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06_CURSO_ER21_EXT_LIN_CIEH_HIS_7C

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1
Populismo II (1945-1964)
Aula 
25 7C
História
Quais foram os principais 
elementos da crise do 
governo Vargas?
A política de Vargas gerou reações nos grupos mais 
conservadores do país. Suspeitava-se que o presidente 
pretendia instalar uma República Sindicalista no país, nos 
moldes do Movimento Justicialista do então presidente 
argentino, Juan Domingo Perón. Os latifundiários não 
gostavam nada das promessas feitas por Getúlio para 
estender os benefícios trabalhistas aos camponeses; os 
industriais se irritavam por ter de arcar com o aumento 
do salário mínimo; as multinacionais não aceitavam 
limitar as remessas de seus lucros.
Além disso, os militares – influenciados pelo discurso 
anticomunista dos EUA – desconfiavam de uma “bolche-
vização” do país.
Paradoxalmente, o PCB também fazia oposição 
ao presidente. E, por fim, a dificuldade de Vargas em 
controlar o processo inflacionário iniciado no fim do go-
verno Dutra, além das constantes acusações levantadas 
pela imprensa de corrupção no seu governo, minavam o 
apoio da classe média.
Em fevereiro de 1954, pressionado por políticos, 
empresários e pelos militares, que haviam publicado 
o “Manifesto dos Coronéis” – documento que trazia 
fortes críticas à política salarial do governo –, Getúlio 
se vê obrigado a demitir seu Ministro do Trabalho, João 
Goulart.
Mas isso era só o começo. Capitaneado pela UDN 
e seu porta-voz, o jornalista Carlos Lacerda, o cerco 
da oposição vai se fechando contra o Presidente. Sem 
apoio na imprensa – só o jornal A Última Hora defendia 
as virtudes do governo – e com o povo dividido pela 
insatisfação provocada pela alta do custo de vida, o 
presidente Vargas parecia não ter forças para reagir e 
continuar o seu governo.
 ` Afonso Arinos, deputado pela UDN, discursando na Câmara dos 
Deputados. Rio de Janeiro, 1953.
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Como terminou o governo 
Vargas?
Na madrugada de 5 de agosto de 1954, Carlos 
Lacerda – que era diretor do jornal A Tribuna da 
Imprensa – seu filho e o major da Aeronáutica Rubens 
Vaz chegaram à casa do jornalista, na Rua Toneleros, 
bairro de Copacabana. De repente, o silêncio da rua foi 
quebrado por uma série de disparos. Era um atentado, 
que acabou ferindo Carlos Lacerda e matando o major.
 ` Carlos Lacerda após o atentado na 
rua Toneleros, 05 ago. 1954.
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2 Extensivo Terceirão
Na manhã seguinte, os jornais estampavam em suas 
manchetes acusações contra o governo. Vargas repudiou 
qualquer insinuação de seu envolvimento com o fato. 
Levantaram-se vozes exigindo a renúncia. O presidente 
prometeu que só sairia morto do Palácio do Catete.
Membros da Aeronáutica iniciaram uma investigação 
para descobrir o mandante do crime contra o major Ru-
bens Vaz. Constituiu-se, então, o que passou a ser conheci-
do como a “República do Galeão”, numa alusão à comissão 
de investigação que se instalou no aeroporto carioca.
As investigações militares surtiram efeito: ficou 
comprovado que o assassino era o pistoleiro de aluguel 
Alcino João do Nascimento e que ele obedecera a 
ordens expressas do chefe da guarda pessoal de Getúlio, 
Gregório Fortunato. Pressionado, Gregório, conhecido 
como o “anjo negro”, reconheceu a autoria intelectual do 
crime. O Presidente estava com os dias contados...
 ` Alcino do Nascimento, escoltado por policiais, 
acusado pelo atentado contra Carlos Lacerda.
O jornal O Estado de S. Paulo, na sua edição de 18 
de agosto, publicava: “Getúlio a tudo assistiu sem 
um protesto, sem um gesto, porque já não tem for-
ças para protestar ou se revoltar... Dizíamos ontem 
que o Presidente era um cadáver que aguardava 
sepultamento... Resta saber se o cadáver será se-
pultado ou permitirão que permaneça insepulto a 
empestear o ambiente político nacional”.
O Congresso começa a negociar com o vice, Café 
Filho, o afastamento do Presidente. O clima de instabi-
lidade atinge um grau insuportável. Na madrugada do 
dia 23 para 24 de agosto, Getúlio comanda uma reunião 
no Palácio do Catete, para decidir o que fazer.
Os militares exigiam a sua renúncia e o próprio 
Ministro do Exército hesitava em continuar a dar apoio 
ao Presidente. Uma solução mediadora foi apresentada, 
solicitando o licenciamento de Getúlio até a completa 
apuração dos fatos. Abatido, Vargas afirmou que daria 
uma resposta no dia seguinte. Despediu-se de todos e 
retirou-se para o quarto.
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Então, às 8h35min da manhã de 24 de agosto de 
1954, o presidente Getúlio Vargas suicidou-se com um 
tiro no peito. Sobre a escrivaninha, a carta testamento, 
que iniciava dizendo: “Mais uma vez, as forças que os 
interesses contra o povo coordenaram, novamente se 
desencadeiam sobre mim...” e concluiu: “Lutei contra a 
espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. 
Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a 
calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha 
vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serena-
mente, dou o primeiro passo no caminho da eternidade 
e saio da vida para entrar na história”.
 `O povo chora a morte do presidente “pai dos pobres”.
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Aula 25
3História 7C
 ` Posse de Café Filho no Congresso Nacional, 03 set. 1954
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Com o suicídio, como foi o 
processo de sucessão?
Com a morte de Vargas, assume o vice, Café Filho. Os 
ventos agora sopravam para outro lado e o novo manda-
tário do país organiza um ministério fortemente conserva-
dor, formado majoritariamente por políticos da UDN.
Nas eleições presidenciais de outubro de 1955, é 
eleito, mais uma vez, um candidato dos partidos de 
Getúlio – PSD e PTB –, o mineiro Juscelino Kubitschek. 
Sua vitória ocorre por estreita margem de votos, o que 
leva a UDN a tentar invalidar o pleito, alegando que o 
eleito não havia conseguido a maioria absoluta.
JK, como era conhecido, concorreu com Juarez 
Távora, do PDC, mas apoiado pela UDN; com Adhe-
mar de Barros, do PSP, e com Plínio Salgado – o 
velho líder integralista – pelo PRP. Juscelino tinha 
como candidato a vice o ex-ministro de Getúlio, 
João Goulart. Juscelino venceu por uma margem 
de apenas 6% dos votos o candidato Juarez Távora.
A UDN, além da alegação da falta de maioria 
absoluta, tentou incriminar a chapa vencedora 
pela divulgação de cartas falsas – o episódio Bran-
di – nas quais havia “provas” de que João Goulart 
teria tentado comprar armas na Argentina para 
equipar uma milícia operária. Nada deu resultado.
No dia 8 de novembro de 1955, Café Filho sofre 
um ataque cardíaco e é substituído pelo Presidente da 
Câmara, Carlos Luz.
O governo Carlos Luz dura poucos dias. Convencido 
de que ele tramava, com a UDN, o impedimento da 
posse de JK, o Ministro da Guerra, Teixeira Lott, depõe 
o presidente em exercício e entrega o poder ao Vice-
-Presidente do Senado, o catarinense Nereu Ramos.
Café Filho, recuperado (muitos afirmam que ele nem 
mesmo ficou doente), tenta voltar ao governo, mas é 
impedido por Teixeira Lott. A seguir, o próprio Congresso 
incapacita Café Filho e mantém Nereu Ramos até a posse 
de Juscelino Kubitschek, em janeiro de 1956.
O que caracterizou o gover-
no Juscelino Kubitschek? 
(1956-1961)
O governo JK foi resultado de uma estranha com-
binação: o populismo do tipo varguista, somado a um 
modelo de desenvolvimento liberal, baseado na forte 
presença de capital estrangeiro. Já em seu slogan de 
campanha, Juscelino anunciava: “Cinquenta anos de 
progresso em cinco de governo”.
De fato, seu governo conheceu um efetivo crescimento 
econômico (não na proporção da propaganda de campa-
nha), com uma ampla expansão nos setores de infraestru-
tura e no setor industrial de bens de consumo duráveis.
Este crescimento pode ser creditado a uma série de 
fatores, dos quais destacamos:
 • aumento do mercado interno;
 • existência de recursosenergéticos;
 • abundância de mão de obra barata;
 • incentivo dado às firmas estrangeiras interessadas 
em instalar-se ou ampliar-se no país, inclusive 
isenção de exigência de cobertura cambial para a 
importação de máquinas e equipamentos.
O plano de governo de Juscelino, conhecido como 
Plano de Metas, prometia investimentos na produção 
de energia, transportes, alimentos, indústria de base e 
educação. O carro-chefe de sua companhia foi, no en-
tanto, a promessa de construir uma nova capital, Brasília, 
no Planalto Central.
Dentre as realizações do governo, além da constru-
ção de Brasília, podemos citar:
 • a construção da Rodovia Belém-Brasília;
 • a criação do Conselho Nacional de Energia Nuclear;
 • a construção das usinas hidrelétricas de Furnas e Três 
Marias;
 • a implantação da indústria automobilística.
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 ` JK saúda o povo na inau-
guração de Brasilia, DF 
21/04/60; Autor: Gervasio 
Batista.
4 Extensivo Terceirão
Diversas empresas automobilísticas instalaram-
-se no Brasil, nesse período: a Ford Motors, a General 
Motors, a Willys Overland; a Volkswagen; a Merce-
des Benz; a Simca; a Toyota; a Scania; a Vemag, etc.
 ` Exposição da indústria automobilística no Museu de Arte Mo-
derna (MAM), RJ, 1960
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Politicamente, seu governo caracterizou-se por um 
clima de liberdade política. Apesar disso, JK teve de 
enfrentar duas tentativas de golpe, perpretadas por 
militares da Aeronáutica. A primeira, logo no início 
do seu governo, em Jacareacanga (PA), e a segunda, 
em dezembro de 1959, em Aragarças (GO). Tentativas 
conservadoras, de extrema direita, foram facilmente do-
minadas. Pouco depois, Juscelino anistiou os envolvidos.
 ` Juscelino Kubitschek
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No final de sua gestão, Juscelino Kubitschek re-
cepcionou o Presidente dos EUA, general Dwight 
Eisenhower. Nessa ocasião, o Presidente brasileiro 
propôs um programa de desenvolvimento econô-
mico e social, a Operação Pan-Americana, que, ape-
sar do entusiasmo do governo, sequer saiu do papel.
O desenvolvimento econômico e as grandes realiza-
ções do presidente JK tiveram também um lado menos 
glorioso. A inflação, a perda do poder de compra dos 
trabalhadores, o endividamento externo e a desnacio-
nalização de nossa economia foram as principais críticas 
feitas ao governo. Também foram sérias as acusações de 
corrupção. Somou-se a isso, enfim, a falta de empenho 
efetivo do Presidente com as regiões mais pobres do 
país, notadamente o Nordeste.
Nessa região, a miséria secular provocou a intensifi-
cação das lutas dos camponeses, por meio da ação dos 
sindicatos rurais e das Ligas Camponesas, lideradas por 
Francisco Julião. Para diminuir essa pressão, Juscelino 
criou, em 1959, a SUDENE (Superintendência para o 
Desenvolvimento do Nordeste). No entanto, agiu tarde 
demais. Nesse mesmo ano, explodiram 65 greves em 
todo o país. Em 1958, nas eleições legislativas, as forças 
mais progressistas haviam crescido substancialmente. E 
essa insatisfação toda certamente colheria seus frutos 
nas eleições presidenciais que se aproximavam.
 ` Francisco Julião em comício das Ligas Camponesas, 1961
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Como foi o processo de 
sucessão de JK?
Para a sucessão presidencial, os partidos governistas 
buscaram um nome cuja imagem de retidão, honesti-
dade e cujo discurso nacionalista recuperasse o apoio 
que o próprio presidente Kubitschek havia perdido. O 
escolhido foi o marechal Teixeira Lott, “herói” da novem-
brada de 1955. Para vice, a coligação PSD-PTB repetiu a 
candidatura João Goulart.
A estranha legislação eleitoral da época permi-
tia que o vice, e apenas ele, pudesse concorrer à 
reeleição. Além disso, as eleições de presidente e 
de vice eram distintas, podendo ganhar o presi-
dente de uma chapa e o vice da outra.
A candidatura de Teixeira Lott recebeu o apoio dos 
nacionalistas e mesmo dos comunistas, liderados por 
Luís Carlos Prestes.
Aula 25
5História 7C
O PSP lançou, mais uma vez, seu líder Adhemar de 
Barros. A UDN, por sua vez, apoiou – como já havia feito 
na eleição anterior – um nome de fora de suas fileiras. 
Agora o nome escolhido foi o do candidato do PDC, o 
ex-governador de São Paulo e grande estrela política do 
momento, o mato-grossense Jânio Quadros.
Jânio, um dos mais astutos políticos brasileiros, 
apresentou-se ao público como um “moralista apolítico”, 
único capaz de promover uma mudança radical nos 
costumes da política nacional.
Jânio dirigia seu apelo aos eleitores de classe média 
que consideravam a sua fama de administrador honesto 
requisito fundamental para o exercício da presidência.
Exercia também atração sobre 
as camadas humildes, pois desa-
fiava os padrões de vestuário e 
comportamento. Jânio usava 
ternos rasgados, tinha cabelos 
malpenteados e cheios de 
caspa, tendo ainda o hábito de 
fumar cigarros populares e co-
mer sanduíches nos intervalos 
dos comícios. Esta “identidade” 
de homem simples, sem a arro-
gância típica dos políticos, contribuiu muito para a sua 
vitória, por uma margem surpreendente de votos sobre 
o candidato do governo.
Tamanha era a independência de Jânio em relação 
às estruturas partidárias que, com o seu consentimento, 
foram fundados em todo o país os “Comitês Jan-Jan”, 
encarregados de fazer campanha de Jânio para pre-
sidente e Jango para vice. Só que João Goulart era da 
chapa adversária. O fato é que ambos foram eleitos. Essa 
combinação explosiva, no entanto, provocará muitos 
estragos. É o que veremos.
 ` Jânio Quadros
Testes
Assimilação
25.01. (IFCE) – O conceito de “populismo” surgiu nos anos de 
1950 tendo como base estudos de intelectuais que queriam 
compreender as mudanças políticas ocorridas em países da 
América Latina após os anos de 1930. 
No Brasil, um dos governos considerados populistas foi o 
de Juscelino Kubitschek, também conhecido como JK, que 
inaugurou seu mandato prometendo grandes mudanças 
e projetos, em especial no que se referia à industrialização. 
Fizeram parte do governo de Juscelino Kubitschek o slogan 
a) “Pra frente Brasil” e o plano de política econômica cha-
mado de Plano Lafer. 
b) “Brasil de Todos” e o plano de política econômica chamado 
de Plano Trienal. 
c) “Cinquenta anos de progresso em cinco de governo: 
cinquenta em cinco” e o plano de política econômica 
chamado de Plano de Metas. 
d) “Varre, varre, vassourinha...” e o plano de política econô-
mica chamado de Plano de Metas. 
e) “Brasil sem miséria” e o plano de política econômica 
chamado de Plano Real. 
25.02. (FMP – RJ) – Estudando a situação do Brasil durante o 
governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960), o brasilianista 
Thomas Skidmore escreveu:
Além dos avanços econômicos diretos havia 
também mais benefícios políticos indiretos gerados 
pela estratégia econômica de Juscelino. Seu estilo 
político e personalidade entusiasta reforçam o tra-
dicional senso de otimismo brasileiro, pois enfati-
zava soluções ao invés de problemas. Ele irradiava 
confiança no país e em sua capacidade de unir-se 
ao mundo industrial.
SKIDMORE, T. Uma história do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 1998, p. 204.
Essa visão específica sobre os anos JK encontra respaldo em 
alguns episódios de época, como a(o) 
a) inauguração do Cristo Redentor e a instalação da Com-
panhia Siderúrgica Nacional 
b) emergência das chanchadas e do Plano SALTE 
c) realização da Semana de Arte Moderna e a assinatura do 
Convênio de Taubaté 
d) nascimento da Tropicália e a ocorrência do “milagre 
econômico” 
e) surgimento da bossa nova e a inauguração de Brasília 
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 ` Campanha de Jânio Quadros, 
Vila Maria, SP, 1960
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6 Extensivo Terceirão
25.03. (CEFET – MG) – No Brasil, o fenômeno político do 
Populismo (1945 - 1964) pode ser caracterizado como:
a) a expressãopolítica do deslocamento do polo dinâmico 
da economia do setor urbano para o agrário, através do 
desenvolvimento da agricultura de exportação.
b) um estilo de governo sensível às pressões populares, mas 
com uma política de massas cujas aspirações procura 
conduzir e manipular.
c) uma mudança de posição do povo, saindo da condição de 
espectador e, chegando ao centro de decisões do Estado, 
tornando-o, assim, popular.
d) uma política intervencionista, preocupada em garantir as 
reservas de mercado com base na lei da oferta e da procura.
25.04. (FUVEST – SP) – O desenvolvimento do governo de 
Juscelino Kubitschek, que se traduziu no Plano de Metas, 
foi realizado com:
a) imensas dificuldades porque não previa a utilização de 
investimentos estatais;
b) consideráveis investimentos da Comunidade Europeia e 
dos países asiáticos;
c) grandes investimentos do Estado e entrada maciça de 
capital estrangeiro;
d) investimentos particulares nos serviços públicos e priva-
tização das empresas estatais;
e) imposição de restrições nas atividades políticas e implan-
tação da reserva de mercado para as empresas nacionais.
Aperfeiçoamento
25.05. (IFPE) – 
Alimentação
3%
Educação
4%
Setor energético
44%
Transporte
29%
Setor 
Industrial
20%
MARANHÃO, Ricardo. O governo de Juscelino Kubitschek. São Paulo: Brasiliense, 
1981, p. 75.
No gráfico, vemos a porcentagem das verbas públicas 
destinadas pelo governo Juscelino Kubitschek a cada um 
dos cinco setores do Plano de Metas. A partir da análise do 
gráfico, é CORRETO afirmar que o Plano de Metas priorizou 
a) a transformação da estrutura de transporte para combater 
as disparidades de desenvolvimento regional. 
b) o investimento nos transportes e a geração de energia 
para a transformação estrutural do setor agropecuário. 
c) a diversificação do parque industrial brasileiro para dimi-
nuir a dependência de importações de grãos. 
d) a ampliação da capacidade geradora de energia elétrica 
para dar suporte à contínua expansão industrial. 
e) o aumento dos índices de escolarização para formação 
técnica e modernização administrativa do país. 
25.06. (ESPCEX – SP) – Entre 1945 e 1964, existiam no Brasil 
dois projetos de Nação que disputavam a preferência dos 
eleitores, o nacional estatismo, liderado por Getúlio Vargas, 
e o liberalismo conservador, liderado por Carlos Lacerda. 
Avalie as informações abaixo listadas.
I. O Estado devia intervir na economia.
II. Abertura total às empresas e aos capitais estrangeiros.
III. O Brasil deveria alinhar-se com os EUA incondicionalmente.
IV. Criação das empresas estatais em áreas estratégicas.
A alternativa que apresenta propostas do liberalismo con-
servador é 
a) I e II. 
d) II e IV. 
b) I e III. 
e) III e IV. 
c) II e III. 
25.07. (FAMERP – SP) – Analise o texto a seguir.
De 1889/1890, começo da República, até 1930-
1940 mais ou menos, a indústria e as cidades apresen-
taram determinadas características.
A atividade industrial, sempre crescente, era con-
duzida fundamentalmente no interior de empresas de 
pequeno e médio porte, ainda que as grandes fábricas 
existentes concentrassem o maior número de operá-
rios e a maior quantidade de capital, sendo responsá-
veis também pela maior parte da produção industrial. 
[...] Apenas a partir das décadas de 1940 e 1950 as 
indústrias de bens de consumo duráveis e bens de ca-
pital desenvolveram-se de modo significativo.
(Maria Auxiliadora Guzzo de Decca. Indústria e trabalho no Brasil, 1991.) 
O segundo ciclo de industrialização mencionado no texto 
é marcado 
a) pelo ingresso, no país, de grande quantidade de tecno-
logia e de capitais estrangeiros. 
b) pela política nacional de controle do câmbio, o que facili-
tava a exportação brasileira de produtos industrializados. 
c) pelo deslocamento do eixo industrial para a região Norte, 
a partir da criação da Zona Franca de Manaus. 
d) pela implantação de políticas públicas de apoio às pe-
quenas e médias empresas. 
e) pelo processo de privatização das empresas estatais, 
adquiridas por grandes empresários nacionais. 
25.08. (UERJ) –
Varre, varre, varre, varre, vassourinha.
Varre, varre a bandalheira,
Que o povo já está cansado
De sofrer desta maneira.
Jânio Quadros é a esperança deste povo abandonado.
Jânio Quadros é a certeza de um Brasil, moralizado!
Nosso Século. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
Aula 25
7História 7C
Esse jingle acompanhou o candidato Jânio Quadros durante a 
sua campanha à presidência da República, em 1960. A letra sin-
tetiza a seguinte política de resolução dos problemas da época:
a) a austeridade do governo e o controle dos gastos públicos 
conteriam a inflação e a corrupção oficial;
b) a disputa de mercados externos e a ideologia nacionalista 
aumentariam o superavit comercial e a geração de renda;
c) o atendimento à economia popular e à produção de ali-
mentos baixariam o custo de vida e os gastos do governo;
d) a defesa dos interesses nacionais e a adoção de uma 
política externa independente gerariam emprego e novas 
possibilidades econômicas.
25.09. (UECE) – O modelo Nacional-desenvolvimentista, 
surgido no governo de Getúlio Vargas, fortaleceu-se no 
período em que Juscelino Kubistchek governou o país e se 
estendeu aos governos seguintes. Essa ideologia que teve no 
ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros) sua principal 
escola formuladora e difusora, da qual participaram nomes 
como Hélio Jaguaribe e Nelson Werneck Sodré, também 
contou com a colaboração de influentes personagens da 
cultura nacional, como Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto 
Freyre, Heitor Villa Lobos, Celso Furtado, dentre outros.
Entre as contribuições, para o Brasil, da ideologia Nacional-
-desenvolvimentista difundida pelo ISEB encontra-se 
a) a privatização de empresas públicas e de economia mista 
que davam prejuízos ao Estado brasileiro, tais como o 
Banco do Brasil e a Petrobrás. 
b) o desenvolvimento de políticas de inserção e assistência 
social, com a criação de programas como o Fome Zero, o 
Bolsa Família e o ProUni. 
c) a criação do órgão de planejamento e desenvolvimento 
regional para o Nordeste, a SUDENE, que devia combater 
a disparidade regional no país. 
d) o encerramento de programas que oneravam o Estado 
como a Eletrobrás Eletronuclear e a Agência Espacial 
Brasileira (AEB). 
25.10. (UECE) – Leia atentamente o seguinte excerto:
“O rádio cresceu no início dos anos 50, quando 
houve um aumento da publicidade. As populares ra-
dionovelas, por exemplo, tinham como complemento 
propagandas de produtos de limpeza e toalete. Na tele-
visão, a publicidade não se limitava a vender produtos, 
e as próprias empresas eram produtoras dos progra-
mas que patrocinavam. Houve um aumento da tiragem 
dos jornais e revistas, e popularizaram-se as fotonove-
las, lançadas no início da década. O cinema e o teatro 
também participaram desse processo, tanto do lado 
das produções de caráter popular quanto das produ-
ções mais sofisticadas. (...) Se o otimismo e a esperança 
implicaram profundas alterações na vida da popula-
ção em todo o mundo, permitindo, não a todos, mas 
a uma parcela – os setores médios dos centros urbanos 
–, consumir novos e mais produtos, por outro lado, a 
vontade do novo trazia embutido, em várias áreas da 
cultura, o desejo de transformar a realidade de um país 
subdesenvolvido, de retirá-lo do atraso, de construir 
uma nação realmente independente”.
KORNIS, Mônica Almeida. Sociedade e cultura nos anos 1950. FGV CPDOC – O Go-
verno Juscelino Kubitschek. Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/
JK/artigos/Sociedade/Anos1950.
Partindo do trecho citado, é correto concluir que 
a) no Brasil, os anos da década de 1950 foram marcados 
pelo otimismo, sobretudo na era JK, e pelo avanço do 
socialismo de matriz soviética na vida cotidiana dos 
setores médios urbanos. 
b) o desenvolvimento de toda uma cultura de massa no 
Brasil dos anos de 1950 se deu afastado da influência do 
capitalismo dos EUA que, naquele período, disputava a 
influênciaeconômica, política e ideológica com a URSS. 
c) as alterações ocorridas no período, em toda a sociedade 
brasileira, levaram a um sentimento de que o Brasil havia 
saído da condição de subdesenvolvimento e alcançado 
o nível de nação desenvolvida. 
d) as mudanças ocorridas na vida das classes médias ur-
banas, na década de 1950, também proporcionaram, a 
partir de então, uma conscientização na área da cultura, 
sobre a realidade do Brasil e a necessidade de mudá-la. 
Aprofundamento
25.11. (UNESP – SP) – A construção de Brasília pode ser 
considerada a principal meta do Plano de Metas [...]. 
Para alguns analistas, a nova capital seria o elemento 
propulsor de um projeto de identidade nacional com-
prometido com a modernidade, cuja face mais visível 
seria a arquitetura modernista de Oscar Niemeyer e 
Lúcio Costa. Ao mesmo tempo, no entanto, a interio-
rização da capital faria parte de um antigo projeto de 
organização espacial do território brasileiro, que visava 
ampliar as fronteiras econômicas rumo ao Oeste e 
alavancar a expansão capitalista nacional.
(Marly Motta. “Um presidente bossa-nova”. In: Luciano Figueiredo (org.). História do 
Brasil para ocupados, 2013.)
O texto expõe dois significados da construção de Brasília 
durante o governo de Juscelino Kubitschek. Esses dois sig-
nificados relacionam-se, pois 
a) denotam o esforço de construção de um espaço geo-
gráfico brasileiro com o intuito de assegurar o equilíbrio 
econômico e político entre as várias regiões do país. 
b) demonstram o nacionalismo xenófobo do governo 
Kubitschek e sua disposição de isolar o Brasil dos demais 
países do continente americano. 
c) revelam a importância da redefinição do espaço territorial 
para a implantação de um projeto de restrições à entrada 
de capitais e investimentos estrangeiros. 
d) explicitam a postura antiliberal do governo Kubitschek e sua 
intenção de implantar um regime de igualdade social no país. 
e) indicam o surgimento de uma expressão arquitetônica 
original e baseada no modelo de edificação predominante 
entre os primeiros habitantes do atual Brasil. 
8 Extensivo Terceirão
25.12. (UNICAMP – SP) – Vistas em conjunto, as aspira-
ções ruralistas não eram contraditórias ou incompatí-
veis com o programa desenvolvimentista de Juscelino 
Kubitschek. A ideia de incompatibilidade entre o 
projeto nacional-desenvolvimentista e os interesses 
agrários era uma ficção.
(Adaptado de Vânia Moreira, “Os Anos JK: industrialização e modelo oligárquico de 
desenvolvimento rural”, em Jorge Ferreira e Lucília Delgado (Orgs.), O Brasil Republi-
cano. v. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 169-170.)
Considerando a composição do setor rural nacional e o progra-
ma desenvolvimentista do governo JK, é correto afirmar que: 
a) A “Marcha para o Oeste” obteve grande êxito porque, 
além dos grandes ruralistas, conseguia atender também 
aos interesses dos pequenos posseiros, trabalhadores 
sem-terra e indígenas. 
b) O desenvolvimentismo atendia às ambições da oligarquia 
rural, em função das políticas de modernização da agricultura, 
permitindo que ela se beneficiasse da expansão do mercado 
consumidor, um dos desdobramentos da industrialização. 
c) O Plano de Metas do governo JK fracassou porque os 
interesses do agronegócio se mostraram posteriormente 
inconciliáveis com as demandas da velha oligarquia rural 
das regiões Norte e Centro-Oeste. 
d) Os interesses agrários e o projeto de industrialização do 
nacional-desenvolvimentismo eram compatíveis porque 
o Partido Trabalhista Brasileiro era composto principal-
mente pela oligarquia rural. 
25.13. (FGV – SP) – Leia o fragmento a seguir, extraído de 
um artigo do jornalista Carlos Lacerda, publicado no jornal
A Tribuna da Imprensa, em junho de 1950.
O Sr. Getúlio Vargas senador, não deve ser can-
didato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. 
Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos 
recorrer à revolução para impedi-lo de governar.
A partir do fragmento, assinale a alternativa que apresenta a 
interpretação correta do discurso de Carlos Lacerda.
a) Marca o rompimento público com o trabalhismo, devido 
aos planos ditatoriais de Vargas.
b) Reflete a posição dos setores liberais contrários à aproxi-
mação do Brasil com os países do Leste Europeu.
c) Denuncia Vargas, que pretendia modificar a constituição 
para se candidatar à Presidência da República.
d) Representa o posicionamento político de setores contrá-
rios ao trabalhismo.
e) Mostra a defesa intransigente do processo eleitoral contra 
as ameaças ao sistema democrático.
25.14. (PUC – SP) – “O suicídio de Vargas não interrom-
peu um possível golpe udenista, tanto que Café Filho 
assumiu a Presidência da República e governou com 
um ministério conservador. A grande derrota da direi-
ta, aí sim, foi em outubro de 1955, quando Juscelino 
Kubitschek venceu as eleições presidenciais em aliança 
com João Goulart. A crise de 1961 acabou fortalecendo 
a democracia como valor fundamental da República.”
Marco Antonio Vila. “Jango. Um perfil (1945 - 1964)”. São Paulo: Globo, 2004, p. 240
A frase
a) “O suicídio de Vargas não interrompeu um possível golpe 
udenista” indica que o autor acredita que o suicídio do 
Presidente, em agosto de 1954, não impediu a ascensão 
política da direita.
b) “A grande derrota da direita, aí sim, foi em outubro de 
1955” indica que o autor acredita que a vitória eleitoral 
de Juscelino Kubitschek tenha sido um histórico triunfo 
político dos comunistas brasileiros.
c) “A crise de 1961 acabou fortalecendo a democracia 
como valor fundamental da República” indica que o autor 
acredita que, após a renúncia de Jânio Quadros, o Brasil 
se tornou definitivamente uma democracia.
d) “Café Filho assumiu a Presidência da República e gover-
nou com um ministério conservador” indica que o autor 
acredita que a direita conseguiu impor seu projeto de 
governo de 1954 em diante.
e) “Juscelino Kubitschek venceu as eleições presidenciais em 
aliança com João Goulart” indica que o autor acredita que 
não havia, em 1955, qualquer risco para a continuidade 
da hegemonia política do varguismo.
25.15. (PUC – RJ) – Durante o governo de Juscelino Ku-
bitschek de Oliveira (1956 - 1961), o setor socioeconômico 
caracterizou- se pelo desenvolvimentismo, expressado pelo 
Plano de Metas, que continha trinta e um objetivos estraté-
gicos para o desenvolvimento do país.
Com base no exposto, examine as afirmativas abaixo:
I. A energia, a educação e a indústria básica foram três dos 
setores estratégicos do governo JK. 
II. A agricultura de exportação foi o setor econômico de maior 
expansão durante os anos JK, permitindo acumulação de 
divisas estrangeiras.
III. O desenvolvimento industrial foi possível pela conjuga-
ção de investimentos estatais e privados, dentre os quais 
merece destaque a presença de capital estrangeiro.
IV. A construção da nova capital – Brasília – foi considerada 
a meta síntese, pois expressava, de um lado, os esforços 
de integração do território brasileiro e, de outro, a mo-
dernidade do momento vivido.
Estão corretas:
a) Somente as afirmativas I, II e III
b) Somente as afirmativas II e IV
c) Somente as afirmativas I, III e IV
d) Somente as afirmativas II, III e IV
e) Todas as afirmativas
25.16. (UFRGS) – Assinale a alternativa correta sobre a his-
tória política brasileira, durante o período entre 1945 e 1964. 
a) A chamada “Terceira República”, considerada a primeira ex-
periência democrática na história brasileira, foi marcada pela 
liberdade de atuação de todos os partidos políticos nacionais. 
b) O governo de Getúlio Vargas desenvolveu um projeto 
estatal, criando empresas e instituições voltadas para o 
desenvolvimento científico e econômico do país. 
Aula 25
9História 7C
c) A União Democrática Nacional, de matriz ideológica 
liberal, notabilizou-se como um partido político compro-
metido com os princípios da democracia representativa. 
d) A política externa brasileira, durante o governo de Jânio 
Quadros,definiu-se pelo alinhamento restrito aos Estados 
Unidos e pelo fechamento de embaixadas localizadas em 
países do bloco socialista. 
e) O período compreendido entre o suicídio de Getúlio 
Vargas e a deposição de João Goulart foi caracterizado 
pela ausência de atuação política dos setores militares. 
25.17. (UFRGS) – Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) 
as seguintes afirmações, relativas ao governo Kubitschek.
( ) O golpe preventivo do general Lott garantiu a sua pos-
se ao abafar o descontentamento de setores militares e 
políticos contrariados com os resultados finais da elei-
ção de 1955.
( ) Sua administração foi marcada pelo lema “Cinquenta 
anos de progresso em cinco de governo” e pela interio-
rização do governo central com a construção de Brasília.
( ) Sua política econômica foi delineada no Plano de Me-
tas, ambicioso programa que apontava para o desen-
volvimento das indústrias de base e dos setores ener-
gético, de transporte, alimentar e educacional.
( ) Ele promoveu ampla atividade do Estado no setor de 
infraestrutura e no incentivo à industrialização, mas tam-
bém desenvolveu ações para atrair capitais estrangeiros.
( ) Ele criou o Grupo Executivo da Indústria Automobilística 
(GEIA), com o intuito estratégico de alavancar a produ-
ção de automóveis e caminhões com capitais privados.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de 
cima para baixo, é:
a) V – F – V – F – F
b) F – V – F – V – F
c) V – F – F – V – V
d) F – V – V – F – V
e) V – V – V – V – V
25.18. (FUVEST – SP) – O período do governo Juscelino Ku-
bitschek (1956-1960) é uma referência positiva no imaginário 
político brasileiro. Não por acaso ele é denominado de “Anos 
Dourados”. As transformações implementadas nesse período 
suscitaram desafios e impasses.
A partir destas considerações, 
a) caracterize a política econômica adotada no referido 
período;
b) explique qual foi o papel do Estado e cite uma diretriz 
implementada por aquele governo;
c) indique de que maneira as transformações implemen-
tadas por esse governo repercutiram nas migrações 
populacionais internas. 
Desafio
25.19. (UFU – MG) – Dinamismo, audácia, vontade política 
e formação de boas alianças foram qualidades frequente-
mente associadas à presidência de Juscelino Kubitschek. 
Aponte os planos e medidas do governo, nesse período, 
em âmbitos nacional e internacional, capazes de estimular 
essa avaliação positiva.
10 Extensivo Terceirão
25.20. (UNICAMP – SP) – A construção de Brasília liga-se à questão regional do Brasil, que se colocou com intensidade 
na década de 1950, indicando a necessidade de se corrigirem desequilíbrios regionais. Mas, no Plano Piloto, vive 
uma minoria da população total de Brasília. O Plano Piloto não existiria sem as cidades-satélites, onde reside a maior 
parte dos trabalhadores, um contingente de pedreiros, motoristas, auxiliares de escritórios, serventes, encarregados 
de segurança, balconistas, etc. Brasília, dessa forma, é uma só cidade, do Plano Piloto às cidades-satélites. Assim, 
torna-se difícil aceitar a ideia de que Brasília foi projetada para antecipar um futuro mais igualitário.
(Adaptado de José William Vesentini, A capital da geopolítica. São Paulo: Ática, 1986, p. 116-117, 144-145 e 148.)
a) Quais os objetivos oficiais para a construção de Brasília?
b) Segundo o texto, por que é “difícil aceitar a ideia de que Brasília foi projetada para antecipar um futuro mais igualitário” 
para a sociedade brasileira?
Gabarito
25.01. c
25.02. e
25.03. b
25.04. c
25.05. d
25.06. c
25.07. a
25.08. a
25.09. c
25.10. d
25.11. a
25.12. b
25.13. d
25.14. a
25.15. c
25.16. b
25.17. e
25.18. a) JK adotou o chamado nacional desenvolvimentismo, ou política 
desenvolvimentista, modelo econômico que se baseava em altos 
investimentos externos destinados ao crescimento nacional, em es-
pecial na infraestrutura e na industrialização. 
b) O papel do Estado era regular os investimentos e oferecer a es-
trutura adequada para o crescimento industrial.
c) O crescimento industrial ocorrido no Sudeste e a construção de 
Brasília estimularam o êxodo rural e a migração regional. Ambos 
os movimentos foram desequilibrados, de maneira boa parte dos 
migrantes não foi adequadamente absorvida.
25.19. No âmbito nacional, Juscelino Kubitscheck estabeleceu o Plano de 
Metas, cujo lema era desenvolver o Brasil “50 anos em 5” e baseava-
-se num conjunto de objetivos agrupados em cinco setores: energia, 
indústria, transportes, educação e alimentação. Para a concretização 
das metas, conciliou-se ações do Estado, sobretudo nos setores de 
transporte e energia, com investimentos na indústria de bens de ca-
pital e de bens duráveis, apoiados no capital internacional.
Foi criada ainda a SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento 
do Nordeste).
No âmbito internacional, Juscelino Kubitscheck chegou a romper 
com o FMI (Fundo Monetário Internacional) diante das críticas à 
sua política econômica que fazia aumentar a dívida externa e não 
conseguia controlar o crescimento da inflação. Para a obtenção 
de recursos externos, necessários à continuidade da política de-
senvolvimentista, o FMI recomendava medidas de contenção da 
economia.
25.20. a) Entre os objetivos oficiais para a construção de Brasília estão a 
promoção da integração nacional, a correção de desequilíbrios re-
gionais, questões estratégicas e de segurança. A construção também 
simbolizou o intuito de JK de sintetizar na construção da nova capital 
a modernização do país representada por seu Plano de Metas.
b) O aluno deve explicitar que a perpetuação da desigualdade so-
cial, o caráter excludente e hierárquico do plano urbano e a não 
incorporação de grandes contingentes de trabalhadores no Plano 
Piloto são alguns dos indícios do fracasso da construção da cidade 
como símbolo de um futuro mais igualitário para o Brasil.
11História 7C
História
7CAula 26
Populismo III (1945-1964)
O que marcou o curto governo de 
Jânio Quadros (1961-1961)?
Jânio Quadros, aos 44 anos, foi empossado presidente do Brasil em 
31 de janeiro. Na véspera da posse, Jânio denunciou o governo Juscelino, 
afirmando que a “crise moral, administrativa e político-social do Brasil é tão 
grave quanto a situação econômica e financeira”. A denúncia gerou enorme 
mal-estar no dia da posse e levou vários parlamentares para a oposição.
 ` Posse de Jânio Quadros, 1961
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Jânio, nos seus sete meses de administração, demonstrou ser um político 
conservador e autoritário. Controlou a ação dos sindicatos e não hesitou em 
reprimir protestos de camponeses no Nordeste. Por outro lado, agiu com mão 
pesada nos casos de corrupção e tentou corrigir os vícios da administração 
pública:
Jânio buscou sanear o funcionalismo público. Cerca de dez mil funcio-
nários foram demitidos. Declarou guerra ao contrabando, demitindo vá-
rios fiscais da alfândega envolvidos em operações fraudulentas. Assinou 
alguns decretos insólitos, tais como: a proibição das corridas de cavalo 
durante os dias úteis; a proibição de brigas de galo e de canário; o uso de 
biquínis nas praias, etc.
Não podemos esquecer que o 
país que Jânio herdou apresentava 
problemas de difícil solução. Em pri-
meiro lugar, estava a pesada herança 
das contas referentes à construção 
de Brasília. Para resolver este proble-
ma, havia a necessidade de impor 
a austeridade nas contas públicas, 
adotando medidas inapelavelmente 
impopulares, como o congelamento 
de salários, restrição creditícia, corte 
de subsídios federais e desvaloriza-
ção da moeda nacional, o cruzeiro.
Todas essas medidas provoca-
ram grande desconforto na popula-
ção e reações de oposição nas ruas 
e no Congresso.
Não bastassem essas medidas, 
Jânio resolveu “provocar” seus aliados 
– que já estavam minguados – com 
uma política externa independente. 
Reatou relações comerciais com a 
URSS e os países do Leste Europeu 
e recusou-se a apoiar sanções 
contra Cuba, onde uma revolução 
nacionalista, liderada por Fidel Castro,ameaçava os interesses dos EUA.
O ponto alto dessa política 
externa que desafiava o contexto da 
Guerra Fria – que havia dividido o 
mundo entre comunistas e capitalis-
tas, este último “lado” ao qual o Brasil 
deveria se filiar – foi a recepção a um 
dos “heróis” do movimento cubano, 
o médico argentino Ernesto “Che” 
Guevara e a sua condecoração com 
a Ordem do Cruzeiro do Sul, uma das 
mais altas comendas da diplomacia 
brasileira. Como nesse momento o 
governo cubano vinha assumindo 
uma postura pró-URSS e adquirindo 
12 Extensivo Terceirão
claramente uma feição socialista, as críticas à atitude do 
presidente brasileiro foram muito intensas, principal-
mente de seu mais importante aliado, a UDN, tradicional 
defensora dos interesses norte-americanos no Brasil.
As pressões contra Jânio eram no sentido de ele 
justificar suas últimas atitudes. No entanto, o Presidente, 
ao invés de explicar, simplesmente renunciou, surpreen-
dendo a todos.
 ` Castilho Cabral, Jânio Quadros e outros com Ernesto 
Che-Guevara, 19 ago. 1961.
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 `Ordem do Cruzeiro do Sul
Segundo versão que se tornou popular, a renúncia 
de Jânio fazia parte de uma estratégia que visava, com 
apoio popular, à sua recondução ao poder com poderes 
amplos. Porém, as manifestações populares foram mo-
destas. O Congresso aceitou prontamente sua renúncia 
e entregou o cargo interinamente ao presidente da 
Câmara, Ranieri Mazzilli, já que o vice-presidente, João 
Goulart, encontrava-se na China.
 ` Jânio Quadros após a renúncia embarca para a Europa, 
agosto de 1961.
Quais os desdobramentos 
da renúncia de Jânio 
Quadros?
Se a oposição dos grupos conservadores às últimas 
medidas de Jânio era muito intensa, a não aceitação 
do vice-presidente João Goulart, ligado ao PTB e aos 
sindicatos dos trabalhadores, era ainda mais acentuada.
Jango retornava de uma polêmica viagem aos países 
socialistas do Leste quando Jânio renunciou. Assim, 
como ditava a Constituição, era agora o vice-presidente 
o novo mandatário do país.
Porém, no dia 30 de agosto, com Jango ainda no ex-
terior, os ministros militares lançaram um manifesto ao 
país. O texto dizia: “No cumprimento de seu dever cons-
titucional de responsáveis pela manutenção da ordem, 
da lei e das próprias instituições democráticas, as Forças 
Armadas (...), através da palavra autorizada de seus 
ministros, manifestam (...) a absoluta inconveniência, na 
atual situação, do regresso, ao país, do vice-presidente, 
Sr. João Goulart (...)”
A crise estava armada. O país divide-se: dever-se-ia 
obedecer à Constituição, dando posse ao vice, indepen-
dente de suas “ideias”, ou ceder à força militar e às pressões 
conservadoras, embaladas no temor anticomunista?
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Aula 26
13História 7C
Como foi solucionada a 
crise provocada pela 
renúncia de Jânio?
Os dias que se seguiram ao lançamento do manifesto 
dos ministros militares foram muito tensos. O marechal 
Teixeira Lott publica uma nota, apoiando a posse do 
vice-presidente. O Ministro do Exército, Odílio Denys, 
determina a sua prisão.
No Rio Grande do Sul, o general Machado Lopes de-
clarou ser favorável ao cumprimento da Constituição. A 
UDN, liderada por Carlos Lacerda, exige uma atitude do 
Exército no sentido de determinar a prisão do general 
Lopes. Porém, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel 
Brizola, ameaça ir às armas contra qualquer intervenção 
em seu Estado. Brizola era do mesmo partido de João 
Goulart, além de ser seu cunhado. Populista, Leonel 
Brizola exorta o povo gaúcho e de todo o país a resistir 
aos militares por meio da famosa “cadeia da legalidade”. 
Em Porto Alegre, barricadas foram levantadas nas ruas e 
armas, distribuídas à população.
 ` Leonel Brizola examina metralhadora colocada na entrada do 
Palácio Piratini durante a crise de 1961.
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Quando se imaginava não 
existir mais uma solução pacífi-
ca para o impasse, o deputado 
Plínio Salgado propõe uma 
solução simples e salva-
dora: a aprovação de uma 
emenda constitucional, 
instituindo o sistema de 
governo parlamentarista, 
o que limitaria os poderes 
de Jango, sem precisar 
impedir a sua posse.
Aceita a proposta por militares e pelo vice (a contra-
gosto, é claro), a emenda foi aprovada pelo Congresso e 
João Goulart assumiu em 7 de setembro de 1961. Ele seria 
o Chefe de Estado. O Gabinete de Governo seria presidido 
pelo político moderado do PSD, Tancredo Neves.
O que caracterizou o 
período parlamentarista do 
governo Jango (1961-1963)?
O governo parlamentarista não agradou a ninguém. 
Aos nacionalistas, porque a excessiva moderação do 
novo governo não satisfazia a seus desejos de mudanças 
econômicas e sociais. Também não agradou aos conser-
vadores, por causa da continuidade da política externa 
independente, que levou o país a concretizar o processo 
de reatamento de relações diplomáticas com a URSS e a 
manutenção da postura de se opor a sanções contra Cuba.
 ` João Goulart e Tancredo Neves recebem jornalistas no Palácio 
Laranjeiras. Rio de janeiro, outubro de 1961.
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Além disso, a emenda que criou o sistema parlamen-
tarista era confusa e não estabelecia com clareza as fun-
ções do primeiro-ministro e os poderes remanescentes do 
presidente. A falta de clareza e as ordens contraditórias, 
vindas ora do gabinete do ministro, ora da presidência, 
reforçavam a ideia de falta de rumos e ampliavam o 
desgaste do governo perante a opinião pública.
Tentando salvaguardar seus interesses políticos, 
Tancredo Neves deixa o governo em junho de 1962 para 
concorrer às eleições daquele ano. Ironicamente, Tancre-
do não conseguiu vencer a eleição para o governo de 
Minas, e ficou “desempregado”.
 ` João Goulart
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14 Extensivo Terceirão
Nessas eleições, João Goulart perde espaço polí-
tico em quatro Estados importantes: na Guanabara, 
o vitorioso foi seu arqui-inimigo Carlos Lacerda; em 
São Paulo, venceu Adhemar de Barros; em Minas, o 
conservador Magalhães Pinto bateu Tancredo Ne-
ves. E até na sua terra natal, o Rio Grande do Sul, 
ganhou um opositor seu, Ildo Menegheti.
Com a demissão de Tancredo Neves, Jango enfrentou 
dificuldades para formar um novo gabinete. Finalmente, 
foi aprovado o nome de Brochado da Rocha, que havia 
sido Secretário do governo de Leonel Brizola, no Rio Gran-
de do Sul. Seu governo, porém, durou pouco mais de dois 
meses. Incapaz de aprovar a antecipação de um plebiscito 
para discutir a permanência do sistema parlamentarista, 
Brochado da Rocha renunciou. Em seu lugar, assume 
Hermes Lima, experiente político do pequeno PSB.
O quadro caótico em que o país se encontrava aca-
bou por vencer as resistências dos mais conservadores e 
o Congresso marcou, para o dia 6 de janeiro de 1963, um 
plebiscito para decidir qual sistema de governo deveria 
existir no país.
A vitória da tese presidencialista foi esmagadora. 
Nove em cada dez eleitores exigiam o fim do sistema 
parlamentarista. Assim, mesmo contra a vontade dos 
militares e udenistas, Jango voltou a ter poderes plenos.
O que caracterizou o período 
presidencialista do governo 
Jango (1963-1964)
Com reais poderes, 
João Goulart procurou 
dar ênfase à questão da 
reforma agrária, à estru-
turação de uma política 
que controlasse melhor a 
ação das multinacionais 
e a uma política salarial 
compatível com os inte- 
resses das classes ope-
rárias, além de elencar o 
que ele denominou de 
Reformas de Base que, 
além da reforma agrária, incluía uma necessária reforma 
resgatando a liberdade sindical, uma reforma eleitoral, 
estendendo o direito de voto aos analfabetos, uma re-
forma universitária, democratizando o ensino e o acesso 
a ele, entre outras coisas.
No plano externo, Goulart procurou manter a polí-
tica externa independente, apesar do desagrado dos 
norte-americanos.
Não há dúvidas que estas intenções provocaramreações conservadoras por parte da UDN, de amplos 
setores do PSD, militares, setores consideráveis da Igreja, 
empresários, profissionais liberais e membros da classe 
média em geral, a quem Jango não conseguiu sensibi-
lizar.
Vários desses setores conservadores organizaram e/
ou financiaram entidades cuja finalidade era a oposição 
e, em alguns casos, a conspiração contra Goulart. Entre 
essas entidades criadas, podemos destacar:
 • o IBAD – Instituto Brasileiro de Ação Democrática;
 • o IPES – Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais;
 • o MAC – Movimento Anticomunista;
 • a UCF – União Cívica Feminina.
Além desses, também grandes meios de comunica-
ção, como os jornais O Estado de S. Paulo, O Globo, etc.
A esquerda também pressionou o governo, colo-
cando no limite o populismo janguista. Os movimentos 
de massa se radicalizaram, assustando não só os mais 
conservadores, mas até os moderados. No ano de 1961, 
ocorreram 105 greves; em 1962, 128 e, em 1963, nada 
menos que 149 greves sacudiram o país. Os sindicatos 
unificaram suas ações em torno do Comando Geral dos 
Trabalhadores.
Em 1962, as Ligas Camponesas, lideradas por Fran-
cisco Julião, ganham mais e mais expressão e assustam 
os grandes proprietários. As lutas entre camponeses e 
latifundiários foram intensas e violentas no Nordeste.
 `Manifestação das Ligas Camponesas em Recife, 1963
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Várias entidades compunham o “time” da esquerda 
no cenário nacional, nessa época.
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Aula 26
15História 7C
Entre elas, podemos destacar:
 • a CGT – Comando Geral dos Trabalhadores;
 • a UNE – União Nacional dos Estudantes;
 • a Ação Popular, movimento católico de esquerda;
 • a FMP – Frente de Mobilização Popular, liderada por Leonel Brizola;
 • o PCB – Partido Comunista Brasileiro.
O grande drama para o progressista João Goulart é que as reivindicações 
radicais e apressadas desses grupos mais dificultavam do que ajudavam 
o governo. As brigas entre os diversos grupos e a exigência de pressa nas 
reformas acabaram por ampliar o leque de justificativas dos grupos conser-
vadores em articular um golpe para derrubar o Presidente.
Por sua vez, a falta de clareza e determinação de João Goulart, ora pen-
dendo para uma tendência, ora “flertando” com a outra, também contribuí-
ram para o cenário que acabou desaguando no movimento militar de 1964. 
Como terminou o governo João Goulart?
No segundo semestre 
de 1963, a situação política 
foi-se complicando para o 
Presidente. O governo ameri-
cano, claramente, optara por 
enviar recursos diretamente 
aos estados antijanguistas, ou 
seja, São Paulo, Minas Gerais 
e Guanabara. Ao mesmo 
tempo, cortava o fluxo de in-
vestimentos junto ao governo 
federal. Some-se a isso a de-
licada situação político-social. 
Em Brasília eclodiu a Revolta 
dos Sargentos, inconforma-
dos com a decisão do Tribunal 
Superior Eleitoral, que tornou 
inelegíveis sargentos que ha-
viam vencido o pleito de 1962. O saldo desse levante foi, além de dois mortos, 
a sensação de que o governo perdia o controle sobre os setores mais radicais 
das Forças Armadas.
Em 13 de março de 1964, perante uma multidão de 200 mil pessoas, 
Jango tentou estabelecer um canal direto com o povo para tentar pressionar 
o Congresso e vencer a resistência dos congressistas conservadores, que não 
queriam aprovar as Reformas de Base.
Goulart discursou, enfatizando a necessidade de mudanças na Constitui-
ção que legalizava uma “estrutura econômica superada, injusta e desumana”. 
A manifestação que visava a apressar as reformas acabou assustando 
a classe média. A leitura rasa e ideológica dos acontecimentos traduziu o 
esforço de Jango numa “ameaça comunista”.
No dia 19, em São Paulo, veio a resposta dos conservadores organizada 
pela Igreja: quase meio milhão de pessoas foi às ruas para protestar contra o 
governo e pedir a saída de João Goulart do poder. Foi a “Marcha da Família 
com Deus pela Liberdade”.
 ` Jango e Maria Tereza no Comício da Central 
do Brasil (13/03/1964)
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 `Marcha da Família com Deus pela Liber-
dade, São Paulo (19/03/1964)
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Estimulados por esses aconte-
cimentos, os setores militares, em-
presariais e políticos conservadores 
começam a conspirar à luz do dia.
Faltava só o que podemos cha-
mar de “a gota-d’água”. Mas tais fatos 
também não tardaram.
Entre os dias 25 e 26 de março, 
ocorreu o motim dos marinheiros: 
1 200 marinheiros concentraram-
-se no Sindicato dos Metalúrgicos 
do Rio de Janeiro para protestar 
contra punições de onze diretores 
do sindicato pelo Ministério da 
Marinha, por motivos disciplinares. 
O governo se colocou em posição 
favorável aos marinheiros, o que 
provocou a ira dos oficiais, por 
entenderem a atitude de Jango 
como uma afronta à disciplina e à 
hierarquia militar.
16 Extensivo Terceirão
Apesar dos acontecimentos graves, João Goulart 
não hesitava em provocar mais ainda um confronto. No 
dia 30 de março de 1964, Goulart discursou na sede do 
Automóvel Clube do Rio de Janeiro, diante de dois mil 
sargentos, respondendo às críticas a ele feitas pelos ofi-
ciais das Forças Armadas no incidente dos marinheiros.
Não havia mais como segurar os oposicionistas. 
A conspiração, que já era articulada havia semanas, 
explodiu no dia seguinte ao da reunião do Automóvel 
Clube, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Rapidamente se 
espalhou pelo país e, no dia 2 de abril, obrigou João 
Goulart a abandonar Brasília e, no dia 4, o Brasil. O poder 
foi entregue, interinamente, ao presidente da Câmara, 
Ranieri Mazzilli.
Testes
Assimilação
26.01. (FAMERP – SP) – Observe a charge de Lan, publicada 
no Jornal do Brasil em 13.06.1963.
(Apud Rodrigo Patto Sá Motta. Jango e o golpe de 1964 na caricatura, 2006.)
A charge representa o então presidente João Goulart, 
a) ironizando sua indefinição político-ideológica. 
b) destacando sua fé e sua religiosidade. 
c) satirizando sua complicada vida familiar. 
d) valorizando sua capacidade de mediação política. 
e) enfatizando a neutralidade de sua posição partidária. 
26.02. (UECE) – Como outros governantes brasileiros do 
século XX, Jânio Quadros também não concluiu seu mandato 
presidencial. O fim precoce do governo de Jânio Quadros 
deveu-se 
a) ao golpe civil-militar que, em março de 1964, derrubou 
o governo e estabeleceu 21 anos de governo ditatorial 
conduzidos por militares. 
b) ao seu suicídio, ocorrido ainda em agosto de 1961, 
em função da grave crise econômica e política em seu 
governo. 
c) à sua inesperada renúncia apresentada ao congresso 
em uma carta na qual dizia ter forças terríveis agindo 
contra ele. 
d) ao processo de impeachment aberto contra ele a partir 
das denúncias de corrupção feitas pelo seu próprio irmão 
aos órgãos da mídia. 
26.03. (PUCCAMP – SP) – Leia o texto.
Assumiu frequentemente a figura do ridículo sem 
se desgastar, compensando-a com sua poderosa elo-
quência: sua maneira de se expressar, ou em públi-
co ou em particular, era original. Estilista, preferia 
os vocábulos eruditos, utilizando frases de esdrúxula 
sintaxe, pronunciando sílaba a sílaba das palavras cui-
dadosamente escolhidas, como que saboreando-as, e 
obedecendo com excessivo rigor à pontuação.
Muitos o achavam demagogo. Outros procura-
vam ridicularizá-lo. Mas ele, indiferente, continuava 
batendo-se contra os moinhos de vento (...).
Wilson Gomes. ln: Antonio Carlos Meira. Brasil: recuperando a nossa história. São 
Paulo: FTD, 1998. p. 231.
Sabe-se hoje que os oposicionistas tiveram apoio do governo dos Estados Unidos. No final de março de 1964, 
navios de guerra e petroleiros americanos partiram do Caribe em direção ao nosso litoral. Era a operação Brother 
Sam, que não chegou a seguir até o fim porque os militares brasileiros efetivaram o golpe rapidamente.
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Aula 26
17História 7C
No Brasil, o populismo despertou o surgimento de políticoscarismáticos que criavam uma imagem visando a atrair 
a atenção do eleitorado. O texto revela a personalidade 
característica de:
a) Carlos Lacerda, que foi presidente do Congresso Nacional.
b) João Goulart, que foi vice-presidente e presidente da 
República.
c) Jânio da Silva Quadros, que foi presidente da República.
d) Juscelino Kubitschek, que foi presidente da República.
e) Tancredo Neves, que foi primeiro ministro no governo 
João Goulart.
26.04. “Fui vencido pela reação e assim deixo o governo.
Nestes sete meses cumpri o meu dever trabalhan-
do infatigavelmente sem prevenções nem rancores. 
Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta 
nação pelo caminho de sua verdadeira libertação polí-
tica e econômica, o único que possibilitaria progresso 
efetivo e a justiça social a que tem direito a seu gene-
roso povo. Desejei um Brasil para o brasileiros, afron-
tado neste sonho a corrupção, a mentira e a covardia 
que subordinam os interesses gerais aos apetites e às 
ambições de grupos ou indivíduos, inclusive do exte-
rior. Sinto-me porem esmagado. [...] Forças terríveis 
se levantaram contra mim e me intrigaram ou infla-
mam, até com a desculpa da colaboração [...] Assim 
não falta a coragem da renúncia [...] Retorno agora ao 
meu trabalho de advogado e professor [...].”
Carta intitulada “Manifesto à Nação”. Renúncia do presidente Jânio da Silva Quadros. 
Brasília, 25 de agosto de 1961.
A apresentação da carta de renúncia do então presidente 
Jânio Quadros promoveu uma crise político-institucional no 
Brasil que culminou com:
a) a posse do vice-presidente João Goulart e a implantação 
do sistema parlamentarista de governo;
b) um golpe articulado pelo exército brasileiro para impedir 
a posse de Jango;
c) o fechamento do Congresso Nacional com a finalidade 
de evitar o retorno ao regime ditatorial do Estado Novo;
d) a imediata mobilização da sociedade exigindo a convo-
cação de novas eleições;
e) a cassação do mandato do vice-presidente João Goulart 
que seguiu para o exílio na China.
Aperfeiçoamento
26.05. (UFGRS) – A renúncia de Jânio Quadros, na sequência 
das reações à condecoração de Che Guevara pelo presidente 
brasileiro, apenas sete meses após iniciado o governo, gerou 
uma crise política que teve como consequência imediata:
a) o não reatamento diplomático com a União Soviética e o 
abandono da Política Externa Independente;
b) o desenvolvimento do Movimento da Legalidade, que 
tinha como objetivo manter Quadros no poder;
c) a introdução do Parlamentarismo, fórmula de compro-
misso para garantir a posse do vice-presidente;
d) a implantação do regime militar, que tinha como objetivo 
esmagar a esquerda;
e) a ruptura de relações com Cuba e o apoio aos EUA para 
expulsar esse país da OEA.
26.06. (UFPE) – Sobre o governo do Presidente Jânio Qua-
dros, identifique a afirmação incorreta.
a) Sua renúncia gerou uma crise política, assumindo a 
presidência da República o presidente da Câmara dos 
Deputados, Ranieri Mazzilli.
b) Afonso Arinos, então ministro das Relações Exteriores, 
procurou estabelecer uma política externa independente 
dos Estados Unidos.
c) Sua política externa buscou um relacionamento mais 
intenso com os países socialistas. 
d) Durante seu governo foram restabelecidos as relações 
diplomáticas com a União Soviética.
e) Sua política externa de governo foi apoiada pelo governo 
dos Estados Unidos da América.
26.07. (ESPM – SP) – (...) o então governador do Estado 
da Guanabara, Carlos Lacerda, acusou o presidente 
de estar preparando um golpe de Estado. Sem apoio 
dos setores de direita ou de esquerda, desacreditado 
entre as massas populares, Jânio Quadros acabou por 
renunciar sete meses após o início de seu mandato.”
(Luís César Costa e Leonel Itaussu. História do Brasil)
Com a renúncia de Jânio Quadros, qual foi a imediata posi-
ção assumida pelo então governador da Guanabara, Carlos 
Lacerda?
a) Organizou a chamada rede da legalidade em apoio à 
posse do vice-presidente João Goulart.
b) Articulou uma campanha que visava impedir a posse de 
Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara dos Deputados, 
um declarado janista.
c) Articulou uma aliança com o comandante do III Exército, 
general Machado Lopes, para garantir o cumprimento 
da Constituição.
d) Buscou o apoio do seu partido, o PTB (Partido Trabalhista 
Brasileiro) para defender a alternativa da convocação de 
nova eleição em novembro de 1961.
e) Liderou uma corrente contrária à posse do vice-presidente 
João Goulart, que temia as ligações de Goulart com os 
sindicalistas e seus projetos nacionalista e reformista.
18 Extensivo Terceirão
26.08. (MACK – SP) – Você sabe que o Presidente da 
República tinha direitos adquiridos pela Constituição. 
Você sabe que as regras do jogo foram mudadas depois 
da eleição.
Você que está vendo que o parlamentarismo não 
funciona.
Você que tem direito de escolher o seu presidente 
e o seu governador. Você que não admite desrespeito 
à Constituição, compareça dia 6 e marque NÃO.
Propaganda de rádio e TV
O texto refere-se:
a) à criação da Emenda que introduziu o Parlamentarismo 
em 1961.
b) ao Plebiscito, cujo resultado trouxe de volta o regime 
presidencialista no governo Goulart.
c) à emenda das “diretas já”, no governo João B. Figueiredo.
d) às reformas da Constituição Cidadã de 1988.
e) à introdução do Parlamentarismo no Segundo Reinado.
26.09. (PUC – SP) –
Disponível em: <http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br>.
“Fui vencido pela reação e, assim, deixo o governo
(...). Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis le-
vantam- se contra mim e me intrigam ou me infamam, 
até com a desculpa da colaboração. Se permanecesse não 
manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, 
indispensáveis ao exercício da minha autoridade.
Creio, mesmo, que não manteria a própria paz pú-
blica.”
Jânio Quadros, 25.08.1961, apud Maria Victoria Benevides. O governo Jânio Qua-
dros. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 73.
O texto reproduz declaração de Jânio Quadros, no momento 
de sua renúncia à presidência da República. Essa renúncia 
deve ser analisada no contexto de
a) um claro impasse econômico, provocado pela rejeição do pedi-
do brasileiro de empréstimo ao Fundo Monetário Internacional.
b) um golpe militar, que derrubou o presidente legalmente 
eleito e iniciou um longo período ditatorial.
c) um amplo apoio popular ao presidente, que retornou 
ao cargo poucos dias depois da declaração de renúncia.
d) uma grave crise política, que incluía conflitos entre o 
executivo e o legislativo e críticas à condução da política 
externa brasileira.
e) uma complexa articulação estratégica internacional, gerada 
pelo alinhamento político brasileiro com o bloco soviético.
26.10. (FAMEMA – SP) – A tragédia dos últimos meses 
do governo Goulart residiu na tendência cada vez 
mais acentuada de se descartar a via democrática para 
a solução da crise. A direita ganhou os conservadores 
moderados, sobretudo amplos setores da classe mé-
dia, para sua perspectiva de que só uma revolução 
promoveria a “purificação da democracia”, pondo fim 
aos perigos do comunismo, à luta de classes, ao poder 
dos sindicatos e à corrupção.
Na esquerda, a então chamada democracia formal 
era vista apenas como um instrumento que ia se tor-
nando inútil, ao aproximar-se a tomada do poder.
(Boris Fausto. “A vida política”. In: Angela de Castro Gomes (org). Olhando para 
dentro: 1930-1964, vol 4, 2013. Adaptado.)
Essa interpretação do historiador sobre o final do governo 
de João Goulart (1961-1964) remete 
a) aos interesses dos comunistas na manutenção da demo-
cracia, que justificaram a derrubada do presidente. 
b) às ambiguidades do populismo, que permitiram uma 
sólida aliança entre partidos comunistas e ultradireitistas. 
c) aos reflexos da Revolução Cubana, que levaram ao alinha-
mento político do Brasil com o bloco socialista. 
d) às tensões políticas internas e seus vínculos com a Guerra 
Fria, que estimularam os discursos anticomunistas. 
e) aos problemas econômicosdo país, que justificaram a 
tomada do poder pela classe média nacionalista. 
Aprofundamento
26.11. (UPF – RS) – Em 31 de março de 1964, ocorreu um 
Golpe Militar, com a derrubada do presidente constitucio-
nal João Goulart. Sobre esse golpe, analise as seguintes 
afirmativas: 
I. Foi o resultado de uma conspiração civil-militar alarmada 
com os rumos nacionalistas que o governo João Goulart 
estava tomando.
II. Foi a forma encontrada pelo Alto comando militar para 
garantir a posse do novo presidente recém-eleito, que 
a União Democrática Nacional (UDN) estava tentando 
impedir.
III. Representou a repulsa de setores da sociedade brasileira 
diante da tentativa de João Goulart de aumentar a pre-
sença do capital estrangeiro no país.
IV. Evitou que o Partido Comunista Brasileiro, os sindicatos 
de trabalhadores e setores do Partido Trabalhista Brasileiro 
continuassem a exigir do presidente a implementação 
imediata das “reformas de base”.
Está correto apenas o que se afirma em 
a) I e IV. 
b) II e IV. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) I, II e III.
Aula 26
19História 7C
26.12. (PUCCAMP – SP) – Leia os versos do folheto de cordel.
Além de tudo o patrão
Não deixa o pobre criar
Uma cabrinha leiteira
Para os filhos sustentar
Quer criar ele não deixa
Pede leite ele não dá
Se o camponês discordar
Dessa vida desgraçada
Vê do dia para a noite
Sua casa destelhada
Seus troços jogados fora
E a lavoura arrancada.
Uni-vos homens do campo
Na vossa associação
Até conseguir um dia
Completa libertação
Ela está dependendo
Da vossa organização...
Os versos do folheto de cordel, inspirado na vida de Francisco 
Julião, revelam as tensões sociais no campo no Nordeste 
brasileiro, no final da década de 1950. As ideias contidas nos 
versos deram origem à formação:
a) do Movimento dos Sem-Teto, que propunham aos cam-
poneses o êxodo para as cidades.
b) do Partido dos Trabalhadores, que lutava pela reforma 
agrária e pela construção de casas populares.
c) do Partido Trabalhista Brasileiro, cuja reivindicação central 
era a defesa de uma reforma agrária.
d) das Ligas Camponesas, que tinham como objetivo a luta 
dos trabalhadores pela posse da terra.
e) da União Democrática Ruralista, que mobilizava os cam-
poneses contra os latifundiários.
26.13. (PUC – SP) – “O suicídio de Vargas não interrom-
peu um possível golpe udenista, tanto que Café Filho 
assumiu a Presidência da República e governou com 
um ministério conservador. A grande derrota da direi-
ta, aí sim, foi em outubro de 1955, quando Juscelino 
Kubitschek venceu as eleições presidenciais em aliança 
com João Goulart. A crise de 1961 acabou fortalecendo 
a democracia como valor fundamental da República.”
Marco Antonio Vila. “Jango. Um perfil (1945 - 1964)”. São Paulo: Globo, 2004, p. 240.
A partir dos vários episódios políticos relacionados pelo 
texto e de seus conhecimentos sobre o período 1945 - 1964, 
pode-se afirmar que a:
a) disputa entre direita e esquerda se expressava no con-
fronto que opunha militares e políticos da UDN (União 
Democrática Nacional) a partidários do PSD (Partido Social 
Democrático), as duas principais forças políticas da época.
b) morte de Getúlio Vargas, ao contrário do que a história 
oficial conta, foi provocada por uma ação conservadora 
de políticos ligados ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).
c) vitória eleitoral de Juscelino Kubitschek e João Goulart, 
políticos de esquerda, favoreceu a imediata realização 
do golpe militar de direita que impediu a posse de JK e 
depôs Goulart da Presidência em 1964.
d) renúncia de Jânio Quadros, em 1961, provocou uma 
profunda crise política e, apesar de tentativas golpistas, 
negociações políticas asseguraram o respeito à Constitui-
ção e a posse do Vice-Presidente João Goulart.
e) eleição presidencial de 1955 definiu o fim da influência 
varguista, dado o apoio que os sindicatos e as centrais 
operárias deram à candidatura de João Goulart à Presi-
dência da República.
26.14. (UDESC) – Sobre o período que sucede o Estado 
Novo, até a ocorrência do Golpe Militar (1945-1964), é 
correto afirmar:
a) Durante este período, houve a fusão de interesses entre 
Jânio Quadros e João Goulart; uma vez na oposição, 
renunciaram em favor de uma junta militar e de um 
governo democrático.
b) Logo após o fim do Estado Novo, houve um processo 
de retomada dos preceitos autoritários, incluindo uma 
reedição da Constituição de 1937.
c) A redemocratização do país ocorreu somente a partir da 
implantação do Ato Institucional número 1, promulgado 
pelos militares.
d) Juscelino Kubitschek, como primeiro presidente a tomar 
posse em Brasília, implantou o regime autoritário no país.
e) Durante um curto período teve-se um governo parla-
mentarista.
26.15. (UFPel – RS) – As alternativas apresentam alguns 
aspectos da sociedade brasileira no período de 1945 a 1970.
Identifique, dentre os fatos históricos abaixo, os que estão 
corretos:
I. O governo criou o Ministério do Trabalho, da Indústria e 
do Comércio, que teve uma grande atuação na promul-
gação das leis trabalhistas e na instalação da Companhia 
Siderúrgica Nacional.
II. O povo brasileiro realizou uma intensa campanha nacio-
nalista que teve efeitos sobre as decisões governamentais, 
influindo inclusive na criação de leis que mantiveram o ca-
pital estrangeiro totalmente fora da economia brasileira.
III. O Estado brasileiro assumiu crescente intervencionismo 
no domínio econômico, sobretudo em determinados 
setores estratégicos como, por exemplo, a instituição 
do monopólio estatal sobre o petróleo, com a criação 
da Petrobras.
IV. A política econômica adotada por Juscelino Kubitschek 
estava delineada no Plano de Metas, que previa, dentre 
outros, a ampliação dos investimentos diretos no setor 
produtivo, decorrente da emissão monetária e do estí-
mulo à entrada do capital estrangeiro.
São corretos somente:
a) I e II
c) II e III 
e) III e IV
b) I e III
d) II e IV
20 Extensivo Terceirão
26.16. (UFSC) – “Varre varre vassou-
rinha, varre varre a bandalheira, o 
povo já está cansado de viver dessa 
maneira.”
BUENO, Eduardo. “Brasil: uma História”. São Paulo: 
Editora Ática, 2003. p. 355.
Este era o jingle da campanha de Jânio 
Quadros para presidente da República, 
em 1960. Jânio, que tinha como símbo-
lo de campanha uma vassoura (com a 
qual iria varrer a corrupção), foi eleito 
com uma expressiva votação.
Assinale a(s) proposição(ões) correta(s) 
sobre este período da História do Brasil.
01) Jânio Quadros foi eleito graças ao 
apoio de Juscelino Kubitschek, o 
construtor de Brasília, a quem su-
cedeu.
02) O candidato a Vice-Presidente na 
chapa de Jânio Quadros e seu alia-
do na disputa que travava com a 
UDN era João Goulart, ex-ministro 
do trabalho de Getúlio Vargas, a 
quem os militares se opunham.
04) Apesar de eleito com uma grande 
maioria dos votos populares, Jânio 
governava sem base política. Não 
conseguindo aprovar as medidas 
que achava importantes, decretou 
o fechamento do Congresso, dan-
do início a um governo ditatorial.
08) No governo, Jânio Quadros ado-
tou uma política externa de apro-
ximação com os países do bloco 
socialista. Condecorou Ernesto 
“Che” Guevara com a Ordem do 
Cruzeiro do Sul.
16) Jânio Quadros não chegou a con-
cluir o seu mandato. Pressionado 
pela oposição, renunciou, atri-
buindo a sua renúncia a forças ter-
ríveis (ou ocultas).
32) A renúncia de Jânio Quadros ge-
rou uma grave crise política. As 
forças armadas, através da chama-
da “Segunda Revolta da Armada”, 
tomaram o poder.
64) Jânio Quadros voltou ao poder 
nas eleições seguintes. Teve apoio 
do movimento conhecido como 
“Queremismo”. O povo, nas ruas, 
exigia a sua volta.
26.17. (UEPG – PR) – O período que vai do fim do Estado Novo (1945) até o golpe 
civil-militar de 31 de março (1964) foi marcado por uma sequência de eleições dire-
tas para a presidência da República e pela adoção de políticas sociais mais amplas, 
bem como pelo avanço de práticas democráticas no campo da política. A respeito 
desse curto, porémimportante período histórico da República brasileira, assinale o 
que for correto. 
01) Eleito presidente logo após o final da Segunda Guerra Mundial, o general 
Eurico Gaspar Dutra surpreendeu ao adotar uma política internacional inde-
pendente, não vinculada aos interesses norte-americanos. 
02) Ousado, o Plano de Metas desenvolvido por Juscelino Kubitschek se voltava 
para a industrialização nacional e teve como uma de suas consequências o 
rápido aumento da dívida externa brasileira. 
04) Gênero musical que tem em figuras como Tom Jobim, João Gilberto e Viní-
cius de Moraes alguns de seus representantes, a bossa nova surgiu na década 
de 1950. 
08) Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros estão entre os presiden-
tes eleitos por meio de voto popular no decorrer desse período. 
26.18. (UEPG – PR) – De acordo com Guita Debert “o populismo constitui 
uma relação pessoal entre um líder e um conglomerado de indivíduos, 
relação essa explicada através do recurso à ideia de demagogia, nem sempre 
claramente definida ... o líder populista não aparece como um verdadeiro 
político, mas sobretudo como um aproveitador da ignorância popular, e as 
massas, na sua irracionalidade, não constituem fundamento para qualquer 
tipo de política. O populismo, desse ponto vista, seria, pois, um fenômeno 
pré-político ou parapolítico.”
(DEBERT, Guita G.. Ideologia e Populismo: Adhemar de Barros, Miguel Arraes, Carlos Lacerda, Leonel Brizola. Rio de 
Janeiro: CEPS, 2008. p. 6).
Com base no exposto acima, e considerando que a história política brasileira está 
marcada por governos e políticos populistas, assinale o que for correto. 
01) Juscelino Kubitschek foi um líder populista que se caracterizou por reforçar 
o sentimento de brasilidade. O projeto nacional-desenvolvimentista de JK 
baseava-se no crescimento do país sem vínculo com o capital internacional, 
pautado exclusivamente nas potencialidades nacionais. 
02) Herdeiro político de Vargas, João Goulart caracterizou-se como um dos prin-
cipais líderes populistas da história política brasileira. Uma das marcas do 
governo Goulart foi o seu contato cotidiano com as massas por meio dos 
veículos de comunicação. Foi ele o criador do programa radiofônico “Hora 
do Brasil”. 
04) Jânio Quadros, eleito presidente com grande apoio popular, é um dos exem-
plos de governos populistas brasileiros. Personalista, elegeu-se com um dis-
curso moralista baseado no combate à corrupção. Filiado ao Partido Comu-
nista, Jânio foi o maior exemplo de populismo de esquerda no Brasil. 
08) Conhecido como “pai dos pobres”, Getúlio Vargas é um dos grandes exem-
plos do populismo brasileiro. Carismático, autoritário, criador de uma ampla 
legislação social e trabalhista, Vargas foi aprovado e venerado pelas massas 
no Brasil das décadas de 1930, 40 e 50. 
16) O nacionalismo foi um dos valores centrais disseminados por líderes populis-
tas brasileiros (como Getúlio Vargas e João Goulart). O estímulo ao sentimen-
to de amor à pátria, à nação e aos valores originários da brasilidade se fez pre-
sente em discursos, peças publicitárias e rituais promovidos por tais líderes. 
Aula 26
21História 7C
Desafio
26.19. (FGV – SP) – Observe a imagem a seguir:
a) Qual decisão os eleitores brasileiros foram convocados a 
tomar no Plebiscito de 1963, no Brasil?
b) Explique o contexto político brasileiro no qual ocorreu 
o Plebiscito.
c) Exponha os desdobramentos políticos do resultado do 
Plebiscito de 1963. 
Gabarito
26.01. a
26.02. c
26.03. c
26.04. a
26.05. c
26.06. e
26.07. e
26.08. b
26.09. d
26.10. d
26.11. a
26.12. d
26.13. d
26.14. e
26.15. e
26.16. 24 (08+ 16)
26.17. 14 (02 + 04 + 08)
26.18. 24 (08 + 16)
26.19. a) Votar sim ou não ao sistema político Parlamentarista. No caso o 
Parlamentarismo foi derrotado.
b) Em agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou ao mandato pre-
sidencial. Seu vice, Jango, estava na China. Iniciou um grande 
conflito entre Golpistas (contrários à posse de Jango) e Lega-
listas (favoráveis à posse de João Goulart). Diante do impasse 
político, o congresso adotou o sistema Parlamentarista empos-
sando Jango, porém dando maior poder ao primeiro ministro 
na figura de Tancredo Neves. Através do Plebiscito de janeiro de 
1963 retornaria o sistema Presidencialista.
c) Com o resultado do plebiscito de janeiro de 1963, o Brasil re-
tomou a República Presidencialista, o presidente João Goulart 
tem mais poder. Após apresentar as “Reformas de Base”, Jango 
foi deposto em 31 de março de 1964 por um golpe militar.
22 Extensivo Terceirão
História
7CAula 27
Regime Militar (1964-1985)
O que caracterizou o 
período de 1964-1967?
Os primeiros momentos “pós-golpe” foram marcados 
por uma tentativa de manter a ordem política e consti-
tucional o mais intacta possível. Os militares fizeram um 
acordo com os partidos políticos – exceto o PTB de João 
Goulart –, pelo qual ficou acertada a eleição indireta do 
general Castelo Branco para a Presidência da República. 
Este, por sua vez, comprometeu-se a efetuar eleições 
diretas em 1965.
outras centenas de pessoas foram cassados e tiveram 
seus direitos políticos suspensos por 10 anos.
O governo alterou radicalmente a política externa, 
adotando uma postura fortemente pró-norte-
-americanos. A medida mais rápida neste sentido foi 
a revogação da lei que controlava a remessa de lucros 
para o exterior.
A política econômica nacional-reformista tentada 
por Jango foi substituída pela associação com o capi-
tal estrangeiro.
A ebulição no campo também entrou na mira da 
repressão. As Ligas Camponesas foram dissolvidas e a 
reforma agrária, “congelada”.
As classes trabalhadoras e populares “saíram” 
de cena. O Estado ampliou seu caráter interventor, 
principalmente na economia.
Um exemplo desta intervenção no campo 
econômico foram as medidas duras de combate à 
inflação, as quais afligiram ainda mais as pessoas: 
salários foram congelados, impostos foram elevados 
e o governo cortou gastos, inclusive nos setores de 
educação e saúde.
Apesar disso tudo, parecia mesmo que Castelo 
Branco pretendia regularizar a situação política o mais 
rápido possível. O problema é que nem todos, no 
exército, pensavam assim. Divididos em duas posições, 
o grupo castelista ou da Sorbonne e o grupo Linha 
Dura, os militares digladiavam-se nos bastidores sobre 
os rumos a tomar.
Ficou evidente o sucesso do grupo Linha Dura 
sobre Castelo Branco. Pressionado por militares dessa 
tendência, inconformados com a permanência de 
“grupos de esquerda” ameaçando a “ordem demo-
crática”, o Presidente determinou, através do Ato 
Institucional 2:
 • o fim dos partidos políticos existentes;
 • a criação da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), 
partido de sustentação do governo, e o MDB 
(Movimento Democrático Brasileiro), de oposição 
“consentida”;
 • o fim da eleição direta para presidente da República.
 ` Posse de Castelo Branco – 15/4/1964
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Assim, à primeira vista, “nada” havia mudado: o Con-
gresso funcionando, a imprensa, os partidos, etc. Mas não 
era bem assim. Os militares, por meio do “Alto Comando 
da Revolução”, expediram um Ato Institucional, dando 
a Castelo Branco poderes para, até outubro de 1964, fa-
zer uma “limpeza” no país, expurgando os responsáveis 
pelos atos de subversão e corrupção. Juscelino, Jango, 
Jânio, seis governadores, 55 parlamentares federais e 
Aula 27
23História 7C
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 ` Carlos Lacerda, Castello e Geisel, Rio de Janeiro, julho/1964
Pouco depois, Castelo resolve ampliar seu próprio 
mandato, adiando por um ano as eleições indiretas. 
Era, sem dúvida, o fim das esperanças de um retorno 
rápido para o regime democrático. Em 1966, edita o 
AI-3, tornando indireta a eleição para governador. E, 
finalmente, em 1967, manda mais um, o AI-4, que dá ao 
Congresso poderes (limitados) para elaborar uma nova 
Constituição. De quebra, ainda outorga a Lei de Segu-
rança Nacional, engessando os setores da sociedade 
em normas rígidas

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