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Entrada e Saída de líquidos são balanceadas nas condições estacionárias Entrada diária de água mL normal (exercício) Observações - Ingestão ou alimentos - Metabolismo 2100 200* *Oxidação de carboidratos Saída díaria de água - Insensível (pele) - Inseísvel (pulmões) - Suor - Fezes - Urina 350* 350 (650)** 100 (5000) 100 (100) 1400 (500)*** *Independe da sudoreses (mesmo em quem não tem gll. sudoriípara) Aumenta até 10X em casos de queimaduras extensas (3-5L) **Vias respiratórias com pressão de vapor cte de 47mmHg → Em climas frios pressão de vapor do ar atinge até 0 ( = maior perda de água e ressecamento das vias resp) ***Meio mais importante no controle, pode ser de 0,5L/dia p/ alguém desidratado até 20L/dia COMPARTIMENTOS DE LÍQUIDOS CORPORAIS 60% água (70kg = 42L) Líquido transcelular Espaços sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intraoculares e cefalorraquidiano 1-2L Altamente especializados Líquido intracelular: 40% do peso 28-42L Dentro das células Líquido extracelular: 20% do peso Líquido intersticial: 3/4 Plasma: 1/4 Composição plasma ~ interstício Volume Sanguíneo 60% sangue + 40% hemácias (varia sexo, peso, idade) Hematócrito (volume de hemácias) 0,4H e 0,36M Anemia 0,1 Policitemia 0,65 CONSTITUINTES DOS LÍQUIDOS EXTRACELULARES E INTRACELULARES COMPOSIÇÕES IÔNICAS DO PLASMA E INTERSTÍCIO SÃO SIMILARES Membrana capilar é altamente permeável a íons Efeito Donnan: [cátions plasma] 2% > [interstício] Regulação dos compartimentos fluídos do corpo (Edema) Página 1 de Medicina CONSTITUINTES DO LÍQUIDO INTRACELULAR Membrana celular é permeável a água mas não à maioria dos íons eletrólitos ↑K+ + PO43- + Mg++ + SO42- + ptnas MEDIDA DOS VOLUMES LÍQUIDOS NOS DIFERENTES COMPARTIMENTOS LÍQUIDO DO CORPO (PRINCÍPIO INDICADOR-DILUIÇÃO) Massa total após diluição é a mesma da injetada Amostra retirada e concentração medida Volume B x Concentração B = Volume A x Concentração A No corpo, desde que indicador se disperse pelo compartimento e não seja metabolizado, podem ser usados: Página 2 de Medicina REGULAÇÃO DA TROCA DE LÍQUIDOS E EQUILÍBRIO OSMÓTICO ENTRE OS LÍQUIDOS INTRA E EXTRACELULARES Distribuição dos líquidos determinada pelo efeito osmótico de solutos menores (sódio, cloreto e eletrólitos) → membranas impermeáveis aos eletrólitos mas permeável à água → LIC e LEC isotônicos PRINCÍPIOS BÁSICOS DA OSMOSE E PRESSÃO OSMÓTICA Difusão hipo → hiper-tônico Osmolaridade = mOsm/L Osmolalidade = mOsm/Kg (menos usado, mas idêntico p/ água) CÁLCULO DA PRESSÃO OSMÓTICA EM SOLUÇÃO lei de van't Hoff Solução de cloreto de sódio a 0,9% → 0,9 g de soluto p/ 100ml de solução = 9g/L → peso molecular do NaCl = 58,5g/mol → molaridade = 9/58,5 = 0,1538 → cada molécula tem 2 osmóis → 0,154 * 2 = 0,308 Osm/L → osmolaridade = 308 mOsm/L* → x19,3mmHg/mOsm/L = 5944mmHg *Na realidade só 93% desse valor é observado Nos líquidos corporais existe pequena diferença (1 mOsm/L) entre osmolaridade plasmática e intersticial/intracelular → ptnas plasmáticas mantém pressão osmótica de ~20mmHg maior EQUILÍBRIO OSMÓTICO É MANTIDO ENTRE LÍQUIDOS INTRA E EXTRA-CELULARES P/ cada mOsmol a mais → 19,3 mmHg de pressão são aplicados na membrana Caso exposta à água pura (-280mOsmol/L) → 5400mmHg de potencial osmótico desenvolvido Alterações pequenas de soluto causam grande alterações no volume celular Soluções de cloreto de sódio Hipotônicas < 0,9% < Hipertônicas Líq. Isosmóticos, hiperosmóticos e hipo-osmóticos = Osmolaridade da substância SE SOLUTO NÃO FOREM PERMEANTES Muito permeantes (ureia) acabam igualando a concentração dentro e fora com o tempo. Pouco efeito no volume Diferenças de osmolaridade é corrigida em segundos/minutos Mov. rápido da água pela membrana Geralmente 30 minutos a partir da ingestão de água p/ alcançar equilíbrio Página 3 de Medicina Geralmente 30 minutos a partir da ingestão de água p/ alcançar equilíbrio osmótico VOLUMES EXTRA E INTRACELULARES EM ESTADOS ANORMAIS Fatores: - Excesso de ingestão ou retenção renal de água - Desidratação - Infusão intravenosa - Perda de líquido pelo GI - Perda de líquido por suor/rins Princípios básicos: 1. água se move rapidamente de um lado a outro da membrana celular; Osmolaridade intra e extra iguai exceto logo após alterações 2. membranas celulares quase completamente impermeáveis à solutos Sódio e Cloro, principalmente EFEITO DA ADIÇÃO DE SOLUÇÃO SALINA NO LEC Add isotônica = aumenta volume Add hipertônica = diminui volume intracelular e aumenta volume extracelular Add hipotônica = aumenta volume extra e intracelular (em maior grau) GLICOSE E OUTRAS SOLUÇÕES ADMINITRADAS COM OBJETIVO NUTRICIONAL Administração glicose, aa e gordura homogeneizada c/ função nutricional Isotônicas ou de forma lenta p/ não perturbar equilíbrio osmótico Tratamento de desidratação c/ glicose 5% ANORMALIDADES CLÍNICAS DA REGULAÇÃO: HIPO E HIPERNATREMIA HIPONATREMIA CAUSAS: Excesso de água/perda de sódio Perda primária de NaCl → perda de LEC → diarreia/vômito Diuréticos que inibem reabsorção de sódio nos túbulos renais = excreção excessiva Doença de addison = diminui reabsorção tubular renal Retenção de água → secreção excessiva de ADH (reabsorção maior de água) CONSEQUÊNCIAS: Redução rápida de sódio → edema cerebral Dor de cabeça, náusea, letargia, desorientação <115~120mmol/L → convulsões, coma, dano permanente e morte Calota não permite aumento > 10% do volume cerebral → herniação c/ Página 4 de Medicina Calota não permite aumento > 10% do volume cerebral → herniação c/ lesão Redução lenta → transporte de outros solutos p/ extracelular (glutamato, cloreto, potássio...) Correção muito rápida = lesão osmótica dos neurônios (desmielinização) → deve ser < 10-12mmol/L/dia e 18mmol/L/48h 15-25% dos hospitalizados com hiponatremia HIPERNATREMIA CAUSAS: Perda de água ou excesso de sódio Def. da secreção de ADH = diabetes insípido central Def. da ligação do ADH nos rins = diabetes insípido nefrogênico Geralmente por desidratação por sudorese excessiva em exercício Secreção excessiva de aldosterona retém sódio Não tão ruim pois rins estimulados a reter mais água (ADH) CONSEQUÊNCIAS: Sintomas graves > 158-160mmol/L Provoca sede intensa e liberação de ADH Lesões hipotalâmicas podem provocar hipernatremia grave + Crianças sem acesso à agua + idosos com alterações mentais + Pessoas com diabetes insípido Correção com sódio hipo-osmótico + dextrose Lenta! → Mecanismo de defesa aumentam [intracelular de sódio] Anormalidade Causa [Na+] Plasmática Volume Lec Volume Lic Desidratação- hiponatremia Insuficiência adrenal; abuso de diuréticos ↓ ↓ ↑ Hiperidratação- hiponatremia Excesso ADH (SIADH); tumor broncogênico ↓ ↑ ↑ Desidratação- hipernatremia Diabetes insípido; sudorese excessiva ↑ ↓ ↓ Hiperidratação- hipernatremia Síndrome de Cushing; aldosteronismo primário ↑ ↑ ↓ EDEMA: EXCESSO DE LÍQUIDO NOS TECIDOS EDEMA INTRACELULAR Hiponatremia○ Depressão do metabolismo tecidual○ Falta de nutrição celular○ Membro atinge 2-3x o tamanho normal Quando ocorre é prelúdio da morte do tecido Pode também decorrer de processos inflamatórios → aumenta permeabilidade da membrana = difusão de sódio e outros íons p/ interior (osmose ocorre) EDEMA EXTRACELULAR Vazamento anormal de líquido plasmático pelos capilares (filtração) Qualquer alteração nas forças de starling podem aumentar filtração - Aumento do coeficiente de filtração - Elevação da pressão hidrostática capilar - Redução da pressão coloidosmótica do plasma ○ Falha do sistema linfático (linfedema) Ptnas que vazam p/ interstício sem outro meio de remoção = ↑Pressão coloidosmótica intersticial = maior atração de líquido Infecção por Filaria nematodes = elefantíase e hidrocele (nos ○ Página 5 de Medicina Infecção por Filaria nematodes = elefantíase e hidrocele (nos testículos) Câncer ou cirurgias que removem vasos linfáticos (mastectomias) → geralmente regeneram CAUSAS DE EDEMA Aumento da pressão capilar Retençãode sal e água renal Insuf. aguda ou crônica renali. Excesso de Mineralocorticoidesii. a. Pressão venosa alta e constrição venosa Insuf. cardíacai. Obstrução venosaii. Bombeamento venoso insuficiente Paralisia muscular1) Imobilização de partes do corpo2) Insuficiência das válvulas venosas3) iii. b. Redução da resistência arteriolar Aquecimento excessivo do corpoi. Insuf. do SNA simpáticoii. Fármacos vasodilatadoresiii. c. 1. Redução das ptnas plasmáticas Síndrome nefrótica (perda proteica urinária)a. Perda proteica pela pele Queimadurasi. Ferimentosii. b. Insuf. de síntese ptca Cirrose (ou outra doença hepática)i. Desnutrição ptca ou calóricaii. c. 2. Aumento da permeabilidade capilar Reações imunes com liberação de histamina ou outros produtos imunesa. Toxinasb. Infecções bacsc. Def. de vitaminas Cd. Isquemia prolongadae. Queimadurasf. 3. Bloqueio do retorno linfático Câncera. Infecçõesb. Cirurgiac. Ausência congênica/anormalidade dos vasosd. 4. EDEMA CAUSADO POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Corção não bombeia sangue normalmente das veias às artérias Aumenta pressão capilar e venosa Aumenta filtração capilar + Diminui pressão arterial = deprime a excreção de sal e água dos rins: mais edema Rins com fluxo diminuído = estimula secreção de renina → angiotensina II + aldosterona = retenção de sal e água pelos rins Insuficiência grave amplifica secreção de ADH = estimula reabsorção de água = hiponatremia e edema intra e extracelular → edema generalizado Pacientes com insuficiência esquerda: sangue bombeado normalmente aos pulmões mas não retorna normalmente pelas veias pulmonares = pressões vasculares pulmonares aumentam (inclusive capilar) = edema pulmonar (morte em horas) EDEMA CAUSADO POR EXCREÇÃO DE SAL RENAL DIMINUÍDA Página 6 de Medicina EDEMA CAUSADO POR EXCREÇÃO DE SAL RENAL DIMINUÍDA Doenças que comprometem excreção urinária de sal e água → grandes qte adicionados ao LEC (sangue → interstício) Aumento o volume intersticial (edema extracelular) + Hipertensão pelo volume sanguíneo aumentado Crianças com glomerulonefrite = edema extracelular + hipertensão EDEMA POR PTNAS PLASMÁTICAS REDUZIDAS Falha na produção ou perda das ptnas diminui pressão osmótica coloidal do plasma Síndrome nefrótica = perda de proteínas na urina pelos rins → danos nas membranas dos glomérulos; Se [ptnas] < 2,5g/100mL = edema generalizado Cirrose do fígado = desenvolvimento de tecido fibroso entre cll parenquimatosas hepáticas = insuficiência na produção de ptnas plasmáticas + compressão dos vasos de drenagem venosa abdominais = aumento da pressão hidrostática → edema transudato c/ proteínas na cavidade abdominal (ASCITE) FATORES DE SEGURANÇA QUE PREVINEM EDEMA Baixa complacência do interstício Capacidade do fluxo linfático aumentar 10-50 vezes Diluição das ptnas no líquido intersticial (reduz pressão coloidosmótica) HALL, J. E.; HALL, M. E.; GUYTON, A. C. Guyton and Hall textbook of medical physiology. 14th edition ed. Philadelphia, PA: Elsevier, 2021, p. 305-320. Página 7 de Medicina
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