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Aula 03_Comissão de Ética do Uso de Animais

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Laura Meiken Morelli Disciplina de Ética e Legislação Profissional 
 
 
 
Na palestra ministrada no dia 21 de março de 2022 por Ricardo de Oliveira 
Orsi, foi discutida a atuação e importância da Comissão de Ética no Uso de Animais 
(CEUA) na conduta de pesquisas dentro da medicina veterinária. O papel do CEUA 
é orientar a atuação dos pesquisadores, estabelecendo limites ao uso dos animais 
e busca protege-los de abusos e manipulação inadequada, considerando e 
respeitando sua vulnerabilidade como sujeitos da pesquisa. Ele garante que a 
utilização dos animais seja justificada e leve em consideração os benefícios e os 
potenciais efeitos sobre o bem estar dos animais, de forma que o último seja sempre 
levado em conta. Assim, o CEUA promove o desenvolvimento de métodos 
alternativos que substituam o uso ou reduzam o número de animais em pesquisa 
científica. No cenário de pesquisa atual, quaisquer envolvimentos dos animais 
requer uma consideração de dor, integridade física, estresse causado e limitação 
no número de animais utilizados, sem comprometer a qualidade do experimento. 
No passado, porquinhos da índia eram marretados para que perdessem a 
consciência e que seu coração pudesse ser extraído, mas, atualmente, sabe-se que 
existem alternativas refinadas e que respeitam mais o animal, caso seja necessário 
em uma pesquisa. 
Ao discutir ética, pode-se traduzir o conceito como aquilo que pertence ao 
caráter, ao modo de ser da pessoa e, na prática, as condutas diárias que inspiram 
respeito e confiança, sendo aplicada tanto no âmbito profissional quanto pessoal. 
A ética perpassa respeito, valores e virtudes adquiridos, regras de conduta, 
princípios morais, direitos e regras de conduta. Em todos os países existem um 
conselho responsável pelo uso de animais, sendo que, no Brasil, existe o CONCEA 
(Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal), que regulariza e 
determina condutas necessárias e regulamenta o uso de animais no país. 
O CONCEA formula normas relativas a utilização humanitária de animais com 
finalidade de ensino e pesquisa científica, além de estabelecer procedimentos para 
instalação e funcionamento de centros de criação, de biotérios e de laboratórios 
de experimentação animal. Na FMVZ da Unesp de Botucatu, o CEUA possui um 
sistema do campus que recebe as propostas de pesquisa para que sejam 
analisados pelo comitê. São questionados pontos como alojamento dos animais no 
experimento, fonte de água e alimento, número de animais, exaustão de ar, se 
existirá jejum, como ele seria feito, contenção. Além disso, exige informações do 
projeto como questão problema, hipótese, metodologia, relevância e se existe 
documentação necessária, como permissão do proprietário do animal, termo de 
responsabilidade e termo de consentimento. O projeto deve ser submetido com 
antecedência para que não haja atraso no desenvolvimento do projeto. Caso a 
avaliação do comitê retorne adequações e mudanças na conduta da pesquisa, é 
necessário readequar o protocolo do uso dos animais no projeto e enviar 
novamente para avaliação do comitê. Caso diversos projetos estejam ligados a um 
Comissão de Ética no Uso de Animais 
Laura Meiken Morelli Disciplina de Ética e Legislação Profissional 
 
 
projeto principal que já passou pelo CEUA, não é necessário enviar aqueles 
posteriores, que usarão mesma metodologia do primeiro. 
Alguns pontos importantes ao submeter um projeto para o CEUA são 
encaminhar o projeto completo e sucinto, adequar o número de animais à real 
necessidade, análise estatística adequada, protocolar o projeto antes do início dos 
experimentos para garantir sua aprovação e anexar os termos solicitados. Um 
projeto irá ser reprovado caso o cadastro esteja errado ou faltando documentação, 
o projeto tenha iniciado sem a permissão do conselho, o número de animais não 
seja justificado de forma aprofundada estatisticamente, com delineamento, base 
em outros projetos e como estão relacionados com o seu. O CONCEA possui 
diretrizes brasileiras de prática para o cuidado e utilização de animais para fins 
científicos e de ensino, os quais levam em conta se o uso dos animais trará benefícios 
potencialmente maiores que os impactos negativos sobre seu bem estar, se os 
objetivos do estudo podem ser atingidos sem a utilização dos animais, se as espécies 
animais selecionadas são as mais apropriadas, se o estado biológico (genético, 
gestacional, nutricional, microbiológico e sanitário) dos animais está adequado e se 
existem métodos alternativos que podem ser usados. Além disso, outros pontos 
como se as instalações, equipamentos e técnicos são adequados, se todos 
envolvidos foram informados sobre os procedimentos planejados, se os envolvidos 
possuem treinamento, capacitação e competência para realizar procedimentos, 
se os alunos envolvidos receberam treinamentos e serão supervisionados, se as 
condições ambientais, como tipo de gaiola, ruídos, fotoperíodo, temperatura, 
umidade, ventilação, densidade de animais em relação ao espaço e estruturas 
sociais, são apropriados, se o estudo já foi realizado, se as permissões necessárias 
foram concedidas, entre outros. 
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