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Relatório de práticas de OAH

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL
Instituto de Ciências Humanas - ICH
Departamento de História
Educação Patrimonial - Bacharelado
4
5
As comidas preparadas como oferendas aos Orixás na Umbanda
Um projeto em Educação Patrimonial
Anelyse Goulart dos Santos
Assucena Saldanha Maia Silvano
Caio Cesar Geenen
Luis Marcelo Moreira
Paola Trevisol Caravaca
Pelotas, 2019
1. Temática
As comidas preparadas como oferendas aos Orixás na Umbanda: Um projeto em Educação Patrimonial.
2. Justificativa
A Educação Patrimonial é fundamental para “[...] a valorização da diversidade cultural e para o fortalecimento da identidade local [...]” (FLORÊNCIO, CLEROT, et al., 2014, p. 20) pois “[...] sua execução supõe o empenho em identificar e fortalecer os vínculos das comunidades com o seu Patrimônio Cultural, incentivando a participação social em todas as etapas da preservação dos bens.” (FLORÊNCIO, CLEROT, et al., 2014, p. 21). Portanto, compreendemos “[...] que a memória – individual, familiar ou coletiva – está na base ou na essência daquilo que se convencionou chamar de ‘patrimônio cultural’ ” (HORTA, 2000, p. 29). De acordo com o Art. 216 da Constituição Federal de 1988, que reconhece a existência de patrimônios materiais e imateriais, nosso projeto abordará a relação entre as comidas preparadas em forma de oferendas e os Orixás na Umbanda.
A Umbanda é uma religião brasileira onde cultua-se guias e Orixás, dentre outros, tendo “[...] fundamentos tão importantes quanto, por exemplo, a obediência a ensinamentos básicos dos valores humanos, como fraternidade, caridade e respeito” (AZEVEDO, 2010, p.13). Nasceu no Estado do Rio de Janeiro, na cidade de Niterói, no dia 15 de novembro de 1908, “fundada” por Zélio Fernandino de Moraes. Nesse dia através do Caboclo das Setes Encruzilhadas ficam definidas as manifestações de espíritos que não eram aceitas no kardecismo.
[...] Adquire proeminência a figura de Zélio de Moraes, cuja notoriedade se produz em torno de certo reconhecimento de seu papel de ‘fundador’ ou de ‘pioneiro’ da umbanda no Rio de Janeiro e arredores [...] Em torno da figura de Zélio de Moraes - das perturbações que sofreu, de sua ida a um centro kardecista, das manifestações do Caboclo das Sete Encruzilhadas e outras entidades – está articulada uma série de características associadas ao surgimento e à delimitação completa de um novo culto. (SILVA, 2002, p. 183-186, grifo nosso).
Uma característica importante da Umbanda é a forma como seus praticantes trabalham a espiritualidade através da gratidão e reverência aos seus guias na forma de oferendas. Dentro da Umbanda cada guia, Orixá, protetor e falange tem sua própria personalidade e característica, logo, o modo de reverenciá-los se distingue de acordo com a personalidade. Uma das formas de reverenciá-los é através das comidas e bebidas, sendo que cada alimento tem a sua representatividade e seu simbolismo de acordo com cada Orixá, como demonstra Janaina Azevedo em seu livro Orixás na Umbanda ao definir e exemplificar algumas das comidas e bebidas de cada Orixá, por exemplo a “Comida de lansã é comida apimentada, forte. Bebida é Martini, cerveja ou cachaça doce. Assim, para regalar lansã, veja as receitas: Acarajé” [AZEVEDO, 2010, p. 72].
Sendo o Brasil um país de grande diversidade cultural e religiosa, é importante identificar e ressaltar a Umbanda enquanto patrimônio, para que haja o reconhecimento e valorização deste.
Desta forma, acreditamos que aproximação entre a universidade e a comunidade fortalecerá o vínculo identitário. Assim como, buscaremos um determinado perfil escolar para que o tema faça sentido para os alunos, que por consequência, possam identificar seu patrimônio, e se apropriar dele, e logo estarão “[...] a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação." (FLORÊNCIO, CLEROT, et al., 2014, p. 19) e segundo Mauri Luiz Bessegatto assim contribuiremos para que “[...] cada aluno possa construir sua cidadania, solidariedade [...]” (BESSEGATTO apud CERQUEIRA, 2005, P. 91).
4. Objetivos 
· Identificar e analisar as relações da comunidade com seu Patrimônio Cultural.
· Valorizar a umbanda enquanto Patrimônio imaterial.
· Ir contra o processo educacional elitista e colonialista.
· Abordar criticamente o tema, pois o tema é: pouco abordado, pouco incentivado e malvisto pela sociedade, que por diversas vezes possui uma visão preconceituosa sobre ele.
· Aplicar o projeto em uma escola do ensino médio localizada em um local estratégico, onde aos arredores da escola haja um terreiro de umbanda, portanto, a probabilidade de os alunos terem um contato, seja ele direto ou indireto, com o tema seja maior.
· Buscar esse perfil escolar para que o tema faça sentido para os alunos, para que eles identifiquem seu patrimônio e se apropriem dele.
9. Referências
AZEVEDO, Janaina. Orixás na Umbanda. São Paulo: Universo dos Livros, p. 13-72, 2010.
CERQUEIRA, Fábio Vergara. Patrimônio Cultural, Escola, Cidadania e Desenvolvimento sustentável. Maringá: Diálogos, DHI/PPH/UEM, v. 9, n. 1, p 91-109, 2005.
FLORÊNCIO, S. R. et al. Educação Patrimonial: Histórico, conceitos e processos. IPHAN, p. 19-21, 2014.
HORTA, M. D. L. P. Fundamentos da Educação Patrimonial. Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ciências e Letras, Porto Alegre, V. 27, p. 25-35, jan./jun. 2000.
SILVA, Vagner Gonçalves. Caminhos da alma: memória afro-brasileira. São Paulo: Selo Negro, p. 183-186, 2002.

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