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Prévia do material em texto

Título 
Teologia Bíblica Batista Reformada 
Fernando Angelim 
 
 
 
O texto deste eBook no capítulo 9 do livro supracitado 
 
 
 
Publicado em português pela editora 
O Estandarte de Cristo 
 
 
 
 
Revisão: Pedro Issa, Silvia Hudaba Issa, Talita do Vale 
Capa: William Teixeira 
 
 
 
1ª Edição: Junho de 2020 
 
 
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão 
Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica 
Trinitariana do Brasil. 
 
 
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a li-
cença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International 
Public License. 
 
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer 
formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o(s) tradutor(es), e que tam-
bém não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais. 
 
 
 
 O Dia do Senhor 
 
 
(O texto deste eBook é o cap. 9 do livro, Teologia Bíblia Batista Reformada). 
 
 
Consideraremos agora, especificamente, o Quarto Mandamento do Decálogo, 
ou seja, o dia de sabbath, o dia de descanso para adoração a Deus. Notaremos 
quais as implicações desse mandamento apresentadas nas Escrituras e como os 
batistas reformados, em consonância com seus irmãos presbiterianos e congre-
gacionais, eram unânimes sobre esse assunto, o que se prova pelas suas confissões 
de fé. Antes de prosseguirmos, no entanto, vejamos quais são os Dez Manda-
mentos, expressos em Êxodo 20: 
 
1 Não terás outros deuses diante de mim. 
2 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma seme-
lhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem 
nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; 
porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a ini-
quidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles 
que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam 
e aos que guardam os meus mandamentos. 
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4 
 
3 Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o 
Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. 
4 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias tra-
balharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do 
Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, 
nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, 
nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em 
seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, 
e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do 
sábado, e o santificou. 
5 Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus 
dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. 
6 Não matarás. 
7 Não adulterarás. 
8 Não furtarás. 
9 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. 
10 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher 
do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, 
nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo. 
 
Entendemos que Cristo não veio revogar a lei e que o cristão não está de-
baixo da lei como um pacto de obras, ele não se encontra mais debaixo da con-
denação ou maldição da lei. Portanto, Cristo não aboliu a lei moral, antes a 
cumpriu e a confirmou. Mas não somente isso, Ele também corrigiu a interpre-
tação errônea dos fariseus acerca dela, sua hipocrisia e seu legalismo, e mostrou 
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5 
 
o real significado da lei. O problema não são os mandamentos em si, mas a 
deturpação deles, como os legalistas fizeram ao acrescentar regras e colocar um 
peso maior do que era exigido do povo nas Escrituras. 
Outrossim, Cristo também explicou, no sermão do monte, que a raiz dos 
mandamentos é mais profunda do que se imaginava, Cristo expõe o verdadeiro 
significado da lei. Por exemplo, Ele demonstra que o “não matarás” não trata 
somente de não assassinar literalmente, mas que, desde o ódio no coração e o 
insulto com os lábios, o mandamento já está sendo quebrado e o transgressor se 
torna réu do juízo divino. Da mesma maneira, o mandamento “não adulterarás” 
não se limita à consumação do adultério, mas o mandamento já está sendo que-
brado desde a cobiça com os olhos e o desejo do coração, e assim por diante. 
Cristo expõe a correta interpretação da lei. 
Além disso, o cristão deve compreender que os mandamentos de Deus são 
para o seu próprio bem, e protegem aquilo que é mais valioso: a vida, o casa-
mento, a glória de Deus entre outras coisas. Por exemplo, o mandamento “não 
matarás” protege a vida. Se alguém mata uma pessoa, está destruindo outro ser 
humano criado à imagem e semelhança de Deus e trará consequências para 
ruins para sua própria vida. O mandamento “não adulterarás” protege o 
casamento, pois se alguém adultera, poderá destruir a própria família e não de-
monstrará corretamente o relacionamento de Cristo com a igreja, o qual o ma-
trimônio deve expressar. Além disso, se alguém trabalhar de domingo a do-
mingo, sem tirar um dia para descansar, para adorar e ter maior e mais profunda 
comunhão com Deus, trará, como consequência, malefícios para sua própria 
vida, tanto fisicamente quanto espiritualmente, e assim, é prejudicado em seu 
fim principal, viver para a glória de Deus. Obedecer aos mandamentos, no final 
das contas, produzirá benefícios para os próprios crentes e os privará de muito 
sofrimento. Consequentemente, a lei não exige nada além do que é bom para 
nós. Charles Spurgeon destacou esse ponto: 
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6 
 
Não existe nenhum Mandamento da Lei de Deus que não signifique um 
sinal de perigo, como aquele colocado sobre o gelo fino. Cada um, por assim 
dizer, afirma com segurança: “Perigo!”. Fazer o que Deus proíbe nunca resulta 
em bem para o homem! Deixar uma ordem de Deus incompleta nunca resulta 
na sua felicidade última e verdadeira. As orientações mais sábias para a saúde 
espiritual e para se evitar o mal são aquelas providas pela Lei de Deus sobre o 
certo e o errado!1 
 
1. FUNDAMENTOS SOBRE O DIA DO SENHOR 
Sendo assim, observemos o Quarto Mandamento, que diz respeito ao sa-
bbath. O termo traduzido por “sábado”, no decálogo, é “sabbath”, e significa o 
dia de descanso para adorar a Deus, ou seja, o homem deveria trabalhar seis dias 
na semana e santificar um dia, assim como o Senhor fez após a criação dos céus 
e da terra (Gênesis 2.2). 
Entretanto, o sabbath vai além do benefício religioso da observação do dia, 
ele possui um aspecto escatológico que aponta para Cristo e para o descanso 
eterno prometido aos crentes conquistado por Ele, como Geerhardus Vos ex-
plica: 
A Lei universal do Sabbath recebeu uma importância modificada sob o 
pacto da graça. A obra que levaao descanso não pode mais ser o trabalho do 
próprio homem. Ela se torna a obra de Cristo. Isso o Antigo e o Novo Testa-
mentos têm em comum. Mas eles diferem quanto à perspectiva na qual cada 
um vê o emergir do trabalho e do descanso. Visto que o antigo pacto ainda 
estava olhando para a frente para a realização da obra messiânica, naturalmente 
os dias de trabalho vêm primeiro, o dia de descanso fica no final da semana. 
Nós, sob o novo pacto, olhamos para trás, para a obra realizada de Cristo. Nós, 
 
1 SPURGEON, C.H. A Perpetuidade da Lei de Deus. 
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portanto, celebramos primeiro o descanso em princípio obtido por Cristo, ape-
sar de que o Sabbath também ainda permanece como um sinal que aponta para 
o descanso escatológico final.2 
Vos enfatiza que os cristãos já celebram o descanso obtido por Cristo em-
bora o sabbath ainda possua um aspecto que aponta para o descanso escatoló-
gico final, sobre o qual, o autor aos Hebreus atentou: “Portanto, resta ainda um 
repouso para o povo de Deus” (Hebreus 4:9). Observemos o texto da Confissão 
de Fé Batista de Londres de 1689 sobre o Quarto Mandamento: 
Pelo desígnio de Deus, há uma lei da natureza que, em geral, uma propor-
ção do tempo seja destinada ao culto a Deus; dessa forma, em Sua Palavra, por 
um preceito positivo, moral e perpétuo, válido a todos os homens em todas as 
eras, Deus particularmente nomeou um dia em sete para um descanso, para ser-
Lhe santificado, que desde o início do mundo até a ressurreição de Cristo, foi o 
último dia da semana; e a partir da ressurreição de Cristo foi mudado para o 
primeiro dia da semana, o que é chamado de dia do Senhor, e deve continuar 
até o fim do mundo como o sabbath cristão; sendo abolida a observação do 
último dia da semana (22.7). 
A Segunda Confissão Londrina apresenta o dia de descanso para adorar a 
Deus (sabbath) não apenas como uma instituição judaica, mas como algo insti-
tuído por Deus na criação (Gênesis 2:1-3). Trata-se de um dom de Deus para a 
humanidade (Marcos 2:27). Portanto, destaca que devemos separar uma parte 
do nosso tempo para adorá-lo. 
O dia de descanso para adorar a Deus se encontra na ética da criação, na 
lei moral, que é perpétua e transcende as culturas, por isso é válido para todos 
os homens em todas as eras. A Confissão explica que Deus nomeou um dia em 
sete para ser um dia de descanso, para ser santificado a Ele, e que, desde o início 
 
2 VOS, Teologia Bíblica: Antigo e Novo Testamentos, p. 176. 
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do mundo até a ressurreição de Cristo, esse foi o último dia da semana, mas, a 
partir da ressurreição de Cristo, o dia foi mudado para o primeiro dia da semana. 
Assim, os cristãos entenderam que, a partir do estabelecimento da Nova Aliança, 
o mandamento moral continua, embora trazendo uma mudança no dia. C.H. 
Spurgeon afirmou, sobre isso: 
Congregamo-nos no primeiro dia da semana em lugar do sétimo dia, por-
que a redenção é até mesmo uma obra maior que a criação, e mais digna 
de comemoração, e porque o descanso que seguiu à criação é superado pelo 
repouso que segue à consumação da redenção. Reunimo-nos no primeiro 
dia da semana, como os apóstolos, esperando que Jesus esteja em nosso 
meio, e diga: ― Paz seja convosco! (Lucas 24:36). Nosso Senhor arrebatou 
o dia de descanso de suas velhas e enferrujadas dobradiças em que fora 
anteriormente colocado pela lei, desde os tempos antigos, e o colocou sobre 
as novas dobradiças de ouro que seu amor tinha arquitetado. Ele colocou 
nosso dia de descanso, não ao fim de uma semana de trabalho, mas sim no 
começo do repouso que resta para o povo de Deus. Em cada primeiro dia 
da semana devemos meditar sobre a ressurreição de nosso Senhor, e deve-
mos buscar entrar em comunhão com Ele em Sua vida ressurreta.3 
Spurgeon relata que a partir da ressurreição de Cristo houve uma mudança 
do dia de descanso para adorar a Deus, do sétimo dia para o primeiro dia da 
semana, o dia em que Jesus Cristo, o Senhor do sábado, ressuscitou dentre os 
mortos (Marcos 2:23-28). Geerhardus Vos complementa: 
 
3 SPURGEON, C.H. Seguindo ao Cristo Ressurreto. Escola Charles Spurgeon. Dis-
ponível em: <http://www.escolacharlesspurgeon.com.br/files/pdf/ Se-
guindo_Ao_Cristo_Ressurreto-Sermao_de_Spurgeon.pdf>. Acesso em: 05 de nov. de 
2019. 
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Nós não percebemos, suficientemente, o senso profundo que a igreja pri-
mitiva teve da importância extraordinária da aparição e, especialmente, da 
ressurreição do Messias. A última era para eles nada menos do que o trazer 
de outra, a segunda, criação. E eles sentiram que isso deveria ter expressão 
na colocação do Sabbath com referência aos outros dias da semana. Os 
crentes se viam em certa medida como participantes do cumprimento do 
Sabbath. Se a criação de um requeria uma sequência, então a criação do 
outro requeria outra sucessão.4 
Vos, explica que a obra redentora de Cristo que fora tipificada no Antigo 
Testamento e realizada no Novo, especialmente Sua ressurreição, foi compre-
endida pela igreja primitiva de maneira marcante, como uma nova criação, um 
evento histórico a celebrar, a saber, a entrada de Cristo e seu povo em um estado 
de descanso sem fim. Essa compreensão os levou a celebrar o sabbath no pri-
meiro dia da semana, o dia da ressurreição do Messias. François Turretini afirma 
que “o dia do Senhor (kyriakē hēmera), no uso cristão, aplica-se ao primeiro dia 
da semana, designado para o culto público de Deus em memória da ressurreição 
de Cristo”5. Chad Van Dixhoorn explica que os puritanos entendiam que havia, 
no Quarto Mandamento, um aspecto cerimonial que, como uma lei positiva, 
estaria sujeita à mudança, e um aspecto moral que permaneceria até o fim do 
mundo: 
Os puritanos distinguiam o que era cerimonial daquilo que era moral no 
Quarto Mandamento. O dia a ser guardado era considerado aspecto “ce-
rimonial” e, assim, sujeito à mudança. O ritmo de descanso (um dia em 
sete) era uma ordenança moral, que deveria ser cumprida por todos até o 
 
4 VOS, G. Teologia Bíblica: Antigo e Novo Testamentos, p. 176-177. 
5 TURRETINI, Compêndio de Teologia Apologética. Vol. 2, p. 124. 
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fim do mundo. Em outras palavras, o mandamento não contém a obser-
vância do sétimo dia (em ordem), mas de um sétimo dia (em frequência).6 
Além disso, Dixhoorn também comenta que: 
[...] os cristãos há muito perceberam que não foi por acaso que Aquele que 
“habitou entre nós” (João 1:14), Aquele que era as primícias de uma 
grande colheita (1 Coríntios 15:23), Aquele que chamou a Si mesmo de o 
pão da vida (João 6:35), Aquele que irá retornar ao mundo ao som de 
trombeta do céu, Aquele que foi o cumprimento de toda celebração e todos 
os sábados do Antigo Testamento, foi ressuscitado dentre os mortos no 
primeiro dia da semana. Esse é o motivo pelo qual os cristãos começaram 
a cultuar especialmente no primeiro dia da semana.7 
Passaremos, então, a observar alguns fatos importantes para compreender-
mos como o primeiro dia da semana passou a ser observado como “o dia do 
Senhor”. O Senhor Jesus Cristo afirmou que era Senhor sobre o sábado/sabbath 
(Marcos 2:27-28), Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Mateus 28:1; 
Marcos 16:2; João 20:1), O Senhor ressurreto encontrou com Seus discípulos 
no primeiro dia da semana (João 20:19), Jesus reaparece no domingo seguinte 
(João 20:26), Pentecostes ocorreu no primeiro dia da semana (Levítico 23:15-
16; Atos 2:14), os primeiros cristãos cultuavam a Deus no primeiro dia da se-
mana (Atos 20:7), Paulo pede para que a coleta seja feita no “primeiro dia da 
semana” (1 Coríntios 16:2), o apóstolo João, no livro de Apocalipse, fala sobre 
o “dia do Senhor” (Apocalipse 1:10). Documentos históricos demonstram que 
essa foi a prática dos primeiros cristãos. Observemos mais de perto cada um 
desses pontos. 
 
 
6 DIXHOORN, Guia de Estudos da Confissão de Fé de Westminster, p. 301. 
7 Ibidem, p. 301. 
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1.1. O Senhor Jesus Cristo afirmou que era Senhor sobre o Sábado 
Em Marcos 2:27-28, o Senhor Jesus afirmou que o sábado foi estabelecido 
por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho 
do Homem é senhor também do sábado (Marcos 2:27-28). Augustus Nicode-
mus, em sua exposição dessa passagem, afirmou: 
Aqui você tem uma das justificativas que foram usadas pelos primeiros 
cristãos para não guardarem mais o sábado (sétimo dia). Já no primeiro século 
os cristãos passaram a considerar o primeiro dia da semana, o domingo, como 
sendo cumprimento do Quarto Mandamento. Por quê? Primeiro, porque Jesus 
disse que Ele é maior do que o sábado e que Ele está acima do sábado, e segundo 
porque Ele ressuscitou no primeiro dia. Ora, qual é o dia do Senhor? É o dia da 
Sua ressurreição. Logo, o domingo substitui o sábado na nova dispensação, por-
que Cristo é Senhor do sábado e o dia de Cristo é o dia da Sua ressurreição. Já 
no primeiro século, os cristãos observavam o dia de domingo como sendo a 
observância correta do sábado [sabbath]. Nós não entendemos que estamos que-
brando o Quarto Mandamento quando descansamos e observamos o domingo, 
entendemos que estamos dando o real cumprimento do sábado. O sábado apon-
tava para a ressurreição de Jesus. É no descanso do Senhor Jesus que nós encon-
tramos descanso eterno também.8 
Sendo assim, Nicodemus destaca que Cristo é maior que o sábado e que o 
sábado apontava para a ressurreição de Cristo. Portanto, após o cumprimento 
 
8 NICODEMUS, Augustus. O Senhor do Sábado, 2017. Vídeo (37 min). Publicado 
pelo canal: Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=HVho123arr0&fbclid=IwAR0JJJ xiCr-
dRW8vpJ4BKLtY2v2DFWxbUAO_n_SvgwjZGwLDbfdip7-piPC0>. Acesso em: 
06 de nov. de 2019. 
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desse evento na Nova Aliança, o dia da ressurreição de Cristo torna-se o dia de 
descanso e adoração do Seu povo. Nicodemus também destaca que, desde o 
primeiro século, os cristãos observaram o domingo como a correta observância 
do sabbath. 
 
1.2. Cristo Ressuscitou no Primeiro dia da Semana 
Os textos de Mateus 28:1, Marcos 16:2 e João 20:1 relatam que, no pri-
meiro dia da semana (domingo), Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, 
sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida. Marcos 16:9 registra que, 
havendo Ele ressuscitado de manhã cedo, no primeiro dia da semana, apareceu 
primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios. Portanto, não há 
dúvida de que a ressurreição de Cristo ocorreu no primeiro dia da semana. Wil-
liam Hendriksen comenta que “não há dúvida em relação a qual dia o Senhor 
Jesus ressuscitou — foi definitivamente o primeiro dia da semana”.9 E funda-
menta: 
Faz pouca diferença se alguém concebe o plural grego de sabbath como se 
referindo ao dia ou a uma semana inteira (o tempo de um repouso a outro). 
Se o primeiro for tencionado, então a ideia é que esse era o primeiro dia 
contando a partir do sábado; daí, o primeiro dia depois do sábado. Se o 
segundo for tencionado, o resultado continua sendo o mesmo; o dia indi-
cado é, então, não o último da semana, mas o primeiro. Em ambos os 
casos, a intenção é o domingo.10 
 
 
 
9 HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento – Mateus, p. 585. 
10 Ibidem. 
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1.3. O Senhor Ressurreto Encontra com Seus Discípulos no Primeiro 
Dia da Semana 
O texto de João 20:19 afirma que, ao cair da tarde daquele dia, o primeiro 
da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo 
dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! Hen-
driksen observa a ênfase que o apóstolo dá ao “primeiro dia da semana” desta-
cando claramente esse dia: 
Note a ênfase que é dada ao dia específico em que Jesus apareceu aos dis-
cípulos, com a exceção de Tomé. João podia ter escrito: “Ao cair da noite do 
primeiro dia”. Mas ele é muito mais específico. Está claro que ele quer enfatizar 
que esse não era outro dia senão o primeiro da semana. Então, ele começa di-
zendo: “Quando estava anoitecendo, naquele dia”. Isso já marca o dia como 
sendo o primeiro dia, à luz do contexto (20:1). Mas ele não está satisfeito com 
isso. Então, prossegue: “naquele dia, o primeiro da semana”. O Novo Testa-
mento, em toda parte, ressalta o dia da ressurreição de Cristo como sendo o 
principal entre os dias da semana (Veja Mateus 28:1; Marcos 16:2; Lucas 24:1; 
João 20:1, 19, 26; Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2; Apocalipse 1:10).11 
 
1.4. Jesus Reapareceno Domingo Seguinte 
Em João 20:26, lemos: “Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos 
os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, 
pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”. Hendriksen comenta: 
Para a expressão “oito dias mais tarde”, veja também sobre 12:1. Empre-
gando o método inclusivo de computação de tempo — o método segundo o 
qual, por exemplo, a terça-feira seria três dias após domingo — João afirma que 
 
11 HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento – João. 2ª ed. São 
Paulo: Editora Cultura Cristã, 2014. p. 788. 
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14 
 
passados oito dias, o acontecimento da noite do domingo anterior se repetiu. O 
tempo e o lugar eram, com toda a probabilidade, os mesmos. Teria o Senhor 
esperado até a noite de domingo a fim de encorajar seus discípulos a observarem 
esse dia — e não outro — como o dia de descanso e adoração? Isso parece ser 
provável.12 
John Bunyan estava convencido que a frase “após oito dias” (João 20:26) 
confirma que esse dia é o novo sabbath escolhido e estabelecido pelo Espírito 
Santo.13 
 
1.5. O Pentecostes Ocorreu no Primeiro Dia da Semana 
Solano Portela, em seu livro “A Lei de Deus Hoje”, também chama aten-
ção para o dia do Pentecostes, que foi quando o Espírito Santo desceu, explica 
que esse dia também era um domingo (Levítico 23:15-16 — o dia imediato ao 
sábado), e, nesse mesmo domingo, o primeiro sermão sobre a morte e ressurrei-
ção de Cristo foi pregado por Pedro (Atos 2:14), com 3.000 novos converti-
dos.14 
 
1.6. Os Primeiros Cristãos Cultuaram no Primeiro Dia da Semana 
O texto de Atos 20:7 afirma que “no primeiro dia da semana, estando nós 
reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia ime-
diato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite”. Simon Kistemaker 
comenta: 
 
12 Ibidem, p. 796. 
13 BUNYAN, John. The Works of John Bunyan, 2 ed. Edinburg: Banner of Truth, 
1991. p. 374. Apud MCNAUGHTON, Ian. Shabbath: O Dia do Senhor Disponível 
em: <http://www.monergismo.com/textos/dez_mandamentos/shabbath-dia-Se-
nhor_McNaughton.pdf> Acesso em 29 de fev. de 2020. 
14 PORTELA, Solano. A Lei de Deus hoje. Recife: Os Puritanos, 2004. p. 88. 
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15 
 
“No primeiro dia da semana” (ou seja, no domingo; essa é a primeira refe-
rência ao culto de domingo no Novo Testamento), os cristãos se reuniram 
para celebração da Santa Ceia, que foi seguida pela refeição comunitária, 
“festa do amor” ou “ágape”. Em Atos, a expressão partir o pão significa 
celebrar a comunhão (2:42; e veja 2:46). O culto começou com a pregação 
da Palavra e Lucas relata que Paulo pregou até à meia-noite.15 
Na mesma linha de raciocínio Wern de Boor afirma: 
Ele é realizado “no primeiro dia da semana”, ou seja, no domingo. Ao lado 
da observação de 1 Coríntios 16:2 encontramos aqui, pela primeira vez, 
um indício de que, nas igrejas gentias cristãs, o primeiro dia da semana era 
celebrado de modo especial, por ser o dia da ressurreição do Senhor Jesus.16 
François Turretini conclui: 
Por que nos é dito que os apóstolos se reuniam para a proclamação da 
Palavra e a administração da eucaristia, nesse dia mais que nos outros (ou 
no conhecido sábado dos judeus), a menos que naquele tempo o costume 
de manter reuniões restituídas já prevalecera, desvanecendo-se gradativa-
mente a cerimônia do sábado judaico? Tampouco se deve dizer que mian 
sabbaton aqui não designa o primeiro dia dos sete, mas apenas um (i.e., 
algum dos sete), porque a expressão não é usada em nenhum outro sentido 
(Lucas 24:1; Marcos 16:2). O que se deduz de Lucas 5:17 (cf. 8:22) não 
se aplica aqui, porque uma coisa é dizer en mia ton hēmerōn que denota 
 
15 KISTEMAKER, S.J. Comentário do Novo Testamento – Atos. 2ª ed. São Paulo: 
Editora Cultura Cristã, 2016. p. 285. 
16 BOOR, Werner de. Comentário Esperança. Atos dos Apóstolos. Curitiba: Editora 
Evangélica Esperança, 2002. p. 291. 
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16 
 
um tempo indeterminado); outra é dizer en te mia, com o artigo que de-
termina o dia.17 
 
1.7. Paulo Pede para que a Coleta Seja Feita no “Primeiro Dia da Se-
mana” 
Em 1 Coríntios 16:2, Paulo conclama: “No primeiro dia da semana, cada 
um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, 
para que se não façam coletas quando eu for”. François Turretini expõe o con-
texto do versículo demonstrando que os cristãos passaram a fazer no primeiro 
dia da semana suas assembleias públicas e contribuições, os quais, os judeus ti-
nham costume de fazer no sábado: 
O apóstolo deseja que as coletas sejam feitas pelos crentes em cada primeiro 
dia da semana (ou seja, no dia em que deviam ter suas assembleias públi-
cas), o que ele extrai do costume dos judeus que, segundo Filo (cf. The 
Special Laws I. 14.76–78 [Loeb, 7:145]) e Josefo (AJ 18.312 [Loeb, 9:180-
181]), em cada sábado em que costumavam reunir-se tinham o hábito de 
fazer coletas nas sinagogas, dos dízimos e de outras ofertas voluntárias, e 
em seguida os enviavam a Jerusalém para uso do templo e dos levitas. Em 
virtude da perseguição dos judeus, o advento de muitos estrangeiros e seu 
zelo contínuo em propagar o Evangelho, a igreja de Jerusalém se viu gran-
demente premida por carência, e o apóstolo deseja que os crentes promo-
vam coletas em benefício deles. Como, pois, ele ordena coletas em cada 
primeiro dia da semana, assim também se considera, por paridade de razão, 
ter ordenado assembleias nas quais se costumava fazer tais coletas (ou as 
haver aprovado por seu voto como já ordenado).18 
 
17 TURRETINI, Compêndio de Teologia Apologética. Vol. 2, p. 125. 
18 TURRETINI, Compêndio de Teologia Apologética. Vol. 2, p. 126. 
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17 
 
John Gill comenta essa mesma passagem, enfatizando a adequação da co-
leta ter sido fixada, pois esse era o dia em que os cristãos se reuniam para outros 
atos de adoração, como ouvir a palavra e observar as ordenanças de Cristo. Ele 
diz: 
A razão de sua fixação no primeiro dia da semana foi porque, nessedia, os 
discípulos de Cristo e as igrejas primitivas se reuniram para adoração di-
vina, para ouvir a palavra e observar as ordenanças de Cristo (João 20:19, 
26; Atos 20:7).19 
Kistemaker corrobora: 
“No primeiro dia da semana”. Este é o fraseado judaico costumeiro para o 
que nós hoje chamamos de domingo (Mateus 28:1 e paralelos; Atos 20:7; 
ver também Apocalipse 1:10). Na noite do primeiro dia da semana, os 
cristãos se reuniam para o partir do pão, isto é, a Ceia do Senhor (Atos 
20:7). Os cristãos primitivos comemoravam o primeiro dia da semana 
como o dia da ressurreição de Jesus. E tinham escolhido esse dia para culto 
e comunhão.20 
 
1.8. O Apocalipse Fala sobre o “Dia do Senhor” 
Em Apocalipse 1:10 o apóstolo João afirma: “Achei-me em espírito, no dia 
do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta”. Vários 
teólogos, de diferentes vertentes doutrinárias em outros aspectos, concordam 
 
19 GILL, John. Exposição da Bíblia. Disponível em: <https://www.biblestudyto-
ols.com/commentaries/gills-exposition-of-the-bible/1-corinthians-16-2.html>. 
Acesso em 30 de jan. de 2020. 
20 KISTEMAKER, S.J. Comentário do Novo Testamento – Atos, p. 729. 
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18 
 
que, neste texto, “dia do Senhor” diz respeito ao primeiro dia da semana, o dia 
em que Cristo ressuscitou. Por exemplo, Simon Kistemaker afirma que: 
João escreve que estava no Espírito no dia do Senhor. Essa é a única pas-
sagem no Novo Testamento em que esse dia é descrito dessa maneira, pois 
em outros lugares ele é chamado de primeiro dia da semana. É o dia da 
ressurreição do Senhor, e no fim do século I os cristãos haviam começado 
a se referir a ele não como primeiro dia da semana, mas como dia do Se-
nhor (compare com a expressão a ceia do Senhor, em 1 Coríntios 11:20). 
É o dia dedicado ao Senhor. A passagem não se refere à futura vinda do 
Senhor e ao dia do juízo, mas ao fato de Jesus ter aparecido a João no 
primeiro dia da semana — um dia consagrado a Cristo.21 
Este é o comentário que John Gill faz a respeito da expressão “dia do Se-
nhor”, que aparece no texto de Apocalipse 1.10: 
[A expressão “dia do Senhor”], aqui, não se refere ao sábado judaico, pois 
que estava agora abolido; além disso, ele nunca foi chamado o dia do Se-
nhor, e se João quisesse dizer isso, ele teria dito no dia do sábado… [mas] 
o primeiro dia da semana é que é designado… e é chamado [pelo nome do 
Senhor], assim como a ordenança da ceia é chamada de ceia do Senhor, 
sendo instituída pelo Senhor e pela mesa do Senhor (1 Coríntios 10:21, 
11:20); e isso porque foi o dia em que nosso Senhor ressuscitou dos mortos 
(Marcos 16:9) e no qual Ele apareceu em momentos diferentes para Seus 
discípulos (João 20:19, 26).22 
Turretini, também corrobora: 
[...] por certo não no sábado judaico, porque indubitavelmente o teria 
mencionado; não em algum outro dia dentre os sete, porque nesse caso o 
 
21 KISTEMAKER, S.J. Comentário do Novo Testamento – Apocalipse, p. 128. 
22 GILL, John. Exposição da Bíblia. 
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19 
 
título seria ambíguo, prestando-se mais para confundir do que para escla-
recer; mas naquele dia em que Cristo havia ressuscitado, no qual os após-
tolos costumavam reunir-se para a realização do culto sacro e em que Paulo 
tinha ordenado se fizessem coletas, como era costume na igreja primitiva. 
Uma vez que ele fala daquele dia como conhecido e observado na igreja, 
não há dúvida de que ele foi distinguido por esse nome com base no uso 
aceito na igreja. De outro modo, quem entre os cristãos teria entendido o 
que João tinha em mente com esta designação, se porventura pretendesse 
designar algum outro dia?23 
John MacArthur compreende da mesma maneira: 
Essa expressão aparece em muitos escritos cristãos primitivos e se refere ao 
domingo, o dia da ressurreição do Senhor. Alguns têm sugerido que essa 
expressão se refere ao “Dia do SENHOR”, mas o contexto não apoia essa 
interpretação, e a forma gramatical da expressão “dia do Senhor” é adjetiva, 
portanto “o dia do Senhor”.24 
George Eldon Ladd interpreta da mesma forma: 
É muito mais provável que tenhamos aqui a maneira com que os cristãos 
começaram a distinguir o dia do Senhor como dia separado para o culto e 
a devoção. De outras referências, sabemos que o primeiro dia da semana 
era muito importante para os cristãos. Eles se reuniam para partir o pão no 
primeiro dia da semana (Atos 20:7) e preparavam dádivas de amor no pri-
meiro dia (1 Coríntios 16:2). Essas são as primeiras evidências de que esse 
dia era tido como especialmente consagrado ao Senhor, porque era o dia 
da Sua ressurreição. A preferência pela observância do domingo em lugar 
 
23 TURRETINI, Compêndio de Teologia Apologética. Vol. 2, p. 126. 
24 BÍBLIA, Bíblia de Estudo Macarthur, Almeida Revista e Atualizada. Barueri: SBB, 
2010. p. 1780. 
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20 
 
do sábado judeu foi o resultado de um processo histórico gradual, e aqui 
nós temos o início desse processo.25 
Richard Barcellos comenta: 
Em ambos os seus usos no Novo Testamento, κυριακός (kyriakos [“Se-
nhor”]) refere-se a algo pertencente ao Senhor Jesus. Aqui em Apocalipse 1:10, 
portanto, João está se referindo a um dia que pertence ao Senhor como ressus-
citado e ascendido. O dia do Senhor é um dia que pertence particularmente a 
Cristo como o Senhor ressuscitado que agora está no céu (isto é, o Filho do 
Homem, que também é o Senhor do sábado). Esse uso da frase e seu significado 
pretendido não parecem novos para João, como foi observado em Paulo e na 
frase “Ceia do Senhor”, no capítulo 12. Em outras palavras, João não cunhou a 
frase enquanto escrevia. Se não fosse esse o caso, seus leitores talvez não soubes-
sem o que ele queria dizer. Em vez disso, parece ser usado porque era conhecido 
e estava em uso antes de ser escrito por João.26 
Sendo assim, notamos que, embora assuntos relacionados ao Quarto Man-
damento e ao dia do Senhor sejam temas que têm envolvido debates e polêmi-
cas, em certos pontos, as evidências bíblicas são tão patentes que não passam 
despercebidas nem mesmo por teólogos de diferentes linhas, como vimos em 
relação ao entendimento de muitos estudiosos acerca do significado do “dia do 
Senhor”, mencionado em Apocalipse 1:10. 
Outro fator é que dentre aqueles que compreendem o sabbath da maneira 
que é exposta nas confissões reformadas, ou seja, que o Quarto Mandamento 
 
25 LADD, George. Apocalipse. Série Cultura Bíblica. São Paulo: Vida Nova, 2006. p. 
26. 
26 BARCELLOS, Richard C.The Translation of the Phrase “the Lord’s Day”. RBAP, 
2016. Disponível em: <https://www.rbap.net/the-translation-of-the-phrase-the-
lords-day/>. Acesso em: 05 de nov. de 2019. (Tradução própria.) 
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21 
 
passou a ser observado, na Nova Aliança, no primeiro dia da semana, o do-
mingo, existem alguns eruditos que compreendem que essa mudança ocorreu 
por instituição direta do próprio Senhor Jesus Cristo, ao passo que outros che-
gam à conclusão de que o dia do Senhor foi uma instituição apostólica. Por 
exemplo, Jonathan Edwards chegou à seguinte conclusão: 
É evidente que Cristo, de propósito, honrou peculiarmente o primeiro dia 
da semana, o dia em que ressuscitou dos mortos, ao aparecer nele, de tem-
pos em tempos, aos apóstolos. E escolheu esse dia para derramar o Espírito 
Santo sobre eles, como lemos no segundo capítulo de Atos. Pois isso ocor-
reu no Pentecostes, que se dava no primeiro dia da semana, como vemos 
em Levítico 23:15-16. E honrou esse dia ao derramar Seu Espírito sobre o 
apóstolo João, ao lhe conceder visões, como lemos em Apocalipse 1:10: 
“Achei-me em espírito, no dia do Senhor” etc. Ora, sem dúvidas, com isso, 
Cristo queria distintamente honrar esse dia.27 
Por outro lado, François Turretini vê o dia do Senhor como uma institui-
ção apostólica: 
Ainda que se possa dizer que o dia do Senhor é de instituição apostólica, 
não obstante a autoridade sobre a qual ele repousa é divina, porque [os 
apóstolos] foram influenciados pelo Espírito Santo não menos nas insti-
tuições sagradas do que no estabelecimento das doutrinas do Evangelho, 
quer oralmente quer por escrito. Portanto, a ordenação divina é correta-
 
27 EDWARDS, Jonathan. A Mudança a Perpetuidade do Sabbath. O Estandarte de 
Cristo, 2015. Disponível em: <https://oestandartedecristo.com /https:/oestandartede-
cristo/loja/a-mudanca-a-perpetuidade-do-sabath-por-jonathan-edwards/>. Acesso 
em: 14 de nov. de 2019. 
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22 
 
mente reivindicada aqui; não deveras formal e imediatamente pela insti-
tuição de Cristo, mas mediatamente pela sanção e prática dos apóstolos 
inspirados (theopneustōn).28 
É possível que as duas visões não sejam mutuamente excludentes, mas 
complementares, uma vez que aquilo que foi instituído pelos apóstolos foi dire-
cionado pelo Senhor, como Turretini admite. De modo que uma ordenança 
apostólica possui autoridade divina, como Paulo afirma: “Se alguém cuida ser 
profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos 
do Senhor” (1 Coríntios 14:37). Como Gallasius, colega de Calvino e de Beza, 
afirmou: “Recebemos isto como estabelecido: que o dia do Senhor teria substi-
tuído o sábado, não pelos homens, mas direto dos apóstolos, isto é, do Espírito 
de Deus, que os dirigia”.29 
 
1.9. Documentos Históricos Demonstram que Essa Foi a Prática dos 
Primeiros Cristãos 
Por fim, alguns documentos históricos demonstram que essa foi a prática 
dos primeiros cristãos. Kistemaker explica que os primeiros cristãos, nos fins do 
século I, chamaram o primeiro dia da semana de “dia do Senhor” para come-
morar o dia em que Jesus se levantou do túmulo (Apocalipse 1:10; o documento 
do século I Didache 14.1). Kistemaker atenta para o fato de que, atualmente, o 
calendário grego enumera os dias da semana como: dia do Senhor, segundo, 
terceiro, quarto, quinto, dia da preparação e sába-do.30 O Didaquê, citado por 
Kistemaker é um documento histórico do primeiro século da era cristã, no qual 
 
28 TURRETINI, Compêndio de Teologia Apologética. Vol. 2., p. 128. 
29 GALLASIUS. In Exodum Commentaria [1560]. p. 195 sobre Êxodo 31). Apud 
TURRETINI, Compêndio de Teologia Apologética. Vol. 2., p. 127. 
30 KISTEMAKER, Comentário do Novo Testamento – Atos, p. 288. 
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23 
 
também notamos a referência ao domingo no capítulo 14.1: “Reunindo-se to-
dos os domingos do Senhor, quebre o pão e dê graças, confessando suas falhas 
de antemão, para que seu sacrifício seja puro”. 
Em seu comentário ao Didaquê, Niederwimmer explica que “o dia do Se-
nhor” já era um termo familiar, com o qual os cristãos já estavam habituados: 
cf. Inácio Magn. 9.1: μηκέτι σαββατίζοντες, ἀλλὰ κατὰ κυριακὴν 
ζῶντες (“Não celebre mais o sábado, mas viva o dia do Senhor”) Κυριακή 
aqui, como nessa passagem do Didaquê, já é um termo familiar para o dia 
da semana que é consagrado pela ressurreição do Senhor. A comunidade 
está acostumada a se reunir naquele dia.31 
Solano Portela também esclarece que: 
Os escritos da igreja primitiva, desde a Epístola de Barnabé (ano 100 d.C.) 
até as obras do historiador Eusébio (ano 324 d.C.), confirmam que a igreja 
cristã, inicialmente formada por judeus e gentios, guardavam conjunta-
mente o sábado e o domingo. Essa prática foi gradativamente mudando 
para a guarda específica do domingo, na medida em que se entendia que o 
domingo era propriamente o dia de descanso, em substituição ao sábado. 
De forma semelhante, a circuncisão e o batismo foram conjuntamente ob-
servados, a princípio, existindo, depois, a preservação somente do batismo 
na igreja cristã. Portanto, o domingo não foi estabelecido pelo imperador 
Constantino no século IV, como afirmam os adventistas. Constantino ape-
nas formalizou aquilo que já era a prática da igreja.32 
O Dicionário da Bíblia de Almeida segue a mesma linha sobre o “dia do 
Senhor”: 
 
31 NIEDERWIMMER, K; ATTRIDGE, H.W. (ed.). The Didache. A Commentary. 
Minneapolis: Fortress Press, 1998. p. 195. 
32 PORTELA, A Lei de Deus Hoje, p. 88. 
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Primeiro dia da semana, em que se comemora a ressurreição de Jesus (João 
20:1-25). Após a ascensão de Jesus, os cristãos se reuniam tanto no sétimo 
dia da semana (sábado) como no primeiro (domingo), mas aos poucos o 
domingo se tornou o dia de guarda (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2; Apoca-
lipse 1:10).33 
Com o mesmo entendimento, Vos assevera: “Indubitavelmente, cristãos 
judeus começaram por observar ambos os dias, e somente, gradualmente, a per-
cepção instintiva da sacralidade dodia da ressurreição do Senhor começou a se 
fazer sentir.”34 
Turretini também apresenta o testemunho dos primeiros pais da igreja so-
bre o assunto, demonstrando que o dia do Senhor: 
[...] é favorecido pela autoridade dos pais que estavam mais próximos da 
época e dos tempos dos apóstolos. Entre os quais está Inácio (Pseudo-Ig-
natius, “Ad Magnesianos”, 9.4 em Patres Apostolici [org. F.X. Funk, 
1913], 2:125; “Ad Trallianos”, 9.5, ibid., 2:104–107); Justino Mártir, 
(First Apology 67 [ANF 1:185,186]); Dionísio de Corinto, Segundo Eu-
sébio (Ecclesiastical History 4.23 [FC 19:259]); Melito, segundo o mesmo 
(Eusébio, ibid., 4.26, p. 262); Irineu (Against Heresies 5.23 [ANF 
1:551,552]); Tertuliano (Chaplet [FC 40:237]); Orígenes (cf. In Exodum 
Homilia 7.5–6 [PG 12.345–347]) e não poucos outros.35 
A guarda do dia do Senhor tornou-se, de fato, uma das marcas do discipu-
lado cristão no tempo dos mártires, como Stuart Olyott destaca: 
 
33 KASCHEL, W.; ZIMMER, R. In: Dicionário da Bíblia de Almeida. 2 ed. Barueri: 
Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 
34 VOS, Teologia Bíblica: Antigo e Novo Testamentos, p. 177. 
35 TURRETINI, Compêndio de Teologia Apologética. Vol. 2., p. 127. 
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Durante toda a história da igreja, o domingo tem sido observado como o 
“sabbath” dos cristãos. A evidência documental é unânime e retrocede a 
74 d.C. Durante as piores perseguições, perguntava-se aos suspeitos de se-
rem cristãos: “Dominicum Servasti?” (Você guarda o dia do Senhor?). Os 
verdadeiros crentes respondiam: “Eu sou um cristão, não posso deixar de 
fazer isso!”.36 
 
2. COMO OBSERVAR O DIA DO SENHOR? 
Devemos observar o exemplo do Senhor Jesus Cristo sobre o dia do sa-
bbath. O Senhor reprovou o legalismo dos fariseus, demonstrando que é lícito 
fazer o bem no sabbath (Mateus 12:12). Cristo explicou que o sabbath foi feito 
para o homem e não o homem para o sabbath, ou seja, nossa observância não 
deve ser legalista, mas um regozijo, um deleite. Stuart Olyott explica: 
O dia de descanso tem sua origem na Criação. Por um tempo, usou as 
vestes do Antigo Testamento. No entanto, agora está com uma roupagem 
do Novo Testamento. Isso significa que não podemos impor ao dia de 
descanso as regras mosaicas que já passaram, tais como as que encontramos 
em Êxodo 35:2-3 ou Números 15:32-36. Não devemos ter em mente uma 
lista de faça e não faça, tal como se lê em Mateus 12:1-2. À legislação de 
Moisés, os fariseus acrescentaram todo tipo de regras próprias. Para os fa-
riseus, esfregar o grão na mão era o mesmo que debulhá-lo. Eles também 
tinham regras a respeito de quanto peso se devia carregar e quão distante 
 
36 OLYOTT, Stuart. O Uso Correto do Dia do Senhor. Ministério Fiel, 2006. Dis-
ponível em: <https://ministeriofiel.com.br/artigos/o-uso-correto-do-dia-do-senhor/>. 
Acesso em: 05 de nov. de 2019. 
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se podia caminhar no dia de descanso. Por trás de todas as regras dos fari-
seus, havia uma mentalidade que não tem qualquer lugar na vida de um 
crente do Novo Testamento. 
Na mesma linha, Charles Spurgeon complementa: 
A respeito de uma particularidade sobre a qual havia um pouco de cerimo-
nialismo envolvido — em outras palavras, guardar o sabbath — nosso Se-
nhor a ampliou e mostrou que o pensamento judeu não era verdadeiro. Os 
fariseus proibiam até mesmo as obras de necessidade e misericórdia, co-mo 
debulhar espigas de milho para matar a fome e curar os enfermos. Nosso 
Senhor Jesus mostrou que proibir essas atitudes não estava, de modo al-
gum, em conformidade com a mente de Deus. Ao distorcer a Palavra e 
levar uma observância externa ao extremo, perderam o sentido da lei sabá-
tica, a qual sugeria obras de misericórdia como o verdadeiro santificar do 
dia. Mostrou que o descanso sabático não era mera inatividade: “Meu Pai 
trabalha até agora, e eu trabalho também”.37 
Portanto, é importante notarmos que existem obras de necessidade que 
precisam ser realizadas nesse dia, existem certos ofícios que vão precisar ocorrer, 
necessariamente, e isso não é uma quebra ao mandamento — pelo contrário. 
Por exemplo, no Antigo Testamento, os sacerdotes “quebravam o sábado” e fi-
cavam sem culpa pois trabalhavam no serviço de adoração. É necessário bom 
senso para evitarmos o legalismo quanto à nossa observância do dia do Senhor 
e para não cairmos no mesmo erro dos fariseus, sendo meticulosos por demasia 
e criando regras minuciosas e impondo-as aos outros. Mais do que “não faça 
isso”, o importante é o que se deve fazer: dedicar-se a atividades de adoração, 
 
37 SPURGEON, C.H. A Perpetuidade da Lei de Deus. 
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necessidade e misericórdia. Por outro lado, também devemos evitar o antino-
mismo que despreza o mandamento. Turretini evita cair em um desses extremos 
quando atesta: 
Concernente à observância do dia do Senhor também não há pouca con-
trovérsia. Alguns (com excesso) se inclinam a extremo rigor e severidade e 
assim se aproximam do judaísmo. Outros, ao contrário (com insuficiên-
cia), usam relaxamento excessivo, ao que abre a porta para a profanidade e 
para a licença. Não obstante, o meio-termo nos parece mais seguro.38 
Sobre o tema, Albert Mohler afirma que: 
A melhor abordagem a ser adotada pelos crentes em relação ao Quarto 
Mandamento é conhecida como observância do dia do Senhor […]. Essa 
posição enfatiza que a questão central da igreja é reunir e adorar no dia do 
Senhor […] essa posição se concentra no conteúdo positivo da observância 
do dia do Senhor, em vez de atividades proibidas.39 
Cremos que a maneira correta de lidarmos com o assunto é observarmos 
as orientações e o exemplo do Senhor do sabbath, Jesus Cristo e dos apóstolos 
sobre o assunto. Para eles, o dia de descanso não é um descanso de total inativi-
dade, é um descanso em Deus, um descanso espiritual, um descansar no Senhor, 
e, portanto, servi-lo sendo ativos na adoração, na piedade e na misericórdia. 
Quando olhamos para o exemplo de como o Senhor guardava o sabbath, o ve-
 
38 TURRETINI, Compêndio de Teologia Apologética. Vol. 2., p. 129. 
39 ROACH, David; ROBINSON, Jeff. The Lord’s Day must be devoted to worship, 
Mohler says in Ten Commandments series. Disponível em: 
<https://news.sbts.edu/2006/10/05/the-lords-day-must-be-devoted-to-worship-
mohler-says-in-ten-commandments-series/>.Acesso em 07 de fev. de 2020. (Tradu-
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mos muito ativo, curando, ensinando Seus discípulos realizando atos de miseri-
córdia e adoração a Deus, ao passo que, quem ficava meticulosamente proibindo 
diversas coisas eram os fariseus e as leis rabínicas. 
Sendo assim, trata-se mais do que deve ser feito nesse dia do que criar uma 
lista de proibições. A adoração religiosa no dia do Senhor deve ser para o cristão 
um deleite, e não um peso, uma antessala do descanso eterno que se dará na 
consumação de todas as coisas (Hebreus 4:9). A Confissão de Fé Batista de 1689 
nos mostra como aproveitar esse dia: 
O sabbath é, assim, santificado ao Senhor quando os homens, tendo devi-
damente preparado os seus corações e ordenado os seus assuntos comuns 
de antemão, não apenas observam um santo descanso durante todo o dia, 
a partir de suas próprias obras, palavras e pensamentos sobre suas ocupa-
ções e recreações mundanas, mas também dedicam todo o tempo em exer-
cícios públicos e privados de Seu culto e nos deveres de necessidade e mi-
sericórdia.40 
Os puritanos entendiam que, no dia do Senhor, deveríamos nos dedicar 
em atividades de: 
• Adoração: Devoção e culto a Deus, 
• Necessidade: Atividades que são indispensáveis de serem realizadas. 
• Misericórdia: Ações deliberadas de piedade para com o próximo e so-
corro aos necessitados. 
A.W. Pink resume as três classes de trabalho que se encaixam no “santo 
sabbath”: 
 
40 A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA DE 1689 & Um Catecismo Puritano Compi-
lado por C.H. Spurgeon, p. 86-87. 
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Trabalhos de necessidade, que são aqueles que não poderiam ter sido feitos 
no dia anterior e que não podem ser relegados para o dia seguinte — como 
cuidar do gado. Trabalhos de misericórdia, que são aqueles que a compai-
xão requer que desempenhemos para com outras criaturas — como minis-
trar aos doentes. Trabalhos de piedade, que são o culto a Deus em público 
e em privado.41 
Trata-se um dia inteiro de adoração a Deus de uma maneira singular, a 
qual não temos como realizar da mesma maneira nos outros dias em que estamos 
trabalhando. 42 
A Confissão nos conclama a preparar nossos corações para a adoração a 
Deus nesse dia, organizando outros assuntos e tomando cuidado para que as-
suntos comuns não venham a minar a utilidade espiritual desse dia. O dia do 
Senhor é um santo descanso que deve ser aproveitado para fazermos o bem, 
seguindo o exemplo do nosso Senhor, tanto nas atividades públicas quanto pri-
vadas de culto, deveres de necessidade e misericórdia. 
John Owen dá conselhos muito úteis para nos ajudar a prepararmos os 
nossos corações para aproveitarmos bem esse dia: 
Medite na majestade, santidade e grandeza de Deus. Lembre-se dEle como 
o Autor do nosso descanso sabático. Lembre-se de Sua obra que nos leva a 
celebrar as Suas ordenanças, especialmente a redenção por meio do nosso 
Senhor Jesus Cristo. Pondere a importância, razões e propósitos do dia do 
Senhor que está chegando. Reflita sobre seus santos privilégios, benefícios 
e deveres. Uma compreensão completa dessas coisas nos ajuda a valorizá-
las mais do que aqueles que simplesmente sabem que o domingo é um 
 
41 PINK, A.W. Os Dez Mandamentos. 
42 Embora o trabalho também deva ser realizado de maneira que glorifique a Deus (1 
Coríntios 10:31). 
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tempo sagrado. Uma meditação voluntária sobre Deus e Seu amor, como 
essa, nos liberta para adorarmos em nosso melhor e sem distração.43 
Sobre esportes e recreações, John Owen corretamente apela ao bom senso: 
Tenha cuidado com esportes e recreações: O bom senso sobre isso no do-
mingo é encontrado na legislação antiga dos imperadores e nações. Pode-
mos resumir os melhores sentimentos ao lembrá-lo de que o dia do Senhor 
deve ser cheio de alegria nEle para que Ele possa ser louvado e glorificado.44 
Van Dixhoorn conclui: 
“Se nos lembrarmos do dia do Senhor, adorando a Ele e buscando fazer o 
bem, se esse é o anseio de nossos corações, com a ajuda de Deus, não po-
demos estar muito errados. Mas, se ainda errarmos, podemos nos voltar 
para o Senhor do sábado, que ressuscitou na manhã de um domingo para 
que os pecadores achassem vida e olhassem em direção a um descanso 
eterno com Ele e com todo o Seu povo”.45 
 
3. OBJEÇÕES COMUNS AO DIA DO SENHOR 
Alguns teólogos objetam a observância ao dia do Senhor fazendo uso de 
textos como Colossenses 2:16-17 e Romanos 14:5-6, afirmando que não há 
mais dia algum a ser observado na Nova Aliança, portanto, não devem observar 
o “dia do Senhor”. Entretanto, precisamos considerar mais de perto esses textos 
 
43 OWEN, John. Como Observar o Dia do Senhor. O Estandarte de Cristo, 2016. 
Disponível em: <https://oestandartedecristo.com/https:/oestandartede-
cristo/loja/como-observar-o-dia-do-senhor-por-john-owen/>. Acesso em: 05 de nov. 
de 2019. 
44 Ibidem. 
45 DIXHOORN, Guia de Estudos da Confissão de Fé de Westminster, p. 304. 
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e ver do que tratam em seus devidos contextos. Em Colossenses 2.16-17, o após-
tolo afirma: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por 
causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das 
coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”. 
Paulo atesta que, assim como as demais cerimônias, os sábados judaicos 
também eram como uma sombra que apontavam para Cristo. O teólogo batista 
reformado James M. Renihan, citando o comentário de Lightfoot sobre esse 
capítulo, explica o significado de “dias de festa, ou de lua nova, ou dos sábados” 
nesse contexto:Sete vezes na Bíblia, esses mesmos três termos são usados juntos e, em to-
dos os casos, referem-se ao número total dos dias religiosos de obrigação 
para Israel. Os textos são 1 Crônicas 23:31 (27-31), Neemias 10:33, 2 
Crônicas 2:4 e 31:3, Isaías 1:13-14, Ezequiel 45:17 e Oséias 2:11. Em to-
dos esses casos, as palavras se referem à plenitude das observâncias relacio-
nadas ao tempo, comandadas a Israel. À luz de Levítico 23, sabemos que 
havia outros sábados além do sétimo dia — os dias associados às festas 
eram designados como sábados, independentemente de em qual dia da se-
mana eles caíam. É por isso que a palavra “sábados” [sabbaths], refere-se a 
todos os dias, ao sétimo dia e a todo o resto dos sábados, que deveriam ser 
observados por Israel.46 
Diante disso, James M. Renihan esclarece que ao ler Colossenses 2:16-17, 
e ver essas palavras juntas, lembra-se que o apóstolo Paulo foi completamente 
treinado por estudiosos de primeira linha na teologia do Antigo Testamento, e, 
portanto, estava familiarizado com todos os seus meandros e detalhes técnicos. 
 
46 RENIHAN, James M. Resolving Problems in Colossians 2:16-17. IBRS Theologi-
cal Seminary, Disponível em: https://irbsseminary.org/resolving-problems-colossians-
216-17-2/. Acesso em: 19 dez. 2020. (Tradução própria.) 
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Assim, quando esses termos exatos são encontrados nesse lugar, devemos enten-
der que Paulo os emprega exatamente da mesma maneira que são usados em 
qualquer outro lugar nas Escrituras inspiradas. Como esses termos aparecem 
juntos em todos esses lugares, todas as regras de exegese apoiam a visão de que 
eles também formam um conjunto aqui. Sendo assim, James M. Renihan con-
clui: 
E assim podemos dizer com Paulo, nos termos mais fortes: “Todo dia as-
sociado à Antiga Aliança se foi. Não devemos celebrar festivais, luas novas 
ou sábados — o sétimo dia, a páscoa, os tabernáculos etc. Eles se foram. A 
substância corporal é Cristo. Ele veio e entramos na plenitude de Sua 
vinda. Quando olhamos para Colossenses 2:16-17 à luz da analogia das 
Escrituras, e vemos que a linguagem técnica exata é usada em outro lugar 
para descrever um conjunto dos dias do Antigo Testamento, nosso pro-
blema está resolvido. O apóstolo não está falando sobre o fim absoluto de 
guardar qualquer dia; ao contrário, ele fala da revogação de todos os dias 
judaicos. Os gentios e até cristãos judeus não tinham absolutamente ne-
nhuma obrigação de observar esses dias da Antiga Aliança.47 
Joseph Pipa resume: “Em outras palavras, Paulo anula a observância do 
sétimo dia, mas não o princípio envolvido na lei do sábado”.48 Portanto, o que 
Paulo objeta aqui não é o descanso semanal de um dia por semana; o que ele 
procura resolver é o problema da imposição de rituais e cultos judaicos sobre 
outros crentes, especialmente os gentios. De maneira semelhante deve ser inter-
pretado o texto de Romanos 14:5-6, que afirma: 
 
47 Ibidem. 
48 PIPA, Joseph A. O Dia Mudado; A Obrigação Não Mudada (Colossenses 2:16,17). 
Monergismo, Disponível em: http://www.monergismo.com/tex-tos/dez_mandamen-
tos/dia_mudado.htm. Acesso em: 05 nov. 2019. 
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Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada 
um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso 
do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não 
faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que 
não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. 
John Murray elucida que nesse contexto Paulo refere-se aos regulamentos 
cerimoniais judaicos uma vez que ainda havia escrúpulo de alguns convertidos 
dentre os judeus em relação a certos costumes: 
Os dias de festas cerimoniais se enquadram na categoria a respeito da qual 
o apóstolo disse: “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos 
os dias”. Muitos judeus ainda não haviam compreendido todas as implica-
ções do Evangelho e ainda possuíam escrúpulos no tocante a essas orde-
nanças mosaicas. Sabemos que Paulo se mostrou completamente tolerante 
para com tais escrúpulos; e esses se adaptam aos termos exatos do texto em 
questão.49 
Sobre esses assuntos, Vos clarifica: 
Não se deve esquecer de que o Sabbath era, sob o Antigo Testamento, uma 
parte integral de um ciclo de festas que não mais estão em vigor. O tipo 
expresso nele era aprofundado pelo Ano Sabático e o Ano do Jubileu. No 
Sabbath, homem e animal descansam; no Ano Sabático, o próprio solo 
descansa; no Ano do Jubileu, a ideia de descanso é exibida na sua signifi-
cação positiva plena por meio da restauração de tudo que estava contur-
bado e perdido por meio do pecado. Fomos liberados de tudo isso por 
meio da obra de Cristo, mas não fomos liberados do Sabbath como insti-
tuído na criação. É sob essa luz que devemos interpretar certas declarações 
 
49 MURRAY, J. Romanos: Comentário Bíblico. São José dos Campos, SP: 1ª ed. Edi-
tora Fiel, 2016. p. 749-752. 
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do Novo Testamento tais como Romanos 14.5,6; Gálatas 4:10,11; Colos-
senses 2:16-17.50 
Examinando a citação de Vos, Richard Barcellos comenta a maneira pela 
qual devemos interpretar tais textos: 
Vos reconhece enfaticamente que fomos libertados de quaisquer elementos 
típicos ligados ao sábado no Antigo Testamento, “mas não do sábado 
como instituído na Criação. E é à luz disso, devemos interpretar certas 
declarações do Novo Testamento, como Romanos 14:5-6; Gálatas 4:10-
11; Colossenses 2:16-17”.51 
Sendo assim, concordamos com a conclusão de James M. Renihan: 
Podemos dizer, à luz da analogia das Escrituras, que temos um dia dife-
rente, um dia que expressa a plenitude de nossa redenção em Cristo. Te-
mos o primeiro dia da semana, um dia que traz à memória a Nova Criação 
em Cristo através de Sua ressurreição dentre os mortos. Vamos observá-lo 
para a glória de Deus.52 
 
CONCLUSÃO 
Estudamos sobre o Quarto Mandamento da lei e sua relação com o “dia 
do Senhor” mencionado em Apocalipse 1:10. Alguns pontos merecem ser des-
tacados: 
 
50 VOS, Teologia Bíblica: Antigo e Novo Testamentos, p. 177-178. 
51 BARCELLOS, Richard C. Response to Schreiner on the Sabbath: #3. Covenant 
Baptist Theological Seminary, Disponívelem: https://cbtseminary.org/response-to-
schreiner-on-the-sabbath-3/. Acesso em: 19 dez. 2020. (Tradução própria) 
52 RENIHAN, James M. Resolving Problems in Colossians 2:16-17. (Tradução pró-
pria) 
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1) Observamos a lei moral na Nova Aliança, não como uma tentativa de 
salvarmos a nós mesmos, mas por amor a Deus que nos amou primeiro. 
2) O dia de descanso para adorar a Deus (sabbath) foi algo instituído por 
Deus na criação (Gênesis 2:1-3), e o sabbath não foi feito apenas para o judeu, 
mas para o homem (Marcos 2:27). 
3) O Quarto Mandamento também possuía um aspecto cerimonial que 
foi cumprido. Entretanto, o aspecto moral da lei, que é guardar um dia em sete, 
permanece. 
4) A guarda do primeiro dia da semana (domingo) como dia do Senhor 
reside em dois assuntos principais: O Senhor é maior do que o sábado (Marcos 
2:28), e o Senhor ressuscitou nesse dia, como as Escrituras afirmam (Lucas 24:1-
6). 
5) Os apóstolos reuniram-se nesse dia. Em Apocalipse, o termo “dia do 
Senhor” é mencionado, os documentos dos primeiros cristãos mencionam esse 
dia, os mártires cristãos observaram esse dia e as grandes confissões de fé refor-
madas mencionam “o dia do Senhor” como o primeiro dia da semana (do-
mingo). 
6) O descanso do dia do Senhor não é total inatividade, mas é descansar 
em Deus enquanto você O serve adorando, ajudando ao próximo e fazendo o 
que Jesus fez. Temos no Senhor Jesus, e não nos fariseus, o modelo de como 
guardar o Quarto Mandamento. 
7) Assim como há uma prescrição de que se descanse um dia, há uma di-
retriz implícita de que se trabalhe seis. 
8) O dia do Senhor deve ser para o crente um deleite, um antegozo do 
descanso eterno, e não um peso. 
Cabe ressaltar que, nesse ponto, os batistas confessionais possuem uma 
concordância substancial com outros reformados, tais como presbiterianos e 
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congregacionais confessionais — grupos estes que surgiram a partir do movi-
mento reformado puritano inglês do século XVII. 
No próximo capítulo, estudaremos quais são os distintivos da teologia pac-
tual batista em relação aos pedobatistas e quais os pontos de unidade e diversi-
dade entre duas importantes confissões de fé, a saber, a Confissão Batista de 
Londres de 1689 e a de Westminster. 
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2 Coríntios 4 
 
1
 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; 
2
 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem 
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 
3
 Mas, se ainda o nosso evangelho 
está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 
4
 Nos quais o deus deste século 
cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho 
da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 
5
 Porque não nos pregamos a nós mesmos, 
mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 
6
 
Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nos-
sos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 
7
 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de 
Deus, e não de nós. 
8
 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não 
desanimados. 
9
 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 
10
 Tra-
zendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a 
vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; 
11
 E assim nós, que vivemos, esta-
mos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste 
também na nossa carne mortal. 
12
 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a 
vida. 
13
 E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós 
cremos também, por isso também falamos. 
14
 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor 
Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 
15
 Porque tudo isto 
é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação 
de graças para glória de Deus. 
16
 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem 
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 
17
 Porque a nossa leve e 
momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 
18
 Não 
atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem 
são temporais, e as que se não veem são eternas. 
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