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Resumo por questões (APH)

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➔ TEMAS: envenenamento e intoxicações, desastres radiológicos, raios, queimaduras, lesões osteoarticulares, 
bandagens e imobilizações, acidentes com animais peçonhentos, transporte de vítimas 
 
 
01. Conceitue envenenamento/intoxicação. 
Envenenamento e intoxicação são alterações funcionais e/ou anatômicas provocadas pela introdução ou contato 
com determinada dose prejudicial de substancias como: medicamentos ou substancias estranhas ao metabolismo 
humano, bem como por produtos biológicos vegetais ou animais, devido as suas propriedades químicas. 
 
02. Qual é a diferença entre intoxicação e envenenamento? 
Intoxicação é o efeito de uma determinada substancia no organismo causando alterações fisiológicas leves, já o 
envenenamento as alterações são extremas, causando a destruição de células ou tecidos da vítima. Assim, a 
diferença se dá pelo tipo e quantidade de produto ingerido ou absorvido pelo organismo. 
 
03. Quais são os principais agentes tóxicos causadores de intoxicação de humanos? 
Os medicamentos, as drogas de abuso, os domissanitários, os agrotóxicos/lixo agrícola. 
 
04. Quais são os principais tipos de exposição, suas vias de penetração e principais substâncias envolvidas? 
A exposição por ingestão ocorre via oral, comumente por alimentos estragados ou contaminados, remédios, bebidas 
alcoólicas, produtos de limpeza, drogas e plantas venenosas. Já por inalação, ocorre via respiratória, geralmente por 
poeira, vapor, gases, fumo. A exposição de contato ocorre pela absorção cutânea de ácidos, produtos químicos etc. 
A exposição injeção ocorre através de um orifício, por administração subcutânea, intramuscular ou endovenosa, 
geralmente de drogas ou medicamentos, ou até pela introdução por peçonhas, mordida de animais ou picadas de 
insetos. 
 
05. Quais fatores determinam a gravidade e reversibilidade da toxicidade? 
A dose/concentração, o tempo de exposição e o tipo de superfície exposta, a toxicidade do agente, a natureza e 
propriedades, a farmacodinâmica e a farmacocinética da substancia a qual o paciente foi exposto, além da 
suscetibilidade, ou seja, a resposta individual, as doenças coexistentes e a idade do paciente em questão. 
 
06. Que sintomas são esperados em vítimas de intoxicação por contato? 
O contato com determinadas substancias pode causar irritação ou destruição tecidual, ocasionando inflamação ou 
até queimaduras químicas na área afetada. As vítimas podem apresentar manchas na pele, coceira, irritação nos 
olhos, dor de cabeça, rubor e queimaduras. 
 
07. Que sintomas são esperados em vítimas de intoxicação por injeção? 
A injeção de substancias, proposital ou não, pode ocasionar sintomas como fraqueza, tontura, calafrios, febre, 
náuseas, vômitos ou choque. 
 
08. Quais condições devem ser avaliadas inicialmente em vítimas de intoxicação aguda? 
É muito importante checar as condições respiratórias verificando a presença de obstrução de vias aéreas, ocorrência 
de dispnéia, apnéia, edema pulmonar ou insuficiência respiratória. A avaliação das condições circulatórias inclui 
alteração da frequência cardíaca, arritimia, pressão arterial e estado de choque. Já as condições neurológicas podem 
ser avaliadas pelo rebaixamento do nível de consciência, presença de crise convulsiva, alteração pupilar e agitação 
psicomotora. 
 
09. Quais são as condutas no exame físico em vítimas de intoxicação aguda? 
Na pele e mucosa deve ser avaliada a temperatura, hidratação, odor, coloração, sinais de punção e queimaduras. Na 
boca, o hálito, lesões corrosivas e odor. Nos olhos, conjuntiva, pupila e movimentos oculares. Para avaliar o SNC 
deve ser utilizada a escala de coma de Glasglow e realizar avalização do estado neuromuscular. Para avaliar o 
sistema cardio-circulatório, frequência cardíaca, pressão arterial, perfusão e ritmo. No sistema respiratório 
frequencia respiratória, ausculta e movimento respiratório. No abdome, atividade intestinal, cólicas e diurese. 
 
10. Qual é a conduta em caso de intoxicação por ingestão? 
Deve-se verificar e monitorar os sinais vitais, se assegurar que a vítima respira e colocar a vítima deitada sobre o 
lado esquerdo do corpo, para retardar a absorção da substancia tóxica. Aplicar RCP se necessário. Identificar o 
agente, através de frascos próximos do acidentado, para informar o médico ou procurar ver rótulos ou bulas se 
existe alguma indicação de antídotos. Observar atentamente o acidentado, pois os efeitos podem não ser imediatos. 
Manter a vítima aquecida. Procurar transportar o acidentado imediatamente a um pronto-socorro, para diminuir a 
possibilidade de absorção do veneno pelo organismo. Não fazer respiração boca-a-boca. 
 
11. Qual é a conduta em caso de intoxicação por inalação? 
Deve-se isolar a área, remover o acidentado para um local ventilado, solicitar atendimento especializado, verificar 
e monitor os sinais vitais, manter a cabeça elevada e afrouxar roupas apertadas se a vítima estiver consciente, 
colocar a vítima em posição lateral de segurança se estiver inconsciente, aplicar RPC se necessário, manter o 
acidentado imóvel, aquecido e sob observação (os efeitos podem não ser imediatos). Não fazer respiração boca-a-
boca. 
 
12. Qual é a conduta em caso de intoxicação por contato? 
Remover (com proteção) a substância sólida irritante ou corrosiva o mais rápido possível e lavar com água corrente 
abundantemente, para retirar substâncias líquidas e/ou após remoção de substâncias sólidas. Se as roupas e 
calçados do acidentado estiverem contaminados, a remoção das peças deverá ser feita sob o fluxo de água da 
lavagem, para auxiliar a rápida remoção do agente. As peças deverão ser isoladas. 
Não tentar fazer a neutralização química da substância tóxica. Em caso de contato com gases liquefeitos, aqueça a 
parte afetada com água morna. Encaminhar o acidentado com urgência para atendimento especializado. 
Se for possível, entregar uma amostra da planta ou substância tóxica ao atendimento especializado, para facilitar a 
escolha do tratamento adequado. 
 
13. Qual é a conduta em caso de intoxicação por injeção? 
Solicitar atendimento especializado. Verificar os sinais vitais e monitorá-los. Manter cabeça elevada para evitar 
vômitos e afrouxar roupas apertadas se a vítima estiver consciente. No caso de mordida ou picada de animal, tome 
cuidado para não ser ferido também e proteja a vítima de novas agressões. Procure identificar o animal e, se for 
possível, leve-o morto junto com a vítima. Encaminhar o acidentado com urgência para atendimento especializado. 
 
14. Quais são os sintomas gerais de intoxicação? 
Sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a vítima tenha mastigado, engolido, aspirado ou estado em contato com 
substâncias tóxicas, elaboradas pelo homem ou animais; hálito com odor estranho (cheiro do agente causal no 
hálito); modificação na coloração dos lábios e interior da boca, dependendo do agente causal; dor, sensação de 
queimação na boca, garganta ou estômago; vômitos; distúrbios hemorrágicos manifestados por hematêmese 
(vômito com sangue), melena (sangue escuro nas fezes) ou hematúria (sangue na urina); lesões cutâneas, 
queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas; oligúria ou anúria (diminuição ou ausência de volume 
urinário); queda de temperatura, que se mantém abaixo do normal; depressão da função respiratória; estado de 
coma alternado com períodos de alucinações e delírio; sonolência, confusão mental, torpor ou outras alterações de 
consciência; convulsões; evidências de estado de choque eminente; paralisia. 
 
15. Quais os principais sinais e sintomas em crianças vítimas de intoxicação? 
Alteração no nível de consciência e no comportamento, tamanho e reação das pupilas anormais, achados na pele e 
nas mucosas, sinais bucais (descoloração, ressecamento, manchas), alteração nos sinais vitais, sintomas gástricos 
como náusea ou vômitos, paralisia dos membros. 
 
 
 
 
16. Quais sãoos sinais clássicos que podem ser apresentados por vítimas de acidentes envolvendo plantas 
venenosas? 
Os sinais clássicos são: frequência cardíaca alta, queda de pressão arterial, sudorese, cianose, fraqueza, choque, 
coma, óbito 
 
17. Cite as 5 plantas que mais causam intoxicação no país. 
Comigo ninguém pode, coroa-de-cristo, avelós, mamona e aroeira. 
 
18. Que medidas podem ser adotadas para prevenir intoxicação por plantas venenosas? 
Conhecer as plantas venenosas existentes em casa e nos arredores pelo nome e saber suas características; mantê-las 
fora do alcance de crianças; ensinar as crianças a não colocar plantas na boca nem as utilizar como brinquedo; não 
preparar remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica; não comer folhas, frutos ou raízes 
desconhecidas; tomar cuidado ao podar as plantas que liberam látex; usar luvas e lavar bem as mãos ao lidar com 
plantas venenosas; se houver acidente buscar orientação médica e guardar a planta para identificação. 
 
19. Quais as diferenças entre intoxicação e anafilaxia/alergia? 
A intoxicação é uma ação direta de uma substancia no organismo e pode ocorrer com uma única dose, já na 
anafilaxia há um choque causado pela reação antígeno-anticorpo, onde há primeiro uma dose sensibilizante e 
depois uma dose desencadeante. 
 
20. Quais informações o socorrista deve ter ao ligar para centrais de atendimento a intoxicações? 
Idade e peso do paciente, como foi o contato com o produto (via e circunstância), há quanto tempo houve a 
exposição, os sintomas que o paciente apresenta, informações sobre o produto ou substancia e telefone para 
contato. 
 
 
1. Defina radiação e sua ação. 
É uma forma de transmissão de energia por ondas eletromagnéticas ou partículas, que se propagam em velocidade e 
energia elevadas. Existem várias formas de radiação, entre elas, o som e a radioatividade (todas podem ser perigosas 
em níveis altos). Qualquer corpo que bloqueia a radiação absorve energia do feixe, desse modo, a absorção de 
energia pelos tecidos pode causar lesão. 
 
2. Quais cenários podem resultar em exposição a radiação ionizante e contaminação radioativa? 
Acidente ou sabotagem de um reator nuclear; manipulação errada de lixo nuclear; detonação de uma arma nuclear, 
seja de alto grau ou um dispositivo improvisado de baixo rendimento; detonação de “bomba suja” ou dispositivo de 
dispersão de radiação (DDR), no qual não há detonação nuclear, mas são explosivos convencionais que dispersam 
um radionuclídeo. 
 
3. Quais são os tipos de radiação ionizante e o que causam? 
- PARTÍCULAS ALFA: São relativamente grandes. Só há risco se forem interiorizadas por inalação ou ingestão dos 
emissores dessas articulas, pois a pele intacta ou um uniforme oferecem proteção adequada contra a 
contaminação externa. 
PARTÍCULAS BETA: Partículas pequenas com carga que podem penetrar mais profundamente que as partículas alfa e 
podem afetar camadas mais profundas da pele, com a capacidade de lesionar a base da pele, causando uma 
“queimadura beta”. Apresenta risco em precipitação radioativa nuclear. 
RAIOS GAMA: Semelhantes aos raios-x, e tem a capacidade de penetrar facilmente no tecido. Pode resultar no que 
é denominado exposição de corpo inteiro, que pode resultar em doença aguda por radiação. Risco em precipitação 
radioativa e detonação nuclear. 
NÊUTRONS: Podem penetrar o tecido facilmente, tem vinte vezes mais energia destrutiva que os raios gama, 
desagregando a estrutura nuclear das células. Também contribuem para a exposição radioativa de corpo todo e 
podem resultar em doença aguda por radiação. Converte metais estáveis em isótopos radioativos. Isso é 
importante nos pacientes que tem metal no corpo, ou naqueles que estão em contato com objetos de metal no 
momento da exposição. Risco em detonação nuclear, não são um risco na precipitação radioativa. 
RAIOS-X: São radiações eletromagnéticas de alta energia, originadas em transições eletrônicas do átomo que sofreu 
excitação ou ionização. Ao se desligar uma máquina de raios-X, ela não produz mais radiação e, portanto, não 
constitui um equipamento radioativo, mas um gerador de radiação. Não provocam desastres radiológicos. 
 
4. Quais tipos de contaminação podem resultar em efeitos tardios (para vítimas e socorristas)? 
As partículas radioativas podem ser inaladas, ingeridas ou absorvidas pela pele ou por ferimentos contaminados. 
Esse tipo de exposição à radiação não resulta em efeitos agudos, mas pode resultar em efeitos tardios. 
 
5. Defina radiação ionizante. 
É a forma mais perigosa de energia de radiação, pois não pode ser percebida pela audição, visão ou sensibilidade. 
Esse tipo de radiação que possui propriedade especifica de ser capaz de desagregar átomos e, desta forma, lesar 
células e tecidos corporais. Tem a capacidade de interagir com os átomos e depositar energia neles, alterando sua 
carga elétrica. Isso pode levar ao processo de ionização, que pode danificar o núcleo celular diretamente e causa 
morte ou disfunção da célula, ou indiretamente, danificar os componentes celulares por interação com a água no 
corpo e resultar em moléculas tóxicas. Podem produzir radicais livres que interagem entre si e com outras moléculas 
provocando danos. 
 
6. Quais são os sintomas de efeitos tardios da radiação? 
Cefaleia, cansaço e fraqueza; anorexia, náuseas, vômitos e diarreia; lesões na pele (2° e 3° graus), epilação (perda de 
pelos) e ulceração; supressão da medula óssea por linfopenia, neutropenia ou trombocitopenia; purpura e infecções 
oportunistas (disfunção imunológica). 
 
7. Qual deve ser a conduta de socorro em acidentes radiológicos? 
O socorrista deve avaliar a cena quanto à segurança; fazer a estabilização clinica dos ferimentos traumáticos do 
acidentado, antes de pensar nas lesões por radiação (= se houver trauma, tratar primeiro). O socorrista então deve 
avaliar quanto à exposição à radiação externa e contaminação e descontaminar a vítima, retirando suas roupas; em 
seguida lavá-la com água e sabão, ou só água (após o tratamento das lesões que colocam a vida em risco). 
O socorrista deve estar protegido da radiação (precauções-padrão), com roupas protetoras, luvas e mascaras e deve 
acionar as autoridades responsáveis. 
Se o paciente estiver com risco de vida, as lesões devem ser tratadas primeiro e a descontaminação deve ser feita 
depois. No entanto, caso o paciente não apresente nenhum risco de vida, a descontaminação deve ser feita 
primeiro, para que então seja feito o tratamento adequado da vítima. 
 
8. Uma pessoa que entrou em contato com radiação pode passar a radiação para outra pessoa ou objeto? 
Não. Uma pessoa ou objeto irradiado não guarda em seu corpo, qualquer propriedade radioativa que possa ser 
transmitida. Assim, uma pessoa que faz tratamento com radioterapia ou fez radiografias foi irradiada, mas não passa 
essa radiação para outra pessoa. 
 
9. Uma pessoa que está contaminada com radiação pode passar a radiação para outra pessoa ou objeto? 
Sim. A radiação pode se propagar por contato com partículas radioativas e contaminar objetos e pessoas antes não 
contaminados 
 
10. Qual é a diferença entre contaminação e irradiação? 
A contaminação se dá devido à presença de um material radioativo em um local indevido. Já a irradiação, consiste na 
exposição de um objeto ou corpo à radiação, o que pode ocorrer a alguma distancia, sem necessidade de contato 
direto. 
 
 
 
11. Como pode ser feita a prevenção ou minimização dos efeitos da exposição a radiação? 
 O conceito de tempo/distância/proteção é fundamental na prevenção de efeitos indesejáveis da exposição à 
radiação. Esses efeitos podem ser minimizados pela diminuição do tempo na área afetada, aumento da distância de 
uma fonte de radiação e, também, pelo uso de proteção metálica ou de concreto. 
 
IRRADIAÇÃO DO CORPO INTEIRO 
1Gy Sem sinais de lesão 
1 a 2 Gy Menos da metade dos pacientesdesenvolverá náuseas e vômitos, muitos apresentarão 
leucopenia. Poucas mortes 
2 Gy Ficará doente e precisa de hospitalização 
6 Gy Mortalidade elevada 
>30 Gy Sinais neurológicos evidentes e morte 
 
RADIOEXPOSIÇÃO AGUDA EM ADULTOS 
Infra-clínica >1 Gy Sem sintomas na maioria 
Reações gerais leves 1-2 Gy Astenia, náuseas e vômitos 
Hematopoiética leve 2-4 Gy Função medular atingida: leucopenia, linfopenia, anemia, 
trombopenia (recuperação em 6 meses) 
Hematopoiética grave 4-6 Gy Função medular gravemente atingida 
DL50 4-4,5 Gy Morte de 50% dos indivíduos 
Gastro-intestinal 6-7 Gy Diarreia, vômitos, hemorragias, morte em 5 ou 6 dias 
Pulmonar 8-9 Gy Insuficiência respiratória aguda, come e morte entre 14 e 36h 
cerebral Superior a 10 Gy Morte em poucas horas por colapso 
 
 
 
1. Defina eletrocussão. 
É lesão ou morte provocada pela exposição do corpo a uma dose letal de energia elétrica (raios ou fios de alta 
tensão), sendo a principal causa de lesão ou morte relacionada a efeitos atmosféricos. 
 
2. O que são raios, relâmpagos e trovões? 
Raios descargas elétricas muito intensas que ocorrem em nuvens e podem atingir o solo, eles ocorrem em 
consequência do rápido movimento de elétrons de um lugar para outro. Os elétrons se movem com tamanha 
velocidade que fazem o ar ao seu redor iluminar-se (clarão = relâmpago) e aquecer-se (estrondo = trovão). 
 
3. Qual é a incidência de raios no Brasil e no mundo? 2 raios por segundo no Brasil (60 milhões por ano) e 50 
por segundo no mundo. 
 
4. Qual é a epidemiologia dos acidentes por raios? 
98% ocorrem em locais abertos, as vitimas são em sua maioria (89%) homens. 30% ocorrem com jovens entre 20 e 
25 anos. 25% embaixo de árvores e 25% próximos à agua. 70% das lesões não são fatais e a maioria dos óbitos são 
decorrentes de PCR. 
 
5. Porque ocorrem muitos acidentes com raios próximos ao mar? 
A água possui menor resposta às variações de temperatura, na praia o relevo é menos acidentado e há menor 
concentração de aerossóis (em relação ao continente). 
 
6. Qual é a porcentagem de mortalidade das lesões por raios? 30% das lesões são fatais. 
 
7. Quais são os mecanismos de lesão por raios? 
Ataque direto (raio atinge diretamente a pessoa); contato (individuo em contato direto com objeto atingido); 
contato lateral ou respingo (raio atinge o objeto e respinga em vítimas por salto de corrente); voltagem de corrente 
(o raio atinge a terra ou objeto adjacente e a disseminação da corrente é radial, o trajeto da corrente passa pelo 
indivíduo de membro a membro seguindo a via de menor resistência); indireto (onda de choque produzida pelo raio 
que projeta o indivíduo até 10 metros, produz trauma fechado) 
 
8. Compare as lesões causadas por raios às causadas por eletricidade em alta voltagem. 
O nível de energia do raio é muito maior (30 milhões de volts) enquanto da rede de alta voltagem é de 1mil a 1,5mil 
volts. O trajeto do raio se dá por faísca e orifício e o da alta voltagem é profundo e interno. O tempo de exposição 
do raio é breve e da alta voltagem, prolongado. As queimaduras raio superficiais e leves, já as da alta voltagem são 
profundas e internas. A ação dos raios sob o coração causa PC primária e secundária ou assistole, já a alta voltagem 
causa fibrilação. No que diz respeito aos rins, os raios causam mioglobinúria ou hemoglobinúria raras e a alta 
voltagem, insuficiência renal com mioglobinúria. A fasciotomia raramente é necessarária nos acidente com raios, 
mas nos de alta voltagem é comum e extensa. A ocorrência de trauma fechado em raios possui efeito explosivo, e 
em casos de alta voltagem provoca queda e arremesso. 
 
9. Quais são as possíveis alterações corporais em pessoas atingidas por raios? 
Alterações cardíacas (fibrilação ventricular, assistolia, estímulos autonômicos, alterações de ECG, necrose do 
miocárdio), alterações respiratórias (espasmos da musculatura respiratória principal e acessória, bloqueio do centro 
respiratório, edema agudo de pulmão, alterações no SNC (perda de consciência, amnésia, dor de cabeça, parestesia, 
hemorragia intracraniana, doença no neurônio motor, distúrbios do movimento, relacionados a segundo trauma 
como queda – lesão medular), alterações renais (insuficiência renal aguda) e figuras de Lichtemberg. 
 
10. Como atender vítimas atingidas por raios? 
Observar segurança do local (para o próprio socorrista e para terceiros), estabilizar vias aéreas, respiração e 
circulação (se necessário, realizar RCP). Avaliar o ritmo cardíaco com um desfibrilador automático externo (DEA) 
após cinco ciclos (2min) e encaminhar ao serviço médico especializado. 
 
11. Como deve ser feita a prevenção em ambientes fechados? 
Procurar edifícios, ficar longe de: portas e janelas abertas, lareiras, chuveiros, objetos metálicos; desligar todos os 
aparelhos eletrônicos da tomada; usar o telefone apenas em emergências. 
 
12. Como deve ser feita a prevenção em ambientes abertos? 
Evitar objetos metálicos, lugares altos como árvores, áreas próximas a oleodutos, campos e abrigos abertos; se 
possível fique no interior de um veículo fechado; evitar estacas metálicas e objetos úmidos de barracas (barracas 
não oferecem segurança), os indivíduos devem ficar de 10 a 15 m de distância entre si; não fique em pé, agache-se 
com os pés juntos e mão cobrindo as orelhas de preferência sobre algum material isolante; procure uma área baixa 
com vegetação menor, se entrar em cavernas fique longe da sua abertura e paredes laterais, só entre em valas se 
estiverem secas, em hipótese alguma fique dentro d’água. 
 
 
 
1. Defina o que são queimaduras. 
Lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem térmica resultante da exposição a agentes 
térmicos, químicos, radioativos, elétricos, atrito ou fricção. Podem atingir graves proporções de perigo para a vida ou 
para a integridade da pessoa. 
 
2. Descreva a epidemiologia das queimaduras. 
Cerca de 2/3 dos casos são domiciliares e as crianças são as mais atingidas (58%). Mais de 1 milhão de casos/ano no 
Brasil. 
 
3. Quais são as principais causas de queimaduras? 
A mais comum é por escaldadura, a mais grave é por chama, mas também podem ocorrer por contato, radiação, 
agentes químicos, frio, eletricidade. 
 
 
4. Quais fatores determinam a gravidade de uma queimadura? 
Causa, profundidade, extensão da lesão, localização, associação com outras lesões, comprometimentos das vias 
aéreas e estado prévio do acidentado 
 
5. Classifique as queimaduras quanto ao agente causal. 
Elas podem ser causadas por agente físico (temperatura, eletricidade, radiação), por agente químico (ácidos, bases, 
álcool, gases) ou agente biológico (animais). 
 
6. Classifique as queimaduras quanto a profundidade queimada do corpo. 
- 1º grau: afeta apenas a epiderme, causando eritema que clareia sob pressão, dor e edema. A cura é espontânea 
- 2º grau: afeta epiderme e derme, causa eritema, dor e edema abaixo da pele, bolhas, pele úmida, restos de pele 
queimada soltos. Cura espontânea, porem lenta, com possível cicatriz 
- 3º grau: vai além da derme, comprometendo toda a profundidade da pele (podendo atingir a exposição dos 
tecidos, vasos e ossos). Cor branca, amarela ou marrom, possui pouca ou nenhuma dor, a pele fica úmica. Não 
cicatriza espontaneamente, necessitando de enxerto 
- 4º grau: carbonização, necrose total e tecido negro 
 
7. Cite possíveis evidencias de envolvimento das vias aéreas em ocorrências de queimadura. 
Chamuscamento de cílios e vibrissas nasais, escarro carbonado, rouquidão, explosão com envolvimento de tronco e 
cabeça. 
 
8. Quais são as partes da avaliação primária e o que deve ser feito em cada uma delas? 
A: Airway – deve ser ofertado O2 umidificado a 100% e realizar intubação quando necessário 
B: Breathing – avaliar a expansibilidade torácica e a necessidade de escarotomia 
C: Circulation – aferir PA, dois acessos venosos (preferencialmente em áreasnão queimadas 
D: Disabibility – aplicar a escala de coma de Glasgow 
E: Expose – controle do ambiente e da exposição da vitima (evitar perda de calor) 
 
9. Quais medidas devem ser tomadas na avaliação secundária? 
Interromper o processo de queimadura, água corrente por 15 min, retirar jóias e roupas, curativo não aderente 
(estéril). 
 
10. Em quais casos é indicada a admissão em centros de queimados? 
Lesões inalatórias; queimaduras de 3º grau; queimaduras de 2º grau com mais de 10% de área corporal atingida; 
quando envolvem face, mãos, pés e genitálias; queimaduras químicas e elétricas. 
 
11. Realize a distribuição em porcentagem de superfície corporal. 
Cabeça = 9% (sendo 4,5 anterior e 4,5 posterior) 
Tronco = 36% (sendo 18 anterior e 18 posterior) 
Genitália = 1 % 
Membro superior = 9% cada 
Membro inferior = 18% cada 
 
12. Explique e dê um exemplo do cálculo de reposição volêmica: 
Para calcular o volume necessário para a reposição, utiliza-se a Fórmula de Parkland (2ml X SCQ X peso kg). Uma 
pessoa que pesa 75 kg e teve 38% de superfície corporal queimada terá que repor 2 X 38 X 75, resultanto em 5700ml 
que deverão ser administrados metade nas primeiras 8 horas e a segunda metade nas demais 16 horas. 
 
 
 
 
1. O que são lesões osteoarticulares e quais são os seus tipos? 
São lesões que ocorre, nos ossos, músculos e ligamentos. Podem ser do tipo entorse, luxação ou fratura. 
 
2. Defina entorse e enumere seus sinais e sintomas. 
Entorses são lesões nos ligamentos onde ocorre estiramento por distensão além de sua amplitude normal, podendo 
ocorrer ruptura ligamentar. Nos entorses as superfícies articulares mantêm-se em contato. Os sintomas são dor 
intensa ao redor da articulação atingida, dificuldade de movimentação e dor à movimentação. 
 
3. Quais são as causas mais frequentes de entorses? 
Hiperextensão violenta, contrações violentas ou rotações que forçam as articulações. 
 
4. Qual deve ser a conduta em casos de entorse? 
Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas, diminuindo edema e dor; manter o membro 
elevado; caso haja ferida no local da entorse, cobrir com curativo seco e limpo; imobilizar o membro com talas na 
posição que for mais cômoda para o acidentado; preparar o acidentado para o transporte; encaminhar ao 
atendimento médico especializado. 
 
5. Defina luxação e enumere seus sinais e sintomas. 
Lesões onde a extremidade de um dos ossos que compõem uma articulação é deslocada de seu lugar com perda de 
contato total ou parcial dos ossos que a compõe. Os sinais e sintomas mais comuns são dor intensa no local afetado 
(muito maior que a do entorse), geralmente afetando todo o membro; edema; impotência funcional e deformidade 
visível na articulação, podendo apresentar encurtamento ou alongamento do membro afetado. 
 
6. Quais são as principais causas de luxações e quais articulações são as mais atingidas? 
As principais causas são traumatismos por golpes indiretos, movimentos articulares violentos ou mesmo uma 
contração muscular. As articulações mais atingidas são as do ombro (50%), cotovelo, dedos e mandíbula. 
 
7. Qual deve ser a conduta em casos de luxação? 
A conduta para casos de luxação é a mesma dos casos de entorse: aplicar gelo ou compressas frias durante as 
primeiras 24 horas, diminuindo edema e dor; manter o membro elevado; caso haja ferida no local da entorse, cobrir 
com curativo seco e limpo; imobilizar o membro com talas na posição que for mais cômoda para o acidentado; 
preparar o acidentado para o transporte; encaminhar ao atendimento médico especializado. 
A manipulação das articulações deve ser feita com extremo cuidado e delicadeza (devido a dor intensa) e a redução 
é uma atividade exclusiva de pessoal especializado em atendimento a emergências traumato-ortopédicas. 
 
8. Defina fratura, classifique seus tipos e enumere seus sinais e sintomas. 
Fraturas são interrupções na continuidade do osso, apresentando variado grau de deformação da região afetada. 
Pode ser classificada em fechada/interna quando não há perfuração da pele e em aberta/exposta quando os ossos 
entram em contato com o meio externo (por perfurar a pele ou por uma perfuração na pele atingir o osso). Os sinais 
e sintomas são: dor intensa no local, que aumenta com o movimento; edema local; crepitação ao movimentar; 
hematoma ou equimose; paralisia. 
9. Quais são os mecanismos de ocorrência de fraturas? 
Ação direta no osso, ação indireta no osso (transmissão) ou ação muscular. 
 
10. Quais são as principais causas de fraturas? 
Queda, impacto ou movimento violento ou esforço maior do que o osso pode suportar. 
 
11. Quais são os tipos de fratura? 
Oblíqua, cominuta, espiralada ou exposta. 
 
12. Quais são as complicações geradas pelo desvio de fratura e as possíveis causas do desvio? 
Lesão muscular; laceração de vasos levando a hemorragia; perfuração da pele levando a exposição óssea e 
ocasionando alto risco de infecção. O desvio pode ocorrer devido a movimentação precipitada e deslocamento 
inadequado do acidentado. 
 
13. Quais são as causas das lesões vasculares em fraturas? 
Desvio importante do osso, pontas ósseas ou fragmentos ósseos podem ocasionar lesões vasculares. 
 
14. Qual deve ser a conduta em casos de fratura? 
Observar o estado geral do acidentado, procurando lesões mais graves, com ferimentos e hemorragias; acalmar o 
acidentado, pois ele fica apreensivo e entra em pânico; ficar atento para prevenir o choque hipovolêmico; controlar 
eventual hemorragia e cuidar de qualquer ferimento, com curativo; imobilizar o membro com talas, procurando 
colocá-lo na posição que for menos dolorosa para o acidentado, o mais naturalmente possível; trabalhar com muita 
delicadeza e cuidado; preparar o acidentado para o transporte; atendimento médico especializado. 
O estado geral e as condições das vias aéreas devem ser monitorados permanentemente. Para profilaxia de 
choque, hemorragias devem ser contidas. O acidentado deve ser protegido do frio, mantido em decúbito e deve ser 
mobilizado o mínimo possível. Manobras desorientadas e descontroladas provocam a laceração de partes moles e 
até mesmo perfurações de pele, o que transforma uma fratura fechada em aberta (exposta), de prognóstico muito 
pior. 
 
15. O que deve ser feito em casos de fraturas expostas? 
Ficar atento para o controle da hemorragia arterial; não tentar jamais recolocar o osso exposto de volta para o seu 
lugar; limpar o ferimento provocado pela exposição do osso (soro/água e sabão); colocar um curativo seco e fixá-lo 
com bandagens; não tocar no osso exposto; manter o acidentado em repouso tranquilizando-o enquanto se procede 
a imobilização da mesma maneira que se faz para os casos de fratura fechada; preparar o acidentado para o 
transporte; atendimento médico especializado. 
 
16. O diagnóstico entre entorse, luxação e fratura deve ser feito para se prestar socorro? Não, toda lesão deve 
ser tratada como uma fratura. 
 
 
 
1. O que são bandagens e porque devem ser utilizadas? 
Bandagens são peças de tecido aplicadas em áreas de ferimentos. São usadas para exercer pressão e controlar um 
sangramento, fixar curativos e/ou protegendo feridas. 
 
2. O que são imobilizações e porque são utilizadas? 
Imobilizar é tirar os movimentos das articulações acima e abaixo da lesão. São realizadas afim de fornecer apoio a 
uma parte lesionada do corpo e/ou fixar uma tala em uma parte lesionada do corpo nas lesões osteoarticulares 
evidentes ou suspeitas quando se necessita transportar uma vítima de acidente. 
 
3. Quais materiais e tipos de bandagens mais utilizados? 
Gazes, crepom e tecidos (elásticos ou não). As mais frequentes são as em rolo e as triangulares 
 
4. Para que são utilizadas as bandagens triangulares? 
São utilizadas para apoiar fraturas, aplicar talas, formar tipóias ou fazer torniquetes improvisados. 
 
5. Quais são os princípios básicos para a aplicaçãode bandagens? 
Proteger o ferimento com compressa de pano limpo e de tamanho suficiente para cobri-lo até além dos limites da 
lesão, deixando a extremidade de um membro ferido descoberta, para observar, pela coloração, se a circulação está 
se processando normalmente. Evitar apertar demasiado a compressa, para não correr dificuldade na circulação, mas 
também evitar deixar a compressa demasiadamente frouxa, para que não se desprenda com facilidade. Fixar a 
compressa com material que garanta a firmeza e a integridade do curativo. Evitar o contato de duas superfícies de 
pele para evitar irritação. Colocar o acidentado na posição correta para o tipo de lesão. Manter sempre apoiada a 
parte do corpo onde se está aplicando a bandagem, para que se possa manter a posição correta. Proteger as 
saliências ou os ferimentos com curativos de gaze. A bandagem deve cobrir todas as bordas do curativo. Cobrir 
apenas um terço da bandagem em cada volta. Correr a bandagem sempre da esquerda para a direita (destro). Não 
deixar extremidades soltas, pois podem enroscar em algum objeto. Se o sangue ensopar o curativo e a bandagem 
original, ela não deve ser removida, deve-se aplicar outro curativo sobre o local. Imobilizar o local do ferimento. 
 
6. Como devem ser aplicadas as ataduras? 
Com o membro na posição que ele deve permanecer, suspender a extremidade da atadura o mais alto possível em 
relação ao ferimento e aplicá-lo desenrolando-a pouco a pouco. Iniciar a aplicação da atadura, pela sua extremidade, 
colocando-a na parte superior do curativo, dando duas voltas bem firmes, para que fiquem ajustadas. Envolver o 
membro, passando a atadura alternadamente, por cima e por baixo do ferimento, de tal maneira que cada volta 
cubra um terço da volta anterior, mantendo a mesma pressão, até que a atadura fique bem ajustada. Prender a 
extremidade da atadura, para que a bandagem fique firme. 
 
7. O que são talas e tipóias? 
Talas são qualquer dispositivo usado para imobilizar uma fratura ou lesão articular, podendo ser flexíveis ou rígidas, 
industrializadas ou improvisadas com qualquer objeto que ofereça estabilidade. Já as tipóias são apoios feitos a 
partir de panos, faixas, cintos etc, que visam sustentar o peso e manter os membros em elevação constante e com 
certa imobilização. 
 
8. Para que são utilizadas as talas? 
Para apoiar e imobilizar possíveis fraturas, deslocamentos e entorses graves; controlar o sangramento; controlar a 
dor; reduzir o inchaço e evitar maiores danos aos tecidos pelo movimento das extremidades ósseas. 
 
9. Quais são as regras gerais para a aplicação de talas? 
Em caso de presença de lesão com dor, imobilize a lesão; primeiro deve-se cobrir todos os ferimentos, incluindo 
fraturas abertas, com curativos estéreis ou limpos antes de aplicar a tala e, em seguida, enfaixar cuidadosamente. 
Remover ou cortar as roupas e as jóias ao redor do local da lesão. 
O membro atingido deve ser acolchoado com panos limpos, camadas de algodão ou gaze, procurando sempre 
localizar os pontos de pressão e desconforto; forrar a tala para prevenir pressão e desconforto à vítima. Ao 
imobilizar um membro que não pôde voltar ao seu lugar natural, não forçar seu retorno. Imobilizar a área lesionada 
na posição em que foi encontrada. 
Tanto antes quanto depois da imobilização, avaliar o pulso e a sensibilidade distalmente à lesão. Prender as talas 
com ataduras ou tiras de pano. Imobilizar as articulações imediatamente acima e abaixo da lesão. Fixar em pelo 
menos quatro pontos: acima e abaixo das articulações e acima e abaixo da fratura. 
Apertar o suficiente para imobilizar a área, com o devido cuidado para não provocar insuficiência circulatória; avaliar 
a cada 15 minutos para garantir que a tala não impeça a circulação. 
 
EXCEÇÕES: Se houver deformidade profunda, ausência de pulso ou se a extremidade distal estiver cianótica, alinhe o 
membro lesionado com tração leve antes de fazer a imobilização. Se a vítima apresentar sinais de choque, alinhar a 
lesão na posição anatômica normal e providenciar transporte imediato, sem perder tempo com a aplicação de talas. 
 
10. Quais são os tipos de talas? 
Talas rígidas moldáveis e não moldáveis, talas de tração, talas pneumáticas/infláveis e talas improvisadas (incluindo 
a tala anatômica). 
 
11. Quais são as dificuldades de uso das talas infláveis? 
Não se ajustam aos membros; podem impedir a circulação e dificultar o monitoramento das extremidades e pulsos; 
podem perder pressão. 
 
12. Quais características devem ter as talas improvisadas? 
Elas devem ser leves, firmes e rígidas. Longas o suficiente para se entender sobre as articulações e prevenir 
movimentos dos dois lados da fratura. Também devem ser largas o suficiente para o membro afetado e forradas 
para que sua superfície não entre em contato direto com a pele. 
 
 
 
 
1. Quais são as diferenças entre animais peçonhentos e animais venenosos? 
Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com os dentes ocos, ferrões 
ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. Já os animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas 
não possuem um aparelho para inocular o veneno, como ferrões, provocando envenenamento passivo por contato 
(taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu). 
 
2. Quais são os sintomas gerais de acidentes com animais peçonhentos? 
Dor local, rápido enfraquecimento, perturbações visuais, pulso fraco, extremidades frias, rigidez na nuca. 
 
3. Enumere cobras, aranhas, escorpiões e insetos de acordo com a frequencia de casos relacionados a 
acidentes com esses animais (do mais para o menos frequente): Insetos, escorpiões, aranhas, cobras. 
 
4. Defina a epidemiologia dos acidentes com insetos. 
A maior parte deles ocorre por abelhas. Elas atacam uma maioria de crianças, do sexo masculino. Sua mortalidade é 
elevada em idosos e mais da metade dos óbitos ocorrem na região sudeste. 
 
5. Cite as diferentes apresentações do acidente com abelhas. 
- Vítima não sensibilizada ao veneno (poucas picadas) é o tipo de acidente mais frequente e de menor risco. 
- Vítima sensibilizada a componentes do veneno (reação de hipersensibilidade imediata): dor generalizada, prurido, 
pápulas brancas de consistência firme e elevada, fraqueza, cefaleia, apreensão e medo, torpor e agitação. 
- Múltiplas picadas: Insuficiência respiratória, edema de glote, broncoespasmo, edema das vias aéreas, insuficiência 
renal, hipertensão arterial, choque e morte. 
 
6. Quais são as espécies mais comuns e qual a ação do veneno delas? 
As espécies mais comuns são a ”Abelha Africana” e a “Abelha Europeia”, elas possuem toximas de ação motora, ação 
bloqueadora neuromuscular, agem na degranulação de mastócitos com liberação de histamina e serotonina. 
 
7. Qual é a conduta para casos de acidentes com abelhas/vespas? 
Manter a calma e observais os sinais e funções vitais. No caso de múltiplas picadas (abelhas ou vespas), levar a 
vítima rapidamente para o hospital, juntamente com uma amostra do inseto. Retirar o ferrão e o saco de veneno, 
que deixados pelo inseto no local da picada (não usar pinça pois provocam a compressão dos reservatórios de 
veneno. A melhor técnica é a raspagem local com uma lâmina limpa); após a retirada, lavar o local com água e 
sabão. Aplicar bolsa de gelo. 
 
8. Quais são as características epidemiológicas dos acidentes com cobras? 
Prevalência de adultos jovens (entre 20 e 49 anos) do sexo maculino com procedência na zona rural (80%). São mais 
frequentes em meses quentes e chuvosos. Atingem principalmente pés, pernas e mãos. 
 
 
 
9. Quais são as espécies de serpentes mais comuns no Brasil e qual o efeito de suas toxinas? 
 
- Jararaca (90,5% dos casos) possui efeito proteolítico + coagulante + hemorrágico 
Local: dor, hemorragia, processo inflamatório agudo, bolhas, necrose, síndrome compartimental, limitação dos 
movimentos,amputação cirúrgica 
Sistêmico: incoagulabilidade sanguínea, sangramentos, hipotensão, choque hemorrágico, insuficiência renal, edema 
generalizado 
 
- Cascavél (7,7%) possui efeito neurotóxico + coagulante, + miotóxica 
Local: edema, parestesia 
Sistêmico: fáscies miastênicas, turvação visual, diplopia, miose/midríase, hematúria, mialgia, insuficiência renal, 
necrose muscular, insuficiência respiratória por paralisia 
 
- Surucucu (1,4%) possui efeito proteolítico + coagulante + hemorrágico + neurotóxico 
Local: dor, edema, eritema, equimose, bolhas 
Sistêmico: alteração na coagulação, hipotensão, bradicardia, cólica abdominal, diarreia, necrose, síndrome 
compartimental 
 
- Coral (0,4%), possui efeito neurotóxico 
Local: adormecimento, formigamento (parestesia) 
Sistêmico: fáscies miastênica, vômitos, turvação visual, diplopia, miosemidríase, insuficiência respiratória aguda 
 
Efeito proteolítico = onde as enzimas do veneno destroem as proteínas dos tecidos afetados, gerando edema, 
bolhas, necrose e abcesso 
Efeito coagulante = aumenta o tempo ou impede a coagulação 
Efeito hemorrágico = onde causa lesão de vasos, gerando equimose e hemorragias internas e externas 
Efeito miotóxico = produz lesões nas fibras musculares esqueléticas 
Efeito neurotóxico = afeta o SNC 
 
10. Liste os 5 animais mais responsáveis pelos acidentes ofídicos por ordem de letalidade (do mais letal para o 
menos): Cascavél, Surucucu, Coral, Jararaca 
 
11. Quais são as espécies de escorpiões mais comuns no Brasil e qual o efeito de suas toxinas? 
- Escorpião amarelo possui veneno neurotóxico (maior causador de acidentes graves e óbitos) causa hiperestesia e 
leva a parada respiratória 
- Escorpião do nordeste possui veneno neurotóxico (poucos acidentes) 
 
12. Qual é a sintopatologia de acidentes com escorpião? 
Vomito, dor, taquicardia, taquipneia, agitação, sudorese, hipertermia, edema pulmonar, sialorreia, hipotensão, 
hipertensão. 
 
13. Quais são as espécies de aranhas mais comuns no Brasil e qual o efeito de suas toxinas? 
- Aranha armadeira (27%) alta incidência no Sudeste, não constrói teias, possui veneno neurotóxico 
Local: dor (comumente irradiada até a raiz do membro), edema, eritema, bolha, parestesia, sudorese, marca da 
picada (quadro leve) 
Sistêmico: agitação, sudorese, náuseas, vômitos, hipertensão, taquicardia e taquipneia (casos moderados); 
sialorreia, sudorese profura, tremores, hipertonia muscular, priapismo, choque, edema agudo de pulmão (casos 
graves) 
 
- Aranha marrom (36,6%) alta incidência no Sul, possui picada imperceptível, teias em forma de algodão, veneno é 
proteolítico, hemolítico e coagulante 
Local: dor, edema, eritema, prurido, equimose, bolhas, exantema, necrose cutânea 
Sistêmico: febre, fraqueza, náuseas, vômitos, mialgia, 
 
- Aranha viúva negra (0,4%) alte incidência no Nordeste, faz teias irregulares, vive em grupos, possui veneno de ação 
neurotóxica 
Local: dor, edema, sudorese, parestesia, tremor, contracturas (casos leves) 
Sistêmico: dor abdominal, sudorese generalizada, ansiedade, agitação, mialgia, dificuldade de deambulação, 
cefaleia, tontura, hipertermia (casos moderados); taqui/bradicardia, hipertensão.+, taqui/dispneia, náuseas/vômitos, 
priapismo, retenção urinária (casos graves) 
 
- Aranha tarântula não são perigosas (picam quando comprimidas), não formam teias, possuem veneno proteolítico 
Local: dor discreta e transitória, marcas da picada, edemas e eitemas discretos 
 
- Aranha caranguejeira são as maiores, não são perigosas (apenas os pelos que se desprendem provocam irritação, 
alergia, coceira); seu veneno não apresenta risco a vida humana 
 
14. Como prevenir os acidentes com animais peçonhentos? 
Mantendo jardins e quintais limpos, evitando acumulo de lixo e entulho, limpando terrenos ao lado de residências, 
evitando andar descalço, evitando plantas ornamentais junto às paredes da residência, sacudindo roupas e sapatos 
antes de usar, vedando frestas, usando telas, etc. 
 
15. Qual é a conduta que deve ser aplicada para esses acidentes? 
Manter a vítima em repouso absoluto; remover adornos; lavar o local da picada com água e sabão, proteger o local 
da lesão com curativo de gaze seca; elevar a região afetada acima do nível do coração; dar apoio respiratório, se 
necessário; preparar para o transporte o mais rápido possível; encaminhar para o serviço especializado. 
Atenção para as reações sistêmicas e prevenção do estado de choque. Identificar o gênero ofídico é importante 
para que haja a soroterapia específica. 
 
16. Quais fatores interferem na gravidade do acidente? 
Quantidade de veneno inoculado, região atingida, espécie causadora e tempo até o tratamento adequado (quando 
ocorre em até 6h possui melhor evolução). 
 
 
1. Defina o que é o APH e as características de seus modelos. 
É o atendimento prestado a vítima no local do acidente, visando a manutenção da vida e estabilização do transporte 
adequando a vítima a um centro hospitalar. O modelo americano se baseia na figura do paramédico, que é uma 
profissão especializada que se utiliza de protocolos que tornam o profissional apto a realizar procedimentos 
invasivos. Já o modelo europeu, seguido pelo Brasil, é medicalizado, ou seja, o médico se desloca até a ocorrência 
(no Brasil são utilizados tripulantes de suporte basico e avancado, medicos, enfermeiros). 
 
2. Quando deve ser realizado o transporte da vítima? 
- Quando for impossível a chegada a chegada do socorro especializado, por exemplo em locais de difícil acesso 
e/ou ausência total de comunicação. Nesse caso, deve-se movimentar a vítima o mínimo possível para que 
não haja risco de agravar as lesões. 
- Quando a vítima se apresenta com dificuldade ou impossibilitada de andar 
- Quando a vítima se encontra inconsciente. 
 
3. De quais formas é possível realizar o transporte? 
Com 1 socorrista: apoio no ombro, nas costas, padiola/cobertor 
Com 2 socorristas: cadeirinha, cadeira, padiola, nas extremidades 
Com 3 e 4 socorristas: para politrauma, transporte em bloco 
 
 
4. Em quais situações deve ser usada a padiola? 
É o meio mais adequado para transportar doentes e feridos na falta de uma maca hospitalar, mas não deve ser 
utilizado em vítimas de politraumas. 
 
5. Como deve ser realizado o transporte de vítimas com suspeita de lesão na coluna? 
Improvisar uma padiola não flexível e lisa (porta, tábua) e colocar almofadas na região da nuca, da lombar, na dobra 
da perna e no tornozelo. Para colocar o acidentado na padiola, rolar ele sob o próprio corpo e em seguida rolar o 
corpo sobre a padiola. A vítima deve se imobilizada para o transporte (colocar almofadas ao redor da cabeça e 
amarrar a testa, depois amarrar o corpo à tábua nas alturas do peito, quadril e pé). 
Também pode ser feito com o auxílio de mais 3 pessoas: a primeira segura a cabeça, o segundo o dorso, o terceiro as 
nádegas e coxas e a quarta as pernas e pés. Todos simultaneamente levantam a vítima e a colocam sobre a padiola, 
tomando cuidado para não dobrar a coluna. 
6. De que forma deve ser realizado o transporte em veículo? 
- Carroça: depois de imobilizar a vítima na tala, colocá-la dentro da carroça sobre um colchão ou palha para não a 
deixar se mover muito. Sente-se ao seu lado para evitar que ela role com os movimentos da carroça 
- Caminhão: escolher o mais leve, pois há menos solavancos. 
- Automóvel: poucas vítimas podem ser transportadas em automóvel sem que a posição, que forçosamente terão de 
adotar, venha a prejudica-las. Se necessário, em lesão de membros superiores ou ferida a vítima pode viajar sentada 
no banco de trás (se motorista dirigir com calma). Se houver lesão na cabeça a vítima deve ficar deitada no banco de 
trás com as pernas encolhidas. Se houver a necessidade de viajar na posição reta, deitar o banco do passageiro da 
frente para trás e colocar a maca com a parte da cabeça da vítima apoiada no banco detrás e da perna no banco da 
frente. 
 
7. Cite as variáveis a se considerar para adequação do transporte. 
- Tipo de lesão 
- Localização da lesão 
- Estado de consciência da vítima 
- Número de socorristas 
- Material disponível

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