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PARÁBOLAS DE JESUS - EDITORA CRISTÃ EVANGÉLICA - SÉRIE VIDA DE CRISTO 2 - ADULTOS

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Copyright © 2000,
Editora Cristã Evangélica
Todos os direitos nacionais e internacionais desta edição reservados.
Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida – em qualquer
meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc. – nem
apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa
autorização da Editora Cristã Evangélica (lei nº 9.610 de 19/02/1998), salvo em
breves citações, com indicação da fonte.
 
 
As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Atualizada
(ARA), 2ª edição (Sociedade Bíblica do Brasil), exceto indicações de outras
versões.
 
 
Editora filiada à
Associação de Editores Cristãos
 
Rua Goiânia, 294 – Parque Industrial
12235-625 São José dos Campos-SP
comercial@editoracristaevangelica.com.br
www.editoracristaevangelica.com.br
Telefax: (12) 3202-1700
mailto:comercial@editoracristaevangelica.com.br
http://www.editoracristaevangelica.com.br/
diretor
Abimael de Souza
consultor
John D. Barnett
editor
José Humberto de Oliveira
editor assistente
André de Souza Lima
assistentes editoriais
Isabel Cristina D. Costa
Regina Okamura
Selma Dias Alves
autores
Abimael de Souza
Agnaldo Faissal J. Carvalho
Ann G. Barnett
Aurivan Marinho
Eldir Ribeiro P. Bandeira
Evaldo Alencar de Lima
Evaldo Bueno Rodrigues
Jessé Ferreira Bispo
Jessé Pereira de Alcântara
João Arantes Costa
João B. Cavalcante
John D. Barnett
José Humberto de Oliveira
Paulo Teixeira
Samuel Mendes Dutra
Vanderli Alves Neto
Walace Juliare
autor do guia
Sandro Pontes Silva
revisor
Aydano Barreto Carleial
projeto gráfico
Patrícia Pereira Silva
diagramador
André de SousA Júnior
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas
forças, porque no além para onde tu vais, não há obra, nem
projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Eclesiastes
9.10)
Temos o prazer de apresentar, nesta revista, dezessete lições
baseadas nos livros de Esdras e Neemias, visando despertar os
crentes para que se disponham a servir na restauração da vida
espiritual e moral do povo de Deus. Refletir sobre princípios bíblicos
de uma restauração é de suma importância para a igreja, que
enfrenta complicados problemas nestes tempos.
Os enfoques principais das lições são as habilidades pessoais de
Esdras e Neemias, a disponibilidade para aceitar os desafios da
obra, a coragem para enfrentar as oposições e, sobretudo, a
dependência de Deus no serviço da reconstrução da cidade.
Esperamos que o raio de ação das memórias de Esdras e Neemias,
codificadas nos princípios de liderança eficaz, de renovação
espiritual e de excelência administrativa, envolva professores e
alunos na reconstrução dos muros que estão em ruínas na nação,
no lar, na igreja e na alma.
João Arantes Costa
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– Sumário –
Restaurando a nação eleita
Líderes cujo espírito Deus despertou
Quem é quem
A restauração do culto
A hostilidade do inimigo
Líderes corajosos para reconstruir
O líder que Deus usa
Dormindo com o inimigo
O líder e a oração
O líder e o planejamento
O líder e a tarefa
O líder e a oposição externa
O líder e os conflitos de interesses
O líder e os ataques pessoais
O líder e a reavaliação
O líder e o avivamento
O líder e a reforma
1
Restaurando a nação eleita
Pr. Antônio Rodrigues da Silva
texto básico 2Crônicas 36.11-21
texto devocional Jeremias 38.14-28
versículo-chave Esdras 1.2
“Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou
de Lhe edifcar uma casa em Jerusalém de Judá”
alvo da lição
Mostrar que a justiça de Deus pune a maldade do Seu povo, mas a Sua misericórdia abre caminhos para a
sua restauração.
leia a Bíblia diariamente
seg Sl 122.1-9
ter Sl 124.1-9
qua Sl 125.1-5
qui Sl 126.1-6
sex Sl 127.1-5
sáb Sl 128.1-6
dom Sl 137.1-9
Neste quadrimestre, vamos estudar dois livros maravilhosos na história do povo de Deus –
Esdras e Neemias, que integram os livros históricos da Bíblia e representam: “Jesus Cristo
nosso restaurador”.
Esdras e Neemias eram grandes líderes do povo, por isso há muitas lições a aprender para
a liderança das nossas igrejas. Antes, entretanto, de estudá-los da perspectiva
de liderança, é necessário considerar o aspecto histórico dos livros.
Vemos em Daniel 5.24-31 e 2Crônicas 36.17-22 a queda do império babilônico e o fm dos
setenta anos do exílio judaico. Embora o novo monarca persa, o rei Ciro, já houvesse
anunciado a libertação dos judeus no fnal do livro de 2Crônicas, ali não nos deu nenhum
detalhe sobre a ação libertadora dos exilados. São os livros de Esdras e Neemias que
preenchem essa lacuna, detalhando as ocorrências do regresso dos judeus a sua terra tão
sonhada.
Só assim fcamos conhecendo os sacrifícios por eles vividos durante a difícil tarefa
de restaurar a saudosa e amada pátria.
Enquanto Esdras se ocupou com a reconstrução do Templo e a assistência espiritual do
povo, Neemias, que só chegou mais tarde, ocupou-se especialmente com a reconstrução
dos muros e da cidade.
Esdras tratou das condições espirituais do povo e Neemias tratou da segurança do povo,
do templo e da cidade.
I. Situação histórica
Desde 2Crônicas 10 percebe-se a crescente decadência moral, política e espiritual
da monarquia judaica.
1. Causas do exílio
a. A desobediência aos mandamentos da lei de Deus. Já nos dias de Moisés,
Deus advertiu de que a desobediência à Sua Palavra acarretaria à nação vários castigos e
até mesmo o desterro – isso é, serem espalhados entre as nações (Dt 28.32-36).
b. Idolatria, contendas e divisões Como se a idolatria, a contenda e as divisões
não bastassem, o povo e os reis partiram para outras práticas maldosas e
devastadoras. Com raras exceções, ao longo do tempo, sempre “faziam o que era mau aos
olhos de Deus”. Assim as coisas se complicavam, provocando a ira de Deus, e o dia
mau chegou. O exílio babilônico foi a disciplina (2Cr 33.1-3, 9-10, 21-25; 36.11-20).
2. Experiências dos judeus no exílio
a. Negativas 
 (1) Dispersão da família hebreia.
 (2) Perda da convivência e dos benefícios espirituais em ambiente próprio, como no
Templo e em Jerusalém, o que lhes causou humilhação, tristeza, choro, saudades e até
mesmo ódio (Sl 137).
 (3) Perda da liberdade demonstrada no silêncio da música sacra e do som solene
da harpa, tão apreciada nos cultos (Sl 137.1,2). Enfm, grande estrago no
patrimônio histórico, artístico, moral e espiritual (2Cr 36.17-19; 2Rs 25.1-11).
b. Positivas 
II.
 (1) Aprenderam que a palavra de Deus não falha. Que realmente Deus castiga os
rebeldes e restaura os arrependidos, e que de Deus não se zomba (Jr 24.4-10; Is 44.26;
Gl 6.7).
 (2) Houve a disseminação religiosa, porquanto o culto foi descentralizado
de Jerusalém, e acabou por influenciar outros povos, palácios e reis gentios, como no
caso de Daniel, Neemias, Esdras e outros nas cortes babilônicas e medo-persa (Dn 5.11-
30; Ne 1.1-6).
 (3) Aprenderam a arte do comércio, e deixaram de ser apenas agricultores,
como antes, na Palestina.
 (4) Foram disciplinados com o horror da idolatria babilônica. Curaram-se da idolatria
de uma vez por todas. Em tudo isso, a providência preparava caminho e ambiente para
a chegada do Messias, por meio do povo judeu.
3. A volta do exílio
O exílio não signifcou o abandono de Deus para com o Seu povo. Foi, sim, apenas
uma dura lição em resposta a sua insistente e deslavada rebeldia e desobediência.
Em Isaias 44.21-22 e 26-28, 200 anos antes, Deus já havia decretado a volta dos judeus à
sua terra e a restauração do seu país. Esdras e Neemias relataram em seus livros
o cumprimento prático dessa promessa de Deus na vida dos exilados.
Esdras e Neemias para hoje
Quais problemas tem afastado o povo de Deus dos caminhos do Senhor atualmente? Cada um de nós
é responsável, como Corpo de Cristo, a corrigir os erros que nos afastam de Deus.
O papel dos dois líderes
Esdras e Neemias eram homens honestos, fiéis a Deus, ao rei e aos seus compatriotas.
Embora gozassem de privilégios na corte, eram muito sensíveis aos sofrimentosdo seu
povo, e dele não se esqueceram (Ed 7.1-6; Ne 1.1-3).
Esdras pertencia à tribo de Levi, era da linhagem sacerdotal. Seu pai, o sacerdote Seraías,
fora morto quando da tomada de Jerusalém por Nabucodonozor (Ed 7.1; 2Rs 25.18-21).
Quanto a Neemias, parece ter nascido nos dias do cativeiro. Era moço de qualidades
morais e espirituais invejáveis e gozava igualmente de muito prestígio perante o rei
Artaxerxes.
Os dois estavam credenciados para a tarefa da restauração, tanto pelo poder do céu como
da terra, de Deus e do rei da Pérsia, pois eram homens de oração, jejum e lágrimas (Ne
1.2-7; 2.5-9; Ed 7.11-22).
III.
Suas tarefas eram complementares entre si, educação e vigilância ou segurança para o
povo, o templo e a cidade (Ed 7.10; Ne 2.3-8).
Temas religiosos
1. Continuidade histórica do povo
O povo de Deus tem uma história e uma tradição. É a descendência do patriarca Abraão, o
“amigo de Deus” (Gn 12.1-5; 13.14-17; 17.7-10; Tg 2:23). Foi chamado por Deus com o
propósito de ser abençoado e ser uma bênção para o mundo, como vemos em Gênesis
12.2; Gálatas 3.8-9.
Para assegurar a continuidade da história desse povo nos padrões previstos por Deus, Ele
despertou, ao longo do tempo, líderes da envergadura de Esdras e Neemias para conduzir
o Seu povo em todas as circunstâncias de acordo com os Seus propósitos (Rm 11.1-5, 11-
12; 2.22-26).
2. Pureza religiosa
Esdras começou reordenando o povo de acordo com a lei de Deus, fazendo o
assentamento por família e vendo a linhagem de cada um (Ed 8.1-21). Procurou
também resolver o intricado problema dos casamentos mistos, reparando assim as
estruturas, a fm de ter uma nação próspera e estável. (Ed 9.12-15).
3. Usando os meios de graça
Sem a orientação divina, seria impossível executar tão exigente missão. E foi isso que os
dois líderes buscavam em Deus: os principais e indispensáveis meios de graça, tais como:
a. a leitura da Palavra para todo o povo como orientação (Ne 8.2-6);
b. o exercício da oração como maior comunhão com Deus (Ed 9.3-10);
c. a adoração a Deus em clima de avivamento (Ed 9.1-4);
d. a autorização legal do rei, que lhes garantia liberdade para executar a obra nacional (Ed
7.12-26; Ne 2.7-9).
O rei Ciro prefgura a Pessoa de Cristo na Sua segunda vinda, fazendo cair a
grande Babilônia com seu poder satânico e assumindo o controle dos reinos do mundo
para libertação defnitiva do povo de Deus (Ap 11.15, 18.1).
Embora gentio, o rei Ciro, após fazer cair o quase invencível poder babilônico e de outros
povos da terra, entendeu que foi a mão de Deus que o fez, para que Ciro abrisse caminho
aos exilados rumo a Jerusalém. Para tanto muito se empenhou na reabilitação do povo de
Deus (Ed 1.2; Ap 18.2-4).
Enquanto Deus dá cumprimento do restante de Seus santos propósitos para este mundo
e o Seu povo, procuremos, como líderes nas igrejas, seguir o exemplo de Esdras e
Neemias na humildade, fé, jejum e oração, vontade e ação.
Esdras e Neemias para hoje
O que você tem feito para se manter puro diante de Deus? Assim como na época de Esdras e
Neemias, também precisamos nos dedicar à leitura da Bíblia, à oração contínua e à adoração sincera para
cumprir a missão que o Senhor tem para nós.
Conclusão
É impossível separar Esdras e Neemias da realidade em que viviam. Assim como
eles, também vivemos em um tempo e em um país corrompidos pelo pecado e carentes
da graça de Deus. Esdras e Neemias não ignoraram essa necessidade de seu tempo e
não se deixaram corromper. Antes mesmo de serem líderes chamados por Deus para
guiar o povo escolhido, eram pessoas comuns, trabalhadores, mas tinham um
diferencial: eram servos piedosos de Deus.
Os temas religiosos que aparecem ao longo destes dois livros da Bíblia nos mostram como
é fundamental nos frmarmos nas bases da fé. Certamente esses dois líderes tiveram que
trabalhar a pureza religiosa e os meios de graça em suas próprias vidas para então
ajudarem o povo de Deus a se reerguer. Assim como Deus chamou trabalhadores comuns
para servi-Lo, Ele também pode nos chamar. A questão que fca para nós é: estamos
vivendo como servos piedosos de Deus?
 
2
Líderes cujo espírito Deus despertou
Pr. Antônio Rodrigues da Silva
texto básico Esdras 1.1-11
texto devocional Neemias 1.1-11
versículo-chave Esdras 1.5
”Então se levantaram os cabeças de famílias de Judá e de Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com
todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edifcar a casa do Senhor, a qual está em
Jerusalém”
alvo da lição
Mostrar que neste mundo todas as coisas estão sob o controle de Deus, e Ele as usa para realizar os Seus
santos propósitos.
leia a Bíblia diariamente
seg 2Cr 36.11-16 
ter 2Cr 36.17-23
qua Ne 2.1-17
qui Dt 9.1-18
sex Dt 30.1-10
sáb Dt 30.11-20
dom Sl 91.1-16
Tendo caído o império babilônico, a cabeça de ouro, e ascendido a monarquia medo-persa,
peito e braços de prata de Daniel 2.31-33, 37-39, o mundo de então iniciava uma nova era
na História da humanidade, especialmente para os povos oprimidos e subjulgados no
tempo dos babilônicos. Até porque os novos conquistadores, os medos, eram de princípios
mais democráticos. Eram menos duros no tratamento para com os conquistados (Ed 1.1-9;
Ne 2.2-8). E governavam com leis inflexíveis (Ne 8.8).
Deus tirou o poderio dos babilônios, que foram usados para castigar o povo rebelde. O
Senhor o entregou, então, aos medo-persas, que foram instrumento para libertação,
reedifcação e restauração do Seu povo em cativeiro há 70 anos (Jr 43.10-12; Is 44.28;
45.1-4).
Assim fca provado que Deus governa as pequenas e as grandes potências mundiais, e faz
delas servas dos Seus divinos e santos propósitos.
I. Despertando o espírito do rei Ciro
Duzentos anos antes do cativeiro, Deus profetizou a volta dos exilados da Babilônia à sua
terra, por intermédio dos profetas Jeremias e Isaías. Para tanto, apontou o nome de Ciro
como libertador, séculos antes do seu nascimento (Jr 29.10; Is 45.1-4).
O tempo andou e com ele os cumprimentos proféticos. Veio o império Persa e Ciro foi o
seu primeiro rei, um grande estadista. Já no primeiro ano de governo, Deus despertou o
seu espírito no sentido de não só decretar a libertação dos judeus, mas também ajudá-los
a reconstruir a nação (Ed 1.1-2).
Tal foi o despertamento que sofreu para executar tamanho empreendimento que, embora
sendo gentio, tinha as seguintes convicções com referência à tarefa proposta:
1. que o grande reino por ele conquistado, o foi pela vontade de Deus (v.2);
2. que sob a bênção de Deus, todo judeu convicto estava livre para voltar a Jerusalém e
por mãos à obra (v.3);
3. que onde quer que passassem, os judeus que não subissem a Jerusalém tinham o dever
de contribuir com donativos para a obra. Ele mesmo deu o exemplo da liberalidade (v.4-7);
4. que tudo que Nabucodonosor saqueara do templo há anos tinha de ser devolvido e
levado de volta para Jerusalém (Ed 7.19);
5. que Deus tinha razão quando, pela boca do profeta Isaías, chamou-o dizendo:
"Meu pastor... e cumprirá tudo que me satisfaz” (Is 44.28).
II. Despertando o espírito dos cabeças de
famílias
Uma vez que o edito do rei abriu o caminho de volta a Jerusalém, Deus operou também no
espírito e na mente das pessoas de destaque entre o povo para atender ao apelo divino e
ao do rei, e naturalmente seguir a liderança de Zorobabel.
1. O Espírito de Deus moveu as principais autoridades das famílias, base das tribos de
Judá e Benjamim, uma vez que a nação cativa era constituída dessas duas tribos (v.5)
2. O Espírito de Deus moveu também os sacerdotes e os levitas. Os sacerdotes eram
necessários para ministrar ao povo os dons espirituais e instruí-los. Os levitas exerciam
atividades no templo como cantores, porteiros, etc. (v.5).
Foram despertados ainda outros mais, cujas categorias não são mencionadas. Para
cumprir suas tarefas bastava que estivessem movidos por Deus (v.5).
Esdras e Neemias para hoje
É assim que funciona a obra de Deus. No Novo Testamento, para cuidar da distribuição às viúvas na
igreja de Jerusalém foram escolhidoshomens cheios do Espiríto Santo, de boa reputação e cheios de
sabedoria. Foi assim que oraram e elegeram diáconos para a difícil tarefa numa igreja grande em número de
membros, porém pequena ainda em experiência, já com volumosos problemas e que estava só no início do
ministério (At 6.3).
III. Despertando o povo em geral
Quando Deus libertou Israel da escravidão no Egito, operou lá o milagre da simpatia e
generosidade. Ser simpático e generoso para com os sofrimentos alheios parece-nos ser
algo que vem de Deus.
Israel serviu aos egípcios em trabalhos duros, anos a fio. Agora seriam despedidos
de mãos vazias? Não. Deus moveu o coração dos egípcios e criou neles, tanto homens
como mulheres, o sentimento de empatia e liberalidade, de tal modo que
espontaneamente ofereciam aos hebreus, na sua saída, prata, ouro, vestimentas, joias,
etc.
Assim confortavam os escravos que partiam para a liberdade, até porque isso era
um direito deles (Êx 3.21-22; 12.35-36).
O Senhor é Deus que não conhece barreiras. Na eufórica libertação dos exilados
da Babilônia, mais uma vez a cena se repete. Vemos Deus movendo o coração de
todos em benefício do Seu amado povo:
1. Deus moveu o poder babilônico para disciplinar o povo rebelde que não deu ouvidos aos
Seus profetas.
2. Deus fez subir o poderio medo-persa como Seu instrumento para restauração de Israel,
agora já disciplinado pelo sofrimento do exílio babilônico.
3. Deus inspirou o rei Ciro a decretar a libertação do Seu povo e abrir-lhe caminhos rumo a
Jerusalém.
4. Deus moveu príncipes e várias outras categorias de pessoas de destaque para
se responsabilizar pela obra de restauração nacional.
5. Deus moveu o povo de modo geral para participar de alguma forma, da reconstrução
nacional. Mesmo com donativos, oferecendo vasos de prata, de ouro, fazendas, gado, etc.
Assim os que não subiram a Jerusalém ajudaram com bens os que subiram (Ed 1.6).
Era o Espírito de Deus movendo o povo a participar no cumprimento dos Seus santos
propósitos já ditados nas profecias. Afrmou o apóstolo Paulo: “Deus escolheu as coisas
loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para
envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas,
e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fm de que ninguém se vanglorie
na presença de Deus” (1Co 1.27-30).
Conclusão
1. Testemunho do escritor da lição: “Ainda bem jovem e inexperiente, Deus despertou-me
para servi-Lo como crente e como ministro do Evangelho. Eu O atendi, e depois de quatro
décadas de dedicação, sinto-me ainda servo inútil, pois não tenho conseguido fazer tudo
que o Senhor me mandou.” Qual tem sido seu testemunho nesse sentido?
2. Para refletir: Quando participo do culto, canto, oro, leio a Palavra e nela medito, dou ao
Espírito Santo a melhor oportunidade de me despertar para o trabalho de Deus?
3
Quem é quem
Pr. Wilson Nunes
texto básico Esdras 2.1-70
texto devocional 1Pedro 2.1-10
versículo-chave 2Pedro 1.10-11
”Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confrmar a vossa vocação e eleição; porquanto,
procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois, desta maneira é que vos será amplamente
suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”
alvo da lição
Ajudar o aluno a avaliar o nível de comprometimento espiritual com Deus e com a igreja.
leia a Bíblia diariamente
seg Is 45.1-4
ter Ez 37.1-14
qua 2Co 6.14-7.1
qui 1Pe 1.13-21
sex 2Pe 2.1-10
sáb Mt 7.15-23
dom 2Pe 1.3-11
Algumas informações gerais de caráter histórico podem ser úteis para a compreensão
desta lição. Queremos brevemente destacar alguns fatos. 
1. Esdras continua a narrativa de 2Crônicas ao mostrar como Deus cumpriu Sua promessa
ao trazer de volta o povo para a Palestina, depois de setenta anos de exílio. Esse é o
segundo êxodo de Israel.
2. O livro foi escrito provavelmente entre 457 a.C. e 444 a.C. Esdras relata a história de
dois retornos da Babilônia; o primeiro sob Zorobabel, para a reconstrução do Templo (Ed
cap. 1-6), e o segundo sob a liderança de Esdras, para a reconstrução da condição
espiritual do povo (Ed 7-10).
Talvez a razão para esta lista de nomes seja mostrar que certos líderes de famílias haviam
retornado para a Terra Santa e que determinados lugares geográfcos foram ocupados
pelos que retornaram.
No entanto, não se pode deixar de notar que esse capítulo sublinha a importância da
genealogia. O fato de grande interesse para nós aqui é o cuidado que houve no caso dos
sacerdotes. A genealogia teve de ser provada.
A genealogia era de grande importância em Israel. Um homem que não tinha
conhecimento da tribo ou clã à qual pertencia estava sob sérias restrições e era
especialmente excluído do sacerdócio.
Considero isso, atualmente, um princípio muito precioso para nós, pois tão logo não
pudermos também provar a nossa “genealogia espiritual” seremos igualmente
considerados como impuros e fora do sacerdócio.
I. As três listas (v.2-63)
No tocante à tarefa de restauração da adoração a Deus a ser empreendida, Esdras
faz uma lista na qual apresenta clara distinção entre três grupos gerais de pessoas, o
que pode representar para nós três níveis de comprometimento espiritual do povo de Deus.
1. O grupo da primazia 
 (v.2-19)
Esse era o grupo das pessoas que podiam provar sua genealogia.
a. Os líderes (2) – Esdras se lembra de onze civis e líderes religiosos preeminentes. Vamos
destacar aqui apenas quatro deles:
(1) Zorobabel, cujo nome signifca “nascido em Babel” e que era também da descendência
do rei Davi;
(2) Jesua, que foi o primeiro sumo sacerdote depois do exílio (cf 3.2). Ele era neto de
Seraías, o último sumo sacerdote antes do exílio (cf. 2Rs 25.18);
(3) Neemias, que não era o famoso Neemias que reedifcou os muros, pois esse
só retornou a Jerusalém treze anos mais tarde em 444 a.C.
(4) Mordecai, o primo de Ester (Et 2.5-7).
b. O número dos homens que são identifcados por sua descedência (2-19) – A lembrança
da genealogia forma aqui uma importante ordem de provas que nos revela algumas
qualidades fundamentais do caráter desse grupo de pessoas. Afinal, o que fez com que
conservassem após tanto tempo tal conhecimento? Note-se que após mais de sessenta
anos de exílio eles foram os únicos remanescentes que se lembravam com zelo de sua
família, seu clã e sua tribo. O que explica tão elevado nível de compromisso com Deus e
com o Seu povo?
Em primeiro lugar, a fé – conservaram a certeza absoluta no cumprimento da promessa do
Senhor (cf. Is 45.1-4; Ez 37.1-14). Foram frmes e perseverantes em confar no Senhor.
Em segundo lugar, a esperança – mantiveram viva a expectativa do retorno a Jerusalém.
Nem a distância, nem o tempo, nem as provações foram capazes de apagar-lhes da
memória sua origem e sua identidade espiritual. E, em terceiro lugar, o amor:
• pelo Senhor, pois como Davi suspiravam continuamente pelo Santuário de Deus (Sl 42-
43,84);
• pela terra natal, pois recusavam-se a fcar contentes e a descansar enquanto estivessem
na Babilônia.
Ora, isto é altamente instrutivo para nós e retrata uma realidade bem presente. Tal como
Israel, nós também somos chamados a manter frmes nossa fé, esperança e amor
enquanto aguardamos nossa redenção fnal (1Co 13.13). Durante o tempo em que
permanecemos no mundo, nem o tempo nem as provações podem apagar essas virtudes
dos nosso coração. Por isso, quando a Bíblia fala de fé, esperança e amor, ela não
identifca de qualquer fé e esperança, nem qualquer amor, mas fé, esperança e amor que
permanecem.
Estas são as marcas do cristão e a prova de sua “genealogia espiritual”.
Esdras e Neemias para hoje
• O que isso signifca para você?
• Como você provaria que ainda é um cristão?
• De que modo você pode demonstrar, em termos práticos, sua fé, esperança e amor?
• De que maneira isso ajuda você a encarar de modo diferente o mundo a sua volta?
2. O grupo secundário 
 (v.20-58)
As pessoas que compõem esse grupo são:
a. as que se lembravam apenas dos nomes das cidades(v.20-35)
b. as que conservaram apenas suas funções (v.36-58):
 (1) os sacerdotes (v.36-39), que somavam o número de 4.289;
 (2) os levitas (v.40-42), dos quais apenas 341 retornaram;
 (3) os servidores do templo (v.43-54), provavelmente prisioneiros de guerra que foram
designados para tarefas seculares do templo (cf. Js 9.27);
 (4) os filhos dos servos de Salomão (v.55-58). A origem destes servos é desconhecida.
Esse grupo se denunciava pelo fato de render tão pouco de seu coração a Deus,
ou apenas parcialmente. Mas o exílio não deveria ser uma desculpa para a
negligência. Afinal, como puderam esquecer os nomes de seus ancestrais?
Como cristãos, tal fato nos chama a atenção para o perigo de que somos
capazes, enquanto estamos no mundo, de ficarmos indiferentes no que tange às coisas
fundamentais da vida cristã. Nesse sentido, o mundo se torna uma região
extremamente ameaçadora para os crentes. Pastores, igrejas, santos, frequentemente,
perdem o zelo e a identidade cristã quando se deixam envolver pelas redes do mundo à
sua volta. Nessa perspectiva, todos somos chamados a reconhecer que vivemos em terra
estranha e que devemos fcar prevenidos contra as coisas que há no mundo e que nos
fazem esquecer de Deus e do Seu Reino.
No contexto do mundo os nossos deveres são bem claros:
• separados do mundo (2Co 6.17);
• separados de associações proibidas (Gn 19.17);
• separados das realizações presentes (Fp 3.13-14; 1Co 6.17-20);
• suportando as aflições que nos forem enviadas (2Co 12.9);
• partindo deste mundo, quando a voz do alto nos chama para casa (2Tm 4.6).
3. O grupo dos rejeitados 
 (v.59-63)
Esse grupo incluía aquelas pessoas que não podiam provar que eram de Israel, e
foram consideradas como imundas para o sacerdócio.
Tal como Esdras, nós também temos de duvidar daquele que não pode provar a
sua identidade cristã. William Kelly diz: “Na atual confusão da cristandade, nós
somos chamados a ter o máximo de cuidado com respeito àqueles que professam o nome
do Senhor, e com aqueles que tomam lugar mais perto de Deus...”.
Existem três razões simples para este cuidado.
a. Porque o hipócrita pode imitar o cristão.
b. Porque Jesus disse: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor! Entrará no reino do
céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mt 7.21)
c. Porque para comer das coisas sagradas a “genealogia espiritual” precisa ser
provada (v.63).
A terrível verdade aqui é que muitos que caminham ao nosso lado descobrirão no dia da
“averiguação” que são imundos para o sacerdócio (v.62), cf. Mateus 22.11-13.
De qual grupo você faz parte ativa?
(1) Daqueles que amam o Senhor de todo coração?
(2) Daqueles que possuem o coração dividido entre Deus e o mundo?
(3) Daqueles que são repudiados?
II. O total (v. 64-67)
1. De pessoas 
 (v. 64-65)
Quando juntamos a lista dos números de v. 2-42, 58-60 chegamos a 29.829. No entanto, o
total dos versículos 54-65 é de 49.897. Esse número maior pode incluir hebreus das dez
tribos do norte que podem ter juntado aos remanescentes das duas tribos do sul, Judá e
Benjamim (cf. 1.5).
2. De animais 
 (v.66-67)
Até mesmo os animais foram contados, num total de 981.
III. O estabelecimento em Jerusalém (v.68-70)
1. Cuidaram primeiro de restaurar a casa do Senhor 
 (v.68)
O templo é iniciado em 536 a.C., em 534 é descontinuado, é reassumido em 520
e completado em 515 a.C. Começou sob o governo de Ciro e terminou sob Dario I.
2. Ofertaram segundo os seus recursos 
 (v.69)
a. Deram 61 mil dracmas de ouro.
b. Duas e meia toneladas de prata.
3. Situaram-se nas cidades e vilas de seus ancestrais 
 (v.70)
Conclusão
Existe uma nota positiva de esperança neste capítulo por causa do remanescente que
retorna à terra da promessa. Ficamos impressionados com a fidelidade de Deus, que é
vista na maneira pela qual Ele soberanamente os estabeleceu de novo em sua terra. Isso
revela a continuidade da promessa de Deus, pois é nessa terra que a promessa
messiânica se cumpriu. Cristo nasceu em Belém (Mq 5.2), não na Babilônia.
4
A restauração do culto
Pr. Wilson Nunes
texto básico Esdras 3.1-13
texto devocional Salmo 150.1-6
versículo-chave Mateus 6.33
“Buscai, pois em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão
acrescentadas”
alvo da lição
Depois de indentifcar as prioridades da vida da igreja os alunos deverão sugerir um plano para alcançá-las.
leia a Bíblia diariamente
seg 2Cr 34.3-7
ter Fp 1.27-30
qua 1Co 1.10-17
qui Jo 4.19-24
sex Sl 51.16-17
sáb 1Co 3.10-17 
dom Ap 21.9-27
A conexão entre os capítulos 2 e 3 do livro de Esdras é óbvia. O capítulo 2 descreveu o
retorno dos judeus. O capítulo 3 retrata o reinício da adoração ao Senhor. O primeiro ato
depois do retorno dos exilados para terra deles foi o restabelecimento do altar de culto. O
reavivamento do culto precedeu a tudo o mais na vida daquele povo.
Nesse capítulo, encontramos o que podemos chamar de prioridade absoluta para o povo
de Deus em tempos de restauração, pois notam-se aqui três princípios fundamentais que
devem governar a vida da igreja na busca do verdadeiro reavivamento. Ora, que devemos
esperar de um avivamento? Ao dizer “reavivamento” não estamos pensando em algum
alvoroço emocional ou sensacionalista. Nada disso; queremos um reavivamento bíblico,
uma igreja pronta e avivada naquilo que é essencial, a saber, na unidade, na adoração e
na edifcação. Estas são três metas fundamentais para um programa de restauração
espiritual na igreja local.
I. Unidade
 (v.1)
II.
A unidade era visível entre os flhos de Israel, “como um só homem” (v.1). Esse espírito de
união é também indispensável à igreja de hoje. É o primeiro segredo essencial
do reavivamento e da benção de Deus em qualquer igreja ou grupo de crentes. Contudo, ,
é um dos mais negligenciados.
Quantos projetos valiosos são frustrados ou deixam de ser realizados por falta de unidade!
A Bíblia diversas vezes chama a nossa atenção para este aspecto vital e fundamental da
vida da igreja (1Co 1.10; Ef 4.3; Fp 1.27; Jo 17.21; 2Co 13.11; Fp 4.2-3).
A unidade é a forma divina apontada para alcançar o poder e a benção de nossas
igrejas. Porém é importante sublinhar que essa união não signifca uniformidade. Na
igreja há muita diversidade, e nenhum esforço para fazer todos iguais produzirá a igreja
que Deus deseja ter (ver 1Co 12.4-6).
Esdras e Neemias para hoje
Pense nos projetos da sua denominação e sua igreja local. Que importância você vê na unidade para
a realização dos mesmos? Você colocaria a unidade como primeira coisa na sua lista de prioridades para
a denominação e para sua igreja local?
Adoração
(v.2-7)
A segunda expressão da vida da comunidade judaica mencionada no texto em tela refere-
se à adoração. Aqui descobrimos que, antes de qualquer coisa, o culto ao Senhor deve ter
prioridade máxima na vida do Seu povo. A prioridade de Zorobabel está no lugar certo:
antes de lançar os fundamentos do templo é preciso levantar o altar do Senhor.
Temos cometido o erro de dizer às pessoas que elas são salvas para trabalhar. A
tendência, então, é vê-las correndo em todas as direções empenhadas na obra de Deus.
Quase sempre o resultado é apenas exaustão. É preciso lembrar que o Pai procura, antes
e acima de qualquer outra coisa, adoradores. Watchman Nee já observou que é muito fácil
colocarmos a obra do Senhor antes do Senhor da obra. Como os filhos de Israel, nós
também somos chamados para exercer um sacerdócio e, como no caso dos levitas, nossa
primeira responsabilidade é a adoração ao Senhor (1Pe 2.5).
No texto em estudo, notam-se três planos do culto ao Senhor.
1. A oferta do holocausto
 (v.2-3)
Dois pontos são dignos de nota aqui.
a. O sacrifício era um ato de entrega. Sacrifcar quer dizer entregar.
Esdras e Neemias para hoje
Que estamos entregando, cedendo, sacrifcando, quando adoramos a Deus? O que o Senhor quer
que depositemos no altar? (Sl 51.16-17; Pv 23.26)
b. O sacrifício era um ato de fidelidade.Por terem destruído o antigo altar para construir um novo em seu lugar, o terror dos povos
da terra estava sobre eles. Mas, a despeito de toda oposição, nada iria impedi-los de servir
ao Senhor.
2. As festas religiosas (v.4-6)
Aqui o texto chama a atenção para o abundante zelo e serviço dos judeus.
“Adorar a Deus nas horas difíceis é prova da fé forte, daquele que reconhece 
a Sua Onipotência e admite que Ele não erra”. (Sl 34.10)
Aqueles homens piedosos frequentavam todas as reuniões e formas públicas de culto, e
celebravam todas as festas religiosas. “holocaustos contínuos e os sacrifcios das luas
novas e de todas as festas fxas do Senhor” (v.5).
Esdras e Neemias para hoje
O que isso nos diz sobre o zelo com que o crente deve servir ao Senhor? Como o seu zelo se compara
com o deles? Que signifca Romanos 12.11 para você?
3. A contribuição financeira (v.7)
Dizemos que colocamos Deus em primeiro lugar, no entanto o que mais se vê entre nós
são membros de igreja que buscam as coisas do mundo e relegam o Reino de Deus ao
último lugar. Mas diante do exemplo daqueles servos de Deus do passado aprendemos
que a contribuição fnanceira é parte integrante do nosso culto, e que a aplicação dos
nossos recursos materiais na obra de Deus deve ser prioridade.
Esdras e Neemias para hoje
Quão importante é a contribuição financeira para a obra de Deus? Quais são as consequências de
nossa infidelidade nessa área? (ver 2Cr 29.7; Ne 13.10). Quanto à aplicação dos recursos fnanceiros da
igreja, quais deveriam ser as prioridades?
III. Edificação
 (v.8-13) 
Nosso trabalho cristão pode ser tipifcado pela edificação do templo de
Jerusalém. Podemos dizer que o nosso trabalho também deve ser o de edifcar a Casa de
Deus (1Pe 2.5; 1Co 1.10-17).
Como edificá-la? O texto sugere dois aspectos fundamentais para se alcançar o progresso
da igreja de Deus.
1. A seleção de líderes (v.8-9)
Um homem não pode levar sozinho o trabalho do Senhor. Nem pode alimentar um
rebanho, porque não possui todos os dons para ser o modelo para o povo. Por isso,
devemos estar dispostos a pagar o preço de preparar homens para assumir a liderança
conosco. Jesus escolheu alguns, e gastou três anos com eles (Mc 3.13-14; At 2.42; 4.35).
Paulo trabalhava em equipe (At 13.1-3; 20.4) e insistia para que os outros assim fizessem
(Tt 1.5-9; 2Ts 2.1-13).
Talvez valha a pena dar uma olhada nas igrejas que têm ministério colegiado. Não é por
acaso que elas são as que mais crescem em nosso país.
 
Quando escolhemos os líderes de nossas igrejas, adotamos os critérios bíblicos? (Tt 1.5-9;
1Tm 3.1-3)
Na escolha dos líderes perguntamos pelas necessidades da igreja? Perguntamos pelos
dons?
2. A celebração do louvorstrong style="line-height: 23px; font-
size: 1.1em;"> (v.10-11)
Louvar é expressar gratidão por tudo o que Deus nos tem feito (Sl 150.6; Sl 100.4). É
expressar nossa apreciação pelo que Deus é (Ap 4.11).
Aqui aprendemos que o louvor:
a. deve ser dirigido ao Senhor “para louvarem ao Senhor” (v.10);
Quantos de nossos corais, grupos musicais ou de drama pensam em apresentar-se
apenas para o Senhor, sem ninguém mais vê-los?
b. pode se expressar de diversas maneiras (v.11-13).
Louvor é extravasar alegria, pela lembrança daquilo que Deus tem feito. Veja como se
manifestou naquela ocasião (v.11-13).
“Cantavam alternadamente, louvando e rendendo graças ao Senhor: 
Ele é bom; o seu amor dura para sempre sobre Israel.” (Esdras 3.11)
Você concorda que o louvor é um meio de edifcação da igreja? Por quê? Quando o louvor
edifca? Quando não?
Conclusão
Quando sentimos que nossas igrejas estão apáticas, letárgicas, mortas, nossa
primeira reação é:
1. inventar toda sorte de programas e novidades;
2. estabelecer planos na tentativa de fazer com que as pessoas comecem a se
movimentar;
3. convencer a igreja de que nossa necessidade básica é nos achegarmos mais
à presença de Deus, meditarmos Nele, adorá-Lo e servi-Lo com mais zelo e fervor (Ap
2.4).
5
A hostilidade do inimigo
Equipe Editorial
texto básico Esdras 4.1-24
texto devocional Tiago 1.2-18 e Salmo 3
versículo-chave 1Corintios 15.58
“Sede frmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, vosso trabalho
não é em vão”
alvo da lição
Animar os membros a enfrentar as aprovações com determinação e coragem e incentivar cada um com o
senso de responsabilidade pessoal para o serviço de Deus.
leia a Bíblia diariamente
seg Tg 1.2-18
ter Ed 4.1-5
qua Ed 4.6-16
qui Ed 4.17-24
sex 2Rs 4.8-37
sáb 2Rs 17.24-41 
dom Sl 3.1-8
É importante para a boa compreensão do livro de Esdras, em especial de sua mensagem,
notar que descrição apresentada abrange vários reis e acontecimentos. Há momentos em
que, de um versículo para outro, se passaram vários anos. Note que a volta do povo de
Deus à terra se deu em dois estágios com um intervalo de 60 anos. Assim, a estrutura do
livro se torna compreensível e interessante. Primeira parte (Ed 1-6) sob a liderança de
Zorobabel, com 50 mil, no primeiro ano de Ciro (Ed 1.1), em 563 a.C.; segunda parte,
liderados por Esdras, no sétimo ano do Rei Artaxerxes (Ed 7.8), em 456 a.C.
Até a lição seis, estudaremos a primeira parte do livro, em que vemos lançados os
fundamentos do novo Templo, com oposição por parte dos samaritanos, árabes e monitas
que durou aproximadamente vinte anos.
Na lição de hoje, nos concentraremos no capítulo quatro em que os inimigos fizeram
cessar a obra por um pouco de tempo, até o segundo ano do rei Dario.
I.
II.
Cuidado com a amizade do mundo
(Ed 4.1-5)
Os inimigos se ofereceram para cooperar na edifcação do Templo. Essa proposta
provavelmente encobria o propósito de obter o controle político da região que estava sendo
governada pelo recém-chegado povo de Deus, que criou uma nova província.
Porém, além do problema político, aceitar qualquer mistura implicava correr o risco de cair
na idolatria (a mesma que um dia levara a nação para o cativeiro do qual estava saindo).
Cometer os pecados de seus pais seria insensatez (Ez 16.14-15, 26-30 e 37-43).
Os pagãos quiseram ajudar na edifcação do templo (v.2), mas Zorobabel e Josué não
permitiram (v.3), certamente por ter tido discernimento e previsto futuros males que
adviriam de abrir espaço para o inimigo (veja Ef 4.27).
Esdras e Neemias para hoje
Você deve fazer o mesmo contra as coisas apenas aparentemente boas que devagar se infltram na igreja e
nos lares.
A pressão e perseguição do mundo
(Ed 4.6-24)
Leia 2Reis 17.24-41 e veja a origem dos inimigos.
Quando a ajuda foi rejeitada, os adversários começaram pertubar a obra: “desanimaram e
atemorizaram o povo” (v.4).
Esdras e Neemias para hoje
Note: se você hoje está desanimado quanto à leitura, oração, evangelismo, louvor, contribuição,
comunhão... ou inquieto (atemorizado) quanto a seu lugar no corpo e propósito de Deus, muito cuidado pois
a obra é inimiga.
Pior do que estar desanimado e atemorizado, é desanimar e atemorizar os irmãos de sua igreja e
denominação. Dessa forma você se torna um dos instrumentos do inimigo.
Como foi dito na introdução, há pontos em que de um versículo para outro temos um
grande espaço de tempo. Isto ocorre no capítulo 4:
- no versículo 4 temos ainda o rei Ciro, que reinou de 536 a 529 a.C.;
- no versículo 6 narra a respeito do rei Assuero ou Cambises (529-521 a.C.), que recebe
uma acusação, à qual, porém, parece que ele não deu muita importância;
- no versículo 7 já vemos outro rei, Artaxerxes (ou Esmerds/Gaumata) (vale lembrar que
esse não é o Artaxerxes do capítulo 7). O Artaxerxes do capítulo 4, cujo reinado só durou
sete meses, recebeu uma carta com uma lista bem expressiva de remetentes para dar
ênfase ao conteúdo (v.7-10). Apesar de seu reinado ter sido tão curto, foi sufciente para
que ele decretasse suspensão das obras no templo (v.21-24). Os adversários obtiveram
vitória por algum tempo.
Mesmo quando estamos trabalhando felmente para Deus, devemos preparar-nos para
contrariedades.
Conclusão
Quando Deus trabalha, o diabo tenta atrapalhar!O inimigo percebeu a importância da
restauração de Israel. Disso é que dependia a vinda do Messias. O império das trevas é
traiçoeiro, maldoso, acusador e unido para fazer oposição a tudo que promove o reino de
Deus. Portanto vigie, ore e espere Nele porque a Sua obra, ainda que simples, está dentro
de um propósito maior e elevado que atingirá outras vidas. Não desanime com as
decepções, pois sob a atual situação na Terra as provações são um elemento necessário
ao progresso espiritual. Com essa mentalidade vençamos os poderes do mal (veja Lc
10.19; 2Co10.3-5; Ef 6.10-18; Hb 2.14-15; 1Jo 4.4;5.4-5).
 
I.
6
Líderes corajosos para reconstruir
Equipe Editorial
texto básico Esdras 5.1-6.22
texto devocional Ageu 2.1-9
versículo-chave 2Timóteo 1.7
“Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”
alvo da lição
Levar o aluno a saber que Deus está disposto a usá-lo como um líder destemido e ativo no reino.
leia a Bíblia diariamente
seg Ed 5.1-5
ter Ed 5.6-17
qua Ed 6.1-12
qui Ed 6.13-22
sex Ag 1.1-15
sáb Ag 2.1-9 
dom Ag 2.10-23
Quando trabalhamos em cooperação com Deus, Ele nos concede forças e graça para
concluir as tarefas que nos designou. Dentro de nossos projetos para Deus, os obstáculos
e desânimos devem ser enfrentados com coragem e
determinação, como fzeram Zorobabel, Josué e os profetas Ageu e Zacarias.
A liderança que sabe o que deve ser feito
(Ed 5.1-5)
Com a saída do rei Artaxerxes, que interrompeu as obras do templo, o rei Dario I assumiu o
trono. Nesse período, Deus inspirou os profetas Ageu e Zacarias para que animassem o
povo a se esforçar e terminar o templo. Zorobabel, Josué e os construtores atenderam à
mensagem de Deus com fervor e boa vontade. De acordo coma as
informações de Ageu 1.1 e 1.12-15, a construção recomeçou vinte e três dias depois do
apelo do profeta (Ed 5.1-2).
Esdras e Neemias para hoje
Com que diligência e prontidão temos atendido ao convite do Senhor para que nos ponhamos em ação?
II.
III.
IV.
A oposição, o desânimo e o aparente fracasso foram combatidos por Deus por meio de Sua palavra,
pelos profetas Ageu e Zacarias. Para combater esses males você recorre a quê?
A liderança que persegue seus alvos esperando em Deus
(Ed 5.6 – 6.14)
Assim que a obra retornou a ritmo, os inimigos procuraram atrapalhar novamente, por meio
de: Tatenai (governador da região), Setar-Bozeni (talvez secratário real) e seus amigos
(v.3). “Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, de maneira que não
foram obrigados a parar, até que o assunto foi parar no rei Dario.” (v.5)
Foi enviada uma carta (5.6-17), relatada do v.6 até o fnal do capítulo 5 (veja o teor da carta
e note como Jeová é conhecido). Contudo dessa vez a tentativa feita para induzir o novo
rei a embargar as obras obtinha o efeito contrário! No capítulo 6, vemos a resposta
favorável do rei, que além de permitir a construção concedeu recursos e estabeleceu pena
de morte a quem se opusesse aos judeus.
Esse rei era o homem mais poderoso da terra por dirigir a superpotência da época. Porém
reconheceu ser Deus mais que ele, e que sua vida estava sob Seus cuidados (6.10).
Humanamente falando, ele tinha de tudo, mas quis dar um passo na direção de Deus (6.11-
12). E como manobra política era vantagem para a Pérsia fazer base sólida na Palestina,
para poder conter qualquer investida do Egito (veja em um mapa).
A liderança que consegue concluir seus projetos
(Ed 6.15)
O Templo foi reconstruído no espaço de vinte anos aproximadamente. O valor espiritual do
Templo para Israel, bem como suas implicações ao ser reconstruído, eram dizer que Deus
novamente lhes abria uma oportunidade de existência e ainda estava no meio deles.
Se a liderança administrativa nas pessoas de Zorobabel e os anciãos, e a liderança
espiritual nas pessoas de Josué, Ageu e Zacarias, não tivessem sido tão unânimes,
resolutas e determinadas, a investida de Tatenai teria sido desastrosa para a construção.
Esdras e Neemias para hoje
Qual ou quais projetos você, como líder, tem realizado?
Debata em classe por que muitos projetos nem vão para o papel, e muitos não saem dele!
A celebração da páscoa
(Ed 6.19-22)
Deus prometeu que eles conseguiriam acabar o Templo (Zc 4.9). E também informou ao
povo que o seu apego às afrmações do Senhor lhes asseguraria o sucesso (Ed 5.1-2;
6.14).
A promessa do Senhor se cumpriu. Portanto chegou o momento de louvá-Lo por
Sua infalível misericórdia (Sl 102.13-17).
Os sacrifícios de Israel, na dedicação do segundo Templo, foram apenas uma parcela das
que o povo havia oferecido na dedicação do Templo de Salomão, cinco séculos antes,
porém foram feitos com a mesma devoção. Apesar de não ter ocorrido sinal visível da
presença de Deus, foram acolhidos com o mesmo favor divino. A próxima vez em que Ele
se manifestaria no Templo seria quando Jesus andasse ali. Nesse sentido, a glória da
última casa (que ainda não era essa) superaria a glória da primeira (Ag 2.6-9).
Conclusão
Apesar dos obstáculos, a tarefa é completada, resultando em vitória, alegria e
comunhão. A fé e o trabalho triufam em nome do Senhor.
7
O líder que Deus usa
Equipe Editorial
texto básico Esdras 7.1-8.36
texto devocional Salmo 119.89-105
versículo-chave Esdras 7.10
“Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor e para a cumprir e para ensinar em Israel os
Seus estatutos e os Seus juizos”
alvo da lição
Esclarecer que o verdadeiro avivamento é, acima de tudo, o compromisso com Deus.
leia a Bíblia diariamente
seg Ed 7.1-10
ter Ed 7.11-20
qua Ed 7.21-28
qui Ed 8.1-20
sex Ed 8.21-30
sáb Ed 8.31-38 
dom Pv 3.1-10
Entre os capítulos 6 e 7 de Esdras há um intervalo de sessenta anos. Nos primeiros anos
desse espaço de tempo, é que acontecera os eventos do livro de Ester, na Pérsia.
Após o período que se registrou, a história recomeça com a chegada de Esdras na
segunda migração dos judeus provenientes do cativeiro – um grupo de sete mil pessoas.
I. Esdras, um líder preparado
 (Ed 7.1-10)
1. Sua linhagem (v.1-5)
Era descendente direto de Arão, o primeiro sumo sacerdote de Israel. Todos os elos da
árvore genealógia são dados em 7.1-5.
2. Seu treinamento (v.6)
“Escriba versado na Lei de Deus” (v.6). Escriba era um perito nas Escrituras, apto a ensiná-
las. Ele recebeu uma educação sacerdotal e, provavelmente, ao transcrever muitas cópias
dos escritos sagrados, foi conduzido a um reavivamento sadio com uma compreensão dos
desígnios de Deus para o povo.
3. Seus alvos (v.10)
Seu alvo principal era vivifcar a si mesmo e ao seu povo. Seu percurso e instrumento foi a
palavra de Deus:
- buscar;
- cumprir;
- ensinar a palavra de Deus.
A palavra foi base e motivação de seu ministério e atingimento de alvos (que eram muito
claros e objetivos).
Esdras e Neemias para hoje
Basta este alvo para Deus fazer de você um grande instrumento!
Esdras era muito bem preparado. Sua igreja investe tempo e dinheiro na preparação de seus líderes?
II. A comissão de Esdras por Artaxerxes
 (Ed 7.11-28)
O título de Esdras: “escriba da Lei de Deus do céu” (v.12) denota que ele era um
comissário encarregado de cuidar das questões jurídicas. Os reis persas tinham
comissários escolhidos dentre as fileiras das nações subjugadas, os quais atuavam como
conselheiros nas questões de seu respectivo povo (ver Ne 11.24). Tal designação deu-lhe
muita
influência na corte e colocou-o em contato com o rei Artaxerxes.
Deus está no controle e, assim como Daniel, influenciou Ciro, Esdras atraiu agora a
atenção de Artaxerxes.
Esdras e Neemias para hoje
Se o coração dos ofciais do governo é suscetível às insinuações de Deus, eles poderão aceitar a
verdade por meio da influência das orações dos crentes.
Uma das consequências de Esdras estar bem preparado espiritualmente foi que Deus o
equipou materialmente. Note que o rei é benigno e encarrega-o ofcialmente a ir a sua
pátria, ensinar a Lei, nomear magistrados, oferecer sacrifícios e embelezar o Templo. Deus
proveu os meios temporais e espirituais parao cumprimento da missão.
Esdras e Neemias para hoje
Como isto pode ser uma realidade na sua igreja hoje?
III. A companhia de Esdras
 (Ed 7.28-8.14)
Esdras dirigiu seu apelo de retorno a Judá aos chefes ou cabeças das famílias. Se
concordassem em sair de Babilônia, eles exerceriam poderosa influência sobre os
membros desses clãs para que também retornassem a Jerusalém.
As famílias levitas talvez tenham relutado em deixar suas casas estabelecidas e ocupações
lucrativas da Babilônia. Ao contrário das outras tribos, eles não tinham terras hereditárias à
sua disposição na Palestina, dependiam dos dízimos. O retorno signifcava trocar sua
segurança econômica por incertezas. Mas os levitas eram a parte central no plano de
instruir o povo na Lei. Por causa disso, Esdras escolheu homens fiéis e prudentes a fm de
recrutar levitas dentre os que tinham decidido fcar no reino persa. Deus abençoou os
recrutadores e um número adequado de levitas e netinins (servos do templo) se
apresentaram para o serviço no santuário de Jerusalém.
Esdras e Neemias para hoje
Quantos crentes há que, devido ao conforto e segurança da vida material, não têm sido féis ao recrutamento
do Senhor!
IV. A viagem do povo
 (Ed 8.15-36)
Após as concessões do rei, eles tinham uma carga muito valiosa para levar, num percurso
de aproximadamente mil e quinhentos quilômetros, que era demorado e perigoso. Mas
Esdras falara tão eloquentemente do Deus verdadeiro perante o rei, que fcou com
vergonha de pedir proteção militar para a jornada. Assim, ele levou o povo a um período de
jejum e oração, pedindo que Deus honrasse a confança que estavam depositando Nele.
Esdras e Neemias para hoje
Eis um bom exemplo de viver o que se prega!
Uma das consequências de Esdras estar bem preparado
Conclusão
espiritualmente foi que Deus o equipou materialmente.
Embora levasse o povo a ter vários dias de jejum e oração, é evidente que Esdras
também elaborou minucioso planejamento para assegurar o êxito da viagem e o que faria
em Jerusalém.
Por que é necessário fazer planos, se já entregamos a vida a Cristo? Por que não constitui
falta de fé ser prudente, refletir muito e estabelecer alvos para a jornada da vida?
Como equilibrar os meus planos humanos com a total confança no controle e orientação de
Deus?
8
Dormindo com o inimigo!
Equipe Editorial 
texto básico Esdras 9.1-10.44
texto devocional 2Coríntios 6.14-18
versículo-chave Amós 3.3
“Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?”
alvo da lição
Alertar veementemente aos que querem contrair núpcias com quem não ama ao Senhor.
leia a Bíblia diariamente
seg Ed 9.1-9
ter Ed 9.10-15
qua Ed 10.1-8
qui Ed 10.9-15
sex Ed 10.16-44
sáb 1Rs 11.1-8 
dom Gn 6.1-5
A realidade com que Esdras se defrontou era a possibilidade de que os casa mentos de
judeus com pessoas pagãs conduzissem à extinção da religiãoverdadeira. Como até os
sacerdotes e levitas estavam envolvidos nessa prática, ela acabaria tornando-se comum
entre o povo.
Na lição passada, vimos quanto Esdras era conhecedor das Escrituras. Ele sabia muito
bem a orientação de Deus em relação à questão do casamento.
• O dilúvio em 6.1-2,4-5 era resultado de casamentos mistos.
• O cuidado dos patriarcas ao escolher suas esposas.
• O conselho de Deus a Israel, sobre casamento, depois de tirá-los do Egito (Êx 34.14-16;
Dt 7.1-4; Js 23.11-13).
• O desastre a vida de Sansão (Jz 14-16).
• A vida de Salomão demonstra vividamente porque Deus recomenda tanto: as mulheres
pagãs daquele que tinha sido o mais sábio dos reis perverteram-lhe o coração, fazendo
com que deixasse de servir ao Senhor (1Rs 11.1-8).
Esdras constatado que a apostasia de Israel se devia em grande parte à sua mistura com
nações pagãs. Ele notou que, se tivessem obedecido à ordem de Jeová de se
conservarem separados das nações que os cercavam, teriam sido poupados de muitas
experiências tristes e humilhantes.
I. O problema é desmascarado 
 (Ed 9.1-2)
Foi dito a Esdras que o povo de Israel está seguindo as abominações (veja 9.1) “se
misturou a linhagem santa com os povos dessas terras” (v.2).
Esdras e Neemias para hoje
Todo ser humano, sob forte impacto emocional, fica vulnerável.
II. A tristeza e a preocupação do líder 
 (Ed 9.3-4)
Esdras discerniu que o povo judeu estava aos poucos perdendo sua identidade, não por
preconceito racial, mas pelo perigo de idolatria, apostasia, materialismo. Sacerdotes,
levitas, governantes e o povo haviam contraído matrimônio com pagãos (veja a lista
enorme de proibições – Dt 7.1-5; Js 23.11-13). Com isso em mente, Esdras ficou
amargamente triste e atônito, e passou o dia pensando nas implicações dessa prática caso
ela continuasse na nação.
Quando as ameaças ao povo de Deus são discernidas, 
suas atitudes são de zelo para com a causa do
Reino? Mesmo se as renúncias necessárias forem grandes?
III. A oração de confssão do líder 
 (Ed 9.5-15)
Esdras não agiu precipitadamente. Sendo um sacerdote apresentou o povo a Deus.
Confessou com lágrimas, humildade e vergonha o desprezo que o povo estava tendo para
com Deus.
Sua oração fez surtir os efeitos necessários e salvou a Nação da extinção completa.
Esdras e Neemias para hoje
Orar por sua igreja e nação é o mínimo que você deve fazer.
IV. A confssão e ação do povo 
 (Ed 10.1-44)
Em sua oração, Esdras não sugeriu nenhuma solução, mas quando os judeus
testemunharam sua angústia, despertou-se-lhes a consciência, perceberam as
consequências do casamento misto. A oração de Esdras provocou uma reação imediata.
Enquanto ele chorava e se derramava prostado diante da casa de Deus, ajuntou-se a ele
mui grande congregação “e o povo chorava com grande choro” (10.1). Houve, então,
divórcio coletivo! Despediram suas esposas e flhos para suas terras e lares paternos além
das fonteiras de Judá. Talvez (apenas talvez!) as esposas convertidas a Deus não tenham
sido obrigadas a partir (Êx 12.48-49; Rt 4.9-13).
Os traumas e infelicidades provocados pela ruptura dos matrimônios não podem cair sobre
Esdras, e sim sobre aqueles que irresponsavelmente contraíram núpcias que transgrediam
a Lei de Deus.
Esdras discerniu que o povo judeu estava aos poucos perdendo sua identidade,
não por preconceito racial, mas pelo perigo de idolatria, apostasia, materialismo.
Observação: Os fatos ocorridos no capítulo 10 do livro de Esdras e no capítulo 13 de
Neemias não são estímulos ou base bíblica para divórcios nos casamentos mistos. São
base para fugir de tais uniões antes que ocorram. O divórcio só é tolerado em caso de
infdelidade ou abandono conjugal (Mt 19.9; 1Co 7.11,15).
Esdras e Neemias para hoje
Antes de perguntar: “E se a pessoa se converter?”, pergunte: “e se eu apostatar?” Não use um exemplo
que deu certo como referência de que todo casamento misto seguirá bem. Seu referencial deve ser as
Escrituras e os exemplos ali contidos já citados na introdução desta lição.
Conclusão 
No Novo Testamento, permanece o príncipio doutrinário contra o casamento misto (veja
1Co 7.39 e 2Co 6.14). O desígnio de Deus é que o matrimônio seja um símbolo prático e
apropriado da viva união com Ele (Is 62.5; Jr 3.14). É essencial, portanto, que todo aspecto
da relação matrimonial glorifque a Deus. Os incrédulos não apreciam essa perspectiva.
9
O líder e a oração
Pr. Geraldo Henrique de Andrade Santos 
texto básico Neemias 1.1-11
texto devocional Mateus 6.9-15
versículo-chave Neemias 1.10
“Estes ainda são Teus servos e o Teu povo que resgataste com Teu grande poder, e com Tua mão
poderosa”
alvo da lição
Mostrar que a adoração é parte vital no exercício da liderança.
leia a Bíblia diariamente
seg Ed 4.5-24
ter Ne 1.1-11
qua Jo 17.1-26
qui 1Rs 8.22-53
sex 2Rs 19.14-19
sáb Dn 9.1-19 
dom Hc 3.1-19
Na introdução de seu livro Neemias e a dinâmica da liderança efcaz, Cyril J. Bar ber
questiona: “Qual é a sua base da liderança? Quantos líderes desenvolvemtodo o seu
potencial? Quais os passos que podem conservar os resultados do sucesso? Quantos
líderes avaliam seu progresso atual e se preparampara os desafos do futuro?”
Comecemos fazendo essas perguntas à classe e dando tempo para algumas respostas. É
verdade que as pessoas já trazem as suas próprias fórmulas de sucesso na liderança, mas
nestas lições não há espaço para posições isoladas. Existe sim, o desejo de interação de
líderes e liderados, num processo de edifcação mútua!
Nesta lição, destacaremos princípios espirituais importantes para nortear nossos estudos
seguintes, por isso precisamos pedir orientação de Deus por meio da oração!
I. O contexto histórico 
1. Conhecendo Neemias
a. Seu nome signifca “Deus é meu deleite”;
b. Provavelmente era da tribo de Judá (Ne 1.2;2.3;7.2);
c. Servia como copeiro do rei (Ne 1.11), por isso provava o vinho do rei e guardava seus
aposentos;
d. Poderia exercer grande influência sobre seu soberano, pela confança recebida.
2. Conhecendo as datas e os reis
a. De 550 – 530 a.C. – Ciro (Ed 1.1-4.4);
b. De 530 – 522 a.C. – Cambises;
c. De 522 – 486 a.C. – Dario I (Ed 4.5,24; cap 5 e 6);
d. De 485 – 465 a.C. – Assuero ou Xerxes (Ed 4.6);
e. De 464 – 423 a.C. – Artaxerxes I (Ed 4.7-23; Ed 7-10).
Precisamos compreender que a pergunta de Neemias a Hanani e a resposta a Neemias
referiam-se aos acontecimentos mais recentes da situação de Jerusalém, que eram
resultados da devastação feita por Nabucodonosor. Por isso, devemos observar a
sequência em Esdras 4.7-23, onde uma tentativa de reconstruir os muros tinha sido
relatada ao rei Artaxerxes que a impediu. Esdras 4.24 deve ser lido após 4.5, pois é seu
resultado.
3. Conhecendo as datas e os reis
Diz-nos Barver: “Sem muros para protegê-las as pessoas estavam sendo constatemente
molestadas. A moral estava baixa. Os ricos exploravam os pobres, e os mesmos pecados
que levaram ao cativeiro estavam sendo praticados uma vez mais. A depressão econômica
e a ignorância espiritual acentuavam ainda mais a desunião do povo.”
II. A reação de Neemias 
 (v.4)
1. Lágrimas “assentei-me e chorei”
2. Preocupação “lamentei por alguns dias”
3. Jejum e oração “e estive jejuando e orando”
Esdras e Neemias para hoje
Essa reação de Neemias pode ser sua também! O que é necessário para que você, como líder,
evidencie estes sentimentos pela igreja?
III. A oração de Neemias 
 (v.5-11)
Muitas regras para a oração podem neutralizar a ação do Espírito Santo em nossas vidas,
naquele momento sublime quando entramos na presença de Deus orando. Muito mais
importante que as regras, é o ato da oração e a dependência de Deus!
Existem aqueles que perguntam como aproveitar melhor aquele momento de oração
devocional, ou como se achegar a Deus, ou então, como falar com Deus. Por isso, vamos
analisar alguns princípios da oração de Neemias, não como uma imposição para o sucesso
da oração, mas como sugestão para os líderes e para a igreja.
A oração de Neemias:
1. incluia o conhecimento de uma necessidade (v.1-4);
2. demonstrava profunda reverência (v.5);
3. baseava-se nas Escrituras (v.5, 7-10);
4. era acompanhada de confssão (v.7);
5. persistia nos pedidos (v.11);
6. garantia-se nas promessas de Deus (v.8-10);
7. comprometia o servo do Senhor (v.11).
Esdras e Neemias para hoje
Sugestão: Agora, em grupos menores de estudo, desenvolva uma relação desses princípios com o seu
momento de oração. Compartilhe nesses pequenos grupos de estudo a sua experiência na efcácia de
alguns princípios e considere o que a sua utilização resultaria como benefício para a liderança e para a
igreja.
Conclusão
Devemos tirar o maior proveito do momento em que estamos em comunhão com
Deus pela oração. Todo exercício de liderança precisa ter como base a oração.
1. O que você está fazendo para tirar o máximo proveito do seu tempo de oração?
2. Compartilhe os benefícios acontecidos a você por reservar um tempo para oração.
10
O líder e o planejamento
Pr. Geraldo Henrique de Andrade Santos 
texto básico Neemias 2.1-18
texto devocional Salmo 37.3-7
versículo-chave Neemias 2.13
“De noite saí pela Porta do Vale, para a banda da Fonte do Dragão, e para a Porta do Monturo e contemplei
os muros de Jerusalém, que estavam assolados, cujas portas tinham sido consumidas pelo fogo”
alvo da lição
Mostrar que um bom planejamento favorece o trabalho na igreja.
leia a Bíblia diariamente
seg Pv 16.1-9
ter Pv 16.10-24
qua Pv 16.25-33
qui Tg 3.13-18
sex Tg 4.13-17
sáb Mt 10.5-15
dom Mt 25.14-30
Conta-se a história de um crente que lendo sobre o poder de Deus decidiu provar esse
poder saltando sem paraquedas de um avião, na “certeza” de que Deus, por amá-lo, o
salvaria antes que atingisse o chão.
Reuniu toda a igreja para a ocasião, tomou o avião e quando alcançou grande altitude...
saltou! Enquanto caía em queda livre, os irmãos em baixo acentuavam seu clamor a Deus,
percebendo que o “confante saltador” aproximava-se rapidamente do chão. Alguns
instantes depois, o irmão atingiu o objetivo errado! Não planejou bem o seu salto, e Deus
não o livrou! Quebrou-se todo e morreu!
Todo líder precisa ser um sonhador! Às vezes deve fcar parado, imaginando o término de
uma reforma no templo, ou os desafos da abertura de novos trabalhos, ou o resultado de
uma programação evangelística... Enfm, na impossibilidade, ter a certeza que Deus pode
tudo!
Fazer a obra do Senhor exige riscos! Deus não nos chama a saltar de avião sem
paraquedas, mas quando nos vocaciona para a obra requer que corramos riscos! “É
arriscado servir ao Senhor!” O que precisamos é ter certeza da aprovação de Deus no que
planejarmos, mas não como na história.
I. Planejar envolve enfrentar o impossível
Desde o primeiro versículo do primeiro capítulo até o primeiro versículo do segundo
capítulo do livro de Neemias já haviam se passado quatro meses (“mês de quisleu” =
novembro/dezembro e “mês de nisã” = março/abril) e Neemias continuava à espera da
resposta às suas orações (1.11).
Mesmo cumprindo suas obrigações perante o rei, Neemias ainda trazia no semblante as
marcas de alguém envolvido com a causa de Deus. Daí “Disse-me o rei: Que me pedes
agora? Então orei ao Deus dos céus.”
E agora? Como agir? Que falar ou fazer? O que Neemias queria (1.11) aconteceu! A sua
oração rápida (v.4) somente teve validade porque ele já estava totalmente envolvido na
obra, e seu pedido ao rei o comprometia ainda mais.
O rei, que antes havia impedido a reconstrução (Ed 4.21), era o obstáculo a ser
solucionado. “Que me pedes agora?” era a oportunidade de enfrentar o impossível, mas
porque Deus já havia preparado o momento.
Esdras e Neemias para hoje
Observando o objetivo que você escolheu, quais os “impossíveis” que precisam ser enfrentados? Como
deve ser seu envolvimento nesse desafio?
II. Planejar envolve prever as necessidades
 (v.7-10)
Antecipando-se às necessidades Neemias precisava de:
1. cartas para os govenadores (v.7) – permissão para transitar.
2. carta para Asafe, guarda das matas (v.8) – material para o trabalho.
3. ofciais do exército (v.9) – segurança e credenciamento.
Kidner diz: “Se fcamos impressionados com o realismo e a coragem destes pedidos, o rei
também fcou. Qualquer atitude vaga a esta altura teria demonstrado que o projeto era um
mero sonho ou impulso repentino; Neemias, porém, orara por tempo suficiente (v.1), e
tivera fé sufciente, para visualizar a operação com bastante detalhe, até mesmo a técnica
de construção que empregaria no muro (Ed 5.8). Mas o fator decisivo, conforme
reconhecia, não era sua fé, mas, sim, o objetivo dela: O Deus que era seu Deus, cuja boa
mão estava sobre ele.”
Esdras e Neemias para hoje
Ainda dentro de nosso trabalho, aliste as necessidades para se alcançar o objetivo pretendido. Escreva ao
lado o que está sendo feito para suprir estas necessidades.
III. Planejar envolve fazer um levantamento cauteloso da situação 
 (v.11-16)
Sempre que fzermos a obra do Senhor, precisamos ter em mente que não a estamos
fazendo para nossa glória (Cl 3.23). O nosso mandato vem do Senhor! A obra é Dele! A
glória é para Ele! De acordo com Sua vontade!
Embora o coração de Neemias esperasse tanto por aquelaoportunidade de estar em
Jerusalém, devemos destacar seu procedimento cauteloso.
1. Não se precipitou para a ação nem para a conversa (v.11-12).
2. Buscou mais informações sobre a situação local (v.13-15).
3. Aguardou o momento certo para agir (v.15).
4. Não expôs ideias semiformadas, aos pedaços (v.16).
5. Impediu que os inimigos soubessem dos planos e preservou o despertamento dos
líderes locais (v.16).
Esdras e Neemias para hoje
Tem sido esse seu procedimento diante do projeto da igreja que está sendo analisado? Como deve ser sua
atitude
a partir de agora?
IV. Planejar envolve motivar o povo 
 (v.17-18)
Quando queremos agradar ao Senhor com nossas atitudes e projetos, muitas vezes
precisamos passar primeiro por uma avaliação de nossa atual situação.
A afrmação “deixemos de ser opróbrio” era um reconhecimento duro de se fazer, mas a
realidade saltava aos olhos: “Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada,
e as suas portas queimadas a fogo” (v.17).
Mas essas palavras não eram o “golpe de misericórdia” no povo. “Vinde, pois,
reedifiquemos os muros de Jerusalém” é que era o desafo! Neemias estava convicto de
que Deus agia em favor da obra: primeiro declara “como a boa mão do meu Deus estivera
comigo”, e somente depois vêm “as palavras que o rei me falara”.
“Disponhamo-nos, e edifiquemos. E fortaleceram as mãos para a boa obra.” (v.18)
O povo estava motivado! “Mas na realidade uma resposta tão completa de semelhante
grupo era tão milagrosa como a de Artaxerxes.”
Esdras e Neemias para hoje
E então? Você já está motivado para colocar o plano em ação? Compartilhe seus sentimentos com os
irmãos.
Conclusão
Todo alvo na igreja, e até mesmo em nossa vida particular, primeiro passa pela aprovação
do Senhor, para, depois, termos sucesso em nosso planejamento.
1. A liderança da igreja tem se envolvido em grandes desafos aprovados por Deus?
2. Tenho ouvido esses desafos e respondido como o povo: “Disponhamo-nos
e edifiquemos?”
11
O líder e a tarefa
Pr. Geraldo Henrique de Andrade Santos
texto básico Neemias 3.1-32
texto devocional Números 11.16-25
versículo-chave Neemias 3.1
“Então, se dispôs Eliasibe, o sumo sacerdote, com os sacerdotes, seus irmãos, e reedifcaram a porta da
Ovelhas; consagraram-na, assentaram-lhe as portas e continuaram à reconstrução até à torre dos Cem e a
torre de Hananel”
alvo da lição
Mostrar princípios que resultem em sucesso para a liderança.
leia a Bíblia diariamente
seg Ef 4.4-6
ter Ef 4.11-16
qua 1Co 12.12-27
qui Mt 14.15-21
sex At 11.27-30
sáb Jo 21.15-17
dom At 13.1-5
Certamente ainda lembramos que na lição anterior escolhemos um objetivo e a classe
esteve seguindo alguns passos para um bom planejamento. Depois de enfrentar o
impossível, prever as necessidades, fazer um levantamento cauteloso da situação,
chegamos ao final motivados!
Nesta lição, gostaria que aquele planejamento estudado fosse observado novamente, pois
desenvolveremos agora a ação, ou seja, a fórmula para o sucesso da tarefa!
Veremos alguns princípios apresentados por Cyril J. Barber em seu livro Neemias e a
dinâmica da liderança efcaz, e também precisaremos do envolvimento de toda a classe nas
explicações.
“O problema que enfrentamos ao examinar este capítulo – e sua longa lista de nomes – é
que somos tentados a virar a página e continuar a história em Neemias 4. Contudo, este
capítulo é um dos mais importantes do livro todo! Ao notar declarações repetitivas,
II. Liderar envolve cooperação
veremos que surgem princípios de importância vital. Destes princípios aprenderemos o
segredo do sucesso de Neemias.”
I. Liderar envolve coordenação
“A base de toda liderança eficaz é a coordenação correta das atividades de todos os
envolvidos.”
Percebemos esse fato na repetição de algumas frases, como:
1. “junto a ele” e “ao seu lado” (3.2)
2. “desde a porta da casa” e “defronte da sua casa” (3.21-23,28-30)
É importante notarmos que nem todo trabalho era igual. Havia uma variedade de tarefas, e
era preciso que cada um fosse colocado estrategicamente para o seu cumprimento. Por
isso, “não importava se estivessem envolvidos na construção ou na restauração; cada um
sabia o que se esperava de sua tarefa.”
Também percebemos que o trabalho bem coordenado criara condições que facilitavam sua
execução. “Fazendo com que cada homem trabalhasse perto de sua própria casa,
Neemias facilitou o acesso ao serviço, a alimentação enquanto estivessem trabalhando, e
a segurança daqueles que eram mais próximos e mais amados.”
Esdras e Neemias para hoje
Analisando a frase: “se o todo prospera, o trabalhador individual como parte ativa, efetiva e progressiva
do todo prosperará com ele” - descreva como está coordenada a tarefa planejada na lição anterior e
discuta o assunto com a classe.
Efésios 4.4-6 traz como ênfase unidade! O corpo de Cristo precisa expressar unidade!
Você faz parte do Corpo de Cristo! Nós todos fazemos! Em Efésios 4.11-16 e 1Coríntios
12.12-27 a unidade gera cooperação, e essa, edificação!
Antes de continuarmos, leia os textos acima e avalie sua atitude. Deixe a palavra
do Senhor penetrar em sua vida, e permita que o Espírito Santo tire tudo aquilo que
atrapalha a transformação que a Palavra quer trazer!
“A coordenação obtida por Neemias demonstra até que ponto ele pôde unir tão
diversifcado grupo. Todos eles tinham um objetivo comum.”
Leia atentamente o capítulo 3 de Neemias e observe como era diversificado o grupo que
trabalhava na reconstrução dos muros e portões!
E importante saber que Neemias não conseguiu sucesso total (3.5). É lamentável o fato de
que alguns não cooperam. Por esses vamos orar, mas nunca deixar que sua indiferença
atrapalhe o bom serviço para o Senhor!
Esdras e Neemias para hoje
Agora, professor, pode passar uma lista simbólica. Ao assinar, cada aluno estará declarando que está
pronto a cooperar para o sucesso do trabalho que planejou!
III. Liderar envolve aprovação
Agora que temos a lista simbólica dos que querem cooperar, vamos fazer um teste! Separe
em outra lista os que são líderes na igreja, ou foram designados para liderar esse trabalho
planejado. 
Queremos que os líderes, agora separados, observem seus liderados e respondam:
1. Você se interessa pessoalmente pelos liderados?
2. Você conhece cada um deles pelo nome?
3. Você sabe quais são suas responsabilidades e o que estão fazendo?
Neemias “os tratou como pessoas, não como objetos; tinham valor e não estavam lá para
serem explorados (...) Dar aprovação às pessoas pelos seus esforços honestos é uma das
chaves mais valiosas para o sucesso nas relações humanas.”
Esdras e Neemias para hoje
É hora de criarmos um ambiente de aprovação na igreja! Deixe que os liderados compartilhem
seus sentimentos com seus líderes, e que o Espírito Santo transforme todas as intenções e cause um desejo
na liderança de orar agora pelos liderados!
IV. Liderar envolve delegação
Ao líder recai a responsabilidade maior em todo trabalho, mas isso não quer dizer que o
trabalho só dependa de uma pessoa ou a ela seja dada toda a tarefa. Em Efésios 4.11-12
lemos que a liderança concedida à igreja tem o propósito de aperfeiçoar (treinar, capacitar)
os santos (os crentes) para o serviço.
Se Neemias não tivesse essa característica “teria fcado sobrecarregado com decisões
triviais e nunca teria conseguido coordenar as atividades de todos os grupos”. Por isso,
“cada pessoa foi capaz de assumir responsabilidade por sua secção do muro”.
Então:
1. Grupos de obreiros tinham chefes de secção (3.13,17).
2. O poder de tomar decisões foi delegado aos líderes de cada grupo.
É verdade que alguns não possuem maturidade suficiente para receber responsabilidade
de liderança, pois imaginam ser os donos da situação e rebelam-se contra a liderança
superior. Esses devem ser tratados com cuidado especial, mas não podem ser o padrão e
a justifcativa para centralizar a liderança numa só pessoa.
Esdras e Neemias para hoje
Poderia ser feita uma delegação de responsabilidade para a execução do plano entre os liderados,capacitando alguns para tarefas mais simples. Quem estaria disposto?
Conclusão
“Um dos pontos fortes de Neemias era a manutenção efetiva de relações interpessoais. A
extensão de sua capacidade pessoal pode ser medida pelo número de grupos e
pela diversidade de pessoas que ele fundiu numa unidade. Ele não só os manteve
trabalhando – ele os manteve trabalhando apesar de diferenças sociais, de origem
geográfca e ocupação profssional.”
Avalie.
1. Você, como líder, está disposto a ver estes princípios de liderança refletidos em sua
vida?
2. Você como liderado, está disposto a respeitar e cooperar com sua liderança?
12
O líder e a oposição externa
Pr. Geraldo Henrique de Andrade Santos
texto básico Neemias 2.9-10,19,20;4.1-23
texto devocional Efésios 6.10-18
versículo-chave Neemias 4.14
“Inspecionei, dispus-me, e disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do
povo: Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e terrível, pelejai pelos
vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas”
alvo da lição
Mostrar que todo trabalho para o Senhor terá oposição externa, mas a igreja
já tem a vitória.
leia a Bíblia diariamente
seg Sl 120.1-7
ter Sl 121.1-8
qua Sl 123.1-4
qui Sl 124.1-8
sex Sl 125.1-5
sáb Sl 126.1-6
dom Sl 129.1-8
Com o povo em grande miséria e desprezo, os muros e portões
destruídos (1.3), a autoestima estava baixa, favorecendo a ação dos
oportunistas. Três nomes aparecem nesses versículos, frmando-se
como implacáveis opositores à todo o trabalho de reconstrução de
Neemias: Sambalá, Tobias e Gesém.
“A chegada de Neemias em Jerusalém sem dúvida pertuba a
estrutura de poder da cidade. Pelo que aprendemos mais tarde
sobre os sacerdotes e regentes (5.5,7-11; 6.7-19; 13.4-9), podemos
estar certos de que eles viam a sua vinda com preocupação.”
Quando a liderança inimiga começa as acusações falsas, Neemias
já estava preparando as justifcativas para um ataque armado e
defnitivo, com a aprovação do rei.
Vamos dividir nossa lição em três partes:
1. Quem são os inimigos?
2. Características da oposição.
3. Atitudes de Neemias.
I. Quem são os inimigos?
1. Sambalá
a. Um documento de 407 a.C. o traz como “Governador de
Samaria”.
b. É chamado de “o horonita”. Provavelmente era um dos bete-
horons da casa do deus Horon (cf. Js 16.3,5)
c. Provavelmente é um descendente do grupo misto que colonizou
Samaria após a conquista assíria (2Rs 17.24,29-31).
2. Tobias
II. Características da oposiçãoToda possibilidade
de mudança ou de um desafo novo trará
indubitavelmente resistência externa. Mas tenhamos
em mente que nossa luta é espiritual (Ef 6.12). O
inimigo do povo do Senhor Deus continua o mesmo. Vejamos as
características dessa oposição.
a. Possuía nome judaico (sig. “Jave é bom”), mas não foi possível
provar que “as suas famílias e a sua linhagem eram de Israel” (Ne
2.10). “Era estrangeiro e inimigo da obra”. (Ne 2.19; 4.7; 6.1,14)
b. “Servo amonita” (Ne 2.10) – Essa expressão “descrevia, não a
descendência de Tobias, mas, sim, sua esfera escolhida, onde
ganhara um cargo elevado”. “Sempre tivera admiradores e
apoiadores ligados por juramento (negócios) a ele, nos mais altos
círculos de Judá” (Ne 6.17-19).
3. Gesém
a. Há evidências de que, longe de ser um estranho desprezível, foi
uma figura ainda mais poderosa do que seus companheiros.
b. Seu nome aparece num vaso de prata doado a uma deusa árabe,
perto do fim do século V a.C.
1. Ciúme, zombaria e falsa acusação 
 (2.9-10,19)
2. Escárnio 
 (4.1-3)
a. Situação humilhante: “Que fazem estes fracos judeus?”
III.
b. Dúvidas sobre o projeto: “Darão cabo da obra num só dia?”
c. Oposição a sua fé em Deus: “Sacrifcarão?”
d. Indiretas maliciosas: “Renascerão dos montões de pó as
pedras?”
3. Ataque armado 
 (4.7-12)
Lucas ressaltou a natureza extraordinária da pesca ao referir-se à
disposição dos companheiros de Pedro em ajudar os que estavam
no barco e à admiração dos pescadores pelo que presenciaram(Lc
5.7,9). Jesus montou Sua equipe antes mesmo que ela conhecesse
Sua visão.
4. Plano de desmoralização 
 (6.13)
Em tudo isso, as características que se destacam nessa oposição
extrema nos dão a percepção exata de que vamos conseguir a
vitória pela luta que, na verdade, não pode ser enfrentada com base
em nossas próprias condições, mas inteiramente na dependência do
Senhor.
A reação de Neemias
É bom destacarmos a atitude de Neemias em face aos obstáculos
externos, pois podem nos dar princípios para enfrentarmos também
nosso desafo na igreja.
Neemias:
1. Examinou a situação (2.11-16)
2. Demonstrou confança em Deus (2.20; 4.20)
3. Buscou a justiça de Deus (4.4-5)
4. Preparou-se para a batalha (4.9,13)
5. Animou o povo (4.14)
6. Manteve-se vigilante (4.16-18,21-23)
Conclusão
É muito importante que saibamos dos obstáculos à prática da fé
genuína, para que, na dependência do Senhor, a igreja possa
superá-los, pois somos mais que vencedores!
1. Ore pela igreja, pedindo sempre a Deus que o capacite e à igreja
para a batalha.
2. Ofereça-se para trabalhar com a liderança da igreja e buscar
soluções para os problemas de acordo com a vontade do Espírito.
I.
13
O líder e os conflitos de interesses 
Pr. Agnaldo Faissal J. Carvalho
texto básico Neemias 5.1-19
texto devocional Neemias 5.6-9
versículo-chave Neemias 5.9
“Disse mais: Não é bom o que fazeis; porventura não devíeis andar no temor do nosso Deus, por causa do
opróbrio dos gentios, os nossos inimigos?”
alvo da lição
Demonstrar qual deve ser a postura do líder, quando detecta deslizes em sua equipe de trabalho,
principalmente quando tais erros prejudicam o grupo todo.
leia a Bíblia diariamente
seg Sl 41.1-12
ter Ne 5.1-5
qua Ne 5.6-12
qui Ne 5.13-19
sex Êx 21.1-6
sáb Êx 22.25-27
dom Dt 24.10-13
Há momentos em que um líder espiritual se vê tentando a fazer “vista grossa” aos deslizes
de seus colaboradores (equipe), a fm de não prejudicar oandamento ou o prestígio de seus
projetos de trabalho. De fato, muitos têm cedido a essa tentação, mas que será que vale a
pena?
Neemias passou por isso, também. Foi-lhe designada uma grande e urgente tarefa: a
reconstrução das muralhas de Jerusalém. Não havia tempo a perder. Ele, porém, foi capaz
de paralisar a obra e agir energicamente na busca de uma solução imediata, quando
percebeu que o compromisso com Deus e a pureza espiritual do povo estavam sendo
maculados em nome do progresso.
Exortar os próprios cooperadores, e isso publicamente, seria taxado de radicalismo em
nossos dias; mas, como veremos, tal confronto tornou-se salvação moral e espiritual
daquele povo.
O que estava acontecendo?
II.
Para compreendermos melhor a reclamação daquele povo, precisamos recordar alguns
fatos históricos.
Quando os israelitas regressaram do exílio, possuíam uma boa situação econômica (Ed
1.5-11), pois os judeus que lá fcaram contribuíram com muitos bens, além de cavalos,
mulas e camelos (Ed 2.66-67), que eram muito caros na época. Também, o rei Ciro deu-
lhes boa oferta em ouro e prata, bem como todos os tesouros pertencentes ao Templo de
Salomão.
Passaram-se 90 anos, e muita coisa mudou, principalmente porque gastaram grandes
somas na reconstrução das muralhas, em suas casas e plantações. A maioria do povo
estava fcando cada vez mais pobre, enquanto uns poucos privilegiados estavam enchendo
seus bolsos à custa da miséria alheia. O pior é que esses tais eram justamente aqueles de
quem Neemias mais esperava colaboração: os nobres e os magistrados.
1. O clamor dos pais de família (5.2)
Deixaram de buscar seus próprios interesses e foram trabalhar sem salário, na
reconstrução das muralhas. Usaram suas economias para o sustento da família, e agora
tinham de tomar dinheiro emprestado com os agiotas para alimentar os filhos.
2. O clamor dos trabalhadores (5.3)
A economia da época era baseada na agricultura. Como as lavouras ficavam fora da
proteção das muralhas, precisavam enfrentar os saqueadores vindos das fronteiras e, às
vezes, perdiam tudo devido aos gafanhotos ou à

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