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Apostila - Anestesia Local na Odontologia

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Apostila por Amanda Karynne (@odontoemposts)
na Odontologia
Anestésicos Locais
Lidocaína
Mepivacaína
Articaína
Prilocaína
Bupivacaína
Vasoconstritores
Epinefrina
Norepinefrina
Fenilefrina
Felipressina
Pacientes hipertensos
Pacientes com Diabetes Mellitus
Questões
Sumário
É PROIBIDA a venda ou distribuição
deste conteúdo por outra pessoa
que não seja a autora.
Anestésicos locais
A anestesia local é definida como um
bloqueio reversível da condução nervosa,
determinando perda das sensações sem
alteração do nível de consciência.
Algumas das propriedades de um bom
anestésico são: baixa toxicidade, não
irritar os tecidos e não lesionar as
estruturas nervosas. Além disso, sua ação
deve ter início rápido, duração eficaz para
o procedimento e ser reversível.
O conhecimento sobre anestésicos locais
é muito importante, pois o uso destas
substâncias sem um critério científico
consistente pode levar o paciente ao óbito
por super dosagem, sensibilidade aguda à
lidocaína e depressão do sistema nervoso
central quando se tem a associação de
hidroxizina + meperidira + alfaprodina +
anestésico local.
A cocaína foi o primeiro composto a ser
utilizado como anestésico local. Ela
apresentava um alto grau de efeitos
tóxicos como dependência física e
psíquica, então iniciaram-se pesquisas
para a descoberta de substituintes
sintéticos da mesma. Em 1905, Ein Horn
realizou a síntese da procaína. Até que em
1943, Löfgren sintetizou a lidocaína,
originando, assim, a era dos anestésicos
locais do tipo amida.
Apresentam na sua estrutura molecular
um anel aromático, uma cadeia
intermediária e um grupo amina. 
Distinguem-se em dois grupos diferentes:
os ésteres e as amidas.
O poder de sensibilização alérgica do
grupo dos ésteres é devido a um dos seus
produtos metabólicos, o ácido para-
aminobenzóico. As amidas apresentam
menor capacidade em produzir reações
alérgicas.
Os anestésicos locais utilizados com maior
frequência no âmbito odontológico são
lidocaína, mepivacaína, articaína,
prilocaína e bupivacaína. Iremos abordá-
los nessa apostila.
é de 7 mg/kg em adultos, não
excedendo 500 mg ou 13 tubetes
anestésicos.
em idosos, recomenda-se a utilização
de lidocaína 2% com adrenalina na
diluição de 1:200.000 ou 1:100.000,
não ultrapassando a dose de 0,04mg
de adrenalina por consulta, pois
idosos são mais sensíveis aos
vasoconstritores.
para gestantes é considerado o
anestésico mais seguro, sendo
associada a adrenalina 1:100.000, com
utilização de no máximo 2 tubetes por
atendimento. 
É considerado o anestésico padrão em
Odontologia. Pode ser encontrada nas
concentrações de 1% e 2%, com ou sem
vasoconstritor, e na concentração de 5%
na forma tópica.
Possui ação vasodilatadora, com
duração da anestesia pulpar limitada a
apenas 5-10 minutos. Por isso,
praticamente não há indicação do uso da
solução de lidocaína 2% sem
vasoconstritor na odontologia. Quando
associada a um agente vasoconstritor,
o tempo da anestesia pulpar aumenta
para entre 40-60 minutos e em tecidos
moles pode permanecer em torno de
120-150 minutos. A adrenalina é o
vasoconstritor mais utilizado.
Início de ação - entre 2-4 minutos.
Tempo de meia-vida plasmática: 1,6 h.
Dose máxima recomendada:
Lidocaína para utilização em crianças, com
adrenalina 1:200.000, sendo a dose
máxima com ou sem vasoconstritor,
um tubete de anestésico para cada
9,09 kg.
Mepivacaína
Pertence ao grupo das amidas, e possui
duração intermediária. Recomenda-se
utilizar um anestésico local sem
vasoconstritor, como a mepivacaína 3%,
nos tratamentos de urgência em
pacientes com pressão arterial
descompensada. Uma de suas
vantagens é que consegue ter um tempo
maior de anestesia do que os outros
anestésicos sem o uso do vasoconstritor.
A mepivacaína sem vasoconstritor
apresenta uma duração de efeito
anestésico de 20 a 40 minutos. Todavia,
com vasoconstritores, atinge períodos de
3 a 5 horas de anestesia local.
Início de ação - 1,5 a 2 minutos.
Tempo de meia-vida plasmática: 1,9 h.
A dose máxima é de 6,6 mg/kg, não
devendo ultrapassar 400 mg ou 11
tubetes anestésicos. 
A concentração odontológica eficaz é de
2% (com vasoconstritor) e de 3% (sem
vasoconstritor).
Vasoconstritores que podem ser
associados à mepivacaína: levonordefrina
(1:20.000), noradrenalina (1:100.000) e
adrenalina (1:100.000).
Propicia uma eliminação mais rápida
pelos rins, reunindo as condições
ideais para ser o anestésico de
escolha para uso rotineiro em adultos,
idosos e pacientes portadores de
disfunção hepática.
Início de ação - entre 1-2 minutos.
Tempo de meia-vida plasmática: ~40
minutos.
No Brasil a articaína possui duas
formulações: 4% com adrenalina a
1:100.000 ou 1:200.000. Qualquer das
formulações não prejudica a sua eficácia
clínica.
Dose máxima recomendada: 6,6 mg/kg,
não ultrapassando 500 mg ou 6 tubetes.
É contraindicada em pacientes com
metahemoglobinemia idiopática ou
congênita, anemia ou falha cardíaca ou
respiratória evidenciada por hipóxia.
Articaína
Prilocaína
Início de ação - entre 2-4 minutos.
Baixa atividade vasodilatadora, podendo
ser utilizada sem vaso constritor, na
concentração de 4%. Também pode ser
encontrada na concentração de 3% e tem
como vasoconstrictor a felipressina.
Tempo de meia-vida plasmática: 1,6 h.
Em casos de sobredosagem produz o 
no paciente adulto, 6,0 mg/kg, não
excedendo 400 mg ou 7 tubetes na
concentração de 4%.
para paciente idoso, não deve
ultrapassar dois tubetes anestésicos.
aumento dos níveis de metemoglobina no
sangue, então recomenda-se um maior
cuidado no uso deste anestésico em
pacientes com deficiência de oxigenação.
Dose máxima recomendada: 
A felipressina, hormônio sintético similar à
vasopressina é um constituinte de
soluções anestésicas cujo sal é a
prilocaína. Não deve ser usada em
gestantes, por estar quimicamente
relacionada com a ocitocina, que possui
potencial para causar contrações uterinas.
Bupivacaína
Potência 4 vezes maior que a da lidocaína
e cardiotoxicidade também, portanto, é 
 utilizada na concentração de 0,5%. Exibe
o maior potencial para toxicidade cardíaca
direta em comparação aos outros
anestésicos.
Ação vasodilatadora maior que da
lidocaína, da mepivacaína e da prilocaína.
Longa duração de ação. No bloqueio dos
nervos alveolar inferior e lingual, produz
anestesia pulpar por 4 h e em tecidos
moles, por até 12 h.
Início de ação - 6-10 minutos.
Tempo de meia-vida plasmática: 2,7 h.
Dose máxima recomendada: 1,3 mg/kg,
não devendo ultrapassar 90 mg ou 10
tubetes.
Não é recomendado para pacientes
com menos de 12 anos ou que
apresentam grande risco de lesão pós-
operatória automutilação, como os
pacientes com deficiência física e mental,
por maior risco de lesões por mordedura
do lábio, em razão da longa duração da
anestesia dos tecidos moles.
Em pacientes idosos, é a última opção a
ser considerada, devido à sua longa
duração, e quando for usada, deve ser
utilizada com um vasoconstritor em baixa
concentração (adrenalina 1:200.000), não
devendo ultrapassar o equivalente ao
contido em 2 tubetes anestésicos
(normalmente 1 tubete é o suficiente).
Vasoconstritores
A associação de vasoconstritores aos sais
anestésicos faz com que este fique por
mais tempo em contato com as fibras
nervosas, prolongando a duração da
anestesia e reduzindo o risco de
toxicidade sistêmica. Também há
diminuição efetiva no calibre dos vasos,
sendo a hemostasia outro efeito
observado, havendo uma redução da
perda de sangue em procedimentos que
envolvem sangramento.
Os tipos de vasoconstritores mais
utilizados são a adrenalina/epinefrina, a
noradrenalina/norepinefrina, a fenilefrina
e o octapressin/felipressina.
Promove a constrição dos vasos das
redes arteriolar e venosa da área
injetada.
Ao ser absorvida para a corrente
sanguínea, aumenta a frequência
cardíaca, a força de contração e o
consumo de oxigênio pelo miocárdio.
Produz dilatação das artérias
coronárias, levando a um aumento do
fluxo sanguíneo coronariano.
Promove dilatação dos vasos
sanguíneos da musculatura
esquelética.
É o vasoconstritor mais utilizadoem
quase todo o mundo. 
A dosagem deve ser minimizada para
pacientes com doença cardiovascular.
Epinefrina
Norepinefrina
Não apresenta vantagens sobre a
epinefrina, tendo 25% da potência
vasoconstritora dela e é responsável pela
maioria dos relatos de reações adversas,
como cefaleia intensa, assim como casos
de necrose e descamação tecidual. 
Fenilefrina
Promove vasoconstrição com duração
mais prolongada. Em contrapartida, em
casos de sobredosagem, os efeitos
adversos também são mais duradouros,
como o aumento da pressão arterial e
cefaleia na região occipital.
é uma análoga sintética da vasopressina,
hormônio produzido pela neurohipófise e
também conhecida como hormônio
antidiurético ou ADH. Está contida em
soluções cujo sal anestésico é a prilocaína.
Tem valor mínimo no controle da
hemostasia, havendo um maior
sangramento durante os procedimentos
do que quando se empregam soluções
que contém epinefrina ou outros
vasoconstritores.
Felipressina
Pacientes hipertensos
Com a pressão arterial controlada ou
em tratamento medico não é
contraindicado o uso de
vasoconstritor, podendo utilizar
adrenalina 1:100.00 (não exceder 2
tubetes) ou felipressina 0,03 UI/ml,
juntamente com a prilocaína 3%.
Em tratamento de urgência de
paciente com pressão arterial
descompensada: recomenda-se
utilizar anestésico sem vasoconstritor
mepivacaína 3%.
Pacientes com 
Diabetes Mellitus
Contraindicado o uso de anestésicos
com vasoconstritor do tipo adrenalina.
Tende-se a escolher a prilocaína com
felipressina.
A felipressina poder ser usada em
pacientes com diabete tipo I e II.
Questões para praticar
1- (FAPEC, 2018) Os vasoconstritores
são adicionados às soluções
anestésicas para equilibrar as ações
vasodilatadoras extrínsecas dos
anestésicos locais. No que diz
respeito à farmacologia de agentes
vasocontritores específicos, assinale a
alternativa correta:
A) A injeção de adrenalina promove
diminuição das pressões sistólica e
diastólica e a diminuição da frequência
cardíaca.
B) A injeção de adrenalina promove a
hemorragia no local da cirurgia, devendo
ser desconsiderada, principalmente, no
caso de extração dos terceiros molares.
C) A noradrenalina é um vasoconstritor
com potência maior que a adrenalina e,
por esse motivo, provoca aumento da
frequência cardíaca.
D) Não há diferença no mecanismo
farmacológico de cada vasoconstritor,
facultando ao cirurgião-dentista o uso de
qualquer tipo de agente.
E) A fenilefrina é uma amina
simpaticomimética que promove ligeira
redução do débito cardíaco devido ao
aumento da pressão arterial e da
bradicardia.
2) (IADES, 2020) A mepivacaína possui
ação vasodilatadora maior que a da
lidocaína.
A) CERTO
B) ERRADO
3) (IADES, 2020) Em pacientes com
doença cardiovascular significativa
(ASA 3 e ASA 4), deve-se evitar o uso
de altas concentrações de
vasoconstritor. Substâncias
alternativas para uso nesses
pacientes seriam anestésicos locais
com adrenalina a 1:200.000.
A) CERTO
B) ERRADO
4) (FAUEL, 2019) O efeito tóxico dos
anestésicos locais deve-se tanto ao
anestésico quanto ao vasoconstritor,
estando este último intimamente
relacionado à maior ocorrência de
injeções intravasculares. Em relação à
prevenção de doses anestésicas
excessivamente tóxicas em
Odontologia, assinale a alternativa
CORRETA:
A) Deve-se procurar utilizar o maior
volume de concentração possível
necessário para se obter anestesia
satisfatória.
B) A solução anestésica deve ser injetada
lentamente, pois a velocidade da injeção é
um fator na rapidez de absorção do
medicamento.
C) É indicado aumentar a dose total
máxima de anestésico local em até duas
vezes quando se tratar de pacientes
debilitados.
D) A vascularização da área na qual o
anestésico está sendo injetado precisa ser
considerada, pois quanto mais 
vascularizada, mais lenta será a absorção,
aumentando a possibilidade de efeito
tóxico.
5) (VUNESP, 2019) Paciente gênero
feminino, 22 anos, saudável, com 60
kg, será submetida a procedimento
cirúrgico para remoção dos terceiros
molares. Uma vez que o agente
anestésico escolhido pelo profissional
foi a articaína a 4%, qual a
quantidade máxima aproximada de
agente anestésico poderá ser
administrada a essa paciente?
A) 6 tubetes.
B) 8 tubetes.
C) 10 tubetes.
D) 12 tubetes.
E) 15 tubetes.
6) (FAUEL, 2019) A anestesia local é a
perda temporária de sensação ou de
dor, produzida por um agente
topicamente aplicado ou injetado,
sem deprimir o nível de consciência.
Prevenir a dor durante
procedimentos odontológicos pode
fomentar o relacionamento entre o
cirurgião-dentista e o paciente,
construindo confiança e diminuindo a
ansiedade. Em relação à escolha da
solução de anestésico local, assinale a
alternativa INCORRETA:
A) A história médica e o estado de
desenvolvimento físico e mental do
paciente devem ser levados em 
 connsideração.
B) O uso de vasoconstritores associados
aos anestésicos locais é recomendado
para diminuir o risco de toxicidade do
anestésico.
C) O tempo estimado de duração do
procedimento odontológico deve ser
levado em consideração.
D) No caso de alergia a bissulfitos, o uso
de anestésico local com vasoconstritor é
indicado.
Gabarito
1- E
2- B
3- A
4- B
5- A
6- D
@odontoem
posts
@
odontoempo
sts
@
od
on
to
em
po
sts 
ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia.
3ª.ed. Artes Médicas. 2013.
RABÊLO, H. T. L. B.; CRUZ, J.H. A. Anestésicos locais utilizados na
Odontologia: uma revisão de literatura. Arch Health Invest 8(9).
2019.
CARVALHO et al. O emprego dos anestésicos locais em
Odontologia: Revisão de Literatura. Revista Brasileira de
Odontologia. 2013.
PAIVA, L. C. A. ANESTÉSICOS LOCAIS EM ODONTOLOGIA: UMA
REVISÃO DE LITERATURA. Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde, Ponta Grossa,
11 (2): 35-42. 2005.
A apostila foi toda revisada por um Cirurgião-Dentista, 
para garantia das informações nela contidas.

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