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AGRICULTURA 
CLIMATICAMENTE 
INTELIGENTE E 
SUSTENTABILIDADE 
Ronei Tiago Stein
Agricultura, meio ambiente 
e mudanças climáticas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer a importância da sustentabilidade agrícola para a segu-
rança alimentar.
  Analisar os impactos dos sistemas de cultivo sobre o meio ambiente.
  Definir os pilares da agricultura inteligente.
Introdução
Há milênios, o homem vem retirando do meio ambiente matérias-primas 
para seu sustento e devolvendo poluição e contaminação, o que pro-
voca impactos ambientais gigantescos. É com isso em vista que surge 
o conceito de sustentabilidade; mesmo sendo um termo relativamente 
novo, tem grande destaque em nossos dias, levando as organizações a 
adotarem políticas e práticas sustentáveis devido a pressões da sociedade 
e do mercado.
A agricultura convencional se preocupa basicamente com a pro-
dução e com os lucros, mas é preciso que esse sistema dê lugar a uma 
agricultura sustentável, em que o meio ambiente também seja levado 
em consideração. Neste capítulo, estudaremos a importância da agricul-
tura sustentável para a segurança alimentar mundial. Além disso, vamos 
analisar e discutir os impactos ambientais causados pelo setor primário 
no ambiente e definir os pilares da agricultura inteligente.
Sustentabilidade agrícola
Em escala global, Gliessman (2005) menciona que a agricultura tem sido muito 
bem-sucedida, satisfazendo uma demanda crescente por alimentos durante a 
última metade do século XX. Esse impulso na produção de alimentos deveu-
-se principalmente a avanços científi cos e inovações tecnológicas, incluindo 
o desenvolvimento de novas variedades de plantas, o uso de fertilizantes e 
agrotóxicos e o crescimento de infraestruturas de irrigação. 
Porém, o sistema agrícola convencional adotado nos dias atuais se torna 
insustentável, pois as técnicas, inovações e práticas exaurem e degradaram 
os recursos naturais dos quais a agricultura depende, como o solo, as reservas 
hídricas e a diversidade genética natural (GLIESSMAN, 2005). Desta forma, 
é fundamental investir em um modelo de desenvolvimento sustentável. 
De maneira geral, o desenvolvimento sustentável visa atender três aspectos básicos: 
econômico, ambiental e social. Além disso, para que se alcance a sustentabilidade, 
é preciso que todos eles estejam totalmente integrados.
De acordo com o Laboratório de Sustentabilidade (LASSU–USP, [20--]) da 
Universidade de São Paulo, o desenvolvimento sustentável pode ser aplicado 
desde um modo macro (como em âmbito nacional ou até planetário) até em 
nível micro, como em uma cidade, bairro, residência ou até mesmo em uma 
propriedade agrícola. Os pilares da sustentabilidade são definidos como:
  Social: refere-se ao capital humano de um empreendimento, comuni-
dade ou sociedade como um todo. Além de salários justos e adequação 
à legislação trabalhista, é preciso pensar em outros aspectos, como o 
bem-estar dos funcionários, propiciando, por exemplo, um ambiente de 
trabalho agradável e boas condições de saúde para o trabalhador e sua 
família. Além disso, é imprescindível levar em conta como a atividade 
econômica afeta as comunidades ao redor. Nesse item, estão contidos 
também problemas gerais da sociedade, como educação, violência e 
até o lazer.
Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas2
  Ambiental: refere-se ao capital natural de um empreendimento ou 
sociedade. A princípio, praticamente toda atividade econômica tem 
impacto ambiental negativo. Nesse aspecto, a empresa ou a sociedade 
deve pensar nas formas de amenizar esses impactos e compensar o que 
não é possível amenizar. Assim, uma empresa que explora determinada 
matéria-prima deve planejar formas de repor os recursos ou, se não for 
possível, aumentar a eficiência do uso desse material. Além disso, deve 
ser levada em conta a adequação à legislação ambiental.
  Econômico: neste pilar são analisados os temas ligados à produção, 
distribuição e consumo de bens e serviços, sempre levando em consi-
deração os dois aspectos anteriores. 
Infelizmente, promover o desenvolvimento sustentável não é tarefa fácil, já que isso costuma 
envolver uma briga de interesses políticos, financeiros, econômicos, sociais e principalmente 
ambientais entre países, organizações/empresas e grandes produtores rurais.
Mas o que seria exatamente a tal agricultura sustentável? De acordo 
com Lewandowski, Hardtlein e Kaltschmitt (1999), ela consiste no manejo e 
utilização do ecossistema agrícola de modo a manter sua diversidade biológica, 
produtividade, capacidade regenerativa, vitalidade e habilidade de funciona-
mento, de maneira que se possa preservar (agora e no futuro) significativas 
funções ecológicas, econômicas e sociais na esfera local, nacional e global, e 
sem causar danos a outros ecossistemas.
Dessa forma, é fundamental realizar o cultivo racional (Figura 1), que, 
de acordo com Souza (2010), consiste no sistema que gera o menor impacto 
possível quando comparado a sistemas tradicionais de cultivo, cujo objetivo 
nem sempre é a preservação. Pode-se adotar e desenvolver uma agricultura 
racional utilizando produtos convencionais, como adubos químicos, defen-
sivos agrícolas, etc., que degradam e poluem menos do que sistemas pouco 
conservacionistas, se usados adequadamente.
3Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas
Figura 1. Conciliar a agricultura e o respeito pela vegetação 
local é um exemplo de cultivo agrícola racional.
Fonte: Panya_Anakotmankong/Shutterstock.com.
Cabe ressaltar, porém, que o cultivo racional, ainda que seja uma forma de 
promover a agricultura sustentável, não é a mesma coisa que agricultura orgânica. 
A agricultura orgânica, segundo a Associação de Agricultura Orgânica (AAO, 
[2019]), consiste em um processo produtivo comprometido com a organicidade 
e sanidade da produção de alimentos vivos para garantir a saúde dos seres 
humanos, razão pela qual usa e desenvolve tecnologias apropriadas à realidade 
local de solo, topografia, clima, água, radiações e biodiversidade própria de cada 
contexto, mantendo a harmonia de todos esses elementos entre si e com os seres 
humanos. A agricultura orgânica é uma ferramenta da agricultura sustentável.
A agricultura sustentável consiste em um método de cultivo que respeita o meio 
ambiente e contribui para sua preservação sem deixar de ser uma atividade econo-
micamente viável e lucrativa.
Altieri (2002) apresenta algumas iniciativas que visam promover a agri-
cultura sustentável:
  Diminuir o uso de adubos químicos.
  Promover técnicas que não causem poluição do ar, do solo e da água.
Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas4
  Buscar uma agricultura orgânica, não utilizando pesticidas nem adubos 
químicos, e promovendo a monocultura.
  Criar e explorar sistemas de captação de água das chuvas para irrigação, 
evitando retirar água de recursos hídricos.
  Não desmatar florestas e matas para a ampliação de áreas agrícolas, ou 
seja, conciliar a vegetação nativa com as culturas agrícolas.
  Evitar ao máximo a utilização de pesticidas, e quando indispensáveis, fazer 
uso racional e consciente deles. Além disso, jamais devem ser utilizados 
pesticidas ilegais, pois, além de contaminar o ambiente (solo, ar e água), 
podem prejudicar a saúde de consumidores e funcionários que manipulam 
estes produtos. Há casos de morte em função do uso de pesticidas ilegais.
  Aproveitar a agroenergia, ou seja, as fontes de energia geradas no campo, 
como biocombustíveis (biodiesel, biogás, etanol e outros derivados de 
restos da produção e biomassa), conforme a Figura 2. A preferência 
sempre deve ser pelo uso de fontes de energia limpa e renovável, evitando 
ao máximo o uso de combustíveis fósseis (gasolina e diesel).
Figura 2. Uso de biocombustíveis, em que: (a) os dejetos de animais (suínos e bovinos) 
são depositados em um biodigestor; (b) os gases provenientes da sua decomposição e 
fermentaçãosão extraídos; e (c) passam a ser aproveitados como combustível.
Fonte: MR. WORAWUT SAEWONG/Shutterstock.com; Marco Paulo Bahia Diniz/Shutterstock.com; 
Crystal Eye Studio/Shutterstock.com.
5Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas
  Adotar o sistema de plantio direto, que preserva a capacidade produtiva 
do solo.
Plantio direto: técnica de cultivo conservacionista em que o plantio é efetuado 
sem as etapas do preparo convencional da aração e da gradagem. Nessa técnica, é 
necessário manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por 
resíduos vegetais. Essa cobertura tem por finalidade proteger o solo do impacto 
direto das gotas de chuva, do escorrimento superficial e das erosões hídrica e eólica 
(CRUZ et al., [20--]).
  Adotar a gestão ambiental e territorial, em que são feitos estudos para 
que cada prática agrícola seja executada em áreas e climas onde a 
cultura pode alcançar maior rendimento com menor desgaste do solo. 
O zoneamento agroecológico, de acordo com a Embrapa ([20—a]), é um instru-
mento técnico-científico construído a partir do conhecimento das potencialidades e 
vulnerabilidades ambientais de determinada região, especialmente o comportamento 
e as características do clima, do solo, da vegetação e da geomorfologia, e com foco 
na aptidão das terras para uso agrícola. Esse tipo de zoneamento também leva em 
consideração as características sociais e econômicas de cada região.
  Respeitar os trabalhadores do campo e seus direitos trabalhistas, 
além de investir em capacitação profissional e pagamento de salários 
justos.
  Valorizar a agricultura familiar, possibilitando sua permanência no 
campo.
Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas6
Para saber mais sobre agricultura sustentável, confira no link a seguir um vídeo que 
apresenta alguns exemplos práticos sobre o tema.
https://qrgo.page.link/DsrTG
Todas as práticas da agricultura convencional tendem a comprometer a 
produtividade futura em favor da alta produtividade no presente. Portanto, 
deixam sinais de que as condições necessárias para sustentar a produção estão 
sendo erodidas, e devem ficar cada vez mais evidentes com o tempo. Atual-
mente, existem muitas evidências que está havendo uma queda da produção. Na 
última década, por exemplo, todos os países nos quais práticas da “revolução 
verde” foram adotadas em larga escala experimentaram declínios recentes na 
taxa de crescimento anual do setor agrícola. Ademais, em muitas áreas onde 
as práticas modernas foram instituídas para cultivar grãos (principalmente 
na década de 1960), pelo do uso de sementes melhoradas geneticamente, 
monoculturas e aplicação de fertilizantes, os rendimentos começaram a se 
manter nos mesmos níveis ou até decaíram após os espetaculares aumentos 
iniciais (GLIESSMAN, 2005).
Em território nacional, existem cerca de 200 milhões de hectares de pastagens nativas 
ou implantadas, dos quais estima-se que cerca de 130 milhões estejam degradados 
e necessitem de alguma intervenção para reverter o estado em que se encontram 
(EMBRAPA, [20—b]).
Impactos dos sistemas de cultivo 
sobre o ambiente
A agricultura convencional está construída em torno de dois objetivos que se 
relacionam: a maximização da produção e a maximização do lucro. Gliessmann 
(2005) descreve que, na perseguição dessas metas, um rol de práticas foi desen-
7Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas
volvido sem o devido cuidado com suas consequências ambientais. Basicamente, 
existem seis práticas que acabam causando impactos ambientais negativos:
1. cultivo intensivo do solo;
2. monocultura;
3. irrigação;
4. aplicação de fertilizantes inorgânicos;
5. controle químico de pragas e doenças;
6. manutenção genética de plantas cultivadas.
Além disso, antes da implantação das áreas agrícolas, é comum que elas 
sejam limpas por meio de desmatamento e de queimadas. Rodrigues (1999) 
e Deus e Bakonyi (2012) descrevem que o desmatamento para atividades 
agropastoris e a necessidade de evitar a reestruturação da floresta natural para, 
então, atingir o ápice da produção desejada, são consequências de impactos 
ambientais causados diretamente pelas atividades agropecuárias (Figura 3).
Figura 3. A agricultura é a principal responsável pelo desmatamento de grandes áreas 
de terras, dando lugar a culturas agrícolas ou à pecuária.
Fonte: Adaptado de MONKEYFOTO/Shutterstock.com; Rich Carey/Shutterstock.com; oticki/Shutters-
tock.com; Kedson Carvalho/Shutterstock.com.
Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas8
Porém, além do desmatamento, existem outros problemas atrelados ao setor 
agrícola. A diminuição da biodiversidade, a erosão do solo e esgotamento 
de mananciais de água doce são alguns dos principais problemas causados 
ao ambiente.
Em sua maioria, essas grandes áreas são monoculturas, que alteram signi-
ficativamente o ambiente, tanto em sua fauna quanto em sua flora (TRENTO; 
IRGANG; REIS, 2002). A monocultura consiste em um único tipo de cultura 
agrícola em determinada área, normalmente em escala muito extensa. De 
acordo com Gliessmann (2005), as monoculturas permitem um uso mais 
eficiente de maquinário agrícola para preparo do solo, semeadura, controle 
de ervas daninhas e colheita, e podem criar economias de escala em relação 
à compra de sementes, fertilizantes e agrotóxicos.
A monocultura tende a favorecer o cultivo intensivo do solo, a aplicação de fertilizantes 
inorgânicos, a irrigação e o controle químico de pragas. A relação com os agrotóxicos 
é particularmente forte, pois vastos cultivos da mesma planta são mais suscetíveis 
a ataques devastadores de pragas específicas, passando a exigir proteção química 
para seu controle.
Os agrotóxicos são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos. 
São considerados agrotóxicos as substâncias e produtos empregados como desfo-
lhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. Para saber mais, você 
pode acessar pelo link a seguir uma página do Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento sobre o tema.
https://qrgo.page.link/F2KLB
9Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas
Embora o setor industrial seja uma das principais fontes de poluentes 
inorgânicos, os pesticidas utilizados na produção de alimentos para população 
humana são um dos grandes vilões nesse âmbito, gerando impacto sobre 
vastas áreas territoriais. Pesticidas são substâncias químicas que contêm 
elementos tóxicos ou mesmo biológicos utilizadas no controle de pragas e 
doenças relacionadas à agricultura (Figura 4), como insetos (inseticidas), 
fungos (fungicidas), nematoides (nematicidas) e ervas daninhas (herbicidas) 
(ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012).
Figura 4. O uso excessivo de agrotóxicos e pesticidas acarreta graves 
impactos ambientais, como contaminação do solo, da água (superficial 
e subterrânea), do ar, de animais e plantas e do próprio ser humano.
Fonte: Jinning Li/Shutterstock.com.
Rosa, Fraceto e Moschini-Carlos (2012) descrevem também que os pes-
ticidas compreendem, na prática, um princípio ativo tóxico e um diluente 
que estabiliza tal princípio ativo. No entanto, em grandes quantidades, eles 
são nocivos ao meio ambiente e para a biota, inclusive aos seres humanos. A 
dinâmica dos pesticidas no solo envolve processos de retenção, transformação 
(degradação química e/ou microbiológica) e transporte (volatilização, lixiviação 
e escorrimento superficial), conforme ilustrado na Figura 5.
Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas10
Figura 5. Principais processos de degradação e transporte que ocorrem com 
pesticidas no solo. 
Fonte: Rosa, Fraceto e Moschini-Carlos (2012, p. 80).
O destino final desses compostos depende de uma série de variáveis, 
com respeito à estrutura e composição do solo (textura, estrutura, teor de 
matéria orgânica, pH, capacidade de troca catiônica (CTC), conteúdo de 
água, topografia, composição da população de microrganismos e equilíbrio 
nutricional), às condições climáticas (umidaderelativa do ar, temperatura, 
luminosidade e vento), às propriedades físico-químicas dos herbicidas, à tec-
nologia de aplicação, à presença ou ausência de plantas e aos tipos de manejos 
utilizados nas culturas (ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012).
Na América Latina, a agricultura é o principal consumidor de água doce, res-
pondendo por aproximadamente 70% de todo o consumo, na forma de irrigação. A 
atividade industrial ocupa o segundo lugar (com 22%), seguido do uso doméstico 
(8%). Esses valores variam entre diferentes continentes e países, devido a inúmeros 
parâmetros, como cultura, disponibilidade hídrica e economia (MACÊDO, 2001).
Um dos principais problemas da irrigação na agricultura é que a água dos 
mananciais é bombeada mais rapidamente do que sua capacidade de reposição. 
Gliessman (2005) descreve que, em relação ao consumo de água subterrânea, o 
gasto excessivo pode causar a diminuição do nível hídrico, e, se próximo à costa, 
levar à intrusão de água salgada. Além do mais, gastar excessivamente a á agua 
subterrânea é, em essência, o mesmo que pegar emprestada a água do futuro.
11Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas
Estima-se que apenas 16% das áreas agrícolas mundiais são irrigadas; porém, elas são 
responsáveis por mais de 40% do alimento fornecido mundialmente (EMBRAPA, 2019).
Quando a água é bombeada de rios para a irrigação (Figura 6), a agricul-
tura passa a competir com áreas urbanas e com a vida selvagem que deles 
depende. Em locais onde foram construídas represas para formar reservatórios, 
geralmente há efeitos drásticos na ecologia dos rios a jusante.
Figura 6. A irrigação agrícola provoca diversos impactos ambientais negativos. 
Fonte: Janossy Gergely/Shutterstock.com.
A irrigação também exerce outro tipo de impacto, pois seu escoamento pode 
levar fertilizantes e defensivos agrícolas para dentro dos córregos e rios locais por 
meio da lixiviação. Esse fluxo acaba causando prejuízos principalmente à vida 
aquática e também acentuando a taxa de erosão do solo (GLIESSMAN, 2005).
Por falar em erosão do solo, este é mais um dos impactos ambientais cau-
sados pelo setor agrícola. De acordo com Guerra e Jorge (2013), os problemas 
relativos à erosão ocorrem quando as taxas de perda de solo ultrapassam níveis 
naturais, geralmente por falta de práticas conservacionistas. A erosão antrópica 
(sendo apresentada em muitas bibliografias como erosão acelerada), remove 
paulatinamente as camadas superficiais do solo, chegando a formar sulcos e 
ravinas, quando o escoamento da água é torrencial.
Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas12
A erosão dos solos não é um mero problema localizado, pois ainda favorece 
o processo de assoreamento dos rios, processo que, por sua vez, contribui 
para a poluição de reservatórios, rios, lagos e açudes onde os sedimentos se 
depositam (GUERRA; JORGE, 2013).
Os solos se formam, em média, a uma taxa de 1 tonelada/hectare/ano (t/ha/ano). Para 
se ter uma ideia, as perdas com erosão do solo na África, Ásia e América do Sul podem 
chegar a 30 t/ha/ano e na Europa este valor alcança 17 t/ha/ano (GUERRA; JORGE, 2013).
Entre as principais atividades antrópicas que favorecem o aumento da 
erosão, Guerra e Jorge (2013) destacam:
  desmatamento, deixando os solos desprotegidos;
  agricultura e pecuária sem a adoção de práticas conservacionistas;
  cultivo e pecuária em encostas de elevada declividade (muitas vezes 
superior a 45 º);
  trilhas abertas por animais e pelo homem, compactando os solos e, 
desta forma, reduzindo a infiltração de água no solo;
  construção de rodovias sem cuidados especiais, aumentando o escoa-
mento superficial e podendo ocasionar ravinas, as quais podem evoluir 
para voçorocas;
  mineração e outras atividades econômicas que deixam os solos des-
protegidos, sem recuperação dessas áreas durante e após o término 
dessas atividades. 
De acordo com Rosa, Fraceto e Moschini-Carlos (2012), o processo erosivo do 
solo começa pela retirada da vegetação nativa, a fim de instalar diferentes atividades 
econômicas ou sociais. A remoção da cobertura vegetal expõe a superfície do solo 
ao impacto direto das gotas de chuva, cuja energia cinética ocasiona a destruição 
da sua estrutura, liberando diferentes constituintes da sua textura.
São muitas as maneiras pelas quais a agricultura convencional afeta a 
produtividade ecológica futura. Os recursos agrícolas, como o solo, a água e 
a diversidade genética, são explorados em demasia, e acabam degradados. Os 
13Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas
processos ecológicos globais, dos quais a agricultura essencialmente depende, 
são alterados e as condições sociais que conduzem à conservação de recursos 
são enfraquecidas e desmanteladas.
Para saber mais sobre os impactos que a agricultura provoca no ambiente, assista 
a um breve vídeo do canal Minuto da Terra (versão traduzida do canal estrangeiro 
MinuteEarth) no YouTube, acessando o link a seguir.
https://qrgo.page.link/qAoEJ
Agricultura inteligente
O crescimento populacional impulsiona o consumo de recursos naturais, 
uma vez que, quanto maior o número de habitantes no mundo, maior a 
demanda por materiais para produção industrial, energética e alimentí-
cia. Dessa forma, toda atividade desenvolvida pelo homem irá resultar 
em certo impacto ambiental, por menor que este seja. No Quadro 1, são 
apresentados alguns dos principais impactos ambientais causados pelas 
atividades humanas (antrópicas).
Atividades Impactos ambientais
Desmatamento Alterações climáticas; danos à flora e à fauna; erosão 
do solo; empobrecimento do solo; assoreamento 
de recursos hídricos; aumento do escoamento da 
água; redução de infiltração da água; inundações; 
redução do equilíbrio térmico e hídrico.
Movimentos de terra Alterações na drenagem das águas; erosão do 
solo; assoreamento dos recursos hídricos.
Quadro 1. Principais impactos ambientais causados pelas atividades antrópicas
(Continua)
Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas14
Infelizmente, as ações humanas desenfreadas estão contribuindo para 
acelerar o aquecimento global nas últimas décadas, principalmente devido à 
queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento. O século XX foi consi-
derado o mais quente dos últimos 500 anos.
Estima-se que anualmente são despejados na atmosfera cerca de 5 bilhões 
de toneladas de dióxido de carbono (CO2), principal gás intensificador do 
efeito estufa. Em termos comparativos, no início do século XX eram lançados 
cerca de 60 milhões de toneladas deste gás anualmente na atmosfera. Com 
Fonte: Adaptado de Mota (1999).
Atividades Impactos ambientais
Impermeabilização 
do solo
Aumento do escoamento das águas; 
redução da infiltração da água; problemas 
de drenagem; inundações.
Aterros de rios, 
riachos, lagoas, 
entre outros
Problemas de drenagem; assoreamento; 
inundações; prejuízos econômicos e sociais.
Destruição dos 
ecossistemas
Danos à fauna e à flora; desfiguração da paisagem; 
problemas ecológicos; prejuízos às atividades 
humanas; danos sociais e econômicos.
Emissão de resíduos Poluição ambiental: 
  prejuízos à saúde do homem;
  danos à fauna e à flora;
  danos materiais;
  prejuízos às atividades humanas;
  danos econômicos e sociais.
Emissão de 
gás carbônico, 
clorofluorcarbono 
(CFC), metano, 
entre outros
Alterações de caráter global: 
  efeito estufa (aumento da temperatura, elevação 
do nível de oceanos, alterações na precipitação, 
desaparecimento de espécies animais e vegetais);
  destruição da camada de ozônio (aumento da 
radiação ultravioleta, riscos à diversidade genética, 
câncer de pele, catarata).
Quadro 1. Principais impactos ambientais causados pelas atividades antrópicas
(Continua)
15Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas
isso, a temperatura do planeta aumentou em cerca de 1,5 ºC nos últimos 170 
anos. Estima-se que um aumento de 4 ºC na temperatura global, causado pelo 
efeito estufa e aquecimento global, poderá provocara extinção de milhares 
de espécies de animais e vegetais no planeta (BARRY; CHORLEY, 2013).
O Brasil é um dos países que mais contribui para o aquecimento global, devido 
a desmatamento e queimadas na Amazônia. Todos os anos, o fogo destrói partes da 
floresta, sendo este um traço marcante do avanço da agricultura (principalmente 
da soja) e da pecuária. Durante a estação seca, que vai de maio a setembro, o 
Brasil chama a atenção do mundo pelos incêndios florestais (MARETTI, [201-]).
No Brasil, diferentes biomas são desmatados para dar lugar a culturas agrícolas e 
à pecuária. Para saber mais sobre este tema, você pode assistir a uma reportagem 
especial produzida pelo Canal Futura, acessável pelo link a seguir.
https://qrgo.page.link/7KaRZ
Nesse contexto, a agricultura mundial poderá ser drasticamente afetada em 
um futuro não tão distante, já que depende do clima. Caso o clima mude, regiões 
que atualmente são propícias para a prática poderão se tornar áridas, afetando 
a segurança alimentar mundial. Um exemplo é a agricultura familiar no Brasil, 
isso porque a maior parte dos produtos alimentícios que consumimos no país é 
proveniente da agricultura familiar e os pequenos agricultores são os agentes mais 
vulneráveis, precisando de mais suporte para se adaptarem às mudanças climáticas. 
A agricultura familiar produz cerca de 70% do feijão nacional, 34% do arroz, 87% da 
mandioca, 46% do milho, 38% do café e 21% do trigo. O setor também é responsável 
por 60% da produção de leite e por 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos 
bovinos (BRASIL, 2018). Para saber mais, acesse o link a seguir:
https://qrgo.page.link/2TTZu
Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas16
Sendo assim, cada vez mais propriedades rurais estão investindo em agri-
cultura inteligente. Nesse sentido, diante da problemática de atender os 
objetivos da agricultura sustentável frente às mudanças climáticas, a Orga-
nização Mundial das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Food 
and Agriculture Organization — FAO) introduziu o conceito de agricultura 
climaticamente inteligente (climate-smart agriculture — CSA) na Conferência 
de Haia sobre Agricultura, Segurança Alimentar e Mudança Climática, em 
2010 (FAO, 2015). 
A FAO entende que a agricultura inclui culturas agrícolas, produção de gado, pesca, 
aquicultura e silvicultura (LABATUT, 2017).
Tal iniciativa teve o objetivo de integrar as três dimensões do desenvolvi-
mento sustentável (econômico, social e ambiental), abordando conjuntamente 
segurança alimentar e desafios climáticos, sempre levando em consideração 
cinco princípios fundamentais:
1. Melhorar a eficiência no uso de recursos é crucial para a agricultura 
sustentável.
2. Sustentabilidade requer ação direta para conservar, proteger e aprimorar 
os recursos naturais.
3. A agricultura que falha em proteger e melhorar os meios de subsistência 
rurais, a equidade e o bem-estar social é insustentável.
4. A resiliência aprimorada de pessoas, comunidades e ecossistemas é 
fundamental para a agricultura sustentável.
5. Alimentos e agricultura sustentáveis requerem mecanismos de gover-
nança responsáveis e eficazes.
A agricultura de precisão vem sendo considerada uma forma de agricul-
tura inteligente. Trata-se de um sistema de manejo integrado de informações 
e tecnologias que leva em conta a influência da variabilidade do espaço nos 
rendimentos dos cultivos, visando o gerenciamento mais detalhado do sistema 
de produção agrícola como um todo, não somente das aplicações de insumos ou 
de mapeamentos diversos, mas de todos os processos envolvidos na produção. 
17Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas
Embora seja mais utilizada pelos grandes agricultores, hoje a ideia da agricultura 
de precisão pode ser difundida também entre os médios e pequenos produtores.
A agricultura de precisão utiliza sistemas de monitoramento e une dados 
meteorológicos para auxiliar o agricultor no processo de avaliação das princi-
pais condições da produção. Esse trabalho é realizado pelo acompanhamento 
das condições do tempo durante as várias fases da cultura, com obtenção e 
análise de dados precisos, coletados por meio de estações meteorológicas e 
sensores que captam informações como temperatura do ar, tempo de molha-
mento foliar, precipitação, umidade do solo, entre outros parâmetros (Figura 7).
Figura 7. O monitoramento utilizado na agricultura de precisão visa obter em tempo real 
informações como temperatura do ar, tempo de molhamento foliar, precipitação, umidade 
do solo, entre outros parâmetros.
Fonte: Adaptada de Suwin/Shutterstock.com; Thippawan NZ/Shutterstock.com.
A agricultura inteligente não consiste em uma tecnologia ou prática agrícola 
estanque, que possa ser aplicada universalmente em todas as propriedades 
rurais, mas é uma abordagem que requer avaliações específicas para cada 
local/propriedade, a fim de identificar tecnologias e práticas apropriadas de 
produção agrícola. As principais características dessa abordagem são:
  enfrentar os complexos desafios inter-relacionados da segurança ali-
mentar e identificar opções integradas que criem sinergias e benefícios 
e reduzam custos;
  reconhecer que essas opções serão definidas de acordo com os contextos 
e capacidades específicos de cada país e situação social, econômica e 
ambiental onde serão aplicadas;
  avaliar as interações entre setores e as necessidades das diferentes 
partes interessadas e envolvidas;
Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas18
  identificar barreiras à adoção, especialmente entre os agricultores, além 
de fornecer soluções apropriadas em termos de políticas, estratégias, 
ações e incentivos;
  procurar criar ambientes favoráveis ao promover um maior alinhamento 
de políticas, investimentos financeiros e acordos institucionais;
  buscar atingir objetivos múltiplos mediante o estabelecimento de prioridades 
e a tomada de decisões coletivas sobre diferentes benefícios e compensações;
  priorizar o fortalecimento dos meios de subsistência, especialmente os de 
pequenos produtores, melhorando o acesso a serviços, conhecimentos, 
recursos (inclusive genéticos), produtos e mercados financeiros;
  desenvolver resiliência a crises, especialmente àquelas relacionados 
às mudanças climáticas, uma vez que a magnitude de seus impactos 
têm implicações fundamentais no desenvolvimento rural e agrícola;
  considerar que a mitigação das mudanças climáticas é um possível 
benefício colateral secundário, especialmente em populações de baixa 
renda baseadas na agricultura;
  identificar oportunidades para acessar financiamentos relacionados a 
questões climáticas e integrá-lo às fontes tradicionais de financiamento 
para investimento agrícola.
Para sustentar e cumprir com os objetivos de tal abordagem, a agricultura 
inteligente apresenta basicamente três pilares:
1. aumentar de maneira sustentável a produtividade e a renda agrícolas;
2. adaptar e desenvolver resiliência às mudanças climáticas;
3. reduzir e/ou eliminar as emissões de gases de efeito estufa sempre que 
possível.
Aplicar de forma conjunta os pilares da agricultura inteligente não é uma 
tarefa fácil. No entanto, sistemas agrícolas nacionais que adotam a agricultura 
de precisão vêm sendo cada vez mais utilizados pelos agricultores. Com a utili-
zação de técnicas de monitoramento, é possível ter controle do comportamento 
do solo, da disponibilidade hídrica da região em que se encontra a plantação 
e do desenvolvimento recorrente das vegetações/plantações.
Em resumo, a sustentabilidade da agricultura só poderá ser atingida com 
a combinação simultânea das dimensões econômicas, ambientais, sociais e 
políticas. Rotular uma atividade de sustentável quando ela congrega apenas 
uma única dessas dimensões pode significar retrocesso a um passado que não 
interessa à nossa geração nem àquelas que ainda estão por vir (BRICALLI, 2011).
19Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas
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21Agricultura, meio ambiente e mudanças climáticas

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