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PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS (PGR) JANEIRO /2022 PREPARADO POR CARINA MARCHIOTI ISABELE BRITO JOYCE JARDIM YASMIM MONTEIRO ENTREGUE EM JANEIRO DE 2022 UCP/IPETEC LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Mapa ........................................................................................................... 5 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Classificação de riscos quanto às probabilidades ................................... 35 Quadro 2 - Limpeza do terreno: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção.................................................................................................................. 35 Quadro 3 - Escavações: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção.................................................................................................................. 36 Quadro 4 - Fundações: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção.................................................................................................................. 37 Quadro 5 - Estrutura: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção .................................................................................................................................. 38 Quadro 6 - Concretagem: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção.................................................................................................................. 39 Quadro 7 - Alvenaria: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção .................................................................................................................................. 41 Quadro 8 - Instalações: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção.................................................................................................................. 42 Quadro 9 - Impermeabilização: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção.................................................................................................................. 43 Quadro 10 - Acabamento: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção.................................................................................................................. 44 Quadro 11 - Organização do canteiro: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção .............................................................................................. 45 Quadro 12 - Grupos de riscos ocupacionais e suas respectivas definições .............. 46 Quadro 13 - Descrição da função de Engenheiro e seus riscos................................ 47 Quadro 14 - Descrição da função de Estagiário e seus riscos .................................. 50 Quadro 15 - Descrição da função de Encarregado e seus riscos ............................. 52 Quadro 16 - Descrição da função de Pedreiro e seus riscos .................................... 55 Quadro 17 - Descrição da função de Servente e seus riscos ................................... 58 Quadro 18 - Descrição da função de Bombeiro e seus riscos................................... 62 Quadro 19 - Descrição da função de Eletricista e seus riscos .................................. 65 Quadro 20 - Descrição da função de Carpinteiro e seus riscos ................................ 68 Quadro 21 - Descrição da função de Guincheiro e seus riscos................................. 71 Quadro 22 - Descrição da função de Operador de Bentoneira e seus riscos ........... 74 Quadro 23 - Descrição da função de Armador e seus riscos .................................... 77 Quadro 24 - Descrição da função de Pintor e seus riscos ........................................ 80 Quadro 25 - Relação Riscos versus Função ............................................................. 85 SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - MEMORIAL ........................................................................................ 5 1.1 Localização .......................................................................................................... 5 1.2 Características do Local ..................................................................................... 6 1.3 Características do Empreendimento e Métodos Construtivos ........................ 6 1.4 O Canteiro ............................................................................................................ 8 CAPÍTULO 2 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO .................................................. 29 2.1 EPI ...................................................................................................................... 29 2.2 EPC ..................................................................................................................... 32 2.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ............................... 33 CAPÍTULO 3 - RISCOS E CONTROLE .................................................................... 34 3.1 Limpeza do Terreno .......................................................................................... 35 3.2 Escavações ........................................................................................................ 36 3.3 Fundações ......................................................................................................... 37 3.4 Estrutura ............................................................................................................ 38 3.5 Concretagem ..................................................................................................... 39 3.6 Alvenaria ............................................................................................................ 40 3.7 Instalações ......................................................................................................... 41 3.8 Impermeabilização ............................................................................................ 43 3.9 Acabamento ....................................................................................................... 44 3.10 Organização do Canteiro ................................................................................ 45 3.11 Riscos por Função .......................................................................................... 46 3.11.1 Resumo dos Riscos versus Função ........................................................... 84 ANEXO 1 - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DA OBRA ...................................... 86 ANEXO 2 - PLANTA DO TERRENO COM PRÉDIO A SER CONSTRUÍDO ........... 87 .................................................................................................................................. 87 ANEXO 3 - FERRAMENTAS .................................................................................... 88 .................................................................................................................................. 88 ANEXO 4 - RELAÇÃO EPI X FUNÇÃO ................................................................... 89 ANEXO 5 - NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS POR FUNÇÃO .................................... 90 .................................................................................................................................. 90 UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 5 CAPÍTULO 1 - MEMORIAL Neste capítulo, serão apresentados a localização, as características do local, a característica do empreendimento e métodos construtivos e o canteiro. 1.1 Localização A localização da obra, tais como mapa (Figura 1) e endereço, é demonstrada a seguir. Figura 1 - Mapa Fonte: Google Maps (2022)A construção do Edifício Residencial estará localizada na Avenida Buenos Aires, número (nº) 90, no centro do Rio de Janeiro. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 6 1.2 Características do Local Rua bem localizada, próxima a muitos comércios, cartório, edifícios e residências, ideal para construção de um edifício residencial. Localidade de fácil acesso tanto aos moradores ao redor, comerciantes, consumidores, como aos que somente estão de passagem. Considerada uma vantajosa localização, pois oferece acessibilidade de transporte, por exemplo, ligação a todos os bairros da cidade. Além disso, o centro concentra uma intensa vida cultural, financeira e decisória (ao todo 29 museus similares, igrejas, teatro municipal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fórum, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e Câmara Municipal). “É o local onde edifícios novos convivem com construções coloniais. E também de onde se pode apreciar a bela vista da Baía da Guanabara, do alto dos prédios. Há, ainda, a efervescência do comércio popular do Saara e os jardins públicos, como o Campo de Santana e o Passeio” (MULTIRIO, 2015). Foi no centro onde a cidade começou, cresceu como colônia e se tornou sede do império português e após a república, sofreu grandes transformações físicas (3 morros foram desmontados, para aterrar área alagadiças ao entorno e na tentativa de deixar o passado colonial para trás, para ganhar ares modernos de avenidas largas. 1.3 Características do Empreendimento e Métodos Construtivos O local da construção será no centro do Rio de Janeiro, na Avenida Buenos Aires, nº 90. Será feito um edifício para uso exclusivo residencial, onde abrigará 60 apartamentos, sendo 10 andares com 6 apartamentos por andar. A obra será projetada para terminar no mês de novembro de 2023 e com início em outubro de 2021, conforme o cronograma apresentado no Anexo 1. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 7 O método construtivo é o conjunto de atividades, procedimentos e regras que irão definir como serão fabricadas as construções. Nesse caso, será utilizado o método de concreto armado que é o mais adotado no Brasil em obras residenciais, este funciona, por exemplo, como um esqueleto que é formado a partir de combinação de pilares, lajes e vigas. As paredes desse método servem apenas como fechamento e separação dos ambientes, o peso é absorvido pelo sistema pilares, vigas e lajes; por isso, pode-se dizer que as paredes não possuem função estrutural. Um ponto forte é que não há restrição quanto às medidas do projeto, o que permite maior liberdade criativa, não há limites para futuras reformas, e podem ser especificadas esquadrias fora do tamanho padrão. Como ponto fraco, este método possui um tempo de execução um pouco maior e um custo mais elevado. As características da construção serão: Térreo: hall social, sauna seca, sauna a vapor, sala de descanso, depósito de lixo, salão de festas, refeitório, alojamento, sanitários e apartamento do porteiro; Pavimento Tipo (10 andares): 6 apartamentos; Cobertura/Telhado: terraço impermeabilizado, casa de máquinas do elevador, barrilete e casa de bomba de incêndio; Nº de elevadores: 2 elevadores, sendo 1 para deficientes; Capacidade total das caixas d´água: 85.260 litros; Capacidade da cisterna: 134.000 litros Fundação direta: sapatas; Estrutura em concreto armado; Alvenaria com tijolos de 6 furos e blocos de concreto; Acabamento da fachada em argamassa de cimento com textura acrílica; Acabamentos internos: - Banheiros e cozinhas: argamassa de cimento com cerâmica; - Quartos e sala: gesso projetado com pintura Acetato de Polivinila (PVA). A planta do terreno com o prédio a ser construído se encontra no Anexo 2 deste documento. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 8 1.4 O Canteiro A) ÁREA DE VIVÊNCIA É muito importante em um canteiro de obras existirem áreas que atendam às necessidades básicas dos trabalhadores, é nele que o trabalhador pode fazer suas refeições, como tomar banho, descansar nos momentos de intervalo e até mesmo dormir (para aqueles que moram ali durante a construção). O item 18.5.1 da NR-18 - Condições de Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção diz que as áreas de vivência devem ser projetadas de forma a oferecer, aos trabalhadores, condições mínimas de segurança, de conforto e de privacidade e devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza, contemplando as seguintes instalações: A.1) sanitárias; A.2) vestiários; A.3) locais para refeição; A.4) alojamentos, quando houver trabalhador alojado. A.1) INSTALAÇÕES SANITÁRIAS Conforme a NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, o canteiro em questão apresentará instalação sanitária constituída por bacia sanitária sifonada, dotada de assento e lavatório. As instalações serão apenas masculinas e terão mictórios na proporção de uma unidade para cada 20 trabalhadores ou fração, nas quais: - Serão mantidas em condição de conservação, limpeza e higiene; - Terão piso e parede revestidos por material impermeável e lavável; - Terão peças sanitárias íntegras; - Possuirão recipientes para descarte de papéis usados; - Serão ventiladas para o exterior ou com sistema de exaustão forçada; UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 9 - Irão dispor de água canalizada e esgoto ligados à rede geral ou a outro sistema que não gere risco à saúde e que atenda à regulamentação local; - Irão se comunicar com os locais de trabalho por meio de passagens com piso e cobertura, quando se situarem fora do corpo do estabelecimento. A.1.1) Componentes Sanitários Bacias sanitárias - Serão individuais; - Terão divisórias com altura que mantenham seu interior indevassável com vão inferior que facilite a limpeza e a ventilação; - Serão dotados de portas independentes, providas de fecho que impeçam o devassamento; - Possuirão papel higiênico com suporte e recipiente para descarte de papéis higiênicos usados, quando não for permitido descarte na própria bacia sanitária, devendo o recipiente possuir tampa quando for destinado às mulheres; e - Possuirão dimensões de acordo com o código de obras local ou, na ausência deste, deve haver área livre de pelo menos 0,60m (sessenta centímetros) de diâmetro entre a borda frontal da bacia sanitária e a porta fechada. Os mictórios serão do tipo calha coletiva. Nesse caso, cada segmento de no mínimo 60 centímetros (cm) corresponderá a uma unidade para fins de dimensionamento da calha, seu material será impermeável e mantido em condições de limpeza e higiene. Lavatórios O lavatório será de tampo coletivo com várias cubas, possuindo torneiras e cada segmento com 60 cm (correspondente a uma unidade para fins de dimensionamento) e terá papel disponível para secagem das mãos. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 10 Chuveiros Para cada grupo de 20 trabalhadores que estejam em contato com substâncias que provoquem deposição de poeiras que impregnem a pele e suas roupas do trabalhador, ou que exijam esforço físico ou submetidas a condições ambientais de calor intenso, será disponibilizado 1 chuveiro. Os compartimentos destinados aos chuveiros devem: - Ser individuais e mantidos em condição de conservação, limpeza e higiene; - Ter portas de acesso que impeçam o devassamento; - Dispor de chuveiro de água quente e fria; - Ter piso e paredes revestidos de material impermeável e lavável; - Dispor de suportepara sabonete e para toalha; - Possuir dimensões de acordo com o código de obras local ou, na ausência deste, no mínimo 0,80 m (oitenta centímetros) por 0,80 m (oitenta centímetros). A.2) VESTIÁRIOS Os vestiários devem ser dimensionados em função do número de trabalhadores que necessitam utilizá-los, até o limite de 750 trabalhadores, conforme o seguinte cálculo (equação 1): Área mínima do vestiário por trabalhador = 1,5 - (nº de trabalhadores/1000) (1) Estes vestiários deverão: - Ser mantidos em condição de conservação, limpeza e higiene; - Ter piso e parede revestidos por material impermeável e lavável; - Ser ventilados para o exterior ou com sistema de exaustão forçada; - Possuir assentos em material lavável e impermeável em número compatível com o de trabalhadores; UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 11 - Dispor de armários individuais simples e/ou duplos com sistema de trancamento. A.2.1) Armários É admitido o uso rotativo de armários simples entre usuários, exceto nos casos em que estes sejam utilizados para a guarda de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e de vestimentas expostas a material infectante, substâncias tóxicas, irritantes ou que provoquem sujidade. Os armários simples devem ter tamanho suficiente para que o trabalhador guarde suas roupas e acessórios de uso pessoal, não sendo admitidas dimensões inferiores a 0,40 m (quarenta centímetros) de altura, 0,30 m (trinta centímetros) de largura e 0,40 m (quarenta centímetros) de profundidade. A.3) LOCAIS PARA REFEIÇÕES É admitido o uso rotativo de armários simples entre usuários, exceto nos casos em que estes sejam utilizados para a guarda de EPI e de vestimentas expostas a material infectante, substâncias tóxicas, irritantes ou que provoquem sujidade. Os locais para tomada de refeições para atender até 30 trabalhadores devem: - Ser destinados ou adaptados a este fim; - Ser arejados e apresentar boas condições de conservação, limpeza e higiene; - Possuir assentos e mesas, balcões ou similares suficientes para todos os usuários atendidos; - A empresa deverá garantir, nas proximidades do local para refeições: - Meios de conservação e aquecimento das refeições; - Local e material para lavagem de utensílios usados na refeição; - Água potável. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 12 B) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS As instalações elétricas, segundo a NR-24, devem ser protegidas para evitar choques elétricos. Na NR-18, diz que a execução das instalações elétricas que sejam temporárias e definitivas deve atender ao disposto na NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. As instalações elétricas temporárias devem ser executadas e mantidas conforme projeto elétrico elaborado por profissional legalmente habilitado. Os serviços serão realizados por trabalhadores autorizados conforme NR-10. É proibida a existência de partes vivas expostas e acessíveis pelos trabalhadores não autorizados em instalações e equipamentos elétricos. Os condutores elétricos devem: - Ser dispostos de maneira a não obstruir a circulação de pessoas e materiais; - Estar protegidos contra impactos mecânicos, umidade e contra agentes capazes de danificar a isolação; - Possuir isolação em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes; - Possuir isolação dupla ou reforçada quando destinados à alimentação de Máquinas e equipamentos elétricos móveis ou portáteis. As conexões, emendas e derivações dos condutores elétricos devem possuir resistência mecânica, condutividade e isolação compatíveis com as condições de utilização. As instalações elétricas devem possuir sistema de aterramento elétrico de proteção e devem ser submetidas a inspeções e medições elétricas periódicas, com emissão dos respectivos laudos por profissional legalmente habilitado, em conformidade com o projeto das instalações elétricas temporárias e com as normas técnicas nacionais vigentes. As partes condutoras das instalações elétricas, máquinas, equipamentos e ferramentas elétricas não pertencentes ao circuito elétrico, mas que possam ficar energizadas quando houver falha da isolação, devem estar conectadas ao sistema de aterramento elétrico de proteção. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 13 É obrigatória a utilização do dispositivo Diferencial Residual (DR), como medida de segurança adicional nas instalações elétricas, nas situações previstas nas normas técnicas nacionais vigentes. Os quadros de distribuição das instalações elétricas devem: - Ser dimensionados com capacidade para instalar os componentes dos circuitos elétricos que o constituem; - Ser constituídos de materiais resistentes ao calor gerado pelos componentes das instalações; - Ter as partes vivas inacessíveis e protegidas aos trabalhadores não autorizados; - Ter acesso desobstruído; - Ser instalados com espaço suficiente para a realização de serviços e operação; - Estar identificados e sinalizados quanto ao risco elétrico; - Estar em conformidade com a classe de proteção requerida; - Ter seus circuitos identificados. É vedada a guarda de quaisquer materiais ou objetos nos quadros de distribuição. Os dispositivos de manobra, controle e comando dos circuitos elétricos devem: - Ser compatíveis com os circuitos elétricos que operam; - Ser identificados; - Possuir condições para a instalação de bloqueio e sinalização de impedimento de ligação. Em todos os ramais ou circuitos destinados à ligação de equipamentos elétricos, devem ser instalados dispositivos de seccionamento, independentes, que possam ser acionados com facilidade e segurança. Máquinas e equipamentos móveis e ferramentas elétricas portáteis devem ser conectadas à rede de alimentação elétrica, por intermédio de conjunto de plugue e tomada, em conformidade com as normas técnicas nacional vigentes. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 14 Os circuitos energizados em alta tensão e em extra baixa tensão devem ser instalados separadamente dos circuitos energizados em baixa tensão, respeitadas as definições de projeto. As áreas de transformadores e salas de controle e comando devem ser separadas por barreiras físicas, sinalizadas e protegidas contra o acesso de pessoas não autorizadas. As áreas onde ocorram intervenções em instalações elétricas energizadas devem ser isoladas e sinalizadas e, se necessário, possuir controle de acesso, de modo a evitar a entrada e a permanência no local de pessoas não autorizadas. Os canteiros de obras devem estar protegidos por Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), projetado, construído e mantido conforme normas técnicas nacionais vigentes. C) MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS As máquinas e equipamentos empregados na obra foram citados no Anexo 3. A seguir, serão descritos, citados os riscos, bem como as medidas preventivas atreladas a estes. C.1) PISTOLA FINCA PINO De acordo com a NR-18, pistola finca-pino é uma ferramenta utilizada para fixação de pino metálico em estrutura da edificação. As pistolas finca-pinos são muito utilizadas na construção civil para serviços como fixação de telas de amarração em alvenaria, montagem de guias de drywall, fixação de forros e instalações elétricas suspensas, bem como para montagens e instalações diversas. Essas ferramentas de fixação à pólvora são acionadas através da deflagração de um cartucho que, mediante explosão, produz gases que impulsionam o pino de fixação até inseri-lo na superfície, dispensando furação prévia. A vantagem deste equipamento está em sua agilidade que evita a colocação de buchas e posteriormente oaperto de parafusos. Este pode ser empregado em concreto normal ou aço estrutural, para sustentação de cargas estáticas. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 15 As orientações baseadas na NR-18 acerca desse tipo de ferramenta e as de fixação a pólvora ou gás são: - Deve possuir sistema de segurança contra disparos acidentais; - Torna-se proibido seu uso em ambientes contendo substâncias inflamáveis ou explosivas, com presença de pessoas (inclusive o ajudante) nas proximidades do local do disparo; - A ferramenta de fixação à pólvora deve estar descarregada (sem o pino e o finca-pino) sempre que estiver sem uso; - Antes da fixação de pinos por ferramenta de fixação, devem ser verificados o tipo e a espessura da parede ou laje, o tipo de pino e finca-pino mais adequados, e a região oposta à superfície de aplicação deve ser previamente inspecionada. Acidentes ocorridos com pistolas finca-pinos podem ser fatais. Mas os danos mais comuns são os causados pela projeção de partículas que atingem os olhos do operador quando ele está sem os óculos de segurança. Assim, capacete, protetor auricular e óculos de proteção são itens obrigatórios para manipular ferramentas acionadas à pólvora. C.2) SERRA CIRCULAR A serra circular deve: - Ser projetada por profissional legalmente habilitado; - Ser dotada de estrutura metálica estável; - Ter o disco afiado e travado, devendo ser substituído quando apresentar defeito; - Possuir dispositivo que impeça o aprisionamento do disco e o retrocesso da madeira; - Dispor de dispositivo que possibilite a regulagem da altura do disco; - Ser coletor de serragem; - Ser dotada de dispositivo empurrador e guia de alinhamento, quando necessário; UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 16 - Ter coifa (dispositivo destinado a impedir a projeção do disco de corte da serra circular) ou outro dispositivo que impeça a projeção do disco de corte. Quando utilizada em bancadas os trabalhadores devem se atentar para riscos em sua utilização, tais como: - Choques elétricos; - Cortes e amputações; - Pancadas por objetivos; - Abrasões e entalamentos; - Ruído ambiental; - Projeção de partículas e poeiras. É importante ressaltar que é necessária a adoção de medidas de segurança, tais como o uso do EPI. O operador deve utilizar óculos de proteção, protetor facial, luva, avental, respirador PFF2 e protetor auricular tipo concha, assim como seu treinamento e obrigatoriedade de sua utilização por meio de fichas de EPI, ordens de serviços, cartazes de sinalização, procedimento e advertência. Devem ser utilizados todos ao mesmo tempo e, além disso, o item mais importante da lista é o profissional ter conhecimento no procedimento operacional. São considerados autorizados e qualificados os trabalhadores que comprovem perante o empregador e inspeção do trabalho, uma das seguintes condições (NR-18): - Capacitação mediante treinamento da empresa; - Capacitação mediante curso ministrado por instituições privadas ou públicas, desde que conduzido por profissional habilitado; - Ter experiência comprovada em carteira de trabalho pelo menos a seis meses na função. Para que haja um bom funcionamento da serra circular em bancada, é preciso utilizar equipamentos próprios, são estes: - Mesa estável com fechamento de suas faces inferiores, anterior, posterior, pode ser feita de madeira, material metálico ou outro material que possua resistência equivalente, sem irregularidades e com dimensionamento necessário para a execução correta das tarefas; UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 17 - A carcaça do motor deve estar aterrada; - O disco precisa ser mantido afiado e travado; quando possuir trincas, dentes quebrados ou empenados, é necessária sua substituição; - As transmissões de força mecânica devem estar protegidas obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em hipótese alguma, durante a execução dos trabalhos; - A área de segurança deve ser devidamente marcada, sendo esta de 15 cm perimetral da serra circular; - Ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do fabricante e ainda coletor de serragem; - É indicado também colocar a foto do operador responsável, para que seja fácil sua localização, caso seja necessária. C.3) ELEVADOR TIPO GUINCHO O guincho de coluna é um dos equipamentos de maior utilização na Construção Civil. Este é constituído por sistema de cabos, movimentados através de engrenagens, com finalidade de fazer o levantamento de peças com tamanhos menores, de maneira limitada, suficientes para suportar alguns materiais e ferramentas, seu poder de sustentação possibilita o transporte de alguns materiais que demorariam mais tempo para ser transportado no caso de carregar manualmente, precisando algumas vezes da disponibilidade de dois ou mais trabalhadores, retardando o andamento da obra. Sua base sustentadora não necessita de uma fundação específica, precisando apenas serem chumbados a uma coluna. Vale ressaltar que o presente equipamento deve ser manuseado apenas profissionais capacitados. Podem-se citar como riscos mais frequentes associados a este equipamento de movimentação de cargas: - Queda de carga; - Rotura de cordas, cabos, correntes; - Queda de pessoas a nível diferente; - Entalamento ou esmagamento; UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 18 - Ruídos. Conforme o item 18.10.1.45, para fins de cumprimento dos dispositivos da NR-18, o guincho de coluna deve atender exclusivamente aos seguintes requisitos: - Ter capacidade de carga não superior a 500 kg (quinhentos quilos); - Possuir análise de risco e procedimento operacional; - Possuir dispositivos adequados para sua fixação, especificados no projeto de instalação; - Ter seu tambor nivelado para garantir o enrolamento adequado do cabo de aço; - Possuir proteção para impedir o contato de qualquer parte do corpo do trabalhador com o tambor de enrolamento; - Possuir comando elétrico por botoeira ou manipulador a cabo, respeitando voltagem máxima de 24V (vinte e quatro volts); - Possuir botão para parada de emergência.. C.4) ANDAIMES (SUSPENSO E TUBULAR) Os andaimes suspensos são utilizados em serviços de construção, reforma, demolição, pintura, limpeza e manutenção. Estes possuem estrado que é sustentado por travessas metálicas ou de madeira, suportado por meio de cabos de aço, movimentando-se verticalmente com auxílio de guinchos. O vão entre o guarda corpo e o rodapé deve ser fechado, inclusive nas cabeceiras, com tela ou outro material equivalente. Além do fechamento entre o guarda corpo e o piso, deve ser colocada tela ao longo de toda a periferia externa, para prevenir queda de objetos, tela essa que não deve ter malha maior que 25 milímetros (mm). Os andaimes suspensos devem ser convenientemente ancorados, de maneira que estejam protegidos contra oscilações em qualquer sentido. O acesso ao mesmo, que deve, da mesma forma que o próprio andaime, atender às normas de segurança. Pode ser feito por elevador ou escada (marinheiro ou patamar), nunca com improvisos e gambiarras. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 19 As quedas são um dos maiores riscos para quem trabalha em andaimes, que na grande maioria dos casos pode levar à morte. As pessoas que trabalham em andaimes suspensos a mais de 2 m do solo não devem jamais trabalhar sem os EPI, estes reduzem a chance de quedas, além de proteger o trabalhador de danos físicos. Para movimentar-se de maneira segura em um andaime, devem ser usados os seguintes equipamentos:- Cinto de segurança tipo paraquedista, com duplo talabarte (tira dupla), fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do andaime suspenso; - Capacete; - Cinto porta-objeto; - Botas; - Óculos de proteção; - Protetores auriculares; - Luvas de raspa e macacão. O andaime tubular é uma estrutura em forma de torre que facilita o acesso à fachada e auxilia os trabalhadores da construção civil durante serviços em altura, como alvenaria, acabamento, pintura, revestimento e manutenção predial. Este deve possuir montantes e painéis fixamos com travamento contra o desencaixe acidental. Sua montagem é fácil, pois este possui encaixes firmes e simples, não exige uso de ferramentas especiais para sua instalação. A estrutura oferece mais segurança aos trabalhados e possui excelente durabilidade, além de piso galvanizado antiderrapante. C.5) BETONEIRA A betoneira é também chamada de misturador de concreto, esta é um utensílio básico de toda obra. Por sua função de misturar materiais, esta é usada em diversos setores industriais, porém, dentro de uma edificação tem uma função bem específica. É nela que se coloca água, areia, cimento e agregados para a formação do concreto de forma a facilitar e otimizar o trabalho de quem ela opera. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 20 As principais causas de acidentes com a betoneira são: - Descargas elétricas; - Agarramento por partes móveis; - Tombamento, batidas e atropelamento quando há a movimentação da betoneira; - Queda repentina da caçamba carregadora; - Inalação de produtos químicos; - Dermatoses; - Ruído excessivo. Acerca das medidas preventivas: - Deve-se verificar o estado dos cabos, alavanca e acessórios com regularidade, bem como os dispositivos de segurança; - Deve ser colocada em uma superfície lisa e horizontal; - As partes móveis devem estar protegidas por carcaças; - Deve ter tomada de terra ligada à rede; - Sob nenhuma circunstância, se pode introduzir o braço ou uma pá no tambor em movimento; - Deve ser imobilizada, através do mecanismo correspondente, após a conclusão dos trabalhos; - Não deve ser posicionada a distâncias inferiores a 3 metros da borda de uma escavação, para evitar riscos de queda a nível diferente. Vale ressaltar que o uso do carrinho de mão também é importante, pois auxilia na execução do trabalho, tornando mais fácil e simples a locomoção dos elementos que uma construção civil exige e garantindo menor esforço do trabalhador. C.6) COMPACTADOR MECÂNICO São também conhecidos como compactadores de solo. Consistem em equipamentos para compactar ou adensar a terra, areia, cascalho, saibro e outros UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 21 materiais granulares que servem como bases para piso. Essa máquina é muito requisitada em obras de estradas e locais onde há desnivelamento do solo. Estes são utilizados geralmente na primeira fase da obra, no preparo do terreno e terraplanagem para recebimento da fundação, aterros, meio fios, valas, oleodutos e estrutura de tubos de instalação de esgoto e água. A compactação do solo deve ser realizada em solos que estejam com um teor ideal de umidade, mas é preciso que a ação da máquina é considerada superficial, uma vez que a maior parte da sua operação fica entre 20 cm a 30 cm de profundidade. Os compactadores possuem entre 50 kg e 60 kg, além de os motores serem muito potentes. Alguns cuidados em relação ao seu uso são recomendados a fim de evitar problemas e acidentes: - Nunca utilizar o compactador de solo em locais fechados, pois os motores a combustão geram monóxido de carbono, um gás potencialmente mortal; - Nunca fumar ou gerar faíscas na proximidade da máquina, uma vez que ela utiliza líquidos inflamáveis e emite gases; - Evite compactar áreas próximas de valas, barrancos e encostas, pois oferecem riscos de desmoronamento ou deslizamento; - Sempre mantenha as mãos e os pés afastados das partes móveis do equipamento, utilizando os EPI para operar o compactador, como máscara, óculos, luvas e outros. Além dos cuidados durante o uso, o transporte do compactador de solo também exige certa atenção. Algumas rotinas deverão ser seguidas: - Esvazie o tanque de gasolina e, caso necessário, limpe-o; - Tente fixar bem o equipamento para evitar seu deslocamento durante o transporte; - Ao içar ou erguer a máquina, prenda amarras apenas nos lugares indicados; - Tenha cuidado para não danificar a borracha sanfonada; - Se possível, fixe o equipamento de pé, na posição de trabalho dele; - Verifique se os complementos e os acessórios também estão sendo transportados e tome um cuidado especial com fios e cabos UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 22 C.7) FURADEIRA As furadeiras são máquinas que possuem como principal função executar furos nos mais diversos tipos de materiais. O motor dela aplica uma alta velocidade de rotação a uma ou várias brocas que serão responsáveis pela remoção de material desejada. Este tipo de ferramenta está presente nos diversos estágios de uma obra, desde os mais simples aos mais complexos. Na construção, é possível encontrar modelos elétricos e a bateria, furadeiras de bancada, as que possuem função de parafusadeira e as de impacto. Os fatores de risco estão associados às partes energizadas, possuem riscos de fibrilação cardíaca, parada respiratória e ou cardíaca, queimaduras, morte. A prevenção é basicamente a desenergização, dispositivos contra perda de corrente elétrica, invólucros, barreiras, EPI como calçados e luvas isolantes. C.8) VIBRADOR Este equipamento garante que as estruturas de concreto não tenham bolhas, espaços vazios ou excesso de água, problemas que podem comprometer a qualidade da estrutura e de toda a obra. Este é composto basicamente por um motor e alças de sustentação para segurar o equipamento. Para usar, é necessário acoplar o mangote, ou seja, o tubo que leva o movimento de vibração para o concreto. Vibrador de concreto de imersão Este é colocado dentro da massa, este tipo de vibrador normalmente tem um raio de alcance de cerca de 40 cm, e deve ser usado de forma perpendicular na massa. C.9) FERRAMENTAS COMUNS São as ferramentas manuais mais utilizadas pelos profissionais na construção civil, são estas que garantirão um serviço mais ágil e seguro de forma a priorizar a UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 23 qualidade do serviço e uma maior produtividade durante o tempo que estiverem trabalhando. Estas são consideradas auxiliadoras de todo o processo e consequentemente sem estas ferramentas não existe um trabalho bem feito, visto que apesar de serem ferramentas consideradas comuns em sua totalidade, não é possível atrelar construção civil sem as mesmas. Alicate Os alicates são ferramentas corriqueiras, estão sempre presentes em qualquer obra que envolva a necessidade de aumentar a força aplicada em um ponto com precisão. Estas são capazes de diminuir o esforço necessário para executar as atividades como o aperto de porcas e parafusos, corte e torção de armaduras e arames, desencapamento, corte e crimpagem, dentr outros. Cada alicate possui uma função específica, sempre visando à execução de uma tarefa da forma mais simples para o operador. É obrigatório manusear o alicate utilizando os EPI necessários, como óculos de proteção e luvas; além disso, é importante sempre fazer a manutenção preventiva deles: verificar empenamentos, oxidação e integridade dos cabos, lubrificar regularmente a articulação são alguns dos exemplos. Colher de pedreiro Esta é parte de praticamente todo o processo de uma obra ea ferramenta mais empregada dos pedreiros. Possuem diversas numerações, dentre as menores até as maiores e isso irá depender da execução do serviço (cada serviço exigirá uma específica). É uma ferramenta manual, também conhecida como trolha, utilizada tanto para assentamento como para acabamento. Não é indicada para quebrar materiais, deve ser guardada em local seco e estar sempre limpa ao fim do serviço. O ideal é sempre utilizar uma luva de pano pigmentada para seu manuseio. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 24 Desempenadeira Essencial na aplicação de revestimentos argamassados e de suas subcamadas, tornando-os lisos e com a superfície uniforme através de movimentos circulares. Esta tem função de formar cordões de argamassa na superfície do revestimento para receber placas cerâmicas, por exemplo. Existem diferentes tipos de desempenadeira, cada uma delas para uma determinada função. Serra de corte É uma ferramenta abrasiva, constituída por grãos abrasivos, telas de fibra de vidro e resinas. Esta é utilizada para cortar diversos materiais: metais ferrosos, aço e suas ligas, ferro fundido, aço inox, bronze duro, ferro batido, mármores, refratários, granitos e materiais não metálicos. São recomendadas para cortar peças em forma de tubos, placas, barras, perfis, chapas, entre outras. Além disso, os discos utilizados na serra de corte são solicitados por diâmetro, espessura, furo e material onde será aplicado. As serras geralmente são utilizadas nas etapas iniciais dos processos produtivos e devem ser aplicadas em um ângulo de 90° perpendicular à peça a ser cortada durante toda a operação. Os discos de corte podem ser utilizados também juntamente com máquinas portáteis como esmerilhadeiras, serras mármores e outros tipos de ferramentas, de acordo com o seu tipo de trabalho. É comum, no canteiro de obras, essa ferramenta ser chamada de makita. Esquadro O esquadro é uma régua em formato de L com um ângulo interno de 90º e pode ser confeccionada em metal, madeira ou plástico. Sua função é conferir os ângulos retos em muitos serviços na área da construção civil. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 25 Nível É um instrumento utilizado para medir inclinações em planos e transpor cotas. Seu principal uso é feito para que os planos fiquem na mesma altura, ou seja, nivelados ou com as inclinações desejadas. É usado em assentamento de pisos, aparelhos hidrossanitários e até mesmo fundos de vala, por exemplo. Prumo É um instrumento para detectar ou conferir a vertical do lugar e elevar o ponto, serve para que as paredes subam na vertical. É composta por um peso preso a um fio, uma parede aprumada evita desperdícios em revestimentos e retrabalhos. Talhadeira É uma ferramenta de ferro com a ponta achatada usada para realizar aberturas em parede e retirar excesso de massa. Além disso, é muito utilizada em conjunto ao martelo ou a marreta. É importante que algumas recomendações sejam seguidas para a utilização das ferramentas comuns listadas: - Nunca usar ferramentas gastas ou defeituosas. Providencie o reparo de uma ferramenta ao primeiro sinal de ferrugem/desgaste ou a troca da mesma quando esta estiver danificada; - Garanta que suas ferramentas cortantes estejam sempre afiadas. O trabalho de corte com as ferramentas adequadas exige menos esforço e, consequentemente, causa menos acidentes provocados pela força exagerada ou perda de controle durante sua execução; - Jamais force uma ferramenta durante a execução do seu serviço. Isso evita que haja quebra ou deformação da peça; - Mantenha-as sempre nos locais adequados. Por exemplo, não as guarde sob a mesa (principalmente se forem pontudos ou cortantes) e nem os UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 26 carregue dentro do bolso (utilize caixas de ferramentas ou bolsas próprias para esse tipo de transporte); - Use óculos de proteção facial para evitar acidentes de contato com seu rosto ou olhos. D) SINALIZAÇÃO Conforme o item 18.13.1 da NR-18, o canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de: - Identificar os locais de apoio; - Indicar as saídas de emergência; - Advertir quanto aos riscos existentes, tais como queda de materiais e pessoas e o choque elétrico; - Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI; - Identificar o isolamento das áreas de movimentação e transporte de materiais; - Identificar acessos e circulação de veículos e equipamentos; - Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas. Em relação aos tipos de sinalização que serão utilizados na obra, podem-se citar: - Sinais de obrigação: indicam comportamentos ou ações específicas e a obrigação de utilizar EPI; - Sinais de perigo: indicam situações de atenção, precaução, verificação ou atividades perigosas; - Sinais de aviso: indicam atitudes proibidas ou perigosas para o local; - Sinais de emergência: indicam direções de fuga, saídas de emergência ou localização de equipamento de segurança. Além disso, utiliza-se, normalmente, sinalização permanente para: proibições; avisos; obrigações; meios de salvamento ou de socorro; equipamento de combate a incêndios; assinalar recipientes e tubulações; riscos de choque ou queda; vias de circulação; etc. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 27 As placas de sinalização devem obedecer a características mínimas como: corresponder às especificações normativas de cor e dimensões mínimas; serem simples e resistentes; serem visíveis e compreensíveis; e se for o caso, serem retiradas quando o risco desaparecer. Certas formas de sinalização devem ser utilizadas em conjunto como os sinais luminosos e sinais acústicos; quando o risco for eminente ou em caso de acidente. Os sinais luminosos devem possuir as seguintes características: um contraste luminoso apropriado, isto é, em função do ambiente, sem provocar encadeamento pela sua intensidade excessiva ou má visibilidade com uma cor uniforme e harmonizada. Devem ser utilizados da seguinte forma: - Sinal contínuo ou intermitente: indica um perigo ou uma emergência; - Duração da intermitência: para assegurar uma boa percepção da mensagem e para evitar confusões entre diferentes sinais; - Utilização acompanhada de um código acústico. Os sinais acústicos devem possuir as seguintes características: - Ter um nível sonoro nitidamente superior aos níveis do ruído ambiente, sem ser doloroso ou excessivo; - Ser facilmente reconhecível: pela sua duração, por emissões sonoras intermitentes e pelas suas características bem distintas dos outros ruídos ambientes e sinais acústicos, sendo que o som de um sinal de evacuação deve ser contínuo. E) PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA Atendendo às exigências e procedimentos conforme NR 18, em caso de ocorrência de acidente fatal, é obrigatória a adoção das seguintes medidas: - Comunicar de imediato e por escrito ao órgão regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, que repassará a informação ao sindicato da categoria profissional; - Isolar o local diretamente relacionado ao acidente, mantendo suas características até sua liberação pela autoridade policial competente e pelo órgão regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 28 - A liberação do local, pelo órgão regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, será concedida em até 72 horas, contadas do protocolo de recebimento da comunicação escrita ao referido órgão.UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 29 CAPÍTULO 2 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Neste capítulo, serão citados os equipamentos de proteção, tais como Equipamentos de Proteção Individual (EPI), Coletiva (EPC) e Contra Incêndios, que deverão ser utilizados para a construção do edifício de uso residencial, que foi apresentado no capítulo 1. 2.1 EPI De acordo com a NR-6 - Equipamento de Proteção Inidividual (EPI), o EPI é considerado como todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Assim sendo, a empresa fornecerá aos trabalhadores, como medida complementar de segurança, atendendo o disposto no Anexo 4. A) EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA A.1) CAPACETE - Capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; - Capacete para proteção contra choques elétricos. B) EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE B.1) ÓCULOS - Óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 30 B.2) PROTETOR FACIAL - Protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes. C) EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA C.1) PROTETOR AURICULAR - Tipo concha ou abafador e plug (de inserção), de silicone. D) EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA D.1) RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR NÃO MOTORIZADO - Peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos. E) EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO E.1) VESTIMENTAS - Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. F) EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES F.1) LUVAS - Luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes; - Luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes; - Luvas para proteção das mãos contra choques elétricos; - Luvas para proteção das mãos contra vibrações. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 31 F.2) MANGAS - Manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos; - Manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes. G) EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES G.1) CALÇADO - Calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos; - Calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica; - Calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos; - Calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes; - Calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes. G.2) PERNEIRA - Perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes. H) EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO H.1) VESTIMENTA DE CORPO INTEIRO - Vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos. I) EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL I.1) CINTURÃO DE SEGURANÇA COM DISPOSITIVO TRAVA-QUEDA UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 32 - Cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal. I.2) CINTURÃO DE SEGURANÇA COM TALABARTE - Cinturão de segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura; - Cinturão de segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura. 2.2 EPC Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) consistem nas medidas de ordem geral executadas no ambiente de trabalho, nas máquinas e nos equipamentos, bem como medidas orientativas quanto ao comportamento dos trabalhadores, a fim de evitar os atos inseguros e medidas preventivas de Medicina do Trabalho. Portanto, têm-se, a seguir, alguns exemplos de EPC que devem ser empregados na obra. Sistemas de ventilação e exaustão; Proteção de máquinas; Proteção em circuitos e equipamentos elétricos; Proteção contra ruídos e vibrações; Proteção contra quedas; Proteção contra incêndios; Sinalização de segurança; Normas e regulamentos de segurança. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 33 2.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS A NR-23 - Proteção Contra Incêndios estabelece a obrigatoriedade para todas as empresas de adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis, a fim de garantir a segurança local e a preservação de vidas. Os equipamentos de proteção contra incêndios são responsáveis por controlar focos iniciais de incêndio, evitando a propagação de chamas e, assim, prevenindo a possibilidade de alastramento do fogo, que pode causar inúmeras perdas materiais e humanas. Dentre os equipamentos, os extintores são alguns dos mais utilizados contra incêndios. Serão colocados os seguintes extintores contra princípio de incêndios: Pó Químico Seco (PQS): indicado para incêndios de classe C (equipamentos elétricos energizados); Água pressurizada: indicado para incêndios de classe A (madeira, papel, tecido, materiais sólidos em geral). A água age por resfriamento e abafamento, dependendo da maneira como é aplicada. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 34 CAPÍTULO 3 - RISCOS E CONTROLE De acordo com a International Organization for Standardization (ISO) 31000:2018, análise de riscos consiste em um processo de compreender a natureza e determinar o nível de risco. Esta análise fornece a base para a avaliação de riscos, assim como para as decisões quanto ao seu tratamento. Posto isto, neste capítulo, serão descritas as atividades, citados os riscos de diversas etapas da obra, bem como as medidas de prevenção, nos tópicos 3.1 ao 3.10. Além disso, no tópico 3.11, serão listadas todas as funções e descritos seus respectivos riscos. A) DISPOSIÇÕES GERAIS O disposto neste item deve ser utilizado para fins de prevenção e gerenciamento dos riscos ocupacionais, bem como o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos ocupacionais deve considerar o disposto nas Normas Regulamentadoras (NR) e demais exigências legais de segurança e saúde no trabalho. B) CARACTERIZAÇÃO Para fins de caracterização de atividades de construção civil e/ou atividades ou operações perigosas, devem ser aplicadas as disposições previstas na NR-18 - Condições de Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção e NR-16 - Atividades e Operações Perigosas. C) LEGENDA Para fins de interpretação das análises das atividades a seguir, segue o Quadro 1, quanto à escala de probabilidade de riscos. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 35 Quadro 1 - Classificação de riscos quanto às probabilidades Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta 5% - 10% 10% - 30% 30% - 50% 50% - 70% 70% - 100% Fonte: Elaboração própria (2021) 3.1 Limpeza do Terreno No Quadro 2, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Limpeza do Terreno. Quadro 2 - Limpeza do terreno: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Entulho e sobras de Materiais Poeira Excesso de material acumulado na área Muito alta Coleta periódica de materiais Cortes ao manusear entulhose sobras de materiais Corte Manuseio do material sem uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) Média Uso de regular de EPI Limpeza e nivelamento do terreno (retirada de cobertura vegetal, terraplanagem, retirada de material inerte) Animais peçonhentos (quando da remoção da vegetação) Retirada da vegetação local Baixa Uso de calçados de proteção contra agentes biológicos e uso de luvas de raspa couro Poeira (quando as atividades atinentes de nivelamento do terreno) Movimentação de materiais de construção Baixa Umedecer previamente o material a ser removido Locais lamacentos e ruídos Retirada da vegetação local Baixa Utilizar botas impermeáveis UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 36 Impacto sofrido decorrente do desbaste e derrubada de árvores e similares Retirada da vegetação local Baixa Isolar e sinalizar a área de trabalho e da possível queda de árvores Fonte: Elaboração própria (2021) 3.2 Escavações No Quadro 3, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Escavações. Quadro 3 - Escavações: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Cabos subterrâneos Choques Cabos nas proximidades Média Antes de iniciar as atividades, o cabo deve estar desligado Taludes Desabamento Taludes instáveis Alta Taludes estáveis por meio de estruturas dimensionadas Escavações Desabamento e soterramento Escavações e taludes instáveis Alta Escorar materiais e objetos, de qualquer natureza, inclusive estruturas vizinhas, que possam ser afetadas pela escavação; e disposição de escadas e UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 37 rampas, em caso de emergências Atropelamentos Movimentação de veículos sem sinal sonoro e iluminação Média Todos os veículos devem possuir sinal sonoro quando em marcha ré; e com faróis sempre acessos Desidratação Não consumir água durante a atividade Média O canteiro deve prover água potável e fresca, via térmica ou por meio de bebedouros Fonte: Elaboração própria (2021) 3.3 Fundações No Quadro 4, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Fundações. Quadro 4 - Fundações: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Fundações Impregnação do subsolo por emanações ou produtos nocivos Existências de galerias, canalizações e cabos Baixa Antes de iniciar a atividade, o responsável deve inspecionar a área Fundações (estaca cravada) Estouro da estaca Realização da estaca cravada Baixa A área deve ser isolada em um raio equivalente à metade do comprimento exposto da estaca UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 38 Fundações (escavada/ injetada) Exposição à energia elétrica Manuseio de energia elétrica Média Desligar cabos elétricos (subterrâneos se existirem), antes de iniciar a escavação Queda em diferença de nível Limpeza dos componentes da perfuratriz Baixa Na ascensão e durante a execução da limpeza, utilizar sempre o cinto de segurança tipo paraquedista Ruído Aparelhos e máquinas Baixa Se o ruído estiver acima dos limites de tolerância, utilizar abafador de ruído tipo concha Fonte: Elaboração própria (2021) 3.4 Estrutura No Quadro 5, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Estrutura. Quadro 5 - Estrutura: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Estrutura de sustentação Queda de peças no crânio Peças folgadas das estruturas Média Verificar e apertar as peças da estrutura Montagem de armaduras de aço Corte/Perfuração Manuseio incorreto de ferramentas Média Uso de EPI adequado Dores nas costas e membros Adoção de posturas Alta Adoção de intervalos de UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 39 inadequadas, movimentos repetitivos descanso compatíveis com as tarefas realizadas durante a jornada de trabalho Montagem de fôrmas Queimaduras, Intoxicações e Irritações na pele Manuseio incorreto de produtos químicos desmoldantes para auxiliar na retirada das formas Média Uso de EPI adequado e realização de treinamentos Esmagamento de dedos Manuseio incorreto de ferramentas Média Uso de EPI adequado Fonte: Elaboração própria (2021) 3.5 Concretagem No Quadro 6, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Concretagem. Quadro 6 - Concretagem: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Trabalho em suportes e escoras de fôrmas Lesões Queda livre de seções de fôrmas e escoramentos Média Inspeção antes e durante a atividade por trabalhador qualificado Concretagem da peça estrutural Vibrações excessivas Manuseio do vibrador para adensamento do concreto por Baixa Adoção de intervalos de descanso, revezamento de trabalhadores na UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 40 tempo prolongado ou de forma incorreta função, utilização de EPI adequado, realização de treinamentos Queda em altura Não utilização do cinto de segurança, falta de manutenção do EPI Média Utilização de EPI adequado, realização de treinamentos para trabalho em altura e adoção de medidas recomendadas para trabalhos em altura Dores nas costas e membros Adoção de posturas inadequadas, movimentos repetitivos Alta Adoção de intervalos de descanso compatíveis com as tarefas realizadas durante a jornada de trabalho Quedas de objetos de pavimentos superiores Falta de atenção, manuseio incorreto de ferramentas, falta de treinamento Média Realizaçã o de treinamentos, uso de telas nas fachadas e uso de bandejas de proteção Fonte: Elaboração própria (2021) 3.6 Alvenaria No Quadro 7, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Alvenaria. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 41 Quadro 7 - Alvenaria: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Paredes dos ambientes do canteiro de obra (vestiários, alojamento, cozinha) Lesões e esmagamento Queda das paredes Muito baixa Inspeção antes e durante a atividade por trabalhador qualificado Preparo da massa Dermatite de contato, problemas dermatológicos Contato com o material químico Média Uso de EPI (luva e bota PVC) Marcação de alvenaria de vedação Cortes e risco de queda em diferença de nível Manuseio incorreto do material e sem uso adequado de EPI Alta Assegurar a limpeza do local, realizar o transporte dos blocos de forma segura, uso de EPI Assentamento dos blocos da construção (tijolos) Lesões e esmagamento Queda das paredes Média As paredes levantadas devem ser fixadas firmemente por meio de cunhas ou bisnaga Levantamentode paredes, por meio de assentamento Quedas de objetos de pavimentos superiores Contato com o material químico Média Uso de luvas impermeáveis e outros EPI Fonte: Elaboração própria (2021) 3.7 Instalações No Quadro 8, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Instalações. UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 42 Quadro 8 - Instalações: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Instalação de pisos Queda de nível e corte Pisos lisos e escorregadios Média Utilização de luvas Instalação de vidros Cortes Vidros quebrados Alta Utilização de luvas Instalações elétricas Choques Instalações incorretas Muito alta Sistema de aterramento elétrico de proteção, inspeções e medições periódicas Queimaduras Condutores expostos Alta Instalação dos condutores energizados em altura ou distância afastadas do trabalhador, das máquinas e dos equipamentos Instalação de Andaimes Queda de nível Deslocamento do andaime/ utilização de equipamentos sobre a plataforma Muito alta Proibir o deslocamento de andaime quando houver trabalhadores sobre o mesmo/proibir a utilização de escadas ou outros elementos que permitam acessar pontos mais altos da obra em cima do andaime UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 43 Instalação de rede de esgoto Contaminação do solo Descarte incorreto de resíduos químicos Alta Implementação do sistema de decantação Fonte: Elaboração própria (2021) 3.8 Impermeabilização No Quadro 9, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Impermeabilização. Quadro 9 - Impermeabilização: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Aquecimento de lenha Queimaduras Queima de lenha Muito alta Extremamente proibido Armazenamento de cilíndros de gás Queimadura, explosões e lesões Vazamento de gás Muito alta Local isolado, sinalizado, ventilado Vedação dos materiais porosos e fendas Infiltrações, manchas e bolor Uso incorreto dos materiais Alta Profissionais qualificados para execução da tarefa Preparação da superfície Desprendimento do produto Limpeza incompleta da superfície Alta Remoção de sujeiras, pó, materiais soltos, bolor e fungos UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 44 Teste de estanqueidade Infiltrações Uso incorreto do produto impermeabilizante Média Bom planejamento da execução do projeto, optar sempre por produtos de qualidade e adequados para a finalidade desejada Fonte: Elaboração própria (2021) 3.9 Acabamento No Quadro 10, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Acabamento. Quadro 10 - Acabamento: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Pisos inapropriados Queda de nível Pisos lisos e escorregadios Média Instalação de pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante Colocação de revestimentos (cerâmicas ou placas naturais) via argamassas apropriadas para cada tipo de material, tanto para paredes internas Ruído Eventual uso de equipamento de corte de cerâmicas Baixa Utilizar abafador de ruído do tipo concha, e em áreas de corte contínuo, uso de abafador duplo Poeira Se o corte for realizado a seco Baixa Máscaras contra poeiras com válvulas UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 45 quanto pisos e fachadas das edificações que assim o requeiram. Pinturas internas de fachadas também fazem parte das atividades de revestimentos e acabamento Inalação de vapores Quando do uso de massa de latoeiro para corrigir imperfeições ou para adesão Alta Manter o local ventilado e utilizar máscara respiratória contra vapores Problema postural Quando da colocação de cerâmicas, ou outros, nos pisos ou pintura de tetos Alta Utilizar equipamentos que minimizem o transtorno postural Fonte: Elaboração própria (2021) 3.10 Organização do Canteiro No Quadro 11, serão descritas as atividades, riscos e medidas de prevenção relacionadas à etapa de Organização do Canteiro. Quadro 11 - Organização do canteiro: descrição das atividades, seus riscos e medidas de prevenção Atividades Riscos Causas Probabilidade do evento Medidas de prevenção Circulação, passagens e escadarias Acidentes Vias de circulação, passagens e escadarias obstruídas, molhadas Média Manutenção da área, organização e limpeza periódica Entulho e sobras de materiais Poeira Excesso de material acumulado na área Muito alta Coleta periódica de materiais UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 46 Diferença de nível Quedas de nível Excesso de material acumulado na área Alta Coleta periódica de materiais Lixo e queima de lixo Queimaduras e poeira Excesso de resíduo e queima de lixo no interior do canteiro de obras Baixa Coleta periódica de resíduos Manuseio de materiais Cortes Manuseio incorreto do material e sem uso adequado de EPI Alta Assegurar a limpeza do local e uso de EPI Fonte: Elaboração própria (2021) 3.11 Riscos por Função No que tange aos riscos ambientais por função, estes são considerados como tudo que tem potencial para gerar acidentes no trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. Os grupos de riscos ocupacionais se dividem conforme o Quadro 12. Quadro 12 - Grupos de riscos ocupacionais e suas respectivas definições GRUPO 1 Riscos físicos São representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, tais como vibração, radiação, ruído, calor e frio que, de acordo com as características do posto de trabalho, podem causar danos à saúde. GRUPO 2 Riscos químicos Podem ser encontrados na forma gasosa, líquida, sólida e/ou pastosa. Quando absorvidos pelo organismo, produzem, na grande maioria dos casos, reações diversas, dependendo da natureza, da quantidade e da forma da exposição à substância. GRUPO 3 São micro-organismos presentes no ambiente de trabalho, UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 47 Riscos biológicos tais como bactérias, fungos, vírus, bacilos, parasitas e outros. São capazes de produzir doenças, deterioração de alimentos, mau cheiro, etc. Apresentam muita facilidade de reprodução, além de contarem com diversos processos de transmissão. GRUPO 4 Riscos ergonômicos Consiste no conjunto de conhecimentos sobre o homem e seu trabalho. Esses conhecimentos são fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e ambientes de trabalho, ferramentas, máquinas e sistema de produção, a fim de que sejam utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência. GRUPO 5 Riscos mecânicos/acidentes São situações perigosas que colocam o trabalhador em risco de acidentes. Fonte: Elaboração própria (2021) Posto isto, neste tópico, serão listadas todas as funções, bem como a descrição destas e dos riscos associados, conforme os Quadros 13-24. Ressalta-se que, para a elaboração dos seguintes quadros, foram empregados os dados referentes à quantidadede funcionários do Anexo 5. A) ENGENHEIRO Para o cargo de Engenheiro, tem-se o Quadro 13. Quadro 13 - Descrição da função de Engenheiro e seus riscos Cargo: Engenheiro Quantidade (Qtd.) de funcionários: 01 Jornada de trabalho: 08:00 Classificação Brasileira de Ocupações (CBO): 2142-05 Descrição da atividade: Executar e fiscalizar obras e serviços técnicos; conduzir equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção. Elaborar projetos, assessorando e supervisionando a sua realização. Orientar e controlar processo de produção ou serviço de manutenção. Projetar produtos; instalações e sistemas. Grupo de risco: Físico Fator de risco: Não identificado Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A Tipo de exposição: N/A UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 48 Fontes/circunstâncias: N/A Formas de propagação: N/A Formas de contato: N/A Lesões/agravos à saúde: N/A Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) Descrição: N/A Eficaz: N/A Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: N/A Certificado de Aprovação (CA): N/A Eficaz: N/A Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos físicos. Grupo de risco: Químico Fator de risco: Não identificado Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A Tipo de exposição: N/A Fontes/circunstâncias: N/A Formas de propagação: N/A Formas de contato: N/A Lesões/agravos à saúde: N/A Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) Descrição: N/A Eficaz: N/A Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: N/A CA: N/A Eficaz: N/A Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos químicos. Grupo de risco: Biológico Fator de risco: Não identificado Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A Tipo de exposição: N/A Fontes/circunstâncias: N/A Formas de propagação: N/A Formas de contato: N/A Lesões/agravos à saúde: N/A UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 49 Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) Descrição: N/A Eficaz: N/A Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: N/A CA: N/A Eficaz: N/A Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos biológicos. Grupo de risco: Ergonômico Fator de risco: Não identificado Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A Tipo de exposição: N/A Fontes/circunstâncias: N/A Formas de propagação: N/A Formas de contato: N/A Lesões/agravos à saúde: N/A Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) Descrição: N/A Eficaz: N/A Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: N/A CA: N/A Eficaz: N/A Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos ergonômicos. Grupo de risco: Mecânico/acidentes Fator de risco: Queda de objetos sobre o crânio Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A Tipo de exposição: Eventual Fontes/circunstâncias: Proveniente de andaimes, objetos em altura Formas de propagação: Por meio da tarefa Formas de contato: Direta Lesões/agravos à saúde: Fraturas Lesões Morte Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) Descrição: Guarda-corpo Rodapé Plataformas Sinalização de segurança Redes de proteção Eficaz: Sim UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 50 Telas Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: Capacete de segurança com aba frontal (tipo II) classe A CA: 25722 Eficaz: Sim Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos mecânicos. Fonte: Elaboração própria (2021) B) ESTAGIÁRIO Para o cargo de Estagiário, tem-se o Quadro 14. Quadro 14 - Descrição da função de Estagiário e seus riscos Cargo: Estagiário Qtd. de funcionários: 01 Jornada de trabalho: 04:00 CBO: N/A Descrição da atividade: Auxilia nas construções de pequeno a grande porte, acompanhando as obras, realizando medições, orçamentos, leitura de desenhos e elaboração de cronograma e relatórios técnicos. Grupo de risco: Físico Fator de risco: Não identificado Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A Tipo de exposição: N/A Fontes/circunstâncias: N/A Formas de propagação: N/A Formas de contato: N/A Lesões/agravos à saúde: N/A Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) Descrição: N/A Eficaz: N/A Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: N/A CA: N/A Eficaz: N/A Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos físicos. Grupo de risco: Químico Fator de risco: Não identificado Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 51 Tipo de exposição: N/A Fontes/circunstâncias: N/A Formas de propagação: N/A Formas de contato: N/A Lesões/agravos à saúde: N/A Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) Descrição: N/A Eficaz: N/A Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: N/A CA: N/A Eficaz: N/A Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos químicos. Grupo de risco: Biológico Fator de risco: Não identificado Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A Tipo de exposição: N/A Fontes/circunstâncias: N/A Formas de propagação: N/A Formas de contato: N/A Lesões/agravos à saúde: N/A Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) Descrição: N/A Eficaz: N/A Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: N/A CA: N/A Eficaz: N/A Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos biológicos. Grupo de risco: Ergonômico Fator de risco: Não identificado Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A Tipo de exposição: N/A Fontes/circunstâncias: N/A Formas de propagação: N/A Formas de contato: N/A Lesões/agravos à saúde: N/A Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 52 Descrição: N/A Eficaz: N/A Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: N/A CA: N/A Eficaz: N/A Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos ergonômicos. Grupo de risco: Mecânico/acidentes Fator de risco: Queda de objetos sobre o crânio Tipo de avaliação: Qualitativa Intensidade/concentração: N/A Tipo de exposição: Eventual Fontes/circunstâncias: Proveniente de andaimes, objetos em altura Formas de propagação: Por meio da tarefa Formas de contato: Direta Lesões/agravos à saúde: Fraturas; Lesões; Morte Equipamento de Proteção Coletiva existente (EPC) Descrição: Guarda-corpo Rodapé Plataformas Sinalização de segurança Redes de proteção Telas Eficaz: Sim Equipamento de Proteção Individual existente (EPI) Descrição: Capacete de segurança com aba frontal (tipo II) classe A CA: 25722 Eficaz: Sim Parecer Técnico do Fator de Risco Não foi identificada a presença de outros riscos mecânicos. Fonte: Elaboração própria (2021) C) ENCARREGADO Para o cargo de Encarregado, tem-se o Quadro 15. Quadro 15 - Descrição da função de Encarregado e seus riscos Cargo: Encarregado Qtd. de funcionários: 01 Jornada de trabalho: 08:00 UCP/IPETEC – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) Rio de Janeiro, ano 2022 Página 53 CBO: 7102-05 Descrição da atividade: Supervisiona colaboradores, leitura e execução de projetos, acompanha cronograma e medições de obras
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