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05_CURSO_ER21_EXT_LIN_CIEH_HIS_7B

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1
Mundo capitalista 
(1945-2017)
7B
História
25
Aula 
Introdução
O período de 1945 até o começo da década de 70 
foi, segundo o historiador inglês Eric Hobsbawm, a Era 
de Ouro do capitalismo, com um aumento expressivo da 
produção e do consumo.
Nos Estados Unidos, a década de 50 foi de extraor-
dinária prosperidade. Na Europa, destruída pela Guerra, 
a recuperação foi bastante rápida, o mesmo ocorrendo 
com o Japão.
Após a crise do petróleo (1974), o capitalismo tam-
bém entrou em crise, recuperando-se no final da década 
de 80 e mergulhando na globalização dos anos 90.
 
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 ` Prosperidade norte-americana na década de 50
É importante destacar que encontramos as origens 
da globalização nas Grandes Navegações (século XV), 
porém somente após a Revolução Industrial é que o 
processo acelerou-se. Nos últimos vinte anos, em função 
da “revolução da informática”, o processo chamado de 
globalização acentuou-se significativamente. Esse pro-
cesso é muito criticado pelo fato de estar sob o controle 
das potências capitalistas, determinar a desigualdade de 
oportunidades e o aumento das diferenças entre países 
ricos e países pobres. A política chamada de neoliberal 
defende um Estado mínimo, com privatizações para a 
diminuição dos gastos estatais em questões sociais e 
para a exaltação da livre concorrência.
Estados Unidos
Em 1952, foi eleito Presidente dos Estados Unidos o 
general Dwight Eisenhower, do Partido Republicano, 
reeleito em 1956.
O governo Eisenhower se caracterizou por várias 
tentativas de conter a expansão da influência soviética no 
mundo. No plano interno, apesar da prosperidade econô-
mica, ocorreram muitos fatos negativos, especialmente o 
Macarthismo, movimento de combate ao comunismo nos 
Estados Unidos, iniciado pelo senador Joseph McCarthy, 
que se transformou numa “caça às bruxas”.
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 `O casal Ethel e Julius Rosemberg foi condenado 
à morte por ter passado segredos atômicos aos 
soviéticos. As provas não eram conclusivas.
2 Extensivo Terceirão
Censura à imprensa, destruição de bibliotecas, 
calúnias, perseguições e toda sorte de excessos caracte-
rizaram esse movimento, que logo caiu no descrédito. O 
senador McCarthy morreu no ostracismo.
É verdade, porém, que esse anticomunismo lançou 
os Estados Unidos na Guerra do Vietnã, acarretando 
consequências políticas desastrosas. A década de 
50 foi marcada por altos e baixos no terreno político 
norte-americano. Os presidentes Truman e Eisenhower 
adotaram uma política extremamente conservadora.
Em 1960, a vitória do democrata católico John 
Fitzgerald Kennedy deu um novo tom à política exter-
na norte-americana. Em relação à América Latina, pro-
curou, através de um programa chamado “Aliança para 
o Progresso”, levar ajuda técnica e econômica, visando 
impedir o avanço das esquerdas.
No caso dos mísseis soviéticos instalados em Cuba, 
Kennedy agiu com firmeza, conseguindo a retirada 
dessas armas. Em circunstâncias ainda não totalmente 
elucidadas, o presidente Kennedy foi assassinado em 
Dallas, em 22 de novembro de 1963. Quanto a quem 
realmente o matou e às razões que levaram ao crime, 
existem ainda muitas controvérsias; o suposto assassino 
foi o esquerdista Lee Harvey Oswald.
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 ` John Kennedy em 11 de julho de 1963
O substituto de Kennedy foi Lyndon Johnson (inter-
venção do Vietnã) e, em 1968, foi eleito o republicano 
Richard Nixon, que retirou as tropas norte-americanas 
do Vietnã, aproximou-se da China Comunista e acabou 
deixando o poder devido ao escândalo de Watergate 
(espionagem na sede do Partido Democrata). Nixon 
renunciou.
Questão racial
Mesmo com a abolição da escravatura, os negros 
norte-americanos viviam na miséria e eram oprimi-
dos pela Ku Klux Klan, uma organização racista.
Nos estados do Sul, o racismo era ostensivo.
Existiam escolas, bares, restaurantes, etc., só para 
brancos. O negro que ousasse entrar podia até ser 
linchado.
Em 1910, foi criada a Associação Nacional para o 
Progresso de Gente de Cor (NAACP), que de forma 
pacífica objetivava conquistar os direitos civis e po-
líticos para os negros.
Mais tarde, Marcus Garvey defendia que os ne-
gros deveriam voltar para a África. Acabou sendo 
extraditado para a Jamaica.
Em 1931, um seguidor de Garvey, Earl Little, foi 
assassinado em IIIinois.
Duas décadas depois, seu filho Malcolm Little – 
chamado Malcolm X, pois substituiu o nome ame-
ricano “Little” por um X, que simbolizava seu nome 
africano esquecido – pregou a criação de um Estado 
Negro na América.
Muçulmano fanático, denunciador do racismo e 
ao mesmo tempo um humanista, Malcolm X acabou 
assassinado em Nova Iorque.
Existiam, nos estados do sul, escolas só para ne-
gros e escolas só para brancos. Era a grande farsa de 
“separados mas iguais”, pois as escolas para os ne-
gros eram bem piores.
Uma figura que se destacou nas lutas contra o ra-
cismo foi o pastor Martin Luther King, que pregava 
a desobediência civil não violenta.
Nem todos concordavam com ele. Era o caso de 
Malcolm X e dos Panteras Negras, que, além de lu-
tarem contra o racismo, lutavam contra o sistema 
capitalista e o imperialismo norte-americano.
Luther King foi assassinado em 1968 e os Pan-
teras Negras foram duramente reprimidos. Apesar 
disso, os negros obtiveram a tão sonhada igualdade 
jurídica.
No Vietnã, os norte-americanos sustentaram teimo-
samente uma guerra impopular. No Irã, apoiaram erra-
damente, até o último instante, o decrépito regime do 
xá Reza Pahlevi; na Nicarágua, armaram até os últimos 
dias a agonizante ditadura de Anastasio Somoza; essas 
atitudes provocaram a derrota de Jimmy Carter. Com 
Ronald Reagan, tivemos uma espécie de “nova” Guerra 
Fria. O apoio norte-americano aos ingleses na Guerra 
das Malvinas, a política intervencionista na América 
Central, a invasão de Granada e a posição dos Estados 
Aula 25
3História 7B
Unidos no Oriente Médio mostraram a ativa presença 
norte-americana em defesa dos próprios interesses.
A ascensão de Gorbatchev na URSS mudou esse qua-
dro, fazendo com que Reagan alterasse suas posições 
sobre o antigo “Império do Mal”.
O sucessor de Reagan, George Bush, obteve enormes 
êxitos em sua política externa: o fim da Guerra Fria e a 
vitória na Guerra do Golfo.
No campo econômico, a situação foi bem diferente. 
A volta das lutas raciais, em Los Angeles, e os tropeços 
internos diminuíram sua popularidade.
O fracasso da política econômica foi fatal a George 
Bush. Nas eleições presidenciais, o democrata Bill Clinton 
venceu as eleições.
A derrota de Bush representou um sério golpe ao 
neoliberalismo.
A doutrina neoliberal defende um “Estado mínimo”, 
cobrando menos impostos e investindo menos no cam-
po social. Essa fórmula, por algum tempo, deu certo na 
Inglaterra de Margaret Thatcher e nos Estados Unidos 
de Ronald Reagan.
William Jefferson Clinton, que governou os Estados 
Unidos de 1993 até o começo de 2001, teve enorme suces-
so na política econômica e social. No plano externo, apro-
fundou a hegemonia norte-americana no mundo. Apesar 
de alguns arranhões (caso Mônica Lewinski), o Presidente 
terminou o mandato com grande popularidade.
Apesar do sucesso de Clinton, o seu vice, Al Gore, 
perdeu as eleições para o republicano George W. Bush. 
No voto popular, Al Gore venceu, mas a apuração na 
Flórida foi marcada por fraudes e abusos que macularam 
a vitória de Bush.
O primeiro mandato de George W. Bush foi marcado 
pela “luta contra o terrorismo” após os atentados de 11 
de setembro de 2001. As invasões do Afeganistão e do 
Iraque inserem-se nesse contexto.
Mesmo com o fracasso de suas políticas externa e 
interna Bush foi reeleito em 2004. O voto dos conser-
vadores, dos fundamentalistas cristãos, dos cubanos 
de Miami e de toda sorte de reacionáriospossibilitou 
o triunfo da mediocridade, do belicismo e das trevas 
criadas por uma religiosidade medievalesca.
O fracasso no Iraque e a crise econômica fizeram com 
que, no seu último mandato, Bush tivesse baixíssimos 
índices de popularidade, daí a derrota de seu candidato 
na eleição presidencial.
Barack Obama foi o primeiro afro-descendente elei-
to Presidente dos Estados Unidos levando novamente o 
Partido Democrata ao poder.
Na sua primeira gestão cumpriu parte das promes-
sas: retirou as tropas norte-americanas do Iraque e deu 
início a uma modesta recuperação econômica.
Apesar de ter decepcionado muitos dos seu eleitores 
conseguiu a reeleição em 2012. Tentou implementar po-
líticas sociais, porém esbarrou no conservadorismo do 
Congresso dominado pelo Partido Republicano. No pla-
no externo adotou uma política menos intervencionista 
e reatou as relações diplomáticas com Cuba encerrando 
um contencioso que durava mais de 50 anos.
A sua candidata Hillary Clinton perdeu para o can-
didato do Partido Republicano Donald Trump que sur-
prendeu os especialistas com seu discurso nacionalista, 
protecionista, misógino e até racista. A vitória de Trump 
simbolizou a descrença de muitos estadunidenses na 
política tradicional.
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 ` Presidente Donald J. Trump, 2017.
Crise
“Sob a presidência de Alan Greenspan na Reserva 
Federal americana, o índice Dow Jones passou de 3 000, 
em 1987, para 11 000, no ano de 2 000, o pleno emprego 
foi concretizado (20 milhões de empregos foram criados 
entre 1995 e 2 000), com um forte crescimento e sem 
subida dos preços.
No entanto, o final dessa década assistiu à mais 
grave crise desde a de 1929, com os subprimes (crédito 
hipotecário ou empréstimo imobiliário de alto risco) 
em 2007-2009, uma crise financeira transformada em 
crise econômica mundial. De início, tratou-se de uma 
ação social do Estado federal sob a administração de 
Clinton para incitar os bancos a conceder empréstimos 
às famílias desfavorecidas das minorias negras e hispâ-
nicas, para que estas pudessem adquirir alojamento. 
Multiplicou-se o crédito dúbio (ativos tóxicos), infec-
tando pouco a pouco o sistema bancário e financeiro e 
provocando desequilíbrios consideráveis, o que forçou 
os Estados a intervir (fim da administração Bush, início 
da presidência de Obama) para evitar um colapso do
4 Extensivo Terceirão
sistema bancário. Apenas o banco Lehman Brothers 
abre falência em 2008. A crise financeira alastra-se pelo 
mundo, inclusive na economia real: o desemprego sobe 
para 10% e o PIB recua 2% nos Estados Unidos em 2009. 
Porém, os países emergentes parecem pouco afetados 
pela crise, com um crescimento apenas mais lento, 
como é o caso da China.
A consequência da supremacia econômica ameri-
cana no século XX é uma forma de hegemonia política, 
reforçada após o desaparecimento do comunismo em 
1989, que pode ser descrita assim, como fazia Bismarck 
num outro contexto: 
“Uma relação desigual estabelecida entre uma 
grande potência e uma ou várias potências mais 
pequenas, baseada, contudo, na igualdade formal 
e jurídica de todos os Estados em causa, não é um 
império, a hegemonia não assenta num Estado ad-
ministrante e em Estados administrados, mas nas 
ideias de direção e de orientação, por um lado, e 
dos países seguidores, por outro”. Para outros, as 
noções de hegemonia, superpotência ou hiperpo-
tência adaptam-se mal ao caso dos Estados Uni-
dos, devido à divisão dos poderes internos, devi-
do à democracia mantida há mais de dois séculos, 
a despeito do episódio do macarthismo. Tratar-
-se-ia antes de uma constelação imaterial em que 
têm peso equivalente os indivíduos, a sociedade 
civil, os empresários, os meios de comunicação 
social, as sitcoms, os Óscares, a Microsoft e o in-
glês...Uma combinação que torna inadequados os 
critérios habituais de dominação.” J.-M. Gaillard
BRASSEUL, Jacques. História econômica do mundo: das origens aos 
subprimes. Lisboa: Texto & Grafia, 2011, p. 271
A retomada do crescimento econômico; o reatamen-
to das relações diplomáticas com Cuba; um acordo com 
o Irã; uma política menos invasiva no Oriente Médio e 
a luta para que um maior número de pessoas tenham 
acesso a planos privados de saúde.
Europa Ocidental
Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa sofreu 
um processo de grande decadência. As destruições 
provocadas pela guerra, a descolonização da África e da 
Ásia fizeram com que os antigos impérios colonialistas 
se esfacelassem.
Nesse período, a maioria dos países europeus 
gravitou em torno dos Estados Unidos, pois temia uma 
invasão soviética ou mesmo a subversão interna.
No terreno político, logo após a guerra, as esquerdas 
participaram de vários gabinetes (França, Bélgica e Itália).
Com a Guerra Fria, os comunistas foram afastados 
destes governos. A direita ganhou um novo alento. 
Apesar disso, os sociais-democratas conseguiram obter 
êxitos eleitorais em alguns países.
Em 1968, uma onda de agitação revolucionária 
varreu grande parte da Europa. Estudantes e intelec-
tuais, imbuídos de princípios marxistas e anarquistas, 
pretenderam remodelar a sociedade. Na França, as 
contestações foram violentas, desgastando o governo 
de Charles de Gaulle, que renunciou no ano seguinte e 
foi substituído por Georges Pompidou.
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 ` Agitações estudantis em 1968
Mais tarde, a França foi governada por François 
Mitterrand, um socialista democrata e, a partir de 
1995, por Jacques Chirac, o qual enfrentou diversas 
manifestações internas (estudantes e funcionários 
públicos) e externas (questões dos testes nucleares 
dos franceses).
É verdade que se opôs à invasão norte-americana ao 
Iraque.
Em 2007, venceu a eleição presidencial o conserva-
dor Nikola Sarkozi, que enfrentou uma forte oposição 
às suas políticas liberalizantes. O seu sucessor François 
Hollande fez um governo fraco terminando seu manda-
do com altíssima taxa de desaprovação.
Nos anos 70 e 80, a Europa Ocidental desenvolveu-se 
enormemente. O crescimento da Itália, a reunificação 
da Alemanha e a integração da Europa são as boas no-
vidades. A Operação Mãos-Limpas, na Itália, já colocou 
muitos políticos e empresários na prisão e provocou a 
derrocada da Democracia Cristã.
A formação da União Europeia, com uma moeda 
única (o Euro) e com uma integração entre os países que 
fazem parte deste bloco, colocam novamente a Europa 
num papel proeminente no cenário mundial.
É claro que existem problemas: desemprego, xeno-
fobia e terrorismo, para citar os mais graves.
Na Espanha, o ETA (Pátria Basca e Liberdade) conti-
nua usando métodos terroristas para a obtenção de um 
Estado Basco.
Enquanto isso, o IRA (Exército Republicano Irlandês) 
aceita um acordo de paz ofertado por Tony Blair, 
Primeiro-Ministro do Reino Unido.
Aula 25
5História 7B
Estado de bem-estar social
No pós-Segunda Guerra vários países europeus optaram por uma ordem que mesclava internacionalismo, auto-
nomia nacional, mercado e garantias sociais aos trabalhadores. As sociedades melhoraram em termos de igualdade 
e a pobreza diminuiu.
“...Além de prosperidade, estabilidade social e democracia política. Essa ordem permitia, ao mesmo tem-
po, uma abertura econômica internacional e controles sobre investimentos de curto prazo; proteção agrícola 
e sistema preferenciais de comércio, com o Mercado Comum Europeu.
Misturou políticas pós-negócios com participação substancial de governo na economia; e uma rede exten-
sa de segurança social com movimentos trabalhistas politicamente poderosos. O resultado foi uma mescla de 
mercados ativos com governos agressivos, grandes empresas com trabalho organizado, e de conservadores 
com socialistas. A ordem testemunhou o crescimento mais rápido e a estabilidade econômica mais duradoura 
da história moderna.”
FRIEDEN Jeffry, A. Capitalismo Global: história econômica e política do século XX. Rio de Janeiro: Jorge ZaharEditor, 2008, p. 322 e 323.
Na Alemanha reunificada, a crise econômica, o desencanto dos antigos comunistas e o neonazismo foram a tônica 
dos últimos anos, na antiga Alemanha Oriental.
União Europeia
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A crise de 2008 atingiu em cheio os países da União Europeia. Política fiscal irresponsável, gastos excessivos, 
desequilíbrio entre as economias dos países membros, em meio à crise financeira internacional, levaram a Grécia, a 
Espanha e Portugal a uma situação caótica, com elevadas taxas de desemprego. Entre 2008 e 2012, diversos governos 
caíram, fossem eles de direita ou de esquerda. Como bem destacou Gilles Lapouges, a economia mundial tem sofrido 
mudanças significativas. A saída do Reino Unido da União Europeia denota uma crescente crise do projeto de uma 
Europa Unida.
6 Extensivo Terceirão
“A União Europeia tem meio século. Superou questões que lhe foram legadas por 2 mil anos de história e furor. 
A certa altura, eclode a crise e o que vemos? Uma Europa dividida em antagonismo. Uma Inglaterra que vai por 
um caminho, uma Alemanha que vai por outro, uma França que toma um terceiro... Foi necessário meio século 
para criar a União Europeia; bastaram oito dias de crise para gerar a Desunião Europeia”.
O que se vislumbra é uma enorme mudança geopolítica: países que dividiam o mundo e os lucros, que reina-
vam sobre os outros, cambaleiam. EUA, a velha Europa e Japão estão se juntando aos “pobretões”.
Ao contrário, os países emergentes parecem, por enquanto, suportar o golpe e reagir com prudência e energia. 
É nesses países, até ontem mais ou menos menosprezados, que os especialistas colocam suas esperanças. “A fé 
mundial resiste nos países mais emergentes”, diz Christian de Boissieu, presidente do conselho de Análise Econô-
mica. “China, América Latina e Índia poderão aparar o choque da recessão americana.”
A pergunta foi feita a Jean Pierre Petit, economista-chefe da Exane BNT Paribas: “A crise acelerará a migração do 
poder econômico e político do Ocidente para os países emergentes?” Petit respondeu sem hesitar: “Este processo 
já começou”.
Os países emergentes, com a China à frente, são os grandes vencedores desta década. “Estamos assistindo a 
uma transferência do poder econômico, financeiro, político e mesmo tecnológico. Por cinco anos, o consumo nos 
EUA e na Europa foi inchado pela bolha imobiliária, que só favoreceu as aplicações financeiras, aprofundou as 
desigualdades entre as gerações, fabricou o endividamento das famílias, o deficit externo, ameaçando explodir o 
sistema financeiro internacional.”
Testes
Assimilação
25.01. “Sejamos francos: a maioria de nosso povo nun-
ca viveu tão bem.” (Harold Macmillan, 1957.)
“É bem triste viver na Era Americana – a menos 
é claro, para quem é americano.” (Jimmy Porter, em Odeio essa 
Mulher .1956)
Sobre a década referida pelos textos, é correto afirmar:
a) Foi uma época de extraordinária aceleração econômica, 
acompanhada por uma era de prosperidade para os 
Estados Unidos e Oeste Europeu.
b) O “boom” econômico foi exclusivo dos Estados Unidos.
c) A pobreza nos anos 50 foi totalmente eliminada nos 
Estados Unidos.
d) A Itália viveu um período de crise e revolução que culmi-
nou na ascensão do Partido Comunista ao poder.
e) A Grã-Bretanha rompeu relações diplomáticas com os 
Estados Unidos devido aos atritos comerciais.
25.02. “Allen Dulles pediu a seus colegas em Princeton 
Inn para pensar na melhor maneira de destruir a capa-
cidade de Stalin de controlar seus Estados Satélites...”
Tim Weiner. Legado de cinzas: uma história da CIA, p. 85
De acordo com o texto, o período abordado refere-se:
a) aos anos 20 quando Stalin adotou uma política externa 
agressiva.
b) ao período posterior à Segunda Guerra Mundial, quando 
estava começando a Guerra Fria.
c) à constituição na União Soviética em 1922.
d) ao período da Segunda Guerra Mundial.
e) aos anos 30, período do Terror Vermelho.
25.03. No entanto, o domínio norte-americano sobre o 
cinema europeu no pós-guerra não foi apenas resultado 
dos caprichos do público. Havia um contexto político: 
filmes americanos “positivos” inundaram a Itália antes 
das eleições cruciais de 1948; nesse ano, a Paramount 
foi incentivada pelo Departamento de Estado a relan-
çar Ninotchka (1939), a fim de mobilização do voto 
anticomunista. Por outro lado, Washington pediu que 
As Vinhas da Ira (rodado em 1940), de John Ford, 
não fosse distribuído na França: o retrato negativo 
da era da Depressão nos EUA poderia ser explorado 
pelo Partido Comunista Francês. De modo geral, os 
filmes americanos promoviam a atração pelos EUA 
e, como tal, eram trunfos importantes na Guerra Fria 
cultural. Só os intelectuais teriam propensão a ficar 
tão comovidos diante do retrato de Odessa feito por 
Sergei Eisenstein no filme O Encouraçado Potemkin a 
ponto de transformar admiração estética em afinidade 
política; mas todos – inclusive os intelectuais – eram 
capazes de apreciar Humphrey Bogart.
Tony Judt. Pós-Guerra: uma história da Europa desde 1945, p. 241.
De acordo com o texto:
a) Os europeus ficaram imunes à influência do cinema 
norte-americano.
b) Os filmes norte-americanos faziam sucesso apenas devido 
às suas qualidades estéticas.
Aula 25
7História 7B
c) Havia, além de interesse econômico, a questão ideológica 
considerada de grande relevância para a política externa 
dos Estados Unidos.
d) A pobreza estética dos filmes europeus foi a principal 
razão do sucesso dos filmes norte-americanos.
e) o sucesso do cinema norte-americano na Europa foi 
efêmero, pois declinou acentuadamente nas décadas 
de 1960 e 1970.
25.04. (FATEC – SP) – “Eles acham que se as forças do mer-
cado agirem livremente a produção aumentará, benefi-
ciando a todos. São favoráveis, também, à privatização 
das empresas estatais, da assistência médica, das escolas 
e da previdência social com o objetivo de acabar com os 
gastos públicos excessivos. Acreditam ainda que, com 
a diminuição dos impostos, os empresários terão mais 
recursos para investir e que a liberação das importações 
e a abertura total da economia para o capital estrangeiro 
serão benéficas para a economia do país.”
O texto retrata, em linhas gerais, o ideário e a postura dos:
a) neoliberais;
c) mercantilistas;
e) economistas clássicos.
b) nacionalistas;
d) neocolonialistas;
Aperfeiçoamento
25.05. (FATEC – SP) – Segundo Maurice Crouzet:
“Desde o fim das operações militares na Europa e 
na Ásia, as desconfianças se agravam, os mal-entendi-
dos, as suspeitas, as acusações se acumulam de parte 
a parte, as oposições entre os aliados se aprofunda-
ram e culminaram, em alguns anos, em um conflito 
que, em todos os domínios – salvo o das armas – as-
sumiu caráter de uma verdadeira guerra, é a Guerra 
Fria, acompanhada de uma espetacular dissolução de 
alianças que caracteriza o Segundo Pós-Guerra.”
Sobre a Guerra Fria, é correto afirmar:
a) ocorreu entre 1947 e 1991 e foi caracterizada pela divisão 
do mundo em dois blocos políticos ideológicos antagô-
nicos. De um lado, a União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas; de outro, os Estados Unidos.
b) ocorreu entre 1945 e 1968 e foi caracterizada pela divisão 
do mundo em dois blocos políticos ideológicos antagôni-
cos. De um lado, os países do Primeiro Mundo; de outro, 
os países em desenvolvimento.
c) ocorreu após a derrota dos EUA no Vietnã, dividindo a Ásia 
em dois blocos: um apoiando os EUA e o outro apoiando 
a República Popular da China.
d) ocorreu entre 1945 e 1991 e foi caracterizada pela divisão 
do mundo em dois blocos políticos ideológicos antagô-
nicos. De um lado, os EUA e seus aliados; de outro, as 
forças do terrorismo internacional que lutam contra os 
norte-americanos.
e) existe desde o fim da Segunda Guerra Mundial e opõe a 
Doutrina Truman ao Plano Marshall.
25.06. (UPF – RS) – Iniciado ainda na década de 70, o fenômeno 
da globalização tornou-se cada vez mais evidente, a partir dos 
anos 90. Esse processo de aceleraçãoe difusão do capitalismo 
manifesta-se através de uma série de elementos, exceto o:
a) do desenvolvimento rápido dos meios de comunicação 
e transporte, reduzindo distâncias e possibilitando um 
enorme fluxo de informações;
b) do papel cada vez mais imprescindível do Estado enquan-
to gestor e regulador da economia;
c) da crescente integração da produção e circulação de bens 
e serviços em nível mundial;
d) da tendência à homogeneização cultural, levando ao 
estabelecimento de um padrão de consumo uniforme;
e) do aumento da velocidade do chamado “capital volátil”, 
que gira pelos vários mercados financeiros.
25.07. (UFES) – A globalização é um processo de amplas 
dimensões, que atinge sociedades e instituições em todo o 
mundo, alterando o modo de vida de populações inteiras. 
Uma de suas principais consequências é a formação de gran-
des aglomerados macrorregionais que ficaram conhecidos 
como Blocos Econômicos Internacionais.
Todas as alternativas abaixo apresentam fatores que têm 
contribuído para levar a comunidade europeia a articular-se 
em torno do Bloco Econômico Europeu, exceto:
a) a ampliação de mercado, de troca de tecnologia e de 
incentivo à especialização e à produtividade.
b) o estímulo à circulação de indivíduos entre os estados in-
tegrantes do Bloco, que dispõe, dentre outras facilidades, 
de uma moeda única.
c) a eliminação de barreiras alfandegárias entre os países, 
facilitando as importações e exportações.
d) a promoção de serviços, objetivando expandir o emprego 
e atrair mão de obra para esse setor.
e) a criação de um parlamento único, responsável pelo 
apoio à descolonização da África, da Ásia Menor e da 
América Latina.
25.08. (FGV – SP) – Relacione os presidentes dos Estados Uni-
dos com os fatos ocorridos durante seus respectivos governos:
1. Richard Nixon
2. John Kennedy
3. Franklin Roosevelt
4. George Bush
5. Harry Truman
I. Invasão da Baía dos Porcos (Cuba)
II. Bomba Atômica contra o Japão
III. Caso “Watergate”
IV. “New Deal”
V. Guerra do Golfo
O relacionamento correto é:
a) 1 – III; 2 – V; 3 – I; 4 – II; 5 – IV
b) 1 – III; 2 – I; 3 – IV; 4 – V; 5 – II
c) 1 – III; 2 – I; 3 – V; 4 – II; 5 – IV
d) 1 – III; 2 – I; 3 – II; 4 – V; 5 – IV
e) 1 – V; 2 – IV; 3 – I; 4 – II; 5 – III
8 Extensivo Terceirão
25.09. (UFJF – MG) – O movimento do macarthismo, ocor-
rido na década de 1950, nos EUA pretendia:
a) conter o expansionismo soviético através da demarcação 
clara das zonas de influência das duas principais potências 
mundiais do período (EUA e URSS).
b) eleger o ex-combatente da segunda guerra e senador 
Josehf MacCarthy à presidência da república com o apoio 
do partido democrata.
c) levar à frente o afastamento de pessoas consideradas 
comunistas ou simpatizantes do regime soviético dos 
cargos públicos e das posições importantes na vida 
cultural do país.
d) implementar uma política de estado que impediria a 
entrada de imigrantes de origem asiática no país.
e) reprimir os movimentos de integração racial e defesa 
dos direitos civis para os negros, manifestações essas 
que tiveram seu apogeu nos anos de 1950, lideradas por 
Martin Luther King.
25.10. (PUCCAMP – SP) –
 I. “Um discurso lançou raízes por todo o mundo, (...). 
Em poucos anos, ele transformou acontecimentos 
de fato relevantes numa visão de mundo e, mais pre-
cisamente em ideologia. Sobretudo desde a queda 
do Muro de Berlim e do colapso de todas as formas 
de pensamento historicista e de política voluntarista, 
deixamo-nos arrebatar pela ideia de que o mundo 
era regido pelas leis impessoais da economia...”
II. “Paralelamente às transformações decorrentes do 
avanço da industrialização e do desenvolvimento do 
chamado capitalismo monopolista, as potências eu-
ropeias, acompanhadas pelos Estados Unidos e Ja-
pão, deram início a uma vigorosa política anexionista 
que atingiu seu auge no período compreendido entre 
1875 e 1914. Essa política anexionista, dirigida so-
bretudo para a África e para a Ásia, (...), teve como 
fundamentos e justificativas os seguintes fatores: a in-
corporação de áreas onde fosse possível a aplicação de 
excedente de capitais (...); a superação dos problemas 
decorrentes da falta de matérias-primas...”
Aos textos I e II pode-se associar, respectivamente,
a) neocolonialismo e internacionalização;
b) estado monopolista e pré-capitalismo;
c) marxismo e modo de produção;
d) mercantilismo e autoritarismo;
e) globalização e imperialismo.
Aprofundamento
25.11. (UDESC) – Leia o trecho do discurso abaixo, proferi-
do em 28 de agosto de 1963, em Washington, pelo pastor 
Martin Luther King.
“Cem anos atrás um grande americano, em cuja 
sombra simbólica nos encontramos hoje, assinou 
a proclamação da emancipação [dos escravos]. [...] 
Mas, cem anos mais tarde, o negro ainda não está li-
vre. Cem anos mais tarde, a vida do negro ainda é 
duramente tolhida pelas algemas da segregação e os 
grilhões da discriminação. Cem anos mais tarde, o 
negro habita uma ilha solitária de pobreza, em meio 
ao vasto oceano de prosperidade material. Cem anos 
mais tarde, o negro continua a mofar nos cantos da 
sociedade americana, como exilado em sua própria 
terra. [...] Jamais estaremos satisfeitos enquanto o ne-
gro for vítima dos desprezíveis horrores da brutalida-
de policial. [...] Jamais estaremos satisfeitos enquanto 
nossas crianças tiverem suas individualidades e dig-
nidades roubadas por cartazes que dizem ‘exclusivo 
para brancos’. Jamais estaremos satisfeitos enquanto 
um negro no Mississippi não puder votar e um negro 
em Nova York acreditar que não tem nada em que 
votar. Digo a vocês hoje, meus amigos, que, apesar 
das dificuldades de hoje e de amanhã, ainda tenho 
um sonho. É um sonho profundamente enraizado no 
sonho americano. Tenho um sonho de que um dia 
esta nação se erguerá e corresponderá em realidade 
o verdadeiro significado de seu credo: ‘Consideramos 
essas verdades manifestas: que todos os homens são 
criados iguais’.”
Disponível em: <http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/veja-na-integra-o-
-historico-discurso-de_martin_luther-king>.
Analise as proposições em relação ao texto e ao contexto 
da época.
I. Martin Luther King foi líder do movimento contra a segre-
gação racial nos Estados Unidos da América, nos anos 60. 
Foi assassinado em 1968 em decorrência de sua atuação 
na luta pelos direitos civis dos negros.
II. A partir do trecho do discurso, acima, pode-se concluir 
que a sociedade norte-americana era marcada por pro-
fundas diferenças entre os brancos e os negros, e que 
os negros, em todos os estados dos EUA, não tinham o 
direito ao voto.
III. Ao dizer que seu sonho “É um sonho profundamente 
enraizado no sonho americano”, Martin Luther King estava 
se referindo ao princípio de igualdade que consta na 
Constituição dos Estados Unidos da América.
IV. Nos EUA, durante a década de 1960, existiam diferenças 
na legislação no que se referia aos direitos civis e políticos 
dos habitantes que eram descendentes de africanos, o 
que motivou os movimentos liderados por Martin Luther 
King.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas Il, III e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
Aula 25
9História 7B
25.12. (UEL – PR) – “[...] o principal privilégio do capita-
lismo, hoje como ontem, continua sendo a liberdade de 
escolha – um privilégio que tem a ver simultaneamente 
com sua posição social dominante, com o peso de seus 
capitais, com suas capacidades de empréstimo, com sua 
rede de informações e, em igual medida, com os vínculos 
que, entre os membros de uma minoria poderosa, por 
mais dividida que esteja por obra do jogo da concor-
rência, cria uma série de regras e de cumplicidades. [...] 
o capitalismo tem a capacidade, a qualquer momento, 
de mudar de rumo: é o segredo de sua vitalidade. [...] 
Quando há grandes crises, muitos capitalistassucum-
bem, mas outros sobrevivem, outros instalam-se”.
BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo séculos XV - XVIII. 
v. 3. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 578.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, 
considere as afirmativas a seguir.
I. A concorrência encontra na rede de informações seu 
principal obstáculo e diminui a vitalidade do capitalismo.
II. O privilégio da liberdade de escolha confere vitalidade 
ao capitalismo, mesmo em tempos de crise.
III. As capacidades de empréstimo e as redes de informações 
do capitalismo dificultam sua recuperação após períodos 
de crise.
IV. A elite capitalista, diante das crises, por mais dividida 
que esteja, consegue criar uma série de regras e cum-
plicidades.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II 
d) I, III e IV
b) I e III
e) II, III e IV
c) II e IV 
25.13. (UFRGS) – Leia o segmento abaixo.
Desde a década de 1970, a desigualdade voltou 
a aumentar nos países ricos, principalmente nos Es-
tados Unidos, onde a concentração de renda na pri-
meira década do século XXI voltou a atingir – e até 
excedeu – o nível recorde visto nos anos 1910-1920.
PIKETTY, Thomas. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014. p. 22.
Considere as afirmações abaixo, sobre os fenômenos histó-
ricos que se relacionam ao atual processo de intensificação 
da desigualdade social descrito pelo autor.
I. A diminuição do papel do capital financeiro na econo-
mia global e o aumento do capital produtivo oriundo 
do trabalho favoreceram os países industrializados, em 
detrimento daqueles predominantemente rurais. 
II. A ascensão concomitante de governos ultraliberais, como 
o de Margaret Thatcher, no Reino Unido, e o de Ronald 
Reagan, nos Estados Unidos, contribuiu para a redução 
da agência do Estado na regulação dos mercados.
III. A disseminação de ideologias econômicas e práticas de 
governança resultaram no enfraquecimento das políticas 
públicas, promovidas no contexto após a Segunda Guerra 
Mundial e voltadas ao bem-estar social.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
d) Apenas II e III. 
b) Apenas II. 
e) I, II e III. 
c) Apenas III. 
25.14. (UFRGS) – Leia o trecho abaixo, sobre a história do 
neoliberalismo.
Não é novidade que, a partir do momento em que 
a neoliberalização foi violenta e repentinamente im-
posta em partes do sul global, nas décadas de 1970 e 
1980, seja por conquista imperial, golpes de Estado 
internos, exigência do Fundo Monetário Internacio-
nal (FMI) ou alguma combinação destes, o trabalho 
foi amordaçado e o capital, posto à solta. [...] De um 
lado, as indústrias estatais são privatizadas, proprietá-
rios estrangeiros são atraídos, a retenção de lucros é 
assegurada; de outro, as greves são criminalizadas e os 
sindicatos, limitados, por vezes até declarados ilegais.
ROWN, Wendy. Cidadania Sacrificial: neoliberalismo, capital humano e políticas de 
austeridade. Rio de Janeiro: Zazie Edições, 2018. p. 24.
Considerando a história contemporânea, o texto aborda algu-
mas práticas associadas à emergência de regimes neoliberais 
pelo globo, ao longo das últimas décadas.
Assinale a alternativa que indica algumas dessas práticas. 
a) A estatização de empresas privadas, a extensão das re-
des de proteção social e o controle social dos lucros das 
grandes corporações. 
b) A ampliação dos direitos democráticos, a crítica às polí-
ticas de austeridade e a introdução de reformas sociais 
em larga escala. 
c) A privatização de empresas públicas, a precarização das 
relações laborais e a introdução de políticas de austeri-
dade em larga escala. 
d) A defesa do nacionalismo econômico, a quebra de gran-
des monopólios corporativos e o enfraquecimento do 
sistema de seguridade social. 
e) A criminalização da superexploração do trabalho, a 
ampliação do setor de serviços e a democratização das 
rendas nacionais. 
25.15. (MACK – SP) – Leia o texto abaixo.
“Crescimento econômico contínuo exigia estabi-
lidade política nacional e internacional. O governo 
democrata chefiado por Truman (1945-1952), sob a 
pressão dos seus partidários do Sul, dos republica-
nos, e do empresariado, abandonou suas intenções 
de empreender mais reformas sociais, favorecendo 
uma aliança entre empresas, governo e Forças Arma-
das com concessões limitadas à classe trabalhadora. 
Comentou Charles E. Wilson, presidente da General 
Motors, que o melhor cenário seria uma ‘economia 
permanente de guerra’”.
Sean Purdy. “O século americano”. In: Leandro Karnal (org.) História dos Estados 
Unidos. 3ª ed. São Paulo: Editora Contexto, 2017, p. 227
Sobre o contexto retratado pelo excerto, assinale a alternativa 
correta. 
a) A Segunda Guerra Mundial abriu oportunidades de cres-
cimento econômico aos Estados Unidos. Com o intuito 
de manter tal crescimento, e diante da nova realidade da 
Guerra Fria, o governo adotou uma política de militariza-
ção da economia americana. 
10 Extensivo Terceirão
b) O envolvimento dos Estados Unidos na Primeira Guerra 
Mundial abriu a possibilidade de investimentos em 
países europeus. A presença marcante de empresas 
estadunidenses na Alemanha, no imediato pós-Guerra, 
é o principal exemplo desses investimentos. 
c) Fundado em 1944, o FMI passou a ser o meio pelo qual 
os Estados Unidos dominaram os países após a Segunda 
Guerra Mundial. Exemplo disso foram os vultosos em-
préstimos concedidos pelo órgão a nações do sudeste 
asiático, resultando no surgimento dos “Tigres Asiáticos”. 
d) A Guerra Fria abriu oportunidades de desenvolvimento 
bélico e tecnológico aos Estados Unidos. Por isso, conflitos 
diretos entre o país e a União Soviética, além de constan-
tes, se mostraram extremamente eficientes para a con-
tinuidade da estabilidade da economia estadunidense. 
e) Os esforços, movidos para a vitória na Segunda Guerra 
Mundial, resultaram em um crescimento acelerado da 
economia estadunidense. Para mantê-la, o governo ado-
tou, após o conflito, uma política de juros altos, concessão 
de empréstimos facilitados e intervenções militares em 
países da América Latina. 
25.16. (UEL – PR) – Leia o texto a seguir,
Uma ínfima minoria, já excepcionalmente munida 
de poderes, de propriedades e de privilégios conside-
rados implícitos, detém de ofício esse direito. Quanto 
ao resto da humanidade, para “merecer” viver, deve 
mostrar-se “útil” à sociedade, pelo menos àquela par-
te que a administra e a domina: a economia, mais 
do que nunca confundida com o comércio, ou seja, 
a economia de mercado. “Útil”, aqui, significa quase 
“rentável”, isto é, lucrativo ao lucro.
FORRESTER, V. O Horror econômico. São Paulo: UNESP, 1997. p.13.
Com base nos conhecimentos históricos sobre a economia 
mundial e nas considerações de Viviane Forrester, assinale a 
alternativa correta. 
a) As práticas toyotistas foram incorporadas pelo modelo 
econômico neoliberal para potencializar a produtividade 
do trabalho. 
b) A política econômica de Hegel de estatização da econo-
mia impediu os trabalhadores de escolherem livremente 
seus empregos. 
c) O Plano Marshall foi implementado pelos EUA para 
reconstruir sua infraestrutura econômica de indústria 
nacional devastada pela Segunda Guerra Mundial. 
d) A Glasnost, criada por Gorbatchev na U.R.S.S., representou 
a salvação da bancarrota da economia soviética. 
e) Mahatma Gandhi, ao fiar o algodão para produzir seu 
próprio tecido, incentivou os indianos a participarem do 
mercado britânico
25.17. (UEM – PR) – A globalização é um fenômeno do 
capitalismo internacional oriundo, sobretudo, do avanço 
tecnológico, que permite que informações, capitais e mer-
cadorias circulem de forma mais intensa em todo o mundo. 
A respeito da globalização, assinale o que for correto. 
01) A Organização Mundial do Comércio (OMC) tem a fun-
ção de administrar acordos internacionais, atuar como 
fórum de negociações entre os países e resolver dispu-
tas comerciais. 
02) A teoria neoliberal defende a redução do papel do Esta-
do, tanto na economia quanto nas questões sociais, porexemplo, a previdência social. 
04) Com a globalização, houve potencialização da Guerra 
Fria, aumentando o risco de conflitos armados entre as 
grandes potências mundiais. 
08) A revolução tecnológica provocou a substituição do 
trabalho humano por máquinas e processos produtivos 
cada vez mais complexos e sofisticados. 
16) O Fórum Social Mundial, realizado diversas vezes em 
Porto Alegre, foi a expressão política mais concreta dos 
movimentos sociais que apoiam a globalização. 
25.18. (UFPR) – A política do Estado de Bem-Estar (Welfare 
State) predominou nos países da Europa Central no pós-
-Segunda Guerra.
Desenvolva um texto analisando as principais características 
dessa política.
Aula 25
11História 7B
Desafio
25.19. (UFSC) – 
Protestos realçam divisão racial nos EUA
Os protestos pedindo justiça pela morte do adolescente negro Michael Rown, 18, assassinado com seis tiros 
pelo policial branco Darren Wilson, 28, estão tão “rachados” quanto a segregada comunidade entre brancos e 
negros.
Durante o dia, mesmo sob o sol de 35ºC, famílias inteiras portam cartazes coloridos e levantam os braços 
aos gritos de “não atire” pelas calçadas da avenida West Flosissant, que corta a pequena Ferguson, de 21 mil 
habitantes, subúrbio de Saint Louis.
Folha de S. Paulo, 10 ago. 2014. A10.
Sobre segregação, conflitos e defesa dos direitos de afrodescendentes, é correto afirmar que
01) entre as conquistas do movimento negro brasileiro, pode-se citar a oficialização do Dia Nacional da Consciência Negra, 
a aprovação de cotas para afrodescendentes em universidades públicas e a obrigatoriedade do ensino de história da 
África e afro-brasileira na Educação Básica.
02) o arianismo, defendido pelo nazismo, afirmava que os arianos possuíam características de uma “raça superior”, servindo 
de justificativa para a perseguição de todos os que não as possuíam. Os negros, no entanto, foram poupados dessa 
segregação.
04) no século XX, a segregação racial dos negros nos Estados Unidos se traduziu, por exemplo, pela separação do uso de 
espaços comuns, como transportes, banheiros e praças públicas.
08) na década de 1950, Rosa Parks, cidadã negra americana, realizou um ato de manifestação contra a segregação quan-
do, em um ônibus, se recusou a ceder seu lugar para um passageiro branco. A ação não teve maiores consequências, 
constituindo-se em um ato isolado.
16) o Partido Pantera Negra para Autodefesa foi criado na década de 1960 e compartilhava os ideais pacifistas defendidos 
pelo líder da resistência negra nos Estados Unidos, Martin Luther King.
Gabarito
25.01. a
25.02. b
25.03. c
25.04. a
25.05. a
25.06. b
25.07. e
25.08. b
25.09. c
25.10. e
25.11. c
25.12. c
25.13. d
25.14. c
25.15. a
25.16. a
25.17. 11 (01 + 02 + 08 )
25.18. Os alicerces do Welfare State foram erguidos nos Estados Unidos e 
na Europa Ocidental na década de 30, expandindo-se intensamente 
após a segunda Guerra. O Estado Previdência atua como mediador 
entre capital e trabalho; intervém na economia e amplia os direitos 
sociais da população. O Estado assegurando aposentadorias; segu-
ro social para desempregados, investindo maciçamente em saúde, 
educação e cultura é o que defendem aqueles que acham que só 
dessa forma é possível que haja uma sociedade justa e fraterna.
25.19. 05 (01+04)
12 Extensivo Terceirão
História
7BAula 26
Socialismo real
Expansionismo soviético
Em 1945, o Exército Vermelho soviético dominava 
vários países, após tê-los libertado da dominação 
nazista.
Antigos países independentes, como Estônia, Letô-
nia e Lituânia, foram anexados à URSS. 
Os soviéticos anexaram ainda os territórios orientais 
da Polônia. A Romênia foi obrigada a ceder a Bessarábia 
e o território setentrional da Bucovina. Da Finlândia, os 
soviéticos obtiveram o istmo de Carélia e outras provín-
cias.
Da Alemanha, conseguiram a Prússia Oriental; e da 
Tchecoslováquia, a Rutênia.
No final da década de 40, boa parte da Europa Orien-
tal estava sob o controle dos soviéticos.
Ao contrário dos outros países, o dirigente máximo da 
Iugoslávia, Josip Broz Tito, sem aderir ao bloco ocidental 
e muito menos repudiar o socialismo, procurou se afastar 
da política centralizadora de Moscou. Somente após a 
morte de Stalin, no governo de Nikita Kruschev, é que 
houve uma reaproximação entre Iugoslávia e URSS.
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 ` Nikita Kruschev
A morte de Stalin, em 1953, marcou o fim de uma 
época na história da URSS.
A ascensão de Nikita Kruschev marcou um novo 
direcionamento nas políticas externa e interna da URSS.
No XX Congresso do PCUS, Krushev apresentou 
um relatório, no qual revelou, com provas contunden-
tes, os erros políticos e técnicos cometidos por Stalin. 
Denunciou ainda que Stalin incentivava o “culto da per-
sonalidade”. Com essas denúncias, Kruschev aumentou 
sua popularidade e passou a dirigir a URSS dentro de um 
outro estilo.
Contestações
A morte de Stalin provocou diversas mudanças nos 
países do Leste Europeu. A principal foi a liberalização 
que veio dar alento às manifestações de descontenta-
mento.
Em outubro de 1956, em Budapeste (Hungria), 
operários e estudantes protestaram contra o governo. 
Elementos contrários ao regime aproveitaram a situação 
para mudar a trajetória do socialismo húngaro.
Foi formado um governo, sob a direção de Imre 
Nagy, que afastou a Hungria do Pacto de Varsóvia.
Percebendo a gravidade da situação, os soviéticos 
apoiaram militarmente Janos Kadar, que restabeleceu 
a antiga ordem. 
No Ocidente a repressão na Hungria provocou o de-
sencanto de muitos intelectuais que apoiavam a URSS.
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 `Os soviéticos, com as tropas do Pacto de Varsóvia, esmagaram, 
num banho de sangue, a insurreição húngara.
Aula 26
13História 7B
Na Polônia, Wladyslaw Gomulka conseguiu dominar 
um motim operário em junho de 1956. No caso polonês, 
não foi necessária a intervenção direta dos soviéticos.
Na Alemanha Oriental, em 1953, uma revolta operá-
ria foi sufocada.
Em 1961, foi construído o Muro de Berlim para impedir 
a fuga, para a Alemanha capitalista, de pessoas qualificadas.
As divisões no mundo socialista se acentuaram no 
início da década de 60. A China, por razões políticas, ideo- 
lógicas e de fronteiras, se afastou da URSS. Na Albânia, 
Enver Hoxha, um stanilista, repudiou o chamado “revi-
sionismo” soviético, alegando que o PCUS se afastou dos 
princípios marxista-leninistas. Nessa época a Albânia se 
aproximou da China. A Romênia, sob a liderança de Nicolae 
Ceausescu, a partir de 1965, adotou uma política bastante 
independente em relação a Moscou, que perdurou até a 
queda de Ceaucescu em 1989.
Em 1968, seguindo o exemplo da Romênia, o Partido 
Comunista da Tchecoslováquia, em seu programa de 
ação, “afirmava estar politicamente ligado à URSS, mas 
socialmente marcado pelo exemplo iugoslavo, e econo-
micamente aberto ao Ocidente”.
Apesar de pressionado pela URSS e demais países 
do Pacto de Varsóvia, Alexander Dubcek anunciou que 
manteria as novas diretrizes propostas. Teve o apoio 
de Tito, que foi recebido calorosamente em Praga. O 
governo da Tchecoslováquia adotou uma posição crítica 
em relação a Moscou.
Na noite de 20-21 de agosto de 1968, as tropas do 
Pacto de Varsóvia invadiram a Tchecoslováquia. Apesar 
disso, Dubcek ainda permaneceu no poder. Admitiu a 
presença de tropas soviéticas no país, mas continuava 
adotando a mesma linha política que levara à ruptura 
com Moscou e à consequente invasão.
Em abril de 1969, os principais personagens que 
desencadearam a chamada Primavera de Praga foram 
afastados da direção do partido. Dubcek foi substituído 
por Gustav Husák.
A ditadura não se atreveu a deter Dubcek, mas lançou 
contra ele a habitual campanha de calúnias e ameaças.
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 ` Repressão na Tchecoslováquia em 1968
A censura foi rigidamente restabelecida sobre todos 
os meios de comunicação e os reformistas foram depostose detidos. A polícia secreta soviética assumiu o controle 
da situação.
Em 1970, na Polônia, Gomulka foi substituído por 
Edward Gierek. Nas eleições de 1976, Gierek reforçou 
sua posição. Em 1980, nos estaleiros Lenin, na cidade de 
Gdansk, foi fundado o Sindicato Independente Solidarie-
dade, tendo como líder Lech Walesa. Diante do avanço 
do Solidariedade, Gierek foi afastado. Em 1981, o General 
Wojciech Jaruzelski assumiu a chefia do governo.
Mudanças na URSS
Os historiadores costumam caracterizar a Era Brejnev 
(1964/82) como sendo a estagnação, burocratização e 
corrupção. Apesar disso, graças aos altos preços do pe-
tróleo, os cidadãos soviéticos viveram relativamente bem.
Com a morte de Brejnev, em 1982, Yuri Andropov 
chegou ao poder, mas logo faleceu. O mesmo aconteceu 
com o sucessor, Konstantin Tchernenko.
Em 1985, Mikhail Gorbatchev assumiu o poder.
Gorbatchev procurou transformar o socialismo 
soviético por meio da perestroika (reestruturação eco-
nômica) e da glasnost, ou seja, transparência, liberdade 
de informação.
As reformas econômicas de Gorbatchev fracassaram. 
A situação econômica piorou ainda mais. Como escre-
veu Eric Hobsbawm, os reformadores desejavam ter as 
vantagens do capitalismo sem perder o socialismo.
Popular no exterior – fazia aquilo que o imperialismo 
queria – o fraco, titubeante e até ingênuo Gorbatchev 
perdia apoio interno.
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 `Mikhail Gorbatchev, 1987.
14 Extensivo Terceirão
Nas Repúblicas Bálticas (Letônia, Estônia e Lituânia), 
aumentavam os movimentos separatistas.
Em março de 1991, um plebiscito confirmou (76%) o 
desejo de que fosse mantida a união do país, na forma 
de uma “federação renovada de repúblicas soberanas”, 
com direitos iguais.
Em agosto de 1991, os burocratas deram um golpe 
contra Gorbatchev. O golpe fracassou. A KGB foi dissol-
vida. O Partido Comunista foi colocado na ilegalidade.
O frustrado golpe de agosto abriu as comportas para 
o movimento de independência das repúblicas que 
compunham a URSS.
Gorbatchev, cada vez mais ofuscado por Boris Yeltsin, 
tentava costurar um tratado da União.
Num autêntico e desleal golpe contra Gorbatchev, os 
presidentes da Rússia, Ucrânia e Bielo-Rússia, reunidos 
na cidade de Brest, criaram a Comunidade dos Estados 
Independentes (CEI). Era o fim da União Soviética. No 
dia de Natal, Gorbatchev renunciou.
A ex-URSS mergulhou no caos. O choque capitalista, 
conforme o receituário do FMI, teve efeitos funestos sobre 
a economia soviética. O desemprego, a miséria e a crimi-
nalidade expandiram-se pela antiga Grande Potência.
A popularidade de Yeltsin caía, apesar do enorme 
apoio que recebia das potências ocidentais. O Parla-
mento, dominado por nacionalistas e comunistas, era o 
principal foco de oposição ao regime.
No início de outubro de 1993, Yeltsin fechou o 
Parlamento. A reação foi imediata. Os parlamentares, 
apoiados pelo vice-presidente Alexander Rutskoi e 
pelo presidente do Parlamento Ruslan Khasbulatov, 
entrincheiraram-se na chamada “Casa Branca”. A repres-
são foi violenta.
O fracasso de sua política econômica, a impopular 
Guerra da Chechênia, a crise social, a corrupção e a 
vodka em exagero fizeram com que a popularidade de 
Yeltsin caísse ainda mais.
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 ` A Guerra da Chechênia. Helicóptero russo Mil Mi-8 é derrubado 
por chechenos, em Grózni, capital da Chechênia, 1994.
“Os soviéticos tiveram ilusões próprias; eles 
acreditavam, por exemplo, que, assim como a TV, 
o capitalismo traria o bem-estar e a felicidade, a ri-
queza para todos; e sonhavam possuir sua própria 
casa e achavam que poderiam viver como os ameri-
canos que eles viam nos seriados de TV... Pensavam 
que a privatização e o desenvolvimento do capita-
lismo os levariam à direção do Eldorado, só que 
as chances são de se tornarem o quarto mundo... 
Queriam casa própria, só que um operário ganha 
600 a 1 000 rublos por mês e uma casa em Moscou 
custa 45 000 rublos o metro quadrado; isto é liber-
dade. Queriam imprensa livre. A alta dos preços 
dos jornais, o número de leitores diminuiu e vários 
jornais desapareceram. Fim das ilusões.”
Pierre Broué
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 ` Vladimir Putin
No último dia de 1999, Yeltsin renunciou, antes pre-
parando as condições para que seu protegido Vladimir 
Putin fosse eleito presidente meses depois.
Putin, graças às receitas oriundas principalmente do 
petróleo, de uma maior organização econômica e financei-
ra, de uma imprensa sob controle, terminou seu segundo 
mandato em 2008 com grande popularidade, conseguindo 
fazer o seu sucesso. Porém, o empobrecimento de muitos, 
a corrupção desenfreada e todos os ranços do antigo 
autoritarismo continuam presentes. Mesmo assim, Putin 
elegeu-se para um novo mandato em 2012.
No Leste Europeu, com exceção da Romênia, as 
transmissões foram pacíficas. Walesa na Polônia, Havel 
na antiga Tchecoslováquia foram lideranças expressivas.
Aula 26
15História 7B
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 ` Insurreição política em Bucarest no dia anterior à execução do 
ditador Nicolau Ceausescu.1989
Iugoslávia
 • Da Idade Média até o século XX, a Croácia e a Eslovê-
nia ficaram sob o domínio da Hungria e da Áustria.
 • Em 1217, os sérvios criaram o seu império, que tinha 
como centro Kosovo.
 • Em 1389, os turcos venceram os sérvios e ocuparam 
Kosovo.
 • Os turcos povoaram a região com pessoas da própria 
região, que aceitaram se converter à religião muçul-
mana.
 • A Sérvia histórica (Kosovo) povoou-se de albaneses 
(muçulmanos). 
 • Na Bósnia-Herzegovina, apareceram os eslavos 
muçulmanos.
 • Os sérvios retiraram-se para o norte, onde se consti-
tuiu Krajina (País dos Confins).
 • Os sérvios da Montanha Negra (o Montenegro) 
conseguiram manter a independência.
 • Com o enfraquecimento dos turcos, no século XIX, a 
Bósnia-Herzegovina passou para o domínio austríaco.
 • Em 1878, Sérvia e Montenegro conseguiram a sua 
independência em relação ao Império Otomano.
 • Em 1912, Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária 
derrotaram as forças do Império Otomano (Turquia).
 • Em 1913, a Bulgária declarou guerra aos seus antigos 
aliados e foi derrotada.
 • Em 1912, os sérvios arrebataram os últimos territó-
rios sob o domínio dos turcos.
 • O estopim para que começasse a Primeira Guerra 
Mundial foi detonado quando um estudante sérvio 
matou, em Sarajevo, o herdeiro do trono austro-
-húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando.
 • Com a derrota dos austríacos na Primeira Guerra, 
os eslavos fundaram o Reino dos sérvios, croatas e 
eslovenos.
 • No ano de 1929, esse reino passou a se chamar Reino 
da Iugoslávia (eslavos do Sul).
 • Em 1941, diante da iminência de a Iugoslávia entrar 
a favor dos Aliados (devido à pressão popular), os 
alemães e seus aliados invadiram o País.
 • O território iugoslavo foi partilhado por Alemanha, 
Itália, Bulgária e Hungria.
 • Ante Pavelic (chefe oustachi) fundou um Estado fas-
cista da Croácia, englobando a Bósnia-Herzegovina. 
Os sérvios foram impiedosamente massacrados.
 • A resistência sérvia era controlada pelos Chetniks, de 
Mihailovic, e os Partisans, de Josip Broz Tito.
 • Ao fim da guerra, a monarquia foi abolida. Tito 
transformou a Iugoslávia numa República Socialista, 
vencendo as eleições.
Iugoslávia Socialista
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Formada por seis repúblicas autônomas, com direi-
tos iguais, e duas regiões (pertencentes à Sérvia), com 
autonomia relativa, a federação iugoslava abriga um 
autêntico mosaico de nacionalidades, línguas, culturas 
e religiões.
Tito conseguiu pacificar os diversos grupos étnicos 
e religiosos da Iugoslávia. Adotou um socialismo mais 
flexível; deu uma certa liberdade; propiciou um certo 
desenvolvimento econômico e soube tirar proveito das 
rivalidades entre Estados Unidos e União Soviética.
Tito morreu em 1980. Aeconomia, depois de um 
período de crescimento, entrou em crise. Desemprego, 
inflação e endividamento externo passaram a fazer 
parte do dia a dia do povo iugoslavo.
16 Extensivo Terceirão
Em 25 de junho de 1991, os parlamentos da Eslovênia e da Croácia 
declararam unilateralmente a independência. Estourou a guerra civil, com 
atrocidades terríveis de todos os lados.
Atualmente a antiga Iugoslávia é formada pela Sérvia, Croácia, Bósnia, 
Herzegovina, Macedônia, Montenegro e Eslovênia. Recentemente (2008), 
Kosovo também proclamou sua independência, contudo ainda não foi 
admitida na ONU.
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 ` Comemorações pela independência de Kosovo em 2008
Questão da Crimeia
A Crimeia foi um Estado Tártaro de 1441 a 1783. Nesse período, pagava 
tributos ao Império Otomano. Em 1783, a Crimeia caiu sob o domínio do 
Império Russo.
Após a Revolução Russa de 1917, os bolcheviques dominaram a região, e 
a Crimeia passou a fazer parte da URSS.
Durante a Segunda Guerra Mun-
dial, toda a península da Crimeia caiu 
sob o domínio da Alemanha nazista. 
Muitos colaboraram com os alemães 
por se oporem ao regime stalinista.
Com a expulsão dos alemães, 
Stalin ordenou a deportação de 
parcela significativa da população. 
Com a saída dos tártaros, russos e 
ucranianos tornaram-se hegemôni-
cos no território da Crimeia.
Em 1954, o Soviete Supremo, 
liderado pelo ucraniano Nikita 
Khrushchov, transferiu o oblast 
(província) de a Crimeia para a Ucrâ-
nia, uma das Repúblicas da URSS.
Com o fim da União Soviética, a 
região continuou fazendo parte da 
Ucrânia, apesar de a população ser 
majoritariamente constituída por 
russos.
A insatisfação dos crimeanos 
com a aproximação da Ucrânia em 
relação à União Europeia e o grada-
tivo afastamento da Rússia fizeram 
com que, em fevereiro de 2014, 
fosse convocado um referendo so-
bre o destino da Crimeia. A maioria 
decidiu pela adesão à Federação 
Russa, o que se efetivou em 18 de 
março daquele ano. Sem dúvida foi 
uma vitória política de Putin.
Testes
Assimilação
26.01. (PUC – RS) – “Uma após outra, as repúblicas de-
claravam a soberania ou a independência. Do Báltico ao 
Cáucaso e à Ásia Central, como num jogo de dominó, as 
peças que formavam o monolítico Estado multinacional 
(...) embarcaram num movimento centrífugo de ruptu-
ra e separação. As repúblicas bálticas (...) conseguiram 
o reconhecimento de sua independência pelo Ocidente 
(...) e ganhavam novos lugares na ONU. Iniciavam-se 
complexas negociações, visando à formação de uma 
nova União”.
MAGNOLI, Demétrio. O mundo contemporâneo. Relações internacionais 1945 - 
2000. São Paulo: Moderna, 1996, p. 118.
O texto descreve o colapso e o consequente desapareci-
mento, em 1991, da:
a) Iugoslávia;
b) Tchecoslováquia;
c) União Soviética;
d) República Democrática Alemã;
e) Comunidade de Estados Independentes.
26.02. Sobre o fim da URSS, assinale a alternativa correta.
a) Teve como causa principal o fortalecimento do movi-
mento monarquista.
b) Esteve relacionado ao golpe militar que depôs Leonid 
Brejnev.
c) Deveu-se em grande parte ao fracasso das reformas 
econômicas de Mikhail Gorbatchev.
d) Deveu-se ao fracasso do Grande Salto em frente idealizado 
por Nikita Kruschev.
e) Esteve relacionado à crise do petróleo de 1973.
Aula 26
17História 7B
26.03. (UERJ) – 
O QUE É UMA NAÇÃO? 
O homem não eì escravo nem de sua raça, nem de 
sua língua, nem de sua religião, nem do curso dos rios, 
nem da direção das cadeias de montanhas. Um grande 
agrupamento de homens, de espírito sadio e coração 
ardoroso, cria uma consciência moral que se chama na-
ção. Enquanto puder provar sua força através dos sacri-
fícios que exigem a abdicação dos indivíduos em prol 
de uma comunidade, essa consciência moral será legíti-
ma, terá o direito de existir. Se surgem dúvidas quanto 
a fronteiras, consultem-se as populações envolvidas. 
Elas têm bem o direito de ter uma opinião na questão. 
ERNEST RENAN Conferência na Universidade de Sorbonne, 1882. revistas.usp.br
Ao longo do século XX, houve acontecimentos vinculados a 
projetos nacionalistas similares à concepção defendida pelo 
historiador Ernest Renan, em 1882. Identifica-se como um 
desses acontecimentos a: 
a) emancipação do Vietnã na pacificação da Indochina 
b) divisão da Polônia no curso da Segunda Guerra Mundial 
c) criação da Iugoslávia no final da Primeira Guerra Mundial 
d) reunificação da Alemanha no contexto da crise da U.R.S.S. 
26.04. (UFSM – RS) – “O modelo stalinista – implacável 
desde o início, como regime que ignorou totalmente 
a democracia, os direitos humanos e as necessidades 
do povo – está morto e enterrado. (...) Tenho certeza 
de que sua morte não afeta o Socialismo em si. A ideia 
do Socialismo sobrevive e, ao meu ver, a busca (...) 
continua. E, nesse novo contexto, os princípios demo-
cráticos e humanitários deveriam ter lugar de honra.”
GORBATCHEV, Mikhail, 1992. in: MELLO, Leonel; COSTA, Luís. História Moderna e 
Contemporânea. Ed. Scipione.
O texto permite concluir que:
a) a desagregação da URSS teve como consequência o fim 
do Socialismo.
b) o novo stalinismo deverá comportar a defesa da demo-
cracia e dos direitos humanos.
c) a luta pelo socialismo não deve temer a democracia e os 
direitos humanos.
d) a URSS foi a grande perdedora da Guerra Fria.
e) o capitalismo, a partir da ação dos Estados Unidos ao 
longo da Guerra Fria, foi intransigente na defesa dos 
princípios democráticos e humanitários.
Aperfeiçoamento
26.05. (FUVEST – SP) – “... a morte da URSS foi a maior 
catástrofe geopolítica do século. No que se refere aos 
russos, ela se tornou uma verdadeira tragédia” Vladimir 
Putin, presidente da Rússia, abril de 2005
“Para mim, o maior evento do século XX foi o co-
lapso da URSS, que completou o processo de emanci-
pação das nações” Adam Rotfeld, chanceler da Polô-
nia, abril de 2005
As duas declarações:
a) coincidem, a partir de pontos de vistas opostos, sobre 
a importância do desaparecimento da União Soviética. 
revelam que a Polônia, ao contrário da Rússia e dos demais 
ex-países do Pacto de Varsóvia, beneficiou-se com o fim 
da União Soviética.
b) mostram ainda ser cedo para afirmar que o desapa-
recimento da União Soviética não foi historicamente 
importante.
c) consideram que o fim da União Soviética, embora tenha 
sido uma tragédia, beneficiou russos e poloneses.
d) indicam já ser possível afirmar, em caráter definitivo, 
que o fim da União Soviética foi o acontecimento mais 
importante da história.
26.06. (FAMERP – SP) – Observe as fotos, respectivamente 
de 1961 e de 1989.
Disponível em: http://g1.globo.com.
As imagens podem ser utilizadas para 
a) confirmar a política segregacionista e racista do nazismo. 
b) expor as tensões entre civis e militares no Maio de 1968 
francês. 
c) demostrar a destruição provocada pela Segunda Guerra 
Mundial. 
d) simbolizar o acirramento e o fim da Guerra Fria. 
e) contrapor a ordem no mundo socialista à desordem do 
capitalismo. 
18 Extensivo Terceirão
26.07. (UERJ) – No dia 25 de dezembro de 1991, Mi-
khail Gorbachov vivia suas últimas horas no Kremlin. 
Aquele foi um dia de esperança para milhões de pessoas 
na Rússia, que viam o futuro com otimismo. Também 
foi um momento de luto para outros milhões, agora ex-
-cidadãos soviéticos. O novo mapa significou para mui-
tos ter de abandonar o lugar em que haviam nascido, 
deixar lá familiares e relíquias. “Quando foi arriada a 
bandeira vermelha fiquei em estado de choque”, lembra 
Serguei Kosarev, que tinha então 37 anos. “Eu, nascido 
em Sochi, tinha terminado o ensino médio no Caza-
quistão. De repente, meus amigos, minha juventude, 
ficaram para trás em outros países. Pensei que tudo isso 
fosse para o mal, e no começo foi duro. Mas o pior não 
foi o primeiro ano da reforma econômica, e sim mais 
tarde, quando na Rússia deixaram de pagar em dia os 
salários, e havia atrasos de seis meses ou mais”, conta. 
“No final, no meu casotudo foi para o bem, recuperei 
a religião dos meus antepassados, como outros milhões 
de ortodoxos, e vi meio mundo; nem uma coisa nem 
outra teriam sido possíveis na U.R.S.S.”, conclui.
Adaptado de brasil.elpais.com, 23/12/2016.
De acordo com a reportagem, o fim da U.R.S.S. trouxe as 
seguintes mudanças significativas para alguns de seus ex-
-cidadãos: 
a) recuperação da liberdade sindical e perda da ideologia 
comunista 
b) liberalização da iniciativa industrial e abandono da uni-
dade comercial 
c) ampliação do direito trabalhista e enfraquecimento do 
poderio militar 
d) fragmentação do território nacional e redimensionamento 
da identidade cultural 
26.08. (UERJ) – “BÓSNIA-HERZEGOVINA, abril de 
1992. Nessa ex-república iugoslava, que declarara sua 
independência em março de 1992, se travou nos três 
anos seguintes a mais sangrenta das recentes guerras 
balcânicas. Sérvios (cristãos ortodoxos) e croatas 
(católicos) lutaram para ampliar seus domínios, em 
detrimento dos muçulmanos bósnios.
Uma das mais cruéis faces dessa guerra foi o im-
placável cerco sérvio à capital da Bósnia, Sarajevo. 
Franco-atiradores sérvios, postados nas montanhas 
em torno da cidade, alvejaram civis indefesos nas 
ruas.”
“O Globo”, 02/04/2001.
O texto ressalta que a disputa nacionalista na ex-república da 
Iugoslávia apresenta o seguinte traço dominante:
a) presença da questão religiosa nos conflitos regionais;
b) ausência da questão religiosa nos conflitos regionais;
c) predomínio de milícias no lugar de exércitos regulares;
d) infiltração de grupos religiosos estrangeiros nos con-
frontos;
e) participação da população civil nos enfrentamentos 
armados.
26.09. (UFGRS) – Considere o enunciado abaixo e as três 
propostas para completá-lo.
O colapso dos regimes socialistas do Leste europeu e a 
desintegração da URSS marcaram o fim da Guerra Fria e da 
bipolaridade, provocando importantes impactos no sistema 
mundial, tais como:
I. o avanço do capitalismo, através do aprofundamento da 
globalização e do aumento do comércio mundial.
II. o início de um período de paz internacional, devido ao 
fim da corrida armamentista e do terror nuclear.
III. a retomada do desenvolvimento econômico nas ex-Re-
públicas Soviéticas, que lograram reverter o desemprego 
existente na época do Socialismo.
Quais propostas estão corretas?
a) Apenas I
d) Apenas I e III
b) Apenas II
e) Apenas II e III
c) Apenas III
26.10. (UFCE) – “Não foi o confronto hostil com o ca-
pitalismo e seu superpoder que solapou o socialismo. 
Foi mais a combinação entre seus próprios defeitos 
econômicos, cada vez mais evidentes e paralisantes, e 
a acelerada invasão da economia socialista pela mui-
to mais dinâmica, avançada e dominante economia 
capitalista mundial. Na medida em que a retórica da 
Guerra Fria via capitalismo e socialismo, o ‘mundo 
livre’ e o ‘totalitarismo’, como dois lados de um abismo 
intransponível, e rejeitava qualquer tentativa de esta-
belecer uma ponte, podia-se até dizer que, à parte a 
possibilidade de suicídio mútuo da guerra nuclear, ela 
assegurava a sobrevivência do adversário mais fraco.”
HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos – O breve século XX 1914 – 1991. São Paulo, 
Companhia das Letras, 2001, p. 247
Segundo o texto, o colapso soviético deveu-se:
a) ao poder político dos EUA e seus aliados, que faziam 
campanhas contínuas contra o socialismo.
b) à ameaça permanente de guerra nuclear, que fazia com 
que a URSS destinasse recursos excessivos para a produ-
ção de armamentos.
c) à interação com a economia mundial capitalista, associada 
às fraquezas internas do sistema econômico soviético.
d) ao fato de que a URSS mantinha um regime totalitário, que 
se recusava a estabelecer relações com o resto do mundo.
e) às contradições internas do sistema socialista, que para-
lisavam a economia, por não se basear no livre mercado.
Aprofundamento
26.11. (UP – PR) – Sobre a crise do chamado “socialismo 
real”, é correto afirmar que:
I. em agosto de 1968, tropas do Pacto de Varsóvia invadiram 
a Tchecoslováquia, pondo fim ao projeto liberalizante de 
Alexander Dubcek. Era o fim da “Primavera de Praga”;
II. o Muro de Berlim, erguido em 1961, refletiu o clima 
de confrontação leste-oeste, produto da rivalidade 
capitalismo-socialismo;
Aula 26
19História 7B
III. em 1980, nos estaleiros Lenin, na cidade de Gdansk, foi 
fundado o Sindicato Independente Solidariedade, tendo 
como líder Lech Walesa. Diante do avanço do Solidarie-
dade, o General Wojciech Jaruzelski impôs a Lei Marcial;
IV. em 1985, a KGB e a linha dura do PCUS impuseram o 
nome do conservador Mikhail Gorbatchev como homem 
forte da URSS.
Assinale:
a) se apenas a proposição I for correta.
b) se apenas as proposições II e III forem corretas.
c) se apenas as proposições II, III e IV forem corretas.
d) se apenas as proposições I, II e III forem corretas.
e) se todas as proposições forem corretas.
26.12. (UFGRS) – Queridos compatriotas, concidadãos:
Tendo em vista a situação criada com a formação 
da Comunidade de Estados Independentes (CEI), 
concluo minha atividade como presidente da União 
Soviética. Tomo esta decisão por questões de princí-
pio. (...) Impôs-se a linha de fragmentação do país e 
desunião do Estado, o que não posso aceitar..
(...) O destino quis que, ao me encontrar à frente do 
Estado, já estivesse claro que nosso país estava doente. (...)
Tudo devia mudar. (...) Hoje estou convencido da 
razão histórica das mudanças iniciadas em 1985. (...) 
Acabamos com a Guerra Fria, deteve-se a corrida ar-
mamentista e a demente militarização do país que ha-
via deformado nossa economia, nossa consciência so-
cial e nossa moral. Acabou-se a ameaça de uma guerra 
nuclear. (...) Abrimo-nos ao mundo, e responderam-
-nos com confiança, solidariedade e respeito.
Mas o antigo sistema desmoronou antes que o 
novo começasse a funcionar. (...)
(...) Deixo meu cargo com preocupação mas tam-
bém com esperança, com fé em todos vocês, na sua 
sabedoria e na sua força de espírito. (...) Meus melho-
res votos a todos.
Mikhail Gorbatchev.
Discurso de despedida
Moscou, 25 de dezembro de 1991
Fonte: GARCIA, F., ESPINOSA, J. M. História del mundo actual 1945 - 1995. Madrid: 
Alianza Editorial, 1996.
Em relação ao texto e aos fatos mencionados anteriormente, 
são feitas as seguintes afirmativas:
I. A tentativa de golpe, em agosto de 1991, e o fortaleci-
mento de leltsin, a seguir, minaram definitivamente o que 
restava do Estado soviético.
II. O texto reafirma a valorização histórica das mudanças 
propostas, nos anos 80, através da Perestroika e da Glasnost.
III. Na sua despedida, Gorbatchev mostra-se satisfeito com a 
fórmula política da CEI e com o processo de pacificação 
mundial.
Quais estão corretas?
a) Apenas I
c) Apenas III
e) I, II e III
b) Apenas II
d) Apenas I e II
26.13. (UFSM – RS) – Analise os dados.
POPULAÇÃO/PRODUÇÃO (1999)
República
% da 
população 
total do país
% da 
economia 
do país
% da 
total das 
exportações
Bósnia 18,9 12 15,2
Croácia 19,9 25 21
Macedônia 8,9 5,5 4,9
Sérvia 24,6 34,8 21,15
Montenegro 2,7 1.9 2
Eslovênia 8,2 21 25,5
AGUILAR, S. “A guerra da Iugoslávia e a atuação da ONU”. Rio de Janeiro: UERJ, 
1999. p. 39.
A partir da observação do quadro, analise as afirmativas a 
seguir
I. A Eslovênia possui pouca importância no conjunto da 
lugoslávia, porque tem uma das menores populações e 
pequena participação na economia e nas exportações.
II. A Bósnia, apesar de concentrar boa parte da popula-
ção iugoslava, não possui uma grande participação na 
economia.
III. Na Sérvia, concentra-se a maior parte dos benefícios 
econômicos, por isso apresenta o maior índice de parti-
cipação nas exportações em relação às demais regiões.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I
c) apenas II
e) apenas II e III
b) apenas I e II
d) apenas III
26.14. (UFG – GO) – Embora o colapso do socialismo 
soviético e suas enormes consequências, por enquanto 
impossíveis de calcular por inteiro, mas basicamente 
negativas, fossem o incidentemais dramático das Déca-
das de Crise que se seguiram à Era de Ouro, essas iriam 
ser décadas de crise universal ou global. A crise afetou 
as várias partes do mundo de maneiras e em graus di-
ferentes, mas afetou a todas elas, fossem quais fossem 
suas configurações políticas, sociais e econômicas.
HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos: o breve século XX: 1914 – 1991. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995. p. 19.
Hobsbawm avalia que a queda do socialismo soviético 
insere-se em um contexto de crise global que se desdobra 
no mundo contemporâneo. Nessa direção, a crise global:
a) cria uma nova polarização política baseada no antago-
nismo entre a Europa e os Estados Unidos.
b) favorece a emergência de novas nações, levando a eclosão 
de conflitos étnicos e religiosos.
c) impede o desenvolvimento de tecnologias capazes de 
produzir armas químicas, biológicas e atômicas.
d) libera uma grande quantidade de capitais, para o finan-
ciamento do desenvolvimento industrial da Rússia.
e) elimina os conflitos políticos e sociais que ameaçavam a 
hegemonia norte-americana no mundo.
20 Extensivo Terceirão
26.15. (UFRJ) – Leia o texto a seguir.
As Revoluções que transformaram a Europa nos 
três últimos meses de 1989 foram aquele tipo de 
evento muito raro, de evento que realmente abala o 
mundo. Os esforços para captar a escala desses acon-
tecimentos há muito se transformaram em lugares-co-
muns. O terremoto ocorrido no leste, porém, repre-
senta mais do que o colapso de seis regimes (Polônia, 
Hungria, Alemanha Oriental, Bulgária, Tchecoslová-
quia e Romênia) ou a consequente reorganização do 
sistema estatal internacional.
CALLINICOS, A. “A Vingança da História: O Marxismo e as Revoluções do Leste 
Europeu.” Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992.
Em relação ao processo de desconstituição da União Sovié-
tica e do Bloco Socialista, é correto afirmar que:
a) o Golpe de Estado que dissolveu a União Soviética em 
1987, comandado pelo então presidente da Rússia, Boris 
Yeltsin, desencadeou uma reação em cadeia na qual 
foram caindo, um a um, os regimes socialistas da Europa 
do Leste, encerrando-se o processo com a famosa queda 
do Muro de Berlim.
b) o colapso do Bloco Socialista foi um processo originado 
nas reformas levadas a cabo na própria União Soviética, 
através das políticas conhecidas como Glasnost e Peres-
troika, adotadas a partir de meados dos anos de 1980.
c) a desintegração das assim chamadas “democracias po-
pulares” foi um processo iniciado em novembro de 1985 
com uma revolta popular em Berlim Oriental, responsável 
por derrubar o muro de Berlim, e espalhou-se posterior-
mente para os outros países do Bloco dentre os quais a 
própria URSS.
d) as reformas realizados em países, como Polônia e Hungria, 
foram responsáveis, em função da íntima vinculação entre 
os países do Bloco Socialista, por uma reação em cadeia na 
qual a URSS foi obrigada a adotar as políticas reformistas, 
conhecidas como Glasnost e Perestroika, que levaram a 
sua desintegração.
e) as políticas de reformas conhecidas como Glasnost e Pe-
restroika, desenvolvidas em países do Leste Europeu que 
queriam se libertar do jugo da URSS, tiveram um incansável 
adversário em Gorbatchev, o então líder da União Soviética, 
que queria impedir a dissolução do Bloco Socialista.
26.16. (UFPR) – O fim do comunismo na Europa Oriental e 
na União Soviética, entre 1989 e 1991, foi um fato inesperado 
para a maioria da comunidade acadêmica e política, pois ele 
não apresentava sinais aparentes de deterioração. O historia-
dor Mark Mazower declarou: “A liberdade foi a consequência; 
o desejo de liberdade não foi necessariamente a causa”. 
Segundo essa afirmação e os conhecimentos sobre o assunto, 
é correto afirmar:
a) O comunismo terminou com a queda do Muro de Berlim 
e a reunificação alemã, depois que os comunistas reco-
nheceram a legitimidade do sindicato Solidariedade, cujo 
líder era Lech Walesa, levando a economia dos países a 
se modernizar.
b) Nesse processo, predominaram os interesses do capital 
privado ocidental, que desejava acabar com o comunismo 
para implantar o liberalismo no leste, com o desmonte 
do Estado de Bem-Estar sem uma base alternativa para 
sustentar as economias daqueles países.
c) O que fez o comunismo sucumbir foi a dissolução da 
União Soviética, após a assinatura dos tratados de desar-
mamento nuclear com os Estados Unidos, dando fim à 
Guerra Fria e, por consequência, à necessidade de manter 
a cortina de ferro.
d) O fator preponderante foi a desistência da União Sovié-
tica em manter seu império, pois se tornara uma política 
dispendiosa e que levava à instabilidade político-militar 
dos países satélites.
e) O fim do comunismo foi resultado de muitos fatores, nos 
quais as lutas populares só tiveram peso decisivo no final 
(com exceção da Polônia): crise da indústria pesada, aliada 
a desabastecimentos e aumento de preços, conduzidos 
por um partido único em lento declínio, após décadas de 
ditadura e de repressão à oposição.
26.17. (PUC – SP) – “Circo russo na cidade: não alimen-
tem os animais”. Graffiti nos muros de Praga em 1968. 
“Os conselhos eram: ignorem os soviéticos, tratem-nos 
como coisas, beijem e namorem sob seus narizes. 
Vivam. Mas façam em torno deles barragens invisíveis.”
Godfelder, Sonia. A primavera de Praga. S. Paulo, Brasiliense, 1981.
A indisposição dos tchecos, em relação aos soviéticos na 
circunstância indicada pelas citações acima, era devida:
a) à grande presença, em território nacional, de dissidentes 
soviéticos asilados pelo estado, os quais gozavam de 
privilégios não desfrutados pelos cidadãos tchecos.
b) à interrupção, por parte da URSS, do fornecimento 
de gêneros alimentícios e material bélico, para que a 
Tchescolováquia mantivesse sua superioridade frente 
aos poloneses.
c) à histórica discriminação dirigida pelos tchecos aos po-
vos eslavos e que foi reativada com a atuação da Igreja 
Ortodoxa Russa.
d) à intervenção militar praticada pelo governo soviético 
na Tchescolováquia, como resposta a uma tentativa da 
sociedade tcheca de ampliar as liberdades individuais no 
interior de um regime comunista.
e) à iniciativa tcheca de romper com o regime comunista 
e negar influência da URSS, optando pela aliança com o 
governo americano e pela reorientação da economia, no 
sentido de sua estatização.
26.18. (UEM – PR) – A doutrina Brejnev, formulada após a 
invasão da Tchecoslováquia em 1968, segundo a qual a União 
Soviética tinha o direito de intervir nos assuntos internos de 
seus satélites, desapareceu em 1987, ano em que, na cidade 
de Praga, Gorbatchov formulou novos princípios, segundo 
os quais cada povo tinha o “direito de resolver, de forma 
soberana, questões relativas ao desenvolvimento do país”.
Aula 26
21História 7B
Sobre os desdobramentos dessa atitude no Leste Europeu, 
assinale o que for correto.
01) Na Romênia, o fim da cruel ditadura de Ceausescu, pre-
so e executado no Natal de 1989, culminou na implan-
tação da economia de mercado, no pluripartidarismo e 
na busca de respeito aos direitos humanos.
02) Na Tchecoslováquia, em 1993, o país foi dividido, de for-
ma pacífica, em República Tcheca e Eslováquia.
04) Na Albânia, governada de 1945 a 1985 por Enver Ho-
xha, a postura isolacionista e independente levou o 
país a manter- se fora das novas tendências político-
-econômicas da Europa do Leste.
08) Na Polônia, a crise social que se instalou na transição 
do socialismo ao capitalismo fez com que o herói da 
revolução anticomunista Lech Walesa fosse derrotado 
em sucessivas eleições após 1990.
16) Na Iugoslávia, palco de antigas questões políticas, étni-
cas, ideológicas e religiosas, o período foi marcado por 
violentos conflitos civis, como a Guerra da Bósnia e a 
Crise do Kosovo.
Desafio
26.19. (UEM – PR) – A respeito das transformações geo-
políticas que ocorreram nos países do Leste europeu e da 
antiga União Soviética, após o fim da Guerra Fria, assinale 
a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Com o fim da União das

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