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Química Forense A Química Forense consiste na aplicação dos conhecimentos químicos (análises orgânicas e inorgânicas) e toxicológicos com o intuito de investigar e compreender a face sofisticada e complexa dos crimes. Trata-se de um ramo singular das ciências químicas, pois sua prática deve conectar duas áreas distintas, a científica (química e biologia) e a humanística (sociologia, psicologia, direito). Um pouco de história A investigação química de crimes é muito antiga, algumas teorias apontam que o filósofo Democritus foi provavelmente o primeiro químico a relatar suas descobertas ao médico Hipócrates. O primeiro julgamento legal a fazer uso de evidências químicas, como parte de provas ocorreu apenas em 1752, no caso Mary Blandy, na Inglaterra (famosa assassina do pó do amor, que matou seu pai por envenenamento). Já a química forense na modernidade surgiu a partir de um crime de grande repercussão, cometido em 1850, na Bélgica. A vítima, Gustave Fougnies, era o cunhado do conde Hippolyte Visart de Bocarmé. Este, por sua vez, teria extraído óleo da planta do tabaco e, juntamente com a condessa, teria obrigado Gustave a ingerir a substância. Para provar a consumação do crime, a polícia precisava de evidências que comprovasse a preparação do veneno, no laboratório do conde. Foi então, que solicitou a ajuda do químico francês Jean Stas para solucionar o caso. Stas conseguiu desenvolver um método para detectar a nicotina nos tecidos do cadáver, fator que levou a condenação do conde por assassinato e sua execução na guilhotina. O que fazem os químicos forenses? O químico forense precisa ser um perito na detecção de sinais deixados pelo criminoso e pela vítima. Uma de suas tarefas principais é reconhecer as substâncias, assim como a natureza de cada prova relacionada a um possível crime. Além disso, é preciso aplicar as técnicas certas para obter os resultados mais confiáveis, pois suas conclusões servem para embasar decisões judiciais. Entre os principais campos de atuação, destaca-se o trabalho como perito para as polícias civis de todos os estados brasileiros e para a Polícia Federal. Apesar de as investigações criminais serem o aspecto mais conhecido da Química Forense, ela não se limita a ocorrências policiais. O químico forense também pode dar seu parecer em decisões de natureza judicial, atuar em questões trabalhistas, como determinar se uma atividade é perigosa ou insalubre, detectar adulterações em combustíveis e bebidas, uso de drogas ilícitas, fazer perícias em alimentos e medicamentos e investigar o doping esportivo. Por lidar com uma grande variedade de provas e amostras, o químico forense deve ter conhecimentos sólidos de todas as áreas da Química, principalmente de Química Orgânica e Bioquímica, já que terá que analisar, com frequência, fluidos de origem biológica. Ele também precisa ter conhecimentos suficientes para decidir que tipo de análise será feita dependendo das amostras disponíveis e quando é necessário buscar provas ou amostras adicionais. Para isso, precisa manter-se atualizado. Técnicas sofisticadas de análise química instrumental, como cromatografia, espectroscopia e espectrometria de massa, entre outras, são capazes de identificar substâncias utilizadas em casos de envenenamento, de manchas orgânicas (como sangue, esperma, fezes e vômito) ou inorgânicas (a exemplo de lama, tinta, ferrugem e pólvora), além de analisar evidências como fios de cabelo, peças de vestuário, fibras, poeiras e cinzas em locais de crime. Reagentes específicos também são utilizados nas análises forenses (por exemplo, o Luminol empregado na identificação de manchas de sangue). Outras técnicas, como a papiloscopia, permitem identificar as impressões digitais de envolvidos em crimes. Também conseguimos saber a origem das balas disparadas, e até mesmo a altura da qual as gotas de sangue caíram, através de complexas fórmulas matemáticas. A solução de um crime, com a condenação dos culpados, é a meta primordial da Justiça. Ao desvendar as circunstâncias de um crime, os investigadores fazem um trabalho de grande importância: de um lado, protegem a população da ação de criminosos e de outro, impedem que inocentes sejam condenados injustamente. Um fato é que não existe crime perfeito. Evidências sempre passam. Referências https://www.ung.br/noticias/descubra-importancia-da-quimica-forense https://blog.biologiatotal.com.br/como-resolvemos-crimes-com-a-quimica-forense/ https://www.crq4.org.br/qv_forense https://apcf.org.br/areas-da-pericia/pericias-de-quimica-forense/ https://www.casadaciencia.com.br/quimica-forense-a-utilizacao-da-quimica-contribuindo-na- solucao-de-crimes/ Disciplina: Química Inorgânica Aluna: Maria Eduarda Bernardi Borges https://www.ung.br/noticias/descubra-importancia-da-quimica-forense https://blog.biologiatotal.com.br/como-resolvemos-crimes-com-a-quimica-forense/ https://www.crq4.org.br/qv_forense https://apcf.org.br/areas-da-pericia/pericias-de-quimica-forense/ https://www.casadaciencia.com.br/quimica-forense-a-utilizacao-da-quimica-contribuindo-na-solucao-de-crimes/ https://www.casadaciencia.com.br/quimica-forense-a-utilizacao-da-quimica-contribuindo-na-solucao-de-crimes/
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