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Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. Copyright © 1984, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 240-8249/532-2143 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 8674DEZ 1984 Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com água nebulizada para transformadores e reatores de potência Palavras-chave: Incêndio. Transformadores. Reatores. Água nebulizada 5 páginas Origem: Projeto 00:001.03-013/1982 CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio GT-25 - Grupo de Trabalho de Proteção contra Incêndio em Transformadores Incorpora Errata nº 1, de ABR 1986 Procedimento SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Suprimento de água 6 Componente, projeto e instalação dos sistemas 7 Inspeção 1 Objetivo Esta Norma fixa as condições exigíveis para o projeto, ins- talação, manutenção e ensaios de sistemas fixos automá- ticos de água nebulizada para proteção contra incêndio de transformadores e reatores de potência. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 7195 - Norma de cor na segurança do trabalho - Procedimento NFPA 15 - Water spray fixed systems for fire protection 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.13. 3.1 Anel de distribuição Parte da tubulação que circunda o equipamento protegido, na qual estão conectados os bicos de nebulização. 3.2 Área do prisma envolvente Área correspondente à soma das áreas das faces superior e laterais de um prisma retangular que envolve o equipa- mento, exceto as buchas. 3.3 Bico de nebulização Dispositivo de orifício fixo normalmente aberto, para descarga de água sob pressão, destinado a produzir neblina de água com forma geométrica definida. 3.4 Controle de combustão Aplicação de água nebulizada sobre o equipamento ou área onde ocorrer um incêndio, para controlar a combustão e limitar a liberação do calor até que o fogo seja extinto. 3.5 Descarga não efetiva Parte da descarga dos bicos de nebulização que não tem efeito na superfície a ser protegida, devido a certos fatores como vento ou pressões inadequadas de água. 3.6 Distância elétrica Distância mínima em linha reta entre partes energizadas expostas de um equipamento e partes metálicas do sistema fixo de água nebulizada. 3.7 Impingimento Colisão de gotículas de água projetadas diretamente de um bico de nebulização sobre uma superfície. Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. 2 NBR 8674/1984 3.8 Nebulização Formação de neblina constituída de finas gotículas de água não contínuas. 3.9 Proteção contra exposição Aplicação de água nebulizada sobre estrutura ou equipa- mentos próximos ao equipamento em chamas, para limitar a absorção de calor a um nível que evite danos, falhas e a propagação do incêndio. 3.10 Sistema automático de detecção Conjunto de dispositivos destinados a detectar calor, chama, fumaça e a ativar dispositivos de sinalização, alarme e equi- pamentos de proteção. 3.11 Sistema de água nebulizada Sistema de tubulações fixas conectadas à fonte confiável de água, equipado com bicos de nebulização, válvulas di- lúvio, instrumentos e dispositivos de comando e sinalização, destinado à proteção contra incêndio, por meio de nebu- lização de água. 3.12 Taxa de descarga Vazão de água por unidade de área a proteger, expressa em metros cúbicos por hora por metro quadrado (m3/h/m2). 3.13 Válvulas dilúvio Válvula de descarga de água sob pressão de abertura total, normalmente fechada, de acionamento manual ou automá- tico, ativada por um sistema automático de detecção, des- tinada a permitir o fluxo de água para os bicos de nebulização. 4 Condições gerais 4.1 O sistema de água nebulizada pode ser utilizado com os seguintes propósitos: a) prevenção de incêndio; b) extinção de incêndio; c) proteção contra exposição; d) controle de combustão. 4.2 O sistema deve ser operável automaticamente e provido de meios para operação manual. 4.3 A distância elétrica não deve ser menor que os valores das Tabelas 1 e 2. 5 Suprimento de água 5.1 Geral A água para alimentação do sistema deve ser livre de corpos estranhos e não deve apresentar características agressivas. 5.2 Reservatório de água A capacidade do reservatório de suprimento de água deve permitir manter uma descarga de água para o maior risco isolado nos valores de projeto de vazão e pressão, por um tempo mínimo de 30 min. Tabela 1 - Distâncias elétricas mínimas para equipamentos de tensão máxima de operação igual ou inferior a 145 kV Tensão nominal Tensão máxima de Tensão suportável nominal Distância do sistema equipamento de impulso atmosférico elétrica mínima kV (eficaz) kV (eficaz) kV (eficaz) mm - Até 7,2 60 90 - 15 95 160 - 15 110 200 23 25,8 125 220 23 25,8 150 280 34,5 38 150 280 34,5 38 200 380 46 48,3 250 480 69 72,5 350 700 88 92,4 450 900 138 145 550 1100 138 145 650 1300 Notas: a) As distâncias elétricas são válidas para altitudes até 1000 m. Para altitudes superiores, deverão ser aumentadas em 1% para cada 1000 m. b) Quando a tensão suportável de impulso atmosférico não for disponível, deve-se utilizar o maior valor da distância elétrica para a classe de tensão. Por exemplo, para a tensão nominal de 138 kV, usar distância elétrica de 1300 m. Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. NBR 8674/1984 3 Tabela 2 - Distâncias elétricas mínimas para equipamentos de tensão máxima de operação entre 145 kV e 800 kV Tensão nominal Tensão máxima Tensão suportável Tensão suportável Distância elétrica do sistema do equipamento nominal de impulso nominal de impulso mínima de manobra atmosférico kV (eficaz) kV (eficaz) kV (crista) kV (crista) mm 550 750 1400 650 750 1400 230 242 650 850 1500 750 850 1600 750 950 1700 850 950 1800 750 950 1700 850 950 1800 345 362 850 1050 1900 950 1050; 1175 2200 1050 1175 2600 1050 1300 2600 440 460 1175 1300; 1425 3100 1300 1425 3600 1050 1300 2600 500 550 1175 1300; 1425 3100 1300 1425; 1550 3600 1425 1550 4200 1300 1550 3600 750 800 1425 1550; 1800 4200 1550 1800; 1950 4900 Notas: a) As distâncias elétricas são válidas para altitudes até 1000 m. Para altitudes superiores, deverão ser aumentadas em 1% para cada 1000 m. b) Quando as tensões suportáveis de impulso de manobra ou atmosférico não forem disponíveis, deve-se utilizar o maior valor da distância elétrica para a classe de tensão. Por exemplo, para a tensão nominal de 230 kV, usar distância elétrica de 1800 mm. 5.3 Suprimento de água 5.3.1 O suprimento de água para os sistemas de água nebuli- zada deve ser feito por uma fonte confiável, tal como: a) reservatório de alimentação por gravidade; b) reservatório provido de estação de bombeamento, associado ou não a um tanque hidropneumático. 5.3.2 Devem ser previstos meios para isolar qualquer dos sistemas para que, em caso de manutenção de um deles, o abastecimento dos demais não fique prejudicado. 6 Componentes, projeto e instalação dos sistemas 6.1 Normas Os casos não especificamente cobertos por esta Norma devem obedecer à norma NFPA 15, até que se publique normas brasileiras específicas sobre a matéria. 6.2 Taxa de descarga 6.2.1 A taxa de descarga média a ser utilizada na proteção de transformadores e reatores de potência deve estar si- tuada na faixa de 0,6 a 1,1 m3/h/m2 (10,0 a 18,3 L/min/m2) de área efetivamente protegida, considerando-se esta como a área do prisma envolvente. 6.2.2 As bases desses equipamentos, quando não existirem bacias de contenção, devem ser protegidas com uma taxa de descargamínima de 0,36 m3/h/m2 (6,0 L/min/m2). 6.2.3 Nos casos de equipamentos com formatos não conven- cionais (por exemplo: transformadores ou reatores de potên- cia com radiadores horizontais), pode-se considerar como área efetivamente protegida a soma das áreas dos prismas envolventes do corpo desse equipamento, de seus com- ponentes e acessórios. 6.2.4 Em qualquer dos casos acima a distribuição da des- carga deve ser a mais uniforme possível. Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. 4 NBR 8674/1984 6.3 Tubulação e suportes 6.3.1 A tubulação dos anéis de distribuição não deve ter seu caminhamento por cima do equipamento protegido, devendo ser observadas as distâncias elétricas exigidas (ver 4.3). 6.3.2 Sempre que possível, os suportes da tubulação do sistema automático de detecção devem ser aparafusados e/ou simplesmente apoiados à carcaça do equipamento pro- tegido. Os parafusos da tampa do tanque do equipamento podem ser usados para fazer a fixação. Admite-se a fixação por soldagem, que deve ser evitada, sempre que possível. 6.3.3 O diâmetro da tubulação deve ser tal que: a) a perda de carga máxima no sistema permita uma pressão residual, no bico de nebulização mais des- favorável, que atenda à taxa de descarga prevista; b) permita uma correta distribuição dos esforços dinâ- micos nos anéis de distribuição devido à velocidade de escoamento da água. 6.3.4 A tubulação dos anéis de distribuição deve ser zincada ou galvanizada. Não devem ser utilizadas conexões com guarnições feitas de material deteriorável pelo calor. 6.3.5 A tubulação deve ser dimensionada para suportar a pressão de operação do sistema e para resistir: a) vazia, à exposição ao fogo por no mínimo 2 min; b) a bruscas variações de temperatura; c) à pressão do vapor gerado após a admissão de água no seu interior. 6.3.6 Toda tubulação deve ser diretamente aterrada na malha de terra. 6.3.7 Os suportes devem ser dimensionados e localizados considerando-se também os esforços mecânicos devidos às ondas de choque e vibração nos anéis de distribuição. 6.4 Bicos de nebulização 6.4.1 Para evitar danos às buchas energizadas, a água ne- bulizada não deve atingir estes equipamentos com impin- gimento direto, salvo quando autorizado pelo fabricante ou pelo proprietário do equipamento protegido. 6.4.2 Cada bico de nebulização deve ser dotado de filtro in- dividual que retenha partículas que possam provocar seu entupimento, quando o diâmetro do orifício do bico for infe- rior a 3,2 mm. 6.5 Válvulas 6.5.1 Todas as válvulas devem ser localizadas de modo a serem facilmente acessíveis para operação e manutenção. 6.5.2 A válvula dilúvio deve estar tão perto quanto possível do equipamento protegido, de modo que um mínimo de tu- bulação seja necessário entre essa válvula e os anéis de distribuição. Essa localização deve permitir sua operação rápida e segura, mesmo em caso de incêndio. 6.5.3 A válvula dilúvio deve ser isolada por válvulas-gaveta, de haste ascendente. 6.5.4 As válvulas dilúvio devem ser de abertura total e perma- necer abertas enquanto durar o fluxo de água. O tempo de abertura deve ser compatível com o tempo de atuação do sistema (ver 6.10). 6.6 Filtros Toda tubulação principal de sistema de água nebulizada deve ser provida de filtros que permitam sua limpeza sem prejudicar o funcionamento do sistema. 6.7 Estação de bombeamento 6.7.1 Quando for necessário bombear a água, o sistema deve ser constituído segundo uma das seguintes opções: a) uma ou mais bombas acionadas por motores Diesel, com capacidade total igual a 100% da capacidade de projeto e um tanque hidropneumático completo, com sistema próprio de pressurização, com capa- cidade para no mínimo 3 min de descarga nas con- dições de projeto; b) uma ou mais bombas principais acionadas por mo- tores elétricos com capacidade total igual a 100% da capacidade de projeto, uma ou mais bombas reserva acionadas por motores Diesel, com capacidade total igual a 100% da capacidade de projeto, e uma bomba pressurizadora acionada por motor elétrico. Neste caso, o tanque hidropneumático é opcional. Nota: No caso de disponibilidade de fonte confiável de energia elé- trica, os motores Diesel podem ser substituídos por motores elétricos. 6.7.2 Os manômetros devem ter limite máximo de operação não inferior a duas vezes a pressão de operação do sistema. 6.8 Sistema automático de detecção, sinalização e alarme 6.8.1 Os equipamentos de detecção automática, para siste- mas fixos automáticos de água nebulizada, devem identificar qualquer princípio de fogo, a fim de permitir o combate auto- mático e imediato de incêndio no equipamento protegido. 6.8.2 Podem ser utilizados os seguintes tipos de detectores: a) de calor; b) de fumaça (somente em locais abrigados e fechados); c) de chama. 6.8.3 Os detectores devem ser selecionados para suportar as flutuações normais de temperatura sem causar opera- ções intempestivas do sistema. Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. NBR 8674/1984 5 6.8.4 Os equipamentos de detecção deverão circundar os equipamentos a serem protegidos, de modo a identificar imediatamente qualquer princípio de incêndio em qualquer parte dos mesmos. 6.8.5 Os sistemas automáticos de detecção devem ser su- pervisionados. Os sistemas que dependem de circuitos e componentes elétricos devem ser projetados de modo a estarem sempre energizados. Devem ser sinalizadas falhas como detector defeituoso, circuito interrompido, falta de ener- gia, baixa pressão de ar ou água. 6.8.6 Quando um sistema de detecção atende a mais de um equipamento (um banco de transformadores, por exemplo), devem ser previstos meios para isolar o circuito de cada um desses equipamentos, de modo que, se um deles for desativado, os demais permaneçam em operação. 6.8.7 Deve ser previsto um painel central de sinalização, instalado em local assistido ou de ocupação permanente, como a casa ou sala de controles, para indicar, no mínimo, os seguintes eventos: a) atuação do sistema de detecção por equipamento protegido; b) supervisão do sistema, conforme 6.8.5; c) acionamento das bombas de incêndio (manual ou automático); d) defeito e/ou falta de energia no sistema de atuação das bombas; e) posição da válvula dilúvio (armada ou desarmada); f) posição da válvula de bloqueio fora da posição to- talmente aberta. A sinalização deve ser por meio de um alarme sonoro comum e um alarme visual (luz indicativa) para cada evento. 6.8.8 A alimentação elétrica do painel de sinalização deve ser de forma que ele esteja sempre energizado. 6.8.9 Deve ser previsto também um alarme sonoro local do tipo sirene ou gongo hidráulico, comandado pela válvula dilúvio e/ou pelo sistema de detecção. 6.9 Drenagem Devem ser previstas bacias de contenção, canaletas e dre- nos subterrâneos ou de superfície, para a drenagem da água e do óleo isolante na área do fogo. O dimensionamento do sistema de drenagem deve levar em conta a operação de todos os sistemas projetados para operar simultanea- mente bem como a água de superfície. 6.10 Tempo de atuação do sistema O tempo máximo de atuação do sistema até o início do fluxo de água nos bicos de nebulização deve ser de 40 s, sendo que: a) o tempo máximo de atuação do sistema de detecção deve ser de 20 s; b) o tempo máximo de atuação da válvula dilúvio deve ser de 10 s. 6.11 Pintura A pintura de acabamento dos componentes do sistema fixo de água nebulizada deve ser em vermelho, conforme a NBR 7195. 7 Inspeção 7.1 Lavagem da tubulação 7.1.1 Toda a tubulação deve ser lavada com água antes de ser ensaiada, a fim de remover materiais estranhos e re- síduos que possam interferir no fluxo de água. Os bicos de nebulização devem ser removidos antes de ser feita a lim- peza. 7.1.2 Os trechos subterrâneos, antes de serem enterrados, e os trechos aéreos da tubulação devem ser lavados sepa- radamente antes de serem interligados. 7.1.3 Antesde efetuados os ensaios de escoamento e recolo- cados os bicos de nebulização, e após terem sido feitas as interligações, toda a tubulação deve ser lavada com água à vazão de projeto do sistema. 7.2 Ensaios hidrostáticos Toda a tubulação, inclusive os anéis de distribuição, deve ser ensaiada hidrostaticamente com água a uma pressão mínima igual a 1,5 vez a pressão de projeto do sistema. Os trechos subterrâneos devem ser ensaiados separadamente antes de serem interligados ao restante da tubulação e antes do reaterro das valas. 7.3 Ensaios de escoamento 7.3.1 O sistema, após ensaiado hidrostaticamente, deve ser submetido a ensaios de escoamento com o objetivo de se verificar: a) o correto posicionamento dos bicos de nebulização, a geometria da descarga e a eventual existência de obstáculos que interfiram com a descarga; b) a relação entre a vazão real e a vazão de projeto. 7.3.2 Todos os sistemas projetados para operar simultanea- mente devem ser ensaiados ao mesmo tempo, a fim de ve- rificar a adequacidade do suprimento de água em termos de vazão e pressão. 7.4 Ensaios de operação 7.4.1 Todos os componentes do sistema devem ser rigoro- samente ensaiados operacionalmente, para garantir a con- fiabilidade de operação. 7.4.2 Os ensaios de operação devem incluir o sistema de detecção de incêndio, alarme e sinalização.
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