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AULAS ÉTICA

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1 
 
 
AULA 
ATIVIDADES PRIVATIVAS DA ADVOCACIA 
 
ATIVIDADES PRIVATIVAS DA ADVOCACIA 
 
 EOAB – ESTATUTO DA OAB 
(EOAB) Art. 1º São atividades privativas de advocacia: 
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; (Vide 
ADIN 1.127-8) 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. – Empresa Pública 
 – Empresa Privada 
 – Instituição Financeira 
(...) 
§2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só 
podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por 
advogados. 
 
Art. 1º, §2º é o visto do advogado no momento da constituição da Pessoa Jurídica (PJ). Este 
visto tem exceção. 
Em Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte, este visto é dispensado, não é exigido este 
visto para constituir este porte de empresa. 
Em empresa Eireli, se ela se encaixar no porte de Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte 
ela não precisa de advogado, caso contrário ela precisará sim. 
 
1. Atividades privativas da advocacia: 
I – postular em juízo; 
II – assessoria, consultoria, direção jurídica; 
III – visar em atos constitutivos de pessoas jurídicas. 
 
2. Exceções da necessidade de um advogado para postular em juízo: 
https://conhecerjuridico.wordpress.com/
2 
 
I – Impetrar habeas corpus. Qualquer pessoa pode impetrar habeas corpus. Pode impetrar 
habeas corpus em qualquer Instância. 
(EOAB) Art. 1º. §1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas 
corpus em qualquer instância ou tribunal. 
 
II – Abrange a Justiça do Trabalho, no “jus postulandi”. 
(CLT) Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante 
a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
(Súmula nº 425 do TST) – Exceção da Exceção – Nos casos a seguir precisa de advogado. O 
“jus postulandi” das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos 
Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de 
segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. São 4 exceções ao “jus 
postulandi”. Nestas 4 exceções necessita de advogado. 
 
III – Juizados Especiais Cíveis. Podem entrar na Justiça Estadual e Federal sem a presença de 
um advogado se não ultrapassar: 
 - Estadual – A causa ter o valor máximo de 20 salários mínimos*. 
 - Federal – A causa ter o valor máximo de 60 salários mínimos*. 
 *Se for recorrer, precisará sim de um advogado 
No Juizado Especial Criminal precisa sim de advogado. 
 
IV – Justiça de Paz. Casamento. 
 
V – Ação de Alimentos (Credor). 
 
VI – Revisão Criminal – o agente não precisa de um advogado. 
 
VII – Medida Protetiva da Lei Maria da Penha. 
 
 VIII – A defesa em processo administrativo disciplinar. 
Súmula vinculante nº 5 do STF (esta súmula pode aparecer na prova de direito administrativo). 
 
3. Art. 1º, inciso II 
 
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3 
 
(RG-OAB) Art. 7º A função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, 
privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa de advogado, não 
podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito regularmente na OAB. 
 
4. Art. 1º, §2º 
(RG-OAB) Art. 2º O visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, 
indispensável ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, deve resultar da efetiva 
constatação, pelo profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos preenchem 
as exigências legais pertinentes. 
Parágrafo único. Estão impedidos de exercer o ato de advocacia referido neste artigo os 
advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou 
indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições 
administrativas competentes para o mencionado registro. 
 
O p[agrafo único é uma vedação, para não privilegiar certos advogados que prestam serviços 
para as pessoas acima identificadas. 
 
5. Observação importante! 
A Lei nº 14.039/2020 inseriu dispositivos no Estatuto da OAB (Lei nº 8.906/94) e na Lei dos 
Contadores (DL 9.295/46) afirmando, expressamente, que os serviços prestados pelos advogados e 
profissionais de contabilidade são, por sua natureza, técnicos e singulares, quando comprovada sua 
notória especialização, nos termos da lei: 
 
(EOAB) Art. 3º-A. Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos 
e singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da lei. 
Parágrafo único. Considera-se notória especialização o profissional ou a sociedade de 
advogados cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, 
estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou de outros 
requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e 
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato. 
 
Este item entra na questão de inexigibilidade de licitação. Quando constou que é um trabalho 
técnico e singular, colocou o trabalho nas hipóteses da inexigibilidade de licitação. 
 
 
 
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4 
 
AULA 
ADVOCACIA “PRO BONO” 
 
(Código de Ética) Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como 
defensor nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação 
habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu 
patrocínio. 
§1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de 
serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus 
assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação 
de profissional. 
§2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, 
igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, 
contratar advogado. 
§3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários ou 
eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de 
publicidade para captação de clientela. 
 
ADVOCACIA “PRO BONO”, conhecida também como Advocacia “para o bem”, é uma 
advocacia que deve ser desenvolvida de forma voluntária, de forma eventual e gratuita. Tem a 
finalidade unicamente altruísta, ajudar outra pessoa. 
 
6. Características da advocacia pro bono: (VEG) 
- Voluntária 
- Eventual 
- Gratuita 
 
7. Art. 30, §3º - Situações em que a advocacia pro bono não podem ser exercidas. 
- Para fins político-partidários ou eleitorais 
- Beneficiar instituições 
- Como instrumento de publicidade para captação de clientela 
 
 
 
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5 
 
AULA 
INSCRIÇÃO NA ORDEM DOA ADVOGADOS DO BRASIL (OAB) 
 
(EOAB) Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: 
I - capacidade civil; 
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino 
oficialmente autorizada e credenciada; 
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
IV - aprovação em Exame de Ordem; 
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
VI - idoneidade moral; 
VII - prestar compromisso perante o conselho. 
§1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da 
OAB. 
§2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve 
fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente 
revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo. 
§3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada 
mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os 
membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do 
processo disciplinar. 
§4ºNão atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado 
por crime infamante, salvo reabilitação judicial. 
 
8. Art. 8º: 
I – Capacidade civil = esta é a capacidade civil mencionada no Código Civil. 18 anos = 
capacidade civil plena. 
 
II – No caso da apresentação da Certidão de graduação em Direito, deve apresentar também 
cópia autenticada do Histórico Escolar. 
 
VI – Sempre partimos do pressuposto que a pessoa é idônea. É preciso provar que a pessoa é 
inidônea. 
 
 VII – O ato de prestar compromisso é “ato personalíssimo”. 
 
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6 
 
§4º - Crime infamante é crime que acarrete má fama. Crimes hediondos entra no rol de crimes 
infamantes. Se a pessoa cumpre a pena e passa pelo processo de reabilitação, ele poderá obter 
novamente a OAB. 
 
➔ Atenção aos artigos correlacionados! 
 
 (RG-OAB) Art. 23. O requerente à inscrição no quadro de advogados, na falta de 
diploma regularmente registrado, apresenta certidão de graduação em direito, 
acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar. 
(RG-OAB) Art. 20. O requerente à inscrição principal no quadro de advogados presta o 
seguinte compromisso perante o Conselho Seccional, a Diretoria ou o Conselho da 
Subseção: 
“Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os 
deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do 
Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a 
rápida administração da justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições 
jurídicas.” 
§1º É indelegável, por sua natureza solene e personalíssima, o compromisso referido 
neste artigo. 
§2º A conduta incompatível com a advocacia, comprovadamente imputável ao 
requerente, impede a inscrição no quadro de advogados. 
 
9. Art. 23 
É comum entregar a Certidão acompanhado do Histórico Escolar, pois muitas faculdades 
demoram para emitirem o diploma. 
 
 
 
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7 
 
AULA 
REQUISITOS PARA A INSCRIÇÃO COM ESTAGIÁRIO 
 
(EOAB) Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário: 
I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º; 
II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. 
§1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos 
anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior 
pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia 
credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética 
e Disciplina. 
§2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize 
seu curso jurídico. 
§3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode 
frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins 
de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB. 
§4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se 
inscrever na Ordem. 
 
10. Art. 9 
I – Só dois itens não são exigidos para o estagiário. 
a) Diploma 
b) Ser aprovado no Exame de Ordem 
Somente estes dois itens são suprimidos. 
O estagiário precisa sim prestar compromisso. 
 
§1º – Para o estagiário é obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. 
 
§2º – O estagiário deve ter sua inscrição no Conselho Seccional da localidade do seu curso. 
NÃO é do local onde o estagiário reside; 
NÃO é o local de estágio, local do escritório. 
 
➔ Atenção aos artigos correlacionados! 
 
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8 
 
(RG-OAB) Art. 29. Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do Estatuto, podem ser 
subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor 
público. 
§1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a 
responsabilidade do advogado: 
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; 
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de 
processos em curso ou findos; 
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. 
§2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, 
quando receber autorização ou substabelecimento do advogado. 
 
11. O que o estagiário pode fazer? 
Tudo, desde que ele esteja acompanhado por um advogado ou defensor público. 
 
12. SOZINHO? 
Retirar ou devolver autos (carga) 
Obter certidões 
Assinar petições de juntada 
 
 
 
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AULA 
ESPÉCIES DE INSCRIÇÃO 
 
➔ Na OAB, nós temos as seguintes inscrições: 
a) Principal; 
b) Suplementar; 
c) Por Transferência. 
 
(EOAB) Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho 
Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na 
forma do regulamento geral. 
§1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, 
prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. 
§2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos 
Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a 
profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de 
cinco causas por ano. 
§3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade 
federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o 
Conselho Seccional correspondente. 
§4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de 
inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição 
principal, contra ela representando ao Conselho Federal. 
 
➔ Art. 10, §2º 
A partir da 6ª precisa da inscrição suplementar. A maioria da doutrina entende que o limite de 
5 intervenções é anual. 
Na Inscrição Suplementar também paga anuidade. 
 
 
 
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10 
 
AULA 
CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO 
 
(EOAB) Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: 
I – assim o requerer; 
II – sofrer penalidade de exclusão; 
III – falecer; 
IV – passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a 
advocacia; 
V – perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. 
§1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser 
promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação 
por qualquer pessoa. 
§2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de 
inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, 
VI e VII do art. 8º. 
§3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve 
ser acompanhado de provas de reabilitação. 
 
➔ Art. 11 
 
I – Não precisa ser fundamentado – Imotivado. 
O número do registro/inscrição é deletado. 
Neste caso, se a pessoa decidir voltar, ela não precisa realizar novamente a prova da OAB. Ela 
recebe um novo número de inscrição. 
 
II – Exclusão – pena máxima dentro da OAB. 
 
➔ Licenciamento ≠ Cancelamento 
 
 
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11 
 
AULA 
LICENCIAMENTO DO ADVOGADO 
 
(EOAB) Art. 12. Licencia-se o profissional que: 
I – assim o requerer, por motivo justificado; 
II – passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o 
exercício da advocacia; 
III – sofrer doença mental considerada curável. 
 
No licenciamento, o requerimento deve ser motivado. 
 
Se a atividade de caráter temporário virar permanente, cabe ao advogado pedir o 
cancelamento. 
 
III – Na hipótese de doença incurável, deve-se pedir o cancelamento. 
 
No momento do retorno do Licenciamento, o número da inscrição na OAB continuao mesmo 
(ele é reestabelecido). 
 
➔ Licenciamento ≠ Cancelamento 
 
 
 
 
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12 
 
AULA 
MANDATO 
 
- Mandato é uma espécie de contrato, no qual o mandante outorga poderes ao mandatário. 
 
- Cliente (mandante) irá outorgar poderes ao advogado (mandatário). 
 
- As regras que disciplina este contrato são as disposições do Código Civil. 
 
- O instrumento que faz prova do mandato é a Procuração. 
 
(EOAB) Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do 
mandato. 
§1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se 
a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. 
§2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos 
judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. 
 
➔ Atenção aos artigos correlacionados no Código de Processo Civil! 
 
(CPC) Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem 
procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para 
praticar ato considerado urgente. 
§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente 
de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual 
período por despacho do juiz. 
§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo 
nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e 
danos. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Ética! 
 
(Código de Ética) Art. 10. As relações entre advogado e cliente baseiam-se na 
confiança recíproca. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é 
recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando as 
https://conhecerjuridico.wordpress.com/
13 
 
dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a 
ele renuncie. 
 
(Código de Ética) Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como 
patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe 
pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, 
antes, procurando esclarecê- lo quanto à estratégia traçada. 
 
(Código de Ética) Art. 12. A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, 
ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, 
valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu 
poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de 
esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários. 
Parágrafo único. A parcela dos honorários paga pelos serviços até então 
prestados não se inclui entre os valores a ser devolvidos. 
 
(Código de Ética) Art. 13. Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-
se cumprido e extinto o mandato. 
 
➔ Art. 13 - Forma de extinção do Mandato. Forma de extinção tácita. 
 
➔ Formas de extinção => Ela pode ser Tácita, como descrita no Art. 13, mas também pode 
ser Expressa. 
➢ Expressas: 
✓ Renúncia => ato praticado pelo advogado 
✓ Revogação => ato praticado pelo cliente 
✓ Substabelecimento SEM reservas de poderes. 
 
(Código de Ética) Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já 
tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo 
plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. 
 
(Código de Ética) Art. 15. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao 
desamparo as causas sob seu patrocínio, sendo recomendável que, em face de 
dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe 
tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato. 
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14 
 
MANDATO – RENÚNCIA 
 
(EOAB) Art. 5º § 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante 
os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo 
se for substituído antes do término desse prazo. 
 
- A Renúncia é um ato praticado somente pelo advogado. O advogado aqui tem um duplo dever. 
Ele tem o dever de comunicar (notificar) o cliente, e também o dever de comunicar o juízo (através da 
petição) que ele está atuando. A notificação ao cliente deve ser feita, em regra, por meio do AR (Aviso 
de Recebimento). A partir que o advogado notificar o cliente, começa a contar o prazo de 10 dias que 
ele obrigatoriamente ainda deve permanecer no processo. 
- A Renúncia é um ato unilateral. O cliente não precisa concordar com o advogado. 
- A Renúncia não precisa de justificação. Só precisa notificar o mandante e o juiz. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Processo Civil! 
 
(CPC) Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, 
provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao 
mandante, a fim de que este nomeie sucessor. 
§ 1º Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o 
mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo. 
§ 2º Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido 
outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por outro, apesar 
da renúncia. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Ética! 
 
(Código de Ética) Art. 16. A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção 
do motivo que a determinou, fazendo cessar a responsabilidade profissional pelo 
acompanhamento da causa, uma vez decorrido o prazo previsto em lei (EAOAB, 
art. 5º, § 3º). 
§1º A renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por danos eventualmente 
causados ao cliente ou a terceiros. 
§2º O advogado não será responsabilizado por omissão do cliente quanto a 
documento ou informação que lhe devesse fornecer para a prática oportuna de 
ato processual do seu interesse. 
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MANDATO – REVOGAÇÃO 
 
Renúncia é um ato do cliente. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Processo Civil! 
 
(CPC) Art. 111. A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado 
constituirá, no mesmo ato, outro que assuma o patrocínio da causa. 
Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) 
dias, observar-se-á o disposto no art. 76. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Ética! 
 
(Código de Ética) Art. 17. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente 
não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como 
não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual 
verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente em face do serviço 
efetivamente prestado. 
 
MANDATO – SUBSTABELECIMENTO COM / SEM RESERVA DE PODERES 
 
 Substabelecer é transferir poderes à outro advogado. 
 Quando há uma transferência total dos poderes, há a transferência sem reserva de poderes. 
Acontece quando o advogado passa toda a causa para outro advogado, quando ele sai da causa. 
 
 Quando há uma transferência parcial dos poderes, há uma transferência parcial dos poderes 
que lhe foram outorgados. 
 
(Código de Ética) Art. 26. O substabelecimento do mandato, com reserva de 
poderes, é ato pessoal do advogado da causa. 
§1º O substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio e 
inequívoco conhecimento do cliente. 
§2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus 
honorários com o substabelecente. 
 
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16 
 
AULA 
SOCIEDADE DE ADVOGADOS 
 
(EOAB) Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de 
prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de 
advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. 
§1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem 
personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no 
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiversede. 
§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia 
o Código de Ética e Disciplina, no que couber. 
§ 3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e 
indicar a sociedade de que façam parte. 
§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, 
constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, 
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de 
advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho 
Seccional. 
§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e 
arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o 
titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. 
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem 
representar em juízo clientes de interesses opostos. 
§ 7º A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um 
advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das 
razões que motivaram tal concentração. 
 
➔ Espécies 
 
➢ Sociedade simples => Sociedade formada por 2 sócios ou mais. 
➢ Sociedade Unipessoal => É formada apenas por 1 único sócio (É mais ou menos a ideia 
estudada na EIRELI do Direito Empresarial). 
 
-> Se na Sociedade Simples existirem 2 sócios, e um deles vier a falecer, é perfeitamente possível 
transferir a espécie de sociedade para a Sociedade Unipessoal. 
➔ Aquisição da Personalidade Jurídica 
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17 
 
 
➢ (EOAB) Art. 15 - §1º => A Sociedade de Advogados NÃO é registrada no Cartório de Registro 
Civil de Pessoas Jurídicas, NEM na Junta Comercial. A Sociedade de Advogados deve ser 
realizado no Conselho Seccional. 
 
➔ Procuração 
 
➢ Deve ser outorgada individualmente ao advogado sócio e indicar a sociedade de que façam 
parte. 
 
➔ Constituição de Filial - (EOAB) Art. 15 - §5º 
 
➢ Todos os sócios devem requerer a Inscrição Suplementar (Caso abrir Filial em outro Estado). 
Este caso gera pagamento de anuidade na Inscrição Suplementar também. 
➢ A Sociedade também possui Número de Inscrição, acarretando também no pagamento da 
Anuidade, inclusive a Anuidade da Sociedade Filial. 
 
 
(EOAB) Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as 
espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características 
de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem 
atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade 
unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente 
proibida de advogar. 
§1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um 
advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, 
desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. 
§2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia 
em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando 
sua constituição. 
§3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas 
juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade 
de advocacia. 
§4º A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser 
obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a 
expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. 
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18 
 
 
➢ Sociedade de Advogados só podem ser formadas por Advogados regularmente inscritos na 
OAB. 
➢ A Sociedade não pode ter característica Empresária. 
➢ O Nome da Sociedade não pode ter uma Denominação Fantasia. 
 
➔ Razão Social - (EOAB) Art. 16 - §1º 
➢ É formado pelo nome dos advogados que integram a Sociedade. NÃO pode usar a 
denominação fantasia. 
 
(EOAB) Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de 
advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos 
clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da 
responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. 
 
➔ Responsabilidade Civil 
➢ Responsabilidade Subsidiária 
➢ Responsabilidade Ilimitada 
➢ Primeiro é atacado o patrimônio da Sociedade de Advogados, e de forma secundária é atacado 
o patrimônio dos advogados que integram o patrimônio dessa Sociedade. 
 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Regulamento Geral da OAB! 
NÃO FOI EXPLICADO EM VIDEO AULA! 
 
(RG-OAB) Art. 37 Os advogados podem constituir sociedade simples, unipessoal 
ou pluripessoal, de prestação de serviços de advocacia, a qual deve ser 
regularmente registrada no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial 
tiver sede. 
§ 1º As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas 
individualmente, ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos. 
§2º As sociedades unipessoais e as pluripessoais de advocacia são reguladas em 
Provimento do Conselho Federal. 
 
(RG-OAB) Art. 38. O nome completo ou abreviado de, no mínimo, um advogado 
responsável pela sociedade consta obrigatoriamente da razão social, podendo 
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19 
 
permanecer o nome de sócio falecido se, no ato constitutivo ou na alteração 
contratual em vigor, essa possibilidade tiver sido prevista. 
 
(RG-OAB) Art. 39. A sociedade de advogados pode associar-se com advogados, 
sem vínculo de emprego, para participação nos resultados. 
Parágrafo único. Os contratos referidos neste artigo são averbados no registro 
da sociedade de advogados. 
 
(RG-OAB) Art. 40. Os advogados sócios e os associados respondem subsidiária 
e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente, nas hipóteses de 
dolo ou culpa e por ação ou omissão, no exercício dos atos privativos da 
advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. 
 
(RG-OAB) Art. 41. As sociedades de advogados podem adotar qualquer forma 
de administração social, permitida a existência de sócios gerentes, com indicação 
dos poderes atribuídos. 
 
(RG-OAB) Art. 42. Podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso 
da razão social, os atos indispensáveis às suas finalidades, que não sejam 
privativos de advogado. 
 
(RG-OAB) Art. 43. O registro da sociedade de advogados observa os requisitos 
e procedimentos previstos em Provimento do Conselho Federal. 
 
 
 
 
 
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20 
 
AULA 
ADVOGADO EMPREGADO 
 
(EOAB) Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a 
isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. 
Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à prestação de 
serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de 
emprego. 
 
Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença 
normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
 
 *O valor do salário mínimo não cai na prova. 
 
 Conceito 
➢ Pessoalidade; 
➢ Habitualidade; 
➢ Onerosidade; 
➢ Subordinação (Na Ética Profissional a subordinação não vai ser o grau de subordinação que 
encontramos no Direito do Trabalho). Para o Advogado a Subordinação é Mitigada, Atenuada. 
O Advogado possui isenção técnica, conforme o Artigo 18 do Estatuto da OAB, possui também 
dependência profissional inerente à atividade do Advogado. 
 
 
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, 
não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas 
semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação 
exclusiva. 
§1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em 
que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando 
ordens, no seu escritório ou em atividadesexternas, sendo-lhe reembolsadas as 
despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. 
§2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por 
um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo 
havendo contrato escrito. 
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§3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas 
do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte 
e cinco por cento. 
 
 Jornada de trabalho - Art. 20 caput 
➢ 4 horas diárias / 20 horas semanais; 
➢ Em caso de dedicação exclusiva => 8 horas diárias / 40 horas semanais. 
 
 Hora Extra - Art. 20, §2º 
➢ Valor do adicional (R$) é de 100% (diferente da CLT, que lá é mencionado 50% para os demais 
trabalhadores). 
 
 Adicional Noturna - Art. 20, §3º 
➢ Período – Das 20 horas às 5 horas; 
➢ Adicional de 25%. 
 
 
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este 
representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados 
empregados. 
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado 
empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a 
empregadora, na forma estabelecida em acordo. 
 
➔ O advogado empregado tem também direito aos honorários de sucumbência. 
 
 
 
 
 
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AULA 
PRERROGATIVAS DOS ADVOGADOS 
 
(EOAB) Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, 
magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com 
consideração e respeito recíprocos. 
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da 
justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento 
compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu 
desempenho. 
 
➔ O termo prerrogativas diz respeito aos direitos que são ao advogado para que ele possa exercer 
a advocacia com plenitude. São prerrogativas que visam viabilizar o exercício da profissão de 
advogado. É preciso tomar cuidado, pois o termo prerrogativa não pode ser confundido com o 
termo privilegio (privilégio é tratar de forma diferenciada as pessoas, privilegiar certas pessoas 
em detrimento de outras). 
➔ Prerrogativas nada mais é do que Direitos conferidos aos advogados para viabilizar o exercício 
da profissão. 
 
(EOAB) Art. 7º São direitos do advogado: ➔ 
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; 
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus 
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e 
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 
11.767, de 2008) 
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem 
procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em 
estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo 
ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade 
e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; 
§3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício 
da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV 
deste artigo. 
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23 
 
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de 
Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela 
OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8) 
VI - ingressar livremente: 
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que 
separam a parte reservada aos magistrados; 
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios 
de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e 
prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da 
presença de seus titulares; 
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou 
outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou 
informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente 
ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor 
ou empregado; 
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar 
o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido 
de poderes especiais; 
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no 
inciso anterior, independentemente de licença; 
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, 
observando-se a ordem de chegada; 
IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões 
de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo 
prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; (Vide ADIN 1.127-
8) (Vide ADIN 1.105-7) 
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante 
intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a 
fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para 
replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; 
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou 
autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; 
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva 
da Administração Pública ou do Poder Legislativo; 
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24 
 
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da 
Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, 
mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a 
obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; 
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da 
Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, 
mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de 
justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar 
apontamentos; (Redação dada pela Lei nº 13.793, de 2019) 
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, 
mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer 
natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo 
copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (Redação dada pela 
Lei nº 13.245, de 2016) 
§10º. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o 
exercício dos direitos de que trata o inciso XIV. 
§11º. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o 
acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em 
andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de 
comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. 
§12º. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento 
incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças 
já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e 
funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do 
advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito 
subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente. 
§13º. O disposto nos incisos XIII e XIV do caput deste artigo aplica-se 
integralmente a processos e a procedimentos eletrônicos, ressalvado o disposto 
nos §§10 e 11 deste artigo. 
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, emcartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; 
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de 
dez dias; 
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão 
ou em razão dela; 
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; 
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25 
 
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou 
deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi 
advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como 
sobre fato que constitua sigilo profissional; 
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, 
após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido 
a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em 
juízo. 
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob 
pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, 
subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele 
decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso 
da respectiva apuração: (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) 
a) apresentar razões e quesitos; 
b) (VETADO). 
 
➔ Art 7º II - Inviolabilidade Relativa 
É possível ter uma busca e apreensão no escritório do advogado. É preciso preencher alguns 
requisitos, como: a) indícios de autoria; b) indícios da materialidade; c) decisão motivada 
(fundamentada) proferida por um juiz competente; d) mandado de busca e apreensão pormenorizado 
(com muitos pormenores, cheio de detalhes, minúcias; detalhado, minucioso); e) presença de um 
representante da OAB; OBS: é vedada a utilização de documentos, mídias ou objetos pertencentes 
aos clientes do advogado, bem como demais instrumentos de trabalho. Vedado a utilização de objetos 
estranhos ao objeto da investigação. 
 
➔ Art 7º - III 
O termo “ainda que considerados incomunicáveis” não foi recepcionado pela Constituição 
Federal de 1988. 
 
➔ Art 7º IV 
Toda vez que tiver uma prisão ilegal, deve haver o pedido de “Relaxamento da Prisão”. 
➢ Os crimes inafiançáveis: Racismo, Ação de Grupos Armados, Tráfico de Drogas, 
Terrorismo, Tortura, Crimes Hediondos. 
➢ Crimes Hediondos: 
✓ Homicídio 
✓ lesão corporal 
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26 
 
✓ roubo 
✓ circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima 
✓ circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de 
fogo de uso proibido ou restrito 
✓ extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão 
corporal ou morte 
✓ extorsão mediante sequestro e na forma qualificada 
✓ estrupo 
✓ estrupo de vulnerável 
✓ epidemia com resultado morte 
✓ falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais 
✓ favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de 
criança ou adolescente ou de vulnerável 
✓ furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato que cause perigo 
comum 
❖ Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados; 
✓ o crime de genocídio previsto nos arts. 1º. 2º e 3º da Lei nº 2.889/1956 
✓ o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no 
art. 16 da Lei nº 10.826/2003 
✓ o crime de comércio ilegal de armas de fogo. Previsto no art. 17 da Lei nº 
10.826/2003 
✓ o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, 
previsto no art. 18 da Lei nº 10.826/2003 
✓ o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime 
hediondo ou equiparado. 
 
➔ Art 7º, V 
Atualmente a OAB não pode mais opinar sobre o que seria a Sala de Estado Maior. 
Na ADIN 1.127-8, o Supremo Tribunal Federal reconheceu que a OAB não pode intervir para 
conceituar, definir o que seria uma Sala de Estado Maior. O termo “assim reconhecidas pela OAB” 
não deve ser levado em consideração. 
Uma sala de Estado Maior, segundo o próprio STF, aparece nas Forças Armadas, nos 
Batalhões da Polícia Militar, no Corpo de Bombeiros. 
Cela Especial ≠ Sala de Estado Maior 
Sala de Estado Maior é diferente de Cela Especial. 
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A Sala de Estado Maior tem algumas particularidades, como por exemplo, não ter grades, é um 
pouco mais ampla, etc. 
A Sala de Estado Maior para o Advogado vale APENAS, ANTES da sentença transitada em 
julgado (durante o processo). 
 
➔ Art 7º, VIII 
➢ O Juiz não é médico, não precisa marcar um horário para falar com ele. 
➢ É prerrogativa do advogado falar direto com o magistrado, observando a ordem de 
chegada. Não precisa marcar horário, chegando no gabinete, ele tem direito a conversar 
diretamente com a pessoa do Juiz. 
 
➔ Art 7º, IX 
➢ Foi declarado Inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Seria inviável na prática. 
➢ ADIN 1.127-8; ADIN 1.105-7. 
➢ É possível sim fazer sustentação oral, mas só vai poder fazer sustentação oral quando 
tiver previsão legal, somente quando a lei garantir, ou regimento interno de determinado 
Tribunal. 
 
➔ Art 7º, XIII 
➢ Foi alterado pela Lei nº 13.793/2019 
➢ O advogado pode examinar processos sem procuração 
➢ Exceção  sigilo ou segredo de justiça  nestes casos precisa sim de procuração 
 
➔ Art 7º, XIV 
➢ Não precisa de procuração; mas se tiver em sigilo segundo o §10º, o advogado deverá 
apresentar procuração. 
➢ §11º  Súmula Vinculante nº 14  “É direito do defensor, no interesse do representado, 
ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito 
ao exercício do direito de defesa.” 
 Por exemplo temos interceptação telefônica em andamento (ou expedido um 
mandado de busca e apreensão), o advogado não pode ter acesso à essa 
informação. É sigiloso enquanto houver a escuta. Neste caso a autoridade pode 
limitar o acesso do advogado. 
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 Pode limitar o acesso, desde que a diligência não esteja documentada. A partir 
do momento que encerrou a diligência (a intercepção telefônica por exemplo, ou 
encerrado o mandado de busca e apreensão), aí o advogado pode ter acesso. 
 
➔ Art 7º, XVII 
➢ O Desagravo aparece no Regulamento Geral da OAB. 
➢ Desagravo  Moção de Repúdio, quando houver um abalo a dignidade da advocacia. 
➢ O Desagravo não precisa necessariamente do consentimento do advogado que foi 
ofendido. É a própria OAB que define se faz ou não essa Moção de Repúdio, porque o 
abalo vai além da pessoa do advogado ofendido. Neste caso ofendeu-se toda uma 
Instituição, sendo por este motivo, a deliberação por parte da Instituição decidir se faz o 
Desagravo ou não. 
 
➔ Art 7º, XX 
➢ Direito de Retirada 
➢ O Legislado exige 3 itens: 
✓ Comunicar por escrito o juízo (petição protocolizada – dever de comunicação); 
✓ Atraso de mais de 30 (trinta) minutos; 
✓ Ausência do Juiz. 
➢ CUIDADO: atraso de audiência em decorrência de outra audiência anterior, não legitima o 
advogado exerça o Direito de Retirada. 
 
➔ Art 7º, XXI 
➢ Aqui não tem o contraditório, apenas o acompanhamento pelo advogado; 
➢ Não é obrigatório. 
➢ O advogado pode participar apresentando razões ou quesitos, como por exemplo, perguntas 
ao investigado ou eventual testemunha. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Regulamento Geral da OAB! 
 
(RG-OAB) Art. 18. O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do 
exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito ao desagravo público 
promovido pelo Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa. 
§1º O pedido será submetido à Diretoria do Conselho competente, que poderá, nos 
casos de urgência e notoriedade, conceder imediatamente o desagravo, ad referendum 
do órgão competentedo Conselho, conforme definido em regimento interno. 
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29 
 
§2º Nos demais casos, a Diretoria remeterá o pedido de desagravo ao órgão competente 
para instrução e decisão, podendo o relator, convencendo-se da existência de prova ou 
indício de ofensa relacionada ao exercício da profissão ou de cargo da OAB, solicitar 
informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de 15 (quinze) dias, sem que 
isso configure condição para a concessão do desagravo. 
§3º O relator pode propor o arquivamento do pedido se a ofensa for pessoal, se não 
estiver relacionada com o exercício profissional ou com as prerrogativas gerais do 
advogado ou se configurar crítica de caráter doutrinário, político ou religioso. 
§4º Recebidas ou não as informações e convencendo-se da procedência da ofensa, o 
relator emite parecer que é submetido ao órgão competente do Conselho, conforme 
definido em regimento interno. 
§5º Os desagravos deverão ser decididos no prazo máximo de 60 (sessenta) dias. 
§6º Em caso de acolhimento do parecer, é designada a sessão de desagravo, 
amplamente divulgada, devendo ocorrer, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, 
preferencialmente, no local onde a ofensa foi sofrida ou onde se encontre a autoridade 
ofensora. 
§7º Na sessão de desagravo o Presidente lê a nota a ser publicada na imprensa, 
encaminhada ao ofensor e às autoridades, e registrada nos assentamentos do inscrito e 
no Registro Nacional de Violações de Prerrogativas. 
§8º Ocorrendo a ofensa no território da Subseção a que se vincule o inscrito, a sessão 
de desagravo pode ser promovida pela diretoria ou conselho da Subseção, com 
representação do Conselho Seccional. 
§9º O desagravo público, como instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da 
advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, 
devendo ser promovido a critério do Conselho. 
 
(RG-OAB) Art. 19. Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de 
Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no 
exercício das atribuições de seus cargos e ainda quando a ofensa a advogado se revestir 
de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional. 
Parágrafo único. O Conselho Federal, observado o procedimento previsto no art. 18 
deste Regulamento, indica seus representantes para a sessão pública de desagravo, na 
sede do Conselho Seccional, salvo no caso de ofensa a Conselheiro Federal. 
 
 
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30 
 
AULA 
PRERROGATIVAS DAS ADVOGADAS 
 
A Mulher Advogada tem um capítulo específico no art. 7º-A do Estatuto da Advocacia – 
incluído pela Lei nº 13.363/2016 – desbravando uma reflexão para o texto quanto às gestantes, 
lactantes, adotantes e as mães que dão a luz e devem contar com a percepção de todos em favor de 
uma sociedade melhor. 
Aplica-se este itens às advogadas que se encontram nestas condições especiais. 
 
(EOAB) Art. 7º-A. São direitos da advogada: 
I - gestante: 
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios 
X; 
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; 
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local 
adequado ao atendimento das necessidades do bebê; 
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações 
orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua 
condição; 
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única 
patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. 
§1º Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, 
respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação. 
§2º Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que 
der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 
1o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho). 
§3º O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz 
será concedido pelo prazo previsto no § 6º do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março 
de 2015 (Código de Processo Civil). 
 
➔ Art. 7º-A, §2º  O prazo é de 120 dias 
➔ Art. 7º-A, §3º  O prazo é de 30 dias 
 
 
 
 
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31 
 
AULA 
ABUSO DE AUTORIDADE 
 
(EOAB) Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado 
previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º desta Lei: (Incluído pela Lei 
nº 13.869. de 2019) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 
13.869. de 2019) 
 
SOMENTE há violação quando tem a violação das prerrogativas dos incisos II, III, IV e V. 
 
 
O art. 3º, “J”, da antiga Lei nº 4.898/65 previa que constitui abuso de autoridade qualquer 
atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. 
 
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: (revogado) 
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. (revogado) 
 
 
Na verdade o que houve foi uma restrição às condutas consideradas criminosas quando se 
trata de violação às prerrogativas dos advogados, pois a redação do art. 3º, “j”, considerava criminosa 
qualquer violação aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. 
Com o advento da Nova Lei de Abuso de Autoridade somente a violação aos direitos dos 
advogados previstos nos incisos II, III, IV e V do art. 7º da Lei n. 8.906/94 é considerada crime. 
 
Art. 7º São direitos do advogado: 
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus 
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e 
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (Redação dada pela 
Lei nº 11.767 de 2008) 
III – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem 
procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em 
estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 
IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por 
motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob 
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32 
 
pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da 
OAB; 
V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em 
sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim 
reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-
8) 
 
 
➔ Art. 7º, II  O direito de inviolabilidade é relativa. 
➔ Art. 7º, III  O trecho “ainda que considerados incomunicáveis” ainda não foi 
recepcionado pelo texto Constitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
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33 
 
AULA 
IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES 
 
➔ Impedimentos  gera uma proibição parcial para o exercício da advocacia. 
 
➔ Incompatibilidade  gera uma proibição total para o exercício da advocacia. 
➢ IncomPaTibilidade  PT  Proibição Total. 
 
(EOAB) Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, 
a proibição parcial do exercício da advocacia. 
 
(EOAB) Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as 
seguintes atividades: 
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus 
substitutos legais; 
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e 
conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, 
bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de 
deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1127-
8) 
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da AdministraçãoPública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas 
ou concessionárias de serviço público; 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer 
órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; 
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade 
policial de qualquer natureza; 
VI - militares de qualquer natureza, na ativa; 
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, 
arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; 
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, 
inclusive privadas. 
§1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função 
deixe de exercê-lo temporariamente. 
§2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de 
decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da 
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34 
 
OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao 
magistério jurídico. 
 
Art. 28, caput  Se a Incompatibilidade for provisória, transitória, cabe à pessoa pedir o 
licenciamento. 
Se for permanente, cabe à pessoa pedir o cancelamento da inscrição. 
Art. 28, I  Chefe do Poder Executivo: Presidente da República, Governador do Estado, 
Prefeito. Os vices entram nesta lista de incompatibilidade. 
Membros da Mesa do Poder Legislativo é o Presidente da Câmara dos Deputados ou 
Presidente do Senado, Presidente da Assembleia Legislativa. O fato dele ser apenas Senador, 
Deputado não gera incompatibilidade (eles entram apenas no impedimento). Gera a incompatibilidade 
quando eles ocupam a Mesa do Poder Legislativo, e seus substitutos legais também são 
incompatíveis. 
 
Art. 28, II  Poder Judiciário: Juiz, Desembargador, Ministro (STF, STJ). 
Ministério Público: Promotor de Justiça, Procurador de Justiça, Procurador da República, 
Procurador Regional da República. 
Juiz de Paz  é a justiça competente para a celebração de casamento. 
Juízes Classistas  foi extinto no ano de 1999. 
OBS: Nos Juizados Especiais, os Conciliadores e Juízes Leigos podem sim advogar. Via de 
regra, os Juízes Leigos são advogados, mas eles não podem advogar dentro do juizado, dentro da 
vara que ele atua (ele pode sim advogar com exceção no juizado que ele atua). 
ADIN 1127-8  Parte dos integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou TER (Tribunal 
Regional Eleitoral) são advogados. Alguns são membros da magistratura de carreira, outros são do 
Ministério Público, e tem um corpo endereçado aos advogados, e neste caso estes advogados podem 
sim exercer a profissão de advogados. 
 
Art. 28, III  Secretarias de Estado, Ministros de Estado, Dirigentes de Autarquias. 
Exceção: Não haverá incompatibilidade as pessoas que fazem parte destas secretarias não 
tiver poder de decisão relevante. 
 
Art. 28, IV  Analistas dos Tribunais, Técnico Judiciário, Assessores de Juízes, Assessores de 
Desembargadores. Nos serviços Notariais entra o tabelião, oficiais, serventuários. 
 
Art. 28, V  Polícias não podem advogar. 
 
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35 
 
Art. 28, VI  Integrante das Forças Armadas: Exército, Marinha ou Aeronáutica. 
 
Art. 28, VII  Auditor da Receita (estadual ou federal). 
 
Art. 28, VIII  Gerente de Banco. 
 
(EOAB) Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais 
e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e 
fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia 
vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. 
 
 Art. 29  Impedimentos Especiais. Estes cargos advogam exclusivamente à sua função, não 
podem exercer a advocacia fora do cargo. 
 
(EOAB) Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia: 
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda 
Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; 
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor 
das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas 
concessionárias ou permissionárias de serviço público. 
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos 
cursos jurídicos. 
 
Art. 30, caput  Pode sim advogar, mas com restrições. É uma restrição parcial. 
 
Art. 30, I  Exemplo: Funcionário de Prefeitura, Agente Administrativo do INSS. Eles podem 
advogar, menos contra a Fazenda Pública que os remunere. O Agente do INSS não poderá advogar 
contra a União e o funcionário da prefeitura não poderá advogar contra a prefeitura. 
 
Art. 30, II  Poder Legislativo: Entra aqui o Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, 
Vereador. Aqui gera o Impedimento (agora se ocupar a Mesa Legislativa, gera a incompatibilidade). 
 
Art. 30, Parágrafo Único  Exceção: O professor pode advogar contra a Fazenda Pública que 
o remunera.
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36 
 
AULA 
INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES 
 
(EOAB) Art. 35. As sanções disciplinares consistem em: 
I - censura; 
II - suspensão; 
III - exclusão; 
IV - multa. 
 
Se colocarmos em uma escala de gravidade, nós temos uma sansão mais branda, que seria a 
censura; uma intermediária que seria a suspensão; e a mais gravosa, que é a exclusão. 
Na exclusão, o advogado é excluído da OAB, não podendo mais advogar. Na suspensão, o 
advogado é proibido de advogar durante um certo período de tempo. 
A multa é uma sansão acessória, pois ela nunca poderá vir de forma isolada. Ela sempre irá 
ser de forma cumulativa, acompanhando uma outra sansão. 
Art. 36  tratamento da censura; 
Art. 37  tratamento da suspensão; 
Art. 38  trata da exclusão; 
Art. 39  trata da multa. 
 
Estratégia de estudo 
 
 
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37 
 
 
CENSURA 
 
(EOAB) Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: 
I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34; 
II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; 
III - violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha estabelecido 
sanção mais grave. 
Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício 
reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente 
circunstância atenuante. 
 
➔ A censura pode ser convertida em advertência, quando estiver uma atenuante (como ser 
primário nas infrações). Neste caso, não há registro no assentamento do advogado. 
 
(EOAB) Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, 
o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; 
II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta 
lei; 
III - valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a 
receber; 
IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; 
V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial 
que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado; 
VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando 
fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento 
judicial anterior; 
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente 
ou ciência do advogado contrário; 
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; 
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do 
processo em que funcione; 
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38 
 
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da 
comunicação da renúncia; 
XII - recusar-sea prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado 
em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública; 
XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações 
forenses ou relativas a causas pendentes; 
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, 
bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para 
confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; 
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a 
terceiro de fato definido como crime; 
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão 
ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de 
regularmente notificado; 
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. 
 
 
SUSPENSÃO 
 
(EOAB) Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de: 
I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34; 
II - reincidência em infração disciplinar. 
§1º A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em 
todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com 
os critérios de individualização previstos neste capítulo. 
§2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que 
satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária. XXIII => 
 
§3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste 
novas provas de habilitação. 
 
➔ Em regra, temo um prazo de 30 dias à 12 meses. 
➔ §2º  Exceção ao prazo do §1º (prazo de 30 dias à 12 meses). 
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39 
 
➔ §3º  Não precisa fazer novamente a prova da OAB, basta realizar a prova específica para 
sanar os possíveis erros causados pela ineficiência (basta realizar cursos específicos 
complementares, e realização da prova). 
 
(EOAB) Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à 
lei ou destinado a fraudá-la; 
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação 
ilícita ou desonesta; 
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto 
do mandato, sem expressa autorização do constituinte; 
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por 
si ou interposta pessoa; 
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias 
recebidas dele ou de terceiros por conta dele; 
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em 
confiança; 
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à 
OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo; 
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; 
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia; 
Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível: 
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; 
b) incontinência pública e escandalosa; 
c) embriaguez ou toxicomania habituais. 
Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após 
o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de 
censura. 
 
O processo disciplinar é sigiloso, do começo ao fim. E só vai ganhar publicidade, se tiver a 
exclusão ou suspensão, afim de informar a sociedade e aos poderes que o advogado não pode mais 
trabalhar. 
 
➔ Art. 34, XXIII  um exemplo é o pagamento da Anuidade da OAB. Enquanto o advogado 
não pagar a anuidade atrasada, ele continuaria suspenso, mesmo se ultrapassar os 12 meses 
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mencionado no Art. 37, §2º. O STF julgou este inciso como Inconstitucional, proibindo a OAB 
de tomar esta atitude. A OAB não pode suspender o advogado pelo inadimplemento. 
Observação importante! 
O STF, em abril de 2020, fez um importante julgamento sobre o Estatuto da OAB, e entendeu 
que é inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício 
laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção política 
em matéria tributária. O RE 647.885 discutiu a constitucionalidade de dispositivos do Estatuto da 
Advocacia que tratam da suspensão do exercício da advocacia, sobretudo aquela decorrente do art. 
34, XXIII (deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de 
regularmente notificado a fazê-lo). 
Na sessão virtual, o plenário deu provimento ao recurso extraordinário, com declaração de 
inconstitucionalidade dos arts. 34, XXIII, e 37, §2º, da lei 8.906/94. Várias questões da 1ª fase já 
trataram da questão da duração da suspensão além do prazo previsto na punição, quando o advogado 
se mantinha inadimplente quanto à anuidade. Agora a OAB não pode mais fazer essa afirmação. 
 
➔ SUSPENSÃO  tudo que envolver grana ( + 
 Reincidência 
 
EXCLUSÃO 
 
(EOAB) Art. 38. A exclusão é aplicável nos casos de: 
I - aplicação, por três vezes, de suspensão; 
II - infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34. 
Parágrafo único. Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é 
necessária a manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho 
Seccional competente. 
 
(EOAB) Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; 
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; 
XXVIII - praticar crime infamante; 
 
 Crime infamante  crimes infamantes + T.T.T. (Tráfico de drogas; Tortura; Terrorismo). 
 
 
 
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41 
 
MULTA 
 
A Multa tem característica acessória. Dessa forma ela não pode aparecer de forma isolada. 
 
(EOAB) Art. 39. A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma 
anuidade e o máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura 
ou suspensão, em havendo circunstâncias agravantes. 
 
➔ A Multa é aplicada somente se tiver circunstâncias agravantes. 
 
 
 
 
➔ A Multa não é aplicada com a exclusão. 
 
 
DOSIMETRIA E PRESCRIÇÃO 
 
(EOAB) Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para 
fins de atenuação, as seguintes circunstâncias, entre outras: 
I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional; 
II - ausência de punição disciplinar anterior; 
III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da 
OAB; 
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública. 
Parágrafo único. Os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau 
de culpa por ele revelada, as circunstâncias e as consequências da infração são 
considerados para o fim de decidir: 
a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção 
disciplinar; 
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42 
 
b) sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis. 
 
(EOAB) Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar 
requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas 
efetivas de bom comportamento. 
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o 
pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal. 
 
(EOAB) Art. 42. Fica impedido de exercer o mandato o profissional a quem forem 
aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou exclusão. 
 
 A Suspensão e a Exclusão são as únicas que ao final ganham a publicidade. 
 
(EOAB) Art. 43. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve 
em cinco anos, contados da data da constatação oficial do fato. 
§1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três 
anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou 
a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de seremapuradas as 
responsabilidades pela paralisação. ➔ 
 
§2º A prescrição interrompe-se: 
I - pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita 
diretamente ao representado; 
II - pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB. 
 
 
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43 
 
AULA 
PROCESSO DISCIPLINAR 
 
(EOAB) Art. 68. Salvo disposição em contrário, aplicam-se subsidiariamente ao 
processo disciplinar as regras da legislação processual penal comum e, aos demais 
processos, as regras gerais do procedimento administrativo comum e da legislação 
processual civil, nessa ordem. 
 
Dentro da ética profissional da OAB, temos 2 tipos de processo, o Processo Disciplinar e o 
Demais Processos. Na aplicação do Processo Disciplinar, se não haver normas suficientes dentro do 
Estatuto da OAB, dentro do Código de Ética, é possível usar de forma subsidiária da Legislação 
Processual Penal Comum; já nos Demais Processos, utiliza-se o Procedimento Administrativo Comum 
e da Legislação Processual Civil. 
 
(EOAB) Art. 69. Todos os prazos necessários à manifestação de advogados, estagiários 
e terceiros, nos processos em geral da OAB, são de quinze dias, inclusive para 
interposição de recursos. 
§1º Nos casos de comunicação por ofício reservado, ou de notificação pessoal, o prazo 
se conta a partir do dia útil imediato ao da notificação do recebimento. 
§2º Nos casos de publicação na imprensa oficial do ato ou da decisão, o prazo inicia-se 
no primeiro dia útil seguinte. (Vide Lei nº 13.688, de 2018) (Vigência) 
 
(EOAB) Art. 70. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete 
exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, 
salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal. 
§1º Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar os 
processos disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio 
conselho. 
§2º A decisão condenatória irrecorrível deve ser imediatamente comunicada ao 
Conselho Seccional onde o representado tenha inscrição principal, para constar dos 
respectivos assentamentos. 
§3º O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição 
principal pode suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à 
dignidade da advocacia, depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser 
notificado a comparecer, salvo se não atender à notificação. Neste caso, o processo 
disciplinar deve ser concluído no prazo máximo de noventa dias. 
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44 
 
(EOAB) Art. 71. A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir 
crime ou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentes. 
 
 
FASES 
 
(EOAB) Art. 72. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação 
de qualquer autoridade ou pessoa interessada. 
§1º O Código de Ética e Disciplina estabelece os critérios de admissibilidade da 
representação e os procedimentos disciplinares. 
§2º O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas 
informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente. 
 
1º Momento => Instauração 
 2º Momento => Instrução 
 3º Momento => Julgamento 
 
 Após o término e o julgamento, só ganha publicidade a decisão que determina a Suspensão ou 
a Exclusão (a Censura não ganha publicidade). 
 
(EOAB) Art. 73. Recebida a representação, o Presidente deve designar relator, a quem 
compete a instrução do processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser submetido 
ao Tribunal de Ética e Disciplina. 
§1º Ao representado deve ser assegurado amplo direito de defesa, podendo acompanhar 
o processo em todos os termos, pessoalmente ou por intermédio de procurador, 
oferecendo defesa prévia após ser notificado, razões finais após a instrução e defesa 
oral perante o Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião do julgamento. 
§2º Se, após a defesa prévia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da 
representação, este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para 
determinar seu arquivamento. 
§3º O prazo para defesa prévia pode ser prorrogado por motivo relevante, a juízo do 
relator. 
§4º Se o representado não for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da 
Subseção deve designar-lhe defensor dativo; 
§5º É também permitida a revisão do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por 
condenação baseada em falsa prova. 
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45 
 
 
(EOAB) Art. 74. O Conselho Seccional pode adotar as medidas administrativas e 
judiciais pertinentes, objetivando a que o profissional suspenso ou excluído devolva os 
documentos de identificação. 
 
 ➔ Resumo 
 1. Processo na OAB: Processo Disciplinar  Forma Subsidiária Processo Penal 
 Demais Processos  Processo Adm.  Processo Civil 
 
 2. Prazos: 15 dias. 
 
 3. Contagem: Dia Útil. 
 
 4. Competência: Conselho Seccional (regra); Conselho Federal (exceção). 
 Conselho Seccional  Do local da Infração Disciplinar. 
 Conselho Federal  Falta cometida perante o Conselho Federal. 
  Foro Privilegiado 
 
 5. Suspensão Preventiva: 
 Em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia. O prazo para terminar o 
processo é de 90 dias. 
 
 6. Sigilo: Regra. Só ganha publicidade depois da sentença de condenação a Suspensão e a 
Exclusão. Mas durante o processo, o sigilo é aplicado. 
 
 7. Prescrição: 05 anos para apurar a infração praticada. 
 Prescrição intercorrente de 03 anos 
 
 8. Fases do Processo Disciplinar: 
  Instauração 
  Instrução 
  Julgamento 
 
 
  Instauração 
 
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46 
 
1. De Ofício  Se dá quando a própria OAB toma conhecimento dos Fatos por meio de uma 
fonte idônea, ou por meio da comunicação de uma autoridade. 
Conhecimento do fato por meio da fonte idônea ou por meio da comunicação de uma 
autoridade. 
Denúncia Anônima não é fonte idônea para instaurar um processo disciplinar. 
 
 2. Representação  Requerimento da apuração da “Notícia Criminis” (apuração do fato). 
 
 
  Instrução 
 
 Primeiro ato que acontece é a designação de um Relator (a escolha é através de um sorteio). 
 
➔Após ser sorteado, ele pode: 
➢ Formular a proposta de Arquivamento liminar (vendo que não há elementos); 
 ➢ Formular a proposta de Instauração do processo. 
 
➔ Após a apresentação da proposta, o Presidente do Conselho Seccional ou do Tribunal de 
Ética e Disciplina despacha. O Presidente despacha acolhendo ou não a proposta do Relator. 
Quem tem competência para arquivar caso não tenha elementos para condenar, é o Presidente 
(não é o Relator). Quem faz a proposta é o Relator, mas quem ordena/despacha é o Presidente. 
 
 ➔ Instaurado, ocorre a notificação dos interessados/representados para apresentar Defesa. 
 O prazo para apresentar a defesa prévia é de 15 dias. 
 Podem ser arroladas até 05 testemunhas. 
 Ocorrendo a Revelia, é nomeado um defensor dativo para acompanhar o processo. 
 
 
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➔Relator 
 ➢ Despacho Saneador 
 ➢ Colheita de provas => ouvir as testemunhas dos fatos 
 ➢ Determinar eventuais diligências. 
 ➢ O Relator ao final emite um Parecer Preliminar e encaminhamento para o TED 
(Tribunal de Ética e Disciplina). Neste Parecer, o Relator tipifica a conduta anti ética. 
 ➢ Apresentação de Razões Finais. O prazo é de 15 dias para apresentar (Prazo comum). 
 
 
 
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 Julgamento 
 
 O Relator que colheu as provas não irá presidir o Julgamento. O Julgamento será feito por outro 
Relator. 
 
 1. Presidente do TED designa outro Relator; 
 
 2. Colocado em pauta para próxima sessão de julgamento; 
 
 3. Notificação das partes (15 dias de antecedência);

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