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Afecções ósseas dos membros locomotores de cães e gatos. - Displasia coxofemoral: em projeção ventrodorsal, com os cães sedados ou anestesiados e com os membros pélvicos bem estendidos e rotacionados internamente, de maneira que as patelas se sobreponham medianamente em relação ao plano sagital dos fêmures; pode observa-se articular divergente, colo femoral pouco destacado da cabeça do fêmur, achatamento das cabeças femorais, acetábulo raso. - Artrite/artrose: projeções crânio-caudal/dorso-palmar e médio-lateral/latero- medial, principais achados envolvem entesófitos, ossificação subcondral e osteófitos. - Luxação de patela, unilateral ou bilateral: radiografias crânio-caudal, médio- lateral e tangencial, observa-se deslocamento da patela, sulcos trocleares rasos. - Ruptura de ligamento cruzado: projeções médio-lateral com estresse (deslocamento cranial da tíbia) da articulação fêmoro-tíbio-patelar; observa-se deslocamento da tíbia e fíbula. - Osteoporose, projeções ventro-dorsal e latero-lateral; diminuição da densidade radiográfica. Afecções ósseas da cabeça e da coluna de cães e gatos. - Hérnia de disco, projeção latero-lateral; extrusão de material calcificado no canal medular, material calcificado no espaço intervertebral. - Escoliose, projeções ventro-dorsal e latero-lateral; curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco. - Hiperlordose, projeção later-lateral; um acentuado e incomum arco interno na região lombar. - Neoplasias, projeção latero-lateral com boca aberta, ventro-dorsal, dorso- ventral, oblíqua médio-lateral para maxila e para a mandíbula, posicionamento frontal para avaliação do forame magno; aumento da radiopacidade em áreas delimitadas, aumento de massa, proliferação celular. - Doença sinusal, projeção latero-lateral e dorso-ventral; aumento de opacidade em seios craniais. Displasia Coxofemoral A Displasia Coxofemoral é uma alteração no desenvolvimento da articulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. É a doença ortopédica mais comum em cães de médio e grande portes, embora já tenha sido diagnosticada em todas as raças. Embora a etiologia não esteja completamente definida, a DCF apresenta origem genética e caráter hereditário. Os sinais clínicos da DCF são amplamente variáveis. Alguns cães podem ser assintomáticos durante muitos anos quando, repentinamente, manifestam dor aguda após a realização de atividades físicas. Frequentemente observam-se claudicação uni ou bilateral dos membros posteriores, dificuldade de subir escadas, marcha rígida, andar bamboleante e hipotrofia da musculatura dos membros posteriores e pelve. Os sinais podem não ser compatíveis com as alterações morfológicas das articulações e com os achados radiológicos. O método de escolha para o diagnóstico definitivo é o exame radiográfico. Realiza-se a radiografia em projeção ventrodorsal, com os cães sedados ou anestesiados e com os membros pélvicos bem estendidos e rotacionados internamente, de maneira que as patelas se sobreponham medianamente em relação ao plano sagital dos fêmures. Os membros devem estar paralelos entre si e em relação à coluna vertebral e a pélvis em simetria. Como critério de avaliação articular usa-se a classificação proposta pela Federação Cinológica Internacional (FCI), a adotada no Brasil: 1) Nenhum indicativo para DCF: Cabeça do fêmur e acetábulo congruentes e o ângulo de Norberg maior ou igual a 105°. Acetábulo crâniolateral nítido e arredondado, acompanhando o contorno da cabeça do fêmur. O espaço articular apresenta-se fechado e regular; 2) Suspeito de DCF: Cabeça do fêmur e acetábulo discretamente incongruentes, ângulo de Norberg maior ou igual a 105° ou ângulo de Norberg menor que 105°, porém cabeça do fêmur e acetábulo congruentes; 3) Displasia discreta ou leve: Cabeça do fêmur e acetábulo incongruentes, ângulo de Norberg maior que 100° e menor que 105°, aparecimento de sinais osteoartróticos; 4) Displasia média: Incongruência nítida entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, com subluxação, ângulo de Norberg entre 90° e 100° e sinais osteoartróticos evidentes; 5) Displasia grave: Alterações osteoartróticas bem evidentes, ângulo de Norberg menor que 90°, subluxação ou luxação.
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