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MONITORAMENTO AMBIENTAL - 3

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08/03/2022 14:58 ENG_MONAMB_19_E_3
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6243 1/31
08/03/2022 14:58 ENG_MONAMB_19_E_3
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6243 2/31
Introdução
Unidade 3 - Análise e interpretação de
resultados
Aline Silverol
Iniciar
08/03/2022 14:58 ENG_MONAMB_19_E_3
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6243 3/31
A natureza nos oferece tantos recursos naturais, e nós, na maioria das
vezes, nem percebemos como o nosso estilo de vida altera os sistemas
naturais! 
Mas como monitorar os sistemas naturais e impedir que os impactos
ambientais possam ocorrer e, no caso de sua ocorrência, saber como agir?
Por meio do monitoramento ambiental, é possível criar planos para
acompanhamento ambiental e oferta de cuidados aos sistemas naturais,
com o intuito de se evitar os impactos e a poluição dos recursos naturais.
Para que isso seja realizado, é importante compreender alguns conceitos
sobre amostragem e rede de monitoramento de cada sistema. Além disso,
também é importante compreender a análise estatística dos dados
obtidos por meio da análise laboratorial, além de sua interpretação.
Dessa maneira, é possível monitorar o ambiente de interesse e observar
possíveis alterações, mesmo que pequenas, que sejam indicativas de
processos de poluição. Assim, é possível manter e preservar a qualidade
dos sistemas naturais, e com isso promover o desenvolvimento
econômico e social, ao mesmo tempo em que a sustentabilidade
ambiental possa ser assegurada.
Bons estudos! 
08/03/2022 14:58 ENG_MONAMB_19_E_3
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6243 4/31
1. Instrumentação de redes de
monitoramento
Sabemos o quanto é importante a preservação e o uso de forma racional dos recursos naturais. Para estabelecer um
equilíbrio sustentável entre o necessário desenvolvimento econômico e social e a disponibilidade dos recursos naturais em
seus respectivos – água, ar e solos – é fundamental o estabelecimento de um programa de monitoramento ambiental. Em
que se forneça dados e subsídios para o diagnóstico e avaliação das condições dos sistemas naturais e para a tomada de
decisões associadas ao gerenciamento de recursos. 
O monitoramento pode ser de�nido como um conjunto de informações físicas, químicas e biológicas do sistema natural em
estudo, para atender a um ou mais objetivos. Desta forma, pode ser considerado um sistema contínuo de observações,
medições e avaliações com múltiplas �nalidades. Podemos citar, como os principais objetivos do monitoramento ambiental
(Figura 1): 
Detectar a violação de padrões de qualidade, previstos na legislação;
Analisar a tendência de uma variável;
Avaliar a e�cácia de programas e ações conservacionistas;
Relatar os impactos ambientais resultantes de uma ação proposta;
Alertar para impactos ambientais não previstos, ou mudanças nas tendências previamente observadas;
Oferecer informações imediatas, quando um indicador de impacto ambiental se aproximar de valores críticos,
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conforme legislação;
Oferecer informações que permitam avaliar as medidas mitigadoras para alterar ou ajustar as técnicas de
monitoramento utilizadas.
Figura 1 - Uma das etapas do monitoramento ambiental, as análises de laboratório são responsáveis por fornecer dados importantes para o
acompanhamento da qualidade do sistema natural. Fonte: Pixabay, 2019. 
Dessa forma, as redes de monitoramento têm como objetivo desenvolver ações que permitam o aprimoramento e a
ampliação do monitoramento da qualidade dos sistemas naturais, permitindo que suas informações estejam disponíveis
para toda a população. 
Os objetivos das redes de monitoramento estão relacionados com o funcionamento do sistema ambiental que está sendo
avaliando, por meio dos dados obtidos pelas redes de monitoramento, que irão subsidiar as decisões que devem ser
tomadas com relação à gestão dos recursos naturais. 
Portanto, para a realização do monitoramento, é necessário o conhecimento dos conceitos básicos de instrumentação,
análise dos dados e o uso da estatística para a interpretação dos dados levantados pelas redes
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análise dos dados e o uso da estatística para a interpretação dos dados levantados pelas redes. 
Entretanto, para se monitorar um sistema é necessária a realização de um planejamento, para que, de forma clara, os
objetivos estabelecidos possam ser atingidos. 
E como o levantamento de dados pode ser planejado? 
O planejamento do monitoramento consiste nas seguintes etapas (Derisio, 2012): 
De�nição dos objetivos da amostragem;
Seleção dos parâmetros;
Seleção dos locais de coleta;
Fixação do número de amostras e da frequência da amostragem;
Seleção dos métodos analíticos;
Seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras;
Aplicação de métodos de controle da qualidade dos dados.
E como os dados podem ser obtidos? Vamos aprender? 
1.1. Instrumentação de redes de monitoramento da água
A manutenção e o monitoramento da qualidade da água são de grande importância para diversas atividades humanas,
como consumo, lazer, atividades urbanas, industriais e agropecuárias. 
A qualidade da água deve ser de tal maneira que satisfaça todas as exigências de cada atividade, mas, principalmente,
d i ê i d úd úbli lé di á d d l id bi l ã d
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atender as exigências de saúde pública.  Além disso, a água, quando devolvida a seu ambiente natural, não deve
comprometer os seus diversos usos, e o monitoramento pode contribuir para assegurar a qualidade dos corpos d’água
(Figura 2). 
Figura 2 – O monitoramento da qualidade da água assegura o seu uso por seus múltiplos usuários. Fonte: Pixabay, 2019. 
Para o monitoramento da qualidade da água, é necessário também o controle acerca da quantidade e disponibilidade de
água. Esse entendimento é importante para se relacionar as alterações na quantidade com a qualidade da água. Dessa
forma, é importante a compreensão dos processos que regem a ocorrência e o abastecimento dos recursos hídricos. 
Você quer ver?
Vamos revisar o ciclo hidrológico? Veja este vídeo e relembre como funciona o ciclo hidrológico:
https://www youtube com/watch?v vW5 xrV3Bq4&t 16s
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6243 8/31
As formas de monitoramento da quantidade de água são obtidas por meio de dados pluviométricos e �uviométricos. 
Os dados pluviométricos são gerados a partir do monitoramento da água da precipitação, ou seja, a água da chuva
proveniente da atmosfera, que depende dos ciclos climáticos para acontecer.
As medidas de precipitação consistem em avaliar a altura pluviométrica ou a de precipitação, em milímetros, e a quantidade
de água que precipitou por unidade de área horizontal. Cada milímetro de altura em um metro quadrado corresponde um
litro por metro quadrado (Derisio, 2012). Os equipamentos utilizados para a medição da precipitação são os pluviômetros,
que medem os totais precipitados entre duas leituras sucessivas, e os registros contínuos são obtidos pelos pluviógrafos
(Derisio, 2012).
A avaliação da precipitação considera quatro elementos: duração, intensidade, intervalo e severidade. A duração refere-se
ao tempo decorrido entre o início da precipitação e o seu término, sendo expressa em minutos ou horas. A intensidade é
relação entre a altura da pluviosidade e o tempo de duração da precipitação, sendo registrada pelos pluviógrafos. O
intervalo refere-se a frequência com que ocorre a precipitação, representando a distribuição da chuva ao longo do ano.
Através desses dados é possível comparar as quantidades de precipitação e a época do ano, podendo assim classi�car os
eventos em severos ou não.
Dessa forma, com o monitoramentodos dados pluviométricos é possível criar programas de controle de poluição das aguas,
por exemplo, e encontrar medidas para minimizar os impactos de poluentes diversos em épocas em que as chuvas são mais
severas.
Os dados �uviométricos representam a medição das águas do escoamento super�cial que compõem os rios e lagos.
Durante a precipitação a água cai no solo sendo que uma parte in�ltra abastecendo os reservatórios das águas
https://www.youtube.com/watch?v=vW5-xrV3Bq4&t=16s
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6243 9/31
Durante a precipitação, a água cai no solo, sendo que uma parte in�ltra, abastecendo os reservatórios das águas
subterrâneas, e outra parte escoa, abastecendo os rios e os lagos. Por meio do �uviômetro, é possível calcular a vazão de
um determinado corpo d’água.
O monitoramento da vazão é um elemento fundamental para o monitoramento da poluição das águas, e por meio de uma
rede �uviométrica é possível monitorar a vazão. As redes �uviométricas são instaladas acompanhando a bacia hidrográ�ca
do rio em estudo.
A vazão dos cursos de água é um dado relevante para se monitorar os processos de poluição das águas. A metodologia
utilizada para a obtenção dos dados consiste em coletar a média de vazão de sete dias e relacionar com a média de dez
anos do chamado período de retorno.
O monitoramento das águas prevê o levantamento sistemático de dados em pontos de amostragem selecionados,
utilizando-se a bacia hidrográ�ca como guia para a instalação dos equipamentos de monitoramento. A coleta dos dados tem
por objetivo acompanhar a evolução das condições de qualidade da água ao longo do tempo, fornecendo séries temporais
de dados (Derisio, 2012).
E como o levantamento de dados pode ser planejado?
Você quer ler?
Para entender melhor sobre o cálculo de vazão e sua relação com período de retorno, leia o Capitulo 2
do livro Introdução ao Controle de Poluição Ambiental , disponível na Biblioteca Virtual.
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O planejamento do monitoramento da água consiste nas seguintes etapas (Derisio, 2012):
De�nição dos objetivos da amostragem;
Seleção dos parâmetros;
Seleção dos locais de coleta;
Fixação do número de amostras e da frequência da amostragem;
Seleção dos métodos analíticos;
Seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras;
Aplicação de métodos de controle da qualidade dos dados.
Vamos conhecer cada um deles?
1.1.1. Definição dos objetivos de amostragem
Os objetivos de amostragem são uma etapa importante para o planejamento do monitoramento ambiental, pois quanto
mais de�nidos são estes objetivos, mais assertivos serão os resultados. Podemos citar, por exemplo, como objetivos:
registro de nível de referência da qualidade da água; veri�cação da conformidade da água com os parâmetros de qualidade
recomendados; avaliação das tendências de qualidade ao longo do tempo; vigilância em relação aos lançamentos
clandestinos; calibração para o uso de modelos matemáticos; estudos de eutro�zação, estudos de toxidade, entre outros.
1.1.2. Seleção dos parâmetros
A seleção dos parâmetros para o monitoramento das águas deve estar alinhado com os objetivos do monitoramento. Existe
uma numerosa quantidade de indicadores da qualidade da água, podendo ser agrupados de modo a caracterizar os
diversos tipos de fontes poluidoras (Derisio 2012) Além disso essa seleção deve estar alinhada com o uso previsto para o
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diversos tipos de fontes poluidoras (Derisio, 2012). Além disso, essa seleção deve estar alinhada com o uso previsto para o
corpo d’água que será monitorado, pois cada uso possui uma legislação especí�ca quanto aos indicadores de qualidade.
Por exemplo, para se monitorar a poluição orgânica, podemos utilizar como parâmetros para a avaliação da qualidade da
água a demanda bioquímica de oxigênio, demanda química de oxigênio, cloretos, fenóis e oxigênio dissolvido. Para a
poluição inorgânica, podemos utilizar os metais, praguicidas, outras substâncias tóxicas e testes de toxidade como
parâmetros. Para avaliação da contaminação bacteriana, podemos utilizar como indicadores os coliformes totais e fecais. E
para avaliar a poluição de forma geral, podem ser utilizados o potencial hidrogeniônico, temperatura da água, resíduos
totais e turbidez.
1.1.3. Seleção dos locais de coleta
A determinação dos objetivos do monitoramento é uma etapa crucial para a seleção dos locais de amostragem. A
demarcação dos locais pode ser realizada por meio de visitas de campo, por imagens de satélite ou cartas topográ�cas.
O plano de amostragem deve contemplar os pontos-chave dos cursos d’água, com o intuito de se detectar as in�uencias
mais representativas das fontes poluidoras.
1.1.4. Número de amostras e da frequência da amostragem
O número de amostras e a frequência da amostragem estão relacionados aos objetivos do monitoramento. Para a
determinação do número e da frequência de amostragem, geralmente utiliza-se o apoio de ferramentas de estatística, para
que a representatividade dos dados seja garantida. 
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1.1.5. Seleção dos métodos analíticos
A escolha dos métodos analíticos varia de acordo com o objetivo do monitoramento. Os métodos analíticos constituem-se
em recursos de laboratório, para realização de análises físicas, químicas e biológicas das amostras. E, também, tem os
recursos de campo, com os quais é possível realizar algumas análises no próprio local de coleta.
Devemos salientar que, na etapa de análises, é importante entender sobre as exigências da legislação para cada uso da
água, legislação essa que pode ser diferente entre municípios, estados e federação. Além disso, também é importante
conhecer os métodos analíticos em razão do limite de detecção de cada equipamento caso a caso.
O limite de detecção refere-se a concentração mínima do elemento ou substância de interesse que o equipamento
consegue medir. Se a substância estiver abaixo do limite de detecção do aparelho, é impossível realizar a leitura para aquele
elemento ou substância. Por isso a importância do conhecimento de cada técnica analítica.
1.1.6. Seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras
A seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras estão relacionados às técnicas analíticas em que esses
materiais serão submetidos. Cada técnica possui um protocolo de coleta, armazenagem, recipiente de coleta e de
armazenamento, entre outros cuidados.
1.1.7. Controle da qualidade dos dados.
O controle dos dados obtidos refere-se a observância das metodologias de coleta, para evitar a contaminação das amostras,
l t d t d li t t i li t tili ã d t d ã f it d ã t t
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a coleta de amostras em duplicata ou triplicata, a utilização de amostras-padrão, para efeitos de comparação, entre outras
ações.
1.2. Instrumentação de redes de monitoramento do ar
A atmosfera é uma camada de natureza gasosa e �na, que circunda a Terra, e que permanece aderida ao planeta graças a
força da gravidade. A origem da atmosfera remete ao próprio processo de formação do planeta Terra, no qual as primeiras
composições das camadas de gases em nada se pareciam com a composição atual. Foi somente com a evolução das
primeiras formas de vida que o oxigênio passou a fazer parte da atmosfera.
Nossa atmosfera é uma combinação de nitrogênio, oxigênio, argônio, dióxido de carbono, vapor d’água e gases residuais, e
até então, é a única atmosfera do Sistema Solar que apresenta esta composição (Christopherson e Birkeland, 2017).
O uso primordial do recurso ar concerne à manutenção da vida. O ar é utilizado livremente por todos, justamente pelo fato
Vocêquer ler?
Cada município, Estado e a federação exigem um determinado grupo de análises químicas para o
monitoramento da água, baseado na relação do sistema natural a ser monitorado e os outros
sistemas envolvidos. Por isso, é importante consultar a legislação para saber as exigências em cada
caso. Mas para saber mais detalhes sobre as análises químicas, você pode consultar o livro Química
Analítica e Análise Quantitativa , disponível na Biblioteca Virtual.
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de estar disponível, sem que seu uso implique em qualquer prejuízo.  E as quantidades utilizadas são enormes, pois além de
participar de funções metabólicas dos seres humanos, animais e vegetação, também são usados nos fenômenos climáticos
e para as comunicações, transporte, combustão, processos industriais e como receptor e transportador de resíduos
diversos oriundos das atividades antrópicas (Derisio, 2012).
Pelo fato de ser um recurso de uso livre, o ar vem sofrendo, cada vez mais, as consequências da poluição. A poluição do ar é
a presença ou o lançamento de substâncias em concentrações su�cientes para alterar o funcionamento do sistema ar, bem
como interferir na saúde, na segurança e no bem-estar dos usuários desse recurso.
A poluição do ar causa uma série de prejuízos à sociedade, à economia e ao meio ambiente, como exemplos: a baixa
qualidade do ar que provoca o aumento de doenças respiratórias; a deposição de poluentes em imóveis, automóveis,
dentre outros provocam ou aceleram processos corrosivos; a deposição de poluentes na vegetação também promove a
alteração do metabolismo das plantas, podendo causar a morte, entre outros (Figura 3).
Figura 3 – A poluição do ar, além de causar diversos problemas de saúde para a população, também promove impactos diversos ao meio ambiente,
causando prejuízos econômicos, sociais e ambientais. Fonte: Pixabay, 2019
Para o monitoramento da qualidade do ar, é necessário também a avaliação de alguns elementos que interferem na
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Para o monitoramento da qualidade do ar, é necessário também a avaliação de alguns elementos que interferem na
dispersão dos poluentes, bem como nas condições meteorológicas. O vento é um dos principais elementos considerados,
em que são avaliadas a direção, a velocidade e a porcentagem de calmaria. Também a turbulência, se é mecânica ou
térmica, a temperatura e a pressão atmosféricas, veri�cando se há variação vertical ou horizontal. Observa-se, da mesma
forma, os elementos da umidade relativa, da radiação e da precipitação (Derisio, 2012).
Observe a forma de medição de cada elemento a seguir (Derisio, 2012):
A temperatura pode ser medida através do termômetro ou termógrafo;
A umidade do ar é aferida por um higrômetro ou hidrógrafo;
A direção e a velocidade do vento são medidos pelo anemômetro ou anemógrafo.
A precipitação é medida pelo pluviômetro ou pluviógrafo;
A pressão atmosférica é aferida pelo barômetro ou barógrafo;
O per�l térmico vertical é medido por balões sonda ou termossensores;
A radiação é medida pelo pireliômetro ou pireliógrafo;
Os indicadores de qualidade do ar que podem ser usados para o monitoramento ambiental são obtidos por meio da
medição de alguns poluentes atmosféricos. Os poluentes podem ser de�nidos como qualquer substância que, de acordo
com a sua concentração, pode ser impróprio ou nocivo à economia, à sociedade e ao meio ambiente.
A atmosfera pode abrigar uma in�nidade de susbtâncias, o que di�culta a classi�cação dos poluentes. Mas, de forma geral,
eles podem ser divididos em duas categorias (Derisio, 2012):
Os poluentes primários, que são os poluentes emitidos diretamente pelas fontes de emissão;
Os poluentes secundários, que são os poluentes formados na atmosfera pela reação química entre os poluentes
primários e os constituintes naturais da atmosfera.
E quais são as substâncias consideradas poluentes?
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Compostos de enxofre (SO2, H2S, sulfetos);
Compostos de nitrogênio (NO, NO2, NH3);
Compostos orgânicos de carbono (hidrocarbonetos, álcoois, ácidos orgânicos);
Monóxido e dióxido de carbono;
Compostos halogenados (HCl, HF, cloretos, �uoretos);
Materiais particulados (mistura de compostos no estado sólido ou líquido).
O monitoramento dos poluentes do ar é importante, pois com os dados de concentração de cada um é possível medir o
grau de exposição dos receptores (seres humanos, animais, vegetais e outros materiais) como o resultado �nal do processo
do lançamento dos poluentes na atmosfera por suas fontes de emissão. Além disso, também será possível mensurar a
interação física (diluição) e química (reações químicas) do poluente com a atmosfera.
É importante observar que mesmo mantidas as emissões de poluentes, qualidade do ar pode mudar em função das
condições meteorológicas, que determinam uma maior ou menor diluição dos poluentes (Derisio, 2012).
Devido às di�culdades de monitoramento, por causa da complexidade da atmosfera, um grupo de poluentes é
universalmente considerado como indicadores da qualidade do ar, pela frequência da observação de sua presença: o
Você sabia?
As condições meteorológicas determinam a qualidade do ar. Por exemplo, no inverno, como as
condições são desfavoráveis, a dispersão dos poluentes é prejudicada, piorando a qualidade do ar.
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dióxido de enxofre (SO2), materiais particulados, monóxido de carbono (CO), oxidantes fotoquímicos expressos como
ozônio (O3), hidrocarbonetos totais e óxidos de nitrogênio (NO e NO2).
É importante observar que, para o monitoramento da qualidade do ar, além de saber quais são os poluentes que devem ser
monitorados, também é necessário cuidados com a amostragem, como a quantidade de amostras e as estações de
amostragem, além dos métodos analíticos.
Para a determinação das estações de amostragens, as seguintes situações devem ser observadas, por exemplo:
Instalação da rede de amostragem em áreas mais poluídas e mais povoadas;
Observação da direção do vento para a instalação dos equipamentos de amostragem;
Todas as estações devem estar à mesma altura do solo;
Evitar a proximidade de chaminés e obstáculos, como prédios;
Além dos cuidados com a instalação dos equipamentos para amostragem, também é necessário observar a quantidade de
amostras que devem ser coletadas. Existem várias metodologias, mas, em geral, para se estimar a concentração de
poluentes na atmosfera são usadas determinações de médias: horárias, de oito horas, diárias, mensais e anuais (Derisio,
2012).
Você quer ler?
Para saber mais detalhes sobre cada poluente e seus impactos na saúde e no meio ambiente, leia o
Capítulo 03 do livro Introdução ao Controle de Poluição Ambiental , disponível na Biblioteca Virtual.
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A escolha das determinações depende de fatores como tipo de efeito causado pelo poluente, tipo de padrão de qualidade
do ar utilizado, variação das concentrações com os parâmetros meteorológicos, entre outros. Os equipamentos e os
métodos utilizados podem ser contínuos ou intermitentes, sendo as médias obtidas com base nos valores fornecidos por
eles, em observância aos objetivos da amostragem e aos fatores já mencionados (Derisio, 2012).
1.3. Instrumentação de redes de monitoramento dos solos
O solo pode ser de�nido como um produto da interação entre a litosfera (as rochas), a atmosfera e a biosfera (vida animal e
vegetal), e de suas respectivas matérias, por meio de dois processos fundamentais: a alteração da rocha ou material original
e a contribuição da matéria orgânica dos seres vivos.
Você quer ler?
Cada município, estado e a federação exigem umdeterminado grupo de análises químicas para o
monitoramento do ar, baseado na relação do sistema natural a ser monitorado e os outros sistemas
envolvidos. Por isso, é importante consultar a legislação para saber as exigências em cada caso. Mas
para saber mais detalhes sobre as análises químicas, você pode consultar o livro Química Analítica e
Análise Quantitativa , disponível na Biblioteca Virtual.
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6243 19/31
O mecanismo de formação dos solos acontece a partir de processos físicos, químicos e biológicos, chamados de
intemperismo, que fragmentam e decompõem a rocha. Além disso, esses mesmos processos são responsáveis por
disponibilizar os fragmentos para o transporte, deposição e sedimentação, e por conseguinte, sua evolução pedogenética.
A composição do solo, de forma genérica, se dá por uma parte mineral, uma parte orgânica, a umidade e o ar. A parte
mineral do solo é composta por fragmentos da rocha de origem, com maior ou menor grau de alteração, argilominerais e
outros íons de grande importância, por exemplo, para a nutrição das plantas. A parte orgânica é formada por material
orgânico, de diversos tamanhos e estágios de decomposição. Os ácidos orgânicos contribuem para a manutenção da
qualidade do solo, bem como para a sua fertilidade.
Você quer ler?
Para saber mais sobre o complexo processo da formação do solo, leia o livro Formação e
Conservação dos Solos , do autor Igo F. Lespch, e aumente o seu conhecimento! Este livro está
disponível na Biblioteca Virtual.
Você sabia?
Para aprender mais sobre os processos de formação do solo, veja este vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=E-xUoRqi7eQ&t=27s e aprenda um pouco mais sobre o assunto!
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6243 20/31
q p
A natureza e as propriedades gerais do solo dependem de suas características físicas, químicas e biológicas, que também
são de grande importância no monitoramento ambiental, pois são elas que determinam, por exemplo, o comportamento de
um determinado poluente no solo, bem como sua capacidade de atingir outros sistemas naturais, como a água (Figura 4).
Figura 4 – O monitoramento dos solos é importante pois este sistema natural afeta diretamente a qualidade das águas super�ciais e subterrâneas, já que
a água escoa e in�ltra pelo solo, para chegar aos reservatórios. Fonte: Pixabay, 2019.
As características físicas do solo referem-se às propriedades físicas, como cor, granulometria, textura, porosidade, estrutura,
entre outras. As características químicas são as propriedades químicas de um solo, que estão relacionadas a mineralogia do
solo, especialmente ao tipo de argilomineral e a quantidade presente. Estes minerais constituem-se durante o processo de
formação do solo e são importantes, pois apresentam a capacidade de adsorver determinados elementos presentes no
solo.
A qualidade do solo, para �ns de monitoramento ambiental, considera a vegetação, o relevo, a permeabilidade e a
localização da zona saturada (Derisio, 2012). O monitoramento do solo, quando realizado com o intuito de observar as
características super�ciais, é realizado por meio de imagens aéreas e de satélite, além do levantamento topográ�co.
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E por que este tipo de monitoramento é importante?
O monitoramento super�cial do solo possui como objetivo avaliar a potencialidade de uma determinada região em
desenvolver processos erosivos. A erosão, além de promover a perda do solo, que, se estiver contaminado, pode atingir os
cursos d’água e, por conseguinte, contaminá-los. Além disso, a erosão cria canais preferenciais no terreno, que podem
facilitar o transporte de substâncias presentes na superfície do solo para outras áreas ou reservatórios de água.
A permeabilidade do solo refere-se a capacidade de um líquido atravessar, com maior ou menor di�culdade, o solo. Essa
propriedade está relacionada aos poros do solo, propriedade ligada a sua textura. Esta é representada pela granulometria,
que são os tamanhos de partículas que compõem o solo: areia, silte e argila. Quanto mais poroso for um solo, maior será a
sua permeabilidade.
A zona de saturação é uma área do subsolo em que se encontra o lençol freático ou a água subterrânea. Durante os
trabalhos de monitoramento, a zona de saturação deverá ser identi�cada, pois dependendo das características do solo, ela
pode ser atingida por poluentes diversos, inviabilizando o seu uso.
Além disso, o monitoramento da água subterrânea pode ser uma ferramenta de monitoramento indireto da qualidade
ambiental dos solos, pois se há a contaminação do lençol freático, signi�ca que os solos podem estar contaminados.
E quais são as fontes de poluição dos solos?
Os solos podem ser contaminados por fontes naturais, que estão associadas a catástrofes como terremotos, inundações e
vendavais, bem como por fontes antrópicas (Derisio, 2012):
E quais são as fontes de poluição dos solos?
Poluição pela disposição de resíduos sólidos de origem doméstica industrial e hospitalar;
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Poluição pela disposição de resíduos sólidos de origem doméstica, industrial e hospitalar;
Poluição por resíduos líquidos de origem sanitária e industrial;
Poluição originada dos processos de ocupação do solo e pela urbanização;
Poluição originada de atividades agropecuárias e extrativas;
Poluição em decorrência de acidentes no transporte de cargas diversas;
Os resíduos sólidos são os materiais mais preocupantes do ponto de vista do monitoramento ambiental, devido à
quantidade de resíduos gerados pela poluição e pelas atividades econômicas. Eles podem ser classi�cados quanto a sua
periculosidade e algumas outras características, em duas classes (Derisio, 2012):
Classe I: resíduos perigosos, em que os resíduos ou a mistura dos mesmos podem apresentar riscos de
in�amabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e patogenicidade. Além disso, suas características físicas, químicas
e biológicas podem representar: 
1. Risco à saúde pública, provocando ou acentuando a incidência de doenças; 
2. Risco ao meio ambiente, quando o resíduo é disposto e manipulado de forma inadequada.
Classe II A: trata-se de resíduos não-inertes, e engloba os resíduos e misturas de resíduos que não se enquadram nas
classes I e II B. Nesta classe enquadram-se os resíduos sólidos domiciliares.
Classe II B: trata-se de resíduos inertes, e inclui os resíduos e misturas de resíduos, que submetidos a testes de
solubilidade recomendados pela NBR 10.006, não apresentou nenhum dos seus componentes solubilizados em
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água.
Para o monitoramento ambiental dos solos, os mesmos princípios utilizados para o monitoramento das águas pode ser
aplicado.
1.3.1. Definição dos objetivos de amostragem
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Os objetivos de amostragem são uma etapa importante para o planejamento do monitoramento ambiental, pois quanto
mais de�nido é um objetivo, mais assertivo será o monitoramento.
O procedimento para coleta em solos para análise química deve ser realizado com base em normas técnicas especí�cas
para tal procedimento, de acordo com as exigências feitas pelas legislações pertinentes. O solo não é um corpo uniforme e
apresenta variações laterais e horizontais, o que deve ser considerado no momento da amostragem, de acordo com o
objetivo.
1.3.2. Seleção dos parâmetros
A seleção dos parâmetros para o monitoramento dos solos deve estar alinhada com seus objetivos. Existe uma numerosa
quantidade de indicadores da qualidade do solo, que podem ser agrupados de modo a caracterizar os diversos tipos de
fontes poluidoras. Além disso, essa seleção deve estaralinhada com o uso previsto para a área que será monitorada, pois
cada uso possui uma legislação especí�ca quanto aos indicadores de qualidade.
Por exemplo, para se monitorar a poluição por metais pesados, podemos utilizar como parâmetros para a avaliação da
qualidade do solo o teor do elemento em estudo antes da instalação do empreendimento ou uso da área, os teores após a
intervenção antrópica e qual é o limite máximo permitido pela legislação.
1.3.3. Seleção dos locais de coleta
A determinação dos objetivos do monitoramento é uma etapa crucial para a seleção dos locais de amostragem. A
demarcação dos locais pode ser realizada por meio de visitas de campo, por imagens de satélite ou cartas topográ�cas.
O l d t d t l t h d á id d l � f i l d
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O plano de amostragem deve contemplar os pontos-chave da área, considerando o relevo, o �uxo preferencial do
escoamento super�cial, a cobertura vegetal, o tipo de solo, o grau de permeabilidade do solo, entre outras, com o intuito de
se detectar as in�uências mais representativas das fontes poluidoras.
1.3.4. Número de amostras e da frequência da amostragem
O número de amostras e a frequência da amostragem estão relacionados aos objetivos do monitoramento. Para a
determinação do número e da frequência de amostragem, geralmente utiliza-se o apoio de ferramentas de estatística, para
que a representatividade dos dados seja garantida.
No caso dos solos, por se tratar de um sistema não homogêneo, o número de amostras deve contemplar todas as
características observáveis, para que os dados possam ser uni�cados.
1.3.5. Seleção dos métodos analíticos
Devemos salientar que, na etapa de análise, é importante entender sobre as exigências da legislação para o uso do solo e os
tipos de resíduos que podem ser dispostos naquele local, pois pode haver diferenças entre municípios, estados e federação.
Além disso, também é importante conhecer os métodos analíticos em razão do limite de detecção de cada equipamento
com relação ao que se quer detectar.
1.3.6. Seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras
A seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras estão relacionados às técnicas analíticas em que esses
materiais serão submetidos. Cada técnica possui um protocolo de coleta, armazenagem, recipiente de coleta e de
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armazenamento, entre outros cuidados.
1.3.7. Controle da qualidade dos dados
O controle dos dados obtidos refere-se à observância das metodologias de coleta, para evitar: a contaminação das
amostras, a coleta de amostras em duplicata ou triplicata, a utilização de amostras-padrão para efeitos de comparação,
entre outras ações.
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Cada município, Estado e a federação exige um determinado grupo de análises químicas para o
monitoramento do solo, baseado na relação do sistema natural a ser monitorado e com os outros
sistemas envolvidos. Por isso, é importante consultar a legislação para saber as exigências em cada
caso. Mas para saber mais detalhes sobre as análises químicas, você pode consultar o livro Química
Analítica e Análise Quantitativa , disponível na Biblioteca Virtual.
2. Uso de métodos estatísticos para a
li ã d l i ã á
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avaliação da poluição na água, no ar e no
solo
A estatística é uma ciência que tem por objetivo orientar a coleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados e
utilização dos mesmos na tomada de decisões. A estatística pode ser dividida em dois segmentos: estatística descritiva e
estatística indutiva (ou inferencial) (São Paulo, 2005).
A estatística descritiva corresponde aos procedimentos relacionados com a coleta, elaboração, tabulação, análise,
interpretação e apresentação dos dados. Portanto, trata-se das técnicas que sintetizam e descrevem os dados numéricos. O
objetivo da estatística descritiva é tornar a apresentação de dados mais fácil de ser entender, relatada e discutida.
A estatística indutiva parte de um conjunto ou subconjunto de informações (subconjuntos da população ou amostra) e
conclui sobre a população. Utiliza técnicas como a teoria das probabilidades, amostragem, dentre outras.
A estatística é uma ótima ferramenta que pode ser utilizada para otimizar o monitoramento, reduzindo os parâmetros
monitorados quando estes apresentam correlação, ou ainda para veri�car se os dados se assemelham ou diferem-se
estatisticamente ao longo do tempo ou espacialmente.
A estatística facilita a interpretação dos dados, uma vez que pode apresentá-los de maneira mais sintética, por meio de
valores, grá�cos e diagramas.  Assim, a estatística contribui na maior compreensão dos resultados e consequentemente sua
melhor interpretação.
Entretanto, existem alguns conceitos importantes que devem ser conhecidos por quem vai utilizar a estatística como
ferramenta de análise de dados em monitoramento ambiental. Portanto, os principais conceitos básicos de estatística que
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podem ser aplicados no monitoramento ambiental são:
População Estatística ou Universo Estatístico: que se refere a coleção de todos os elementos cujas características
comuns desejamos conhecer.
Amostra: é um subconjunto �nito da população cujas características serão medidas. A amostra é usada para descobrir
características da população. Como toda a análise estatística será inferida a partir das características obtidas da
amostra, é importante que seja representativa da população, isto é, que as características de uma parte sejam, em
geral, as mesmas que do todo (população).
Classi�cação das variáveis, que pode ser: 
Qualitativa: quando seus valores são expressos por atributos ou características não numéricas. 
Quantitativa: quando seus valores são expressos por números. 
Média: é uma medida de tendência central, sendo muito utilizada no cotidiano. Surge do resultado da divisão do
somatório dos números dados pela quantidade de números somados. 
Mediana: é o valor que ocupa a posição central da distribuição. Isto é, divide a amostra em duas partes iguais. 
Moda: é a observação que ocorre com maior frequência em uma amostra. 
Desvio padrão: é a medida mais comum da dispersão estatística. O desvio padrão é uma medida que está relacionada
ao quanto determinado valor está mais ou menos distante da média.
3. Avaliação e análise de dados em sistemas
de monitoramento
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As caracterizações físicas, químicas e biológicas dos sistemas naturais tem por objetivo identi�car os elementos presentes e
associar os efeitos de suas propriedades às questões ambientais, auxiliando na compreensão dos processos naturais ou
ainda em possíveis alterações que possam estar ocorrendo no ambiente. 
O momento da interpretação e da avaliação dos resultados é de grande importância, pois considera todo o conjunto de
etapas realizadas para a obtenção dos dados: as redes de amostragem, a coleta das amostras por meio das mais diversas
técnicas de amostragem, armazenamento, análises laboratoriais e o tratamento estatístico. Dessa forma, também devem
ser consideradas as observações e dados gerados em campo, pois eles podem contribuir na interpretação dos resultados
analíticos.
Além disso, as observações de campo são muito importantes, pois algumas características das amostras e do ambiente,
como cor, odor ou aspecto estranho, presença de algas, óleos, corantes, material sobrenadante, peixes e animais aquáticos
mortos, entre outros, podem dizer muito sobre os possíveis poluentes e o funcionamento dos sistemas naturais, o que
interfere nas análises de laboratório e na interpretação dos dados.
Bom, mascomo interpretar e analisar os resultados?
Os estudos de monitoramento ambiental tem como objetivo monitorar e veri�car o atendimento aos padrões exigidos pelas
legislações vigentes. As diversas legislações relacionadas à qualidade da água, do ar e do solo exigem frequências mínimas
de amostragem para algumas �nalidades, dependendo da atividade realizada no local, além de imporem limites máximos
ou mínimos para os diversos poluentes ou parâmetros físicos, químicos e biológicos.
A partir do momento em que os resultados são obtidos, após a coleta, análise laboratorial e análise estatística, eles devem
ser confrontados com a legislação. Cada município e estado, além da legislação federal, possui normativas especí�cas para
cada sistema natural. As legislações sobre os sistemas naturais variam de acordo com outras variáveis presentes em cada
localidade, por exemplo, se são áreas de preservação permanente, áreas de patrimônio natural, entre outras
especi�cidades, que devem ser observadas ao monitorar um sistema natural.
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Síntese
Chegamos ao �nal desta unidade. Aprofundamos nossos conhecimentos acerca das práticas e instrumentos de
monitoramento ambiental. Especi�camos os procedimentos necessários a sua realização, a partir das diferentes
possibilidades de amostragem e coleta de dados em sistemas naturais. Veri�camos, ainda, os processos de análise e
interpretação desses dados obtidos a �m de certi�car que as características de um determinado local de estudos estão
dentro dos parâmetros naturais especi�cados em legislações. 
Nesta unidade você teve a oportunidade de:
Compreender a instrumentação de redes de monitoramento quanto à água, especi�cando objetivos de amostragem,
parâmetros, locais de coleta e métodos analíticos;
Compreender a instrumentação de redes de monitoramento quanto ao ar, especi�cando objetivos de amostragem,
parâmetros, locais de coleta e métodos analíticos;
Compreender a instrumentação de redes de monitoramento quanto ao solo, especi�cando objetivos de amostragem,
parâmetros, locais de coleta e métodos analíticos; 
Estudar o uso de métodos estatísticos para a avaliação da poluição na água, no ar e no solo;
De�nir formas de avaliação e análise de dados em sistemas de monitoramento.
Download do PDF da unidade
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