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LÍNGUA PORTUGUESA B

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1
Período composto – 
oração adjetiva I
6B
Português
21
Aula 
 Considerações iniciais
Comecemos com a análise de uma oração absoluta, 
em um período simples:
Desprezamos posturas discriminatórias.
 VTD Objeto direto
Analisando mais detidamente o objeto direto, teremos
posturas discriminatórias
Atente agora à transformação da frase inicial para 
um período composto.
Desprezamos posturas que discriminam.
Como vimos na aula introdutória sobre o período 
composto, quando a oração subordinada toma o lugar 
ocupado por uma palavra de determinada classe gra-
matical, essa oração assume função sintática própria 
daquela classe. Sob outro prisma, portanto
 adjunto adnominal
Desprezamos posturas discriminatórias.
Desprezamos posturas que discriminam.
 O conector da oração 
adjetiva: o pronome relativo
Você notou que o adjetivo “discriminatórias” foi 
substituído por uma oração iniciada pelo pronome QUE. 
Naquele ponto, temos um conectivo importante 
para a coesão, responsável por recuperar o termo an-
terior evitando a sua repetição. Uma prova inequívoca 
núcleo adjunto adnominal
OP Oração subordinada adjetiva
VTD Objeto direto
Oração adjetiva com valor de adjunto adnominal
dessa função está no fato de que poderíamos substituir 
o pronome que por um seu equivalente naquele contex-
to: “as quais”. 
O papel do pronome relativo é justamente o de 
amarrar as duas orações – a principal e a que ele intro-
duz, a subordinada – evitando a repetição do termo 
nominal que o antecede.
Desprezamos posturas / (posturas) discriminam
Desprezamos posturas / que discriminam
Atente aos pronomes relativos, conectores unica-
mente relacionados às orações adjetivas:
 • que
 • o/a qual, os(as) quais
 • quem
 • onde
 • cujo
 • quanto(a)(s) – precedido 
de tudo, todo(a)(s)
 Oração adjetiva – 
classificação
http://1.bp.blogspot.com/--uQxQ6Upc5g/TjnC86cW9yI/
AAAAAAAAHeY/4t7pEfLjCTg/s1600/charge_politico_corrupto.jpg
Observe os dois enunciados abaixo:
 I. Os deputados que são corruptos vivem nas pági-
nas policiais.
II. Os deputados, que são corruptos , vivem nas 
páginas policiais.
que são corruptos 
que são corruptos
©
Ci
ce
ro
2 Extensivo Terceirão
Uma observação sutil, atenta, apontará para o fato 
de que as duas orações destacadas em cada um dos 
períodos são adjetivas. Note:
que são corruptos = os quais são corruptos
Quanto ao aspecto formal:
Período I – a oração adjetiva não está isolada por 
vírgula ou outro sinal de pontuação. Isso determina a 
classificação – a oração adjetiva não marcada pelo sinal 
de pontuação se classifica como oração subordinada 
adjetiva restritiva.
Período II – a oração adjetiva apresenta sinal de 
pontuação isolando-a, o que já nos facilita a classifica-
ção – trata-se de uma oração subordinada adjetiva 
explicativa.
 Aspectos semânticos na 
oração adjetiva
Muita atenção às ideias expressadas por cada um 
dos tipos de orações.
 • Oração adjetiva restritiva: a própria nomenclatura 
já indica tratar-se de uma ideia de limitação, uma 
qualidade que não se estende a todo o conjunto 
mencionado na oração principal.
 Por isso, no primeiro período entende-se que nem 
todos os deputados vivem nas páginas policiais, 
apenas os que são corruptos. Há uma lógica nessa 
partição, afinal, a oração adjetiva não marcada 
pelos sinais de pontuação opera uma restrição no 
conjunto expresso pela oração principal. 
 Assim, entendemos que a oração adjetiva restritiva é a 
expressão de um subconjunto dentro do enunciado.
 • Oração adjetiva explicativa: é aquela marcada por 
sinais de pontuação. O sentido de seu conteúdo se 
estende a todo o conjunto expresso pela oração 
principal. 
 Assim, no período II entende-se que todos os depu-
tados vivam nas páginas policiais, pois todos são 
corruptos.
Confira outro exemplo:
As aulas que ensinam nem sempre são fáceis.
As aulas, que ensinam, nem sempre são fáceis.
No primeiro enunciado, temos uma oração adje-
tiva restritiva, ao passo que no segundo ocorre uma 
adjetiva explicativa. Ambas trazem os mesmos termos 
e são, formalmente, iguais: “que ensinam”. A diferente 
classificação se justifica pela ausência ou presença das 
vírgulas.
Importante, porém, não é notar apenas a mudança 
na classificação das orações, mas a diferença de sentido 
entre os enunciados.
Na primeira frase, entendemos que nem todas as 
aulas ensinam, nem todas são fáceis. Dentro do grupo 
de aulas, há aquelas que ensinam. E dentro desse grupo 
nem todas são fáceis.
A segunda frase, por outro lado, instaura o pressu-
posto de que todas as aulas ensinam, mas nem todas são 
fáceis. Entendem-se tais ideias por causa da pontuação 
operada na frase. 
 “Reduzindo” as orações 
Com muitas das orações que estudaremos a partir de 
agora, você descobrirá ser possível reduzir-lhes a forma. 
O que isso significa? 
Será natural, assim que você tiver consciência clara 
das classificações, evitar, por exemplo, o uso exaustivo 
dos conectores, optando por construções mais sintéti-
cas – reduzidas –, que expressarão a ideia da oração sem 
que haja o conector.
Para isso, duas marcas serão necessárias na chamada 
oração reduzida:
1.a) ausência do conector no ponto em que ele caracteri-
za a oração subordinada;
2.a) presença de uma forma nominal do verbo no ponto 
em que se suprime o conector.
Lembre-se
Infinitivo, gerúndio e particípio são as formas 
nominais do verbo.
Nunca vou me esquecer do menino que tocava 
guitarra e teclado.
Nunca vou me esquecer do menino tocando guitar-
ra e teclado.
oração principal oração subordinada adjetiva 
reduzida de gerúndio
oração principal oração subordinada 
adjetiva restritiva
Aula 21
3Português 6B
Testes
Assimilação
21.01. Considere os três períodos:
I. O explorador conheceu várias povoações 
ribeirinhas.
II. O explorador conheceu várias povoações das 
margens dos rios.
III. O explorador conheceu várias povoações que 
ficam nas margens dos rios.
Pela ordem, os segmentos destacados são:
a) adjetivo/locução adverbial/oração subordinada substantiva.
b) advérbio/locução adjetiva/oração subordinada adjetiva 
restritiva.
c) adjetivo/locução adjetiva/oração subordinada adjetiva 
explicativa.
d) advérbio/locução adverbial/oração subordinada adjetiva 
restritiva.
e) adjetivo/locução adjetiva/oração subordinada adjetiva 
restritiva.
21.02. (UPF – RS) – Se, no período “Essa é a conhecida roma-
ria dos desempregados nos dias que correm”, substituíssemos 
a oração “que correm” pelo adjetivo “correntes” teríamos: “[...] 
nos dias correntes”. 
Fazendo o mesmo tipo de substituição nos períodos seguintes, 
a alternativa em que a oração em negrito não pode ser subs-
tituída pela forma adjetiva correspondente em destaque é:
a) Apesar do desemprego generalizado, existem muitas 
áreas  que carecem  de mão de obra especializada.  
(carentes)
b) Seu texto tem de ser apresentado numa letra que possa 
ser lida. (legível)
c) Para limpar bem aqueles tecidos, adicionaram à água um 
produto que branqueia. (branqueante)
d) Para candidato  a prefeito exigiram uma pessoa  que 
atue na comunidade. (atual)
e) Paliativos não adiantam. Para os problemas da educação 
é preciso buscar soluções que durem. (duradouras)
21.03. Classifique cada oração destacada e marque o item 
que possui a sequência correta dessa classificação.
I. O aluno que se esforça progride.
II. O conto que li é muito bom.
III. Augusta, que era personagem principal, casa-se 
no final da história.
a) restritiva/explicativa/explicativa
b) restritiva/restritiva/explicativa
c) explicativa/restritiva/restritiva
d) explicativa/explicativa/restritiva
e) restritiva/explicativa/restritiva
21.04. Destaque as orações adjetivas e classifique-as, mar-
cando R para as restritivas e E para as explicativas.
a) ( ) O futebolista, que chuta uma bola, ganha fortunas.
b) ( ) O professor, que educa, não ganha fortunas.
c) ( ) Os alunos que verdadeiramente estudaram foram 
bem no simulado.
d) ( ) Os alunos, que verdadeiramente estudaram, foram 
bem no simulado.
e) ( ) A criançaque foi encontrada na rua já foi adotada.
f ) ( ) As pessoas que rejeitaram a criança responderão 
pelo ato.
g) ( ) O tempo, que fortifica a amizade, enfraquece o amor.
h) ( ) A bondade vence dificuldades que o esforço não 
venceria. (Rodolpho Theophilo)
i) ( ) Nunca é feliz com um vestido de chita a mulher que 
tem amigas com vestidos de seda. (Camilo Castelo Branco)
j) ( ) O padre, que é um santo, disse três missas hoje.
Aperfeiçoamento
21.05. Observe o período que segue.
O dia chegará em que substituir órgãos 
humanos defeituosos será rotina.
O período teria seu sentido preservado, se fosse reescrito da 
seguinte forma:
a) O dia chegará quando for frequente substituir órgãos 
humanos com defeito.
b) O dia chegará aonde substituir órgãos humanos defeitu-
osos será natural.
c) Chegará o dia em que a substituição defeituosa de órgãos 
humanos será rotina.
d) Chegará o dia no qual será comum a substituição de 
órgãos humanos defeituosos.
21.06. (UFAL) – 
Seria necessário QUE todos SE pusessem a 
agir e SE fizessem os reparos necessários.
Na frase anterior, as partículas QUE e SE classificam-se, res-
pectivamente, como
a) pronome relativo – conjunção condicional – conjunção 
integrante
b) conjunção integrante – pronome oblíquo – partícula 
apassivadora
c) pronome relativo – pronome oblíquo – conjunção 
integrante
d) conjunção integrante – conjunção condicional – partícula 
apassivadora
e) pronome relativo – pronome oblíquo – partícula 
apassivadora
4 Extensivo Terceirão
21.10. Compare estes dois períodos:
1. A professora de meu primo, que é 
advogada, mora em Córdoba.
2. A professora de meu primo que é 
advogada mora em Córdoba.
Agora considere a validade destas afirmações: 
I. Nos dois períodos, o termo retomado pelo pronome 
relativo “que” é o nome “primo”.
II. Em 1, a oração adjetiva, por ocorrer entre vírgulas, é expli-
cativa; em 2, por apresentar-se sem vírgulas, é restritiva.
III. Em 1, fica subentendido que o primo do enunciador tem 
aulas com uma única mulher.
IV. Em 2, fica subentendido que o primo do enunciador tem 
outra(s) professora(s) que não é(são) advogada(s).
Estão corretas:
a) I, II, III e IV
b) Apenas I, II e IV
c) Apenas I, III e IV
d) Apenas II, III e IV
e) Apenas II e IV
Aprofundamento
21.11. (UEL – PR) – Leia com atenção as frases a seguir, 
pontuadas de duas maneiras diferentes.
I. 1. O lixo proveniente de hospitais tem de ter um 
tratamento diferente do que tem recebido.
 2. O lixo, proveniente de hospitais, tem de ter 
um tratamento diferente do que tem recebido.
II. 1. As últimas declarações do presidente da 
entidade, na esperança de conseguir mais 
doações, têm sido dramáticas quanto ao 
futuro das crianças carentes.
 2. As últimas declarações do presidente da 
entidade – na esperança de conseguir mais 
doações – têm sido dramáticas quanto ao 
futuro das crianças carentes.
III. 1. A água, de que precisamos em grande 
quantidade, só é devidamente consumida em 
dietas.
 2. A água de que precisamos em grande quantidade 
só é devidamente consumida em dietas.
Com a mudança de pontuação, houve alteração de sentido:
a) somente em I.
b) somente em I e II.
c) somente em I e III.
d) somente em II e III.
e) em I, II e III.
21.07. (UFPA) – A oração assinalada tem valor de adjetivo em:
a) Não sei  por que há de a gente desenhar objetiva-
mente as coisas.
b) Para isso, já existe a fotografia, com a qual jamais 
poderemos competir.
c) Se tivesse o dom da pintura, eu seria um pintor lírico.
d) E se me dispusesse a pintar Eurídice,  talvez viesse a 
surgir na tela um hastil, o arco tendido na lua...
e) E tudo isso e outras coisas que só os anjos e os demô-
nios saberão.
21.08. Nas frases a seguir, mantendo o sentido básico do 
enunciado, transforme as orações adjetivas em adjetivos ou 
em locuções adjetivas.
a) Meus diretores, que não são corruptos, delataram os 
corruptores. 
b) Eram sons que não se percebiam.
c) Ana é uma mulher a quem todos querem bem.
d) Admiro uma pessoa a quem todos querem mal.
e) Não acredite em políticos que galanteiam.
f ) Ela não gosta de rapazes que bajulam. 
g) Aquela foi uma situação que me desagradou. 
h) Eis uma tarefa que me compete. 
i) Há naquela varanda flores que não murcham.
j) O funcionário que trabalha prospera.
21.09. (UFPA) – Há no período uma oração subordinada 
adjetiva:
a) Ela falou que compraria a casa.
b) Não fale alto, que ela pode ouvir.
c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo.
d) Em time que ganha não se mexe.
e) Parece que a prova não está difícil.
Aula 21
5Português 6B
Instrução: Texto para a questão 21.12.
Nosso manifesto
Produzimos os eventos que a gente gostaria 
de ir. Geramos o conteúdo que a gente gostaria 
de consumir. Construímos os lugares que a gente 
gostaria de frequentar. Criamos os produtos que 
a gente gostaria de comprar. Investimos nos ne-
gócios que a gente gostaria de participar. Apro-
ximamos as pessoas com quem a gente gostaria 
de conviver. Conectamos as marcas que a gente 
gostaria de trabalhar. Simples assim.
Meca Journal, No. 12, julho.2017
21.12. (FGV – SP) – 
a) Para obter ênfase na mensagem, o redator desse texto 
emprega, de modo reiterado, um determinado recurso 
expressivo. Identifique-o e justifique.
b) Na frase “Aproximamos as pessoas com quem a gente 
gostaria de conviver”, o redator do texto seguiu as regras 
da norma-padrão da língua portuguesa escrita ao usar a 
preposição “com” exigida pelo verbo “conviver”. Em ou-
tras frases, no entanto, faltou a preposição exigida pelos 
respectivos verbos.
 Reescreva duas destas frases, inserindo, nelas, a preposição 
adequada.
21.13. (ITA – SP) – Para que os enunciados apresentados se 
reduzam a uma só frase, algumas adaptações e correções 
devem ser feitas. Assinale a opção que melhor os reestrutu-
ra – gramatical e estilisticamente, respeitando as sugestões 
dadas nos parênteses e as relações de sentido denotadas 
pelos próprios enunciados.
I. A raposa lembra os despeitados. (Oração principal)
II. Atributo dos despeitados: fingem-se superiores a tudo.
III. A raposa desdenha das uvas. (Oração adjetiva)
IV. Causa do desdenho: não poder alcançar as uvas. 
a) Porque não pode alcançar as uvas de que ela desdenha, 
a raposa, fingindo-se superior a tudo, lembra os despei-
tados.
b) A raposa, desdenhando das uvas que não se podem al-
cançar, lembra os despeitados que se fingem superiores 
a tudo.
c) A raposa, que desdenha as uvas porque não pode alcançá-
-las, lembra os despeitados, que se fingem superiores a 
tudo.
d) Como não pode alcançar as uvas, a raposa que se finge 
superior a tudo e as desdenha, lembra os despeitados.
e) Fingindo-se superior a tudo, a raposa que desdenha das 
uvas porque não as pode alcançar, lembra os despeitados.
21.14. (MACK – SP) – 
Socorro
Alguém me dê um coração
Que este já não bate nem apanha.
(Arnaldo Antunes e Alice Ruiz)
Assinale a alternativa correta. 
a) Apanhar pode ser entendido como “sofrer”, o que invia-
biliza a compreensão de bater como “pulsar”.
b) O terceiro verso qualifica o termo coração e, portanto, do 
ponto de vista sintático, é uma oração adjetiva.
c) O terceiro verso funciona como explicação para o pedido 
de socorro e, pela lógica, deveria ser o segundo verso 
do texto.
d) A utilização do verbo apanhar contribui para a combina-
ção de dramaticidade e humor do texto.
e) O terceiro verso fornece um exemplo da ideia veiculada 
no segundo, de necessidade de um novo órgão físico.
21.15. (UPF – RS) – Um bom leitor precisa não só captar as 
informações explícitas do texto, mas também as implícitas, ou 
seja, aquelas que, como se diz, aparecem nas entrelinhas. Sem 
essa habilidade, ele deixará de compreender, ou compreen-
derá equivocadamente, certos significados e até concordará 
com pontos de vista dos quais discordaria se os percebesse. 
Tendo em conta esse fato, considere as seguintes afirmações, 
cada uma com uma possível informação implícita.
I. Os investidores que não têm consciência 
ecológica buscam em tudo oenriquecimento 
pessoal imediato.
 • Informação implícita: Somente uma parte 
dos investidores não tem consciência 
ecológica, e somente esses buscam em tudo 
o enriquecimento pessoal imediato.
II. Os investidores, que não têm consciência 
ecológica, buscam em tudo o enriquecimento 
pessoal imediato.
 • Informação implícita: Todos os investidores 
não têm consciência ecológica, e buscam em 
tudo o enriquecimento pessoal imediato.
III. Mesmo com as denúncias da imprensa, muitos 
políticos continuam descaradamente corruptos.
 • Informação implícita: Muitos políticos já 
eram descaradamente corruptos antes das 
denúncias da imprensa.
6 Extensivo Terceirão
No que respeita a essas informações implícitas
a) só a última é verdadeira.
b) só as duas últimas são verdadeiras.
c) só as duas primeiras são verdadeiras.
d) as três são verdadeiras.
e) só a primeira e a última são verdadeiras.
Instrução: Texto para a questão 21.16. 
No processo da Revolução Francesa, quando 
destruíram os últimos resquícios do feudalismo 
na eufórica noite de 4 de agosto de 1789, os depu-
tados concordaram em manter o dízimo da Igreja, 
2em vez de simplesmente aboli-lo sem qualquer 
compensação. Mas, desde então, 1houve sinais de 
que a promessa seria abandonada. “Eles desejam 
ser livres, mas não sabem ser justos”, reclamou o 
abade de Seyès, referindo-se a alguns colegas da 
Assembleia. Robespierre não era nem antipadres 
nem anticlerical; 3é difícil determinar sua posição 
quanto ao futuro da Igreja na Revolução. Às ve-
zes, era veemente crítico e, em outras vezes, re-
tornava à interpretação da doutrina cristã, pois, a 
seu ver, o cristianismo era a religião dos pobres e 
daqueles de coração puro — riqueza chamativa e 
luxo não deveriam fazer parte dele. Os pobres, se-
gundo ele, eram oprimidos não apenas pela fome, 
mas também pelo espetáculo escandaloso de clé-
rigos autoindulgentes, 4que esbanjavam insensi-
velmente o que 5pertencia aos pobres por direito.
Ruth Scurr. Pureza fatal: Robespierre e a Revolução Francesa. Rio de 
Janeiro/São Paulo: Record, 2009, p. 140-1 (com adaptações). 
21.16. (UnB – DF) – Com base no texto acima, julgue os itens 
subsequentes, identificando-os como corretos ou incorretos.
a) No trecho “houve sinais de que a promessa seria abando-
nada” (ref. 1), o substantivo “promessa” tem como referente 
o trecho “em vez de simplesmente aboli-lo sem qualquer 
compensação” (ref. 2). 
b) No trecho “que esbanjavam insensivelmente o que per-
tencia aos pobres por direito” (ref. 4), o complemento dire-
to de “esbanjavam” é modificado por uma oração adjetiva. 
c) A estrutura “pertencia aos pobres por direito” (ref. 5) 
pode ser substituída corretamente por era um direito 
dos pobres. 
Instrução: Texto para a questão 21.17. 
GRITO
Quadro que fundou o expressionismo nasceu 
de um ataque de pânico.
Edvard Munch nasceu em 1863, mesmo ano 
em que O piquenique no bosque, de Édouard 
Manet, era exposto no Salão dos Rejeitados, cha-
mando a atenção para um movimento que nem 
nome tinha ainda. 1Era o impressionismo, supe-
rando séculos de pintura acadêmica. Os impres-
sionistas deixaram o realismo para a fotografia e 
se focaram no que ela não podia mostrar: as 2sen-
sações, a parte subjetiva do que se vê. 
3Crescendo durante 4essa 5revolução, Munch 
– que, aliás, também seria 6fotógrafo – achava 7a 
linguagem dos impressionistas superficial e cien-
tífica, discreta demais para expressar o que sentia. 
E ele sentia: Munch tinha uma história familiar 
trágica: 8perdeu a mãe e uma irmã na infância, 
teve outra irmã que passou a vida em asilos psi-
quiátricos. 9Tornou-se artista sob forte oposição 
do pai, que morreria quando Munch tinha 25 
anos e o deixaria na pobreza. O artista sempre vi-
veu na boemia, entre bebedeiras, brigas e roman-
ces passageiros, tornando-se amigo do filósofo 
niilista Hans Jaeger, que acreditava que o suicídio 
era a forma máxima da libertação. 
10Fruto de suas obsessões, 11O Grito não foi 
seu primeiro quadro, mas o que o tornaria céle-
bre. 12A inspiração veio do que parece ter sido um 
ataque de pânico, que ele escreveu em seu diário, 
pouco mais de um ano antes do quadro: “Estava 
andando por um caminho com dois amigos – o 
sol estava se pondo – quando, de repente, o sol 
tornou-se vermelho como o sangue. Eu parei, 
sentindo-me exausto, e me encostei na cerca – ha-
via sangue e línguas de fogo sobre o fiorde negro 
e a cidade. Meus amigos continuaram andando, e 
eu fiquei lá, tremendo de ansiedade – e 13senti um 
grito infinito atravessando a natureza”. 
14Ali nasceria um novo movimento artístico. 
15O Grito seria a pedra fundadora do expres-
sionismo, a principal vanguarda alemã dos anos 
1910 aos 1930. 
Aventuras na História 
21.17. (UECE) – Atente ao que se diz sobre os seguintes 
excertos:
I. “Era o impressionismo, superando séculos de pintura 
acadêmica” (referência 1). Substituindo-se o gerúndio por 
uma forma não nominal, teremos: Era o impressionismo, 
que superava séculos de pintura acadêmica.
II. “Crescendo durante essa revolução, Munch – que, aliás, 
também seria fotógrafo – achava a linguagem dos 
impressionistas superficial e científica” (referência 3). A 
oração intercalada – que, aliás, também seria fotógra-
fo – está isolada por ser uma oração adjetiva explicativa.
Aula 21
7Português 6B
III. “[...] perdeu a mãe e uma irmã na infância, teve outra irmã 
que passou a vida em asilos psiquiátricos” (referência 8). 
No excerto transcrito, constata-se uma ambiguidade: o 
leitor não tem certeza sobre quem está na infância, se 
Munch ou a irmã.
Está correto o que se diz em 
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I, II e III. 
d) I e III apenas.
Instrução: A questão 21.18. refere-se ao trecho inicial do 
conto “A aranha”, do escritor e jornalista paulista Orígenes 
Lessa (1903-1986).
− Quer assunto para um conto? – perguntou o 
Eneias, cercando-me no corredor. 
Sorri.
− Não, obrigado.
− Mas é assunto ótimo, verdadeiro, vivido, 
acontecido, interessantíssimo!
− Não, não é preciso... Fica para outra vez...
− Você está com pressa?
− Muita!
− Bem, de outra vez será. 1Dá um conto estu-
pendo. E com esta vantagem: aconteceu... É só flo-
rear um pouco.
2− Está bem...Então...até logo...Tenho que apa-
nhar o elevador...
3Quando me despedia, surge um terceiro. Pren-
dendo-me à prosa. Desmoralizando-me a pressa.
− Então, que há de novo?
− Estávamos batendo papo... Eu estava ceden-
do, de graça, um assunto notável para um conto. 
Tão bom, que até comecei a esboçá-lo, 4há tempos. 
Mas conto não é gênero meu − continuou o Eneias, 
os olhos azuis transbordando de generosidade.
5− Sobre o quê? − perguntou o outro.
Eu estava frio. Não havia remédio. Tinha que 
ouvir, mais uma vez, o assunto.
− Um caso passado. Conheceu o Melo, que foi 
dono de uma grande torrefação aqui em São Paulo, 
e tinha uma ou várias fazendas pelo interior?
Pergunta dirigida a mim. Era mais fácil concordar.
(In: Omelete em Bombaim, 1946. Disponível em: www.academia.org.br) 
21.18. (PUCCAMP – SP) – É correto afirmar: 
a) (referências 2 e 3) Em − Está bem...Então...até logo... e Então, 
que há de novo? a palavra sublinhada está empregada com 
idêntico sentido e exerce idêntica função, a de indicar que 
o falante tenta iniciar conversa com um interlocutor.
b) (referência 4) A expressão há tempos está gramatical-
mente bem construída, como também está adequada a 
formulação “daqui há dias”.
c) (referência 3) Em Quando me despedia, surge um terceiro. 
Prendendo-me à prosa. Desmoralizando-me a pressa, 
pode-se entender que as frases em que ocorre o gerúndio 
têm valor de oração adjetiva explicativa.
d) (referência 1) Em Dá um conto estupendo. E com esta 
vantagem: aconteceu..., o pronome destacado remete à 
ideia de que o assunto daria um conto estupendo.
e) (referência 5) Em − Sobre o quê? − perguntou o outro, 
a palavra está adequadamente grafada, como acontece 
com o destacado em “Perguntava-se o por quê de tanta 
agressividade contra um monumento histórico”.
Desafio21.19. Suponha que uma instituição de ensino tenha divul-
gado este comunicado:
A Diretoria informa: os alunos, que se inscreveram para 
as revisões, terão aulas às segundas e quartas-feiras, no 
contraturno. Informa também que os alunos que não 
fizeram sua inscrição deverão aguardar o início de um 
novo curso.
a) Transcreva as duas orações adjetivas que aparecem no 
trecho e classifique-as.
b) Tendo por base a resposta do item a, explique a incoe-
rência que existe no texto.
c) Que alteração seria necessária para eliminar a incoerência?
8 Extensivo Terceirão
21.20. (UERJ) – No trecho transcrito a seguir há quatro orações, cujos limites estão assinalados por uma barra:
Floripes serviu-lhe o jantar, / deixou tudo arrumado, / e retirou-se / para dormir no barraco da filha.
Reescreva esse trecho, passando a primeira oração para a voz passiva e convertendo a segunda em oração adjetiva introduzida 
por pronome.
Em seguida, indique a classificação sintática e semântica da última oração.
Gabarito
21.01. e
21.02. d
21.03. b
21.04. a) ( E ) O futebolista, que chuta uma bola, ganha fortunas.
b) ( E ) O professor, que educa, não ganha fortunas.
c) ( R ) Os alunos que verdadeiramente estudaram foram bem no 
simulado.
d) ( E ) Os alunos, que verdadeiramente estudaram, foram bem 
no simulado.
e) ( R ) A criança que foi encontrada na rua já foi adotada.
f ) ( R ) As pessoas que rejeitaram a criança responderão pelo ato.
g) ( E ) O tempo, que fortifica a amizade, enfraquece o amor.
h) ( R ) A bondade vence dificuldades que o esforço não venceria. 
(Rodolpho Theophilo)
i) ( R ) Nunca é feliz com um vestido de chita a mulher que tem 
amigas com vestidos de seda. (Camilo Castelo Branco)
j) ( E ) O padre, que é um santo, disse três missas hoje.
21.05. d
21.06. b
21.07. e
21.08. a) Meus diretores, incorruptíveis, delataram os corruptores.
b) Eram sons imperceptíveis.
c) Ana é uma mulher por todos benquista.
d) Admiro uma pessoa por todos malquista.
e) Não acredite em políticos galanteadores.
f ) Ela não gosta de rapazes bajuladores.
g) Aquela foi uma situação desagradável a mim.
i) Eis uma tarefa de minha competência.
j) Há naquela varanda flores imarcescíveis.
k) O funcionário trabalhador prospera.
21.09. d
21.10. d
21.11. c
21.12. a) O recurso expressivo usado de maneira reiterada é o da repeti-
ção enfática do trecho “que a gente gostaria de”. Todos os perí-
odos têm uma mesma estrutura: uma oração principal e uma 
adjetiva.
b) 1)Produzimos os eventos a que (aos quais) a gente gostaria de ir.
 2) Investimos nos negócios de que (dos quais) a gente gostaria 
de participar.
 Ou: Conectamos as marcas com que (com as quais, para as 
quais) a gente gostaria de trabalhar.
21.13. c 
21.14. d
21.15. d
21.16. a) Incorreto.
b) Correto.
c) Incorreto.
21.17. c
21.18. c
21.19. a) “que se inscreveram para as revisões”: adjetiva explicativa; “que 
não fizeram sua inscrição”: adjetiva restritiva.
b) A primeira adjetiva, sendo explicativa, afirma que todos os 
alunos se inscreveram; a segunda, restritiva, indica que alguns 
alunos não se inscreveram. A incoerência resulta dessas duas 
afirmações contraditórias.
c) Basta eliminar as vírgulas da primeira oração adjetiva. Dessa for-
ma, o texto afirmaria que parte dos alunos iniciaria o curso e 
parte esperaria a formação de nova turma.
21.20. Ao passar a oração principal para a voz passiva e substituir a co-
ordenada assindética por uma subordinada adjetiva, o trecho 
apresentaria a seguinte configuração: o jantar foi-lhe servido por 
Floripes, que deixou tudo arrumado, e retirou-se para dormir no 
barraco da filha. O trecho “para dormir no barraco da filha” constitui 
uma oração subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo. 
9Português 6B
Imagine o que seria ler este pequeno texto, que vem a seguir:
Durante sete anos os moradores de Münnerstadt na Alemanha tentaram sem sucesso desvendar um mistério 
alguém quando ninguém estava vendo estava rasgando piscinas infláveis nos jardins das casas ao todo 47 piscinas 
foram destruídas depois de todo esse tempo finalmente a polícia local depois de uma longa investigação conseguiu 
encontrar o “rasgador de piscinas em série” um homem de 27 anos confessou ser o autor dos crimes que deixaram 
dezenas de crianças chateadas na cidade ele afirmou que rasgou as piscinas por diversão e que nunca planejava 
o crime com antecedência a polícia encontrou na casa do sujeito pedaços de um colchão inflável que também foi 
totalmente destruído por isso muitos desconfiam que a tal mania do cidadão seja na verdade um fetiche o suspeito 
disse que não se lembra ao certo quantas piscinas destruiu mas desconfia que foram entre 20 e 30 por causa disso 
os policiais já trabalham com a hipótese de ter outro “rasgador de piscinas” à solta em Münnerstadt.
http://noticias.uol.com.br/tabloide/ultimas-/tabloideanas/2016/10/07/policia-alema-prende-homem-que-rasgava-piscinas-de-plastico-havia-sete-anos.htm
©UOL
Não tem como não se ressentir do caos que é este 
texto, sem a pontuação que naturalmente organizaria a 
sintaxe e a semântica aqui, certo?
Por mais que você possa ter problemas com o uso dos 
sinais de pontuação, quando a utilização desses sinais foge 
muito àquilo que você está acostumado a ver na maioria 
dos textos bem escritos, há um alerta na sua leitura.
Essa sensação ocorre também porque quando você 
escreve certamente usa os sinais de pontuação de uma 
maneira mais intuitiva, não é verdade?
Isso decorre de sua convivência com a palavra 
escrita, acredite. Significa que pelo contato constante 
com textos escritos acabamos absorvendo como que 
“automaticamente” muitas situações das principais 
ocorrências dos sinais de pontuação.
Regras, regras...
Apesar desse processo mais intuitivo e natural de 
que muitos se valem no momento de usar os sinais de 
pontuação, deve-se reconhecer a existência de regras 
que definem casos obrigatórios, impeditivos ou marca-
dores de intenções específicas de quem se pronuncia 
pela escrita.
Saber regras básicas conhecendo situações muito 
recorrentes será o motivo desta primeira aula, tendo 
como foco fundamental a vírgula.
Sinais que indicam pausa concluída:
 . ponto-final
 ? ponto de interrogação
 ! ponto de exclamação
 Você foi aprovado.
 Você foi aprovado!
 Você foi aprovado!!
 Você foi aprovado?
 Você foi aprovado??
Uma prova evidente de nossa relação íntima com 
os sinais de pontuação vem da entonação usada, por 
exemplo, nas três frases lidas anteriormente. Poucas 
pessoas letradas teriam alguma dificuldade em ler de 
forma correta os enunciados anteriores.
Outros sinais de pontuação, indicadores da pausa 
não concluída:
 , vírgula
 ; ponto e vírgula
 : dois-pontos
 ... reticências
 ( ) parênteses
 – travessão
 “ ” aspas
Português
1B6BAula 22
Pontuação I
10 Extensivo Terceirão
Vírgula – Casos fundamentais
I – Não se usa vírgula:
 • Entre termos diretamente ligados:
a) sujeito / verbo
b) verbo / objeto
Desse modo, a frase abaixo apresenta problema de 
pontuação.
Os alunos mais conscientes desta classe neste 
ano, estiveram fazendo muitas redações como fator 
de treinamento.
O sujeito é longo – Os alunos mais conscientes 
desta classe neste ano – e não pode ser separado da 
forma verbal “estiveram fazendo”.
Esse é um problema muito comum, principalmente 
em redações escolares. Atente, porém, a um recurso que 
evita tal problema: a intercalação.
Se a frase acima fosse, por exemplo,
Os alunos mais conscientes desta classe, neste 
ano, estiveram fazendo muitas redações como fator 
de treinamento.
não haveria problema algum na estruturação do enun-
ciado. A intercalação, ao exigir duas vírgulas, evita o 
grosseiro erro de separar sujeito e verbo por uma vírgula. 
(Note que o início desse período já é um exemplo cabal 
desse procedimento, ao exigir duas vírgulas).
 • Entre a oração principal e a oração subordinada 
substantiva – com exceção da apositiva.
Os principais políticos já garantiram de antemão que 
não desejam a reforma.
Nuncase esqueça em momento algum de que nada 
poderá ser feito depois.
É certeza a esta altura do ano que conseguiremos.
II – Usa-se a vírgula:
 • para separar termos coordenados:
Lampião, Corisco, Mariano, Juryti, Chumbinho, Pinto, 
Cego, Gavião, Asa, Elétrico, Bala, Seca, Azulão, Catingueira, 
Zé Bahiano, Criança, Lavanderia, Pedra Roxa, Meia-Noite, 
Jararaca, Gitirana, Peitica, Beija-flor, Zabelê, Cravo-Roxo, 
Cascavel, Pinga-Fogo, Carrasco, Roxinho, Ventania, Topa-
-Tudo, Rouxinol, Quinta-Feira, Relâmpago, Carrapicho, 
Mergulhão, Guerreiro, Delicado, Vereda, Pinguim, Bem-te-
-vi, Limoeiro, Sabino, Canário e Bagaceira. Esses eram os 
cangaceiros do bando de Lampião.
 • para isolar o vocativo:
Oh, Mercado, até quando farás as pessoas deixarem 
suas ideias originais de lado? Por que sois instrumentos 
disso tudo, gerentes?
 • para marcar o aposto intercalado:
João Cândido, LÍDER DA REVOLTA DA CHIBATA, é 
personagem de nossa História.
 • para indicar elipse/zeugma:
Oswald era dionisíaco; Mário, apolíneo.
 • para marcar inversões na ordem direta:
NUM BARRACÃO, NA FAVELA DO VERGUEIRO, 
onde se guardam instrumentos
ALI, nos morava em três
Mulher, patrão e cachação – Adoniran Barbosa
 • para marcar intercalação de alguma palavra ou 
expressão.
Deus, PARA A FELICIDADE DO HOMEM, inventou a 
fé e o amor. O Diabo, INVEJOSO, fez o homem confundir 
fé com religião e amor com casamento.
Machado de Assis
Durante sete anos, os moradores de Münnerstadt, na Alemanha, tentaram, sem sucesso, desvendar um 
mistério. Alguém, quando ninguém estava vendo, estava rasgando piscinas infláveis nos jardins das casas. 
Ao todo, 47 piscinas foram destruídas.
Depois de todo esse tempo, finalmente a polícia local, depois de uma longa investigação, conseguiu 
encontrar o “rasgador de piscinas em série”. Um homem de 27 anos confessou ser o autor dos crimes que 
deixaram dezenas de crianças chateadas na cidade.
Ele afirmou que rasgou as piscinas por diversão e que nunca planejava o crime com antecedência. A po-
lícia encontrou na casa do sujeito pedaços de um colchão inflável que também foi totalmente destruído. Por 
isso, muitos desconfiam que a tal mania do cidadão seja, na verdade, um fetiche.
O suspeito disse que não se lembra ao certo quantas piscinas destruiu, mas desconfia que foram entre 20 e 30. 
Por causa disso, os policiais já trabalham com a hipótese de ter outro “rasgador de piscinas” à solta em Münnerstadt.
Para finalizar
É óbvio que os exames trabalham com muitos exercícios referentes ao uso dos sinais de pontuação. Essa é uma 
das faces do exame. A outra, na qual a pontuação será avaliada continuamente, corresponde ao momento em que 
você escreve o seu texto na prova – trata-se da redação. Por fim, confira como foi de fato escrito o texto que abre a 
aula. Veja como as ideias ficam organizadas quando os sinais de pontuação são bem utilizados.
Aula 22
11Português 6B
Testes
Assimilação
Instrução: Leia o cartum abaixo para responder à questão 
22.01.
Disponível em: <http://www.arionaurocartuns.com.br/2016/09/
charge-salada-agrotoxicos.html>. Acesso em: 07 maio 2019.
22.01. (IFPE) – Em relação à vírgula presente em “Filhinho, 
come a salada toda [...]” (cartum), é CORRETO afirmar que ela 
é empregada com o objetivo de 
a) separar o advérbio antecipado. 
b) separar o sujeito “filhinho” do verbo. 
c) indicar que “filhinho” é um aposto, pois explica a quem 
a mãe se refere. 
d) isolar uma expressão explicativa. 
e) isolar o vocativo “filhinho” do restante da oração. 
22.02. (IFSUL) – 
A vírgula entre o sujeito
e o verbo da oração 
não deve ser colocada 
se juntos eles estão: 
em “Joel, chutou a bola” 
há erro de pontuação. 
Dantas, Janduhi. Lições de gramática em versos 
de cordel. Petrópolis: Vozes, 2009, p.43. 
O poeta paraibano Janduhi Dantas valeu-se de uma regra 
gramatical para produzir sua literatura de cordel. 
Sobre o uso da vírgula, todas as sentenças abaixo estão 
corretas, EXCETO: 
a) Joel, chute a bola! 
b) Joel chute, a bola! 
c) Chute, Joel, a bola. 
d) Chute a bola, Joel. 
22.03. (IFCE) – Leia o excerto do livro “Quincas Borba”, de 
Machado de Assis. 
“Enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, 
meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo 
chorando seria monótono; tudo rindo, cansativo; 
mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, 
soluços e sarabandas, acaba por trazer à alma do 
mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio 
da vida...” 
A supressão do verbo e o uso da vírgula em seu lugar 
justificam-se por meio do(a) 
a) aliteração. 
c) assonância. 
e) silepse. 
b) elipse. 
d) polissíndeto. 
22.04. (IFPE) – Após analisar o excerto reproduzido abaixo, 
assinale a alternativa na qual a vírgula é utilizada pela mesma 
razão que no trecho sublinhado.
Há dois anos, quando se aposentou, preferiu trocar 
a desaceleração de uma vida inteira de trabalho pelo 
desafio de recomeçar. 
a) Na prática, porém, há outras questões. 
b) Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, os 
idosos somam 23,5 milhões dos brasileiros. 
c) Para compor a equipe, Moraes misturou a energia e a 
agilidade de funcionários jovens à experiência em aten-
dimento de excelência dos mais velhos. 
d) Além disso, há a questão pessoal, de querer se manter 
ocupado e útil. 
e) Em décadas passadas, preparava-se para ficar no sofá 
aos 60 anos. 
Aperfeiçoamento
22.05. (EFOMM – RJ) – Nos fragmentos que se seguem, é 
possível a presença de uma vírgula, EXCETO no fragmento 
da alternativa 
a) É necessário ensinar os precisos saberes da navegação 
enquanto ciência. 
b) Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber 
‘como as coisas funcionam’, tudo ignora sobre o coração 
humano. 
c) Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência 
da navegação, sem que os estudantes sejam levados a 
sonhar com as estrelas. 
d) Primeiro, os homens sonham com navegar. Depois apren-
dem a ciência da navegação. 
e) Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram 
cansados. 
12 Extensivo Terceirão
Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão 
22.06.
PAI CONTRA MÃE
A ESCRAVIDÃO levou consigo ofícios e apa-
relhos, como terá sucedido a outras instituições 
sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se 
ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pes-
coço, outro o ferro ao pé; havia também a másca-
ra de folha-de-flandres. A máscara fazia perder o 
vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar 
a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um 
para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um 
cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tenta-
ção de furtar, porque geralmente era dos vinténs 
do senhor que eles tiravam com que matar a sede, 
e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade 
e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, 
mas a ordem social e humana nem sempre se al-
cança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os fu-
nileiros as tinham penduradas, à venda, na porta 
das lojas. Mas não cuidemos de máscaras. 
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos 
fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a has-
te grossa também à direita ou à esquerda, até ao 
alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, 
naturalmente, mas era menos castigo que sinal. 
Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, 
mostrava um reincidente, e com pouco era pe-
gado. 
Há meio século, os escravos fugiam com fre-
quência. Eram muitos, e nem todos gostavam da 
escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem 
pancada, e nem todos gostavam de apanhar pan-
cada. Grande parte era apenas repreendida; havia 
alguém de casa que servia de padrinho, e o mes-
mo dono não era mau; além disso, o sentimento 
da propriedade moderava a ação, porque dinhei-
ro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. [...] 
Quem perdia um escravo por fuga dava algum 
dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas 
folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, 
a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por 
onde andava e a quantia de gratificação. Quando 
não vinha a quantia,vinha promessa: “gratificar-
-se-á generosamente”, -- ou “receberá uma boa 
gratificação”. [...] Protestava-se com todo o rigor 
da lei contra quem o acoutasse. [...] Ora, pegar es-
cravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria 
nobre, mas, por ser instrumento da força com que 
se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra 
nobreza implícita das ações reivindicadoras. 
ASSIS, Machado de. Pai contra mãe. Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/
bv000245.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2017. 
22.06. As proposições a seguir são considerações acerca de 
aspectos linguístico-gramaticais do texto. Analise-as. 
I. No primeiro parágrafo, encontra-se o substantivo “folha-
-de-flandres”, o qual passou a ser grafado sem hífen após 
a instituição do último acordo ortográfico. 
II. Em “Há meio século, os escravos fugiam com frequên-
cia” (3º. parágrafo), o uso da vírgula é indicado porque 
a expressão destacada cumpre função adverbial e está 
deslocada, iniciando o período. 
III. Em “Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do 
fugido, o nome, a roupa, o defeito físico...” (4º. parágrafo), a 
vírgula, no trecho grifado, poderia ser substituída por dois-
-pontos sem prejuízo gramatical e sem alteração de sentido. 
IV. Em “Quando não vinha a quantia, vinha promessa: ‘gratificar-
-se-á generosamente’...” (4º. parágrafo), a conjunção destacada 
introduz ideia de tempo no período, podendo ser substituída 
pelas locuções conjuntivas “assim que” ou “tão logo”. 
V. Em “por ser instrumento da força com que se mantêm a 
lei e a propriedade...” (4º. parágrafo), o verbo grifado tem 
como sujeito a expressão “instrumento da força”, sendo 
assim, para com ela estabelecer concordância, está cor-
retamente grafado com acento circunflexo. 
Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas 
a) II e IV. 
d) III e IV. 
b) I e II.
e) I, II e IV. 
c) I, III e V. 
Instrução: Leia este texto para responder às questões 22.07 
e 22.08.
Saudade de escrever
Apesar da concorrência (internet, celular), a 
carta continua firme e forte. Basta uma folha de 
papel, selo, caneta e envelope para que uma pes-
soa do Rio Grande do Norte, por exemplo, fique 
por dentro das fofocas registradas por um amigo 
em São Paulo, dois dias depois. “Adoro receber 
cartas, fico super ansiosa para descobrir o que 
está escrito”, conta Lívia Maria, de 9 anos. Mas ela 
admite que faz tempo que não escreve nenhuma 
cartinha. “As últimas foram para a Angélica e para 
um dos programas do Gugu.”
Isabela, de 9 anos, lembra que, quando morava 
em Curitiba, no Paraná, trocava correspondência 
com sua amiga Raquel, que vive em Belo Horizon-
te, Minas Gerais. “Eu ficava sabendo das novidades 
e não gastava dinheiro com telefonemas.”
Já Amanda, de 10 anos, também gosta de rece-
ber cartinhas, mas prefere enviar e-mails. “Atual-
mente estou conversando com meu primo que está 
nos Estados Unidos via computador, já que a men-
sagem chega mais rápido e não pago interurbano.”
TOURRUCCO, Juliana. Saudade de escrever. O Estado de 
São Paulo, p.5, 25 jul.1998. Suplemento infantil. 
Aula 22
13Português 6B
22.07. (IFAL) – Quanto à análise morfossintática dos elemen-
tos textuais, apenas uma alternativa está errada, contrariando 
o que prescreve a norma padrão da Língua Portuguesa.
Assinale-a. 
a) Na frase Basta uma folha de papel, selo, caneta e enve-
lope..., o verbo está no singular concordando com folha, 
o núcleo mais próximo do sujeito composto. 
b) O verbo Basta também poderia ficar no plural se o sujeito 
composto fosse papel, selo, caneta e envelope. 
c) Pelas regras ortográficas atuais, quando o prefixo termina 
por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento 
começar por vogal, sendo assim, a expressão superan-
siosa, no segundo parágrafo, deveria se constituir num 
só vocábulo. 
d) As expressões que, no texto, indicam a idade das crianças 
são aposto, razão por que vêm separadas dos termos 
antecedentes por vírgulas. 
e) As expressões adverbiais no Paraná e Minas Gerais, no 
segundo parágrafo, funcionam como vocativo, por isso 
estão isoladas por vírgulas. 
22.08. (IFAL) – O adjunto adverbial vem, normalmente, no 
final da frase, mas ele pode aparecer em outra posição, basta 
que se indique esse deslocamento com a vírgula. A colocação 
inadequada do adjunto adverbial, porém, poderá prejudicar a 
compreensão da frase. É o que acontece na fala da Amanda, 
no texto. Das cinco reestruturações apresentadas nas alter-
nativas a seguir, uma continua com problema. Marque-a. 
a) Atualmente, via computador, estou conversando com 
meu primo que está nos Estados Unidos. 
b) Atualmente estou, via computador, conversando com 
meu primo que está nos Estados Unidos. 
c) Atualmente estou conversando, via computador, com 
meu primo que está nos Estados Unidos. 
d) Atualmente estou conversando com meu primo, via 
computador, que está nos Estados Unidos. 
e) Via computador, atualmente estou conversando com meu 
primo que está nos Estados Unidos. 
22.09. (IFSUL) – As vírgulas nos períodos abaixo foram 
empregadas pelo mesmo motivo, EXCETO em: 
a) Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas 
que anunciam os voos, os atrasos, as trocas de portões, a 
ordem nas filas, os nomes dos retardatários. 
b) São executivos de terno que empregam adjetivos fortes: 
incompetente, burra, ignorante. 
c) O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto que 
prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, 
os e-mails atrasados, nenhum ser humano me pedirá para 
apoiar um projeto e não descobrirei que me incluíram 
num grupo de WhatsApp em que os 300 participantes 
dão bom dia uns aos outros. 
d) Num retorno de Salvador, escrevi uma coluna como esta 
sentado na primeira fila, ao lado de um bebê com dor de 
ouvido que chorou sem dar um minuto de trégua. 
22.10. (FCC – SP) – É preciso suprimir uma ou mais vírgulas 
na seguinte frase:
a) É possível que, em vista da quantidade e de seu poder 
de sedução, as ficções de nossas telas influenciem nossa 
conduta de forma determinante.
b) Independentemente do mérito dos professores, as escolas 
devem, com denodo, estimular os sonhos dos alunos.
c) É uma pena que, hoje em dia, tantos e tantos jovens 
substituam os sonhos pela preocupação, compreensível, 
diga-se, de se inserir no mercado de trabalho.
d) O fato de serem, os adolescentes de hoje, tão “razoáveis”, 
faz com que a decantada rebeldia da juventude dê lugar 
ao conformismo e à resignação.
e) Se cada época tem os adolescentes que merece, confor-
me opina o autor, há também os adolescentes que não 
merecem os adultos de sua época.
Aprofundamento
Instrução: Texto para a questão 22.11. 
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA
Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas 
e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais 
um leitor poderia querer de um livro? O livro que 
tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-
-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. 
Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vie-
ram depois e, juntos, ficaram conhecidos como 
“As Crônicas de Nárnia”. 
Em um universo completamente mágico e ori-
ginal, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde 
a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. 
“As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histó-
rias que abrangem diversas épocas dentro de um 
cenário repleto de castelos, membros da realeza, 
guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma 
mitologia bem extensa. 
O autor buscou uma forma de elaborar a his-
tória da Bíblia em um contexto original e inspi-
rado no livro sagrado, de modo que até mesmo 
quem não concorda com os seus preceitos e ensi-
namentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. 
Além disso, há também referências claras às mito-
logias grega e nórdica e aos contos de fada, além 
da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. 
14 Extensivo Terceirão
Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia 
muitos períodos, nos quais questões muito dife-
rentes são abordadas. Entretanto, há um elemento 
comum em todos oslivros: os papéis principais 
são dados a crianças. São esses pequenos heróis 
que se descobrem grandes salvadores e se sentem 
no dever de lutar para proteger a terra que tanto 
amam e que depende deles. 
A oposição entre Aslam e Tash começa a ga-
nhar força no decorrer da cronologia dos livros, 
sempre camuflada em um contexto de conflitos 
por terras e guerras entre reinos. Em “A Última 
Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e 
Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo 
a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, 
seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguin-
do a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes 
boas e ruins que podem ser cometidas de acordo 
com o caráter, o comportamento e as escolhas de 
cada um. 
No geral, os personagens de mais destaque em 
toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plum-
mer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana 
Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. 
Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trum-
pkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, 
Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. 
Cada um possui uma personalidade bastante dis-
tinta do outro e todos apresentam características 
que os tornam originais e clássicos em uma obra 
que é considerada essencial na vida de uma crian-
ça, mas que também pode ser apreciada por pes-
soas de qualquer faixa etária. 
[...] 
LIMA, Victor. Disponível em:<https://nomeumundo.com/2016/08/17/
as-cronicas-de-narnia/>. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado). 
22.11. (IFPE) – Analise alguns fragmentos do texto e marque 
a alternativa que contém uma afirmação VERDADEIRA. 
a) Em “Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e ba-
talhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor 
poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é 
[...]” (1º. parágrafo), o pronome destacado tem a função de 
retomar o trecho sublinhado. 
b) Em “O livro que tem tudo isso é ‘O leão, a feiticeira e o 
guarda-roupa’, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis.” 
(1º. parágrafo), o emprego da vírgula, nas duas situações, 
se deve à mesma razão: separa termos de uma mesma 
função sintática. 
c) Em “‘As Crônicas de Nárnia’ é um conjunto de histórias 
que abrangem diversas épocas [...]” (2º. parágrafo), há 
inadequações na concordância das palavras em destaque. 
Conforme a norma culta, deveria ser “são”, concordando 
com “Crônicas”, e “abrange”, combinando com “conjunto”. 
d) Em “São esses pequenos heróis que se descobrem 
grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para 
proteger a terra que tanto amam e que depende deles.” 
(3º. parágrafo), o sujeito das formas verbais sublinhadas 
é o mesmo, o que pode ser comprovado pela adequada 
concordância verbal. 
e) Em todo o quarto parágrafo, o autor focaliza o enredo de 
intrigas já anunciado no início do texto – “[...] batalhas 
épicas entre o bem e o mal”. O emprego de palavras como 
“oposição”, “conflitos” e “contrastes” comprova isso, embora, 
no quinto parágrafo, o autor mostre que os personagens 
são semelhantes entre si. 
22.12. Marque a opção em que a regra usada para a colo-
cação das vírgulas é a mesma encontrada no trecho abaixo 
destacado:
O labor é a atividade que corresponde ao processo 
biológico do corpo humano cujos crescimento 
espontâneo, metabolismo e eventual declínio 
têm a ver com as necessidades vitais produzidas 
e introduzidas pelo labor no processo da vida.
a) Pretendo designar três atividades humanas fundamentais: 
labor, trabalho e ação. 
b) O trabalho é a atividade correspondente ao artificialismo 
da existência humana, existência esta não necessariamen-
te contida no eterno ciclo vital da espécie. 
c) O bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem 
a ideia. 
d) Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por 
cima das casas. 
e) “Até tu, Brutus?” 
22.13. (ESPM – SP) – 
A reivindicação do massacre na Charlie Hebdo pela 
facção da al-Qaeda na Península Arábica recoloca 
em primeiro plano um movimento afastado da 
mídia pelos sucessos militares da Organização do 
Estado Islâmico.
Le Monde Diplomatique Brasil, 04.02.2016.
Das afirmações abaixo sobre o uso da vírgula, assinale a 
única correta: 
a) o segmento “pela facção da al-Qaeda na Península Arábi-
ca” é um adjunto adnominal e deveria estar entre vírgulas. 
b) poderia haver uma vírgula após o sujeito “A reivindicação 
do massacre na Charlie Hebdo”. 
c) deveria haver uma vírgula após o objeto direto “um mo-
vimento afastado”. 
d) deveria haver uma vírgula após a forma verbal “recoloca”. 
e) o segmento “em primeiro plano” é um adjunto adverbial 
intercalado e poderia estar entre vírgulas. 
Aula 22
15Português 6B
22.14. (ESPCEX – SP) – Marque a alternativa correta quanto 
ao emprego da vírgula, de acordo com as normas grama-
ticais. 
a) Ele pediu, ao motorista que parasse no hotel. 
b) A vida como diz o ditado popular é breve. 
c) Da sala eu vi sem ser visto todo o crime acontecendo. 
d) Atletas de várias nacionalidades, participarão da mara-
tona. 
e) Meus olhos, devido à fumaça intensa, ardiam muito. 
Instrução: A questão 22.15 refere-se ao texto a seguir.
Proibido para menores de 50 anos. Nos últi-
mos meses, em meio ao debate sobre as reformas na 
Previdência, um ponto acabou despertando a aten-
ção. Afinal, existem empregos para quem tem mais 
de 50 anos? Pendurar as chuteiras nem sempre é 
fácil. Às vezes, pode significar uma quebra tão gran-
de na rotina que afeta até mesmo o emocional. Foi 
a partir de uma experiência familiar nesta linha que 
o paulistano Mórris Litvak criou a startup Maturi-
Jobs. Trata-se de uma agência virtual de empregos, 
especializada em profissionais com mais de 50 anos. 
(Revista Isto é Dinheiro. Mercado de Trabalho. Maio/2017. p. 6.) 
22.15. (ITA – SP) – “Nos últimos meses, em meio ao debate 
sobre as reformas na Previdência, um ponto acabou des-
pertando a atenção.” Na frase transcrita, as vírgulas foram 
utilizadas para 
a) realçar a escrita formal em contraste à escrita informal. 
b) separar um termo complementar da oração principal. 
c) marcar a sobreposição de várias informações intercaladas. 
d) indicar o deslocamento da informação secundária em 
relação à principal. 
e) antecipar o tempo e o espaço físico da informação 
principal. 
Instrução: Texto para a questão 22.16. 
“Para que ninguém a quisesse”
 Porque os homens olhavam demais para a 
sua mulher, mandou que descesse a bainha dos 
vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua 
beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exi-
gir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sa-
patos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas 
de seda, da gaveta tirou todas as joias. E vendo 
que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acen-
dia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-
-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olha-
va duas vezes, homem nenhum se interessava por 
ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava 
praças. E evitava sair. Tão esquiva se fez, que ele foi 
deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluís-
se em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os 
móveis e as sombras. Uma fina saudade, porém, 
começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade 
da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por 
ela. Então lhe trouxe um batom. No outro dia um 
corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de 
cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. 
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, 
nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido 
em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou 
andando pela casa de vestido de chita, enquanto a 
rosa desbotava sobre a cômoda.
(COLASANTI, Marina. Um espinho de Marfim & outras 
histórias. Porto Alegre: L&PM, 1999, p. 88 - 89.) 
22.16. (EPCAR – MG) – Assinale a alternativa que apresenta 
uma análise morfossintática correta. 
a) Em “...um ou outro olhar viril se acendia à passagem 
dela...”, a crase obrigatoriamente deixará de existir caso 
o pronome “se” seja retirado da estrutura, sem mudança 
de sentido. 
b) Em “À noite tirou dobolso uma rosa de cetim para enfeitar-
-lhe o que restava dos cabelos.”, a expressão “de cetim” e o 
pronome “lhe” possuem a mesma classificação sintática. 
c) Em “...sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a 
exigir que eliminasse os decotes...”, a vírgula é obrigatória 
para separar duas orações coordenadas. 
d) Em “...permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos...”, 
todos os acentos tônicos se justificam pela mesma regra. 
22.17. (EEAR – SP) – De acordo com o significado de cada 
sentença, marque a opção que apresenta erro em relação à 
presença ou ausência da vírgula. 
a) Eu que não sou o dono da verdade sei que o senhor está 
certo. 
b) Maria foi a pessoa rara que escolheu a casa dos pais. 
c) Meu avô Tobias, que foi meu modelo de pai, faleceu 
quando eu era menino. 
d) Dona Jorgina, que dedicou-se inteiramente ao trabalho 
aos outros, era muito respeitada pelos mais novos da 
família. 
22.18. (EFOMM – RJ) – Assinale a opção em que, conforme a 
norma culta, NÃO é possível acrescentar vírgula ao período. 
a) Primeiro vamos lá embaixo (...). 
b) Agora devem ser três horas da tarde (...). 
c) Na minha adolescência você seria uma tortura. 
d) Na adolescência me torturaria; mas sou um homem 
maduro. 
e) Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas 
magras (...). 
16 Extensivo Terceirão
Desafio
Instrução: Leia o trecho do ensaio “A transitoriedade”, de Sigmund Freud (1856-1939), para responder à questão 22.19.
Algum tempo atrás, fiz um passeio por uma rica paisagem num dia de verão, em companhia de um poeta 
jovem, mas já famoso. O poeta admirava a beleza do cenário que nos rodeava, porém não se alegrava com 
ela. Era incomodado pelo pensamento de que toda aquela beleza estava condenada à extinção, pois desapa-
receria no inverno, e assim também toda a beleza humana e tudo de belo e nobre que os homens criaram ou 
poderiam criar. Tudo o mais que, de outro modo, ele teria amado e admirado, lhe parecia despojado de valor 
pela transitoriedade que era o destino de tudo.
Sabemos que tal preocupação com a fragilidade do que é belo e perfeito pode dar origem a duas diferen-
tes tendências na psique. Uma conduz ao doloroso cansaço do mundo mostrado pelo jovem poeta; a outra, 
à rebelião contra o fato constatado. Não, não é possível que todas essas maravilhas da natureza e da arte, do 
nosso mundo de sentimentos e do mundo lá fora, venham realmente a se desfazer. Seria uma insensatez e 
uma blasfêmia acreditar nisso. Essas coisas têm de poder subsistir de alguma forma, subtraídas às influências 
destruidoras.
Ocorre que essa exigência de imortalidade é tão claramente um produto de nossos desejos que não pode 
reivindicar valor de realidade. Também o que é doloroso pode ser verdadeiro. Eu não pude me decidir a 
refutar a transitoriedade universal, nem obter uma exceção para o belo e o perfeito. Mas contestei a visão do 
poeta pessimista, de que a transitoriedade do belo implica sua desvalorização.
Pelo contrário, significa maior valorização! Valor de transitoriedade é valor de raridade no tempo. A 
limitação da possibilidade da fruição aumenta a sua preciosidade. É incompreensível, afirmei, que a ideia 
da transitoriedade do belo deva perturbar a alegria que ele nos proporciona. Quanto à beleza da natureza, 
ela sempre volta depois que é destruída pelo inverno, e esse retorno bem pode ser considerado eterno, em 
relação ao nosso tempo de vida. Vemos desaparecer a beleza do rosto e do corpo humanos no curso de nossa 
vida, mas essa brevidade lhes acrescenta mais um encanto. Se existir uma flor que floresça apenas uma noite, 
ela não nos parecerá menos formosa por isso. Tampouco posso compreender por que a beleza e a perfeição 
de uma obra de arte ou de uma realização intelectual deveriam ser depreciadas por sua limitação no tempo. 
Talvez chegue o dia em que os quadros e estátuas que hoje admiramos se reduzam a pó, ou que nos suceda 
uma raça de homens que não mais entenda as obras de nossos poetas e pensadores, ou que sobrevenha uma 
era geológica em que os seres vivos deixem de existir sobre a Terra; mas se o valor de tudo quanto é belo e 
perfeito é determinado somente por seu significado para a nossa vida emocional, não precisa sobreviver a 
ela, e portanto independe da duração absoluta.
(Introdução ao narcisismo, 2010. Adaptado.) 
22.19. (UNESP – SP) – 
a) Explique sucintamente a diferença entre a visão de Freud e a visão do jovem poeta sobre a transitoriedade do belo.
Aula 22
17Português 6B
b) Transcreva do segundo parágrafo uma oração em que a ocorrência de vírgula indica a supressão de um verbo. Identifique 
o verbo suprimido nessa oração. 
Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão 22.20.
Muitos anos mais tarde, Ana Terra costumava sentar-se na frente de sua casa para pensar no passado. E 
no pensamento como que ouvia o vento de outros tempos e sentia o tempo passar, escutava vozes, via ca-
ras e lembrava-se de coisas... O ano de 81 trouxera um acontecimento triste para o velho Maneco: Horácio 
deixara a fazenda, a contragosto do pai, e fora para o Rio Pardo, onde se casara com a filha dum tanoeiro e 
se estabelecera com uma pequena venda. Em compensação nesse mesmo ano Antônio casou-se com Eulália 
Moura, filha dum colono açoriano dos arredores do Rio Pardo, e trouxe a mulher para a estância, indo ambos 
viver num puxado que tinham feito no rancho.
Em 85 uma nuvem de gafanhotos desceu sobre a lavoura deitando a perder toda a colheita. Em 86, 
quando Pedrinho se aproximava dos oito anos, uma peste atacou o gado e um raio matou um dos escravos.
Foi em 86 mesmo ou no ano seguinte que nasceu Rosa, a primeira filha de Antônio e Eulália? Bom. A 
verdade era que a criança tinha nascido pouco mais de um ano após o casamento. Dona Henriqueta cortara-
-lhe o cordão umbilical com a mesma tesoura de podar com que separara Pedrinho da mãe.
E era assim que o tempo se arrastava, o sol nascia e se sumia, a lua passava por todas as fases, as estações 
iam e vinham, deixando sua marca nas árvores, na terra, nas coisas e nas pessoas.
E havia períodos em que Ana perdia a conta dos dias. Mas entre as cenas que nunca mais lhe saíram da 
memória estavam as da tarde em que dona Henriqueta fora para a cama com uma dor aguda no lado direito, 
ficara se retorcendo durante horas, vomitando tudo o que engolia, gemendo e suando de frio.
Érico Veríssimo. O tempo e o Vento, “O Continente”, 1956. 
22.20. (FGV – SP) – Observe o emprego da vírgula nas passagens destacadas a seguir e responda ao que se pede.
– “Foi em 86 mesmo ou no ano seguinte que nasceu Rosa, a primeira filha de Antônio e Eulália?” (3º. parágrafo)
– “E era assim que o tempo se arrastava, o sol nascia e se sumia, a lua passava por todas as fases, as 
estações iam e vinham, deixando sua marca nas árvores, na terra, nas coisas e nas pessoas.” (4º. parágrafo)
a) O que justifica o emprego da vírgula na passagem do 3º. parágrafo?
18 Extensivo Terceirão
Gabarito
22.01. e
22.02. b
22.03. b
22.04. e
22.05. a
22.06. b
22.07. e
22.08. d
22.09. d
22.10. d
22.11. a
22.12. a
22.13. e
22.14. e
22.15. d
22.16. b
22.17. a
22.18. d
22.19. a) Enquanto para o jovem poeta a tran-
sitoriedade do belo desvalorizava a 
fruição do momento vivido, ou seja, 
de tudo o que ele ama e admira, para 
Freud isso implicava maior valori-
zação, já que a beleza e a perfeição 
apenas adquirem significado pelas 
emoções que suscitam momenta-
neamente em cada um, sem necessi-
dade, portanto, de duração absoluta.
b) Na oração “a outra, à rebelião contra 
o fato constatado”, a vírgula indica a 
elipse do termo verbal “conduz”, ex-
presso no segmento anterior: “Uma 
conduz ao doloroso cansaço do 
mundo mostrado pelo jovem poeta”. 
22.20. a) No 3º. parágrafo, ocorre um aposto: a 
expressão “a primeira filha de Antônio 
e Eulália” explica o termo anteceden-
te (“Rosa”), daí a obrigatoriedade do 
emprego da vírgula.
b) No 4º. parágrafo, o primeiro trecho é 
formado por um encadeamento de 
orações coordenadas, com elemen-
tosque indicam o modo pelo qual 
“o tempo se arrastava”: por intermé-
dio de uma gradação, “o sol nascia 
e se sumia”, “a lua passava por todas 
as fases” e, de forma mais ampla, “as 
estações iam e vinham”. Já o segun-
do trecho é um encadeamento de 
termos com mesma função sintática, 
uma série de adjuntos adverbiais. 
b) Que diferença há nas duas construções do 4º. parágrafo para explicar o emprego das vírgulas? 
19Português 6B
Sobre classificações e 
nomenclaturas
A tradição gramatical sempre privilegiou o conhe-
cimento da nomenclatura, da classificação das orações. 
No caso das adverbiais, isso parece mais exaustivo ainda, 
pois são nove as orações subordinadas dessa natureza! 
Calma.
Passaremos por elas, sem dúvida, inclusive pela 
nomenclatura, mas nos interessará bem mais que você 
saiba como reconhecer os efeitos de sentido decorren-
tes do uso dos muitos conectores que caracterizarão as 
adverbiais.
Aí, é uma mera questão de consequência: lendo e 
escrevendo de forma consciente com os operadores das 
orações adverbiais, o reconhecimento da nomenclatura 
lhe parecerá exercício menor, acredite.
Assim, você conseguirá orientar a sua argumentação, 
em um texto dissertativo, por exemplo, podendo se va-
ler das relações estabelecidas pelas orações adverbiais.
De novo: considere a classificação das orações 
como um fator decorrente de uma leitura precisa que 
enriquecerá expressivamente o seu texto e o seu modo 
de escrever.
Adjuntos adverbiais na 
forma de oração 
Como sabemos, advérbios são palavras que expres-
sam circunstâncias, como as ideias de tempo, lugar, 
modo, dentre outras. Com isso em mente, vamos com-
parar os três enunciados a seguir:
1. A intolerância aumenta fortemente.
2. A intolerância aumenta no Brasil.
3. A intolerância aumenta quando a ignorância cresce.
Lembrando aspectos da morfologia, entendemos 
que 
em (1), o termo grifado é um advérbio; 
em (2), uma locução adverbial;
em (3), uma oração.
Todas as três formas são indicadoras de circunstan-
cias adverbiais modulando – alterando – o sentido da 
oração “A intolerância aumenta”.
Concluímos, então, que uma oração dita adverbial 
é aquela que naturalmente ocupa o espaço que seria 
preenchido por uma palavra (advérbio) ou expressão 
(locução adverbial) desse valor.
Orações adverbiais
São estas as orações adverbiais com as quais traba-
lharemos nas duas próximas aulas:
Causal Condicional Final
Comparativa Conformativa Proporcional
Concessiva Consecutiva Temporal
Na tabela acima, apenas por uma questão de prati-
cidade, os nomes foram expostos segundo uma ordena-
ção alfabética. Nas duas aulas, agruparemos as orações 
segundo o seu “potencial” de uso argumentativo.
1. Oração adverbial temporal
Trata-se da oração adverbial mais óbvia e de fácil 
reconhecimento, afinal, o adjunto adverbial de tempo 
é extremamente comum em frases do período simples. 
Esta razão pela qual ela introduz nosso estudo das 
orações adverbiais. 
Confira os períodos a seguir:
Quando pessoas conscientes se omitem, ganha 
espaço a intolerância e o preconceito. 
Alguns dançam no palco enquanto outros traba-
lham nas ruas.
As duas orações destacadas nos períodos são subor-
dinadas adverbiais temporais.
Conectivos
• quando
• enquanto
• desde que
• logo que
• assim que
• antes / depois que
Português
1B6BAula 23
Período composto – 
oração adverbial I
20 Extensivo Terceirão
2. Oração adverbial proporcional
Cuidado para não confundir a noção de proporciona-
lidade com a de comparação. As orações comparativas 
– você verá – trazem uma ideia estática, em oposição à 
dinamicidade expressa pela noção de proporcionalidade. 
Vejamos.
Imagine dois fatos que ocorram concomitantemente, 
ou seja, que se desenvolvam ao mesmo tempo, sendo 
que um implica o aumento ou a diminuição do outro. 
Essa é a relação que se observa na oração adverbial 
proporcional.
Leia o período a seguir e procure notar tal relação.
As dores mudam de cor à medida que o tempo passa.
Esse período estabelece uma proporcionalidade 
entre duas grandezas. Mudar de cor e tempo passar são 
fatos que evoluem juntos, concomitantemente. Quando 
um aumenta, o outro também aumenta. São, por assim 
dizer, grandezas diretamente proporcionais.
A oração destacada com a locução conjuntiva à 
medida que expressa essa proporcionalidade, sendo 
classificada como oração subordinada adverbial propor-
cional. 
A locução mais característica desse tipo de oração é 
à proporção que.
Exemplo bem comum na fala
Quanto mais estudo, menos sei.
oração subordinada proporcional oração principal
Conectivos
• à proporção que
• à medida que
• ao passo que
• quanto mais... mais
• quanto menos... menos
3. Oração adverbial comparativa
As orações comparativas expressam comparações 
entre dois seres, duas atitudes, etc. Vejamos um exemplo:
Vinícius chuta como um craque.
O período estabelece uma comparação entre o nome 
Vinícius e um craque. Essa ideia é clara e está relaciona-
da ao papel da conjunção como. A oração introduzida 
por essa conjunção se classifica, nesse contexto, como 
adverbial comparativa.
oração principal oração subordinada adverbial proporcional
oração principal oração subordinada 
adverbial comparativa
Note que o trecho destacado traz uma forma verbal 
elíptica. Isso é muito comum em orações comparativas. 
Às vezes, é por isso que alguns não as identificam. Em 
sua forma “completa”, o enunciado acima seria assim 
redigido:
Vinícius chuta como um craque (chuta)
Conectivos
• como
• mais que / menos que
• maior que / menor que
• tanto...quanto
• tão...como
• assim...como
4. Oração adverbial conformativa
A oração subordinada adverbial conformativa 
expressa que determinada ideia está em conformidade 
com outra ideia. 
Normalmente, ela está associada ao chamado 
argumento de autoridade, constituindo recurso muito 
utilizado no momento em que se fazem citações nos 
textos. É o caso do período a seguir:
Conforme lembra Paulo Vanzolini, um homem de 
moral não fica no chão.
Veja que a ideia de que “um homem de moral não fica 
no chão” está em conformidade com aquilo que ensina 
o sambista e professor Paulo Vanzolini. O enunciado, 
assim, destaca o argumento de autoridade, indicado na 
oração iniciada pelo conectivo conforme.
Não se deixe impressionar pela facilidade de uso 
deste tipo de oração. A mera citação de um argu-
mento de autoridade não garante expressividade. 
Nada é gratuito em um bom texto!
Ao citar um argumento de autoridade, não basta 
a fonte fidedigna e a citação; é preciso que haja per-
tinência entre o que é citado e o contexto em que se 
insere a citação, além, é óbvio, de clareza e expressi-
vidade no modo como se escreve tal citação, afinal, 
uma redação é sempre de um exercício de escrita.
Citar por citar, apenas para tentar alguma impres-
são de (falsa) erudição só torna o texto canhestro.
Conectivos
• como
• conforme
• segundo
• consoante
oração subordinada adverbial conformativa oração principal
Aula 23
21Português 6B
5. Oração adverbial condicional
Entendida a condição como um fato necessário para 
que outro fato possa ocorrer, considere que a oração 
indicadora dessa relação lógica é denominada subordi-
nada adverbial condicional.
Ser respeitado profissionalmente exige saber 
respeitar os outros.
Assim, temos que “saber respeitar os outros”’ é condi-
ção para que alguém seja respeitado profissionalmente.
Como você já estudou em aulas anteriores, a conjun-
ção mais comum que expressa a ideia de condição entre 
as orações é o se:
Se você souber respeitar os outros, será respeitado 
profissionalmente.
Esse período apresenta duas orações. A segunda – 
será respeitado profissionalmente – é a oração principal, 
uma vez que não vem marcada por conectivo algum. 
A primeira oração expressa o fato necessário para 
que o segundo ocorra. Introduzida pela conjunção se, a 
primeira oração é classificada como oração subordina-
da adverbial condicional.
Se você souber respeitar os outros, será respeitado 
profissionalmente.Não é difícil reconhecer o conectivo se como con-
dicional, uma vez que ele é sinônimo de caso, outra 
conjunção condicional muito recorrente nos enunciados 
com que nos deparamos constantemente.
Veja, porém, a diferença de uso entre esses conectores.
Se você escrever muito, melhorará o seu texto.
Caso você escreva muito, melhorará o seu texto.
Notou como o ‘caso’ se comporta? Ele ‘pede’ o modo 
subjuntivo no presente. Mas não vá se trair! O ‘se’ também 
exige o subjuntivo, porém, no futuro, e não no infinitivo, 
como pode parecer à primeira vista. Quer conferir?
Caso você vá, ele irá.
Se você for, ele irá. (e não ‘se você ir...’)
Caso você queira, ela fica.
Se você quiser, ela fica. (e não ‘se você querer...’)
Conectivos
• se
• caso
• desde que
• contanto que
• a não ser que
• a menos que
• sem que
oração subordinada adverbial condicional oração principal
 Reduzindo as orações
Novamente lembrando os pré-requisitos para se 
reduzir uma oração
1.o) ausência do conector no ponto em que ele caracteri-
za a oração subordinada;
2.o) presença de uma forma nominal do verbo no ponto 
em que se suprime o conector.
Quando as pessoas realmente forem civilizadas, o 
Brasil estará no Primeiro Mundo.
CIVILIZADAS realmente as pessoas, o Brasil estará no 
Primeiro Mundo.
Se parar de reclamar, já será algo mais produtivo e eficaz.
PARANDO de reclamar, já será algo mais produtivo e eficaz.
 Pontuando as adverbiais
Se você fizer uma recapitulação das orações expostas 
como exemplos nesta aula, notará um efeito de pontu-
ação próprio das adverbiais. Veja, nos exemplos abaixo, 
como a vírgula se comporta entre a oração principal e a 
subordinada adverbial.
Entendi depois que li com calma.
Depois que li com calma (,) entendi
Vale, então, para a redação: quando, no período, a 
oração adverbial antecede a oração principal, natural-
mente se insere uma vírgula entre elas, pois ocorreu, 
no trecho, uma inversão entre os termos. Seria mais ou 
menos o que ocorre no período simples:
Ninguém faltou à aula ontem.
Ontem (,) ninguém faltou à aula.
 oração principal oração adverbial temporal
oração adverbial temporal reduzida de particípio oração principal
 oração adverbial condicional oração principal
oração adverbial temporal 
reduzida de gerúndio
oração principal
oração principal oração subordinada 
adverbial temporal
oração principaloração subordinada 
adverbial temporal
22 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
23.01. Classifique as orações subordinadas a seguir de 
acordo com o seguinte código:
(1) Oração subordinada adjetiva
(2) Oração subordinada substantiva
(3) Oração subordinada adverbial
a) ( ) Quando a ignorância supera o diálogo, todos 
saem perdendo.
b) ( ) Lutas perdem o sentido à medida que servem 
apenas à vaidade de quem as empreende.
c) ( ) Alguns discursos soavam como algo completa-
mente formatado.
d) ( ) É importante perceber que o medo prejudica 
nossa capacidade de julgamento.
e) ( ) Augusta estava cercada de pessoas pelas quais ela 
se sacrificaria.
f ) ( ) Aquela era uma situação na qual não cabia o 
desespero.
g) ( ) Sempre há pessoas cujas ideias são desconcer-
tantes.
h) ( ) Alguns textos provam que o repertório dos alu-
nos tem evoluído.
23.02. Você deve completar o enunciado com a ideia pro-
posta em cada item. Para isso, use um conector adequado 
que dê sentido à frase e estabeleça uma relação argumen-
tativa coerente ao todo.
a) A atitude do jovem deve mudar 
________________________ (conformidade).
b) A atitude do jovem poderá mudar 
________________________ (comparação).
c) A atitude do jovem não muda 
________________________ (proporção).
d) A atitude do jovem só mudará 
________________________ (condição).
e) A atitude do jovem realmente mudará 
________________________ (tempo).
23.03. Relacione os conectivos destacados com aqueles que 
apresentam equivalência semântica.
(1) quando (2) como (3) à medida que 
(4) conforme (5) se
( ) desde que
( ) segundo
( ) à proporção que
( ) logo que
( ) assim que 
( ) contanto que 
( ) depois que
( ) tal qual
( ) desde que (+ verbo no subjuntivo)
( ) enquanto
( ) a não ser que
( ) a menos que
( ) quanto mais...
( ) consoante
( ) tão...quanto
( ) mais/menos...que
23.04. Siga o mesmo padrão do exercício 23.02, respeitando 
as relações lógicas exigidas por cada ideia.
a) _____________________________ , estaremos nos 
formando. (conformidade)
b) _____________________________ , estaremos nos 
formando. (comparação)
c) _____________________________ , estaremos nos 
formando. (proporção)
d) _____________________________ , estaremos nos 
formando. (condição)
e) _____________________________ , estaremos nos 
formando. (tempo)
Aperfeiçoamento
23.05. Classifique as orações subordinadas adverbiais des-
tacadas nos enunciados a seguir, de acordo com o seguinte 
código:
(1) Oração subordinada adverbial temporal
(2) Oração subordinada adverbial comparativa
(3) Oração subordinada adverbial proporcional
(4) Oração subordinada adverbial condicional
(5) Oração subordinada adverbial conformativa
a) ( ) Alguém prospera à medida que trabalha sabia-
mente.
b) ( ) Mentia tanto quanto um candidato em campa-
nha.
c) ( ) Como nos ensinavam os antigos, nada é eterno.
d) ( ) Passará a dominar a matéria, desde que se dedi-
que a isso.
e) ( ) O professor garantiu que, enquanto ele estivesse 
vivo, os alunos nada tinham a temer.
f ) ( ) Quanto menos se distrair, melhor para você.
g) ( ) O famoso jogador de basquete comemorou a 
premiação feito uma criança.
h) ( ) Vários alunos se desesperam assim que surgem 
as primeiras barreiras.
Aula 23
23Português 6B
23.06. (PUCCAMP – SP) – Considere este período de um 
texto:
“Somente mais tarde a termodinâmica demonstrou 
que tal analogia com a mecânica não se verifica”.
No caso de se reconstruir o período acima iniciando-se com 
“Tal analogia com a mecânica não se verifica”, a frase que o 
completará com correção e coerência é:
a) porque somente mais tarde o estudo da termodinâmica 
o demonstrou.
b) apesar de que somente mais tarde o estudo da termodi-
nâmica o demonstrara.
c) desde que somente mais tarde o estudo da termodinâ-
mica o demonstrasse.
d) conforme o estudo da termodinâmica viria a demonstrar.
e) não obstante o estudo da termodinâmica viesse a 
demonstrá-lo.
23.07. (UFF – RJ) – Os diversos tipos de relação sintática en-
tre orações podem ser estabelecidos sem conectivo explícito, 
através de formas de infinitivo, gerúndio ou particípio, como 
vemos no seguinte exemplo:
“Tomando Gilberto Freyre como a linha ver-
tical e Mário de Andrade como a linha horizon-
tal de um ângulo reto, teríamos Guimarães Rosa 
como a hipotenusa fechando o triângulo”.
(Carlos Heitor Cony)
Reconheça o tipo de relação sintática expressa pelo gerúndio 
sublinhado no período acima.
a) conclusão
b) temporalidade
c) condicionalidade
d) mediação
e) conformidade
23.08. (FUVEST – SP) – Leia este trecho de texto:
“ – Mandaram ler este livro...
 Se o tal do livro for fraquinho, o desprazer 
pode significar um precipitado, mas um decisivo 
adeus à literatura; se for estimulante, outros vi-
rão sem o peso da obrigação”.
(Cláudio Ferraretti)
O sentido da oração destacada mantém-se em:
a) conquanto seja estimulante.
b) desde que seja estimulante.
c) ainda que seja estimulante.
d) porquanto é estimulante.
e) posto que é estimulante.
23.09. (VUNESP – SP) – 
“Castro Alves se distingue pelo vigor da pai-
xão, [...]. É a força que o anima, na vida íntima e 
pública, distendendo a sua poesia como um arco, 
tornando o poema inferior à energia acumulada, 
que o nimba, ao se libertar, com um misterioso 
eco circundante.”
(Antônio Cândido)
A oração em destaque é uma subordinada reduzida que, 
sem perda do sentido original presente no texto, pode 
desdobrar-se em:
a) quando se liberta.
b) se se liberta.
c) porque se liberta.
d) embora se liberta.
e) conforme se liberta.
Instrução: Texto para a questão 23.10. 
Conforme

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