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Modulo_de Planeamento 2018

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2019 
Planeamento na Administração 
Publica 
 
Manual do Curso de Administração Publica 
Relações Internacionais 
ENSINO ONLINE. ENSINO 
COM FUTURO 
 
1 
1 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e 
contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total 
deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos 
judiciais em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Coordenação do Programa de Licenciaturas 
Rua Dr Lacerda de Almeida No 211 Ponta - Gêa 
 
Beira - Moçambique 
Telefone: 23323501 
Cel: +258 823055839 
Fax:23 324215 
E-mail:direcção.geral...isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
2 
2 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
 
Autor Bernardo João Ferro 
Coordenação 
Design 
Financiamento e Logística 
Revisão Científica 
Revisão Linguística 
Ano de Publicação 
Local de Publicação 
 
Direcção Académica do ISCED 
Instituto Superior de Ciências e Educação a 
Distância (ISCED) 
Instituto Africano de Promoção da Educação a 
Distancia (IAPED) 
2018 
Beira 
ISCED – BEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
3 
 
Índice 
Visão geral 1 
 
Benvindo ao Módulo de Planeamento na Administração Pública ....................................1 
Objectivos do Módulo ......................................................................................................1 
Quem deveria estudar este módulo .................................................................................2 
Como está estruturado este módulo.................................................................................2 
Ícones de actividade .........................................................................................................4 
Habilidades de estudo ......................................................................................................4 
Precisa de apoio? ..............................................................................................................7 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .................................................................................8 
Avaliação ...........................................................................................................................9 
TEMA – I: PLANEAMENTO NA ADMINSTRACAO PÚBLICA………………………………………………… 18 
 
Introdução e Objectivos..................................................................................................18 
UNIDADE Temática 1.2. Conceito de Planificação .. ......................................................19 
UNIDADE Temática 1.3. Passos necessários para a Planificação ………………………………….20 
UNIDADE Temática 1.4. Importância da Planificação para a gestão Pública…………………21 
UNIDADE Temática 1.5. Tipos de Planificação.................................................................21 
UNIDADE Temática 2.0. Planeamento estratégico situacional e participação –Algumas 
considerações …………………………………………………………………………………………………………....22 
UNIDADE Temática 2.1. Planeamento estratégico enfatizado a metodologia de 
planeamento estratégico situacional…………………………………………………………………………..22 
UNIDADE Temática 2.2. Planeamento Orçamentário na Administração Pública………....25 
Exercícios ........................................................................................................................20 
Sumário Geral do Capítulo...............................................................................................21 
TEMA – II: O PLANEAMENTO ESTRATEGICO 30 
 
Introdução ......................................................................................................................30 
Objectivos .......................................................................................................................30 
UNIDADE Temática 2.1. O Planeamento no âmbito da Administração pública..............31 
UNIDADE Temática 2.2. O Aspecto Orcamentário do Planeamento...............................32 
UNIDADE Temática 2.3. O que é Planeamento Estratégico………………………………………….37 
UNIDADE Temática 2.4. Necessidade e a importância do Planeamento Estratégico….. 46 
UNIDADE Temática 2.5. O Planeamento Estratégico nas Organizações ……………..…….…47 
UNIDADE Temática 2.6. Características do Planeamento Estratégico………………………….50 
UNIDADE Temática 3.0. Desdobramento da Estratégia……………………………………………….51 
UNIDADE Temática 3.1. Balanced Scorecard…………………………………………………………..…..52 
 
4 
4 
 
UNIDADE Temática 3.2. Objectivos do Balanced Scorecard…………………………..…………...53 
UNIDADE Temática 3.2.1. Esclarecer e traduzir a visão estratégica…………………………..…53 
UNIDADE Temática 3.2.2. Planear, estabelecer metas e alinhar iniciativas da 
estratégia…………………………………………………………………………………………………………..53 
UNIDADE Temática 3.2.3. Melhorar o Feedback e o aprendizado estratégico…………….54 
UNIDADE Temática 3.2.4. Comunicar, Assessorar objectivos e medidas estratégicas…54 
UNIDADE Temática 4.0. Perspectivas do Balanced Scorecard……………………………………..54 
UNIDADE Temática 4.1. Implementação do Balanced Scorecared………………………………54 
Exercícios, Resolução, Sumário…………………………………………………………………………….……..55 
 
 
TEMA – III: INSTRUMENTOS DE PLANIFICAÇÃO PÚBLICA 60 
 
3.0. Introdução e objectivos..............................................................................................61 
UNIDADE Temática 3.1.Gestao Estratégica como pilar de desenvolvimento……………....62 
UNIDADE Temática 3.1.1. Analítica……………………………………………………………………………..62 
UNIDADE Temática 3.1.2. Estratégia Reactiva………………………………………………….……….…62 
UNIDADE Temática 3.2. Formação da Estratégia…………………………………………………….…..63 
UNIDADE Temática 3.3. Nível das Unidades Estratégicas de Negócio…………………….…...63 
UNIDADE Temática 3.4. Modelo de Porter………………………………………………………………… 63 
UNIDADE Temática 4.0. Instrumentos de Planificação Pública……………………………….…..65 
UNIDADE Temática 4.1. Programa Quinquenal do Governo…………………………………..……66 
UNIDADE Temática 4.2. Orçamento do Estado……………………………………………………………67 
UNIDADE Temática 4.3. Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta………………67 
UNIDADE Temática 4.4. Cenário Fiscal de Médio Prazo…………………………………………….…68 
UNIDADE Temática 5.0. Principais Pressupostos para elaboração do PES e OE ………..…69 
UNIDADE Temática 5.1. Análise SWOT…………………………………………………………………….….70 
UNIDADE Temática 5.2. Estratégias Genéricas……………………………………………………..……..72 
Exercícios, Resolução Sumário 
 
TEMA IV: O PROCESSO DE CONTROLO…………………………………………………………………………….. 58 
 
Introdução, objectivos………………………………………………………………………………………………..77 
Unidade temática 4.2. O Processo de Controlo……………………………………………….............78 
UNIDADE Temática 4.3. Controlo e o Planeamento…………………………………………………….79 
UNIDADE Temática 4.4. Controlo na Administração Pública……………………………………….80 
UNIDADE Temática 5.0. Avaliação de desempenho…………………………………..………………..83 
UNIDADE Temática 5.1. Acções Correctivas ……………………………………………………………….83 
UNIDADE Temática 5.2. Tipos de controlo…………………………………………………………………..85 
UNIDADE Temática 5.2.1. Controlo de imputs…………………………………………….………………85 
UNIDADE Temática 5.2.2. Controlo de Processo ……………………………………………….………..86 
UNIDADE Temática 5.2.3. Controlo de Ouputs…………………………………………….………………86 
 
5 
5 
 
UNIDADE Temática 5.2.4. Controlo estratégico………………………………………………….……….87UNIDADE Temática 5.2.5. Controlo Táctico…………………………………………………….…………..87 
UNIDADE Temática 5.2.6. Controlo Operacional………………………………………………..……….88 
UNIDADE Temática 5.2.7. Auto controlo…………………………………………………………..…………88 
UNIDADE Temática 5.2.8. Heterocontrolo………………………………………………………..…………89 
UNIDADE Temática 5.2.9. Controlo Lateral…………………………………………………….……………89 
UNIDADE Tematica 6.0. Pontos Estratégicos de Controlo……………………………………………89 
UNIDADE Temática 6.1. Reaccoes negativas ao Controlo…………………….………………………90 
UNIDADE Temática 6.2. Prevencao a reaccoes netivas ao controlo……………………………..92 
UNIDADE Temática 6.3. Accoes Disciplinares ……………………………………………………………..94 
Accoes Disciplinares. Execicios Resolucao , Sumário……………………………………………………95 
 
TEMA – V. Planificação Territorial 98 
 
Introdução ......................................................................................................................98 
UNIDADE Temática 5.1.Ordenamento Territorial………………………………………………………99 
UNIDADE Temática 5.2. Nível Nacional ………………………………………………………..…………..101 
UNIDADE Temática 5.3. Nível Provincial……………………………………………………………………101 
UNIDADE Temática 5.4. Nível Distrital…………………………………………………………….…………102 
UNIDADE Temática 6.0. Instrumentos de Ordenamento Territorial…………………………..102 
UNIDADE Temática 6.1. Planos de estrutura Urbana……………………………………………..….103 
UNIDADE Temática 6.2. Planos Gerais e Parciais de Urbanizacao………………………………103 
UNIDADE Temática 6.3. Planos de Pormenor…………………………………………………………….103 
UNIDADE Temática 7.0. Princípios Fundamentais da politica de Ordenamento 
Territorial………………………………………………………………………………………………………………..104 
UNIDADE Temática 7.1. Planeamento e Ordenamento do Território…………………….….107 
UNIDADE Temática 8.0. Planeamento e Gestão…………………………………………………….….108 
UNIDADE Temática 8.1. Planeamento Ambiental……………………….……………….…….……..108 
UNIDADE Temática 8.2. Desenvolvimento Social e Económico………………………………….109 
UNIDADE Temática 8.3. Estrutura de Governação e Princípios…………….……………..……109 
UNIDADE Temática 8.4. Princípios e Objectivos………………………………………..………………109 
UNIDADE Temática 8.5. Gestão de Recursos Hídricos…………………………………….. 
Exercícios, Resoluções, Sumario 
6 
6 
 
Visão geral 
Benvindo ao Módulo de Planeamento na Administração 
Pública 
 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo, o estudante deverá ser capaz 
 de aplicar os conhecimentos em matéria 
 de planeamento, Administração Pública e gestão nas intuições 
Públicas e Privadas. Nesta índole, deverá ser capaz de identificar 
claramente a relevância do planeamento e gestão na área de 
administração pública, sua aplicação e importância. 
O estudante deve ser capaz de elaborar um plano estratégico 
aplicado a administração pública . 
Devera ainda, ter capacidade para analisar de forma crítica e 
buscar soluções para os inúmeros problemas inerentes ao 
planeamento da administração Pública. 
Assim, o módulo visa capacita-lo em matérias de planeamento 
dentro da administração pública para garantir que o estudante 
exerça com zelo e eficiência a sua actividade como 
administrador público ou gestor. 
 
Resultados Esperados 
Espera-se que o estudante: 
 Fique preparado para a aplicação dos conhecimentos de 
Objectivos 
Específicos 
planificação e administração, ficando assim dotado de uma 
7 
7 
 
Formação consistente, com elevado grau de capacidade crítica, 
conseguindo realizar trabalhos de investigação científica, identificar e 
buscar soluções para os problemas ou dificuldades enfrentadas nesta 
temática. 
 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 3º ano do curso de 
licenciatura em Administração Pública do ISCED. Contudo, poderá 
surgir leitores que queiram actualizar e consolidar seus 
conhecimentos nesta disciplina, esses serão bem-vindos, não 
sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o 
manual. 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Planeamento na Administração Pública para 
estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Administração 
Pública, à semelhança dos restante do ISCED, está estruturado da 
seguinte forma: 
 
Páginas introdutórias 
▪ Um índice completo. 
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção 
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente 
de habilidades de estudos. 
8 
8 
 
 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas visualizadas por um 
sumário. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade 
temática ou do próprio tema, são incorporados antes exercícios de 
auto-avaliação, só depois é que aparecem os de avaliação. Os 
exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos, Problemas não resolvidos e actividades práticas 
algumas incluindo estudo de casos. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED pensando em si, num 
cantinho, mesmo o recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio 
de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro de 
recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso como: 
Livros e/ou módulos, CD, CDROOM, DVD. Para além deste material 
físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a 
Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as possibilidades 
dos seus estudos. 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios 
de auto-avaliação apresentam duas características: primeiro 
9 
9 
 
apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do 
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de 
avaliação é uma grande vantagem. 
 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste módulo, é ensinar a aprender. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. 
Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro 
10 
10 
 
estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, 
procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 5º 
Fazeros testes de auto-avaliação existentes no manual e na 
plataforma após o término da leitura de um capítulo. 
6º Realizar os testes de avaliação, pois para além de ser um método 
de avaliação utilizada pelo tutor, ajuda o estudante a perceber o 
seu nível de aprendizagem. 
 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando...estudar,o foi referido no 
início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à 
noite/de manhã/de tarde/fins de semana/ao longo da semana? 
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada 
hora, etc. 
 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada 
11 
11 
 
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando 
achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos 
de cada tema, no módulo. 
 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-
se descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante o 
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das 
actividades obrigatórias. 
 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume 
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por 
fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em 
insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
 
Não estude na última da hora; quando se trata de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, 
estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área 
em que está a se formar. 
12 
12 
 
 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto 
tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou 
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento 
e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, 
SMS, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando 
a preocupação. 
13 
13 
 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, 
estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff 
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida 
em que permite-lhe situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As avaliações devem ser 
realizadas e submetidas dentro do período estabelecido e segundo 
as normas definidas na plataforma. 
14 
14 
 
Para cada avaliação serão estabelecidos prazos de submissão, e o 
não cumprimento dos prazos, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos testes é decisiva 
para ser admitido ao exame final da disciplina/módulo para além de 
que contribui em 25% na média final do estudante. 
Os testes devem ser feitos na plataforma modle e submetidos depois 
de ter respondido todas as questões. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa para 
aprofundar o seu conhecimento. 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um 
autor, sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
 
Avaliação 
Muitos perguntam como: É possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja 
uma avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que equivale a 
25% na média e no final do módulo, que cobre 75%. Quando o 
tempo de contacto presencial conta com um máximo de 10%) do 
total de tempo do módulo. A avaliação do estudante consta 
detalhada do regulamentado de avaliação. 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
15 
15 
 
Os testes por si realizados, durante estudos e aprendizagem no 
campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência para ir aos 
exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 1 (um) teste e 
1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas e reflexões serão utilizados como 
ferramentas de avaliação formativa, como é o caso dos fóruns, chat 
e aulas via Webex. 
Durante a realização dos fóruns, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeitopelos direitos do autor, entre outros. Estas 
actividades contribuem para aquisição de habilidades e 
conhecimentos de técnicas científicas para o desenvolvimento de 
pesquisas. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
16 
16 
 
UNIDADE Temática I- O Planeamento Na Adminstração 
 
UNIDADE Temática I – I O PLANEMANTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
UNIDADE Temática I Introdução; 
UNIDADE Temática 1.1. Objectivos 
UNIDADE Temática 1.2. Conceito de Planificação; 
UNIDADE Temática 1.3. Passos necessários para Planificação; 
UNIDADE Temática 1.4. A Importância da Planificação para a gestão Pública; 
UNIDADE Temática 1.5. Tipos de Planificação; 
UNIDADE Temática 2.0. Planeamento Estratégico Situacional e participação-Algumas 
considerações; 
UNIDADE Temática 2.1. Planeamento Estratégico enfatizando a metodologia de Planeamento 
estratégico situacional 
UNIDADE Temática 2.2. Planeamento Orçamentário na Administração Pública. 
Exercícios, Resolução, Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
17 
 
 
 
1.1. Introdução 
Falar do planeamento na administração pública é quase que inevitável, 
olhando para as tarefas do administrador. A administração lida com 
recursos materiais, financeiros e humanos, para que sejam alocados da 
melhor forma. 
Assim sendo, não será possível fazer o uso racional dos recursos se não 
houver uma boa planificação. Ou seja, nenhuma actividade é bem 
sucedida se não fizermos uma previsão antecipada. 
Com estas palavras, pretende-se ilustrar o leitor a juntar-se a discussão 
de forma real, afinal, todos fazem a planificação ainda que não seja de 
forma consciente. Quando pretende-se ir ao mercado fazer compras, 
organizamos a rotina diária, até mesmo na alimentação do dia-a-dia. 
De facto, é uma actividade presente em todos os momentos. Contudo, 
neste módulo, pretende-se abordar a questão do planeamento 
aplicado a administração pública. 
Nesta índole, nesta unidade estudaremos o âmbito da disciplina, as 
fontes, os princípios e teorias do planeamento na administração 
pública. Serão discutidos os aspectos gerais e 
Ao completar esta unidade, você será capaz de: 
 
 
▪ Definir o conceito e objectivos 
 do Planeamento na Administração; 
 
Objectivos 
▪ Apresentar os princípios norteadores do planeamento; 
18 
18 
 
 
▪ Fazer análises dos aspectos fundamentais do Planeamento na 
Administração Pública; 
▪ Identificar as principais actividades da administração no 
planeamento. 
 
1.2. O CONCEITO DE PLANIFICAÇÃO 
Planificação é um processo contínuo que envolve decisões ou escolhas 
sobre caminhos alternativos para o uso racional dos recursos 
disponíveis, com o fim de alcançar um objectivo ou uma meta 
particular num determinado espaço de tempo. 
A planificação é tida como um processo dinâmico, visa modificar a 
realidade para uma situação diferente e substancialmente melhor que 
a anterior (pagina 3, Princípios de planificação e execução do 
orçamento do Estado. 
A planificação permite assim a existência de uma linha dura rumo, a 
introdução de objectivos futuros em todas as decisões do presente e 
em simultâneo a eliminação de pontos fracos e antecipação de 
ameaças exteriores, possibilitando o desenvolvimento da organização 
através da definição de estratégias para melhor aproveitamento das 
oportunidades. 
Quanto a realização da planificação não existe unanimidade entre os 
vários autores. É possível, contudo, encontrar um ponto em comum 
entre todos eles e que diz respeito às funções ou respostas que deve 
dar. 
Qualquer planificação deve-se responder de uma forma clara e precisa 
às questões “Onde estamos?” “Para onde queremos ir?” e como lá 
chegar? 
19 
19 
 
 
1.3. Passos Necessários para o Planificação 
 
Para responder à questão “Onde estamos?” é necessário analisar a situação 
actual dos elementos da envolvente externa e inferir sobre a sua evolução 
futura a fim de determinar as ameaças e oportunidades com que a organização 
pode ser confrontada. 
 
Deve ser efectuada uma análise da própria organização avaliando os seus 
pontos fortes e fracos e a sua posição competitiva no mercado. A resposta 
servirá como base para a definição dos objectivos organizacionais e fornecerá 
informação fundamental para o desenvolvimento das estratégias de actuação. 
Quanto à questão “Onde queremosir?”, significa 
definir os objectivos que a organização pretende 
atingir, os quais deverão estar de acordo com a missão e valores 
organizacionais e enquadrados com as conclusões obtidas na análise 
das ameaças e oportunidades e pontos fortes e fracos da 
organização. 
Finalmente a questão “Como lá chegar?” corresponde à escolha das 
estratégias de actuação que permitiram atingir os objectivos, à 
determinação dos recursos necessários e à descrição das acções a 
desenvolver e medidas a tomar que permitam o controlo dos 
resultados. Nesta fase de responder “Como lá chegar?” Convém 
distinguir entre a elaboração do plano 
estratégico, onde são definidas as orientações gerais de médio e 
longo 
prazo, e a elaboração do plano operacional, onde são especificados 
o procedimentos, as regras e as políticas a adoptar. 
http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/objectivos.htm
20 
20 
 
1
9
-
0
2
-
2
0
1
5 
8 
Após a fase do Planeamento segue-se a implementação ou 
realização, a qual consiste na implementação, coordenação e 
monitorização dos programas de acção definidos e na análise dos 
resultados afim de se tomarem acções correctivas caso os desvios 
em relação ao planeado a tal obrigarem. 
 
1.4. A IMPORTÂNCIA DO PLANEAMENTO PARA A GESTÃO PÚBLICA 
 
É imprescindível aos gestores públicos a visão sistêmica quanto à 
importância da realização do efectivo planeamento no sector público, 
visando o alcance da excelência na gestão pública, no que tange a 
materialização dos serviços prestados pelo Estado para alcance dos 
objectivos governamentais, ou seja, o atendimento dos interesses da 
colectividade. Por esse motivo, esta pesquisa aprofundou a 
compreensão do planeamento na gestão pública, onde primeiramente 
explicitou-se o processo de planeamento e em seguida descreveu-se a 
estrutura do planeamento governamental na administração pública. 
Concluiu-se que o planeamento governamental necessita de 
integração e alinhamento estratégico para o alcance dos objectivos 
estatais, o que requer boas práticas de gestão por parte da 
Administração, no que se refere à selecção de ferramentas gerências 
estratégicas que estejam em consonância ao que se vislumbra para o 
avanço da sociedade. PABLO DA SILVA NAHMIAS. 
 
1.5. TIPOS DE PLANIFICAÇÃO 
Distinguem-se três tipos de planificação: 
Planificação estratégica, considera objectivos de longo prazo e com 
estratégias e acções para alcançá-lo. 
21 
21 
 
Planificação táctica, a actuação é em cada área funcional da empresa/ 
Organização /instituição , compreendendo os recursos específico. Tem 
como objectivos a utilização eficiente dos recursos disponíveis com 
projecção em médio prazo. 
A planificação operacional, identifica os procedimentos e processos 
específicos requeridos nos níveis inferiores da empresa/ Organização / 
instituição. Apresentando planos de acção ou planos operacionais. 
 
2.0. Planeamento estratégico situacional e planeamento 
participativo: algumas considerações 
Para dar continuidade à reflexão proposta optamos por abordar 
duas modalidades de planeamento. O planeamento participativo 
por entender que esta metodologia possui estreita ligação com o 
Projecto ético-político que o Serviço Social assumiu e defende 
desde a intenção de ruptura/movimento de reconstituição’; e a 
modalidade de planeamento estratégico, dando ênfase ao 
planeamento estratégico situacional, haja vista quese tornou 
rotineira a utilização desta práticas de gestão nos mais variados 
âmbitos e, consequentemente, envolvendo o assistente social na 
sua operacionalização. 
 
 
 
2.1. Planeamento estratégico: enfatizando a metodologia de 
Planeamento 
Estratégico Situacional (PES) 
Tornou-se rotineiro nos dias actuais a utilização da denominação 
Planeamento estratégico para designar tanto intervenções no 
Âmbito privado - seja no contexto de empresas/corporações 
multinacionais ou empresas de pequeno porte e abrangência; 
bem como intervenções no âmbito público nas diferentes esferas 
que o compõe. 
22 
22 
 
 
Nas palavras de Pfeiffer (2000, p.6) o“[...] planeamento 
estratégico sempre é realizado por uma organização: empresa 
privada, ou parte dela; organização não governamental, 
Temporalis, Brasília (DF), ano 16, n. 31, jan/jun. 2016. 339 
Administração pública, ou parte dela, ou ainda, um município”.O 
planeamento estratégico nada mais é do que “[...] uma 
perspectiva e um enfoque para lidar com situações complexas e 
processos de transformação dinâmicos”. (PFEIFFER, 2000, p. 
7). Prossegue afirmando que esta modalidade “[...] não é uma 
panaceia. Trata-se de um instrumento de gerenciamento que, 
como qualquer outro, tem um único propósito: tornar o trabalho 
de uma organização mais eficiente”. (PFEIFFER, 2000, p. 6). 
 
Compreendendo que ocorrem processos dinâmicos de 
mudanças e transformações na realidade, cabe às 
organizações/instituições enfrentá-las. Nesse sentido, esta 
metodologia pressupõe um pensamento estratégico e a 
implementação de acções concretas. Este mesmo autor afirma 
que o planeamento estratégico foi inicialmente desenvolvido 
para o sector privado, no entanto passa a ser incorporado e 
operacionalizado no sector público também. Sendo assim é 
importante evidenciar o adjectivo que o qualifica: estratégico, já 
que este assume conceituação distinta em cada esfera de poder. 
 
Pfeiffer (2000) esclarece que não existe uma definição universal 
para o termo estratégia. Entretanto, enfatiza que o mesmo 
possui vinculação com a área militar e serve para designar o 
caminho que leva à eliminação do inimigo. Pode-se a partir 
desta definição perceber uma relação com a esfera privada, uma 
vez que o intuito é colocar- se à frente de outras empresas 
concorrentes no mercado. Porém, adverte o autor, para o sector 
público esta relação não é válida, pois não cabe “eliminar o 
inimigo”, mas sim criar efeitos ou cumprir adequadamente seu 
23 
23 
 
mandato.dito isto, cabe-nos explicitar o que é definido e 
compreendido por Planeamento Estratégico Situacional (PES), 
metodologia desenvolvida por Carlos Matus, economista chileno 
que ocupou o cargo de Ministro da Economia no Governo de 
Salvador Allende de 1965 a 1970, e que é considerado um dos 
maiores estudiosos do “planeamento de governo” do continente 
Latino Americano - ganhando relevância também a nível 
mundial, e cuja obra tem expressiva influência na administração 
pública no Brasil. 
 
A proposta de planeamento desenvolvida por Matus vem na 
contramão do chamado “planeamento tradicional” que por vezes 
tende a se apresentar de maneira burocrática, morosa e falha. 
340 Temporalis, Brasília (DF), ano 16, n. 31, jan/jun. 2016. 
Nesse sentido, a referida metodologia é composta por quatro 
Momentos que objectivam superar os quatro problemas 
principais do planeamento, são eles: O momento explicativo: 
onde se busca explicar a realidade de intervenção 
situacionalmente, respondendo a questões como: (o que foi, o 
que é, e o que tende a ser); o segundo momento é denominado 
normativo: em que são detalhadas as propostas em função dos 
cenários previstos e dos possíveis resultados do plano, o que 
deve ser é o questionamento que orienta esta etapa; já o terceiro 
momento é o estratégico, que responde ao questionamento: 
que pode ser. Nesta etapa a viabilidade do plano é examinada e 
definem-se os momentos de ação perante os movimentos dos 
sujeitos envolvidos no mesmo; por fim, o quarto momento é o 
tático-operacional, cuja pergunta respondida é o que fazer. Este 
momento é o de definição das estratégias, das 
responsabilidades de cada envolvido na implementação do 
plano. (OSÓRIO, 2002). 
 
Pode-se dizer que o plano estratégico é o elo de articulação 
24 
24 
 
entre a gestão e a política de intervenção, uma vez que explicita 
os meios e o modo pelos quais serão colocadas em prática as 
ações. É importante destacar que: 
 
[...] o plano estratégico não é uma norma legal, senão 
um contrato político e social, cuja execução corresponde 
àquelas partes que têm a competência ou a capacidade 
para fazê-lo. No entanto, o plano funciona como 
meio de pressão pública para promover o cumprimento 
dos seus objetivos. (BORJA 1995, p. 16 apud PFEIFFER 
2002, p. 8). 
Assim sendo, ganha visibilidade nos dias actuais a utilização 
do que tem sido denominado planeamento estratégico 
situacional na administração pública pelos seus diferentes 
governantes. Resta, contudo, a necessidade de uma análise 
mais cuidadosa sobre tal fato, uma vez que este pode não se 
aproximar em nada - ou muito pouco. 
 
- com a referida metodologia, mas simplesmente se apropriar da 
denominação criando uma falsa ilusão de planejamento mais 
ágil, mais horizontal e menos burocratizado. Além disso, cabe 
um olhar mais atento sobre a seguinte questão: o planejamento 
estratégico está servindo a quem? atendendo a quais 
interesses? 
 
2.2. O PLANEAMENTO ORÇAMENTÁRIO NA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
Até bem pouco tempo atrás, a administração da coisa pública era 
encarada de uma forma bastante peculiar. Tratava-se o público como 
se particular fosse, e não havia a utilização de técnicas de 
administração. Nesse tempo a vontade do governante 
(administrador) determinava as acções estatais e a noção de 
interesse público era esquecida ou até mesmo inexistente. 
25 
25 
 
 Com o passar dos anos a sociedade progrediu. Surgiram novas 
perspectivas e houve profunda modificação na concepção social 
relativamente ao dever do administrador público. 
 Esse processo trouxe à tona a necessidade de se encarar a 
administração pública como um trabalho técnico a ser desenvolvido 
de forma planejada e normatizada. 
Buscando a aplicação de uma técnica previamente elaborada, a 
ciência administrativista descobriu que seria benéfica a importação 
de conceitos e métodos utilizados na administração privada, 
guardadas as devidas adaptações. 
Na actualidade, verifica-se que esta tendência de aplicar métodos 
que anteriormente eram exclusivos da iniciativa privada à 
administração pública tem se mostrado como um caminho para a 
concretização dos princípios constitucionais aos quais estão 
subordinadas as acções da Administração Pública, mormente o 
princípio da eficiência. 
Nesse panorama, a figura do planeamento destaca-se como a 
principal ferramenta na busca desta eficiência, a qual tem se firmado 
como um dos principais requisitos para uma boa administração. 
O planeamento tem se tornado muito mais que uma mera 
recomendação. Trata-se de uma exigência da lei e dos órgãos 
fiscalizadores, tais como os Tribunais de Contas. 
A análise das normas que regulam a actividade pública uma nítida 
necessidade de se planejar acções, sob pena de ser impossível dar 
cumprimento às regras. 
Existe, contudo, uma imensa dificuldade por parte dos agentes 
públicos em se adaptar a essa nova forma de pensar baseada em 
26 
26 
 
acções preconcebidas. Verifica-se certa relutância em relação à nova 
forma de trabalho imposta. 
Nesse sentido, faz-se importante a análise da realidade posta para 
verificar quais os meios de fato eficientes na tarefa de executar uma 
boa administração pública de forma planeada (Publicado por Karoliny 
Faria 2015 
Exercícios de auto-avaliacao 
1. Depois de teres apreendidosobre a planificação defina o seguinte 
conceito: 
a) A Planificação? 
2. No acto da sua concepção, a planificação passa por vários processos nos 
quais é necessário apresentar algumas perguntas. 
a) Qual é uma das primeiras questões que deve ser feita no acto de 
planificação? 
3. No acto de planificação, qual é o significado da questão “onde queremos 
ir”? 
4. Qual é a importância da planificação na AP? 
5. Quais são os tipos de Planificação que conheces ? Explique um deles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://karolcfaria.jusbrasil.com.br/
https://karolcfaria.jusbrasil.com.br/
27 
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Resolução 
1. Planificação é um processo que envolve decisões ou escolhas 
sobre caminhos alternativos para uso racional dos recursos 
disponíveis. 
2a) Onde está? Para onde queremos ir e como lá chegar? 
3.Significa definir os objectivos 
4. Permite o alcance da excelência gestão pública, no que tange a 
materialização dos serviços prestados pelo Estado para o alcance 
dos objectivos governamentais. 
5. Os tipos de planificação que conheço são : Planificação táctica, 
operacional e estratégica. 
a) a) Planificação estratégica consiste na planificação que considera os 
objectivos de longo prazo e com estratégias e acções para alcança-lo 
 
 
 
Sumário 
No capitulo que acabamos de estudar pudemos apreender o conceito 
de Planificação, a definição das questões de partida para uma boa 
planificação, passos necessários para uma boa planificação e 
consequentemente a importância da planificação na Administração 
Pública seus níveis e tipos de planificação. 
 
 
 
 
 
 
28 
28 
 
UNIDADE Temática II 
 
 UNIDADE Tematica 2.0 Introdução; objectivos específico 
 UNIDADE Temática 2.1. O planemaneto no ambito da Adminstração Pública 
 UNIDADE Temática 2.2. O Aspecto Orçamentário do Planeamento; 
 UNIDADE Temática 2.3. O que é Planeamento e Gestão Estratégica; 
 UNIDADE Temática 2.4. Necessidade e a Importância do Planeamento Estratégico; 
 UNIDADE Temática 2.5. O Planeamento Estratégico nas Organizações; 
 UNIDADE Temática 2.6. Características do Planeamento Estratégico; 
 UNIDADE Temática 3.0. Desdobramento da Estratégia; 
 UNIDADE Temática 3.1. Balanced Scorecard; 
 UNIDADE Temática 3.2. Objectivos do Balanced Scorecard; 
 UNIDADE Temática 3.2.1. Esclarecer e traduzir a visao da Estratégia; 
 UNIDADE Temática 3.2.2. Planear, Estabelecer metas e alinhar as iniciativas da estratégia; 
 UNIDADE Temática 3.2.3. Melhorar o feeedback e o aprendizado estratégico; 
 UNIDADE Temática 3.2.4. Comunicar e Assessorar objectivos e medidas estratégicas; 
 UNIDADE Temática 4.0 . Perespectivas do Balanced Scorecard; 
 UNIDADE Temática 4.1. Implementação do Balanced Scorecard; 
 Exercicios, Resolução , Sumário. 
 
 
 
29 
29 
 
 
 2.0. Introdução 
Administração Pública ou Gestão da Organização Pública é conjunto de 
órgãos, serviços e agentes do Estado, que asseguram a satisfação das 
necessidades da colectividade, sejam elas: segurança, saúde, 
educação, em resumo, o bem-estar da população (CHIAVENATO, 
2008). 
 Em sentido amplo, a Administração Pública, subjectivamente 
considerada, compreende tanto os órgãos governamentais, supremos, 
constitucionais (Governo), aos quais incumbe traçar os planos de 
acção, dirigir, comandar, como também os órgãos administrativos, 
subordinados, dependentes (Administração Pública, em sentido 
estrito), aos quais incumbe executar os planos governamentais; ainda 
em sentido amplo, porém objectivamente considerada, a 
administração pública compreende a função política, que traça as 
directrizes governamentais e a função administrativa, que as executa; 
 Em sentido estrito, a Administração Pública compreende, sob o 
aspecto subjectivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto 
objectivo, apenas a função administrativa, excluídos, no primeiro caso, 
os órgãos governamentais e, no segundo, a função política (MARQUES, 
2000). 
 
 
 
 
 
 
30 
30 
 
 
Objectivos 
• Analisar o Planeamento no 
sector Público; 
• Explicar os objectivos do planeamento na 
Administração Pública; 
• Perceber a questão do orçamento na 
Administração Pública; 
• Perceber a planificação estratégica. 
No final desta unidade temática, o estudante deverá ser capaz 
de explicar o seguinte: 
1. A importância do planeamento na Administração Pública 
2. Conceituar o Orçamento e a sua relação com a planificação 
Pública; 
3. Definir gestão estratégica. 
 
 
2.1. O Planeamento No Âmbito Da Administração Pública 
O planeamento é uma das mais importantes ferramentas de 
administração. O conceito de planear está intimamente ligado à 
necessidade de se ter conhecimento prévio das atitudes a serem 
tomadas e das acções a serem desempenhadas. 
O planeamento é a primeira etapa em qualquer processo de gestão, 
seja na entidade pública ou na empresa privada, pois por meio dele 
serão traçados os desejos, as intenções, as expectativas, o futuro 
projectado para essa entidade ou empresa (MACHADO et al, 2011, p. 
07). 
31 
31 
 
Sem a programação das etapas a serem cumpridas fica praticamente 
impossível a consecução dos objectivos pretendidos de forma 
satisfatória. Assim, imperiosa é a elaboração de um plano que 
determine como se dará o processo de trabalho até que sejam 
alcançados os resultados finais. Essa concepção também é aplicável à 
Administração Pública, conforme verifica-se no trecho abaixo. 
O planeamento pressupõe estratégias, ou seja, o futuro do 
empreendimento, o longo prazo, os objectivos a serem alcançados, o 
que se pretende atingir, tudo isso deve ser considerado. Na entidade 
pública essa premissa torna-se mais que fundamental, pois, alem de 
ser uma determinação legal, trata-se de bem gerir os recursos 
públicos, por meio de uma gestão fiscal responsável. (MACHADO et 
al, 2011, p. 07). O Sistema de Planeamento e de Orçamento Federal 
tem por finalidade 
I - formular o planeamento estratégico nacional; 
II - formular planos nacionais, sectoriais e regionais de 
desenvolvimento económico e social; 
- formular o plano plurianual, as directrizes orçamentárias e os 
orçamentos anuais 
 
 2.2. O Aspecto Orçamentário 
 Orçamento público surge através do planeamento de acções, onde o 
Poder Legislativo autoriza o Executivo à realizar determinada despesa 
pública. A partir da Lei nº. 4320/1964 e com a chegada da Lei 
Complementar nº. 101/2000 (LRF), o orçamento municipal ganhou 
mais “status” com a implementação do orçamento-programa, 
integrado aos sistemas de contabilidade pública. 
 
32 
32 
 
Indispensável no apoio á gestão administrativa e financeira, o 
orçamento público não deve ser somente uma mera peça contábil 
financeira, mas também, tem como finalidade o controle, a fiscalização 
e o monitoramento por parte da sociedade e dos órgãos internos e 
externos que determinam a correcta aplicação de seus recursos. 
O planeamento é a forma de programar e administrar o futuro, 
pensando nas consequências e adaptações à realidade e aos fatos 
físicos, orçamentários, financeiros e históricos que intervenham no 
decorrer de uma acção e que podem influenciar resultados esperados. 
Tal procedimento parte de premissas pré-definidas ou estimadas, as 
quais serão administradas mediante controlos adequados, com 
capacidade de formalizar registos e de promover segurança, garantia, 
eficácia, eficiência, quantificação, qualificação, avaliação e certamente 
tomada de decisão sensata. 
O Orçamento, é um aspecto amplo, consiste em um processo de 
planeamento das actividades públicas. Nesse processo são analisados 
os dados pretéritos (execução orçamentária em anos anteriores) e as 
expectativas para os próximos anos com a finalidade de estabelecer 
uma previsão de receita ea autorização de despesas (DAVID et al, 
2013, p. 91). 
A primeira etapa do planeamento orçamentário é o Plano Plurianual, 
também conhecido com PPA. A própria Constituição prevê sua 
elaboração pelo Poder Executivo: 
Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentária. 
III - os orçamentos anuais. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
33 
33 
 
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma 
regionalizada, as directrizes, objectivos e metas da administração 
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes 
e para as relativas aos programas de duração continuada. 
O entendimento doutrinário é no sentido de que o PPA é uma 
espécie de planeamento estratégico da Administração em virtude de 
projectar as acções da instituição em longo prazo (MACHADO et al, 
2011, p. 08). O PPA servirá de base para a elaboração da Lei de 
Directrizes Orçamentárias, a LDO, e para a Lei Orçamentária Anual, a 
LOA. 
Interessante mencionar que a própria elaboração do PPA exige 
planeamento, posto que o projecto de lei deve ser levado à 
apreciação do Poder Legislativo até quatro meses antes do 
encerramento do primeiro exercício financeiro do mandato do 
administrador. Outra ferramenta fundamental é a Lei de 
Directrizes Orçamentárias. Conforme visto supra, sua 
elaboração também está constitucionalmente prevista. 
A lei de directrizes orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, 
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre 
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política 
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
A LDO contém disposições que orientam e estabelecem um elo 
entre o PPA e LOA. Deve haver dois importantes anexos que 
trazem dados indispensáveis para a estimativa da arrecadação 
pública: o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais. 
O primeiro anexo estabelece metas relativas à arrecadação, 
despesas e resultados, já o segundo possibilita a avaliação dos 
riscos que podem vir a afectar as contas públicas e informa as 
providências a serem tomadas em caso de concretização de 
34 
34 
 
algum evento negativo. Nesse sentido, a LDO demonstra 
claramente seu intuito: planejar a administração das contas 
públicas de uma forma mais específica do que foi feito no PPA, 
já preparando a elaboração do orçamento anual. 
O orçamento deve ser elaborado em conformidade com o que 
foi determinado no Plano Plurianual e na Lei de Directrizes 
Orçamentárias. Trata-se da fase de planeamento 
pormenorizado das acções. “(...) A elaboração do orçamento 
compreende a fixação de objectivos concretos para o período 
considerado.. bem como o cálculo dos recursos humanos, 
materiais e financeiros necessários à sua materialização e 
concretização. (...)” (KOHAMA apud MACHADO et al, 2011, p. 
30) 
Na LOA o valor a ser arrecadado (fruto de estimativa elaborada 
com base nos dados colhidos durante a elaboração da LDO) é 
subdividido em dotações com destinações específicas. Cada 
dotação corresponde a uma despesa de determinada natureza 
e destinada a um órgão específico. Deve haver, mais uma vez, 
planeamento, posto que devem ser calculados recursos 
suficientes para o custeio das despesas durante o exercício. 
Haverá, inclusive, a chamada reserva de contingência, 
calculada com base na Receita Corrente Líquida, e destinada 
ao atendimento de situações emergenciais. Muito embora o 
ciclo orçamentário pareça estático, é mister salientar que trata-
se de processo dinâmico (MACHADO et al, 2011, p. 30). A 
execução orçamentária. 
(...) é o momento em que a Administração Pública pratica os 
actos e fatos para a implementação das acções do governo e 
no qual ocorre a operacionalização mas concreta de sua 
política pública, ou seja, nesta fase. os órgãos executam os 
programas de governo previstos na Lei 
35 
35 
 
Orçamentária. (CASTRO, GARCIA apud MACHADO et al, 
2011, p. 32). 
Podem, contudo, surgir necessidades de modificação do 
planeamento. Existem situações que farão com que o 
administrador tenha que modificar os valores ou até mesmo 
criar novas dotações. 
Toda vez que ficar constatada a inexistência ou a insuficiência 
orçamentária para atender a determinada despesa, o Executivo 
terá a iniciativa das leis que autorizem os créditos adicionais, 
especiais e suplementares e, posteriormente à sua aprovação 
pelo Legislativo, efectivará sua abertura por decreto. 
(MACHADO JÚNIOR et al, 2011, p. 102). 
Como citado no trecho acima, existem os créditos adicionais 
com a finalidade de alterar os valores previstos no orçamento 
caso seja necessário. 
Os créditos suplementares são os destinados a reforça de 
dotação orçamentária já existente na LOA. São autorizados por 
lei e abertos por Decreto do Chefe do Poder Executivo, tendo 
sua vigência até o término do exercício financeiro. Cabe 
ressaltar que a própria LOA deverá autorizar a abertura desse 
tipo de crédito. Diferentemente dos créditos suplementares, os 
créditos especiais são os destinados a despesas para as quais 
não haja dotação orçamentária específica na LOA, ou seja, visa 
criar despesas não contempladas no momento de elaboração 
da LOA. 
 
 
 
 
 
36 
36 
 
 
2.3. O que é Planeamento e Gestão Estratégica? 
O planeamento estratégico, surgiu em meados da década de 
60, através das metodologias de planeamento propostas 
pelo professor Igor Ansof e dos pesquisadores do Stanford 
Reserch Institute(Taylor, 1975). Segundo Kotltler, “ o 
Planeamento estratégico é uma metodologia gerencial que 
permite estabelecer a direcção a ser seguida pela 
organização visando um maior grau de interacção com o 
ambiente”. A direcção escolhida pela organização engloba 
de forma significativas questões de macro política, macro 
estratégica e dos objectivos funcionais. Já em relação à 
interacção da organização com seu ambiente, esta pode 
variar de acordo com o alinhamento dos objectivos com o 
mesmo, podendo ser positiva, neutro, ou negativa. 
Em resumo, pode-se afirmar que o Planeamento estratégico 
é o processo de analisar uma organização sob diversos 
ângulo, direccionando seus rumos e monitorando suas 
acções de forma concreta. O monitoramento e controle são 
resultados práticos de utilização do que conhecemos como 
plano estratégico. 
Segundo Peter Drucker, o planeamento estratégico é um 
processo contínuo e sistemático, que possui o maior 
conhecimento possível acerca do futuro. Tomar decisões 
que envolvem riscos, sistematicamente as acções 
necessárias para uma boa execução das decisões, retro 
37 
37 
 
alimentar e medir os efeitos dessas decisões são tarefas que 
fazem parte do planeamento estratégico de uma 
organização. 
O Planeamento estratégico (etapas do planeamento e inicio 
da gestão estratégica) 
 
 
Fig:1 Etapas do planeamento estratégico 
 
 O plano estratégico, trata da consideração de ideias, que 
por si só não produzem resultado algum, pois e na 
implementação integrada dessas ideias que a organização 
vai obter o melhor da estratégia. É importante lembrar que 
as estratégias precisas ser constantemente reavalia e 
reformulada, uma vez que o processo de formulação e 
38 
38 
 
implementação não é construído por base somente de 
questões concretas, mas sim como produto de mecanismos 
complexos variáveis. As estratégias reunidas e descritas no 
plano estratégico determinam o rumo ou as formas com as 
quais a empresa irá atingir os seus objectivos. Ele é 
concebido através de uma análise de cenários, e culmina na 
elaboração de uma matriz (analise SWOT) que demonstre as 
ameaças e oportunidades, sob os pontos de vistainterno e 
externo da organização. O Plano irá ajudar a esclarecer 
também seis pontos específicos, que fazem parte do 
Planeamento estratégico: a missão, visão, valor, objectivos 
e estratégia da organização e os desdobramentos dessa 
mesma estratégia. Por fim, após observar a situação actual 
da companhia e as possíveis ameaças e oportunidades, 
obtém-se o feedback do plano estratégico, findando no 
controle e prováveis reajustes que venham a ocorrer. 
Missão: É o objectivo fundamental de uma organização, pois 
traduz a finalidade última da empresa e consiste na 
definição dos seus fins estratégicos gerais. É o enunciado 
dos propósitos gerais que expressam intenções 
fundamentais da gestão global. Basicamente, se trata do 
ponto de partida para a definição dos objectivos, sendo 
formalmente expressa e servindo de guia para os 
colaboradores da empresa. 
Visão: É o então futuro desejado e alinhado com as 
aspirações de uma organização, algo que a organização pode 
39 
39 
 
definir e redigir após decidir “para onde pretende ir”. A visão 
compreende algo que ainda não se tem, podendo ser um 
sonho, ou algo que se acredita que pode vir a ser real. Além 
de utópica a missão deve ser também, motivadora, 
conduzindo a organização para o futuro. 
Valores: São o conjunto de sentimentos que estrutura, ou 
pretende estruturar a cultura organizacional e a prática de 
uma empresa. Comummente, os valores surgem agregados 
à missão como uma simples relação, ou de forma mais 
elaborada, como crenças ou politicas organizacionais. Os 
Valores representam um conjunto de princípios que 
informam como as pessoas devem reger seus 
comportamentos na instituição. 
Objectivos: No geral, os objectivos traduzem os resultados 
essenciais a serem atingidos pela organização no 
cumprimento da sua missão, seguindo de acordo com a 
forma que sua visão se comunica. Eles são resultados 
qualitativos ou quantitativos que a empresa pretende 
alcançar num determinado período. Os Objectivos são 
definidos de forma concreta e devem apresentar 
determinadas características que totalizam cinco e formam 
o anagrama (SMART): specific(especifico), 
measurable(mensuráveis), achievable(alcançáveis), realistics 
(realistas) e(time bond(temporais. Quando os objectivos 
satisfazem as características acima contribuem de forma 
40 
40 
 
significativa para a criação de diversas vantagens para a 
organização. 
Estratégia: As estratégias são descritas com base na análise 
de ambiente levantada após agrupamento por temas e da 
periodização dos principais objectivos. 
A estratégia precisa estar voltada para o futuro da empresa 
como também estar de acordo com as etapas anteriores 
(missão, visão e valores). No geral, é uma acção de médio e 
longo prazo necessária para atingir a visão do futuro da 
organização. Pode ser desdobrada em três níveis: 
corporativo, empresarial e unidade estratégica de negócios. 
 
 Fig:2 Planeamento estratégico 
O planeamento estratégico é actualmente um dos principais requisitos 
para que as empresas privadas e públicas consigam alcançar seus 
objectivos. A estratégia é particularmente importante nas 
organizações orientadas por valores porque existem sempre coalizões 
de pessoas com aspirações diferentes que precisam ser integradas 
para que a organização progrida. (HUDSON, 1999) 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/planejamento-estrategico-para-a-administracao-publica/35892
41 
41 
 
 
Determinar a missão e os objectivos da organização e assegurar um 
efectivo planeamento organizacional são algumas das 
responsabilidades básicas de conselhos de administração nas 
entidades sem fins lucrativos, destacando então, algumas 
responsabilidades básicas, para que isso venha realmente a ocorrer: 
 
a. Estabelecer e revisar a missão da organização e monitorar o 
progresso da organização em alcançá-la; 
 
b. Criar uma visão para o futuro da entidade e desenvolver um plano 
para realizá-la; 
 
c. Assegurar que os programas e serviços institucionais promovam a 
missão da organização, que atendam às necessidades dos seus clientes 
e que sejam avaliados por sua eficácia; 
 
d. Assegurar que a organização comunique-se com seus vários 
públicos; 
 
e. Supervisionar a aplicação dos recursos institucionais, definindo 
políticas de gestão financeira, aprovando e monitorando o orçamento 
e realizando uma auditoria anual; 
 
f. Assegurar que a organização tenha recursos suficientes para seu 
trabalho, aprovando um plano de desenvolvimento de fundos, fazendo 
contribuições individuais e participando de actividades de captação de 
recursos; 
 
g. Identificar e prevenir riscos para a instituição; 
 
42 
42 
 
h. Seleccionar, apoiar, avaliar e, se necessário, demitir a liderança 
executiva; 
 
i. Seleccionar, orientar e educar novos conselheiros a respeito da 
organização e da sua tarefa como conselheiro; 
 
j. Determinar como será o trabalho do próprio conselho, incluindo sua 
organização, suas reuniões e avaliação. 
 
Conforme Wolf (1984) o planeamento nem sempre é observado pelas 
empresas, como algo imprescindível e importante, porque estas 
acreditam em características, que não são conformes à realidade, tais 
como: 
 
a. Planejar exige muito tempo e esforço – a equipe e o conselho 
normalmente já estão sobrecarregados com o dia adia e o tratamento 
das crises; 
 
b. Planejar é muito caro – não há dinheiro extra previsto para 
consultores, reuniões e outras despesas; 
 
c. Planejar enfraquece a iniciativa organizacional – um plano de longo 
prazo impede a organização de permanecer receptiva a seus 
membros. 
No entanto, o planeamento estratégico deve ser visto do mesmo 
modo como aponta Kotler (1996): 
 
“Planeamento estratégico é o processo de desenvolver e manter o 
ajuste estratégico entre as metas e capacidades da instituição e suas 
oportunidades mutantes de marketing. Implica no desenvolvimento de 
43 
43 
 
uma missão institucional clara, apoio a metas e objectivos, estratégia 
sólida e implementação adequada”. 
 
Para que se saiba planejar, é necessário que de fato haja um 
conhecimento em relação ao que significa estratégia, conforme 
orientam Mintzberg & Quinn (2001), que acrescentam alguns 
conceitos que regem a estratégia, tais como: 
 
(a) Plano – algum tipo de curso de ação conscientemente engendrado, 
uma diretriz (ou conjunto de diretrizes) para lidar com uma 
determinada situação; 
 
(b) Pretexto – apenas uma manobra específica para iludir o 
concorrente; 
 
(c) Padrão – consistência num determinado comportamento 
(pretendida ou não); 
 
(d) Posição – uma maneira de colocar a organização perante seu 
ambiente concentrando seus recursos num nicho ou situação que gera 
retorno; 
 
(e) Perspectiva – é a “personalidade” da organização, um conceito que 
existe na mente das pessoas interessadas que define seu 
comprometimento em relação à maneira de agir e reagir. 
 
É nesse contexto que Drucker (1998) esclarece que Planeamento 
Estratégico: 
 
“É o processo contínuo de, sistematicamente e com o maior 
conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões actuais que 
44 
44 
 
envolvam riscos; organizar sistematicamente as actividades 
necessárias à execução dessas decisões; e, através de uma retro 
alimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas 
decisões em confronto com as expectativas almejadas”. 
 
Stoner & Freeman (1992) relacionam alguns benefícios que o 
planeamento estratégico traz as empresas: 
 
a. Proporciona um senso de direcção evitando o risco de andar sem 
rumo somente reagindo ao ambiente; 
b. Reforça a motivação das pessoas para superar inevitáveis 
obstáculos; 
c. Focaliza esforços – recursos limitados podem ser dirigidos às 
prioridades definidas; 
d. Guia planos e decisões – dependendo deles as acções serãodiferentes; 
e. Ajuda a avaliar os progressos – elo com a função de controle. 
 
Dentro das mesmas condições, Bryson & Alston (1996) também 
apresentam as vantagens, que encontraram em seus estudos, em as 
empresas utilizarem o planeamento estratégico, conforme segue: 
 
1. Aumento de eficácia organizacional – a performance da organização 
é acentuada, sua missão promovida e ela responde mais 
efectivamente às circunstâncias que mudam rapidamente; 
 
2. Aumento de eficiência – os mesmos ou melhores resultados são 
conseguidos com menos recursos; 
 
3. Melhoria no entendimento e aprendizado – a organização consegue 
entender melhor sua situação e torna-se capaz de criar um framework 
45 
45 
 
interpretativo para o desenvolvimento e a implementação da 
estratégia; 
 
4. Melhoria no processo decisório – são estabelecidas bases para que 
decisões mais coerentes, focadas, consequentes e em bases 
defensáveis sejam tomadas; 
 
5. Desenvolvimento de competências organizacionais – a liderança e a 
capacidade empreendedora são incrementadas; 
 
6. Desenvolvimento da comunicação e relações públicas – missão, 
visão, objectivos, estratégias e planos de acção são comunicados mais 
eficientemente aos stakeholder. Uma imagem desejável da 
organização é estabelecida e administrada; 
 
7. Ampliação do suporte político – a legitimidade da organização é 
fortalecida e uma forte coalizão de suporte é criada. 
 
2.4. Necessidade e a importância do planeamento estratégico 
 Algumas razões evidenciam essa necessidade e fazem com que as 
empresas públicas optem pelo planeamento estratégico, conforme 
segue: 
a. Aumento das chances de que as actividades do dia-a-dia sejam 
conduzidas aos resultados desejados; 
b. Ajuda aos membros para focarem as prioridades correctas; 
c. Incremento do processo de trabalho em equipe na medida em que 
compartilham prioridades; 
d. Entendimento explícito acerca do propósito da organização e 
valores pela equipe, pela directoria e pelos participantes externos. 
Esse entendimento dá suporte a um nível mais elevado de 
46 
46 
 
comprometimento com a organização e seus objectivos; 
e. Plano para guiar e suportar a gestão e o controle da organização; 
f. Grandes marcos pelos quais se pode monitorar os resultados da 
organização; 
g. Informação que pode ser usada para vender a imagem da 
organização ao público e a potenciais doadores. 
 
2.5. O PLANEAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZAÇÕES 
 
Segundo Fischmann (1987), o processo de planeamento estratégico 
apresenta mais probabilidades de sucesso para as empresas menores, 
destacando-se: 
Abertura da alta administração para o diálogo e para o 
compartilhamento de decisões; 
Articulação e sinergia dos stakeholders; 
Autoavaliação realista pela organização; 
Disposição da alta administração para promover mudanças; 
inexistência de “espírito de corpo” ou resistência; 
Sistema formal e abordagem organizacional que motivem os gerentes 
a gastar tempo no planeamento estratégico e que também lhes 
permitam contribuir com o processo de planeamento; 
Visão de futuro bem definida; 
Autoridade e liderança do grupo decisório; 
Avaliação correcta de ameaças competitivas; 
Avaliação correcta de tendências do ambiente; 
Capacitação dos gerentes envolvidos; 
Coerência das estratégias a serem implementadas e os valores 
culturais da organização; 
 Criação de uma unidade organizacional de planeamento para lidar 
com a concepção e desenvolvimento de planos estratégicos. Esta 
47 
47 
 
organização provê o clima e o mecanismo por meio dos quais é 
permitido a indivíduos de vários níveis participar na determinação do 
futuro da organização; 
Criatividade na geração de estratégias; 
Delimitação na condução do processo – os planeadores profissionais 
participam apenas como facilitadores do processo de planeamento, 
mas não fazem o planeamento da organização; 
Desenvolvimento de bases de dados relevantes – qualitativas assim 
como quantitativas – a fim de facilitar a avaliação de alternativas 
estratégicas; 
Envolvimento de diferentes áreas da organização e muitas expertises 
diferentes; 
Equipe administrativa competente; 
Existência de pessoal qualificado em marketing e que também 
entenda do “negócio” da instituição; 
Processos para que as ideias dos participantes sobre o 
desenvolvimento da organização sejam capturadas e incorporadas à 
tomada de decisões estratégicas; 
Identificação antecipada de grandes problemas no ambiente externo; 
Participação nas actividades de planeamento das pessoas que serão 
responsáveis pela implementação dos planos; 
• Principal executivo assume a responsabilidade pela avaliação e pela 
selecção final das alternativas estratégicas; 
Principal executivo assume a responsabilidade pelo desenho de um 
plano global para implementação do que foi planejado; 
Principal executivo assume a responsabilidade pelo desenvolvimento 
da cultura estratégica na organização; 
 Baixa pressão de tempo – tempo para implementação adequado; 
Compreensão das metas globais da decisão estratégica pelos 
empregados comprometimento dos colaboradores com a proposta da 
48 
48 
 
organização; 
Concentração da atenção na implementação sem que seja desviada 
por actividades dos concorrentes; 
Definição de autoridade e responsabilidade nos projectos concebidos; 
Detalhamento das tarefas e actividades críticas de implementação; 
 
• Disponibilidade de instrumentos de planeamento e controle 
financeiro; 
• Disponibilidade de recursos financeiros, físicos, técnicos e humanos; 
• Eficácia da liderança dos gerentes; 
• Eficácia na coordenação das actividades de implementação; 
• Instruções e treinamento adequados para o nível médio e inferior de 
empregados; 
• Manutenção, pela alta administração, das prioridades estratégicas 
durante a implementação; 
• Mecanismos de compensação (participação nos lucros, prémios etc.) 
atrelados ao desempenho da implementação estratégica; 
• Patrocínio da alta administração para a implementação; 
• Permanência dos principais formuladores/defensores da estratégia 
durante a implementação. 
 
Modificações básicas na estrutura organizacional da instituição, 
necessárias para a implementação da estratégia; 
Sistemas de informação adequados para monitorar a 
implementação.
49 
49 
 
 
2.6.Características do planeamento estratégico 
O planeamento estratégico apresenta cinco características 
fundamentais: 
 
1. O planeamento estratégico está relacionado com a adaptação da 
organização a um ambiente mutável. Ou seja, sujeito à incerteza a 
respeito dos eventos ambientais. Por se defrontar com a incerteza, 
tem suas decisões baseadas em julgamentos e não em dados 
concretos. Reflecte uma orientação externa que focaliza as respostas 
adequadas às forças e pressões que estão situadas do lado de fora da 
organização. 
 
2. O planeamento estratégico é orientado para o futuro. Seu horizonte 
de tempo é o longo prazo. Durante o curso do planeamento, a 
consideração dos problemas actuais é dada em função dos obstáculos 
e barreiras que eles possam provocar para um almejado lugar no 
futuro. 
 
3. O planeamento estratégico é compreensivo. Ele envolve a 
organização como uma totalidade, abarcando todos os seus recursos, 
no sentido de obter efeitos sinergéticos de todas as capacidades e 
potencialidades da organização. A resposta estratégica da organização 
envolve um comportamento global, compreensivo e sistêmico. A 
participação das pessoas é fundamental nesse aspecto, pois o 
planeamento estratégico não deve ficar apenas no papel, mas na 
cabeça e no coração de todos os envolvidos. São eles que o realizam e 
o fazem acontecer. 
 
4. O planeamento estratégico é um processo de construção de 
50 
50 
 
consenso. Devido à diversidade dos interessados, a necessidades dos 
parceiros envolvidos, o planeamento deve oferecer um meio de 
atender a todos nadirecção futura que melhor convenha para que a 
organização possa alcançar seus objectivos. Para isso, é preciso 
aceitação ampla e irrestrita para que o planeamento estratégico possa 
ser feito por meio dessas pessoas em todos os níveis da organização. 
 
5. O planeamento estratégico é uma forma de aprendizagem 
organizacional. Por estar orientado para a adaptação da organização 
ao contexto ambiental, o planeamento constitui uma tentativa 
constante de aprendera ajustar-se a um ambiente complexo, 
competitivo e susceptível a mudanças. 
 
3.0 Desdobramentos da estratégia 
De acordo com Maximiano (2006), o planeamento estratégico 
deve-se desdobrar em outros planos e meios, sendo eles: 
Planeamento de áreas funcionais, politicas, Planos operacionais, 
projectos e estrutura organizacional. O Processo de 
desdobramento da estratégia torna-se fundamental para que 
haja planos e acções estratégicas bem definidas e que permitam 
um bom processo de gestão estratégica tornando-se 
fundamental para que haja planos e acções estratégicas bem 
definidas e que permitam um bom processo de gestão 
estratégica na organização. Um dos principais modelos de 
desdobramento de estratégias corporativas é o famoso modelo 
proposto pelo Balanced Scorecard (BSC), uma vez que ele foi 
criado com a finalidade de desenvolver um novo grupo de 
medidas de desempenho integradas ao planeamento estratégico 
da organização sem desprezar as medidas financeiras, mas 
integrando-as em um modelo único. 
 
51 
51 
 
 
3.1. Balanced Scorecard 
Inicialmente o Balanced Scorecard surgiu através de um estudo 
realizado entre diversas empresas, denominado como: 
"Measuring Performance in the Organization of the Future", e 
que foi patrocinado pelo instituto Nolan e Norton, em 1990. Esse 
estudo foi motivado pela crença de que grande parte dos 
métodos existentes de medição de desempenho empresarial 
naquela época estavam se tornando insuficientes. A ferramenta 
BSC foi apresentada pelos professores da Harvard Business 
School, Robert S. Kaplan e David P. Norton, em 1992, como um 
modelo inovador de avaliação e performance empresarial, que 
atua como um sistema de suporte à decisão e à gestão 
estratégica (portal de Administração 13.12.18). 
Devido ao seu grande sucesso, o Balanced Scorecard se tornou 
uma metodologia de gestão estratégica e desde então vem 
sendo aplicada com êxito no mundo inteiro em centenas de 
organizações do sector privado, público e não governamental. O 
BSC, traduzido em sua forma literal, significa algo como 
"indicadores balanceados de desempenho", que possuem a 
capacidade de reunir elementos importantes para facilitar e 
acompanhar o andamento da estratégia. O Balanced scorecard 
também leva à criação de uma rede de desempenho que atinge 
todos os níveis organizacionais, tornando-se assim uma 
ferramenta para comunicar e promover o comprometimento 
geral com a estratégia da corporação 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Harvard
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Harvard
52 
52 
 
Fig 3. A estrutura do Balanced Scorecard 
 
3.2.Objectivo do Balanced Scorecard 
O principal objectivo do balanced scorecard é alcançar o 
alinhamento entre o planeamento estratégico da empresa e as 
actividades operacionais que ela exerce. Ele traduz a missão e a 
estratégia em objectivos e medidas, organizados através de 
indicadores que irão informar os funcionários sobre os vectores 
do sucesso actual e futuro. Ao articularem os resultados 
desejados pela empresa, os executivos esperam canalizar a 
energia, a habilidade e o conhecimento de todos os 
colaboradores da organização para alcançar os objectivos de 
longo prazo. Para isso é preciso tomar algumas acções, dentre 
as quais podemos citar: 
 
3.2.1. Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia: A tradução 
da missão estratégica é algo crucial para o desempenho dos 
objectivos organizacionais e deve ser feita por todos os 
gestores, através de um conjunto de objectivos e indicadores 
inerentes a cada departamento (Mapa Estratégico), que 
contribuem para a criação de um consenso entre gestores, 
colaboradores e as actividades da organização em si. 
 
3.2.2. Planear, estabelecer metas e alinhar as iniciativas 
estratégicas: Os gestores (altos executivos) devem identificar e 
estabelecer metas para seus colaboradores, definir processos, 
planejar o desempenho financeiro e também ditar qual o ritmo 
ideal de crescimento da organização. Todo esse planeamento 
deve ser feito em acordo com as capacidades reais da empresa 
e com a projecção de desempenho do mercado que esta 
participa. 
53 
53 
 
 
3.2.3. Melhorar o Feedback e o aprendizado estratégico: O 
feedback e o processo de revisão avaliam o desempenho das 
metas e da estratégia adoptada pela organização. Essa acção 
optimiza as habilidades e o conhecimento dos colaboradores, 
bem como permite melhorar o monitoramento e o controle da 
organização, sob a óptica de quatro perspectivas principais: 
financeira, clientes, processos internos e aprendizagem e 
crescimento. 
 
3.2.4. Comunicar e associar objectivos e medidas 
estratégicas: Permite aos gestores comunicar a estratégia 
ligando os objectivos empresariais aos departamentos. A ideia é 
assegurar aos gestores que todos os níveis da organização 
compreendam as estratégias de longo prazo, e que tanto os 
objectivos departamentais quanto os individuais estão alinhados 
entre si. O balanced scorecard auxilia justamente nesse 
alinhamento (Padoveze, 2007). 
 
4.0. Perspectivas do Balanced Scorecard 
O BSC vai além de medidas de curto prazo, revelando os 
principais vectores que uma organização necessita para possuir 
um desempenho financeiro competitivo e de longo prazo. Sua 
estrutura é formada por quatro perspectivas: financeira, clientes, 
processos internos e perspectiva de aprendizado e crescimento. 
Através de suas perspectivas, podemos perceber que a ideia 
principal do Balanced Scorecard é fornecer uma visão de 
desempenho integrada, englobando seus quatro indicadores, 
como mostra a imagem acima. Vale ressaltar que, a perspectiva 
financeira pode divergir dependendo de cada fase do ciclo de 
vida da empresa. Com isso em vista, Kaplan e Norton definiram 
file:///C:/Users/USER/Documents/Balanced%20Scorecard%20(BSC)%20%20Análise%20e%20aplicação%20%20%20Portal%20Administração_files/Balanced%20Scorecard%20(BSC)%20%20Análise%20e%20aplicação%20%20%20Portal%20Administração.htm
54 
54 
 
os ciclos em apenas três fases, que são: o crescimento, a 
sustentação e a colheita. 
 
 
4.1. Implementação do Balanced Scorecard 
Visto de maneira integrada, o Balanced Scorecard traduz o 
conhecimento, habilidades e sistemas que os funcionários 
precisarão para inovar e construir as capacidades estratégicas, 
entregando valor específico ao mercado e proporcionando ao 
mesmo tempo um aumento do valor do negócio para o 
accionista. No seu processo o BSC está dividido formalmente 
em tarefas que determinam algumas acções a serem 
desenvolvidas. Kaplan e Norton definem quatro processos 
gerenciais para a implementação do BSC, conforme ilustra a 
figura acima: 
O processo de tradução da visão ajuda a construir um consenso 
sobre a visão e a estratégia da organização entre todos os 
colaboradores (desde o alto escalão até as classes mais baixas). 
O resultado desse processo é a tradução da estratégia em 
termos operacionais, ou seja, o desenho dos mapas estratégicos 
(os BSCs). Os mapas estratégicos adicionam mais dinâmica 
temporal à estratégia, trazendo mais clareza e foco para o 
negócio. 
O processo de comunicação e ligação consiste basicamente em 
comunicar a estratégia da empresa tanto no sentido vertical 
quanto horizontal da estrutura,

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