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1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 
2 BIOSSEGURANÇA E BOAS PRÁTICAS EM ESTÉTICA ..................................... 5 
3 RISCO EM ESTABELECIMENTOS DE EMBELEZAMENTO ............................. 11 
3.1 Riscos aos Trabalhadores .................................................................. 14 
3.2 Riscos aos Clientes ............................................................................ 17 
4 CABELEIREIRO/ BARBEIRO/MANICURO/PEDICURO ..................................... 18 
5 ESTETICISTA ..................................................................................................... 19 
6 MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS .................................................. 20 
7 MEDIDAS PREVENTIVAS NO AMBIENTE PROFISSIONAL ............................. 21 
8 Programa de controle médico de saúde ocupacional ......................................... 22 
8.1 Exame Admissional ............................................................................ 22 
8.2 Exame Periódico ................................................................................ 23 
8.3 Exame de Retorno ao Trabalho ......................................................... 23 
8.4 Exames de mudanças de função ....................................................... 23 
8.5 Exame Demissional ............................................................................ 23 
9 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ............................................... 24 
9.1 Proteção para a cabeça ..................................................................... 24 
9.2 Proteção para os membros superiores............................................... 24 
9.3 Proteção do tronco ............................................................................. 25 
9.4 Proteção para membros inferiores ..................................................... 25 
10 HIGIENE AMBIENTAL ........................................................................................ 26 
10.1 Piso ................................................................................................. 26 
10.2 Vaso sanitário ................................................................................. 27 
10.3 Mobiliário ......................................................................................... 27 
10.4 Portas e paredes ............................................................................. 27 
 
2 
 
10.5 Roupas ............................................................................................ 27 
10.6 Filtros de ar-condicionado ............................................................... 28 
10.7 Higiene pessoal ............................................................................... 28 
10.8 Lavagem das mãos ......................................................................... 28 
11 PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS ARTIGOS ............ 30 
11.1 Limpeza........................................................................................... 30 
11.2 Limpeza manual .............................................................................. 31 
11.3 Procedimentos de lavagem manual ................................................ 31 
11.4 Limpeza específica para pentes e escovas:.................................... 31 
11.5 Limpeza mecânica .......................................................................... 32 
11.6 Lavadora mecânica ......................................................................... 32 
12 TRATAMENTO - utensílios e instrumentais ........................................................ 33 
12.1 Artigos Críticos ................................................................................ 33 
12.2 Artigos Não Críticos ........................................................................ 33 
12.3 Esterilização por Calor Úmido - AUTOCLAVE ................................ 35 
12.4 Como realizar: ................................................................................. 35 
12.5 Esterilização por Calor Seco - ESTUFA .......................................... 36 
12.6 Como realizar: ................................................................................. 37 
13 ÁREA FÍSICA ...................................................................................................... 38 
14 SETOR DE QUÍMICA ......................................................................................... 39 
14.1 Setor de manicure/pedicure ............................................................ 39 
14.2 Sala de depilação ............................................................................ 40 
14.3 Área de guarda de estoque de produtos e equipamentos .............. 40 
14.4 Sanitários para o público – feminino e masculino ........................... 40 
14.5 Vestiários para funcionários ............................................................ 41 
14.6 Área de rouparia (não obrigatória) .................................................. 41 
 
3 
 
14.7 Área de armazenamento de resíduos sólidos ................................. 41 
14.8 Edificação - instalações necessárias .............................................. 41 
15 PRODUTOS ........................................................................................................ 42 
16 EQUIPAMENTOS ............................................................................................... 43 
17 DEPILAÇÃO ....................................................................................................... 45 
18 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LIXO) ...................................... 46 
18.1 Cuidados necessários ao manusear os resíduos infectantes ......... 48 
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 BIOSSEGURANÇA E BOAS PRÁTICAS EM ESTÉTICA 
 
Fonte: biomedicinapadrao.com.br 
O termo biossegurança significa: Bio = vida, e segurança = aquele que segura, 
ou seja, proteção da vida através das boas práticas. A biossegurança é o conjunto de 
ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes, ou 
seja, são técnicas ou medidas adotadas, a fim de prevenir acidentes em ambientes 
biotecnológicos. Esse conjunto de ações deve se basear nos princípios específicos 
das atividades pré-determinadas em cada estabelecimento, sendo que o foco é 
proteger a saúde do homem e dos animais e preservar o meio ambiente e a qualidade 
dos resultados (ZAMONER, 2018). 
 Os procedimentos, hábitos e/ou rotinas serão cuidadosamente avaliados, com 
o objetivo de que cada estabelecimento tome consciência dos riscos existentes em 
seu ambiente de trabalho. Esses bons hábitossão para evitar a contaminação por 
agentes infecciosos, como bactérias, fungos, helmintos e vírus em spas, clínicas e 
centros de beleza e saúde, onde a estética esteja envolvida (PIATTI, 2018). 
Segundo a Comissão de Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz define 
“Biossegurança como um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização 
e eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, 
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que possam comprometer a 
saúde do homem, dos animais, do meio ambiente, ou a qualidade dos trabalhados” 
(FELIPE, DIAS, COUTO, NINA, NUNES, 2017). 
 
6 
 
Nesse sentido, compreende-se que as práticas de biossegurança bem como 
os processos que antecedem a esterilização estão intimamente ligadas ao trabalho 
diário do profissional que desenvolve atividades laborais na área de estética. Estes, 
deverão estar cientes da existência de uma série de riscos químicos, físico, biológicos 
e psicossociais referentes as atividades desta profissão, efetuando as medidas de 
prevenção (PIATTI, 2018). 
As medidas de biossegurança abrangem uma série de cuidados, que incluem 
limpeza do estabelecimento, assepsia e esterilização de instrumentais 
críticos, semicríticos e não críticos, uso dos Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs) e (EPCs) o correto gerenciamento do resíduo gerado pelo 
estabelecimento bem como a higienização das mãos e uso de materiais 
descartáveis (RAMACCIATO, 2007. Apud PIATTI, 2018). 
Na atualidade é crescente a preocupação com processos de assepsia e 
esterilização inerentes aos procedimentos estéticos oferecidos em clínicas, centros e 
salões de beleza tendo em vista que, na maioria dos atendimentos o cliente 
desconhece estes processos e os riscos causados pelas infecções que possivelmente 
poderá incorrer nas diversas terapêuticas tanto no âmbito capilar, facial e corporal. 
Portanto, é de suma importância que seja predominante à conduta ética por parte dos 
profissionais com relação ao conhecimento e aplicabilidade das medidas de 
biossegurança, voltadas para a prevenção, minimização e eliminação de possíveis 
riscos por contaminação de agentes microbianos (FELIPE, DIAS, COUTO, NINA, 
NUNES, 2017). 
 
 Fonte: hrac.usp.br 
 
7 
 
Nos últimos anos, os Centros de Vigilância Sanitária têm sido frequentemente 
consultados, a respeito dos riscos de transmissão de agentes infecciosos, nos 
estabelecimentos de embelezamento 
Justifica-se a relevância deste tema, a grande quantidade de solicitações de 
pareceres demandada por parte de profissionais da área de Embelezamento e, 
sobretudo, pelas evidências científicas que apontam para a possibilidade de contrair 
alguma infecção, pela manipulação de artigos habitualmente empregados nesses 
estabelecimentos, que podem colocar em risco o profissional e/ou cliente 
(GARBACCIO, OLIVEIRA, 2013). 
Os institutos de beleza sem responsabilidade médica são considerados 
estabelecimentos de interesse da saúde, pois podem representar um risco para seus 
usuários, se boas práticas não forem adotadas. Conhecer possibilidades e riscos de 
transmissão de doenças, noções de higiene, de processos, desinfecção de utensílios 
e instrumentos e o cuidado no uso de determinados produtos é fundamental na 
prestação desse tipo de serviço, com qualidade (GARBACCIO, OLIVEIRA, 2013). 
De acordo com as informações da Associação Brasileira da Indústria de 
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos - ABIHPEC (2017), o Brasil é o terceiro 
maior mercado de beleza, atrás apenas dos Estados Unidos e Japão. O aumento da 
procura por cuidados estéticos decorre da ampliação do número de clínicas de 
estética, facilitando o acesso do público em geral – pessoas das mais variadas classes 
sociais e de diferentes níveis de poder aquisitivo (BRASIL, 2015). 
 
 
 Fonte: hrac.usp.br 
 
8 
 
 
Atualmente vivenciamos uma sociedade de consumo, pois a beleza se tornou 
um produto, enquanto no passado era uma característica, a mesma é reconhecida 
como instrumento de autoafirmação. Juntamente, com as inovações tecnológicas, o 
discurso sobre modernidade e as ofensivas conservadoras, foram à estratégia para 
se construir essa imposição de um padrão de beleza, ou seja, a busca pelo belo 
(MARTINS, 2016). 
 
 
 Fonte: tribunadonorte.com.br 
 
Na mesma proporção que se dá esse aumento, cresce também a necessidade 
de adoção de procedimentos e regramentos, além de licenciamentos na área de 
biossegurança e gerenciamento de resíduos (ZAMONER, 2008). Tais estatísticas 
embasam a preocupação com a segurança de todos. A biossegurança em estética 
requer atenção e consciência para ações de prevenção a doenças no ambiente de 
trabalho. 
 Segundo Piatti (2018), atualmente, boa parte dos profissionais são tecnicamente 
despreparados e, na maioria dos casos, há um desconhecimento básico de doenças 
que podem ser disseminadas por contato físico dentro de ambientes fechados. Além 
disso, a relação entre o profissional e o cliente exige uma maior proximidade, sendo 
inevitável o contato físico, já que a função envolve a realização de tratamentos como 
a limpeza de pele, por exemplo. 
 
9 
 
Outro agravante é que no Brasil, com o crescimento do número de clínicas e 
profissionais autônomos, as ações preventivas acabam se tornando falhas, abrindo 
um precedente para contaminações com os mais variados agentes patogênicos 
(PIATTI, 2018). A disseminação dos agentes patogênicos deixou de ser exclusiva do 
âmbito hospitalar, atingindo vários serviços de interesse à saúde, dentre eles os da 
beleza e estética. O risco da transmissão microbiana agrava-se quando os 
profissionais desconhecem e não utilizam medidas de biossegurança (GARBACCIO, 
OLIVEIRA, 2013). 
Alguns dos principais fatores que levam à disseminação dos agentes 
patogênicos causadores de doenças são: a insuficiência de instrumentos para 
atendimento de clientes; o reuso de materiais descartáveis, como lâminas; a 
inadequada desinfecção e esterilização de instrumentais e equipamentos; o uso 
incorreto de soluções químicas desinfetantes; a inadequada assistência no pós-
trauma à pele e mucosas; o baixo índice de imunização contra o vírus de hepatite B 
(VHB), bem como o desconhecimento da necessidade de vacinar; o incorreto descarte 
de materiais cortantes e perfurantes; o uso inadequado ou o não uso de equipamentos 
de proteção individual (EPI’s) e as falhas na prevenção de acidentes associado às 
más condições físicas e sanitárias dos ambientes estéticos (GARBACCIO, OLIVEIRA, 
2012). 
As boas práticas a serem adotadas pelos estabelecimentos de beleza 
consistem em um conjunto de medidas que visam garantir a qualidade sanitária em 
conformidade com: 
Código Sanitário Estadual - Lei n. 10.083/98. 
Decreto nº 20.931, de 11/01/1932. 
Artigo 25: “Os institutos de beleza, sem direção médica, limitar-se-ão aos 
serviços compatíveis com sua finalidade, sendo terminantemente proibida aos que 
neles trabalham a prática de intervenções de cirurgia plástica, por mais rudimentares 
que sejam, bem com a aplicação de agentes fisioterápicos e a prescrição de 
medicamento.”. 
Decreto nº 12.342, de 27 de setembro de 1.978. 
Artigo 218: “Os estabelecimentos de que trata esta seção estão sujeitos a 
vistoria pela autoridade sanitária, e só poderão ser utilizados para o fim a que se 
destinam, não podendo servir de acesso a outras dependências”. 
 
10 
 
Parágrafo único – “São permitidas outras atividades afins, a critério da 
autoridade sanitária, respeitando as áreas mínimas exigidas”. 
 
 
 Fonte: sindebeleza.org.br 
 
A atividade dos profissionais da beleza oferece o risco de exposição a 
patógenos veiculados pelo sangue, de forma acidental, como os vírus de hepatite B 
(HBV), C (HCV)e o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), além de infecções 
bacterianas e fúngicas. O desconhecimento e a baixa adesão dos profissionais às 
medidas de biossegurança, a exemplo de Equipamentos de Proteção Individuais 
(EPI), adequadas técnicas de reprocessamento dos instrumentos, descarte de 
materiais de uso único e higienização das mãos, são fato inequívoco (FELIPE, DIAS, 
COUTO, NINA, NUNES, 2017). 
Na Itália e Turquia, as hepatites B e C foram consideradas como infecção de 
risco ocupacional aos barbeiros, cabeleireiros e manicures/ pedicures. No Brasil, uma 
pesquisa em São Paulo identificou que manicures não conheciam as formas de 
transmissão do vírus HBV (72%) e HCV (85%). 
No Brasil, tem aumentada oferta de procedimentos deste segmento, desse os 
tradicionais, como a manipulação de tecidos nas mãos e pés, por meio da remoção 
do eponíquio (cutículas) com alicates, pelos serviços de manicures e pedicures, entre 
outros mais invasivos, como os de tatuagem e colocação de body piercing (FELIPE, 
DIAS, COUTO, NINA, NUNES, 2017). 
 
11 
 
Apesar do aumento da adesão popular às práticas de embelezamento, existem 
poucos registros de infecções neste ramo de atividade, pela ausência de notificação, 
e estudos relacionados à adesão e conhecimento de grupo de profissionais do 
embelezamento quanto às recomendações de biossegurança ainda são escassos 
(ZAMONER, 2008). 
3 RISCO EM ESTABELECIMENTOS DE EMBELEZAMENTO 
 
Fonte: studioral.com.br 
O risco de agravos à saúde nos Estabelecimentos de Embelezamento pode ser 
variado e cumulativo tanto para os trabalhadores como para os clientes. Portanto, é 
de vital importância que todos os profissionais conheçam e adotem o conceito de 
Biossegurança a fim de se obter ambiente profissional livre de riscos para os 
trabalhadores e clientes (PEREIRA, 2012). 
Os estabelecimentos que prestam serviços na área de beleza e estética, 
definidos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas do Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (CNAE-2.0-IBGE), como serviços de cabeleireiros e Outras 
Atividades de Tratamento de Beleza fazem parte do cenário atual e contam com um 
grande número de consumidores. As ocupações profissionais desse segmento 
compreendem cabeleireiros, manicures, barbeiros, massagistas, esteticistas, 
pedicures, calistas, trabalhadores de clínicas de estética, institutos de beleza, 
tratamento capilar e depilação (ZAMONER, 2018). 
 
12 
 
O significado etimológico da palavra Biossegurança - vida e segurança – esse 
binômio pode ser compreendido, como um conjunto de comportamentos, 
conhecimentos, hábitos, ações que são passadas ao homem para que suas atividades 
possam ser realizadas de forma segura e sem risco à vida (ZAMONER, 2018). 
Os estabelecimentos que prestam serviços na área de beleza e estética, 
definidos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas do Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (CNAE 2.0) como serviços de cabeleireiros e outras 
atividades de tratamento de beleza, contam com um grande número de consumidores 
(GARBACCIO; OLIVEIRA, 2012). 
As ocupações profissionais do ramo abrangem cabeleireiros, manicures, 
barbeiros, massagistas, esteticistas, pedicures, trabalhadores de clínicas de estética, 
institutos de beleza, tratamento capilar e depilação (GARBACCIO; OLIVEIRA, 2012). 
Nesse sentido, para diminuir riscos de infecções e aumentar a segurança dos 
serviços prestados por esses profissionais, tanto eles quanto os clientes precisam ser 
vistos como alvo de contaminações e também como seres que contaminam (PIATTI, 
2018). De acordo com o Manual de orientação para instalação e funcionamento de 
institutos de beleza, elaborado pelo Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São 
Paulo, os profissionais que atuam na área de estética e beleza devem fazer o uso de 
equipamentos de proteção individual (EPIs) durante o procedimento de seus serviços 
específicos (PEREIRA, 2012). 
 
 
 Fonte:netflexweb.com 
 
 
13 
 
Os estabelecimentos de estética e beleza favorecem a transmissão de 
microrganismos e de doenças tais como: hepatite A.B e C (transmitidas pelo 
sangue, secreções, lágrimas e suor), herpes labial e genital (por meio do uso 
de equipamentos em outro cliente contaminado sem a devida esterilização e 
limpeza), gripes (incluindo a H1N1), tuberculose, micoses (oriundas de 
equipamentos compartilhados) e a AIDS (através do contato com agulhas 
contaminadas) (MURTAGH, 2005. Apud GARBACCIO, OLIVEIRA, 2012). 
A via de contaminação pode ocorrer de forma direta ou indireta. A via direta se 
baseia na transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou 
vetores. Pode-se citar como exemplos a transmissão aérea por bi aerossóis, a 
transmissão por gotículas, o contato com a mucosa dos olhos e via cutânea. Já a via 
indireta é a transmissão do agente biológico por meio de veículos ou vetores, por 
exemplo, transmissão por meio de mãos devido ao uso de perfuro cortantes, luvas, 
roupas, instrumentos, vetores, água, alimentos e superfície (BRASIL, 2008). 
Os centros de beleza são locais que podem expor as pessoas, que nele 
trabalham ou circulam, a riscos de diversas origens. Com a rotatividade de pessoas 
utilizando os mesmos materiais e utensílios, surgiu uma preocupação pelos órgãos 
competentes em fiscalizar e determinar normas de biossegurança, que deveriam ser 
seguidas por estes estabelecimentos para não haver disseminação de agentes 
infecciosos (GARBACCIO, OLIVEIRA, 2013). 
No Brasil, na década de 90, criou-se a Lei nº 8.974/95, que estabeleceu normas 
de biossegurança para regular a manipulação e o uso de organismos geneticamente 
modificados (OGM). Foi, portanto, a primeira lei a estabelecer normas de segurança 
e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente 
modificados. O Ministério da Saúde instituiu a Comissão de Biossegurança em Saúde 
(CBS) pela Portaria GM/MS nº 1.683, de 28 de agosto de 2003, que tem como objetivo 
elaborar e reformular normas de biossegurança. 
Dentro deste cenário, surgem as fragilidades apresentadas durante o exercício 
das profissões ligadas ao segmento de embelezamento e estética, associadas ao 
restrito conhecimento das práticas de biossegurança, assim como a não adesão às 
normas de proteção existentes, acarretando a exposição de trabalhadores e usuários 
a possíveis danos à saúde com os mais diversos níveis de severidade (OLIVEIRA, 
2009). 
 
14 
 
3.1 Riscos aos Trabalhadores 
 
 Fonte: zonaderisco.com.br 
Os riscos ocupacionais são classificados em: biológicos, químicos, físicos, 
mecânicos, fisiológicos e psíquicos, cuja exposição a eles pode culminar em um 
acidente de trabalho. Outra classificação é a estabelecida pela Portaria 3.214/78, do 
Ministério do Trabalho e Emprego, em suas Normas Regulamentadoras (NR-5) de 
Medicina e Segurança do Trabalho, que categorizam os riscos em: físicos, químicos, 
biológicos, ergonômicos e acidentes (BRASIL, 2015). 
No segmento de beleza e estética, o uso de esmaltes por manicures e 
pedicures e de substâncias contendo formaldeído por cabeleireiros podem causar 
dermatoses nos profissionais e clientes (MACHADO, 2010). No que refere aos 
aspectos ergonômicos, estes profissionais estão sob o risco de desenvolver 
desordens musculoesqueléticas, por assumirem posições corporais incorretas e 
desconfortáveis, em jornadas de trabalho normalmente extensas. 
 Manicures, pedicures e pedólogos podem apresentar com mais frequência 
lesões na coluna vertebral, em estruturas dos ombros, dos braços e das mãos, apesar 
de não se ter uma prevalência conhecida detais agravos nestas categorias 
profissionais (MACHADO, 2010). 
Quanto ao risco biológico, ao realizar a remoção do eponíquio (cutícula) com 
exposição do leito vascular, esta prática constitui-seem uma porta de entrada para 
possível transmissão horizontal de micro-organismos, entre eles o HIV, o VHB e VHC, 
 
15 
 
que podem ser transmitidos por via hematológica decorrente de lesão, visível ou não, 
durante sua retirada (OLIVEIRA, FOCACCIA, 2010). 
Na atividade profissional, as manicures/pedicures podem entrar em contato 
com o sangue dos clientes portadores sintomáticos ou assintomáticos do HIV, do VHB 
ou do VHC, durante a retirada do eponíquio. Há, também, o risco de contaminação 
ocular por fragmentos de unhas durante o corte (OLIVEIRA, 2009). 
Apesar do reconhecimento dos riscos ocupacionais, a frequência de infecção 
pelos VHB e VHC não é conhecida entre manicures e pedicures do Brasil. Porém, 
pela característica das atividades de tais profissionais, ora invasiva, acredita-se que 
eles possam ter contato com sangue de clientes portadores assintomáticos de VHB e 
VHC (OLIVEIRA, FOCACCIA, 2010). Isso se agrava ao considerar a possível 
ausência ou o uso incorreto de métodos de processamento para os instrumentais e a 
reutilização de materiais de uso único. 
Os artigos usados na prática de manicures e pedicures, como alicates para 
corte e remoção do eponíquio, afastadores do eponíquio, lixas para unhas e pés, 
palitos e bacias, podem ser considerados importantes veículos na transmissão 
cruzada de micro-organismos (OLIVEIRA, 2009). 
Neste sentido, os EPI, como luvas descartáveis, avental/jaleco e óculos de 
proteção são imprescindíveis na prática de manicures/pedicures, somados à proteção 
de vacinas contra hepatite B, tétano e influenza, além de treinamento e informação 
sobre os riscos ocupacionais e os métodos de processamento de artigos (TAKWALE 
ARULOGUN, ADESORO, 2009). 
Não é prática e recomendação dos pedólogos a remoção do eponíquio, pois 
estes valorizam a ação protetora desse tecido, diferentemente de manicures e 
pedicures, que o retiram, aumentando o risco da exposição aos agentes microbianos. 
 
O profissional de embelezamento deve conhecer os riscos de transmissão de 
doenças, as noções de higiene, os processos de desinfecção/esterilização de 
utensílios e instrumentos e cautela ao utilizar determinados produtos. Além da 
qualidade do serviço, o profissional deve se atentar aos riscos gerados dentro desses 
estabelecimentos, que podem ser riscos de acidentes físicos, químicos, biológicos e 
ergonômicos (BORGES, 2016). 
 
16 
 
Todos esses riscos podem ser minimizados através das medidas de 
prevenção básicas (SCHMIDLIM, 2012). A biossegurança abrange uma série 
de cuidados que inclui a limpeza do estabelecimento e dos mobiliários, 
desinfecção e assepsia e/ou esterilização dos artigos, uso de equipamentos 
de proteção individual (EPIs) e coletiva (EPCs), o correto gerenciamento de 
resíduos gerados pelo estabelecimento como também a importância da 
higienização das mãos (WITTER, 2005. Apud SCHMIDLIM, 2012). 
A Anvisa, através dos Centros de Vigilância Sanitária nos estados e municípios, 
fornece todas as informações de ordem legal a respeito do uso de cosméticos, 
esmaltes, produtos para tratamento capilar e outros, para que você possa utilizá-los 
no seu salão de beleza (BORGES, 2016). 
Os riscos de agravos à saúde podem ser variados e cumulativos, tanto para os 
trabalhadores como para os clientes. Adotar boas práticas de biossegurança é garantir 
melhores condições de trabalho e saúde para todos (SCHMIDLIM, 2012). 
Um dos pontos altos dessa inquietação se fundamenta no desconhecimento e 
na possibilidade de não adesão dos profissionais às recomendações de 
biossegurança, que visam à minimização do risco ocupacional e para o cliente, com 
relação à não utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), à reutilização 
de materiais de uso único, à adoção de inadequadas técnicas de processamento de 
materiais, à reduzida adesão à prática de higienização das mãos (HM) e à falta de 
imunização contra hepatite B e tétano (GARBACCIO, OLIVEIRA, 2013). 
O risco à saúde de profissionais e clientes envolve a possível transmissão de 
patógenos de transmissão sanguínea o que pode levar a doenças de relevância 
epidemiológicas e de impacto significativo na saúde pública, tais como as hepatites e 
a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), além de micoses, dermatites e 
furunculoses (SCHMIDLIM, 2012). 
 
Fatores de Riscos aos Trabalhadores de Salões de Embelezamento: 
 Riscos ergonômicos: qualquer fator que interfira nas características 
psicofisiológicas tais como: postura inadequada que pode levar a 
problemas de coluna, ritmo excessivo de trabalho, movimentos 
repetitivos; 
 Exposição a substâncias potencialmente tóxicas, como: tinturas e 
substância químicas; 
 Extremos de temperatura, tornando o ambiente de trabalho inadequado. 
 
17 
 
 “Stress”, entre outros. 
Diante da escassez de pesquisas envolvendo profissionais de estética e beleza 
no Brasil, constata-se uma lacuna do conhecimento nesta área. Neste sentido, 
propõe-se esta investigação acerca do conhecimento e adesão às medidas de 
biossegurança entre os profissionais da beleza e estética bem como dos fatores que 
interferem na adoção de medidas de precauções padrão, de manipulação, de descarte 
adequado de material perfuro cortante, de processamento de artigos e de desinfecção 
de superfícies (GARBACCIO, OLIVEIRA, 2013). 
3.2 Riscos aos Clientes 
A ética profissional em relação a cuidados com saúde do cliente vai promover 
ao profissional a devida credibilidade da sua clientela independente de classes sócias 
a que pertencem. Segundo Janete Mello (2012) nos relata que a biossegurança na 
estética consiste em ações preventivas de doenças no ambiente de trabalho. 
O risco mais preocupante nos estabelecimentos de embelezamento é a 
probabilidade de se contrair doenças infecciosas como a AIDS (transmitida pelo vírus 
HIV), a hepatite B (transmitida pelo vírus HBV) e a hepatite C (transmitida pelo vírus 
HCV) (MELLO, 2012). 
Além das doenças infecciosas, o risco de se adquirir dermatoses ocupacionais 
como as dermatites de contato, que podem ser causadas pelo manuseio inadequado 
de tinturas e de outros produtos químicos utilizados nestes estabelecimentos (tônicos 
capilares, loções fixadoras, produtos para permanentes) e pelo uso de toucas de 
banho, grampos de cabelos dentre outros acessórios, significa uma ameaça constante 
(MELLO, 2012). 
Os abscessos purulentos e as micoses nas unhas causadas por bactérias e 
fungos decorrentes de acidentes por materiais de perfuro cortantes contaminados 
(alicates de cutículas, navalhas, lâminas de barbear, entre outros) esterilizados de 
forma inapropriada, também são bastante frequentes nesses estabelecimentos 
(BRASIL, 2015). 
 
18 
 
4 CABELEIREIRO/ BARBEIRO/MANICURO/PEDICURO 
 
Fonte: cristofoli.com 
Face ao extenso campo da estética, em que cada tema poderia reproduzir um 
extenso manual, neste documento foram abordados somente os aspectos de maior 
relevância. 
Sob essa perspectiva e com o objetivo de facilitar a consulta, a seguir são 
apresentados conceitos básicos. 
Cabeleireiro (a) ou barbeiro – refere-se à categoria profissional que trabalha 
com o cabelo humano e realiza diversas alterações no mesmo, como corte, coloração, 
entre outras. 
Manicuro (e) – refere-se à categoria profissional especializado no tratamento 
das unhas das mãos e dos pés. 
Pedicuro (a) – refere-se à categoria profissional que trata dos pés e unhas de 
seus clientes. 
Estes profissionais utilizam vários utensílios como instrumentos de trabalho, 
tais como: tesouras, navalhas, pentes, capas, máquinas de corte e de acabamento. 
É obrigatório utilizar material descartável para proteção de macas e bacias de 
manicure e pedicuro. Também são consideradas de uso único, as lixas para unhas e 
pés, palitos e espátulas de madeira e esponjas para higienização ou esfoliação da 
pele (BORGES, 2016). 
 
19 
 
Cabeleireiro (a) ou barbeiro queidentificar alteração na pele ou no couro 
cabeludo do (a) cliente, deve orientá-lo (a) a procurar um médico. 
5 ESTETICISTA 
 
Fonte: mundoestetica.com.br 
Para os procedimentos denominados não invasivos, como: limpeza de pele, 
drenagem linfática, estimulação russa e bronzeamento artificial a jato, é 
imprescindível: 
Ser realizado por esteticista, devendo estar afixado em local visível no 
estabelecimento, o certificado de qualificação; 
Utilizar produtos que contenham no rótulo: nome do produto; marca; nº de lote; 
prazo de validade; conteúdo; país de origem; fabricante / importador; composição, 
finalidade de uso e nº de registro no órgão competente do Ministério da Saúde; 
Utilizar produtos manipulados em farmácias somente quando devidamente 
prescrito por médico; 
Possuir Manual de instrução dos aparelhos, notificação de isenção de registro 
no órgão competente do Ministério da Saúde e registro de manutenção preventiva e 
corretiva do aparelho, conforme orientação do fabricante; 
Procedimentos ou atividades de mesoterapia, dermoabrasão, depilação 
definitiva a laser, peeling, aplicação de Botox e preenchimento de rugas com ácidos, 
 
20 
 
devem ser executados em estabelecimentos sob responsabilidade médica ou 
biomédica. 
Observação: De acordo com o inciso II do artigo 10, da Lei nº. 6.684/79, e o 
inciso III e XVIII do artigo 12, do Decreto nº.88.439/83, Art. 5º – O biomédico que 
possuir habilitação em Biomedicina. Estética poderá realizar a prescrição de 
substâncias e outros produtos para fins estéticos incluindo substâncias biológicas 
(toxina botulínica tipo A), substâncias utilizadas na intradermoterapia (incluindo 
substâncias eutróficas, venotróficas e lipolíticas), substâncias classificadas como 
correlatos de uso injetável conforme ANVISA, preenchimentos dérmicos, subcutâneos 
e supraperiostal (excetuando-se o Polimetilmetacrilato/PMMA), fitoterápicos, 
nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos, bioflavonóides, enzimas e lactobacilos), 
seguindo normatizações da ANVISA. 
6 MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS 
 
Fonte:carreirabeauty.com 
Todo estabelecimento deve possuir Manual de Rotinas e Procedimentos 
disponível a todos os profissionais do estabelecimento. Trata-se de um roteiro 
descritivo do passo a passo de cada serviço prestado e as recomendações sobre as 
atividades executadas (DONATELLI, 2012). 
O Manual deve abordar as rotinas de trabalho, como: tingimento ou 
relaxamento de cabelos, depilação, tratamento estético, os procedimentos de 
 
21 
 
podologia, e outros. É preciso constar, também, todos os cuidados com os 
instrumentos de trabalho como: toalhas, pentes, escovas, esterilização de alicates e 
orientações relativas à higienização do ambiente de trabalho (DONATELLI, 2012). 
Na elaboração do Manual, recomenda-se enfocar procedimentos relacionados a: 
 Higienização do Ambiente: pisos e paredes, mobiliários e banheiros; 
 Produtos em Geral: cosméticos, toalhas, alicates, espátulas e outros; 
 Processos de Esterilização: tipos e equipamentos; 
Serviços: manicure, pedicuro, cabeleireiro e barbeiro, depilação e estética. 
7 MEDIDAS PREVENTIVAS NO AMBIENTE PROFISSIONAL 
 
Fonte: belezabv.com.br 
Para diminuir os riscos de transmissão de doenças e acidentes de trabalho nos 
estabelecimentos de embelezamento é necessário adotar algumas medidas 
preventivas e educativas que passamos a descrever a seguir: 
A recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do 
Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (Center of Disease Control 
and Prevention – CDC) para tal caso é a lavagem exaustiva do local exposto com 
água e sabão e o uso de soluções antissépticas, como o álcool 70%, que reduz a 
quantidade de microrganismos, mas não remove sujidades (GARBACCIO, 2015). 
 
22 
 
Quanto à pergunta sobre o uso de artigos descartáveis,16,8% dos profissionais 
afirmaram reutilizar materiais de uso único, como palitos de madeira e/ou lixas de 
unhas, por exemplo, que podem entrar em contato com o sangue, outros fluídos 
corpóreos e fragmentos de unhas. Assim, os profissionais precisam estar cientes 
desse risco como um meio de transmissão de agentes infecciosos (GARBACCIO, 
2015). 
8 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL 
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 7 (NR) da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), da Portaria n º 3.214 de 08/06/1978 do Ministério do 
Trabalho, para os profissionais que trabalham nos estabelecimentos de 
embelezamento são obrigatórios os seguintes exames médicos: 
8.1 Exame Admissional 
 
Fonte: medin.com.br 
Exame médico que deverá ser realizado antes do profissional assumir suas 
atividades no estabelecimento. 
 
23 
 
8.2 Exame Periódico 
Exame médico anual para profissionais acima de 45 anos e bianual para 
profissionais com idade entre 18 e 45 anos. 
8.3 Exame de Retorno ao Trabalho 
Exame médico que deverá, obrigatoriamente, ser realizado no 1º dia de 
retorno ao trabalho, no caso do profissional ter sido afastado por período igual ou 
superior a 30 dias, por gestação, doença ou acidente de natureza ocupacional ou 
não. 
8.4 Exames de mudanças de função 
 
Exame médico que deverá ser realizado antes de qualquer mudança de 
função do profissional. Entende-se por mudança de função, qualquer alteração de 
atividade, posto de trabalho ou setor, que implique na exposição do profissional a 
risco diferente a que estava exposto. 
8.5 Exame Demissional 
 
Exame médico a ser realizado obrigatoriamente, dentro dos 15 dias que 
antecederem o desligamento definitivo do profissional. Para o profissional 
cabeleireiro, se o último exame (admissional ou periódico), foi realizado a menos de 
135 dias, está dispensado do exame demissional. 
 
24 
 
9 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
Fonte: terapiasestetica.com.br 
 
A NR nº 6 do Ministério do Trabalho define os Equipamentos de Proteção 
Individual (E.P.I.) como sendo “todo dispositivo de uso individual destinado a 
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador no local de trabalho”. 
9.1 Proteção para a cabeça 
Óculos - Devem ser usados para a proteção dos olhos, durante a 
manipulação de produtos químicos. Exemplo: ao manipular tinturas e 
químicas para alisamentos. 
Máscaras - Devem ser usadas contra gases (carvão ativado) durante 
a manipulação de produtos químicos, para evitar a inalação dos mesmos. 
9.2 Proteção para os membros superiores 
 
 
25 
 
 
Fonte: cmscientifica.com.br 
Luvas - As luvas são de uso obrigatório nos procedimentos potencialmente 
invasivos, em que exista risco de contato com o sangue, no caso das atividades 
desempenhadas por manicuros, pedicuros, dentre outros, devendo ser desprezadas 
após o uso em cada cliente. 
 Devem ser usadas, também, no contato com produtos químicos de ação 
corrosiva, cáustica, alergênica, tóxica e térmica (como por exemplo, as tinturas e as 
composições químicas para alisamento de cabelos). No caso da preparação de cera 
quente para depilação (quando manipulada em panela), devem ser usadas luvas 
resistentes ao calor (couro) até a altura dos cotovelos, devido ao risco de 
queimaduras, por respingamento. 
9.3 Proteção do tronco 
Aventais - Devem ser usados aventais impermeáveis, resistentes aos produtos 
químicos e ao calor, capas e ou outras vestimentas para situações em que haja risco 
de lesões provocadas por agentes químicos (exemplo: amônia, cloro, água 
oxigenada). 
9.4 Proteção para membros inferiores 
Sapatos - Usar sapatos fechados, evitando o uso de chinelos. 
 
26 
 
10 HIGIENE AMBIENTAL 
 
Fonte: andreiapereiractx.com.br 
É importante ressaltar que em ambiente coletivo onde há convivência de 
pessoas com origem e costumes diversificados, é necessário adotar procedimentos 
de higienização diferentes dos comumente utilizados em ambientesdomésticos 
(DAMMENHAIN, 2012). 
São princípios que norteiam qualquer procedimento de higienização eficaz: 
Limpar no sentido da área mais limpa para a mais suja; Da área menos contaminada 
para a mais contaminada; de cima para baixo (ação da gravidade); remover as 
sujidades sempre no mesmo sentido e direção (DAMMENHAIN, 2012). 
Os procedimentos de higienização devem ser realizados nas seguintes áreas 
e superfícies fixas: 
10.1 Piso 
Periodicidade: Diariamente e sempre que necessário. 
Procedimento: Uma vez por semana e sempre que necessário deve-se: 
Varrer, retirando todos os resíduos existentes; esfregar com água e sabão toda a 
superfície; enxaguar com água limpa; secar com rodo e pano limpo; diluir a solução 
desinfetante conforme orientação do fabricante, e aplicar em toda superfície com 
auxílio de um pano limpo; deixar secar. 
 
27 
 
10.2 Vaso sanitário 
Periodicidade: Diariamente e sempre que apresentar-se sujo. 
Procedimento: Acionar a descarga; iniciar a lavagem externa do vaso sanitário 
com água e sabão; proceder à lavagem interna, com auxílio de uma escova de cabo 
longo, esfregando todos os cantos visíveis; acionar a descarga para enxaguar; colocar 
solução desinfetante dentro do vaso sanitário. 
10.3 Mobiliário 
Periodicidade: Diariamente, sempre que houver respingo de algum produto. 
Procedimento: Limpar com água e sabão, com auxílio de um pano limpo; enxaguar 
o pano em água limpa e retirar o sabão; aplicar solução desinfetante com auxílio de 
um pano limpo; deixar secar. 
10.4 Portas e paredes 
Periodicidade: uma vez por semana e sempre que necessário. 
Procedimento: Limpar com água e sabão, com auxílio de um pano limpo; 
enxaguar o pano em água limpa e retirar o sabão; aplicar solução desinfetante com 
auxílio de um pano limpo; deixar secar. 
OBS: A diluição do desinfetante deve seguir orientação do fabricante. 
10.5 Roupas 
Periodicidade: diariamente 
Procedimento: Armazenar as roupas sujas em sacos (plásticos ou de tecido; 
Colocar de molho em sabão em pó; esfregar manualmente ou na máquina de 
lavar; enxaguar com água limpa; proceder à passagem das roupas; armazenar em 
armário fechado específico. 
As toalhas e lençóis devem ser de uso individual ou descartável e devem ser 
trocadas a cada cliente. 
 
28 
 
10.6 Filtros de ar-condicionado 
Os estabelecimentos que utilizarem o ar condicionado para climatização dos 
ambientes, obrigatoriamente, seguirão a Portaria 3523/GM de 28/8/98 do Ministério 
da Saúde, que dispõe sobre a higienização dos filtros dos aparelhos de ar-
condicionado. 
Cuidados básicos: Retirar os filtros; lavá-los com solução de detergente 
neutro; enxaguá-los em água corrente; colocá-los em imersão em solução de 
hipoclorito de sódio a 1% por 30’; enxaguá-los e deixar escorrer; recolocá-los no 
aparelho de ar-condicionado. 
10.7 Higiene pessoal 
O asseio corporal é condição imprescindível para a manutenção do perfeito 
estado de saúde. Os profissionais devem apresentar-se com: 
Roupas limpas; Unhas aparadas; Cabelos limpos e presos se forem longos; Os 
objetos de uso pessoal dos profissionais devem ser guardados em locais separados 
daqueles utilizados para roupas e equipamentos de trabalho. 
10.8 Lavagem das mãos 
 
Fonte: dicasdemassagem.com.br 
 
29 
 
A lavagem correta das mãos é uma das mais importantes medidas utilizadas 
na diminuição da propagação de doenças. Esta lavagem tem a finalidade de livrar as 
mãos da sujeira, removendo bactérias, transitórias e residentes, como também, 
células descamativas, pelos, suor, oleosidade e deverá ser realizada antes e depois 
de atender cada cliente (JORGE, 2013). 
Para Jorge (2013) as mãos devem ser lavadas de forma criteriosa, antes da 
colocação das luvas, pois irá diminuir a quantidade de bactérias presentes nas 
mesmas, prevenindo possíveis irritações causadas por microrganismos presentes 
abaixo das luvas. De acordo com Lima e Ito (2010) o uso de Luvas deve respeitar 
algumas normas como: nunca tentar desinfetar as luvas utilizadas, pois agentes 
desinfetantes podem causar deterioração do material; nunca atender ao telefone, abrir 
portas, gavetas, pegar objetos, etc., de luvas durante o atendimento ao cliente, sem 
usar sobre luvas (LIMA, ITO, 2010). 
Os profissionais devem adotar este procedimento como um hábito e seguir as 
recomendações e etapas de desenvolvimento da seguinte técnica: 
Abra a torneira e molhe as mãos, evitando encostar na pia. Aplique na palma 
da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das 
mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante); 
 Lavar as mãos com água e sabão antes de calçá-las; 
 Colocá-la de forma a cobrir os punhos do avental; 
 Enquanto o profissional estiver de luvas, não deverá manipular objetos 
como canetas, fichas de cliente, maçaneta ou quaisquer objetos que 
esteja fora do seu campo de trabalho, a não ser com o uso de sobre 
luvas; 
 As luvas deverão ser retiradas imediatamente, após o término do 
tratamento do cliente; 
 Deverão ser removidas pelo punho, evitando tocar na sua parte externa; 
 Deverão ser jogadas no lixo para materiais contaminados. 
Segundo o Ministério da Saúde as luvas não protegem de perfurações de 
agulhas, mas está comprovada que elas podem diminuir a penetração de sangue, em 
até 50% de seu volume. É necessário esclarecer os profissionais, que não acreditam 
 
30 
 
na necessidade de maiores cuidados com a própria saúde, que a não utilização dos 
equipamentos de proteção individual, pode favorecer a sua própria contaminação. 
O objetivo do profissional de estética é de trabalhar com pessoas saudáveis, 
porem muitas pessoas aparentemente saudáveis, podem não saber que possuem 
alguma doença infectocontagiosa, pelo fator de serem portadores assintomáticos. 
Outro fato importante, e que deve ser levado em consideração, é o da possível 
omissão, por parte do cliente, da existência de algum tipo de doença contagiosa, 
durante a realização da anamnese (BRSASIL, 2015). 
11 PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS ARTIGOS 
 
Fonte: cpt.com.br 
11.1 Limpeza 
Consiste na lavagem, enxágue e secagem do material, com objetivo de 
remover totalmente os detritos e sujidade dos artigos. 
Os critérios de escolha dos produtos químicos para higienização nos 
Estabelecimentos de Embelezamento devem ser feitos levando-se em consideração: 
Superfície, equipamento e ambiente; Tempo de ação; Variedade dos germes sobre 
os quais atua; Custo. 
 
31 
 
A limpeza dos artigos pode ser feita por processo manual, utilizando-se as 
mãos ou mecânico, sendo este o é mais utilizado em serviços de saúde, devido à 
complexidade e o alto custo das lavadoras mecânicas. 
11.2 Limpeza manual 
Materiais indicados para limpeza Manual: 
Detergente; Solução desincrostante (opcional); E.P. I (luvas de borracha e 
avental); Escova; recipiente com solução detergente (bacia, balde). 
11.3 Procedimentos de lavagem manual 
Procedimento Observações 
Imergir o material em solução de água com 
substância detergente e ou desincrostante (para 
promover a remoção dos detritos orgânicos). 
Utilizar E.P. I. 
Proceder à lavagem do material através de fricção. Deixar o tempo determinado pelo enxague. 
Após a lavagem do material deve-se efetuar um 
cuidadoso enxágue, para remover completamente 
os resíduos de detergente. 
Utilizar água filtrada para o enxague. 
Enxugar os artigos. Utilizar pano seco e limpo 
11.4 Limpeza específica para pentes e escovas: 
Imergir pentes e escovas em uma solução de água e sabão em pó por 30 
minutos, após o uso em cada cliente. 
Manter número de materiais suficiente para permitir o processo a cada 
utilização. 
 
32 
 
11.5 Limpeza mecânica 
 
Fonte: newmaqlocadora.com.br 
O processo de limpeza mecânica utiliza lavadoras que funcionam de modo 
semelhante aos das lavadoras de louças industriais, comuso de detergentes 
apropriados e jatos de água. Os instrumentos devem ser colocados abertos. 
As lavadoras ultrassônicas propiciam uma limpeza em profundidade. Um 
núcleo gasoso gera minúsculas bolhas que se expandem até se tornarem instáveis e 
explodirem. Essa implosão produz áreas de vácuo que “puxam” as sujidades, 
desencostando-as dos materiais (GONÇALVES, 2011). 
Quando associado à ação do detergente e do calor, o ultrassom possibilita a 
remoção até das sujidades mais aderentes, em locais que a escovação manual não 
alcança. 
11.6 Lavadora mecânica 
Materiais indicados para limpeza mecânica: Todos os materiais 
Material necessário: Máquinas lavadoras; Lavadoras ultrassônicas; 
Detergentes apropriados para essas máquinas. 
 
33 
 
12 TRATAMENTO - UTENSÍLIOS E INSTRUMENTAIS 
12.1 Artigos Críticos 
O Ministério da Saúde classifica como artigos críticos os instrumentos de 
natureza perfuro cortante (alicates de cutículas, brincos, agulhas de tatuagem, 
piercing, navalhas, dentre outros) que podem ocasionar a penetração através da pele 
e mucosas e, portanto, necessitam de tratamento específico (esterilização) após o 
uso, para se tornarem livres de quaisquer micro-organismos capazes de transmitir 
doenças. 
Os alicates, espátulas e outros instrumentos de metal esterilizados devem ser 
guardados, em local limpo e seco e constar na embalagem a data da esterilização. 
O ideal é que esses materiais sejam de uso individualizado, ou seja, que cada 
cliente tivesse seu próprio material. 
12.2 Artigos Não Críticos 
 
Fonte:modosemodas.com.br 
Os artigos não críticos de uso permanente, como: tigelas de vidro, plástico ou 
de aço inoxusadas para colocar água destinada ao amolecimento de cutículas das 
unhas das mãos ou pés, devem ser lavados com água e sabão a cada atendimento e 
fazer uso de protetores plásticos, descartáveis, para cada cliente; caso, não utilize o 
 
34 
 
protetor plástico descartável, estes utensílios devem ser desinfetados (CORTELLI, 
2012). 
 Desinfecção: refere-se ao método capaz de eliminar a maior parte dos germes 
patogênicos, com exceção dos esporos (germe mais resistente). O tipo de 
desinfecção indicada para os estabelecimentos de embelezamento é a desinfecção 
de médio nível, descrita a seguir: 
Materiais indicados: Utensílios passíveis de transmissão de doenças 
decorrentes do uso coletivo, como, por exemplo, os recipientes destinados à imersão 
dos pés e mãos; Material necessário para desinfecção com álcool a 70%; Luvas de 
procedimento e ou limpeza 
Procedimentos: Friccionar o algodão ou gaze com álcool a 70% por 30 
segundos de contato e deixar secar; repetir a operação por 03 vezes. Este 
procedimento deve ser feito a cada utilização, ou seja, para cada cliente. Caso o 
serviço opte por não realizar a desinfecção destes recipientes com álcool 70%, deverá 
revestir o utensílio com protetor plástico descartável que deve ser desprezado a cada 
uso. 
Esterilização: refere-se ao método capaz de eliminar todos os micro-
organismos patogênicos, inclusive os esporos. A esterilização nesses 
estabelecimentos deverá ser feita mediante aplicação de processos físicos 
(autoclaves e estufas). 
Os artigos termo resistentes (resistentes ao calor) deverão ser esterilizados pelo 
calor seco (estufa) ou pelo vapor de água sob pressão (autoclave), que são 
processos físicos de esterilização. 
Para proceder à esterilização, deve-se, inicialmente, lavar e enxaguar 
cuidadosamente os artigos, a fim de remover os detritos neles existentes (sangue, 
dentre outros resíduos) e em seguida enxugá-los, para remover a umidade e, por 
fim, embalá-los adequadamente. 
 
 
 
 
35 
 
12.3 Esterilização por Calor Úmido - AUTOCLAVE 
 
 
Fonte: odontomagazine.com.br 
Artigos indicados: Artigos críticos termo resistentes como: Alicate de cutícula; 
Alicate de cortar unhas; Navalhas de barbeiros; lixas metálicas para unhas; dentre 
outros. 
Material necessário: Autoclave; Material a ser esterilizado; Fita adesiva; 
Embalagem específica para autoclave. 
 
Tipo de material Tempo de exposição para esterilização em 
autoclave 
De superfície: Inox, vidros. 15 minutos a uma temperatura de 121ºC 
De densidade: Gases, tecidos. 30 minutos a uma temperatura de 121º C 
12.4 Como realizar: 
Procedimento Observações 
Após a limpeza e secagem do artigo, 
proceder ao empacotamento do mesmo; 
Utilizar papel grau cirúrgico ou campo duplo de algodão cru 
ou descartável; 
Colocar fita indicadora química externa em 
todos os pacotes ou caixas; 
Embalar os materiais abertos; 
 
36 
 
Carregar a autoclave com um só tipo de 
material; 
Utilizar a técnica correta mantendo os pacotes frouxos sem 
compactação para permitir a penetração do vapor; 
Dispor o material no interior da autoclave de 
maneira a facilitar a penetração do vapor; 
Os pacotes de campos descartáveis ou de algodão devem 
ser fechados com fita crepe; 
Programar e ligar a autoclave conforme a 
orientação do fabricante e o tipo de material 
a ser processado; 
Se for usar caixa de inox para esterilizar os artigos, esta 
deve ser perfurada ou com tampa devidamente em campo 
duplo de algodão; 
Retirar o material da autoclave. Permite diferenciar os pacotes já submetidos ao processo 
de esterilização, pois, a fita muda de cor; 
 Devido às diferenças no tempo de exposição conforme 
demonstrado; 
 Deixar um espaço de aproximadamente 3 cm entre um 
pacote e outro; 
 Utilizar somente 80 % da capacidade da autoclave, para 
facilitar a circulação do vapor em seu interior; 
 Deixar completar o ciclo de esterilização; 
 Aguardar o resfriamento dos materiais antes de retira-
los da autoclave; 
Validade: 7 dias 
 
12.5 Esterilização por Calor Seco - ESTUFA 
 
Fonte:valerycosmeticos.com.br 
 
37 
 
Tipos de artigos indicados: Artigos críticos termo resistentes como: Alicate 
de cutícula; Alicate de cortar unhas; Navalhas de barbeiros, entre outros. 
Material necessário: Estufa com termômetro externo (bulbo) que indica a 
temperatura atingida em seu interior, e um termostato responsável pela manutenção 
da temperatura desejada; Caixas de inox para acondicionar os materiais; Fita adesiva 
Material a ser esterilizado: 
Tipo de material Esterilização em estufa - Tempo de 
exposição 
De superfície: tesouras, alicates de unha etc. 01 hora (60 min.) a uma temperatura de 170º 
C. 
12.6 Como realizar: 
Procedimento Observações 
Após a limpeza e secagem do artigo, remover 
qualquer resíduo de óleo ou gordura, causado 
por possível lubrificação do artigo. 
Os micro-organismos ficam protegidos da 
ação do calor seco, quando em presença de 
matéria orgânica como películas oleosas. 
Montar a caixa, com pequena quantidade de 
materiais. 
Recipientes para acondicionar os materiais 
devem ser de aço inoxidável ou vidro 
refratário. 
Proteger a ponta de materiais cortantes Utilizar papel alumínio. 
Colocar fita indicadora química externa em 
todos os pacotes ou caixas. 
Permite diferenciar os pacotes já submetidos 
ao processo de esterilização, pois a fita muda 
de cor durante o processo. 
Carregar a estufa Colocar nas prateleiras superiores, as caixas 
maiores, e nas prateleiras inferiores as caixas 
menores. 
Ligar a estufa Não encostar o bulbo do termômetro nas 
caixas. 
Aguardar o resfriamento dos materiais antes de 
retira-los da estufa 
Não colocar grandes quantidades de material 
dentro das caixas 
 
38 
 
Colocar a data de esterilização Durante o processo de esterilização a estufa 
não pode ser aberta. 
 Lacrar as caixas metálicas com fita adesiva 
 Armazenar em armário fechado e seco, livre 
de pó e insetos. 
 
Validade: 7 dias 
 
13 ÁREA FÍSICA 
 
 Fonte: semsa.manaus.am.gov.br 
 
Os estabelecimentos que realizam atividades de salão de cabeleireiro, 
institutos de beleza, barbearia, podem possuir os seguintesambientes, com suas 
respectivas áreas físicas: 
Recepção e arquivo (administração); Área de trabalho dos cabeleireiros; Área 
de trabalho dos barbeiros; Setor de química; Área de lavatórios para lavagem de 
cabelo; Setor das manicures/pedicuros; Sala de depilação; Área de guarda de estoque 
de produtos e equipamentos; Sanitários - um para cada sexo - para o público; 
Vestiários para funcionários; Área de rouparia (não obrigatório); Área de 
armazenamento de resíduos sólidos (DONATELLI, 2012). 
 
39 
 
A recepção e arquivo devem possuir área mínima de 10,00 m2. A área de 
trabalho dos cabeleireiros e barbeiros deve possuir dimensão não inferior a 10,00 m2, 
com largura mínima de 2,50 m, para o máximo de cadeiras, sendo acrescido de 5,00 
m2, para cada cadeira adicional e ainda respeitar a seguinte distância linear. 
Distância mínima entre o eixo de bancadas = 1,20 m. 
Distância mínima do eixo da primeira cadeira para as paredes laterais (ambos 
os lados) = 0,60 m. 
Distância mínima do espelho às costas dos cabeleireiros = 1,50 m. 
Para os secadores de cabelo e barbeadores elétricos devem ser previstos 
tomadas na altura mínima de 2,30 m. 
14 SETOR DE QUÍMICA 
Deve possuir bancada com lavatório com água corrente e material de 
higienização. A área de lavatórios deve possuir: Área Física compatível com o número 
de lavatórios de forma a permitir que os mesmos respeitem a seguinte metragem 
linear: 
Distância mínima entre eixos de lavatórios = 0,60 m. 
Distância mínima do eixo do primeiro lavatório para parede = 0,40 m. 
14.1 Setor de manicure/pedicure 
Área física compatível com cadeiras, de forma a permitir que respeitem a 
seguinte metragem linear: 
Distância mínima entre eixo de cadeiras = 0,80 m; 
Distância mínima do eixo da primeira cadeira para parede = 0,40 m; 
Distância mínima da parede às costas da manicure = 1,50 m; 
Se houver equipamentos elétricos (bacias, lixas, entre outros) possuir tomadas 
duplas (127/220 volts). 
 
40 
 
14.2 Sala de depilação 
A dimensão mínima para as cabines é 4,50 m2. Os estabelecimentos que 
exercem atividade de depilação devem manter cabines individuais, exclusivamente 
para esta finalidade, com espaço, iluminação e ventilação adequados à prática 
profissional e acomodação confortável para o usuário. 
A cabine deve possuir: bancada (para lavagem dos utensílios) com lavatório e 
água corrente para manuseio dos materiais do profissional e material de higienização. 
Quando houver Box com maca para procedimento de depilação, esta deve 
possuir área mínima de 2,4 m2 com dimensão mínima de 1,50 m para todos os Box. 
14.3 Área de guarda de estoque de produtos e equipamentos 
A área física para guarda do estoque de produtos e equipamentos deve ser 
compatível com a quantidade e necessidade do estabelecimento. Esta área deve ser 
ventilada adequadamente, de forma a preservar a qualidade e integridade do estoque 
de produtos e equipamentos. A iluminação deve ser compatível com sua área física. 
Para a guarda de toalhas deve ser previsto local (armário fechado) e prateleiras 
revestidas com material impermeável. 
14.4 Sanitários para o público – feminino e masculino 
Os compartimentos sanitários localizados em prédio comercial podem ser 
compartilhados com outras áreas, desde que, estejam localizados em local próximo 
ao estabelecimento objeto deste manual. A área física e instalação destes 
compartimentos devem atender o preconizado no Título II, normas gerais da 
edificação e dimensões mínimas dos compartimentos, conforme o disposto no 
Decreto Estadual nº 12.342/78 ou o que vier a substituí-lo. 
 
41 
 
14.5 Vestiários para funcionários 
Os compartimentos para vestiários de funcionários localizados em prédio 
comercial podem ser compartilhados com outras áreas, desde que, estejam 
localizados em local próximo ao estabelecimento objeto deste manual. 
No que se refere à área física e instalações devem atender o previsto no Artigo 
192 – parágrafos 1º e 2º do Decreto Estadual Nº 12.342/78, ou o que vier a substituí-
lo. 
14.6 Área de rouparia (não obrigatória) 
A área física mínima deve ser de 2,2 m2, podendo ser substituída por armários 
exclusivos ou carros roupeiros. Deve ser exclusiva e possuir armário fechado para 
guarda de toalhas (lavadas e embaladas em saco plástico fechado) não descartáveis 
e de demais peças de tecidos utilizados no estabelecimento. 
14.7 Área de armazenamento de resíduos sólidos 
Área compatível para guarda de resíduos sólidos, a serem armazenados em 
caçambas fechadas. As paredes devem ser revestidas de azulejos até a junção com 
o teto e possuir ponto de água. O piso deve ser de material resistente, liso, lavável e 
de fácil higienização. Esta área deve possuir porta, dispositivo que impeça a entrada 
de (insetos, roedores e animais) e janelas teladas para ventilar a área. 
14.8 Edificação - instalações necessárias 
Todos os fios elétricos e equipamentos devem ser aterrados. Os 
estabelecimentos descritos neste manual devem possuir em suas dependências, 
pisos e paredes de superfície lisa (fixa ou móvel), composta de material compacto, 
lavável, de fácil limpeza e higienização, resistente à lavagem e ao uso de 
desinfetantes. Manter as instalações físicas devidamente conservadas e asseadas. 
Os lavatórios para a higienização das mãos pelos profissionais antes e após a 
realização de cada atividade devem ser munidos de água corrente, dispensador para 
 
42 
 
sabão líquido e toalheiro com toalha de papel fixado na parede próxima, além de lixeira 
com tampa e acionamento automático com pedal. 
As bancadas devem ser de material liso, lavável, durável, impermeável e 
resistente à ação de produtos químicos. Os ralos, se existentes, devem ser sifonados 
(fecho hídrico) e possuir tampa com fechamento (abre e fecha), para impedir a entrada 
de insetos. É permitido uso de divisórias, desde que sejam de material liso, lavável e 
resistente ao uso de desinfetantes. 
15 PRODUTOS 
 
Fonte: am.olx.com.br 
Os produtos considerados “produtos para a saúde” tanto em uso, como 
armazenados no estabelecimento devem obrigatoriamente atender o preconizado na 
legislação sanitária específica sobre registro no órgão competente do Ministério da 
Saúde e estar dentro do prazo de validade (PIATTI, 2018). 
Os produtos químicos, saneantes domissanitários, que forem submetidos a 
fracionamento ou diluição devem ser acondicionados em recipientes devidamente 
identificados, de forma legível, por etiqueta, com o nome do produto, composição 
química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável 
pela manipulação ou fracionamento. O fracionamento a que se refere o item anterior 
 
43 
 
deve ser de acordo com as especificações contidas no rótulo do fabricante (PIATTI, 
2018). 
É vetado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos 
químicos. As ceras para depilação devem ser fracionadas em porções 
suficientes para cada cliente, sendo vetada a reutilização de sobras de ceras 
ou de qualquer outro produto químico. Os estabelecimentos que oferecem 
serviços de cabeleireiros e congêneres ficam obrigados a afixarem, em local 
visível ao público, cartaz com os seguintes dizeres (BORAKS, 2001. Apud 
OLIVEIRA, 2010). 
“O formol é considerado cancerígeno pela OMS - Organização Mundial de 
Saúde. Quando absorvido pelo organismo por inalação e, principalmente, pela 
exposição prolongada, apresenta como risco o aparecimento de câncer na boca, nas 
narinas, no pulmão, no sangue e na cabeça”. 
16 EQUIPAMENTOS 
 
Fonte: produto.mercadolivre.com.br 
Os estabelecimentos de que trata este Manual devem dispor de todos os 
equipamentos necessários à realização das atividades a que se propõem, mantendo-
os higienizados e em condições adequadas de funcionamento e ergonomia. Os 
equipamentos e instrumentais devem ser disponibilizados em quantidade suficiente 
para atender a demanda do estabelecimentorespeitando os prazos para limpeza, 
desinfecção ou esterilização dos mesmos (GARBACCIO, 2012). 
 
44 
 
Todos os equipamentos devem possuir registro no órgão competente do 
Ministério da Saúde, sendo observadas suas restrições de uso. Dispor de programa 
de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos, mantendo os registros 
atualizados. Os equipamentos destinados à esterilização de materiais devem possuir 
registro no órgão competente do Ministério da Saúde (GARBACCIO, 2012). 
A higienização dos equipamentos de ventilação artificial deve atender as 
orientações do fabricante, em se tratando de equipamento individual ou seguir normas 
técnicas específicas, em se tratando de central de ar condicionado. O estabelecimento 
deve possuir refrigerador exclusivo para guarda de produtos que necessitam ser 
mantidos sob refrigeração, munido de termômetro, com registro diário de temperatura 
(DAMMENHAIN, 2012). 
Os estabelecimentos de que trata este Manual devem possuir equipamentos 
de proteção contra incêndio, dentro do prazo de validade, conforme o preconizado em 
legislação específica. Os produtos utilizados para embelezamento pertencem à 
categoria dos cosméticos e são regulamentados pela ANVISA/MS - Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária/Ministério da Saúde. 
O rótulo desses produtos deve contemplar as seguintes informações: Nome do 
produto, Marca, Lote, Prazo de validade, Conteúdo, País de origem 
Fabricante/importador, Composição do produto, Finalidade de uso do produto Nº de 
registro na ANVISA/MS para os seguintes produtos. 
 
PRODUTOS COSMÉTICOS COM REGISTRO NA ANVISA/MS 
 
 
 
 
PRODUTOS DADE 
Sabonete antisséptico. 
Produtos para clarear os cabelos 
(clareador, 
 descolorante, oxigenada 10 a 40 volumes). 
Xampu, condicionador e Enxagua tório 
Produtos para ondular e alisar os cabelos. 
 
capilar anticaspa. 
 
 
Creme, gel e loção para a área dos olhos Tônico loção e máscara capilar. 
Tintura temporária, progressiva e Depilatório químico. 
 
45 
 
permanente. 
 
 
 
 
Enxagua tório colorante. Produtos para clarear os pelos do corpo. 
 
 
 
 
Antes de aplicar qualquer produto sobre a pele, cabelos ou unhas, pergunte ao 
seu cliente se ele (a) tem algum tipo de alergia aos componentes químicos do produto 
que você vai utilizar (PIATTI, 2018). 
Equipamentos: siga corretamente as instruções do fabricante. Guarde o manual 
em local de fácil acesso para que possa ser consultado sempre que necessário. 
Produtos químicos à base de formol para escova progressiva estão proibidos, 
pois, não possuem registro na ANVISA para esta finalidade. O formol é cancerígeno 
e provoca queimaduras na pele e mucosas, irritação nos olhos, podendo levar à 
cegueira, tanto o cabelereiro quanto o cliente (PIATTI, 2018). 
Leia com atenção o manual técnico de seu equipamento e siga corretamente 
as instruções do fabricante. Guarde o manual em local de fácil acesso para que possa 
ser consultado sempre que necessário. 
17 DEPILAÇÃO 
 
 Fonte: br.depositphotos.com 
 
 
46 
 
Local adequado e com privacidade; Maca com superfície lisa e lavável que 
permita higienização; Lençol de papel descartável que deverá ser trocado a cada nova 
cliente; Mesa auxiliar, com superfície lisa ou lavável, para a colocação dos produtos 
usados no ato da depilação como cremes, talco, cera e acessórios, tipo pinça; Lixeira 
com saco plástico e tampa para descarte da cera usada. 
O profissional deve: 
Lavar as mãos antes e depois de atender cada cliente; utilizar pinça descartável 
ou esterilizada a cada cliente; trocar o lençol descartável a cada cliente; 
Utilizar cera de depilação que traga no rótulo identificação do produto, 
procedência, validade e número de registro na Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA). 
A cera não pode ser reaproveitada por nenhum tipo de processo. Deve ser de 
uso único, descartada após o uso. 
18 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LIXO) 
Os artigos de usos em estabelecimentos de saúde e beleza podem se tornar 
veículos de agentes infecciosos caso não sofram processos de descontaminação 
após cada uso. Os locais em que esses artigos são processados e as pessoas que os 
manuseiam também podem se transformar em fontes de infecção, podendo até 
mesmo causar doenças (LOVO, 2012). 
 Os processos que podem interromper essa cadeia são a limpeza e a 
desinfecção de artigos e ambientes e a esterilização de artigos, dentro das devidas 
proporções de necessidade. A limpeza mecânica com água e sabão, realizada 
manualmente ou automatizada, tem como objetivo a remoção de todo material 
contaminante, tais como sujidades, secreções, resíduos, e também a diminuição dos 
microrganismos presentes nos artigos e utensílios, sendo imprescindível que 
aconteça antes dos processos de desinfecção e esterilização (RAMOS, 2009). 
 Os artigos utilizados na área da beleza e estética incluem objetos de natureza 
diversa, como os utensílios, pinças, espátulas, tesouras, lençóis, toalhas, fronhas etc., 
acessórios de equipamentos e outros (RAMOS, 2009). Durante os processos de 
limpeza, desinfecção ou de esterilização, os artigos devem sofrer constantes 
 
47 
 
inspeções visual, para analisar a retirada de sujidades e também partículas visíveis 
(LOVO, 2012). 
Segundo Ramos (2009), na prática, os artigos e materiais devem ser 
classificados de acordo com o risco e seu potencial de infecção envolvido em sua 
utilização, com o objetivo de definir o tipo de processamento que será submetido 
(limpeza, desinfecção ou esterilização): - artigos críticos: são artigos destinados a 
penetração pela pele, mucosas, nos tecidos sub epiteliais e principalmente no sistema 
vascular, bem como todos órgãos que estejam diretamente conectados a esse 
sistema. 
 Esses artigos precisam de esterilização para obter os objetivos a que se 
propõem; - artigos semicríticos: são artigos destinados ao contato com a pele não - 
integra ou com mucosas integras. Precisam de desinfecção de médio ou alto nível, ou 
até mesmo a esterilização, para que se garanta a qualidade do uso dos mesmos 
(LOVO, 2012). 
A coleta de resíduos que são especiais deve ser feita por empresa 
especializada ou pelo próprio órgão de limpeza urbana que ofereça esse serviço. Os 
veículos são diferenciados e os funcionários são devidamente treinados e 
paramentados com os devidos EPIs, conforme a legislação (LOVO, 2012). 
Ficando assim a empresa responsável pelo destino final desses resíduos. Na 
maioria das vezes, a empresa responsável pela coleta especial recolhe uma taxa, cujo 
valor depende da localização do estabelecimento e da periodicidade da coleta, 
podendo ser semanal, quinzenal ou até mesmo mensal. 
Enquanto aguarda a coleta, os resíduos especiais devem permanecer no local 
de armazenamento temporário ou externos devidamente acondicionados e 
identificados, não podendo ser misturados aos resíduos comuns e recicláveis, 
conforme as normas da legislação vigente símbolos universais, segundo a 
classificação do resíduo (RAMOS, 2009). 
 
 
48 
 
 
Fonte: mercadolivre.com.br 
É responsabilidade de todos os profissionais que trabalham nos 
estabelecimentos de embelezamento gerenciar os resíduos gerados. 
A primeira etapa do gerenciamento de resíduos internos refere-se à operação 
de segregação ou separação dos resíduos, no momento e no local de sua geração, 
acondicionando-os imediatamente de acordo com a seguinte classificação: 
Resíduo comum: Acondicionar em saco plástico de qualquer cor, exceto 
branca; O preenchimento dos sacos deve alcançar, no máximo, 2/3 de sua 
capacidade. 
Resíduo infectante: Os materiais perfurantes e cortantes devem ser 
acondicionados em recipientes apropriados de parede rígida, devidamente, 
identificados como resíduo infectante; 
Para os não perfurantes e cortantes, utilizar sacos plásticos de cor branca 
leitosa. 
18.1Cuidados necessários ao manusear os resíduos infectantes 
Manter os sacos contendo resíduos infectantes em local seguro, até seu manejo para 
descarte; nunca abrir os sacos contendo estes resíduos para inspecionar seu 
conteúdo; adotar procedimentos de manuseio que preservem a integridade dos sacos 
plásticos contendo resíduos; no caso de rompimento, com espalhamento de seu 
 
49 
 
conteúdo, rever os procedimentos de manuseio. Armazenar em local previamente 
determinado e de fácil acesso ao serviço de coleta especial (DAMMENHAIN, 2012) 
Portanto a biossegurança estabelece ações para a proteção da saúde humana 
e uma delas inclui a utilização dos equipamentos de proteção individual. Os 
profissionais de estética, durante a realização de procedimentos de limpezas de pele 
ou outros procedimentos deve evitar o contato direto com a pele do cliente, mucosa e 
com matéria orgânica (sangue, exsudatos, secreções) proveniente do mesmo, por 
meio do uso de barreiras protetoras como luva, avental, máscara, gorro e óculos 
(DAMMENHAIN, 2012). 
 O uso desses equipamentos de proteção individual, reduzem as chances de 
exposição do profissional aos possíveis microrganismos, provenientes de clientes e 
que podem ser causadores de doenças como: herpes simples, hepatite B, hepatite C, 
gripe, resfriado, tuberculose e AIDS. Além do risco de contato com matéria orgânica, 
a proximidade entre profissional-cliente, a alta rotatividade no atendimento e o tempo 
de contato prolongado, podem contribuir para a transmissão de algumas dessas 
doenças (BRASIL, 2015). 
O uso inadequado ou incompleto dos equipamentos de proteção individual por 
parte dos profissionais, pode não constituir proteção total contra os microrganismos, 
já que o contato direto com o cliente pode oferecer algum risco para a contaminação 
do profissional. É essencial que os profissionais se conscientizem para que 
aconteçam mudanças em relação a sua conduta, levando-os a adotarem medidas 
mínimas de segurança no atendimento de todos os clientes, como forma de preservar 
a própria saúde e da pessoa que está sendo atendida. Acreditamos que a 
conscientização pode ser feita por meio de palestras abertas, demonstrações do uso 
dos equipamentos e até por meio da criação de cartazes explicativos. 
 
50 
 
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Municipal de Limpeza Urbana da Cidade do Rio de Janeiro. Imprensa da Cidade, 
2010. 
BRASIL. Lei nº 12592, de 18 de janeiro de 2012. Dispõe sobre o exercício das 
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pedicure, depilador e maquiador. 2012. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MET). Equipamentos de proteção 
individual (EPI). Norma regulamentadora 6 - NR 6. Disponível em: janeiro. 2015. 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas da Saúde. Coordenação 
Nacional de DST e AIDS. Manual de condutas. Exposição ocupacional a material 
biológico: hepatite e HIV. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. Disponível em: 
março. 2015. 
 
BORGES, Talita. Avaliação de riscos em salões de beleza. 2016. 
 
CONTEMAR. Modelos de recipientes acondicionadores de resíduos. 2017. 
 
CORTELLI, Andréia Ferreira Diniz. Procedimentos de biossegurança adotados por 
profissionais prestadores de serviços de manicure, pedicure, tatuagem, piercing 
e maquiagem definitiva no município de Jacaréi-SP. 2012. Tese de Doutorado. 
Universidade de São Paulo. 
 
DAMMENHAIN, Rui de A. Protocolo para processamento de artigos e 
instrumentais em nível ambulatorial para clínicas médicas e odontológicas. 
Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária (INBRAVISA). Abril 2012. 
 
 
 
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DONATELLI, Liliana J. de P. Estufa e autoclave. Odontologia e Biossegurança. 
Disponível em: abr. 2012. 
 
ESTRELA, C. Estrela, C.R.A. Controle de infecção em odontologia. São Paulo 
Artes Médicas, 2009. 
 
GARBACCIO, Juliana Ladeira; DE OLIVEIRA, Adriana Cristina. Biossegurança e 
risco ocupacional entre os profissionais do segmento de beleza e estética: 
revisão integrativa. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 14, n. 3, p. 702-11, 2012. 
 
GARBACCIO, Juliana Ladeira; OLIVEIRA, Adriana Cristina de. O risco oculto no 
segmento de estética e beleza: uma avaliação do conhecimento dos 
profissionais e das práticas de biossegurança nos salões de beleza. Texto & 
Contexto-Enfermagem, v. 22, n. 4, p. 989-998, 2013. 
 
GARBACCIO, Juliana Ladeira. Conhecimento e adesão às medidas de 
biossegurança entre manicures e pedicures. 2013. 
 
GONÇALVES, E. M. N. et al. Modelo de implantação de plano de gerenciamento 
de resíduos no laboratório clínico. 2011. 
 
LEÃO, Odith da Silva. Estética e biossegurança: aspectos ligados à segurança e 
ao gerenciamento de resíduos em estabelecimentos estéticos. 2019. Dissertação 
de Mestrado. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Processamento de Artigos e Superfícies em 
Estabelecimentos de Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, 
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Ministério da Saúde (BR). Boletim epidemiológico hepatites virais. 2011 
 
PIATTI, Isabel. Biossegurança e controle microbiológico na estética. Momento 
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SCHMIDLIM, K.C.S. Biossegurança na estética: Equipamentos de Proteção 
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OLIVEIRA, A. C. D. S.; FOCACCIA, R. Survey of hepatitis B and C infection 
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