Norma ABNT NBR 9443: Extintor de Incêndio Classe A

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NBR 9443ABR 1992
Extintor de incêndio classe A - Ensaio de
fogo em engradado de madeira
6 páginasPalavras-chave: Incêndio. Extintor de incêndio. Extinção de
incêndio
Origem: Projeto MB-2062/1990
CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio
GT-15 - Grupo de Trabalho de Avaliação da Capacidade Extintora dos Extintores
NBR 9443 - Fire protection - Fire extinguisher, classe A - Fire test in wood cribb -
Method of test
Descriptors: Fire. Fire extinguisher. Fire extinction
Esta Norma substitui a NBR 9443/1984
Reimpressão da MB-2062, de DEZ 1990
Método de ensaio
SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Documento complementar
3 Definições
4 Aparelhagem
5 Execução do ensaio
6 Resultados
ANEXO - Tabelas
1 Objetivo
Esta Norma prescreve o método de avaliação e determi-
nação de desempenho, durante ensaio de fogo em engra-
dado de madeira, do extintor previsto para o uso no
combate a fogo classe A.
2 Documento complementar
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
ASTM-D-2016(1) - (Método A) Test method for mois-
ture content of wood
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
de 3.1 a 3.6.
3.1 Fogo classe A
Fogo em materiais sólidos que deixam resíduos. Por
exemplo: madeira, papel, tecido e borracha.
3.2 Extintor de incêndio
Equipamento destinado a combater princípios de incên-
dio, por meio da ejeção de substância extintora.
3.3 Extintor de incêndio classe A
Equipamento destinado a combater fogo classe A.
3.4 Madeira não-queimada
Área externa clara, não carbonizada, verificada no engra-
dado de madeira, após o ensaio de fogo.
3.5 Fogo extinto
Para a classe de incêndio em questão, um fogo é consi-
derado extinto quando após 10min de iniciada a descar-
ga do extintor, sob as condições de ensaio, não houver
ocorrência de reignição em forma de chama visível.
3.6 Tempo efetivo de descarga
Tempo, em segundos, decorrido do início da descarga do
extintor de incêndio até a interrupção do fluxo contínuo
de agente extintor.
(1) Esta Norma deve ser consultada enquanto não houver norma brasileira.
2 NBR 9443/1992
4 Aparelhagem
4.1 Anemômetro com resolução máxima de 0,02m/s.
4.2 Cronômetro com resolução máxima de 0,2s.
4.3 Câmara de climatização.
4.4 Medidor de umidade para madeira, com resolução
máxima de 1%.
4.5 Vestimenta de aproximação ao fogo.
4.6 Engradado de madeira conforme Tabela 1, do Anexo.
4.7 Recipiente para líquido inflamável conforme Tabela 2,
do Anexo.
4.8 Líquido inflamável com características conforme Ta-
bela 3, do Anexo.
5 Execução do ensaio
5.1 Condições gerais para o ensaio
5.1.1 Todo ensaio de fogo deve ser executado por pes-
soal técnico experiente. O operador do extintor de incên-
dio deve estar protegido por vestimenta adequada.
5.1.2 Antes do ensaio de fogo, os extintores devem ser
armazenados por um período mínimo de 24h numa fai-
xa de temperatura de 10°C a 25°C. Imediatamente antes
do ensaio, a temperatura do corpo do extintor deve es-
tar compreendida na mesma faixa.
5.1.3 Todo extintor de incêndio deve ser avaliado previa-
mente quanto ao seu tempo efetivo de descarga. Este
tempo deve ser considerado com a válvula de descarga
totalmente aberta, após o extintor ter sido climatizado
durante 24h a uma temperatura de (21 ± 3)°C.
5.1.4 Os ensaios de grau 1-A até 10-A, inclusive, devem
ser efetuados preferencialmente em recinto fechado,
sem correntes de ar, com pé direito e volume interno não
inferiores a 7m e 1600m3, respectivamente.
5.1.4.1 Na impossibilidade do ensaio ser efetuado conforme
5.1.4, quando em ambiente aberto, um anteparo deve ser
utilizado para proteger o engradado, imediatamente após
a descarga do extintor. Nesta situação, a velocidade
máxima do vento, medida entre o anteparo e o engradado,
não deve ser superior a 3m/s, com rajadas máximas de
4,5m/s e sem precipitação pluvial.
Nota: O anteparo pode ser utilizado para o engradado durante
o período de ignição, de modo a auxiliar o bom andamen-
to da queima, devendo ser retirado antes do combate ao
fogo.
5.1.5 De três extintores de incêndio ensaiados, dois de-
vem extinguir o fogo correspondente à avaliação preten-
dida.
5.1.5.1 Caso os dois ensaios iniciais tenham resultado po-
sitivo, o terceiro deve ser dispensado.
5.1.6 Após o ensaio, o engradado não deve apresentar ma-
deira não-queimada superior ao determinado em 6.1.2.
5.1.7 O ensaio é considerado como encerrado quando
decorridos 10min a partir do início da descarga do extin-
tor de incêndio.
5.2 Construção e arranjo
5.2.1 Um engradado de madeira deve consistir em cama-
das de elementos de madeira com secção transversal
nominal de 45mm x 45mm, ou de 45mm x 90mm, de pi-
nho do Paraná, tendo um conteúdo de umidade entre
7% e 15%, conforme determinação da ASTM-D-2016
(Método A), ou conforme determinação direta através de
equipamento de medição de umidade em madeira, em
que os elementos, se necessário, são secados até ob-
ter-se o teor de umidade especificado. A configuração
geral de um engradado e o seu suporte são ilustrados na
Figura. As camadas alternadas devem consistir em ele-
mentos com dimensões especificadas e devem ser colo-
cadas em ângulo reto. Os elementos individuais em ca-
da camada devem ser espaçados uniformemente, for-
mando um quadrado determinado pelo comprimento es-
pecificado dos elementos. O comprimento, tamanho e
quantidade dos elementos individuais e seu arranjo no
engradado devem ser conforme especificado na Tabe-
la 1, do Anexo.
5.2.2 O engradado deve ser construído sobre duas can-
toneiras de ferro de 63mm x 38mm, colocadas sobre blo-
cos de concreto, conforme mostra a Figura, à altura in-
dicada na Tabela 2, do Anexo. Os elementos, formando
as bordas extremas do engradado, devem ser grampea-
dos ou pregados entre si, para se obter resistência às for-
ças exercidas pelo agente extintor.
5.2.3 A ignição do engradado deve ser feita queimando-
se líquido inflamável (ver Tabela 3, do Anexo), em um reci-
piente colocado simetricamente sob o eixo vertical do en-
gradado. As dimensões do recipiente e a quantidade de
combustível a ser queimado devem ser conforme espe-
cificado na Tabela 2, do Anexo.
NBR 9443/1992 3
5.2.4 O líquido inflamável deve ter as características dis-
criminadas na Tabela 3, do Anexo.
5.3 Ignição e combate
5.3.1 Se forem necessárias operações suplementares
para acionar o extintor, tais como abrir válvula de recipi-
ente do gás propulsor, desenrolar mangueira, etc., devem
ser executadas a um tempo antes do ataque ao fogo con-
forme o procedimento normal de operação para o extin-
tor, e de modo suficiente para assegurar que o extintor
seja operado à sua pressão normal de carregamento.
5.3.2 Para avaliação das classes 1-A até 4-A, inclusive,
o combustível de ignição deve queimar-se totalmente;
deve-se deixar que o engradado se queime durante um
período total de 10min (período de pré-queima). Depois
deste período, o fogo no engradado deve ser atacado
com o uso do extintor que está sendo ensaiado. O en-
gradado deve ser atacado por um dos lados, a uma dis-
tância inicial não menor que 2m. O operador pode, en-
tão, reduzir a distância de ataque e dirigir a descarga
para os outros lados, topo e parte inferior do engradado.
5.3.3 Para a avaliação acima da classe 4-A, o combustí-
vel de ignição deve queimar-se durante 4min; após isto,
deve retirar-se o recipiente com líquido inflamável, dei-
xando que o engradado se queime até completar um
tempo total de 7min (período de pré-queima). O ataque
inicial deve ser feito por um dos lados, a uma distância
não menor que 2m. O operador pode, então, reduzir a dis-
tância de ataque e dirigir a descarga para os outros la-
dos, topo e parte inferior doengradado.
5.3.4 Para determinar o grau de avaliação da capacida-
de extintora, o extintor deve extinguir o fogo sob a condição
de descarga contínua.
6 Resultados
6.1 Relatório de ensaio
6.1.1 Durante o ensaio
6.1.1.1 Durante o período de pré-queima devem ser re-
gistrados:
a) a altura aproximada da chama acima do topo do
engradado;
b) o tempo total de queima da carga de líquido infla-
mável.
6.1.1.2 Após o término da descarga do extintor de incên-
dio, devem ser feitas e registradas operações referentes
à presença e localização de quaisquer brasas, bem como
ao aumento ou redução da intensidade destas. Caso
ocorra reignição, o instante deve ser registrado.
6.1.1.3 Para ensaios efetuados em ambiente aberto, de-
vem ser registrados a velocidade do vento, bem como a
ocorrência e o valor de rajadas durante todo o período.
6.1.2 Após o ensaio
Após o ensaio o engradado não deve apresentar madei-
ra não-queimada superior a 5% da sua área externa, vi-
sualmente observada nas seis faces laterais.
Figura - Engradado de madeira
/ANEXO
4 NBR 9443/1992
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ANEXO - Tabelas
Tabela 1 - Construção do engradado de madeira
Grau/Classe Quantidade de elementos Dimensões dos elementos Arranjo dos elementos
e madeira de madeira de madeira no
(mm) engradado
Secção
±1mm Comprimento ±1%
 1-A 50 45 x 45 500 10 camadas de 5
 2-A 78 45 x 45 600 13 camadas de 6
 3-A 98 45 x 45 750 14 camadas de 7
 4-A 120 45 x 45 850 15 camadas de 8
 6-A 153 45 x 45 1000 17 camadas de 9
10-A 209 45 x 45 1220 19 camadas de 11
20-A 160 45 x 90 1500 10 camadas de 15 e
1 camada superior de 10
30-A 192 45 x 90 1850 10 camadas de 18 e
1 camada superior de 12
40-A 224 45 x 90 2200 10 camadas de 21 e
1 camada superior de 14
Tabela 2 - Arranjo de ignição do engradado de madeira
Grau/Classe Dimensões do recipiente do Volume do Altura dos suportes
líquido inflamável líquido acima do piso ou solo
(mm) inflamável
Lados Altura (L) (mm)
 1-A 525 x 525 100 1 400
 2-A 525 x 525 100 2 400
 3-A 680 x 680 100 3 400
 4-A 680 x 680 100 4 400
 6-A 810 x 810 100 6 400
10-A 960 x 960 300 10 800
20-A 1360 x 1360 300 20 800
30-A 1670 x 1670 300 27 800
40-A 1900 x 1900 300 45 800
6 NBR 9443/1992
Tabela 3 - Características do líquido inflamável(A)
PIE, °C 94
PFE, °C 100
Densidade relativa
(20°C/4°C)(B) 0,722
(A) Um tipo comercial de n-heptano.
(B) A água a 4°C está contida em um recipiente de 1L e tem massa de
1000g; o líquido inflamável a 20°C está contido em um recipiente
de 1L e tem massa de 722g.