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Guia do professor página 10 “Sugere-se o desenvolvimento de actividades de discussão que permi- tam ao aluno revisitar e enriquecer o conceito de célula estudado no ano anterior, compreendendo que, apesar das diferenças existentes entre os seres vivos, existe uma unidade estrutural e funcional a nível celular que se revela também a nível mole- cular.” Programa de Biologia e Geologia 11.° ano página 12 As etapas de 1 a 6 conduzem a resultados fáceis de obter. No que se refere à coloração (etapa 7), os resultados não são muitas vezes facilmente observáveis, pelo que apresentamos a fotografia 5. página 14 “A análise e interpretação de esque- mas, tabelas com dados experimen- tais (...) relativos às características das moléculas de DNA e RNA e aos mecanismos de replicação, transcri- ção e tradução, permitem conhecer as diferenças entre as várias moléculas estudadas, bem como compreender a importância dos processos em estudo na manutenção da informação genéti- ca, da vida e da estrutura celular.” Programa de Biologia e Geologia 11.° ano página 15 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. 4. 2. Nas bases azotadas. 3. Ao carbono 5´. 4. Ao carbono 1´. 5. Pode ser referida a não concor- dância em relação ao termo repetiti- va, pois existem, em regra, nucleóti- dos diferentes numa cadeia polinu- cleotídica que estão colocados de forma diversa. 6. É visível a semelhança de dados percentuais entre A e T e entre G e C. 6.1. Referência a que o emparelha- mento de bases deverá efectuar-se – A com T e G com C. 1 página 16 1949-1950: Chargaff hidrolisou pre- parações de DNA de diferentes ori- gens e analisou a sua composição em bases azotadas. Com base nos dados que obteve, estabeleceu a regra de Chargaff, que pode ser expressa pela fórmula A + G = T + C. As proporções dos diferentes tipos de bases variam de espécie para espécie, mantendo-se constantes na mesma espécie. Pode ser interessante salientar que o trabalho do cientista não é isolado e independente, mas que os cientis- tas trabalham em profunda articula- ção, dependendo os resultados uns dos outros. página 17 1953 – A dupla hélice surgiu, fruto da imaginação de Watson, o criati- vo, e do rigor de Crick, o rigoroso. Diagrama simbólico da estrutura do DNA. SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Associam-se por ligações de hidrogénio que se estabelecem entre bases complementares das duas cadeias. Duas ligações entre A e T e três ligações entre G e C. 2. É. Mencionar, por exemplo, que A + G = T + C. 3. Apesar de existir um pequeno número de nucleótidos diferentes, como cada um pode estar presente um grande número de vezes e podem existir diferentes sequências de nucleótidos, é possível uma gran- de diversidade de moléculas de DNA. D E S O X I R R I B O S E D E S O X I R R I B O S E F O S F A T O D E S O X IR R I B O S E F O S F F O S F A T O D E S O X I R R I B O S E F O S F A T GC AT 2 página 18 Sugere-se que os alunos investi- guem um pouco mais sobre este assunto nos livros ou na internet. Nos livros: A história das ciências e a sua pequena história contada pelos pro- tagonistas: – James Watson, A Dupla Hélice. Edições Pluriel, 1968. – James Watson, O Segredo de Vida ADN. Edições Odile Jacob, 2003. – Francis Crick, Uma Vida para Descobrir. Edições Odile Jacob, 1988. Na net: http://www.ina.fr/ são apresentados filmes de arquivos dos anos 60 do século XX. SUPERMODELOS Há um pequeno número de organis- mos muito utilizados pelos investiga- dores na procura de segredos da vida, ou seja, sem eles a história da biologia não seria a mesma. A sequenciação do genoma de orga- nismos-modelo é muito valiosa para os biólogos que estudam estas espécies e ajuda a interpretar a sequenciação do genoma humano. Cænorhabditis elegans (1998) 97 000 000 de bases. Verme nemátode com 1 mm de comprimento. Primeiro genoma sequenciado de um animal. Saccharomyces cerevisiæ (1996) 12 100 000 de bases. Levedura. Primeiro genoma de organismo eucarionte. Arabidopsis thaliana (2000) 120 000 000 de bases. Planta da mostarda. O primeiro genoma de uma planta a ser sequen- ciado. 3 página 19 O genoma engloba sequências de DNA codificantes (os genes), sequências não codificantes e ainda sequências reguladoras envolvidas no controlo da expressão dos genes. BIOTECNOLOGIA – Coordenção de Nelson Lima e Manuel Mota SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. A resposta deve conter que cada uma das novas moléculas é portado- ra de uma cadeia antiga e de uma cadeia recém-formada. 2. X – 5´ ; W – 3´ ; Y – 5´ ; Z – 3´ . 3. Referir que: Cada uma das novas cadeias forma- das é uma réplica de uma das cadeias originais, sendo as novas moléculas idênticas à molécula ori- ginal. Fica, portanto, assegurada a transmissão e a conservação do património genético. página 25 Sugere-se a utilização do documento – DNA – Uma Nova Era das Ciências Biológicas do Dossier do Professor. Pode usar-se como docu- mento informativo ou, após adapta- ção da legenda, ser explorado em aspectos importantes que nele são abordados. O RNA é um constituinte de todas as células vivas, onde existe em con- centrações muito superiores às de DNA. A concentração de RNA celu- lar não é idêntica nas diferentes células, estando sempre relacionada com a maior ou menor actividade metabólica. O RNA constitui essen- cialmente três classes: rRNA – representa 80%-90% do RNA celular; tRNA – representa 10%-15% do RNA celular; mRNA – raramente mais do que 2% do total. página 26 Depois da descoberta da estrutura da molécula de DNA em 1953, durante mais de três décadas os cientistas pensaram que o patrimó- nio genético dos seres vivos só codi- ficava 20 aminoácidos. Mas, em 1986, os cientistas anun- ciaram a descoberta do 21.° aminoá- cido, a selenocisteína. Na revista Science, n.° 296 (2002), foi publica- 4 do um artigo relativo à identificação do 22.° aminoácido, a pirrolisina. O 22.° aminoácido deve ser muito raro, segundo pensa um dos investi- gadores que o identificou, pois demorou muito tempo a ser identifi- cado. São os codões UGA e UAG que codi- ficam, respectivamente, os aminoá- cidos 21 e 22. À medida que os cien- tistas aperfeiçoam as técnicas de sequenciação dos genomas, talvez outros blocos fundamentais das pro- teínas sejam identificados, condu- zindo a uma melhor compreensão da grande diversidade da vida. O termo codogene atribuído a tri- pletos do DNA, que representam cada um a mais pequena unidade de mensagem genética necessária à codificação de um aminoácido, não é utilizado, em regra, na bibliografia actual. Por esse facto, não o referi- mos no texto. página 28 As mitocôndrias são organelos celu- lares bem distintos que contêm um “genoma” próprio. Sugere-se a utilização do documento Um genoma discreto do Dossier do Professor. SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Possui núcleo. 2. A – Nucleoplasma; B – Invólucro nuclear; C – Poro nuclear; D – Citoplasma. 3. Tradução. 4. mRNA – funciona como mensa- geiro entre o DNA e os ribossomas; tRNA – transfere aminoácidos para os ribossomas; 5. Transfere energia para o sistema. página 30 Sugere-se a exploração da transpa- rência n.° 1 – Expressão da infor- mação genética. página 31 SUGESTÕES DE RESPOSTAS 1. 3’ T A C C A A T A A 5’ 2. Valina. 3. 1 e 2 – Iniciação; 3, 4, 5 – Alongamento; 6 – Finalização. 5 página 34 SUGESTÕES DE RESPOSTAS 1. Por exemplo: cabelo branco e a pele muito clara. 2. Referir que num indivíduo hemofí- lico há alteração de um gene que regula a síntese de uma proteína necessária às reacções que regulam a coagulação do sangue. 3. A resposta deve conter: – ocorrência de mutação em células germinais; – replicação de DNA que apresenta cadeia(s) mutada(s); – transmissão e conservação da mutação nas sucessivas gerações. 4. A nível celular – Por exemplo, hemácias em forma de foice em indivíduos doentes, hemácias com a forma de lente bicôncava em indiví- duos que não têm a doença. A nível molecular – Alteração do gene que determina a síntese da cadeia da hemoglobina, passando a existir um gene diferente do que existe em indivíduosque não mani- festam a doença. página 35 Nos indivíduos com drepanocitose, está reduzida a capacidade dos gló- bulos vermelhos para transportarem oxigénio dos pulmões para o cora- ção. página 36 Sugere-se a exploração do docu- mento Doença genética do Dossier do Professor. página 37 Na componente inicial da Biologia de 11.° ano, a divisão celular assu- me um papel de charneira. Por um lado, ela consubstancia a replicação do DNA, justificando e dando corpo a este aspecto central da vida celu- lar. Por outro lado, está subjacente ao tema seguinte, todo ele focado na reprodução. Profundamente rela- cionados com a divisão celular estão ainda dois assuntos relevantes do quotidiano dos alunos e da socieda- de a que pertencem: o cancro e a clonagem. A divisão celular é assun- to tanto mais relevante quanto generalizado à escala do mundo vivo. 6 página 38 Importa, desde já, distinguir os pro- cariontes dos eucariontes no que diz respeito à divisão celular. Realça-se na figura a necessidade de replica- ção do DNA, assunto tratado ante- riormente, como pré-requisito para que as células se dividam. É justa- mente o tamanho das moléculas de DNA e a necessidade de a divisão ser equitativa que conduzirá os alu- nos às alterações que os cromosso- mas experimentam no momento da divisão. página 39 A aprendizagem da estrutura de um cromossoma pode ocorrer de forma mais rápida e até mais eficaz em termos de conhecimento se, recor- rendo à projecção de imagens, se descrever a estrutura de um cromos- soma. Importa realçar que a propos- ta de trabalho que se apresenta per- mite fazer o diagnóstico dos conceitos de gene, cromossoma ou de DNA que os alunos já tenham construído e, a partir desse diagnós- tico, diferenciar os conceitos. É necessário criar tempo e espaço para que este tipo de aprendizagem se possa fazer. Mais importante ainda que o diagnóstico e a aprendi- zagem personalizada é a oportunida- de que esta actividade, como outras do manual, propicia para que os alu- nos desenvolvam outras competên- cias, como o raciocínio, a síntese, a comunicação, o respeito pela opi- nião dos pares, etc. SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Centrómero. Embora na figura seja também visível o cinetocoro, não se aborda a constituição do cro- mossoma com esta profundidade. 2. DNA e proteínas. Também aqui se podiam referir as histonas, que são as principais proteínas do cromosso- ma. No estrito cumprimento do pro- grama, não se valoriza o nome das proteínas. 3. Há uma espiralização do DNA e, graças às proteínas, a molécula fica profundamente condensada, redu- zindo o seu tamanho. 4. Na forma condensada. 7 página 40 Uma vez compreendida a estrutura básica de um cromossoma, os alunos poderão agora acompanhar as alte- rações que a este nível ocorrem durante o ciclo celular. A abordagem do ciclo celular surge de forma gra- dual e seguindo a perspectiva de aprendizagem que defendemos, isto é, do global para o mais específico. Assim, os alunos começam por saber que a vida de uma célula segue um ciclo e de um modo global quais as etapas desse ciclo. Gostaríamos de chamar a atenção para o facto de seguirmos a terminologia dos livros mais recentes de Biologia celular de referência e considerarmos interfase e fase mitótica, englobando esta a mitose (divisão do núcleo) e a citoci- nese (divisão do citoplasma). página 41 Nesta actividade começamos a dife- renciar e ampliar um pouco mais as diferentes fases do ciclo celular. Os alunos vão observando e analisando mais em pormenor o que se passa ao longo do ciclo de uma célula eucariótica. Na medida em que podem surgir várias fases e as res- pectivas subfases, sugere-se a cons- trução de um mapa de conceitos no sentido de organizar e ajudar a estruturar os conceitos abordados. SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. 2. Fase S. 3. Na fase G1 cada cromossoma é constituído por um cromatídio ao passo que na fase G2 cada cromos- soma é constituído por dois cromatí- dios. Nesta fase os centríolos encontram-se duplicados, havendo, por isso, dois pares, enquanto na fase G1 só há um par. 4. Na metáfase os cromossomas encontram-se alinhados no plano equatorial da célula, ao passo que na anáfase deu-se a cisão dos cen- trómeros e cada cromatídio de cada cromossoma encontra-se em ascen- 8 Ciclo celular Interfase Perío- do G1 Perío- do S Perío- do G2 Mitose Cito- cinese Fase mitótica inclui distingue-se ocorre são polar, isto é, dirige-se para os pólos da célula 5. Citocinese. Na discussão desta actividade suge- re-se a utilização da transparência n.° 2 – Divisão celular, onde a divisão celular surge inserida no crescimento de um indivíduo a partir do ovo. página 43 Depois de compreenderem as dife- rentes etapas do ciclo celular, os alunos vão debruçar-se sobre a fase mitótica. Nesta fase, sobretudo na mitose, é necessária uma compreen- são cuidada das diferentes etapas para que os alunos possam com- preender a importância da mitose no mundo vivo e, mais tarde, distinguir com clareza a mitose da meiose. Numa visão indutivista de Ciência, em que se considera que o ponto de partida para o conhecimento científi- co são observações objectivas e neutras, seríamos tentados a sugerir um trabalho laboratorial para obser- var figuras de mitose. Tal visão não é a que defendemos nem é a que fundamenta o programa. Temos da construção do conhecimento científi- co uma visão pós-positivista que considera que o conhecimento se constrói pela interacção de observa- ções e ideias, em que estas orien- tam e dão sentido às observações. Por esta razão, começamos por des- crever o que se passa nas células animais para que os alunos, poste- riormente, no laboratório e obser- vando células vegetais, tenham já os óculos conceptuais que lhes permi- tam dar significado ao que obser- vam. página 44 Sugere-se que os alunos observem figuras de mitose em células vege- tais. É um trabalho de fácil execução mas recomenda-se, contudo, que se usem apenas as pontinhas das extremidades das raízes. Este trabalho de laboratório não tem um cariz meramente demonstrativo, uma vez que os alunos só conhecem o que se passa nas células animais, mas também não estão desprovidos de quadro teórico para interpretar as observações, uma vez que vão recor- rer ao que já conhecem das células animais. Há, pois, um diálogo entre o conceptual e o metodológico. 9 Para que o trabalho tenha mesmo uma natureza investigativa, sugere- -se que os alunos o efectuem no sentido de estabelecerem as dife- renças entre a fase mitótica em células animais (que já conhecem) e a fase mitótica em células vegetais (que vão observar). página 45 As figuras de mitose que aqui se apresentam surgem, sobretudo, como recurso para as turmas que, por qualquer razão, não puderem fazer o trabalho prático. página 46 Uma vez terminada a abordagem da fase mitótica, impõe-se uma siste- matização das aprendizagens, que é também um momento de avaliação formadora e pretexto para completar e aperfeiçoar alguns aspectos. Nesta sistematização começa por se estabelecer o que há de comum entre a fase mitótica das células animais e a fase mitótica das célu- las vegetais, para depois se estabe- lecerem as diferenças. página 48 A regulação do ciclo celular é um aspecto tanto mais relevante quanto ela está relacionada de alguma forma com o aparecimento de can- cro. página 49 As questões da regulação do ciclo celular são indissociáveis das neo- plasias. Trata-se de um problema social que afecta o quotidiano de muitos alunos, não podendo deixar de ser referido. Faz-se apenas uma abordagem sumária do processo básico, uma vez que, por um lado, os alunos não possuem conhecimentos sobre genética para entenderem o processo de forma mais diferenciada e, por outro, este será objecto de estudo no 12.° ano, no tema heredi- tariedade. Tipificamos o assunto com o cancro da pele, uma vez que a prevenção deste tipo de cancro pode passar pela correcção de muitos comportamentos típicos dos jovens. 10 página 50 Um dos aspectos centrais da divisão celular por mitose é a possibilidade de ascélulas se multiplicarem man- tendo a sua identidade genética. O assunto que aqui se trata é, pois, central, mas só será totalmente compreendido se os alunos fizeram aprendizagens significativas sobre as diferentes etapas da mitose. Por esta razão se sugere esta actividade, onde se sistematizam as aprendiza- gens dos alunos, se reorganizam os conceitos e se transpõe o foco para o que se passa ao nível do DNA. É, pois, uma actividade de sistemati- zação e/ou de avaliação formadora. página 51 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. 1. Ciclo celular. 2. Fase mitótica. 3. G2. 4. Citocinese. 5. Anáfase. 2. b; d; a; c. 3. c – 5; d – 2. 4. – G2 (3), prófase e metáfase (4). – Seis horas. – Uma vez que se dá a replicação do DNA, a sua quantidade duplica desde o início até ao fim da fase S. 5. Ao longo do período S, ao dar-se a replicação do DNA, cada cromosso- ma passa a ser constituído por dois cromatídios geneticamente iguais; ocorre, pois, uma duplicação do material genético de cada cromosso- ma. Durante a mitose, no estádio de anáfase, cada um dos cromatídios- -irmãos migra para os pólos da célula. Quando o citoplasma da célula se divide, cada célula-filha recebe um conjunto de cromossomas iguais aos cromossomas da célula inicial. Há, claramente, um mecanismo de copiar e dividir em partes iguais, assegurando, assim, se nenhum erro ocorrer, a estabilidade genética ao longo das diferentes gerações celu- lares. página 52 Uma vez compreendida a capacida- de de manutenção da identidade genética, os alunos podem agora consciencializar-se da importância que este mecanismo assume em cada momento no mundo vivo. Assim se concretizam algumas situações que são completamente dependentes da eficácia deste pro- 11 cesso. O crescimento dos indivíduos e a regeneração de células e tecidos são exemplos que conhecem e que podem agora relacionar com a divi- são celular. página 53 A estabilidade genética e a diferen- ciação celular são dois assuntos que se tocam naturalmente. Assim, como é possível que (devido à estabilidade genética) as células tenham todas o mesmo material genético e manifes- tem, tanto estrutural como funcional- mente, aspectos tão diversos? A este propósito gostaríamos apenas de esclarecer um aspecto. Quando elaborámos a versão anterior deste manual, considerámos que a melhor forma de os alunos compreenderem a diferenciação celular seria analisar um mecanismo de controlo do DNA. Assim, apresentámos o funciona- mento de um operão para que com- preendessem que uma boa parte do DNA se destina a regular o funciona- mento dos genes e para que vissem de que forma é que o DNA pode ser activado ou inactivado em resposta a solicitações externas, quer as molé- culas provenham do ambiente externo, como a lactose, ou do meio interno, como as hormonas. Continuamos a achar que a abordagem do operão lac ou do operão do triptofano são as formas mais concretas de os alunos, transpondo conceitos e ideias, com- preenderem a diferenciação celular. Acontece que depois de elaborado o manual de 11.° ano é que tomámos conhecimento do novo programa de 12.° ano, onde um dos temas era jus- tamente a regulação da expressivida- de dos genes. Por esta razão, nesta versão do manual de 11.° ano procu- rámos desenvolver nos alunos a ideia de que existem mecanismos de regu- lação e de que estes mecanismos actuam em diferentes níveis (figura 70 da pág. 58), sem especificar a forma como actuam, assunto que faz parte do programa de 12.° ano. página 55 De acordo com o programa, neste tema deve abordar-se a clonagem a nível celular e, só no tema seguinte, relativo à reprodução, é que se deve tratar a clonagem ao nível do indiví- duo. Esta abordagem compartimen- tada pode dificultar a aprendizagem. Por esta razão, procuramos, já neste tema, definir a clonagem a diferen- 12 tes níveis (célula, tecido e indivíduo). No ensino secundário é a primeira vez que este assunto é abordado; pareceu-nos que devíamos começar por apresentar algumas experiências de referência nesta área, experiên- cias essas que são ao nível do indi- víduo. Portanto, embora focalizados no aspecto celular, não podemos deixar de iniciar o assunto numa perspectiva histórica, na medida em que isso facilita a compreensão, daí que surjam na actividade 13 traba- lhos ao nível do indivíduo. SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Células diferenciadas da raiz. 2. Porque quando colocadas em con- dições apropriadas originaram indi- víduos completos. Isto significa que o DNA do núcleo readquiriu as características da célula inicial. 3. Células diferenciadas do intestino do girino 1. 4. Em ambas, núcleos de células diferenciadas (plantas e animais) readquiriram a capacidade de origi- nar indivíduos completos. 5. O DNA de uma célula diferencia- da é igual ao da célula inicial, uma vez que consegue regenerar indivi- duos completos. página 56 As células-tronco ou células estami- nais são um assunto de grande actualidade completamente ligado à totipotência e à clonagem a nível celular. Relativamente à figura 68, gostaría- mos de realçar que a utilização de células-tronco para obtenção de diferentes tipos de tecidos não passa necessariamente pela mani- pulação do núcleo celular. A situa- ção que aqui se apresenta inclui esse procedimento, uma vez que se pretende obter tecidos para trans- plante recorrendo-se ao núcleo de um dador que será o receptor dos tecidos ou órgãos a transplantar. Consegue-se com isso evitar fenó- menos de rejeição. Na desdiferenciação celular nem sempre ocorrem células totipoten- tes. A pluripotência e oligopotência são graus intermédios de desdife- renciação que aqui não tratamos. página 58 Na impossibilidade de abordar a expressividade dos genes, assunto a tratar no 12.° ano, pareceu-nos que 13 seria necessário recorrer a alguns exemplos para que os alunos possam compreender de que forma é que o ambiente pode influenciar a expressi- vidade dos genes. As metaplasias são um exemplo interessante que ajuda a compreender que a forma como se expressa o DNA está em estreita relação com factores do ambiente. página 61 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1.1. A – S; B – S; C – N; D – N; E – S; F – N. 1.2.1. 1.2.2. Os grupos das bases azotadas. 1.2.3. ...AAG UAU CUG CCA GUU GCA ... página 62 2.1. C. 2.2. D. 2.3. C. 3. 4.1. X – Transcrição; Y – Tradução. página 63 4.2. A – 3; B – 5; C – 4; D – 2; E – 1. 5.1. Glicina – Leucina – Isoleucina – Triptofano – Asparagina – Isoleucina. 5.2.1. O codão que experimentou a alteração codifica o mesmo aminoá- Replicação Transcrição A ✔ ✔ B ✔ C ✔ D ✔ ✔ E ✔ F ✔ Cadeia 1 Cadeia 2 Grupo fosfato 18 18 Açúcar 18 18 Timinas 5 5 Guaninas 4 4 Citosinas 4 4 Adeninas 5 5 14 cido, a leucina, não havendo, por- tanto, alteração na proteína. 5.2.2. O codão após a alteração cons- titui um codão de finalização, portan- to, há alteração na proteína. 5.2.3. O codão que experimentou a alteração codifica o mesmo aminoá- cido, a asparagina, não havendo, portanto, alteração da proteína. 6.1. B. 6.2. D. 6.3. B. página 64 7.1. D. 7.2. B. 7.3. D. 7.4. D. página 65 8.1.1. 92. 8.1.2. 46. 8.1.3. 46. 8.1.4. 46. 8.2. Existem três pontos de controlo; no caso de ocorrer alguma anomalia são desencadeados mecanismos de apoptose ou morte celular progra- mada. 8.3.1.1. G, H. 8.3.1.2. A, B, C, D, E, F. 8.3.1.3. A, B, C, E, F. 8.3.2. H, G, B, C, F, E, A, D. 8.4. Na medida em que permite estudar aprofundadamente os meca- nismos de regulação da divisão celu- lar e testar possíveis formas de a deter, interrompendo assim o desen- volvimento de um cancro. Pode permitir ainda saber ao certo o que determina a desregulação da divisão celular e, ao evitar essas ocorrências, faz-se a prevenção do cancro. página 67 PREPARAÇÃO DA SUSPENSÃO DE LEVEDURAS Juntar 20 g de fermento de padeiro a 200 ml de água destilada. Fazer bor- bulhar, durante 12 horas, ar prove- niente de um tubo ligado a uma bomba de aquário. Deixar repousar durante 12 horas. PREPARAÇÃO DO BOLOR DE PÃO Colocar numa placa de Petri pão humedecido durante 24 horas. Fechar e colocar num local húmidodurante uns dias, até serem visíveis filamen- tos escuros. 15 página 71 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Porque não ocorre fecundação. 2. Será de considerar que: – ambos os casos se baseiam na totipotência das células vegetais; – a micropropagação ocorre em cul- turas esterilizadas, com controlo de certas variáveis, em meios nutritivos específicos, e sob o estí- mulo de hormonas. 3. Por exemplo, obtenção rápida de um grande número de plantas. Os organismos obtidos apresentam- se num elevado estado sanitário. página 73 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. A informação genética do núcleo de uma glândula mamária da ovelha I. 2. Porque na sua formação não se verificou a fecundação do oócito. Dolly resultou das divisões por mito- se a partir do núcleo da célula dife- renciada da ovelha dadora e, portan- to, apresentou informação genética idêntica à dessa ovelha. página 74 Foram necessários 277 ovos, 29 embriões implantados e só um che- gou a termo de desenvolvimento. Os macacos representados não foram obtidos por clonagem somáti- ca, mas por clonagem embrionária. As investigações continuam a procu- rar compreender como decorre a perda da especificidade do núcleo da célula diferenciada. página 76 Sugere-se a realização do trabalho laboratorial Fecundação no mexi- lhão, cujo protocolo está incluído no Dossier do Professor. página 77 Preparação de carmim acético: Juntar 0,5 g de carmim com 100 ml de ácido acético a 45%. Aquecer a mistura até à ebulição, durante 1 hora. Juntar ácido acético até perfazer 100 ml, deixar arrefecer e filtrar. Pode conservar as anteras das flores ainda em botão num frasco com 16 fixador de Carnoy, que preserva a estrutura das anteras. Preparação do fixador de Carnoy: misturar 75 ml de etanol a 95% com 25 ml de ácido acético glacial. página 78 Na discussão deste assunto suge- re-se a exploração da transparência n.° 3 – Meiose. página 79 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Porque nos dois casos ocorre uma alteração do número de cromosso- mas das células-filhas em relação à célula-mãe. 2. Na situação I verificou-se na divi- são I da meiose e na situação II na divisão II. 3. O ovo resultante apresentaria um número de cromossomas superior ao número normal da espécie. página 80 Sugere-se a exploração do docu- mento Porque existem frutos sem sementes?, incluído no Dossier do Professor. página 83 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. A – Metáfase I; B – Metáfase II. 2. 22 = 4. 3. Como a separação dos cromosso- mas dos diferentes pares de homó- logos ocorre ao acaso, verifica-se: Na situação 1, como os bivalentes estão orientados com os cromosso- mas provenientes do mesmo proge- nitor para o mesmo pólo da célula, as células-filhas apresentam apenas cromossomas de origem materna ou cromossomas de origem paterna. Na situação 2, os bivalentes estão orientados de modo diferente e desse arranjo resultam células-filhas com cromossomas provenientes dos dois progenitores. 4. Devido à troca de segmentos de cromatídios entre os dois cromosso- mas de cada par de homólogos, as células resultantes possuem cro- mossomas formados por segmentos de cromossomas de origem materna e de origem paterna. 5. A união ao acaso de dois gâmetas com diferentes combinações de 17 genes permite a formação de ovos com diversas associações de genes. 6. Como se podem formar quatro tipos de gâmetas masculinos e quatro tipos de gâmetas femininos, a possi- bilidade é de 22 * 22 = 16. página 86 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Será de referir a maior probabili- dade de ocorrer fecundação, apesar do grande número de predadores. 2. Como a ténia é um animal solitá- rio no intestino do hospedeiro, a autofecundação é fundamental para a continuidade da espécie. 3. A troca de gâmetas entre diferen- tes indivíduos permite uma maior variabilidade genética entre os indi- víduos das novas gerações. 4. Referir a fecundação externa no caso do salmão e a fecundação interna na libélula. página 87 Sugere-se a exploração dos docu- mentos O cavalo-marinho: um verdadeiro pai-galinha e Do ovo ao estado adulto nos animais, incluídos no Dossier do Professor. página 90 Diversos mecanismos impedem a polinização directa em flores herma- froditas. Podem citar-se: – o amadurecimento não simultâneo dos grãos de pólen e dos óvulos; – aspectos estruturais, como a exis- tência de estiletes longos e de filetes curtos. página 95 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. A – Esporângio; B – Protalo; C – Gametângio masculino; D – Gametângio feminino. 2. Fecundação – na formação do zigoto; Meiose – na formação dos esporos. 3. A diplofase é mais desenvolvida do que a haplofase. 4. A planta adulta está incluída na diplofase. 18 página 97 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. A fase haplóide está reduzida apenas aos gâmetas e toda a parte restante do ciclo desenvolve-se na fase diplóide. 2. Os indivíduos adultos estão incluí- dos na diplofase. 3. É de referir: a alternância de fases existentes em todos os ciclos com reprodução sexuada; o momento de ocorrência da meiose em relação à fecundação é diferente nos seres haplontes, na primeira divisão do zigoto, nos seres haplodiplontes, na formação dos esporos e na formação dos gâmetas nos seres diplontes. Na discussão deste assunto sugere- se a exploração da transparência Ciclos de vida, do manual Terra, Universo de Vida de 2004. página 98 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. A partenogénese corresponde à formação de novos indivíduos a par- tir do desenvolvimento de gâmetas femininos, sem prévia fecundação. 2. É mais rápida do que a reprodu- ção sexuada e ocorre com menos dispêndio de energia, permitindo um aumento da população favorável. 3. Com as modificações das caracte- rísticas do meio no final do Verão, os ovos formados por reprodução sexuada resistem às más condições durante o Inverno. Assim possibilita a continuidade da espécie, além de aumentar a variabilidade genética nos novos indivíduos. página 100 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Pela utilização de insecticidas que atingiram a água e contaminaram os peixes que serviam de alimento aos pelicanos. 2. Os insecticidas ficaram armazena- dos nos pelicanos e, portanto, tam- bém nos ovos formados. 3. Pode concluir-se que à medida que a concentração de insecticida aumenta nos ovos, apesar de faze- rem mais ninhos, o número de juve- nis acaba por desaparecer, diminuin- do, por isso, a população. 19 página 101 Sugere-se a exploração do docu- mento O dilema dos pinguins Adélia, incluído no Dossier do Professor. página 103 1.1. A – V; B – V; C – F; D – F; E – V; F – F; G – F. 1.2. C – Os esporos formam-se por mito- se. D – Os gâmetas I e II são provenien- tes de organismos diferentes e, por- tanto, devem apresentar associa- ções de genes diferentes. F – A meiose ocorre na primeira divi- são do zigoto. G – A clamidomonas adulta é um ser haplonte. 1.3. B. 1.4. B; A; D; E; C; F. página 104 1.5. B. 2.1. C. 2.2. B. página 105 3.1.1. C. 3.1.2. D. 3.2. A – F; B – F; C – V; D – V; E – V; F – F; G – V. página 106 3.3. B. 4.1. 1 – Meiose; 2 – Mitose; 3 – Fecundação. 20 4.2. A – F; B – V; C – F; D – V; E – F; F – V; G – V; H – F. página 107 5.1. B. 5.2. C. 5.3. Uma vez que interfere na repro- dução de certas espécies, provocan- do a diminuição dos indivíduos de novas gerações ou até a sua elimi- nação, o ser humano é uma ameaça para a diversidade de espécies. página 110 Na abordagem deste tema fomos confrontados com uma dificuldade que gostaríamos, desde já, de assi- nalar. De acordo com o Programa, o tema a tratar designa-se por Evolução Biológica; porém, ao longo do tema é-nos proposto tratar o fixis- mo. Não nos parece muito adequado que o fixismo esteja desta forma incluído no evolucionismo. Poderíamos substituir o título do capítulo por outro mais abrangente que incluísse o fixismo. Contudo, o problema persistia, uma vez que se começa por tratar a origem dos seres eucariontes e da multicelulari- dade numa clara postura evolucio- nista. Não nos restou outra solução senão a de tratar o fixismo dentro do evolucionismo. página 111 A abordagem do percurso evolutivo desde os procariontesaté aos euca- riontes pressupõe, naturalmente, que os alunos recordem com algum cuidado algumas das características dos dois tipos de células. Por esta razão, apresentamos a associação de imagens/ tabelas que sempre sis- tematiza os aspectos centrais a recordar. Entre um tipo de célula e outro, um “relógio” da história evo- lutiva da vida para que os alunos possam localizar as principais ocor- rências. 21 página 113 A origem dos seres eucariontes é um assunto controverso e com mui- tos aspectos pouco fundamentados. Sobretudo por isso, é um assunto de grande interesse educacional, uma vez que permite ajudar os alunos a construírem uma visão dinâmica de Ciência. O carácter transitório do conhecimento científico é fortemen- te influenciado pela tecnologia e com necessidade de grande rigor e de fundamentações validadas pelos pares. Sugere-se na discussão do assunto a transparência n.° 5. SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Os alunos devem aperceber-se de que, fundamentalmente no modelo endossimbiótico, há fenómenos de endossimbiose, isto é, a célula euca- riótica surgiu por associações entre procariontes e que o hóspede se coloca na total dependência do hos- pedeiro e vice-versa. De acordo com o modelo autogenético, os organelos das células eucarióticas terão surgi- do como resultado de invaginações sucessivas da membrana dos proca- riontes. 2. Endossimbiótico porque tem como ideia central a ocorrência de fenó- menos de simbiose entre procarion- tes. Autogenético: a complexidade da célula eucariótica gerou-se da própria (auto) membrana da célula procariótica. 3. O modelo endossimbiótico explica de forma satisfatória a origem de alguns organelos, como mitocôn- drias e cloroplastos, mas já revela dificuldades na explicação da estru- tura nuclear dos eucariontes. No modelo autogenético passa-se o contrário, ele explica satisfatoria- mente o aparecimento da membrana nuclear mas encerra algumas dificul- dades para explicar o aparecimento de outros organelos, como as mito- côndrias. A associação dos dois modelos procura colmatar os pontos fracos de um dos modelos com os pontos fortes do outro e admite que na evolução dos procariontes para os eucariontes terão ocorrido fenó- menos dos dois tipos. página 114 Lynn Margulis é uma cientista que goza de grande prestígio na actuali- dade e são frequentes os artigos e conferências de sua autoria. Sugere- se que os alunos mais interessados nestes assuntos procurem explorar 22 um pouco mais as ideias de Margulis. página 115 Uma das questões mais interessan- tes que se coloca a propósito da multicelularidade é a forma curiosa que a Natureza encontrou de ultra- passar a questão do aumento de tamanho. Importa, sobretudo, que os alunos se apercebam que o aumento de volume se faz a um ritmo muito maior do que a área da superfície, o que torna impossível a realização de trocas com o exterior de forma efi- caz. Os círculos que aqui se apresen- tam procuram ajudar a compreender este aspecto. página 116 Pode ser interessante observar quer algas unicelulares, quer seres vivos de uma infusão. Os alunos podem aperceber-se da diversidade de vida ao nível de organismos unicelulares, ao mesmo tempo que vão visualizan- do alguns dos organismos tratados nesta fase. página 120 Tendo estado já a tratar questões que pressupõem uma perspectiva evolutiva (origem dos eucariontes e origem da multicelularidade), surge agora o fixismo. Importa realçar que esta visão sobre as diferentes for- mas de vida foi, e em muitos casos ainda é, uma ideia forte que marca a abordagem deste assunto. Na nossa opinião, o fixismo deveria ser trata- do com maior visibilidade, valorizan- do a perspectiva histórica. Assim, o assunto revestir-se-ia de grande interesse, porque, por um lado, os alunos podiam aperceber-se de mui- tos aspectos relevantes do trabalho dos cientistas e, por outro lado, o lamarckismo e o darwinismo sur- giam inseridos no contexto histórico que os originou. Não é esta a pers- pectiva do programa. Contudo, no caso de haver condições, sobretudo de tempo, sugere-se uma aborda- gem histórica. Alguns documentos de antigos manuais elaborados para o programa anterior podem consti- tuir uma base de trabalho válida. 23 página 122 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Por exemplo, lei do uso e do desu- so: “o emprego continuado de um órgão (…) e acaba por fazê-lo desa- parecer”. Lei da herança dos caracteres adqui- ridos: o último parágrafo. 2. O ambiente 3. Como resultado da necessidade de chegar aos rebentos mais altos das árvores, as girafas, de tanto se esforçarem e esticarem o pescoço, foram apresentando este órgão cada vez maior. Esta característica foi sendo passada aos descendentes. Actualmente, as girafas apresentam, por isso, longos pescoços. página 123 O caso das estruturas vestigiais encontradas na Phython volta a ser referido mais adiante, para tipificar órgãos vestigiais. página 125 Embora a perspectiva histórica não seja muito valorizada no novo pro- grama, não podemos deixar de refe- rir os principais fundamentos do dar- winismo, isto é, o quadro de influências que muito provavelmente influenciou Darwin no estabeleci- mento da sua teoria. Os alunos aper- cebem-se, desta forma, que, em Ciência, as teorias são um produto da mente humana que surgem como resultado de um conjunto de vivên- cias de acontecimentos e de conhe- cimentos que indivíduos questiona- dores, atentos e motivados experi- mentam. página 126 No sentido de fornecer aos alunos uma visão global dos tentilhões de Darwin, sugere-se o documento de trabalho Os tentilhões de Darwin: um argumento evolucionista no passado e no presente do Dossier do Professor. página 127 A selecção artificial, muito comum na criação de gado, na agricultura e na floricultura, pode fazer parte do quotidiano de muitos alunos. Pode ser interessante explorar esses conhecimentos e, a partir deles, 24 introduzir o conceito de selecção natural. Uma vez que os alunos de 11.° ano possuem apenas noções muito bási- cas sobre hereditariedade (9.° ano de escolaridade), podem ter dificul- dade em compreender de que forma é que a selecção artificial pode alte- rar as características dos indivíduos. Sugere-se, por isso, a exploração do documento de trabalho Selecção artifical do Dossier do Professor. página 128 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Nas situações apresentadas, num determinado tipo de flamingos sur- gem aves com pernas mais longas e outras com pernas mais curtas (variabilidade). Quando o alimento escasseia nas regiões mais baixas, só os flamingos com pernas mais altas conseguem obter alimento e sobrevivem. Os de pernas curtas não conseguem alimentar-se, sendo eli- minados, (selecção natural). 2. Os que apresentam pernas mais longas. 3. Elimina os flamingos de pernas curtas e favorece os flamingos de pernas mais longas. 4. Se a população de flamingos fosse homogénea, quando o alimento escas- seia nas zonas mais baixas estas aves seriam todas eliminadas, não sobrevi- vendo nenhuma. A existência de varia- bilidade, nomeadamente a existência de indivíduos com pernas mais longas, permite que a população se mante- nha, embora ocorram mudanças nos indivíduos como resultado da selecção natural. página 130 A investigação aponta para o facto de os alunos apresentarem, para explicar a origem das espécies, visões fixistas e, sobretudo, explica- ções de tipo lamarckista. O trabalho a desenvolver na sala de aula deve orientar-se no sentido de promover a troca conceptual na direcção do dar- winismo, que mais tarde se comple- ta no neodarwinismo. De acordo com Bachelard, uma das etapas da troca conceptual é a da dialéctica, isto é, do confronto entre a concep- ção inicial e a nova visão. Por esta razão, depois de abordados o lamarckismo e o darwinismo, pare- ce-nos essencial que os alunos sejam colocados diante de uma acti- 25 vidade onde se confronte o lamarc- kismo e o darwinismo. SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Nesta questão os alunos devem descrever de forma organizada e sequencial as ideias de Lamarck e de Darwin, para explicar o longo pescoço dasgirafas actuais. 2. O ambiente desempenha um papel central em ambas as teorias. Enquanto, para Lamarck, ele cria a necessidade de usar, ou não, os órgãos e é esse uso maior ou menor que os faz aumentar ou diminuir, para Darwin, o ambiente selecciona os indivíduos com determinadas características na medida em que em determinadas condições ambien- tais eles são mais aptos, reproduzin- do-se mais, deixando mais descen- dentes, tornando-se, por isso, mais frequentes. página 131 São muitos e diversificados os argu- mentos que apoiam o evolucionis- mo. O programa refere expressa- mente que se deve EVITAR “a abordagem exaustiva dos argumen- tos que fundamentam a teoria evo- lucionista” (pág. 12). Continuando a respeitar o que está explícito e, sobretudo, implícito no programa, abordamos os argumentos de anato- mia comparada, citológicos e paleontológicos. Dada a importância dos argumentos bioquímicos, embo- ra no programa não estejam explíci- tos, decidimos nesta edição introdu- zir mais do que uma leve referência a estes argumentos. página 132 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Há uma grande similaridade, o que faz prever uma relação evoluti- va. A partir do membro anterior do tetrápode ancestral podem ter surgi- do os membros dos diferentes verte- brados. 2. Apresentam os mesmos ossos e na mesma posição relativa, embora com grau de desenvolvimento dife- rente e com diferente robustez. 3. As diferentes estruturas executam funções completamente diferentes em diferentes meios. Assim, por exemplo, o morcego voa, a baleia nada e o gato marcha. 4. Os dados analisados apoiam a perspectiva evolucionista, uma vez 26 que é possível o aparecimento de indivíduos com estruturas anatómi- cas semelhantes a partir de um ancestral comum. Estes, enfrentando pressões selecti- vas diferentes, mercê dos diferentes meios onde viviam, ficaram sujeitos à selecção natural, que privilegiou aqueles que apresentavam estrutu- ras com um desenvolvimento e características que os tornavam mais aptos. página 133 Pode ser interessante regressar aos dados observados por Darwin nas ilhas Galápagos – tentilhões de Darwin – e reinterpretá-los à luz da evolução divergente. Sugere-se a utilização do documento do Dossier do Professor. página 134 A abordagem dos órgãos vestigiais pode ser completada, sobretudo no caso dos órgãos vestigiais humanos, recorrendo ao documento do Dossier do Professor. página 136 O tratamento dos dados de natureza bioquímica é feito de uma forma ligeira, porém mantendo em aberto a possibilidade de uma abordagem mais complexa. A forma é ligeira, uma vez que o programa não especi- fica a abordagem destes argumen- tos, como foi já dito. Na continuida- de desta abordagem surge o Investigar Comunicar inteiramente direccionado para os alunos que ma- nifestem interesse nestes estudos. SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Tartaruga – 15; Porco – 10; 2. Macaco. página 142 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1.1. Inicialmente (1800) existiam muitas borboletas de cor clara e muito poucas de cor escura. A partir de 1850 dá-se o inverso, isto é, aumenta muito o número de borbo- letas de cor escura e são raras as borboletas de cor clara. A partir de 1950, as borboletas regressam à sua distribuição inicial, isto é, aumenta o número de borboletas de cor clara e 27 diminui o número de borboletas de cor escura. 1.2. B. 1.3.1. D. 1.3.2. É a cor do tronco das árvores que condiciona o tipo de borboletas que sobrevive. Assim, com um tron- co escuro há necessidade de se assemelhar ao tronco para passar despercebida e as borboletas tor- nam-se escuras. Também por causa do tronco escuro, as borboletas de cor escura são mais aptas, porque escapam aos predadores, sendo mais frequentes e passando mais cópias dos seus genes aos descen- dentes. 1.3.3.1. II. 1.3.3.2. I. página 143 2.1.1. C. 2.1.2. D. 2.2. As amibas vão ter dificuldade em sobreviver. 2.2.1. As amibas, provavelmente, não sobreviverão, porque necessi- tam de uma enzima que, neste momento, é elaborada pelas bacté- rias. Eliminando as bactérias as ami- bas não sobrevivem. página 144 2.3. A – N; B – L; C – D; D – N; E – D; F – L. 3.1.1. C. página 145 3.1.2. D. 3.1.3. B. 3.1.4. B; D; E; F. página 146 “Sugerem-se trabalhos de pesquisa e discussão orientados por questões do tipo: «Qual a necessidade de classificar os seres vivos? Porque é que os sistemas de classificação têm sido modificados ao longo dos tempos? Que critérios foram utiliza- dos para sustentar os diferentes sis- temas de classificação?»” Programa de Biologia e Geologia 11.° ano 28 página 147 “Ao longo do tempo foram surgindo diferentes propostas de organização taxonómica dos organismos, a fim de tornar mais acessível o estudo da diversidade do mundo vivo. A evolu- ção destes sistemas estará sempre dependente do aparecimento de novos dados científico-tecnológicos que exijam a sua revisão.” Programa de Biologia e Geologia 11.° ano página 149 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Aristóteles – Essencialmente cri- térios de reprodução; Lineu – Essencialmente critérios estruturais. 2. A resposta tem como base essen- cial o tempo em que viveram Aristó- teles e Lineu. página 153 É importante salientar: • os critérios subjacentes a cada sistema de classificação: vantagens e limitações; • a Sistemática como um conceito que abrange modelos evolutivos e taxonomia; • a universalidade e a hierarquia das categorias taxonómicas. página 154 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. Os diferentes taxa que estão con- tidos num taxon de maior amplitude. 2. Espécie, género, família, ordem, classe, filo, reino. 3. Reino. 4. Espécie. 5. Referência à organização dos seres vivos numa série ascendente de taxa, que são progressivamente de maior amplitude, em que cada taxon contém o que o precede e está contido no que o segue. página 155 De referir que também existe diver- sidade entre os organismos agrupa- dos numa dada espécie considerada, e não raro os cientistas consideram novas espécies a partir de uma já estabelecida, ou, pelo contrário, fun- dem mais do que uma espécie em uma nova mais abrangente. 29 página 157 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. O chacal e o lobo. 2. Spermatophita. 3. Enquanto o nome científico é o mesmo para todo o mundo, o nome vulgar pode variar em diferentes regiões. 4. Referência a que a espécie é o único agrupamento natural. 5. Lilium – nome do género a que a espécie pertence; buibiferum – restritivo específico. 6. A subespécie. página 158 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. A – Convolvulus arvensis; B – Convolvulus sylvatica; C – Cirsium arvense; D – Rosa canina; E – Ranunculus repens; F – Stachys sylvatica. 2. Espécie. Porque cada designação é constituída por dois nomes, sendo o primeiro nome o nome do género e o segundo o restritivo específico. página 160 Sugere-se: “• Comparar a classificação de Whittaker com outras antecedentes atendendo ao número de reinos e aos critérios utilizados. • Discutir razões de consensualida- de desta classificação face a outras propostas apresentadas posterior- mente.” Programa de Biologia e Geologia 11.° ano SUGESTÕES DE RESPOSTA 1. A resposta tem como base a con- sulta de dados fornecidos essencial- mente pelas figuras de 48 a 51. 2. • Monera • Protista, Plantae, Fungi, Animalia • Protista, Fungi • Plantae • Fungi, Animalia página 162 “Tendo em conta níveis de organiza- ção, modos de nutrição e interac- ções nos ecossistemas, foi proposto um sistema de classificação em cinco Reinos que ainda hoje reúne alargado consenso na comunidade 30 científica.” Programa de Biologia e Geologia 11.° ano página 164 Segundo A. Madeira Lopes e Álvaro Fonseca, em Biologia Microbiana: “A bem-sucedida (não se sabe bem porquê) classificação de Whittaker (1969) é talvez a pior divisão de seres celulares alguma vez proposta, pois, embora reconhecendo um grupo separado para as bactérias, coloca esse grupo ao nível de todos os outros. Margulis, inicialmente com Whittaker e depois com outros cola- boradores (1978, 1982, 1987), tem feito pequenas alterações a esta classificação, mantendo-a com os cinco reinos iniciais. página165 A capacidade de diferenciação dos seres vivos baseia-se na análise comparativa das suas característi- cas. Tradicionalmente considera- vam-se apenas os factores morfoló- gicos (macro e/ou microscópicos), fisiológicos e bioquímicos. Mas as classificações baseadas exclusiva- mente neste tipo de características apresentam alguns problemas. Por exemplo, a variabilidade destas características nem sempre reflecte a natureza genética e filogenética das espécies. Nos últimos anos tem- -se verificado o recurso cada vez mais generalizado a métodos basea- dos na análise de constituintes moleculares dos organismos, nomeadamente os ácidos nucleicos. A informação proveniente da sequência genómica total ou parcial, juntamente com a sequênciação pro- teica, tem trazido apoios experimen- tais para a reformulação dos concei- tos classificativos tradicionais. 31 página 167 Fronteiras da vida? As arquebactérias detêm todos os recordes de capacidade de sobrevi- vência. Limite superior de temperatura para os três grandes grupos de seres vivos. Relativamente a micróbios e ao Homem, sabia que entre as cerca de 1013 células que constituem o ser humano existem em simbiose, apro- ximadamente, 1014 microrganismos que, na sua maioria, são bactérias? Elas protegem-no de outros simbion- tes, organismos patogénicos que surgem em condições de desequilí- brio. página 168 “Ao concluir o programa de Biologia importa ajudar os alunos a integrar e sistematizar os contributos dos diversos temas estudados nos 10.° e 11.° anos (…) As actividades, que poderão incluir a realização de tra- balhos de campo, deverão requerer que os alunos mobilizem saberes construídos ao longo das diversas unidades do programa, (…) salien- ta-se que a construção de mapas de conceitos poderá ser um recurso didáctico interessante para aceder às construções conceptuais dos alu- nos e avaliar os processos de mudança eventualmente operados.” Programa de Biologia e Geologia 11.° ano. página 170 SUGESTÕES DE RESPOSTA 1.1.1. Inclui o factor tempo. 1.1.2. O panda-gigante pertence à mesma família que os ursos, sendo diferente a família a que pertence o guaxinim. 1.1.3. C. 2. Classificações artificiais: A – S; 32 B – S; C – S; D – N; E – S; F – N; G – N; Classificações filogenéticas: A – S; B – N; C – N; D – S; E – S; F – S; G – S. página 171 3.1. Suidae. 3.2. Sus. 3.3. Ordem. 3.4.1. B. 3.4.2. D. página 172 4.1. Há 350 M.a. e há 150 M.a., res- pectivamente. 4.2. Mamíferos, répteis, anfíbios, peixes. 4.3. Bactérias marinhas. 4.4. Por exemplo, são multicelulares e alimentam-se por ingestão. 4.5.1. D. 4.5.2. B. página 173 5.1. A – Domínio; B – Eucária; C – Chordata; D – Subfilo; E – Vertebrata; F – Felis. 5.2.1. D. 5.2.2. B. 6. A – V; B – V; C – Na classificação de Whittaker, o Reino Monera é constituído por seres unicelulares procariontes, sendo alguns heterotróficos; D – V; E – F – O Domínio Eukarya (...) aos reinos Plantae, Fungi, Animalia e Protista; F – F – O Domínio Archaea é consti- tuído por seres procariontes. página 174 7.1.1. A – Monera; B – Protista; C – Plantae; D – Fungi; E – Animalia. 7.1.2.1. A – Procarionte; B – Eucarionte. 7.1.2.2. C – Fotossíntese; D – Absorção. 33 7.1.2.3. D – Absorção; E – Ingestão. 7.1.3. A – Fungi, Animalia; B – Plantae; C – Protista, Plantae, Fungi, Animalia; D – Monera; E – Monera, Protista; F – Plantae. 7.2.1. I – Domínio Bacteria; II – Domínio Archaea; III – Domínio Eukarya. 7.2.2.1. Eubacteria, Archaebacteria, Protista, Animalia, Fungi, Plantae. 7.2.2.2. Domínio Bacteria – Reino Eubacteria; Domínio Archaea – Reino Archaebacteria; Domínio Eukarya – Reino Protista, Reino Plantae, Reino Fungi, Reino Animalia. 34
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