão muito distantes (OLIVEIRA 
FILHO; SARAIVA, 2014).
Considerando a teoria do Big Bang, sabemos que todas as galáxias 
começaram a se formar na mesma época, mas a maneira como se organizam e os 
materiais que cada galáxia tinha em sua composição inicial foi o que as diferenciou 
(OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004).
A classificação das galáxias ocorre pela forma como as enxergamos no 
céu, seguindo o esquema de classificação de galáxias (Figura 3), proposto por 
Edwin Powell Hubble (1899-1953) (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004). Apesar 
de cada galáxia ter características próprias, elas podem ser classificadas em dois 
tipos principais: as Elípticas e as Irregulares (Figura 4).
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
15
As galáxias irregulares, como o próprio nome sugere, são as galáxias que 
não apresentam uma forma definida, uma em cada 40 galáxias é irregular. Por 
outro lado, as galáxias elípticas apresentam rotação simétrica em torno de um 
ponto central dominante e ainda podem ser subdivididas em espirais normais e 
espirais barradas (HUBBLE, 1958).
As galáxias elípticas do tipo espiral normal possuem dois braços opostos, 
que surgem da periferia do núcleo para fora, marcando a trajetória espiral. Já a 
espiral barrada apresenta, além do anel aparente no centro, uma concentração de 
massa em uma barra nebulosa que atravessa o centro da galáxia (HUBBLE, 1958).
FIGURA 3 – DIAGRAMA DO ESQUEMA DE CLASSIFICAÇÃO DAS GALÁXIAS
FONTE: Adaptado de Hubble (1958)
FIIGURA 4 – TIPOS DE GALÁXIAS
FONTE: Disponível em: <https://spaceplace.nasa.gov/galaxy/en/>. Acesso em: 
15 abr. 2017.
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
16
A Via Láctea é considerada uma Galáxia Espiral (OLIVEIRA FILHO; 
SARAIVA, 2004), todavia, há indícios de que a Via Láctea seja uma Galáxia Espiral 
com uma característica barrada, essa barra estaria alinhada exatamente com o 
nosso ponto de vista (RIDPATH, 2008), por isso seria difícil de perceber essas 
barras. Nosso lugar na Via Láctea está longe do centro, fica no chamado Braço de 
Orion, que é um dos braços espirais da Via Láctea (CHRISTOPHERSON, 2012).
FIGURA 5 – REPRESENTAÇÃO DOS BRAÇOS DA VIA LÁCTEA E DA LOCALI-
ZAÇÃO DO NOSSO SOL
FONTE: Disponível em: <https://starchild.gsfc.nasa.gov/docs/StarChild/
questions/question18.html>. Acesso em: 17 abr. 2017.
O nome Via Láctea significa o caminho do leite e recebe essa denominação 
por conta do esbranquiçado que forma no céu noturno (CHERMAN; MENDONÇA, 
2010). O brilho claro no céu noturno fica mais acentuado nas noites de lua nova, 
quando a escuridão do céu destaca o brilho das estrelas. A maior parte de tudo 
que vemos brilhando no céu noturno está em nossa galáxia, a Via Láctea, que 
possui mais de 200 milhões de estrelas (RIDPATH, 2008). Alguns cientistas dizem 
haver cerca de 400 bilhões de estrelas (CHRISTOPHERSON, 2012).
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
17
Experimente dedicar algum tempo para observar o céu noturno, uma noite 
sem nuvens, com a Lua na fase nova, em umlocal afastado da luminosidade dos centros 
urbanos. Olhe para o céu, busque as estrelas que você conhece, pesquise antes, se for o 
caso. Você perceberá uma grande região do céu com aspecto nebuloso, é a nossa galáxia, 
a Via Láctea. Ao Sul da linha do Equador é possível observar o Cruzeiro do Sul, é uma 
constelação importante para a navegação astronômica, pois indica a direção do Sul. Um 
outro grupo de estrelas conhecido são as Três Marias, que formam o cinturão da constelação 
de Orion. Permita-se olhar para o céu à noite.
DICAS
A Via Láctea não é a única galáxia do universo, na verdade existem muitas 
outras, nossa vizinha mais próxima é Andrômeda, que tem dimensões duas vezes 
maior que a Via Láctea e seu centro está distante cerca de 2,2 milhões de anos-luz 
da Terra (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2004; RIDPATH, 2008).
3.2 BURACO NEGRO
A principal força conhecida que atua em um buraco negro é a força da 
gravidade. Um buraco negro é formado quando uma estrela entra em colapso 
e seu núcleo rompe, formando os quarks, o que gera uma força gravitacional tão 
intensa que nem mesmo a luz consegue escapar. Os buracos negros são os mais 
estranhos objetos conhecidos pela ciência (RIDPATH, 2008).
No centro da Via Láctea existe em buraco negro supermaciço, com 
massa de 2 milhões de vezes maior que a massa do Sol, nós o chamamos de 
estrela Sagitário A (CHRISTOPHERSON, 2012). Esse buraco negro não é negro, 
o terráqueo que daqui o observa vê o brilho do buraco negro que se parece com 
o de uma estrela. O brilho do buraco negro aparece no céu noturno, e desde os 
primórdios da astronomia foi considerado uma estrela e faz parte da constelação 
de Sagitário, a qual também podemos observar no céu noturno.
Para supostamente conseguir escapar de um buraco negro, que é uma 
estrela com a gravidade tão forte que impede qualquer coisa de escapar, pois a 
velocidade de escape é igual à velocidade da luz, seria necessário ir mais rápido 
do que a luz, mas tamanha velocidade é impossível de ser alcançada (OLIVEIRA 
FILHO; SARAIVA, 2004). Podemos entender o buraco negro como o centro de 
um colapso espacial com força gravitacional tão intensa que é capaz de distorcer 
o espaço e o tempo ao seu redor e de onde nem mesmo a luz consegue escapar.
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
18
3.3 A FORÇA DA GRAVIDADE
Perceber o peso das coisas, talvez o próprio peso, é uma interação cotidiana 
que temos com a força da gravidade, muito provavelmente essa foi a primeira 
forma que a humanidade percebeu essa força. É a gravidade que faz as coisas 
caírem. Podemos dizer que é uma força que existe desde o início do universo e 
atua atraindo corpos menores para cima de corpos maiores.
Foi Isaac Newton, o famoso físico e autor das três leis de Newton, o primeiro 
estudioso que se interessou seriamente em estudar a força da gravidade. Após 
muito estudo, reflexões e experimentos, ele conseguiu chegar a conclusões que o 
levaram a formular a Lei da Gravitação Universal, explicando que a “gravidade é 
uma força de atração entre corpos”.
A gravidade é a força que supostamente criou a clássica cena da maçã 
caindo na cabeça de Newton que repousava embaixo da árvore, e a partir daí o 
levou a estudar essa força e resultou na formulação da lei da gravidade. Com a lei 
formulada, Newton conseguiu demonstrar que é a gravidade que faz a Lua ficar 
na órbita da Terra, assim como os planetas ficam na órbita do Sol (HAWKING, 
1988).
Isaac Newton, usando da lei da gravidade, explicou que no universo todo 
corpo é atraído por outro corpo devido a uma força, que quanto maior for a massa 
do corpo e quanto mais próximo um corpo estiver do outro, maior será a força de 
atração entre esses corpos.
A imensa intensidade de atuação da força da gravidade foi verificada 
quando astrônomos demonstraram que até mesmo uma galáxia pode ser atraída 
pela gravidade de outra. Os astrônomos já confirmaram que a força gravitacional 
entre a Via Láctea e a Espiral de Andrômeda faz com que elas se atraiam 
mutuamente, e daqui a cerca de 4 bilhões de anos haverá uma colisão que fundirá 
estas duas galáxias (RIDPATH, 2008).
A força da gravidade é uma das quatro forças fundamentais do universo, 
e, assim como a força eletromagnética, são forças de longo alcance. As outras 
duas forças têm alcance muito menor, atuam somente no núcleo dos átomos e 
são denominadas força fraca e força forte. A mecânica quântica já descreveu 
as forças fracas e fortes, bem como a força eletromagnética, porém a força da 
gravidade ainda não foi descrita, talvez isso seja uma boa indicação de que a 
força da gravidade não é explicada pela física quântica, ou, por outro lado, pode 
apenas demonstrar que simplesmente ainda não sabemos fazer tal descrição 
(CHERMAN; MENDONÇA, 2010).
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
19
3.4 AS ESTRELAS
Em uma descrição primitiva, as estrelas são pontinhos brilhantes que 
surgem no céu ao anoitecer. Alguns desses pontinhos luminosos que vemos no 
céu estão tão distantes da Terra que a estrela que emitiu a luz pode até já não 
existir mais. Isso se dá pois algumas dessas estrelas estão muito distantes, e assim 
o que vemos hoje é apenas a luz emitida antes do fim da estrela.
Quando olhamos à noite para o céu estrelado, podemos perceber 
aglomerados de estrelas e também áreas mais vazias, os pontinhos brilhosos que 
podemos ver são apenas alguns dos milhares, dentre os bilhões de estrelas que 
estão em volta de nós (CHRISTOPHERSON, 2012).
A análise da luz emitida por uma estrela pode responder aos astrônomos 
algumas questões, como a temperatura da superfície da estrela, quantidade de 
energia irradiada, composição química. Com as respostas dessas questões, os 
astrônomos utilizam o diagrama de Hertzsprung-Russell (POMEROL et al., 2013).
FIGURA 6 – DIAGRAMA DE HERTZSPRUNG-RUSSELL
FONTE: Disponível em: <http://www.socionauki.ru/journal/files/seh/2005_1/seh_4_1_c_fig_1.
JPG>. Acesso em: 16 abr. 2016.
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
20
As estrelas possuem um ciclo de vida. O nosso Sol, por exemplo, está 
próximo do meio de sua vida, sendo que as previsões indicam que daqui a 
aproximadamente 5 bilhões de anos o Sol entrará em colapso e se transformará 
em uma estrela gigante vermelha.
Devido às imensas distâncias entre as estrelas e nós, o pontinho brilhoso 
que vemos no céu hoje pode ter sido emitido por uma estrela que não existe mais. 
É que devido a distância ser muito grande e o fato da luz emitida viajar pelo 
espaço sem interferência dos eventos posteriores à emissão da luz no ponto de 
origem, o que vemos hoje é um fato do passado da estrela. O que acontece é que 
a estrela está tão distante de nós que já pode ter se transformado em uma gigante 
vermelha, e como a luz emitida ainda está viajando pelo universo, o que vemos 
atualmente aqui da Terra é a luz emitida pela estrela há tempos atrás.
O universo possui uma dimensão desconhecida, não sabemos o tamanho, não 
sabemos onde ele começa, tampouco onde ele termina. Na verdade, ainda desconhecemos 
muitas distâncias e muitos dos fenômenos. A astronomia é uma ciência em constante 
atualização. O profissional licenciado em Geografia deve sempre se manter atualizado com 
as novas descobertas, uma vez que é possível que no período entre a publicação desse livro 
e a leitura deste pelo acadêmico de Geografia, alguma nova descoberta astronômica venha 
a modificar o entendimento de algum fenômeno, ou mesmo alguma nova resolução da 
União Internacional de Astronomia modificar a definição de planeta, ou dar novos nomes a 
objetos já conhecidos e ainda não nominados.
ATENCAO
As estrelas se formam devido à força da gravidade. Conforme a 
hipótese da nebulosa, a força da gravidade agrega partículas de poeira e gás 
que desenvolvem um centro devido aos movimentos inicialmente aleatórios da 
nebulosa e que seguempara uma forma gravitacional mais ordenada, em giros, 
que levam o material cósmico a ficar mais compactado, passando então para uma 
forma achatada, como a de um disco. Existem diferentes tipos de estrelas que 
podemos classificar conforme a fase do ciclo de vida estrelar que se encontram, 
elas variam no brilho e na cor.
 Assim a nebulosa com a massa em forma de disco segue e ganha volume, 
logo a força da gravidade também fica mais intensa, e agrega mais material do 
entorno, o que resulta na intensificação ainda maior da força gravidade que 
segue aumentando conforme a massa vai crescendo, o que resulta também na 
progressiva elevação da temperatura no centro do disco devido ao aumento da 
pressão e do atrito sobre das partículas no interior, e assim passa a gerar o brilho 
inicial da protoestrela (RIDPATH, 2008).
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
21
Conforme a protoestrela ganha massa, a gravidade aumenta e ainda mais 
matéria do entorno é atraída, elevando cada vez mais a pressão sobre as partículas 
no centro da massa. É quando se tem uma bifurcação pontual na evolução da 
protoestrela, isso se dá quando a temperatura atinge ou não o ponto de fusão, 
definindo se a protoestrela se tornará uma anã marrom ou seguirá evoluindo no 
ciclo de vida estrelar, aquelas que alcançam massa em torno de 10% da massa do 
Sol chegarão a sequência principal da evolução das estrelas (RIDPATH, 2008).
As protoestrelas que não atingem massa suficiente para gerar fusão 
nuclear acabam entrando em colapso e são contraídas pela própria gravidade e 
assim formam as estrelas anãs marrons que são estrelas com muito pouco brilho. 
Todavia, quando a massa da protoestrela segue crescendo com o aquecimento em 
elevação intensificando o brilho e atingindo o ponto do início da fusão nuclear, a 
protoestrela evolui para o estágio de estrela adolescente (RIDPATH, 2008).
De certa maneira, toda estrela surge como uma protoestrela que agrega 
matéria, podendo se contrair em uma anã marrom ou seguir o ciclo de vida 
estrelar e evoluir para uma estrela adolescente. Quando passa a ser uma estrela 
adolescente ainda existe uma espiral de gás e poeira em seu entorno, parte dos 
constituintes dessa espiral são incorporados pela própria estrela adolescente 
e parte é lançado ao espaço. Várias dessas jovens estrelas possuem um campo 
magnético que atrai mais material cósmico incorporando uma parte e lançando o 
restante para longe com fortes ventos estrelares que ejetam o material através dos 
polos para o espaço sideral (RIDPATH, 2008).
Ainda nesse contexto de atração e ejeção de matéria pela estrela, a 
radiação cria forte pressão que dispersa elementos pesados como o hidrogênio, 
além de desintegrar a si mesma passando por ciclo de pulsos e instabilidades 
que a conduzem para a sequência principal da vida de uma estrela e nessa forma 
atinge um brilho constante por conta das reações nucleares que ocorrem na estrela 
(RIDPATH, 2008).
As estrelas também morrem, isso ocorre quando o elemento principal que 
mantém as fusões nucleares chega ao fim, ou seja, quando todo o hidrogênio 
do núcleo é consumido nas fusões dentro do núcleo da estrela, que passa então 
a consumir o estoque de hélio no núcleo, bem como o hidrogênio que ainda 
existe na superfície da estrela também é queimado aumentando muito o brilho, 
diminuindo a massa e assim diminuindo a força da gravidade que atua sobre 
os elementos da estrela, permitindo que a estrela se expanda enormemente, é 
quando se diz que a estrela evoluiu para uma estrela gigante (RIDPATH, 2008).
O material resultante da fusão do hidrogênio que ao longo da vida de 
estrela ainda jovem foi sendo acumulado é o hélio, porém a energia resultante 
da fusão é bem menor do que a resultante da fusão do hidrogênio que ocorria 
anteriormente. Essa diferença torna a estrela instável, pois como consumiu 
praticamente todo o hidrogênio a massa da estrela diminui, logo a força da 
gravidade também diminui, o que permite que a matéria da estrela se expanda 
atingindo tamanhos gigantescos (RIDPATH, 2008).
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
22
Ao se expandir a estrela já está brilhando muito mais, pois está queimando 
o hidrogênio restante na superfície enquanto no núcleo a fusão agora ocorre com 
o hélio e assim se torna mais brilhosa do que quando era uma estrela adolescente. 
Quando o tamanho da estrela é semelhante ao tamanho do Sol, o astro evoluirá 
para uma estrela gigante vermelha que entrará em colapso quando o hélio acabar, 
formando então uma nova nebulosa, porém quando o tamanho for pelo menos 
oito vezes maior que o Sol, essa estrela passará pelo colapso do final do estoque 
de hidrogênio e expandirá até atingir proporções de uma estrela supergigante 
(RIDPATH, 2008).
Quando o estoque de hélio da estrela supergigante for consumido haverá 
um novo colapso, e da explosão resultante se formará uma estrela supernova, que 
seguirá consumindo os elementos disponíveis ainda existentes em seu núcleo, 
serão elementos cada vez mais pesados que liberam cada vez menos energia, até 
que sobre apenas o ferro. No caso do ferro a energia consumida na fusão é maior 
do que a energia liberada, e assim o núcleo da estrela supernova se desmontará 
sobre a própria gravidade, despedaçando a estela pela própria gravidade, e 
assim pode gerar ou uma estrela de nêutrons ou criar um denso buraco negro 
(RIDPATH, 2008).
3.5 OS PLANETAS
Os avanços do conhecimento levaram os astrônomos da União Astronômica 
Internacional (IAU) a criar uma nova definição, assim, os planetas e outros corpos, 
exceto os satélites do nosso sistema solar, foram divididos em três categorias: 
planetas, planetas-anões e pequenos corpos do sistema solar. Conforme a nova 
definição da International Astronomical Union (IAU), os planetas são corpos 
celestiais que devem:
• estar na órbita solar;
• possuir massa suficientemente grande para que a força de sua própria 
gravidade tenha superado a força de rigidez, levando o planeta a atingir a 
forma em equilíbrio hidrostático, ou seja, que a força da gravidade tenha sido 
capaz de arredondar a forma do planeta;
• que esse planeta tenha feito uma limpa na vizinhança de sua órbita 
(INTERNATIONAL ASTRONOMICAL UNION, 2006a, tradução nossa).
Com as novas definições foi proposta uma resolução para que 12 
planetas fossem reconhecidos como integrantes do sistema solar. Sem 
modificar a classificação de Plutão, que deixou de ser planeta, além dos oito já 
bastante conhecidos (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e 
Netuno), também podem passar a ser considerados como planeta: Ceres, Pluto, 
Charon e 2003 UB313, entre outros que somam 12 candidatos a virar planeta 
(INTERNATIONAL ASTRONOMICAL UNION, 2006b, tradução nossa). Essa 
moderna classificação ainda é tema de debates entre os astrônomos, porém neste 
livro vamos nos concentrar nos oito planetas mais conhecidos do sistema solar.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
23
Planetas estão por definição dentro do sistema solar, todavia já foram 
encontrados mais de 100 corpos celestes com características de planeta fora do sistema 
solar, estes são denominados planeta extrassolar, exosolar ou exoplaneta. São corpos 
difíceis de serem observados e foram descobertos em sua maioria por variações no campo 
gravitacional da estrela que orbitam (RIDPATH, 2008, p. 78).
UNI
3.6 OS PLANETAS-ANÕES
Planeta-anão é definido pela International Astronomical Union (IAU) 
como um corpo celeste que está na órbita do Sol, atingiu equilíbrio hidrostático, 
não é satélite de nenhum outro planeta e ainda não foi capaz de eliminar (agregar 
ou lançar) seus vizinhos de órbita deixando-a limpa (INTERNATIONAL 
ASTRONOMICAL UNION, 2006a, tradução nossa).
3.7 OS COMETAS
Os cometas sempre despertaram medo e curiosidade na humanidade, e o 
primeiro registro da aparição de um cometa foifeito pelos chineses em 2317 a.C.; 
os astrônomos se intrigavam com o movimento dos cometas, pois podem surgir 
de diferentes lados, e por muito tempo quase nada se sabia sobre esses corpos 
celestes (TRAVNIK, 1985).
Os cometas possuem forma irregular e são compostos por gelo e poeira 
cósmica restante da formação do sistema solar. Ao se deslocar, despendem poeira 
que pode resultar em meteoros no céu da Terra, e quando se aproximam do calor 
do Sol o gelo se desprende, e junto com a poeira que se solta forma uma coma, 
que é uma grande nuvem que expele gás e poeira, formando a cauda do cometa, 
que pode atingir 100 milhões de quilômetros de comprimento (RIDPATH, 2008).
Os astrônomos conhecem cerca de dois mil cometas, mas a olho nu 
podemos observar três ou quatro cometas por século. Alguns são bem conhecidos, 
como o Cometa Halley, que leva o nome do homem que calculou a órbita do 
cometa em torno do Sol e previu sua volta a cada 76 anos. O Halley foi o primeiro 
cometa a receber uma sonda que nos mostrou a imagem do núcleo de um cometa 
(RIDPATH, 2008).
UNIDADE 1 | ASTRONOMIA: A JANELA PARA O UNIVERSO
24
3.8 OS METEOROIDES, METEOROS E METEORITOS
Você já viu uma estrela cadente? Talvez muitos de nós já tenhamos avistado 
uma ao vivo, mas provavelmente você já ouviu falar de meteoros, meteoritos e 
meteoroides, ou não? Talvez você esteja se perguntando: O que são? Qual é a 
diferença entre eles?
É muito simples distingui-los, pois na realidade são um só. Ambos são 
pedaços de material sólido que foram lançados no espaço devido à atividade 
cósmica de corpos maiores, como asteroides, cometas, luas, planetas, ou mesmo 
por radiação solar (POMEROL et al., 2013).
Enquanto os fragmentos sólidos permanecem vagando pelo universo sem 
interação com a Terra, eles são chamados de meteoroides, porém quando estes 
meteoroides são capturados pela força da gravidade da Terra, começam a cair em 
nossa direção com velocidades entre 12 e 70 km/s.
Conforme o meteoroide penetra nas camadas mais externas da atmosfera 
terrestre e a gravidade acelera ainda mais a velocidade de queda, o atrito com o 
ar gera muito calor, elevando a temperatura até a combustão do material. Desse 
processo, o que vemos daqui da Terra é um rastro luminoso que deixa uma trilha 
cintilante no céu, é quando então os meteoroides passam a ser chamados de 
meteoro ou popularmente de estrela cadente (CHERMAN; MENDONÇA, 2010).
Para saber mais sobre meteoritos e afins, acesse o site Meteoritos Brasil 
<http://meteoritosbrasil.weebly.com/> e na seção de vídeos assista ao vídeo Introdução 
aos meteoritos <https://www.youtube.com/watch?v=4UoGgf5rjeI>, procure também pela 
coleção nacional na seção meteoritos brasileiros: <http://meteoritosbrasil.weebly.com/
meteoritos-brasileiros.html>.
DICAS
Em sua maioria os meteoros são totalmente carbonizados na entrada da 
atmosfera, ainda na termosfera, ou seja, acima dos 85 km de altitude, mas por 
vezes alguns ultrapassam a barreira da termosfera, e ao viajar pela mesosfera o 
rastro cintilante do meteoro passa a tomar forma de uma bola incandescente, o 
bólido.
Em queda livre e com a força da gravidade atuando na aceleração, o 
bólido, ao sair da estratosfera, passa a interagir com os gases da troposfera, o que 
causa a explosão do bólido e gera um forte estrondo e um rastro de fumaça no 
céu.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA
25
Ao atingir a superfície do planeta, o bólido passa a ser denominado 
meteorito. O choque do meteorito contra a superfície da Terra cria uma cratera de 
impacto. Um meteorito pode cair a qualquer momento e em qualquer lugar da 
superfície do planeta.
A composição dos meteoritos pode ser de material pétreo, metálico ou 
metálico pétreo, aerólitos (rochosos), sideritos (metálico, Fe-Ni), e siderólitos 
(metal e rocha) (ZUCOLOTTO; FONSECA; ANTONELLO, 2013).
O livro “Tem um ET no seu quintal?” oferece um bom material didático para 
trabalhar o tema dos meteoros e meteoritos nos ensinos Fundamental e Médio. Como o 
objetivo do livro é a divulgação do conhecimento, está disponível gratuitamente em formato 
digital no site <http://temumetnoseuquintal.weebly.com/>. Obtenha sua cópia e boa leitura.
DICAS
FIGURA 7 – CRATERA DE IMPACTO DE METEORITO, SERRA DA CANGALHA, TOCAN-
TINS - BRASIL 
FONTE: Google earth pro
Assista a este curto documentário que foi lançado em 2016 em comemoração 
ao Ano da Ciência Planetária: <https://www.youtube.com/watch?v=Lpn7aiEVkvQ>.
DICAS
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Neste tópico, você aprendeu que:
• Para estudar o cosmos e a geologia, precisamos reconstruir a noção de tempo 
e de espaço que construímos em nossa mente devido às grandes distâncias e 
longos períodos de tempo.
• Os seres humanos passaram a registrar os astros desde 3000 a.C. O monumento 
de Stonehenge ou as pirâmides são exemplos, assim como as antigas anotações 
chinesas sobre o posicionamento dos astros, cometas, além da medição de um 
ano em 365 dias, as tábuas de argila babilônicas, resumos do movimento dos 
planetas e algumas constelações.
• Os avanços matemáticos e filosóficos da Grécia Antiga nos apresentaram a 
geometria, esfera terrestre, sistema solar, cálculo da circunferência da Terra, e 
foram compilados por Ptolomeu em uma coleção, o Almagesto.
• No período entre os séculos XII e XVI a Astronomia sofreu com o preconceito 
e a intolerância religiosa muito fortes na Europa.
• Isaac Newton contribuiu para o avanço da astronomia. Entre muitos 
conhecimentos deixados, a decomposição da luz nos levou aos grandes avanços 
técnico-científicos que ampliaram muito as possibilidades de exploração 
astronômica.
• A curiosidade humana nos levou a explorar e estudar o universo, concluindo 
até o momento que a Teoria do Big Bang é cientificamente aceitável para 
explicar a evolução do universo depois da singularidade inicial.
• O entendimento do ciclo de vida de uma estrela nos leva a interpretar a história 
das galáxias, do sistema solar e do planeta Terra.
• Os buracos negros possuem uma gravidade muito intensa, nem mesmo a luz 
consegue escapar.
• Estrelas, planetas, planetas-anão, cometas, meteoros e meteoritos são corpos 
celestes que possuem características individuais, conforme os elementos 
químicos predominantes, características de resfriamento, tamanho, entre 
outras.
RESUMO DO TÓPICO 1
27
1 Considerando a teoria do Big Bang, elabore uma breve dissertação descritiva 
que apresente em ordem cronológica os principais acontecimentos após a 
singularidade inicial.
2 Considerando verdadeira a afirmação: “O universo se expande em todas as 
direções, talvez até o infinito, o que se tem certeza é de que vai até mais além 
do que podemos observar ou entender atualmente”. Apresente argumentos 
que justificam essa afirmativa.
3 As galáxias possuem uma origem comum, mas atualmente se apresentam 
com diferentes formas. Apresente o argumento que justifica as diferenças 
entre as galáxias e relate quais são as formas de galáxias conhecidas.
4 Existe a previsão de que a Galáxia de Andrômeda se choque com a Via Láctea 
daqui a 4 bilhões de anos. Disserte sobre os argumentos apresentados no 
texto que justificam a afirmação anterior.
5 Plutão deixou de ser planeta em 2006 devido a uma nova definição para 
planeta, que em 2008 surgiu com a definição de planeta-anão. Assim, 
atualmente existem candidatos a se tornarem planetas e também candidatos 
a se tornarem planetas-anão. Com base no texto de estudos do livro, organize 
uma breve dissertação esclarecendo os motivos pelo qual Plutão deixou de 
ser planeta, e por que foi necessário criar a classificação de planeta-anão.
6 Vimos que existe a categoria de exoplaneta para classificar corpos com 
características de planeta, mas que deixam de atender a um requisito 
básico para serem assim classificados. Apresente o requisito que diferencia 
exoplaneta de

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