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73AGRONEGOCIOS AULA 03 1 - Forma juridica de exploração na agropecuária

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1 - Forma jurídica de exploração na agropecuária
	1.1 Pessoa física × pessoa jurídica
Na atividade rural encontramos as duas formas jurídicas possíveis de exploração, com bastante frequência: pessoa física e pessoa jurídica. 
Pessoa física é a pessoa natural, é todo ser humano, é todo indivíduo (sem nenhuma exceção). A existência da pessoa física termina com a morte.
Pessoa jurídica é a união de indivíduos que, por meio de um contrato reconhecido por lei, formam uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus membros. As pessoas jurídicas podem ter fins lucrativos (empresas industriais, comerciais etc.) ou não (cooperativas, associações culturais, religiosas etc.). Normalmente, as pessoas jurídicas denominam-se empresas.
No Brasil, prevalece a exploração na forma de pessoa física, por ser menos onerosa que a de pessoa jurídica, além de proporcionar mais vantagens de ordem fiscal, principalmente em relação a pequenas atividades.
As pessoas físicas os pequenos e médio produtor rural não precisam, para fins de Imposto de Renda, fazer escrituração regular em livros contábeis e podem utilizar apenas um livro-caixa contendo todas as operações da atividade e movimentação financeira e efetuar uma escrituração simplificada.
OBS: As pessoas físicas, grande produtor rural serão equiparadas às pessoas jurídicas para fins contábeis, devendo fazer escrituração regular, por intermédio de profissional contábil qualificado, utilizando como base o método das partidas dobradas (lançamentos a débito e a crédito simultaneamente). 
1.2 Atividade rural/Código Civil
Até 2002, as sociedades eram divididas em sociedade comercial e sociedade civil. 
A partir do início de 2003, o atual código civil, que revoga a primeira parte do Código Comercial Brasileiro de 1850.
O atual código civil define o termo empresário como aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços. 
O produtor rural passa a ser chamado de empresário rural em função da definição acima, desde que se inscreva na junta comercial. 
	Não se inscrevendo na junta comercial, 
ele será um produtor rural autônomo
VER 
RIR
Em relação à sociedade, o atual código civil considera sociedade empresária quando pessoas celebram contrato e reciprocamente se obrigam a contribuir com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. 
A expressão sociedade empresária substitui a expressão anterior (sociedade comercial). 
Dessa forma, a sociedade rural (quando houver a união de duas ou mais pessoas) passa a ser vista como uma sociedade empresária.
De maneira geral, conforme o atual código, o empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode exercer esta atividade nas seguintes formas jurídicas:
• Autônomo, sem registro na Junta Comercial.
• Empresário Individual, quando inscrito na Junta Comercial (é optativo).
• Sociedade Empresária, inscrita na Junta Comercial (na forma de sociedade limitada, ou sociedade anônima etc.)
O código civil diz que a lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. 
Nesse caso, não haveria necessidade de contabilista, escrituração (...) como descrito na legislação tributária (Imposto de Renda).
O código civil diz que não se considera empresário quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística. 
Estas atividades anteriormente eram tratadas como civis. Assim, quando sociedade, eram tratadas como sociedade civil, hoje denominada “simples”. 
Dessa forma, a sociedade empresária na atividade rural não poderá ser na forma de simples.
1.3 Associação na exploração da atividade agropecuária (aspectos econômicos e não jurídicos).
Nas explorações agropecuárias, encontram-se dois tipos de investimentos:
	CAPITAL FUNDIÁRIO: terra, edifícios e edificações rurais, benfeitorias e melhoramentos na terra, cultura permanente, pastos etc. 
São todos recursos fixos, vinculados à terra, e dela não retiráveis. 
	O capital fundiário, na agropecuária, representa aquilo que nas indústrias transformadoras corresponde aos edifícios e seus anexos;
	• capital de exercício (capital operacional, ou capital de trabalho): gado para reprodução, animais de trabalho, equipamentos, trator etc. 
São equipamentos necessários para o funcionamento da atividade. 
Esse capital pode ser permanente (não se destina à venda, de vida útil longa), ou circulante, ou de giro (recursos financeiros e valores que serão transformados em dinheiro ou consumidos a curto prazo).
Observa-se também duas personalidades economicamente distintas nas associações dos capitais fundiário e de exercício na atividade agropecuária:
• o proprietário da terra, que participa no negócio com o capital fundiário;
• o empresário, que participa com o capital de exercício, explorando o negócio agropecuário independentemente de ser ou não proprietário da terra.
A partir das combinações dessas duas personalidades, observam-se as formas de associação nas explorações agropecuárias enumeradas a seguir:
1.3.1 Investidor agropecuário com a propriedade da terra
Somam-se os capitais fundiário e de exercício, o proprietário da terra também a utiliza, na condução do negócio agropecuário. O proprietário investe em capital de exercício e administra seus negócios.
1.3.2 Parceria
Quando o proprietário da terra contribui no negócio com o capital fundiário e o capital de exercício, associando-se a terceiros em forma de parceria. 
A parceria pode ser à meia (o lucro da colheita é dividido, metade ao proprietário e metade ao parceiro), à terça parte (2/3 para o proprietário e 1/3 para o parceiro), à quarta parte etc.
Esse tipo de associação assemelha-se a uma sociedade de capital e indústria, em que há duas espécies de sócios:
• o capitalista (proprietário): entra com o capital, e geralmente com a gerência do negócio;
• o de trabalho (parceiro): entra com a execução do trabalho. 
1.3.3 Arrendamento
Quando o proprietário da terra aluga seu capital fundiário (dificilmente aluga o capital de exercício) por determinado período a um empresário. O arrendador recebe do arrendatário uma retribuição certa, que é o aluguel.
1.3.4 Comodato
Empréstimo gratuito em virtude do qual uma das partes cede por empréstimo, para que se use pelo tempo e nas condições preestabelecidas. Nesse caso, o proprietário cede seu capital sem nada receber do comodatário.
1.3.5 Condomínio
É a propriedade em comum, ou a copropriedade, em que os condôminos proprietários compartilham dos riscos e dos resultados, da mesma forma que a parceria, na proporção da parte que lhes cabe no condomínio.
1.4 Ativos biológicos e produto agrícola
1.4.1 Normas contábeis
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), no Pronunciamento Técnico CPC 29 sobre Ativo Biológico e Produto Agrícola foi aprovado pela Deliberação CVM no 569/09 e entrou em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da União, aplicando-se, inclusive no que se refere à revogação de que trata o item II, aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010 e às demonstrações financeiras de 2009 que foram divulgadas em conjunto com as demonstrações de 2010 para fins de comparação.
Aprovado pela Resolução CFC no 1.186, de 24 de julho de 2009, entrando em vigor nos exercícios iniciados a partir de 1o de janeiro de 2010, sendo recomendada sua adoção antecipada. A norma internacional correspondente é o IAS 41.
1.4.2 Objetivo
O objetivo deste Pronunciamento (CPC 29) é estabelecer o tratamento contábil, e as respectivas divulgações, relacionados aos ativos biológicos e aos produtos agrícolas.
1.4.3 Alcance
1 - Este Pronunciamento (CPC 29) deve ser aplicado para contabilizar os seguintes itens relacionados com as atividades agrícolas:
a) ativos biológicos; 
b) produção agrícola no ponto de colheita; 
c) subvenções governamentais.
2 - EstePronunciamento (CPC 29) não é aplicável em:
a) terras relacionadas com atividades agrícolas (Pronunciamentos Técnicos CPC 27 – Ativo Imobilizado e CPC 28 – Propriedade para Investimento); e
b) ativos intangíveis relacionados com atividades agrícolas (CPC 04 – Ativo Intangível).
3 - Este Pronunciamento (CPC 29) deve ser aplicado para a produção agrícola, assim considerada aquela obtida no momento e no ponto de colheita dos produtos advindos dos ativos biológicos da entidade. 
Após esse momento, o CPC 16 – Estoques, ou outro Pronunciamento Técnico mais adequado, deve ser aplicado. 
OBS: este Pronunciamento não trata do processamento dos produtos agrícolas após a colheita, como, por exemplo, o processamento de uvas para a transformação em vinho por vinícola, mesmo que ela tenha cultivado e colhido a uva. 
Os itens são excluídos deste Pronunciamento, mesmo que seu processamento, após a colheita, possa ser extensão lógica e natural da atividade agrícola, e os eventos possam ter similaridades.
1.4.4 Algumas definições no CPC 29
• Atividade agrícola refere-se ao gerenciamento da transformação biológica e da colheita de ativos biológicos para venda e à produção agrícola ou em ativos biológicos adicionais, por uma entidade.
• Ativo biológico é definido como um animal ou planta vivos.
• Transformação biológica compreende o processo de crescimento, degeneração, produção e procriação que causa mudança qualitativa ou quantitativa em um ativo biológico.
• Produção agrícola é definida como o produto resultante do ativo biológico no momento da colheita.
• Colheita é a extração do produto de um ativo biológico ou a interrupção da vida de um ativo biológico.
1.4.5 Exemplos de ativos biológicos no CPC 29
	Ativos Biológicos
	Produto agrícola
	Produtos resultantes do processamento após a colheita
	Carneiros
	Lã
	Fio, tapete
	Plantação de árvores para madeira
	Árvore cortada
	Madeira serrada, tora
	Plantas
	Algodão, 
Cana colhida, 
Café
	Fio de algodão, roupa, 
açúcar, álcool, 
Café limpo em grão, moído, torrado
	Gado de leite
	Leite
	Queijo
	Porcos
	Carcaça
	Salsicha, presunto
	Arbustos
	Folhas
	Chá, tabaco
	Videiras
	Uva
	Vinho
	Árvores frutíferas
	Fruta colhida
	Fruta processada
Novo
1.4.6 Mensuração do ativo biológico conforme o CPC 29
Os ativos biológicos devem ser reconhecidos inicialmente e em períodos subsequentes a cada data de reporte pelo seu valor justo menos os custos estimados no ponto de venda, a menos que o valor justo não possa ser mensurado de forma confiável.
A definição de “valor justo” possui uma noção de troca de ativos e saída para passivos:
“Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.”
Quando a mensuração pelo Valor Justo não for confiável (cujo valor deveria ser determinado pelo mercado), o ativo biológico deverá ser mensurado ao custo, menos qualquer depreciação e perda por irrecuperabilidade acumuladas.

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