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1 AULA ATIVIDADES PRIVATIVAS DA ADVOCACIA ATIVIDADES PRIVATIVAS DA ADVOCACIA EOAB – ESTATUTO DA OAB (EOAB) Art. 1º São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8) II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. – Empresa Pública – Empresa Privada – Instituição Financeira (...) §2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. Art. 1º, §2º é o visto do advogado no momento da constituição da Pessoa Jurídica (PJ). Este visto tem exceção. Em Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte, este visto é dispensado, não é exigido este visto para constituir este porte de empresa. Em empresa Eireli, se ela se encaixar no porte de Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte ela não precisa de advogado, caso contrário ela precisará sim. 1. Atividades privativas da advocacia: I – postular em juízo; II – assessoria, consultoria, direção jurídica; III – visar em atos constitutivos de pessoas jurídicas. 2. Exceções da necessidade de um advogado para postular em juízo: https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 2 I – Impetrar habeas corpus. Qualquer pessoa pode impetrar habeas corpus. Pode impetrar habeas corpus em qualquer Instância. (EOAB) Art. 1º. §1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. II – Abrange a Justiça do Trabalho, no “jus postulandi”. (CLT) Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. (Súmula nº 425 do TST) – Exceção da Exceção – Nos casos a seguir precisa de advogado. O “jus postulandi” das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. São 4 exceções ao “jus postulandi”. Nestas 4 exceções necessita de advogado. III – Juizados Especiais Cíveis. Podem entrar na Justiça Estadual e Federal sem a presença de um advogado se não ultrapassar: - Estadual – A causa ter o valor máximo de 20 salários mínimos*. - Federal – A causa ter o valor máximo de 60 salários mínimos*. *Se for recorrer, precisará sim de um advogado No Juizado Especial Criminal precisa sim de advogado. IV – Justiça de Paz. Casamento. V – Ação de Alimentos (Credor). VI – Revisão Criminal – o agente não precisa de um advogado. VII – Medida Protetiva da Lei Maria da Penha. VIII – A defesa em processo administrativo disciplinar. Súmula vinculante nº 5 do STF (esta súmula pode aparecer na prova de direito administrativo). 3. Art. 1º, inciso II https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 3 (RG-OAB) Art. 7º A função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa de advogado, não podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito regularmente na OAB. 4. Art. 1º, §2º (RG-OAB) Art. 2º O visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, indispensável ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, deve resultar da efetiva constatação, pelo profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos preenchem as exigências legais pertinentes. Parágrafo único. Estão impedidos de exercer o ato de advocacia referido neste artigo os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro. O p[agrafo único é uma vedação, para não privilegiar certos advogados que prestam serviços para as pessoas acima identificadas. 5. Observação importante! A Lei nº 14.039/2020 inseriu dispositivos no Estatuto da OAB (Lei nº 8.906/94) e na Lei dos Contadores (DL 9.295/46) afirmando, expressamente, que os serviços prestados pelos advogados e profissionais de contabilidade são, por sua natureza, técnicos e singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da lei: (EOAB) Art. 3º-A. Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos e singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da lei. Parágrafo único. Considera-se notória especialização o profissional ou a sociedade de advogados cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato. Este item entra na questão de inexigibilidade de licitação. Quando constou que é um trabalho técnico e singular, colocou o trabalho nas hipóteses da inexigibilidade de licitação. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 4 AULA ADVOCACIA “PRO BONO” (Código de Ética) Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio. §1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. §2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado. §3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela. ADVOCACIA “PRO BONO”, conhecida também como Advocacia “para o bem”, é uma advocacia que deve ser desenvolvida de forma voluntária, de forma eventual e gratuita. Tem a finalidade unicamente altruísta, ajudar outra pessoa. 6. Características da advocacia pro bono: (VEG) - Voluntária - Eventual - Gratuita 7. Art. 30, §3º - Situações em que a advocacia pro bono não podem ser exercidas. - Para fins político-partidários ou eleitorais - Beneficiar instituições - Como instrumento de publicidade para captação de clientela https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 5 AULA INSCRIÇÃO NA ORDEM DOA ADVOGADOS DO BRASIL (OAB) (EOAB) Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV - aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII - prestar compromisso perante o conselho. §1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB. §2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo. §3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. §4ºNão atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial. 8. Art. 8º: I – Capacidade civil = esta é a capacidade civil mencionada no Código Civil. 18 anos = capacidade civil plena. II – No caso da apresentação da Certidão de graduação em Direito, deve apresentar também cópia autenticada do Histórico Escolar. VI – Sempre partimos do pressuposto que a pessoa é idônea. É preciso provar que a pessoa é inidônea. VII – O ato de prestar compromisso é “ato personalíssimo”. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 6 §4º - Crime infamante é crime que acarrete má fama. Crimes hediondos entra no rol de crimes infamantes. Se a pessoa cumpre a pena e passa pelo processo de reabilitação, ele poderá obter novamente a OAB. ➔ Atenção aos artigos correlacionados! (RG-OAB) Art. 23. O requerente à inscrição no quadro de advogados, na falta de diploma regularmente registrado, apresenta certidão de graduação em direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar. (RG-OAB) Art. 20. O requerente à inscrição principal no quadro de advogados presta o seguinte compromisso perante o Conselho Seccional, a Diretoria ou o Conselho da Subseção: “Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.” §1º É indelegável, por sua natureza solene e personalíssima, o compromisso referido neste artigo. §2º A conduta incompatível com a advocacia, comprovadamente imputável ao requerente, impede a inscrição no quadro de advogados. 9. Art. 23 É comum entregar a Certidão acompanhado do Histórico Escolar, pois muitas faculdades demoram para emitirem o diploma. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 7 AULA REQUISITOS PARA A INSCRIÇÃO COM ESTAGIÁRIO (EOAB) Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário: I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º; II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. §1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. §2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico. §3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB. §4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem. 10. Art. 9 I – Só dois itens não são exigidos para o estagiário. a) Diploma b) Ser aprovado no Exame de Ordem Somente estes dois itens são suprimidos. O estagiário precisa sim prestar compromisso. §1º – Para o estagiário é obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. §2º – O estagiário deve ter sua inscrição no Conselho Seccional da localidade do seu curso. NÃO é do local onde o estagiário reside; NÃO é o local de estágio, local do escritório. ➔ Atenção aos artigos correlacionados! https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 8 (RG-OAB) Art. 29. Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público. §1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado: I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. §2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado. 11. O que o estagiário pode fazer? Tudo, desde que ele esteja acompanhado por um advogado ou defensor público. 12. SOZINHO? Retirar ou devolver autos (carga) Obter certidões Assinar petições de juntada https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 9 AULA ESPÉCIES DE INSCRIÇÃO ➔ Na OAB, nós temos as seguintes inscrições: a) Principal; b) Suplementar; c) Por Transferência. (EOAB) Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral. §1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. §2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano. §3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente. §4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal. ➔ Art. 10, §2º A partir da 6ª precisa da inscrição suplementar. A maioria da doutrina entende que o limite de 5 intervenções é anual. Na Inscrição Suplementar também paga anuidade. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 10 AULA CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO (EOAB) Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: I – assim o requerer; II – sofrer penalidade de exclusão; III – falecer; IV – passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; V – perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. §1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. §2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º. §3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação. ➔ Art. 11 I – Não precisa ser fundamentado – Imotivado. O número do registro/inscrição é deletado. Neste caso, se a pessoa decidir voltar, ela não precisa realizar novamente a prova da OAB. Ela recebe um novo número de inscrição. II – Exclusão – pena máxima dentro da OAB. ➔ Licenciamento ≠ Cancelamento https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 11 AULA LICENCIAMENTO DO ADVOGADO (EOAB) Art. 12. Licencia-se o profissional que: I – assim o requerer, por motivo justificado; II – passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; III – sofrer doença mental considerada curável. No licenciamento, o requerimento deve ser motivado. Se a atividade de caráter temporário virar permanente, cabe ao advogado pedir o cancelamento. III – Na hipótese de doença incurável, deve-se pedir o cancelamento. No momento do retorno do Licenciamento, o número da inscrição na OAB continuao mesmo (ele é reestabelecido). ➔ Licenciamento ≠ Cancelamento https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 12 AULA MANDATO - Mandato é uma espécie de contrato, no qual o mandante outorga poderes ao mandatário. - Cliente (mandante) irá outorgar poderes ao advogado (mandatário). - As regras que disciplina este contrato são as disposições do Código Civil. - O instrumento que faz prova do mandato é a Procuração. (EOAB) Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. §1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. §2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. ➔ Atenção aos artigos correlacionados no Código de Processo Civil! (CPC) Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. § 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. § 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. Atenção aos artigos correlacionados no Código de Ética! (Código de Ética) Art. 10. As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando as https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 13 dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie. (Código de Ética) Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê- lo quanto à estratégia traçada. (Código de Ética) Art. 12. A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários. Parágrafo único. A parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a ser devolvidos. (Código de Ética) Art. 13. Concluída a causa ou arquivado o processo, presume- se cumprido e extinto o mandato. ➔ Art. 13 - Forma de extinção do Mandato. Forma de extinção tácita. ➔ Formas de extinção => Ela pode ser Tácita, como descrita no Art. 13, mas também pode ser Expressa. ➢ Expressas: ✓ Renúncia => ato praticado pelo advogado ✓ Revogação => ato praticado pelo cliente ✓ Substabelecimento SEM reservas de poderes. (Código de Ética) Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. (Código de Ética) Art. 15. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo as causas sob seu patrocínio, sendo recomendável que, em face de dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 14 MANDATO – RENÚNCIA (EOAB) Art. 5º § 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. - A Renúncia é um ato praticado somente pelo advogado. O advogado aqui tem um duplo dever. Ele tem o dever de comunicar (notificar) o cliente, e também o dever de comunicar o juízo (através da petição) que ele está atuando. A notificação ao cliente deve ser feita, em regra, por meio do AR (Aviso de Recebimento). A partir que o advogado notificar o cliente, começa a contar o prazo de 10 dias que ele obrigatoriamente ainda deve permanecer no processo. - A Renúncia é um ato unilateral. O cliente não precisa concordar com o advogado. - A Renúncia não precisa de justificação. Só precisa notificar o mandante e o juiz. Atenção aos artigos correlacionados no Código de Processo Civil! (CPC) Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor. § 1º Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo. § 2º Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia. Atenção aos artigos correlacionados no Código de Ética! (Código de Ética) Art. 16. A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção do motivo que a determinou, fazendo cessar a responsabilidade profissional pelo acompanhamento da causa, uma vez decorrido o prazo previsto em lei (EAOAB, art. 5º, § 3º). §1º A renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por danos eventualmente causados ao cliente ou a terceiros. §2º O advogado não será responsabilizado por omissão do cliente quanto a documento ou informação que lhe devesse fornecer para a prática oportuna de ato processual do seu interesse. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 15 MANDATO – REVOGAÇÃO Renúncia é um ato do cliente. Atenção aos artigos correlacionados no Código de Processo Civil! (CPC) Art. 111. A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado constituirá, no mesmo ato, outro que assuma o patrocínio da causa. Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) dias, observar-se-á o disposto no art. 76. Atenção aos artigos correlacionados no Código de Ética! (Código de Ética) Art. 17. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado. MANDATO – SUBSTABELECIMENTO COM / SEM RESERVA DE PODERES Substabelecer é transferir poderes à outro advogado. Quando há uma transferência total dos poderes, há a transferência sem reserva de poderes. Acontece quando o advogado passa toda a causa para outro advogado, quando ele sai da causa. Quando há uma transferência parcial dos poderes, há uma transferência parcial dos poderes que lhe foram outorgados. (Código de Ética) Art. 26. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da causa. §1º O substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente. §2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários com o substabelecente. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 16 AULA SOCIEDADE DE ADVOGADOS (EOAB) Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. §1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiversede. § 2º Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber. § 3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. § 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. § 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. § 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos. § 7º A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. ➔ Espécies ➢ Sociedade simples => Sociedade formada por 2 sócios ou mais. ➢ Sociedade Unipessoal => É formada apenas por 1 único sócio (É mais ou menos a ideia estudada na EIRELI do Direito Empresarial). -> Se na Sociedade Simples existirem 2 sócios, e um deles vier a falecer, é perfeitamente possível transferir a espécie de sociedade para a Sociedade Unipessoal. ➔ Aquisição da Personalidade Jurídica https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 17 ➢ (EOAB) Art. 15 - §1º => A Sociedade de Advogados NÃO é registrada no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, NEM na Junta Comercial. A Sociedade de Advogados deve ser realizado no Conselho Seccional. ➔ Procuração ➢ Deve ser outorgada individualmente ao advogado sócio e indicar a sociedade de que façam parte. ➔ Constituição de Filial - (EOAB) Art. 15 - §5º ➢ Todos os sócios devem requerer a Inscrição Suplementar (Caso abrir Filial em outro Estado). Este caso gera pagamento de anuidade na Inscrição Suplementar também. ➢ A Sociedade também possui Número de Inscrição, acarretando também no pagamento da Anuidade, inclusive a Anuidade da Sociedade Filial. (EOAB) Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. §1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. §2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição. §3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. §4º A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 18 ➢ Sociedade de Advogados só podem ser formadas por Advogados regularmente inscritos na OAB. ➢ A Sociedade não pode ter característica Empresária. ➢ O Nome da Sociedade não pode ter uma Denominação Fantasia. ➔ Razão Social - (EOAB) Art. 16 - §1º ➢ É formado pelo nome dos advogados que integram a Sociedade. NÃO pode usar a denominação fantasia. (EOAB) Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. ➔ Responsabilidade Civil ➢ Responsabilidade Subsidiária ➢ Responsabilidade Ilimitada ➢ Primeiro é atacado o patrimônio da Sociedade de Advogados, e de forma secundária é atacado o patrimônio dos advogados que integram o patrimônio dessa Sociedade. Atenção aos artigos correlacionados no Regulamento Geral da OAB! NÃO FOI EXPLICADO EM VIDEO AULA! (RG-OAB) Art. 37 Os advogados podem constituir sociedade simples, unipessoal ou pluripessoal, de prestação de serviços de advocacia, a qual deve ser regularmente registrada no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. § 1º As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos. §2º As sociedades unipessoais e as pluripessoais de advocacia são reguladas em Provimento do Conselho Federal. (RG-OAB) Art. 38. O nome completo ou abreviado de, no mínimo, um advogado responsável pela sociedade consta obrigatoriamente da razão social, podendo https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 19 permanecer o nome de sócio falecido se, no ato constitutivo ou na alteração contratual em vigor, essa possibilidade tiver sido prevista. (RG-OAB) Art. 39. A sociedade de advogados pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para participação nos resultados. Parágrafo único. Os contratos referidos neste artigo são averbados no registro da sociedade de advogados. (RG-OAB) Art. 40. Os advogados sócios e os associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão, no exercício dos atos privativos da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. (RG-OAB) Art. 41. As sociedades de advogados podem adotar qualquer forma de administração social, permitida a existência de sócios gerentes, com indicação dos poderes atribuídos. (RG-OAB) Art. 42. Podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso da razão social, os atos indispensáveis às suas finalidades, que não sejam privativos de advogado. (RG-OAB) Art. 43. O registro da sociedade de advogados observa os requisitos e procedimentos previstos em Provimento do Conselho Federal. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 20 AULA ADVOGADO EMPREGADO (EOAB) Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. *O valor do salário mínimo não cai na prova. Conceito ➢ Pessoalidade; ➢ Habitualidade; ➢ Onerosidade; ➢ Subordinação (Na Ética Profissional a subordinação não vai ser o grau de subordinação que encontramos no Direito do Trabalho). Para o Advogado a Subordinação é Mitigada, Atenuada. O Advogado possui isenção técnica, conforme o Artigo 18 do Estatuto da OAB, possui também dependência profissional inerente à atividade do Advogado. Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. §1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividadesexternas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. §2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 21 §3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento. Jornada de trabalho - Art. 20 caput ➢ 4 horas diárias / 20 horas semanais; ➢ Em caso de dedicação exclusiva => 8 horas diárias / 40 horas semanais. Hora Extra - Art. 20, §2º ➢ Valor do adicional (R$) é de 100% (diferente da CLT, que lá é mencionado 50% para os demais trabalhadores). Adicional Noturna - Art. 20, §3º ➢ Período – Das 20 horas às 5 horas; ➢ Adicional de 25%. Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo. ➔ O advogado empregado tem também direito aos honorários de sucumbência. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 22 AULA PRERROGATIVAS DOS ADVOGADOS (EOAB) Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho. ➔ O termo prerrogativas diz respeito aos direitos que são ao advogado para que ele possa exercer a advocacia com plenitude. São prerrogativas que visam viabilizar o exercício da profissão de advogado. É preciso tomar cuidado, pois o termo prerrogativa não pode ser confundido com o termo privilegio (privilégio é tratar de forma diferenciada as pessoas, privilegiar certas pessoas em detrimento de outras). ➔ Prerrogativas nada mais é do que Direitos conferidos aos advogados para viabilizar o exercício da profissão. (EOAB) Art. 7º São direitos do advogado: ➔ I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008) III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; §3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 23 V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8) VI - ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais; VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; (Vide ADIN 1.127- 8) (Vide ADIN 1.105-7) X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 24 XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos; (Redação dada pela Lei nº 13.793, de 2019) XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016) §10º. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV. §11º. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. §12º. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente. §13º. O disposto nos incisos XIII e XIV do caput deste artigo aplica-se integralmente a processos e a procedimentos eletrônicos, ressalvado o disposto nos §§10 e 11 deste artigo. XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, emcartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela; XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 25 XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) a) apresentar razões e quesitos; b) (VETADO). ➔ Art 7º II - Inviolabilidade Relativa É possível ter uma busca e apreensão no escritório do advogado. É preciso preencher alguns requisitos, como: a) indícios de autoria; b) indícios da materialidade; c) decisão motivada (fundamentada) proferida por um juiz competente; d) mandado de busca e apreensão pormenorizado (com muitos pormenores, cheio de detalhes, minúcias; detalhado, minucioso); e) presença de um representante da OAB; OBS: é vedada a utilização de documentos, mídias ou objetos pertencentes aos clientes do advogado, bem como demais instrumentos de trabalho. Vedado a utilização de objetos estranhos ao objeto da investigação. ➔ Art 7º - III O termo “ainda que considerados incomunicáveis” não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. ➔ Art 7º IV Toda vez que tiver uma prisão ilegal, deve haver o pedido de “Relaxamento da Prisão”. ➢ Os crimes inafiançáveis: Racismo, Ação de Grupos Armados, Tráfico de Drogas, Terrorismo, Tortura, Crimes Hediondos. ➢ Crimes Hediondos: ✓ Homicídio ✓ lesão corporal https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 26 ✓ roubo ✓ circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima ✓ circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito ✓ extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte ✓ extorsão mediante sequestro e na forma qualificada ✓ estrupo ✓ estrupo de vulnerável ✓ epidemia com resultado morte ✓ falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais ✓ favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável ✓ furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato que cause perigo comum ❖ Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados; ✓ o crime de genocídio previsto nos arts. 1º. 2º e 3º da Lei nº 2.889/1956 ✓ o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826/2003 ✓ o crime de comércio ilegal de armas de fogo. Previsto no art. 17 da Lei nº 10.826/2003 ✓ o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826/2003 ✓ o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado. ➔ Art 7º, V Atualmente a OAB não pode mais opinar sobre o que seria a Sala de Estado Maior. Na ADIN 1.127-8, o Supremo Tribunal Federal reconheceu que a OAB não pode intervir para conceituar, definir o que seria uma Sala de Estado Maior. O termo “assim reconhecidas pela OAB” não deve ser levado em consideração. Uma sala de Estado Maior, segundo o próprio STF, aparece nas Forças Armadas, nos Batalhões da Polícia Militar, no Corpo de Bombeiros. Cela Especial ≠ Sala de Estado Maior Sala de Estado Maior é diferente de Cela Especial. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 27 A Sala de Estado Maior tem algumas particularidades, como por exemplo, não ter grades, é um pouco mais ampla, etc. A Sala de Estado Maior para o Advogado vale APENAS, ANTES da sentença transitada em julgado (durante o processo). ➔ Art 7º, VIII ➢ O Juiz não é médico, não precisa marcar um horário para falar com ele. ➢ É prerrogativa do advogado falar direto com o magistrado, observando a ordem de chegada. Não precisa marcar horário, chegando no gabinete, ele tem direito a conversar diretamente com a pessoa do Juiz. ➔ Art 7º, IX ➢ Foi declarado Inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Seria inviável na prática. ➢ ADIN 1.127-8; ADIN 1.105-7. ➢ É possível sim fazer sustentação oral, mas só vai poder fazer sustentação oral quando tiver previsão legal, somente quando a lei garantir, ou regimento interno de determinado Tribunal. ➔ Art 7º, XIII ➢ Foi alterado pela Lei nº 13.793/2019 ➢ O advogado pode examinar processos sem procuração ➢ Exceção sigilo ou segredo de justiça nestes casos precisa sim de procuração ➔ Art 7º, XIV ➢ Não precisa de procuração; mas se tiver em sigilo segundo o §10º, o advogado deverá apresentar procuração. ➢ §11º Súmula Vinculante nº 14 “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.” Por exemplo temos interceptação telefônica em andamento (ou expedido um mandado de busca e apreensão), o advogado não pode ter acesso à essa informação. É sigiloso enquanto houver a escuta. Neste caso a autoridade pode limitar o acesso do advogado. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 28 Pode limitar o acesso, desde que a diligência não esteja documentada. A partir do momento que encerrou a diligência (a intercepção telefônica por exemplo, ou encerrado o mandado de busca e apreensão), aí o advogado pode ter acesso. ➔ Art 7º, XVII ➢ O Desagravo aparece no Regulamento Geral da OAB. ➢ Desagravo Moção de Repúdio, quando houver um abalo a dignidade da advocacia. ➢ O Desagravo não precisa necessariamente do consentimento do advogado que foi ofendido. É a própria OAB que define se faz ou não essa Moção de Repúdio, porque o abalo vai além da pessoa do advogado ofendido. Neste caso ofendeu-se toda uma Instituição, sendo por este motivo, a deliberação por parte da Instituição decidir se faz o Desagravo ou não. ➔ Art 7º, XX ➢ Direito de Retirada ➢ O Legislado exige 3 itens: ✓ Comunicar por escrito o juízo (petição protocolizada – dever de comunicação); ✓ Atraso de mais de 30 (trinta) minutos; ✓ Ausência do Juiz. ➢ CUIDADO: atraso de audiência em decorrência de outra audiência anterior, não legitima o advogado exerça o Direito de Retirada. ➔ Art 7º, XXI ➢ Aqui não tem o contraditório, apenas o acompanhamento pelo advogado; ➢ Não é obrigatório. ➢ O advogado pode participar apresentando razões ou quesitos, como por exemplo, perguntas ao investigado ou eventual testemunha. Atenção aos artigos correlacionados no Regulamento Geral da OAB! (RG-OAB) Art. 18. O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa. §1º O pedido será submetido à Diretoria do Conselho competente, que poderá, nos casos de urgência e notoriedade, conceder imediatamente o desagravo, ad referendum do órgão competentedo Conselho, conforme definido em regimento interno. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 29 §2º Nos demais casos, a Diretoria remeterá o pedido de desagravo ao órgão competente para instrução e decisão, podendo o relator, convencendo-se da existência de prova ou indício de ofensa relacionada ao exercício da profissão ou de cargo da OAB, solicitar informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de 15 (quinze) dias, sem que isso configure condição para a concessão do desagravo. §3º O relator pode propor o arquivamento do pedido se a ofensa for pessoal, se não estiver relacionada com o exercício profissional ou com as prerrogativas gerais do advogado ou se configurar crítica de caráter doutrinário, político ou religioso. §4º Recebidas ou não as informações e convencendo-se da procedência da ofensa, o relator emite parecer que é submetido ao órgão competente do Conselho, conforme definido em regimento interno. §5º Os desagravos deverão ser decididos no prazo máximo de 60 (sessenta) dias. §6º Em caso de acolhimento do parecer, é designada a sessão de desagravo, amplamente divulgada, devendo ocorrer, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, preferencialmente, no local onde a ofensa foi sofrida ou onde se encontre a autoridade ofensora. §7º Na sessão de desagravo o Presidente lê a nota a ser publicada na imprensa, encaminhada ao ofensor e às autoridades, e registrada nos assentamentos do inscrito e no Registro Nacional de Violações de Prerrogativas. §8º Ocorrendo a ofensa no território da Subseção a que se vincule o inscrito, a sessão de desagravo pode ser promovida pela diretoria ou conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional. §9º O desagravo público, como instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério do Conselho. (RG-OAB) Art. 19. Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e ainda quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional. Parágrafo único. O Conselho Federal, observado o procedimento previsto no art. 18 deste Regulamento, indica seus representantes para a sessão pública de desagravo, na sede do Conselho Seccional, salvo no caso de ofensa a Conselheiro Federal. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 30 AULA PRERROGATIVAS DAS ADVOGADAS A Mulher Advogada tem um capítulo específico no art. 7º-A do Estatuto da Advocacia – incluído pela Lei nº 13.363/2016 – desbravando uma reflexão para o texto quanto às gestantes, lactantes, adotantes e as mães que dão a luz e devem contar com a percepção de todos em favor de uma sociedade melhor. Aplica-se este itens às advogadas que se encontram nestas condições especiais. (EOAB) Art. 7º-A. São direitos da advogada: I - gestante: a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê; III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição; IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. §1º Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação. §2º Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho). §3º O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6º do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). ➔ Art. 7º-A, §2º O prazo é de 120 dias ➔ Art. 7º-A, §3º O prazo é de 30 dias https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 31 AULA ABUSO DE AUTORIDADE (EOAB) Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º desta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) SOMENTE há violação quando tem a violação das prerrogativas dos incisos II, III, IV e V. O art. 3º, “J”, da antiga Lei nº 4.898/65 previa que constitui abuso de autoridade qualquer atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: (revogado) j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. (revogado) Na verdade o que houve foi uma restrição às condutas consideradas criminosas quando se trata de violação às prerrogativas dos advogados, pois a redação do art. 3º, “j”, considerava criminosa qualquer violação aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. Com o advento da Nova Lei de Abuso de Autoridade somente a violação aos direitos dos advogados previstos nos incisos II, III, IV e V do art. 7º da Lei n. 8.906/94 é considerada crime. Art. 7º São direitos do advogado: II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767 de 2008) III – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 32 pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127- 8) ➔ Art. 7º, II O direito de inviolabilidade é relativa. ➔ Art. 7º, III O trecho “ainda que considerados incomunicáveis” ainda não foi recepcionado pelo texto Constitucional. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 33 AULA IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES ➔ Impedimentos gera uma proibição parcial para o exercício da advocacia. ➔ Incompatibilidade gera uma proibição total para o exercício da advocacia. ➢ IncomPaTibilidade PT Proibição Total. (EOAB) Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia. (EOAB) Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1127- 8) III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da AdministraçãoPública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; VI - militares de qualquer natureza, na ativa; VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. §1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente. §2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 34 OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico. Art. 28, caput Se a Incompatibilidade for provisória, transitória, cabe à pessoa pedir o licenciamento. Se for permanente, cabe à pessoa pedir o cancelamento da inscrição. Art. 28, I Chefe do Poder Executivo: Presidente da República, Governador do Estado, Prefeito. Os vices entram nesta lista de incompatibilidade. Membros da Mesa do Poder Legislativo é o Presidente da Câmara dos Deputados ou Presidente do Senado, Presidente da Assembleia Legislativa. O fato dele ser apenas Senador, Deputado não gera incompatibilidade (eles entram apenas no impedimento). Gera a incompatibilidade quando eles ocupam a Mesa do Poder Legislativo, e seus substitutos legais também são incompatíveis. Art. 28, II Poder Judiciário: Juiz, Desembargador, Ministro (STF, STJ). Ministério Público: Promotor de Justiça, Procurador de Justiça, Procurador da República, Procurador Regional da República. Juiz de Paz é a justiça competente para a celebração de casamento. Juízes Classistas foi extinto no ano de 1999. OBS: Nos Juizados Especiais, os Conciliadores e Juízes Leigos podem sim advogar. Via de regra, os Juízes Leigos são advogados, mas eles não podem advogar dentro do juizado, dentro da vara que ele atua (ele pode sim advogar com exceção no juizado que ele atua). ADIN 1127-8 Parte dos integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou TER (Tribunal Regional Eleitoral) são advogados. Alguns são membros da magistratura de carreira, outros são do Ministério Público, e tem um corpo endereçado aos advogados, e neste caso estes advogados podem sim exercer a profissão de advogados. Art. 28, III Secretarias de Estado, Ministros de Estado, Dirigentes de Autarquias. Exceção: Não haverá incompatibilidade as pessoas que fazem parte destas secretarias não tiver poder de decisão relevante. Art. 28, IV Analistas dos Tribunais, Técnico Judiciário, Assessores de Juízes, Assessores de Desembargadores. Nos serviços Notariais entra o tabelião, oficiais, serventuários. Art. 28, V Polícias não podem advogar. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 35 Art. 28, VI Integrante das Forças Armadas: Exército, Marinha ou Aeronáutica. Art. 28, VII Auditor da Receita (estadual ou federal). Art. 28, VIII Gerente de Banco. (EOAB) Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. Art. 29 Impedimentos Especiais. Estes cargos advogam exclusivamente à sua função, não podem exercer a advocacia fora do cargo. (EOAB) Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia: I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos. Art. 30, caput Pode sim advogar, mas com restrições. É uma restrição parcial. Art. 30, I Exemplo: Funcionário de Prefeitura, Agente Administrativo do INSS. Eles podem advogar, menos contra a Fazenda Pública que os remunere. O Agente do INSS não poderá advogar contra a União e o funcionário da prefeitura não poderá advogar contra a prefeitura. Art. 30, II Poder Legislativo: Entra aqui o Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, Vereador. Aqui gera o Impedimento (agora se ocupar a Mesa Legislativa, gera a incompatibilidade). Art. 30, Parágrafo Único Exceção: O professor pode advogar contra a Fazenda Pública que o remunera. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 36 AULA INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES (EOAB) Art. 35. As sanções disciplinares consistem em: I - censura; II - suspensão; III - exclusão; IV - multa. Se colocarmos em uma escala de gravidade, nós temos uma sansão mais branda, que seria a censura; uma intermediária que seria a suspensão; e a mais gravosa, que é a exclusão. Na exclusão, o advogado é excluído da OAB, não podendo mais advogar. Na suspensão, o advogado é proibido de advogar durante um certo período de tempo. A multa é uma sansão acessória, pois ela nunca poderá vir de forma isolada. Ela sempre irá ser de forma cumulativa, acompanhando uma outra sansão. Art. 36 tratamento da censura; Art. 37 tratamento da suspensão; Art. 38 trata da exclusão; Art. 39 trata da multa. Estratégia de estudo https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 37 CENSURA (EOAB) Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34; II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; III - violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante. ➔ A censura pode ser convertida em advertência, quando estiver uma atenuante (como ser primário nas infrações). Neste caso, não há registro no assentamento do advogado. (EOAB) Art. 34. Constitui infração disciplinar: I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei; III - valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber; IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado; VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior; VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione; https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 38 XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia; XII - recusar-sea prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública; XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes; XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime; XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado; XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. SUSPENSÃO (EOAB) Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de: I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34; II - reincidência em infração disciplinar. §1º A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de individualização previstos neste capítulo. §2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária. XXIII => §3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas de habilitação. ➔ Em regra, temo um prazo de 30 dias à 12 meses. ➔ §2º Exceção ao prazo do §1º (prazo de 30 dias à 12 meses). https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 39 ➔ §3º Não precisa fazer novamente a prova da OAB, basta realizar a prova específica para sanar os possíveis erros causados pela ineficiência (basta realizar cursos específicos complementares, e realização da prova). (EOAB) Art. 34. Constitui infração disciplinar: XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la; XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta; XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte; XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele; XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança; XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo; XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; XXV - manter conduta incompatível com a advocacia; Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível: a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; b) incontinência pública e escandalosa; c) embriaguez ou toxicomania habituais. Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura. O processo disciplinar é sigiloso, do começo ao fim. E só vai ganhar publicidade, se tiver a exclusão ou suspensão, afim de informar a sociedade e aos poderes que o advogado não pode mais trabalhar. ➔ Art. 34, XXIII um exemplo é o pagamento da Anuidade da OAB. Enquanto o advogado não pagar a anuidade atrasada, ele continuaria suspenso, mesmo se ultrapassar os 12 meses https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 40 mencionado no Art. 37, §2º. O STF julgou este inciso como Inconstitucional, proibindo a OAB de tomar esta atitude. A OAB não pode suspender o advogado pelo inadimplemento. Observação importante! O STF, em abril de 2020, fez um importante julgamento sobre o Estatuto da OAB, e entendeu que é inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção política em matéria tributária. O RE 647.885 discutiu a constitucionalidade de dispositivos do Estatuto da Advocacia que tratam da suspensão do exercício da advocacia, sobretudo aquela decorrente do art. 34, XXIII (deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo). Na sessão virtual, o plenário deu provimento ao recurso extraordinário, com declaração de inconstitucionalidade dos arts. 34, XXIII, e 37, §2º, da lei 8.906/94. Várias questões da 1ª fase já trataram da questão da duração da suspensão além do prazo previsto na punição, quando o advogado se mantinha inadimplente quanto à anuidade. Agora a OAB não pode mais fazer essa afirmação. ➔ SUSPENSÃO tudo que envolver grana ( + Reincidência EXCLUSÃO (EOAB) Art. 38. A exclusão é aplicável nos casos de: I - aplicação, por três vezes, de suspensão; II - infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34. Parágrafo único. Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é necessária a manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho Seccional competente. (EOAB) Art. 34. Constitui infração disciplinar: XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; XXVIII - praticar crime infamante; Crime infamante crimes infamantes + T.T.T. (Tráfico de drogas; Tortura; Terrorismo). https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 41 MULTA A Multa tem característica acessória. Dessa forma ela não pode aparecer de forma isolada. (EOAB) Art. 39. A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura ou suspensão, em havendo circunstâncias agravantes. ➔ A Multa é aplicada somente se tiver circunstâncias agravantes. ➔ A Multa não é aplicada com a exclusão. DOSIMETRIA E PRESCRIÇÃO (EOAB) Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para fins de atenuação, as seguintes circunstâncias, entre outras: I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional; II - ausência de punição disciplinar anterior; III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB; IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública. Parágrafo único. Os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por ele revelada, as circunstâncias e as consequências da infração são considerados para o fim de decidir: a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção disciplinar; https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 42 b) sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis. (EOAB) Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento. Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal. (EOAB) Art. 42. Fica impedido de exercer o mandato o profissional a quem forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou exclusão. A Suspensão e a Exclusão são as únicas que ao final ganham a publicidade. (EOAB) Art. 43. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da data da constatação oficial do fato. §1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de seremapuradas as responsabilidades pela paralisação. ➔ §2º A prescrição interrompe-se: I - pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao representado; II - pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 43 AULA PROCESSO DISCIPLINAR (EOAB) Art. 68. Salvo disposição em contrário, aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras da legislação processual penal comum e, aos demais processos, as regras gerais do procedimento administrativo comum e da legislação processual civil, nessa ordem. Dentro da ética profissional da OAB, temos 2 tipos de processo, o Processo Disciplinar e o Demais Processos. Na aplicação do Processo Disciplinar, se não haver normas suficientes dentro do Estatuto da OAB, dentro do Código de Ética, é possível usar de forma subsidiária da Legislação Processual Penal Comum; já nos Demais Processos, utiliza-se o Procedimento Administrativo Comum e da Legislação Processual Civil. (EOAB) Art. 69. Todos os prazos necessários à manifestação de advogados, estagiários e terceiros, nos processos em geral da OAB, são de quinze dias, inclusive para interposição de recursos. §1º Nos casos de comunicação por ofício reservado, ou de notificação pessoal, o prazo se conta a partir do dia útil imediato ao da notificação do recebimento. §2º Nos casos de publicação na imprensa oficial do ato ou da decisão, o prazo inicia-se no primeiro dia útil seguinte. (Vide Lei nº 13.688, de 2018) (Vigência) (EOAB) Art. 70. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal. §1º Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar os processos disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio conselho. §2º A decisão condenatória irrecorrível deve ser imediatamente comunicada ao Conselho Seccional onde o representado tenha inscrição principal, para constar dos respectivos assentamentos. §3º O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição principal pode suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia, depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser notificado a comparecer, salvo se não atender à notificação. Neste caso, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo máximo de noventa dias. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 44 (EOAB) Art. 71. A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentes. FASES (EOAB) Art. 72. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação de qualquer autoridade ou pessoa interessada. §1º O Código de Ética e Disciplina estabelece os critérios de admissibilidade da representação e os procedimentos disciplinares. §2º O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente. 1º Momento => Instauração 2º Momento => Instrução 3º Momento => Julgamento Após o término e o julgamento, só ganha publicidade a decisão que determina a Suspensão ou a Exclusão (a Censura não ganha publicidade). (EOAB) Art. 73. Recebida a representação, o Presidente deve designar relator, a quem compete a instrução do processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser submetido ao Tribunal de Ética e Disciplina. §1º Ao representado deve ser assegurado amplo direito de defesa, podendo acompanhar o processo em todos os termos, pessoalmente ou por intermédio de procurador, oferecendo defesa prévia após ser notificado, razões finais após a instrução e defesa oral perante o Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião do julgamento. §2º Se, após a defesa prévia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da representação, este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento. §3º O prazo para defesa prévia pode ser prorrogado por motivo relevante, a juízo do relator. §4º Se o representado não for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseção deve designar-lhe defensor dativo; §5º É também permitida a revisão do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por condenação baseada em falsa prova. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 45 (EOAB) Art. 74. O Conselho Seccional pode adotar as medidas administrativas e judiciais pertinentes, objetivando a que o profissional suspenso ou excluído devolva os documentos de identificação. ➔ Resumo 1. Processo na OAB: Processo Disciplinar Forma Subsidiária Processo Penal Demais Processos Processo Adm. Processo Civil 2. Prazos: 15 dias. 3. Contagem: Dia Útil. 4. Competência: Conselho Seccional (regra); Conselho Federal (exceção). Conselho Seccional Do local da Infração Disciplinar. Conselho Federal Falta cometida perante o Conselho Federal. Foro Privilegiado 5. Suspensão Preventiva: Em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia. O prazo para terminar o processo é de 90 dias. 6. Sigilo: Regra. Só ganha publicidade depois da sentença de condenação a Suspensão e a Exclusão. Mas durante o processo, o sigilo é aplicado. 7. Prescrição: 05 anos para apurar a infração praticada. Prescrição intercorrente de 03 anos 8. Fases do Processo Disciplinar: Instauração Instrução Julgamento Instauração https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 46 1. De Ofício Se dá quando a própria OAB toma conhecimento dos Fatos por meio de uma fonte idônea, ou por meio da comunicação de uma autoridade. Conhecimento do fato por meio da fonte idônea ou por meio da comunicação de uma autoridade. Denúncia Anônima não é fonte idônea para instaurar um processo disciplinar. 2. Representação Requerimento da apuração da “Notícia Criminis” (apuração do fato). Instrução Primeiro ato que acontece é a designação de um Relator (a escolha é através de um sorteio). ➔Após ser sorteado, ele pode: ➢ Formular a proposta de Arquivamento liminar (vendo que não há elementos); ➢ Formular a proposta de Instauração do processo. ➔ Após a apresentação da proposta, o Presidente do Conselho Seccional ou do Tribunal de Ética e Disciplina despacha. O Presidente despacha acolhendo ou não a proposta do Relator. Quem tem competência para arquivar caso não tenha elementos para condenar, é o Presidente (não é o Relator). Quem faz a proposta é o Relator, mas quem ordena/despacha é o Presidente. ➔ Instaurado, ocorre a notificação dos interessados/representados para apresentar Defesa. O prazo para apresentar a defesa prévia é de 15 dias. Podem ser arroladas até 05 testemunhas. Ocorrendo a Revelia, é nomeado um defensor dativo para acompanhar o processo. https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 47 ➔Relator ➢ Despacho Saneador ➢ Colheita de provas => ouvir as testemunhas dos fatos ➢ Determinar eventuais diligências. ➢ O Relator ao final emite um Parecer Preliminar e encaminhamento para o TED (Tribunal de Ética e Disciplina). Neste Parecer, o Relator tipifica a conduta anti ética. ➢ Apresentação de Razões Finais. O prazo é de 15 dias para apresentar (Prazo comum). https://conhecerjuridico.wordpress.com/ 48 Julgamento O Relator que colheu as provas não irá presidir o Julgamento. O Julgamento será feito por outro Relator. 1. Presidente do TED designa outro Relator; 2. Colocado em pauta para próxima sessão de julgamento; 3. Notificação das partes (15 dias de antecedência);
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