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Estetica facial 1

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ESTÉTICA FACIAL I
CAPÍTULO 1 - COMO AVALIAR A PELE DO
PACIENTE NA ESTÉTICA FACIAL?
Jéssica Sebastião dos Santos
Introdução
Neste capítulo iremos compreender as diferentes características que a pele do rosto pode apresentar,
mas para isso precisamos refletir sobre as seguintes questões: como diferenciar uma pele da outra?
Quais tipos de lesões um esteticista pode tratar? Que tipo de recursos são utilizados para avaliar uma
pele? O que significa limpar uma pele profundamente?
A partir dessas reflexões iremos conceituar a importância de uma anamnese facial e o que é
indispensável nessa avaliação. Aprenderemos a utilizar a lâmpada de Wood, recurso indispensável para
uma análise de pele eficaz. Discutiremos, consequentemente, os diferentes fototipos de pele e as lesões
que podem ser desenvolvidas durante os anos por danos causados pelo sol e fatores hormonais.
Destacaremos pontos relevantes para que a necessidade do paciente seja atendida com segurança e os
resultados sejam satisfatórios, considerando que cada pele possui uma particularidade e precisam ser
tratadas de maneiras diferentes.
Por fim estudaremos os agentes causadores da acne e suas diferenças. A acne é uma lesão muito
comum, que constantemente é motivo de queixa dentro das clínicas de estética. Por isso, discutiremos
as diferentes abordagens estéticas para essa lesão, em quais casos é recomendada uma limpeza de
pele profunda e a importância dos cosméticos para hidratação e nutrição da pele. Vamos iniciar nossos
estudos. Fique atento aos detalhes desse capítulo.
1.1 Anamnese com ênfase na estética facial
A pele é um órgão que apresenta diferentes propriedades importantes para o organismo.  Algumas
dessas propriedades são as responsáveis pelas diferenças entre os tipos de pele pois determinam sua
cor, espessura, oleosidade e hidratação. Com o tempo, o aspecto natural da pele sofre alterações devido
a fatores externos como a radiação solar, agentes químicos, poluição e alterações fisiológicas do
organismo, por exemplo, puberdade, gestação e lesões.
Como podemos diferenciar as características particulares de cada face? Como identificar suas
características naturais e as alterações sofridas no decorrer da vida? A seguir estudaremos essas
diferenças e você aprenderá a diferenciar cada pele de acordo com uma correta anamnese facial.
1.1.1 Identificação do biotipo cutâneo, fototipo e lesões cutâneas
O biotipo cutâneo é uma característica que define o quanto a pele apresenta de oleosidade e hidratação.
Como o próprio nome sugere, a oleosidade da pele se refere à quantidade de sebo que ela apresenta. Ou
seja, a quantidade de gordura e a hidratação está relacionada com a quantidade de água presente na
pele, por esse motivo não podemos dizer que uma pele oleosa é uma pele hidratada.
Para manter o equilíbrio entre oleosidade e gordura, o manto hidrolipídico é a película protetora da pele,
composta por água e óleo, sendo ela uma das maiores diferenciadoras entre os biotipos cutâneos.
Os tipos de pele apresentam quatro classificações diferentes de acordo com a sua espessura, aparência
dos óstios, tonalidade e quantidade de óleo e água. A avaliação dessas características é realizada
primeiramente por meio do aspecto visual e da palpação. Peles mais brilhosas e mais grossas
apresentam maior oleosidade, enquanto as peles mais opacas demonstram pouca quantidade de água e
uma textura mais áspera.
Em cada caso, observaremos também que os biotipos cutâneos sofrem influência de acordo com a
idade e sexo, mas isso não significa que uma pessoa terá por toda a vida um mesmo tipo de pele.
Veremos agora esses detalhes segundo Ifould (2015). Clique e confira. 
VOCÊ QUER LER?
A importante barreira lipídica, que dá à pele a sua impermeabilidade, se origina na
camada granulosa e seu conteúdo chega até a camada córnea, formando o manto
lipídico. Entenda esse processo e como a gordura natural se deposita na pele no
livro de Rubem David Azulay, “Dermatologia” (2017). 
Pele oleosa ou lipídica
Pele seca ou alípitica
Pele mista ou combinada
A seguir observe a imagem ilustrativa que representa algumas dessas características encontradas em
cada biotipo cutâneo. 
Pele normal ou eudérmica
De aparência brilhante, parece estar sempre úmida. A epiderme tem um aspecto áspero,
pois os óstios (poros) se dilataram devido à grande quantidade de sebo acumulado em seu
interior, principalmente nas regiões de testa, nariz e queixo (conhecida como zona T). Uma
das principais características dessa pele é que ela pode apresentar comedões na zona T. É
um biotipo muito comum de peles masculinas e em fases da puberdade para homens e
mulheres. 
É importante saber que uma pele lipídica pode apresentar um estado desidratado pela falta de água.
Isso confunde muitas pessoas, que acreditam que uma pele oleosa não precisa de hidratação. No
entanto, existem diferenças importantes entre oleosidade e hidratação. Você sabe explicar essas
diferenças? A oleosidade tem uma função de barreira protetora, que evita a perda de água. Se faltar água
na pele, automaticamente ela produz mais sebo, para compensar esse processo. Isso a torna ainda mais
oleosa. No entanto, quando a pele está bem hidratada, com equilíbrio entre água e óleo, a sua função de
barreira protetora contra agentes externos é mais eficaz.
Agora que foram estabelecidas as diferenças entre as peles de acordo com o seu aspecto de hidratação
e textura, vamos classificá-las de acordo com a sua tonalidade. Para isso vamos conhecer e memorizar
a escala de Fitzpatrick.
Figura 1 - Pele lipídica, pele eudérmica, pele mista e pele seca.
Fonte: avgust01, Phitpibul2014 Shutterstock, 2018. Lin Shao-hua, Istockphoto, 2018.
VOCÊ O CONHECE?
Dr. Thomas B. Fitzpatrick (HUSK,  2018), médico norte americano dermatologista,
se destacou no século XX por elevar os níveis de pesquisa em dermatologia,
principalmente sobre pigmentação. Ele criou a famosa escala de Fitzpatrick em
1976. Saiba mais em:
<https://oregonencyclopedia.org/articles/fitzpatrick_thomas_1919_2003_/#.XCY0V
dJKhkg
(https://oregonencyclopedia.org/articles/fitzpatrick_thomas_1919_2003_/#.XCY0V
dJKhkg)>. 
https://oregonencyclopedia.org/articles/fitzpatrick_thomas_1919_2003_/#.XCY0VdJKhkg
Essa escala foi criada para classificar os fototipos de pele, em ordem de I a VI, de acordo com a
tonalidade da pele, sua sensibilidade e reação ao sol, como coloração, bronzeamento e tolerância à
exposição solar. Observe atentamente a escala de Fitzpatrick no quadro a seguir.  
É importante que o profissional de estética tenha em mente esta classificação, pois constantemente
será necessário avaliar o fototipo cutâneo antes de traçar um tratamento. Esse é um dos pontos mais
importantes em uma anamnese facial, pois o fototipo define os cosméticos e eletroterapias que poderão
ou não ser utilizados nessa pele.
Para compreender melhor as diferenças importantes entre as tonalidade de pele, iremos estudar os
melanócitos. Segundo Rivitti (2014) os melanócitos são células presentes na camada basal, que agem
de forma conjunta com os queratinócitos. Eles são responsáveis pela pigmentação da pele, de acordo
com a sua capacidade funcional, o que diferencia uma coloração mais clara ou mais escura em regiões
diferentes do corpo. 
Os melanócitos são células que sofrem influência da proliferação dos queratinócitos devido à introdução
de melanina dentro dos queratinócitos, através de seus prolongamentos. Ele também sofre influência de
fatores hormonais. 
Observe, na imagem abaixo, que os melanócitos envolvem seus dendritos nos queratinócitos, assim ele
consegue transmitir a melanina para o interior dos queratinócitos, colorindo a pele.
Quadro 1 - Criado pelo Dr. Thomaz Fitzpatrick, o quadro classifica os fototipos cutâneos.
Fonte: WOLFF, 2015, p. 193.
A quantidade de melanina determina a tonalidade da pele: quanto menor a quantidade de substância
melânica nos queratinócitos, mais clara será a pele. Existem dos tipos de melanina, a feomelanina, à
qual se atribuem  os pigmentos mais claros (vermelho e amarelo)e a eumelanina, responsável pelos
pigmentos mais escuros (marrom a preto). A presença de diferentes quantidades de cada tipo de
melanina nos diferencia de acordo com cada etnia. 
Figura 2 - Unidade epidermomelânica.
Fonte: ttsz, Istockphoto, 2018.
Figura 3 - Diferenças étnicas existentes no Brasil.
Fonte: Darrin Henry, Shutterstock, 2018.
Como você pode ver na imagem acima, cada garota apresenta um fototipo diferente. A primeira garota,
apesar de ser oriental, e ter uma pele clara, têm cabelos e olhos escuros. Em qual fototipo ela se
enquadra de acordo com a escala de Fitzpatrick? Você classificaria o fototipo de acordo com a cor do
cabelo e olhos ou de acordo com a cor da pele?
Para definir a classificação do fototipo de uma pessoa, você pode usar uma pergunta básica muito
comum entre os esteticistas. Essa questão pode auxiliar sempre que surgirem dúvidas quanto ao
fototipo cutâneo. Pergunte ao seu paciente como a pele dele reage ao sol: quando você se expõe ao sol,
sua pele sempre queima? Bronzeia? Sonde seu paciente e entenda se a pele dele sempre queima e
nunca bronzeia, ou se queima e depois bronzeia, ou se ela somente bronzeia. Clique e descubra quais as
respostas possíveis e porquê.
De acordo com a tabela de Fitzpatrick, se você fizer essas perguntas para seu paciente, e ele
responder que sempre queima e nunca consegue se bronzear, seu fototipo é I, geralmente são
pessoas naturalmente loiras, de olhos claros, pele clara ou ruivos.  
Se a pessoa é de fototipo II, ela pode te responder que sempre queima e dificilmente consegue se
bronzear, são pessoas de pele muito clara, de cabelo castanho claro ou escuro e olhos castanho
claros. 
O fototipo III é um dos mais comuns, são pessoas que sempre queimam e ficam bronzeadas na
sequência, apresentam pele clara, mas não muito, como nos fototipos anteriores. Os cabelos e os
olhos normalmente são castanho escuros.  
Uma pessoa de fototipo IV, que apresenta uma pele mais morena, normalmente terá olhos e
cabelos escuros e responderá que, dependendo do tempo que ficar exposto ao sol, ela queima,
mas que sempre bronzeia. 
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•
•
•
•
Fototipo I
Fototipo II
Fototipo III
Fototipo IV
Fototipo V
Essas perguntas serão muito úteis para uma avaliação mais precisa, principalmente pelo fato de existir
uma mistura de raças muito grande no Brasil, portanto, nunca classifique o fototipo de uma pessoa pela
cor do cabelo e dos olhos, apesar deles ajudarem na classificação, o ideal é avaliar a cor da pele
isoladamente. No caso da garota da foto, os orientais geralmente nunca queimam e sempre bronzeiam,
fototipo IV mas, considere que podem ocorrer variações, devido às misturas de etnias no Brasil. 
Em alguns casos, a tonalidade da pele negra pode confundir, devido às misturas de etnia,
perguntar como a pele se comporta ao sol é a melhor maneira de definir o fototipo neste caso. O
fototipo V percebe facilmente que bronzeou, e nunca vai se queimar.  
Já o fototipo VI, que já tem pele negra, vai perceber uma tonalidade mais escura e não queima. É
característico desses dois fototipos cabelos e olhos muito escuros, mas existem no Brasil
pessoas de fototipo V e VI com olhos claros. 
•
Fototipo VI
Os melanócitos participam do sistema de proteção da pele. Eles filtram os raios UV para que não
penetrem em camadas profundas da pele e provoquem queimaduras. Por isso, quando a pele é agredida
pelo sol ou por inflamações, ela tende a produzir mais melanócitos. Segundo Lupi (2012) a exposição
contínua ao sol faz com que a pele sofra alterações biológicas que podem ser boas, como a produção
de vitamina D, ou ruins, como o fotoenvelhecimento, discromias e a fotocarcinogênese. As lesões
cutâneas também podem ser desenvolvidas por fungos, bactérias e doenças autoimunes, como o
vitiligo.
É importante que o profissional de estética conheça algumas lesões e saiba onde pode ou não tocar.
Vamos estudar essas lesões de acordo com as definições de Lupi (2012) e Wolff (2015). 
 
Lesões causadas por bactérias
Foliculite: é uma infecção do folículo piloso causada por
bactérias. As lesões formam pus e as bordas são avermelhadas na
sua forma simples. A ocorrência mais comum é na barba. Em um
CASO
Em uma cabine de estética, entra uma mulher de 40 anos para realizar u
avaliação facial. Ela tem olhos castanho claros, cabelo castanho escuro, p
morena clara, pequenos comedões no nariz, pápulas e pústulas no queix
abaixo da bochecha. As laterais do rosto estão ressecadas e não tê
comedões. Ela explica que está em tratamento para alterações hormon
ginecológicas, que desenvolveu recentemente, junto com a acne. Qua
biotipo e fototipo cutâneo dessa paciente?
Apesar de seus olhos serem claros, a sua pele é de tonalidade morena cla
deixando dúvida se seria um fototipo III bronzeado ou aquele seria seu t
natural de pele. Ao ser questionada sobre esse aspecto, ela explica que 
alguns meses não se expõe ao sol, o que deixou sua pele mais clara, mas q
normalmente gosta de se bronzear, porque sua pele sempre bronzeia
dificilmente queima. Nesse caso, percebemos que seu fototipo é IV.
Embora as lesões de seu rosto não estejam presentes em toda a zona T, p
menos em duas regiões dessa zona (nariz e queixo) ela apresenta oleosida
e lesões de acne, nas laterais há um pequeno ressecamento, caracterizan
uma pele mista. A acne abaixo da bochecha pode ser indício das alteraçõ
hormonais que ela desenvolveu. Após o tratamento hormonal e de sua pele
chances de mudança em seu biotipo cutâneo são grandes, portan
aparentemente o quadro apresentado por ela é momentâneo.  
•
estado agravado ela acomete couro cabeludo, nariz e sobrancelha.
Pode ser necessário o tratamento com medicamento, em sua
forma mais grave, mas quando mais simples, a foliculite pode ser
tratada em clínicas de estética com ácido salicílico e cosméticos
seborreguladores.
Erisipela: causada por bactéria que penetra na pele inflamando
membros inferiores. A porta de entrada são feridas ou rachaduras
no pé, micoses de unha e problemas vasculares. A infecção causa
febre, vermelhidão nos membros inferiores, tremor, mal-estar, dor
e bolhas. O tipo bolhosa pode ser fatal, se não for tratada a tempo,
pois pode se agravar e provocar uma trombose, toxemia ou
septicemia. O tratamento é feito com medicamentos, repouso e
elevação das pernas, mesmo tratando ela pode deixar sequelas
como elefantíase, linfedema e fibrose.
 
Distúrbios cutâneos
Dermatite atópica: é uma reação de muita sensibilidade na
barreira da pele, pode ser aguda, subaguda ou crônica Ela se
desenvolve em crianças até os 5 anos de idade e raramente em
adultos jovens, até os 20 anos. A pele resseca e forma placas
edemaciadas, que podem ou não descamar. Pode provocar rinite
alérgica e sintomas de congestão nasal e irritações nos olhos. A
lesões podem se agravar pelo contato com roupas, estação do ano
e estresse, pois está relacionada a uma atividade exagerada do
sistema imunológico. 
Dermatite de contato: reação inflamatória aguda ou crônica
desencadeada pela pele depois de ter contato com algum tipo de
substância. Existem dois tipos de dermatite de contato. Uma delas
é causada por um agente irritante, como uma substância química
(sabões e ácidos): imediatamente, ou no máximo em 24h ela se
desenvolve após o contato com o agente que causou a reação,
acomete somente a região de contato e causa a sensação de
pontadas na região, ardência e, quando mais grave, aparecem
bolhas e até necrose. O segundo tipo é a dermatite alérgica, que é
causada por hipersensibilidade do tipo IV. Ela é sistêmica e pode
•
•
•
se espalhar por todo o corpo, além da região que teve contato com
a substância. Surgem placas edematosas com pápulas e vesículas,
escamas e até bolhas, dependendo da gravidade. O tratamento é
feito com medicação tópica e sistêmica. 
Dermatite seborreica: a lesão é crônica e acomete regiões de
grande produção de sebo, como face e couro cabeludo, acontece
em bebês, no período da puberdade, ou entre os 20 e 50 anos. A
baixa imunidade pode agravar a situação ou facilitar o seudesenvolvimento. A pele fica vermelha ou branca, pode descamar
ou apresentar uma aparência de crosta de gordura no local da
lesão e formar pápulas, o tratamento é feito com medicamentos,
pomadas e xampus.
Psoríase: doença inflamatória crônica que acomete pele e
articulações. Não existe um único causador da psoríase, ela pode
ser desencadeada por fatores distintos, como tabagismo, traumas,
inflamações e infecções, pode se desenvolver em qualquer idade,
mas a incidência maior é entre 30 e 40 anos. A gravidade da
psoríase pode ser comparada com a da diabetes mellitus, porém
pode se agravar a ponto de ser comparada com um câncer. As
lesões se caracterizam por placas finas descamativas de cor
branca ou cinza. De acordo com o tipo de psoríase as lesões
podem ser diferentes e acometer o corpo todo, unhas, palma da
mão e planta dos pés (chamada de psoríase palmoplantar) ou
acometer somente as articulações. A pessoa pode sentir ardência
ou ter prurido devido à doença. Até o momento não há cura, o
tratamento e controle é feito com fototerapia, medicamentos
tópicos e orais.
Vitiligo: doença cutânea adquirida que causa destruição dos
melanócitos. A pele produz manchas acrômicas, ou seja, ela perde
totalmente a pigmentação e surgem manchas brancas, ela pode se
desenvolver em apenas algumas regiões ou no corpo todo. Ainda
não se sabe exatamente o que causa a morte dos melanócitos,
mas a maior hipótese é que seja uma doença autoimune, na qual o
organismo reconhece os melanócitos como corpo estranho,
•
•
•
causando sua morte. Existem outras hipóteses para as causas da
doença, como alterações neurais ou bioquímicas e a
autodestruição dos melanócitos. O tratamento consiste no uso de
medicação sistêmica e tópica, fototerapia e cirurgias.
Ceratose ou queratose actínica: alteração da camada córnea,
que sofre hipertrofia e passa a ter um aspecto de escama e
verruga. Se for de origem actínica (chamada de queratose
actinica), é o sol que faz ela se desenvolver, geralmente em
pessoas de pele, cabelo e olhos claros e que constantemente estão
expostas ao sol. Conforme a quantidade dessas lesões, ela pode se
tornar maligna, evoluindo para um carcinoma espinocelular. A
ceratose seborreica geralmente é genética e benigna, uma lesão
que pode parecer uma verruga e crescer bastante, redonda ou
irregular de coloração castanha a preta.
 
Hiperplasia benigna do tecido subcutâneo
Lipoma: tumor benigno formado por células adiposas que pode
chegar a 6cm, normalmente se desenvolve no tronco e nos
membros. Dependendo do tamanho e do movimento do corpo se
tornam aparentes, na palpação eles são móveis, densos ou
maleáveis, podem ser de origem genética e em alguns casos doer.
Podem ser retirados por lipoaspiração se forem macios. 
 
Doença autoimune
Pênfigo: doença bolhosa grave que se desenvolve pela perda de
aderência das células da epiderme. Pode ser aguda ou crônica, os
tipos mais comuns são o pênfigo vulgar e foliáceo. O pênfigo
vulgar forma bolhas flácidas na pele e erosões nas mucosas, que
doem e queimam. Geralmente começa na mucosa e meses depois
se desenvolve na pele.  O pênfigo foliáceo não forma bolhas, e sim
lesões, que descamam e formam crostas, acometendo áreas de
maior seborréia, como couro cabeludo, rosto, toráx e abdome.
Pode causar a morte se não tratada a tempo com medicações
imunossupressoras. Se desenvolve quando o paciente tem entre
40 e 60 anos. Ainda existem outros tipos mais raros da doença. 
 
•
•
•
Lesões causadas por vírus
Herpes simples: infecção viral, a lesão é caracterizada por grupos
de bolhas que se formam em grupo em uma região avermelhada,
aparecem na pele ou mucosas (boca e genitais). Pode ser
transmitida via contato de pele com pele ou pele e mucosa. O vírus
pode permanecer no organismo sem provocar sintomas e reagir
formando as lesões em momentos de baixa imunidade do
indivíduo infectado. É incurável, mas pode ser bem controlada. Em
casos mais graves da evolução da doença ou em caso de
persistência da mesma deve ser feito tratamento médico. O
esteticista deve prestar atenção em pacientes com lesões ativas
(bolhas) da herpes para não tocá-las e evitar a transmissão da
mesma. 
Herpes zoster: provocada pelo mesmo vírus que causa a
catapora em pessoas que tiveram a doença na infância. O vírus
permanece latente no organismo e pode ser despertado a partir de
algum tipo de trauma, provocando a herpes zoster no adulto.
Como acomete a inervação, as lesões formam um caminho no
corpo, seguindo o caminho do nervo, a pele fica vermelha e se
formam bolhas,. A dor é forte e há a sensação de queimação. Dor
de cabeça e febre também são sintomas da doença. Por ser
virótica, o doente não pode entrar em contato com pessoas que
nunca tiveram catapora. O tratamento é médico e o paciente pode
se recuperar totalmente.
Verrugas: infecção viral do papiloma vírus (HPV), a lesão é
benigna e muito comum entre a população, pois a transmissão é
feita pelo contato direto entre as pessoas pela pele, pelo contato
com objetos pessoais, como toalha, pela relação sexual e durante
o parto normal, através do trato genital. Pode se desenvolver mais
rapidamente em pessoas com baixa imunidade. Existe um período
de latência, que pode durar até um ano, porém também existe um
tempo de regressão da lesão após 2 anos. As características das
lesões podem variar de acordo com o tipo de vírus que a
•
•
•
desenvolve e a região acometida. O tratamento é feito pela
remoção das lesões por um médico, foterapia e medicações.
Molusco contagioso: causada por vírus, as lesões podem levar
cerca de 14 dias para aparecer devido ao período de incubação do
vírus. É mais comum em crianças e as características das lesões
são inúmeras pápulas enrijecidas, brilhantes e com uma
depressão no meio, com tamanho que varia entre 2 e 5mm. Pode
acometer adultos com baixa imunidade, como portadores do HIV.
O tratamento da lesão varia: pode ser feita curetagem (incomum
em crianças), crioterapia e aplicação de ácidos.
 
Lesões causadas por fungos
Micose: os fungos se proliferam no corpo humano em regiões que
tem queratina, como pele, cabelo e unhas. A umidade e o calor são
atrativos para o seu desenvolvimento. Após o contágio o fungo
permanece de 7 a 14 dias em incubação e depois surgem as lesões.
Em todas as faixas etárias uma pessoa pode desenvolver micoses,
as do couro cabeludo são mais comuns em crianças. Pessoas
negras dificilmente desenvolvem micose. Dependendo da
profissão, a pessoa fica mais propensa a desenvolver micose,
como é o caso dos atletas. O estado de saúde também pode
favorecer o desenvolvimento das micoses, como é o caso da
diabetes mellitus. O tratamento é realizado com medicamentos
tópicos e sistêmicos. 
Pitiríase: causada por fungo que acomete o estrato córneo e se
alimenta do sebo, deixando a pele esbranquiçada, rosada ou
levemente acastanhada, com possível descamação, que é o único
sintoma. A lesão se espalha geralmente no tronco e no pescoço e é
mais comum em adultos, mas raramente uma criança pode
desenvolvê-la. A baixa imunidade, o calor e a umidade favorecem
sua proliferação, o tratamento é feito por médicos.
 
Distúrbios do folículo piloso
Hirsutismo: alteração no crescimento dos pelos em mulheres,
eles crescem excessivamente em regiões nas quais normalmente
•
•
•
•
homens desenvolvem muito pelo, como face, pescoço, tórax e
auréola. Isso acontece devido à grande atividade dos hormônios
androgênicos. Existe influência genética, cor e etnia, sendo mais
comum em asiáticos, negros e brancos. O tratamento é feito por
medicamentos e o controle pode ser feito com a ajuda de
tratamento estético via depilação a laser. 
 
Distúrbio da Glândula Sebácea
Rosácea: lesão crônica e inflamatória que estimula a reação dos
capilares formando telangiectasias, vermelhidão e acne na região
do nariz, bochecha e queixo. A pele dessas regiões fica sensível e
espessa, a evolução pode ser desde a mais simples, que apresenta
vermelhidão, até casos mais agravados, como a rinofima, que
espessa muito o nariz. É mais comum em mulheres depele branca
e idade entre 30 e 50 ano. Quando um homem desenvolve rosácea,
normalmente é a rinofima. Seu tratamento consiste em uso de
medicamentos e tratamentos estéticos. 
 
Lesões malignas
Câncer de pele: são causados por uma junção de fatores,
predisposição genética, exposição à radiação solar, tipo de pele
(normalmente quando a pele e o cabelo são claros a tendência a
desenvolver câncer de pele é maior), imunidade, mutações, danos
nos cromossomos e HPV. Os tipos de câncer de pele são:
carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. O
carcinoma basocelular é benigno e dificilmente sofre mutações.
Normalmente aparece no rosto. Carcinoma espinocelular é um
tipo mais grave e sofre mais mutações, evolui mais rápido. Quando
acomete rosto, lábio e genitália a probabilidade de metástase é
maior do que no carcinoma basocelular. O melanoma provém da
proliferação dos melanócitos e é o mais grave dos cânceres de
pele devido à sua capacidade de mutação. Ele pode se proliferar e
até acometer órgãos. A lesão é iniciada com uma mancha na pele
de borda irregular, que pode ser elevada e muda de tamanho e
espessura com o tempo. Quando o tratamento é precoce, a
•
•
mancha ou tumor é removido, evitando que se prolifere para
outras parte do corpo. É importante observar bem as manchas e
nevos que aparecem no corpo para verificar se as lesões não estão
se modificando ao longo do tempo. 
 
Distúrbio dos melanócitos
Nevosmelanocíticos (NNMs) adquiridos: tumores benignos
pigmentados, de formato cilíndrico e papulosos, que costumamos
chamar de “pintas”, são mais comuns em pessoas brancas,
normalmente uniformes e podem evoluir de formas diferentes. O
nevo pode ser juncional, quando se forma na camada
dermoepidérmica, apresenta leve elevação e pigmentação. O nevo
composto é pigmentado, com elevação moderada e a lesão se
forma também na derme. Já o nevo dérmico se forma somente na
derme e eleva mais a pele que os anteriores, a sua cor é rosada ou
castanho claro, pois nessa região ele não tem capacidade de
desenvolver melanina. É uma lesão benigna que cresce e não
evolui para malignidade, mas deve ser observada caso passe a
causar vermelhidão e coceira. O início de um tumor maligno pode
ser confundido com um nevo. A remoção é feita somente por
médicos, por motivo estético, quando existe a certeza de que não
há malignidade. 
 
Hiperpigmentação e Hipopigmentação 
Melasma ou cloasma: são machas escuras, que geralmente se
desenvolvem na face (testa, bochecha e queixo). A tonalidade vai
de marrom claro a marrom escuro. São causadas pela exposição
ao sol e fatores hormonais. Sua origem é na derme, por isso, é
muito comum seu desenvolvimento durante a gestação, passando
a ser chamada, nesse período gestacional, de cloasma. Homens
podem desenvolver melasma. O tratamento é realizado à base de
ácidos clareadores, mas ainda não existe tratamento que os
elimine completamente.
Hipomelanose: é a perda de melanina na pele, formando
manchas brancas. Ela pode ser desenvolvida em diferentes
•
•
•
situações, em períodos inflamatórios, como na ptiríase versicolor,
ou como um sintoma específico de algumas doenças, por
exemplo: lúpus, vitiligo, dermatites e micoses. Pode ser causada
por peelings químicos e injeções de corticoide.
 
Outras lesões
Quelóide: formação exagerada de tecido cicatricial além da
bordas da cicatriz. A formação é larga e elevada e pode cobrir até
mesmo uma região íntegra da pele. Isso acontece devido a um
defeito no mecanismo de regeneração tecidual. Peles morenas e
negras tem uma tendência muito maior para desenvolver
quelóide. Isso normalmente acontece na juventude e pode ser
resultado de qualquer tipo de cicatriz cirúrgica, cicatriz de acne e
cortes. Não tem cura e não evolui para malignidade. 
Xantelasma: lesão em forma de pápula amarelada ou alaranjada,
indolor e macia, que se forma normalmente nas pálpebras e ao
redor do ângulo dos olhos, a sua causa pode ser por altos índices
de colesterol. O tratamento é feito por médicos com ácidos e laser.
Hemangioma: são tumores benignos que aparecem em recém-
nascidos prematuros e de baixo peso até completar o primeiro
mês de vida. Pode ser composto por um ou mais tumores na
cabeça, couro cabeludo e tronco. A lesão pode crescer até o quarto
mês de vida e começar a involuir em seguida. O tratamento é
observar as lesões e verificar se existem tumores em órgãos que
possam prejudicar seu funcionamento.
Leucodermia gutata ou sarda branca: são manchas brancas,
arredondadas, de tamanho entre 2 e 5mm em antebraços e
pernas. A lesão se desenvolve devido ao efeito cumulativo da
exposição ao sol. Para preveni-la, o ideal é usar protetor solar, se
proteger com roupas e guarda sol. O tratamento consiste na
tentativa de recuperar a cor da pele com laser, crioterapia,
dermabrasão e nitrogênio líquido. 
 
Sempre observe o aspecto da pele para saber se naquela região o paciente pode ou não receber
tratamento. Em caso de dúvida, solicite uma autorização médica. Existem equipamentos que auxiliam
na avaliação, fornecendo dados mais precisos em uma anamnese de pele. A seguir você conhecerá um
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desses equipamentos e aprenderá a utilizá-lo. 
1.1.2 Avaliação com lâmpada de Wood
A lâmpada ou Luz de Wood é um equipamento muito utilizado para avaliar a pele, principalmente quando
se trata de discromias (manchas escuras) e acromias (manchas brancas). O equipamento permite
avaliar também a qualidade da pele, em quesitos como pontos desidratados ou acneicos.
As alterações de pele evidenciadas pela lâmpada de Wood são de origem epidérmica e dérmica
portanto, ao utilizá-la poderão ser vistas manchas que ainda não são vistas a olho nu, iluminando fungos
e bactérias. As lesões são reconhecíveis por meio da cor que ela emitirá durante a avaliação. No rosto,
por exemplo, a pele pode apresentar  (GERSON, 2012) algumas características específicas. Clique a
seguir para conhecê-las.
Fluorescência branca, caso esteja com a camada córnea muito grossa.
Manchas brancas em células mortas.
Coloração violeta, em regiões ressecadas.
Coloração amarela ou rosa, em oleosidade e comedões.
Coloração branca ou azul, em pele saudável.
Para realizar uma avaliação com a lâmpada de Wood é necessário que o local esteja escuro, o que
permite verificar a fluorescência, pois ela emite radiação ultravioleta através de um arco de mercúrio.
Trata-se de uma luz parecida com a luz negra. Quando avaliamos um caso de acromia (ausência total de
melanina) com a lâmpada de Wood, a região afetada ficará com uma cor branca azulada. Caso seja uma
mancha hipocrômica (mais clara que a pele, mas que ainda tem melanina) a mancha ficará de cor
branca pálida (RIVITTI, 2014).
Com relação às manchas escuras, é possível identificar as que são de origem dérmica e de origem
epidérmica de acordo com a tonalidade, que pode ser mais clara ou mais escura.
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Entre todas as lesões faciais que um esteticista pode encontrar, as lesões de acne são as queixas mais
numerosas. Por isso, estudaremos essa alteração mais a fundo. 
VOCÊ QUER LER?
As manchas de melasma (NOGUEIRA, 2018), como as demais manchas
hipercrômicas, podem ser muito bem avaliadas pelo uso da lâmpada de Wood e
classificadas por meio da sua profundidade. Aprenda mais em:
<http://dx.doi.org/10.9771/cmbio.v17i2.23920
(http://dx.doi.org/10.9771/cmbio.v17i2.23920)>. 
1.2 Lesões cutâneas faciais
As lesões cutâneas faciais são alterações na aparência natural da pele que ocorrem pelo excesso, falta
ou ausência de melanócitos como nas discromias causadas pelos danos solares; alterações do sistema
imunológico ou processos inflamatórios. Existem lesões causadas por fungos, bactérias e vírus e ainda
por pressão, impacto ou alterações vasculares. É importante que o esteticista conheça algumas dessas
lesões para manter os cuidados pessoais e a segurança de seu paciente. 
http://dx.doi.org/10.9771/cmbio.v17i2.23920
Agora você aprenderá sobre as lesões faciais que podem ser tratadas por esteticistas. É importante
entender quais as causas dessaslesões e como elas se formam para que o plano de tratamento seja
prescrito corretamente. Em alguns casos, as lesões podem melhorar totalmente quando encontramos a
verdadeira causa. 
1.2.1 Acne e lesões acneiformes
A acne é uma das queixas mais comuns em clínicas de estética. De modo geral, ocorre com maior
frequência entre os adolescentes, mas em muitos casos, adultos podem apresentar essas lesões e suas
sequelas.
Apesar de ser muito comum, a acne pode ser considerada como uma doença crônica devido à
recorrência da mesma por muitos anos em alguns indivíduos, causando cicatrizes permanentes,
problemas sociais e psicológicos. Esses casos estão relacionados à genética, presença de bactérias,
alterações hormonais e tipos específicos de acne, como a conglobata (LUPI, 2012).
Para entender melhor como surgem os comedões, pápulas e pústulas, observe a imagem a seguir:
VOCÊ QUER VER?
Nesse vídeo (FIGUEIREDO, 2017) são apresentadas algumas imagens de lesões
comuns, seguidas por um breve relato sobre cada uma delas. Dessa forma, o vídeo
oferece informações essenciais para o complementar o conhecimento de um
esteticista sobre lesões cutâneas. Assista em: <https://www.youtube.com/watch?
v=l8yRK2DThnE (https://www.youtube.com/watch?v=l8yRK2DThnE)>. 
https://www.youtube.com/watch?v=l8yRK2DThnE
A primeira figura representa o aspecto normal de um folículo pilossebáceo (formado por glândula
sebácea, folículo piloso ou pelo e músculo eretor do pelo). É no folículo pilossebáceo que se formam as
acnes. Conheça mais sobre a formação das acnes clicando a seguir. 
Qual a diferença do comedão aberto e do comedão fechado? O comedão aberto é o que tem uma
aparência escura devido ao contato do sebo com o ar, isso faz com que ele oxide e escureça. O
comedão fechado mantém uma aparência esbranquiçada ou amarelada porque existe uma camada
córnea que o cobre, portanto o sebo não entrou em contato com ar e não oxidou. 
Figura 4 - Apesar de muito comum, a acne é uma doença crônica e uma das maiores queixas nas clínicas
de estéticas, principalmente entre os adolescentes.
Fonte: Timonina, Shutterstock, 2018.
As glândulas sebáceas produzem o sebo, que naturalmente lubrifica a superfície da pele e
forma o manto lipídico, que protege a pele. 
Durante a puberdade, essa quantidade de sebo aumenta, devido à ação dos hormônios
androgênicos, principalmente da testosterona. Por isso, os homens apresentam uma pele
mais oleosa e acneica do que as mulheres (AZULAY, 2017). 
Na raiz do folículo do pelo os queratinócitos descamam naturalmente e são liberados
através do poro, mas quando existe um excesso na produção de sebo e descamação
excessiva, pela hiperproliferação dos queratinócitos, esse resíduo começa a se acumular no
folículo próximo ao poro, que por ser muito pequeno, não facilita a saída de resíduos. 
Esse acúmulo forma o comedão aberto ou fechado, vistos na segunda e terceira
representação da imagem (LUPI, 2012). 
Na nossa pele existe uma bactéria que se alimenta do sebo natural que produzimos, ela não causa dano
ao organismo enquanto permanece na pele íntegra, porém, em casos de extrema oleosidade e excesso
de queratina, a quantidade dessa bactéria também pode aumentar, permitindo que ela entre dentro do
folículo pilossebáceo e provoque uma inflamação.
As pápulas ou pústulas estão representadas pela quarta figura do folículo pilossebáceo, quando a
bactéria P. acnes está se alimentado dos resíduos dentro do folículo, ela metaboliza os triglicerídeos em
ácidos graxos livres Isso irrita a membrana do folículo liberando mediadores pró-inflamatórios (LUPI,
2012 ). Durante esse processo se forma a pápula, que inflamada fica vermelha e dolorida. Quando o
sistema imunológico elimina a bactéria ela produz o exsudato purulento e a pápula passa a ser chamada
de pústula pela presença do pus.
  A imagem a seguir representa todos os tipos de lesões relacionadas com a acne.
VOCÊ SABIA?
Em alguns casos a acne pode mesmo ser de influência genética? Um
realizado no Brasil comprovou que existe uma forte influência gené
predisposição para a acne. Por isso, quando for realizar uma anamnes
pergunte ao paciente se seus familiares próximos também desenv
acne. 
Os tipos de acne são diferenciados, de acordo com as lesões presentes na pele acneica, existem quatro
tipos segundo Lupi (2012, p. 4-5, grifo do autor): 
acne comedogênica ou não inflamatória: quando na pele
identificamos apenas comedões, abertos ou fechados;
 acne papulopustulosa: além dos comedões há presença de
pápulas e pústulas, o que significa que existe inflamação e
presença da bactéria P. acnes. Pode ser leve, moderada ou
grave;
acne nodulocística: a pele apresenta nódulos, cistos,
pápulas, pústulas e comedões, é inflamatória e poder ser
leve, moderada ou grave;
acne conglobata: com as mesmas lesões da acne
papulopostulosa, mas com uma reação inflamatória muito
mais grave, os nódulos são muitos e muito grandes, com
presença de pus e pode desenvolver abscessos e fístulas
purulentas.
Figura 5 - Lesões características da acne nodulocística em ordem de evolução: começa em excesso de
sebo e evolui até a formação de cistos.
Fonte: Lin Shao-hua, Istockphoto, 2018.
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Existe ainda a acne fulminans, um tipo de acne raro e muito grave. As lesões da pele são semelhantes
às da acne conglobata, mas agravada pode evoluir para necrose. Esse quadro pode apresentar febre e
queda dos estado geral, como o mal estar de uma pessoa doente. O tratamento é feito com
medicamentos, é importante saber que mesmo a isotretinoína (Roacutan), muito utilizada para tratar
esse tipo de acne, pode também desencadear a mesma (LUPI, 2012).
Independentemente de a pele ser oleosa ou não, existe uma lesão chamada de millium que pode
aparecer em qualquer tipo de pele, menos comum em pele seca. Trata-se de um cisto sebáceo
encapsulado, que aparece geralmente nas bochechas, próximo das pálpebras, ou nas próprias
pálpebras.
O cisto sebáceo é uma lesão presente na acne nodulocística e conglobata, tem um aspecto muito
endurecido e não inflamatório, mas é tratado com medicamentos devido ao grande volume de sebo
acumulado abaixo na epiderme, que pode chegar até a hipoderme. Observe a sua representação na
imagem a seguir.  
VOCÊ SABIA?
A glândulas sebáceas não são todas iguais. Você sabe diferenciá-las
perguntou por que a acne se forma em maior quantidade no rosto
costas? O folículo predominante no rosto e nas costas é chamado 
possui pelo e poro pequeno, mas uma glândula sebácea volumosa. Além
a quantidade de folículos nessa região é muito grande.  Aprenda m
“Dermatologia” (AZULAY, 2017). 
Para evitar todos os transtornos físicos e psicológicos causados pela acne, o ideal é tratar o problema o
quanto antes. Mas afinal, o que leva o organismo a desenvolver essas alterações? Identificar e tratar a
causa é o melhor caminho para um resultado mais eficiente. 
1.2.2 Etiopatogenia da acne e disfunções hormonais
 Atualmente sabemos que a acne não está ligada à higiene pessoal, embora cuidados diários possam
melhorar o aspecto da pele, a sua etiopatogenia está relacionada à alterações hormonais, emocionais,
genética, entre outras, que provocam a hiperqueratinização do folículo, excesso de produção de sebo,
presença de bactéria e resposta inflamatória. 
Observe as causas apresentadas na figura a seguir, essas são as principais causadoras da acne, que
abordaremos a seguir.
Figura 6 - O cisto sebáceo é uma formação sólida entre epiderme e hipoderme.
Fonte: Shutterstock, 2018.
As alterações hormonais nos homens e nas mulheres são, com certeza, um dos principais motivos
causadores de acne, principalmente no período da puberdade e por distúrbios hormonais na fase adulta.
Clique a seguir para conhecer mais sobre essa e as outras causas da acne. 
Figura 7 - Agentes causadores da acne inflamatória.
Fonte: Lin Shao-hua, Istockphoto, 2018.
Quando o organismo entra na fase da puberdade a glândula sebácea começa a produzir mais
oleosidade devido à ação dos hormônios androgênicos, com maior ação da testosterona quese
transforma em di-hidrotestosterona que estimula a lipogênese devido ao aumento da glândula
sebácea, os estrogênios também sofrem alterações nessa fase mas há uma mínima relação com
a produção exagerada do sebo que não deve ser considerada, da mesma forma a progesterona
não interfere (AZULAY, 2017). 
Normalmente os casos mais graves de acne são mais frequentes nos homens e nas mulheres
apesar de ser menos severa costuma persistir por mais tempo, mesmo depois dos 25 anos. Até
os 20 anos de idade a acne persiste devido ás alterações hormonais da puberdade, depois desse
período as causas podem ser outras principalmente em período pré-menstrual devido à ação dos
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Puberdade
Hormônios
Portanto, cabe ao profissional sondar seu paciente e realizar uma abordagem correta para tratamento
das lesões de acne através de uma avaliação visual e clínica. 
hormônios, alterações endócrinas nas mulheres que desenvolvem a SOP – Síndrome do Ovário
Policístico, obesidade e infertilidade, que no tratamento incluíram medicamentos como os
anticoncepcionais. Existem ainda casos da acne como sintoma de síndromes raras de origem
hormonal e inflamações intestinais (AZULAY, 2017). 
A alimentação rica em carboidratos e açúcares como leite, chocolates e amendoim por exemplo
de acordo com alguns estudos pode interferir e aumentar a produção de acne. O consumo
desses alimentos aumentam a produção de insulina e diminuem a produção de proteína o que
resulta em maior estimulo de crescimento dos tecidos inclusive no folículo pilossebáceo –
hiperqueratinização. O aumento da produção de insulina, também faz com que os ovários e
testículos produzam mais andrógenos aumentando a oleosidade da pele, portanto esses fatores
estão ligados ás alterações endócrinas estimuladas pelo excesso no consumo desse tipo de
alimento (AZULAY, 2017). 
A genética familiar pode ser um dos indícios da produção e gravidade da acne, geralmente vários
familiares desenvolveram as mesmas alterações em graus diferentes. O estresse emocional
também deve ser considerado, o neuropeptídeo substância P que tem uma produção aumentada
durante o estresse aumenta a oleosidade da pele. 
O consumo de alguns tipos de medicamento pode contribuir no desenvolvimento das lesões de
acne, os ansiolíticos, androgênios, corticoides, anticoncepcional, reposição de vitaminas e
hipnóticos (AZULAY, 2017). 
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1.3 Aspectos clínicos da acne
Ao avaliar uma pele acneica, o esteticista deve observar com um olhar clínico o aspecto geral da pele,
muitas vezes a anamnese não é realizada apenas em cabine, mas a partir do momento em que o
profissional se encontra com seu paciente em uma recepção ou sala de consultoria. A partir daí já é
possível observar a pele e começar a planejar um tratamento.
Alimentação
Genética 
Medicamentos
Durante uma anamnese facial, o seu paciente precisa preencher a ficha de anamnese, nela já devem
constar dados pessoais como idade, profissão e endereço, e informações sobre o uso de
medicamentos, possíveis alergias, problemas hormonais e de saúde em geral. Lembre-se de verificar os
dados importantes, que podem ter indícios de alterações no organismo ou que indiquem causas que
estimulam a produção de acne. 
O vídeo a seguir exemplifica a abordagem em um caso clínico de avaliação estética com um paciente
com queixa de acne.  
Além de fazer uma avaliação geral do estado de saúde de seu paciente, você deve observar os seus
hábitos diários, como alimentação, atividade física, e cosméticos ou medicamentos tópicos que ele
esteja utilizando. É importante perguntar  se ele já fez algum tratamento para acne, como foi esse
tratamento e o que ele usou. Afinal, se o que ele usou anteriormente não deu resultado, você não precisa
insistir em uma indicação semelhante, você pode sugerir outros caminhos, como ativos cosméticos
diferentes e outras eletroterapias (IFOULD, 2015).
Em cabine, durante a avaliação, o esteticista deverá preencher a ficha de avaliação facial anexa à ficha
de anamnese, com os dados correspondentes ao aspecto geral da pele de seu paciente. Caso tenha
disponível a lâmpada de Wood, use-a nesta avaliação, observe as regiões que apresentam bactéria,
desidratação, excesso de oleosidade, e as sequelas provocadas pela acne, como as manhas. Se não
tiver uma lâmpada de Wood, verifique os tipos de lesões que a pele apresenta, como comedões, pápulas,
pústulas, cistos e nódulos, avalie as regiões nas quais há um maior predomínio das lesões, as áreas
sensíveis e as regiões mais inflamadas.
Com todos esses dados anotados, você fará a sua abordagem de tratamento, ou seja, seu plano de
tratamento. Como essas lesões podem ser tratadas? Todos os tipos de acne são tratados da mesma
maneira? O esteticista pode atuar em todos os graus de acne? Para responder a essas perguntas
estudaremos as recomendações nos tratamentos de acne.
1.3.1 Abordagem estética em cada grau da acne
Uma pele acneica pode apresentar poucas lesões de acne, como apenas alguns comedões na zona T e
oleosidade, mas ela pode também ser uma pele com muitas lesões, que chegam a cobrir a face. Nem
sempre o cuidado maior está relacionado à quantidade de lesões, mas sim ao tipo de lesão que a pele
apresenta.
Primeiramente vamos entender os casos em que não cabe ao esteticista tratar. Clique nas abas para
acompanhar esses casos.
Acne fulminans 
Acne conglobata 
Em casos de acne conglobata, lembre-se de pedir para que seu paciente tenha em mãos uma
autorização médica com a prescrição do procedimento. Dessa forma você terá certeza de que o médico
recomenda realizar uma limpeza de pele. Assim você trabalhará com segurança e responsabilidade.
Agora que você já entendeu porque os casos de acne fulminans e conglobata são tratados por médicos,
vamos analisar os casos tratados por esteticistas. Clique a seguir para continuar acompanhando.
Tem desenvolvimento e inflamação sistêmica. Ela requer tratamento com supervisão
médica. Embora sejam raros os casos, é importante que o profissional de estética
compreenda essa situação (LUPI, 2012). 
Acne graus I, II e III 
  Os cosméticos são grandes aliados no combate à acne. Quando utilizados em associação a outras
terapias, como limpeza de pele, alta frequência e fototerapias, proporcionam resultados significativos na
melhora da acne. A limpeza de pele profunda, por si só, é o procedimento mais importante e
indispensável, no combate à acne. Você sabe a diferença entre uma simples limpeza de pele e uma
limpeza de pele profunda? Sabe explicar para o seu paciente a importância de cada processo realizado
Acne de graus II e III  
Quando a pele apresenta acne de grau I, normalmente a pele é oleosa ou mista e apresenta
a maior quantidade de comedões na região de Zona T quando tem um desenvolvimento
leve, pode ser que apresente mais oleosidade do que comedões. Se for uma formação maior
os comedões podem ser grandes, inúmeros e espalhados por todo o rosto, essa pele poder
ser tratada com cosméticos seborreguladores – para controlar a produção de sebo e reduzir
a oleosidade, queratolíticos – para reduzir a quantidade de células mortas e afinar a pele,
protetor solar próprio para pele acneica, sabonetes ou géis que contenham ácido salicílico –
por controlar a oleosidade eliminar bactéria da acne evitando a sua evolução para grau II. 
durante a limpeza? Esses são questionamentos que você. aluno, pode precisar explicar para seu
paciente durante as sessões de tratamento e antes mesmo de começá-las. Por isso, esses detalhes
serão abordados no conteúdo do próximo tópico. 
1.4 Limpeza de pele
A limpeza de pele por muitas vezes é confundida com uma higienização que, no conceito de alguns
profissionais, é chamada de limpeza de pele. No entanto, a principal característica de uma limpeza de
pele profunda é a extração, por meio da qual são removidos comedões e milliuns, e as pústulas são
higienizadas.
A recomendação é que a limpeza de pele profunda seja realizada uma vez por mês em peles acneicas,
com intervalo de 20 a 30 dias entre cada sessão. Esse tempo deve serrespeitado para que a pele
cicatrize e descanse, pois durante a limpeza a pele é muito manipulada. O procedimento é recomendado
para todos os tipos de pele que apresentem milliuns e comedão, não sendo restrita apenas a peles
acneicas. A sujidade da pele, provocada por poluição, suor e resíduos de maquiagem, também pode
levar à formação de comedões, principalmente no nariz e no queixo.
Para realizar uma limpeza de pele profunda são utilizados cosméticos: 
higienizadores, para remoção das sujidades superficiais e
resíduos de maquiagem;  
esfoliativos, para remoção de células mortas; 
emolientes, que favorecem a dilatação dos poros, facilitando a
saída dos sebos que formam o comedão;  
calmantes e secativos para finalizar, cicatrizando as lesões e
minimizando a aparência avermelhada e inchada da pele (IFOULD,
2015). 
As eletroterapias podem ser adicionadas ao procedimento. Ao mesmo tempo que existe um passo a
passo padrão para realizar uma limpeza de pele, ela também pode ser incrementada com cosméticos e
equipamentos para potencializar os resultados, de acordo com cada tipo de pele e lesão tratada. 
1.4.1 Conceito e etiopatogenia das lesões abordadas
Em uma limpeza de pele é preciso avaliar as lesões que podem ou não ser removidas durante o
procedimento. Os nódulos, cistos e pápulas são lesões sólidas e não possuem exsudato purulento para
ser removido. Ainda que um nódulo apresente pus, ele não deve ser removido, pois a lesão é grande e a
abertura da lesão ficará grande e propicia a uma infecção ou inflamação, pois um nódulo demora para
cicatrizar.
Lesões sólidas de qualquer origem não devem ser manipuladas durante uma limpeza de pele, não há
nada dentro delas que possa ser extraído, mexer nessas lesões levará a uma inflamação, ferida e pode
até provocar uma cicatriz.
As lesões que podem ser extraídas na limpeza de pele são os comedões abertos, que ao serem
premidos (apertados com a ponta dos dedos de maneira moderada de baixo para cima) saem com certa
facilidade. Os comedões fechados saem apenas com o premer, mas as vezes é necessário um leve furo
para que o sebo saia com facilidade.
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As pústulas são as lesões que apresentam pus, essas devem ser levemente furadas com a agulha de
insulina onde é visível o pus e premidas, em seguida, para que o conteúdo saia totalmente. Esse
procedimento acelera o processo de cicatrização da pústula.
O millium também pode ser extraído, mas é necessária uma boa técnica no momento de premer, pois
são duros e a sua retirada pode machucar ou manchar a pele. Para extraí-lo a pele precisa estar com
uma boa emoliência, ainda aquecida, e a lesão precisa ser furada com a agulha. Um millium nunca deve
ser premido antes de ser furado. Ele está revestido por uma película de pele e não saíra, é preciso que
primeiro seja feita uma abertura com a agulha (IFOULD, 2015).
Após a extração, lembre-se sempre de higienizar a pele com uma loção adstringente para limpar
resíduos de emoliente, sebo e sangue, desinfetar e manter a limpeza da pele. A alta frequência é muito
bem recomendada no pós-extração. As peles ressecadas podem dificultar a extração dos comedões,
que se tornam muito endurecidos, isso pode acontecer em todos os tipos cutâneos, o ressecamento é
um estado momentâneo da pele, e todas as peles precisam de hidratação.
1.4.2 Hidratação e nutrição
Sobre esses temas, clique a seguir e conheça as principais perguntas e suas respostas. 
VOCÊ SABIA?
Sabia que um comedão pode inflamar e ser tornar uma pápula ou 
mesmo após uma limpeza de pele? Isso acontece porque o conteúdo de
comedão não foi retirado totalmente, o que permitiu a entrada de ba
Portanto fique atento para que isso não aconteça, oriente seu pacien
que ele não tente premer os comedões, eles podem inflamar e dese
cicatrizes.  
Os produtos utilizados diariamente para higienização da pele acneica na maioria das vezes
apresentam álcool na sua composição, removendo excessivamente a oleosidade e o manto
hidrolipídico. Assim, a pele começa a ressecar e descamar, aumentando a sua sensibilidade. A
pele acneica, além de se tornar ressecada, pode ficar muito sensível, tanto pelo ressecamento,
que reduz a proteção natural da pele exageradamente, quanto pela inflamação. 
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Mesmo uma pele oleosa pode apresentar ressecamento, você sabe por quê?  
Os cosméticos recomendados para uma pele sensível e ressecada, mas de natureza oleosa, são
formulados à base de gel, gel creme, sérum e loção oil-free (não apresentam óleo vegetal nem mineral),
que ao serem aplicados formam um filme protetor evitando a perda de água e proporcionando um toque
seco aveludado. Apresentam em sua composição ativos calmantes como aloe vera, camomila, vitamina
C, água termal e oligoelementos (GERSON, 2012).
Portanto, a pele lipídica pode apresentar um estado cutâneo sensível ou ressecado, o que poderá
interferir no tratamento, avalie seu paciente a cada sessão, e se necessário, utilize uma máscara
hidratante à base de água com ativos calmantes. Outra possibilidade é acrescentar um sérum ou tônico
para equilibrar a pele de seu paciente e, se necessário, você pode acrescentar em seu tratamento home
care uma loção hidratante oil-free.
As inflamações sensibilizam muito a pele, uma pele acneica pode ser quente e dolorida, deve ser
tratada com delicadeza.
Os higienizantes, como sabonetes à base de ácido salicílico e enxofre, ressecam a pele e são
ativos muito comuns em produtos para pele acneica. Assim como os secativos e as tretraciclinas
(medicamentos orais) e o peróxido de benzoíla (medicamento tópico)(GERSON, 2012) também
podem ressecar e muito a pele.
Não há problema em tratá-lo com uma limpeza de pele cuidadosamente, desde que essa pele
não esteja descamando muito. 
A hidratação vai equilibrar o pH da pele e auxiliar na cicatrização da lesões, portanto se você
hidratar a pele da maneira correta, os benefícios serão muito maiores. A pele oleosa acaba se
tornando carente de nutrientes, vamos conhecer alguns deles e aprender a hidratar uma pele
oleosa. 
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Síntese
Concluímos o capítulo introdutório relacionado à estética facial. Agora você já aprendeu a avaliar a pele
e reconhecer suas diferenças de acordo com a etnia e características cutâneas. Também aprendemos
como reconhecer lesões cutâneas, diferenciar suas causas e os casos que são ou não tratados por um
esteticista. 
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
Já pensou que uma pele inflamada é sempre uma pele sensível?  
O seu paciente pode fazer uso desses produtos e apresentar uma pele muito sensível e
ressecada, o que fazer?  
Você pode hidratar uma pele oleosa?  
diferenciar os biotipos cutâneos de acordo com o aspecto visual e
sensorial da pele;
avaliar e diferenciar os fototipos cutâneos de acordo com a escala
de Fitzpatrick;
identificar lesões cutâneas e suas possíveis causas;
analisar o estado geral da pele com o uso da Lâmpada de Wood;
classificar os tipos de lesões de acne, suas possíveis causas e os
tratamentos indicados para cada grau;
realizar uma anamnese geral da pele antes de iniciar um
tratamento;
entender a importância de uma limpeza de pele profunda bem
executada;
atender as necessidades de uma pele acneica, que apresenta um
estado de desidratação e sensibilidade. 
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Bibliografia
AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.  
FIGUEIREDO, I. B. Lesões Ementares. Departamento de Medicina I. Telessaúde Maranhão HU-UFMA.
Núcleo de Telesaúde Técnico Científico. Publicado em abril de 2017. Duração: 13min.Sonora. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=l8yRK2DThnE (https://www.youtube.com/watch?
v=l8yRK2DThnE)>.  
GERSON, J.; ANGELO, J. M.; DEITZ, S. L. S. Fundamentos da Estética. vol. 4, Estética. Tradução da 10ª
Edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning, 2012.  
HUSK, L. L. Thomas B. Fitzpatrick (1919-2003). The Oregon Encyclopedia 2018. Portland State
University. Oregon Historical Society. Disponível em:
<https://oregonencyclopedia.org/articles/fitzpatrick_thomas_1919_2003_/#.XDcfQdJKhkh(https://oregonencyclopedia.org/articles/fitzpatrick_thomas_1919_2003_/#.XDcfQdJKhkh)>. Acesso
em: 26/12/2018. 
IFOULD, J.; FORSYTHE-CONROY, D.; WITTAKER, M. Técnicas em Estética - Série Tekne. 3.ed. Rio de
Janeiro: ArtMed, 2015.  
LUPI, O.; BELO, J.; CUNHA, P. Rotinas de Diagnóstico e Tratamento da Sociedade Brasileira de
Dermatologia. SBD. 2.ed. São Paulo: AC Farmacêutica, 2012.  
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