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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS - CCE DEPARTAMENTO DE FÍSICA Física Experimental III – 5274/09 Elementos Resistivos Lineares e Não-lineares Acadêmico(s): Ana Carolina Fernandes Parola RA:112424 Carolina Ferreira dos Santos RA:119776 Carolina Pires Trali RA:117906 Matheus Ferreira da Silva RA:106183 Nathália Cristina Lopes RA:119782 Pedro Richart Demito RA:116777 Professora: Stephany Pires da Silva Maringá-PR 24 de outubro de 2021 Sumário Resumo 3 Introdução 3 Objetivo(s) 6 Fundamentação Teórica 6 Desenvolvimento Experimental 6 Materiais utilizados: 6 Montagem experimental: 7 Resultados e discussões 9 Conclusão 14 Referências 14 2 1. Resumo A resistência de um material está relacionada diretamente com a dificuldade em passar corrente elétrica e pode ser calculada através da razão da Diferença de Potencial (d.d.p) do sistema pela corrente elétrica (i) do mesmo. Caso essa razão seja constante, denomina-se elemento resistivo linear (ou ôhmico). Caso não seja constante, então é chamado de elemento resistivo não-linear. É possível avaliar essa classificação também através da curva característica. Esse experimento teve como objetivo a distinção entre elementos resistivos lineares e não-lineares e a análise da dependência da variação dos resistivos não-lineares. Foi feito com resistor de porcelana, filamento metálico, foto resistor LDR e termistor NTC e resultou-se que o resistor de porcelana é um elemento resistivo linear, o filamento metálico, o foto resistor LDR e o termistor NTC são elementos resistivos não-lineares. 2. Introdução Todos os corpos estão relacionados a uma medida de dificuldade de passagem de corrente, ou seja, existe um valor denominado resistência que é usado para medir o grau em que o objeto pode propagar a corrente. Conseguimos determinar a resistência de um condutor através da equação: 𝑅 = 𝑈𝑖 (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1) Onde: R→ resistência elétrica medida em ohms [Ω]; U→ tensão medida em Volt [V]; i→ corrente elétrica medida em Ampere [A]; Pela teoria, sabemos que os resistores são classificados em dois tipos: linear (ou ôhmico) e não linear. O elemento resistivo linear ou ôhmico é aquele para o qual a razão entre a tensão aplicada e a intensidade de corrente que o atravessa é constante. É representado pela curva característica a seguir: 3 Figura 2.1: Resistor linear. Fonte: Apostila do curso de Física Experimental 3 [1]. Já para os resistores não lineares, a razão entre a tensão e a intensidade da corrente não é constante. O gráfico que representa esse tipo de resistor é representado por uma curva e é mostrado a seguir: Figura 2.2: Resistor não linear. Fonte: Apostila do curso de Física Experimental 3 [1]. Temos que, em cada ponto do gráfico, é definido uma resistência aparente, sendo a razão entre a abscissa e a ordenada correspondente a um ponto da curva característica (i(A)x V(volts)). Esse comportamento de não linearidade da curva característica, pode depender de fatores tais como: temperatura, iluminação, tensão nos terminais do elemento, dentre outros. Logo, podemos fazer a classificação de acordo com esses fatores: a) Resistores PTC e NTC: Resistência variável frente a variações de temperatura. A relação entre a resistência ( R) e a temperatura (T) é dada através da equação: 4 𝑅 = 𝑅𝑜 [1 + α (𝑇 − 𝑇𝑜) + β (𝑇 − 𝑇𝑜)² + 𝑇) ץ − 𝑇𝑜)³ +...] (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2) Onde: R → resistência à temperatura T; Ro → resistência à temperatura To; α,β,ץ → coeficientes cujos valores dependem da temperatura de referência; Os resistores PTC e NTC também conhecidos como termistores, são tipos de sensores em que a relação entre resistência elétrica e a temperatura são conhecidas, mensuráveis e que possuem uma boa tolerância e precisão. São excelentes sensores para aplicações onde é necessária uma alta sensibilidade com as mudanças de temperatura. Os termistores são resistores termicamente estáveis e sensíveis.[5] Eles serão positivos quando um aumento de temperatura provocar um aumento na resistência (PTC). E negativos quando um aumento de temperatura provoca diminuição do valor da resistência (NTC). b) Resistores VDR: VDR (Voltage Dependent Resistor), são também denominados varistores de óxido de zinco ou metal óxido. Estes componentes possuem uma resistência que muda com a tensão aplicada. Tomamos como exemplo o material carbeto de silício, cujo comportamento permite a confecção do VDR. Esta resistência cai abruptamente possibilitando a circulação de correntes intensas quando a tensão ultrapassa certo valor. Esta característica possibilita a sua utilização como protetor de linha de alimentação de aparelhos sensíveis como computadores, para absorver transientes e picos de alta tensão que possam estar presentes na energia.[6] c) Célula foto resistiva (LDR): Resistência variável frente a variações de luminosidade. Nesse caso, temos que quando convenientemente preparado, o sulfeto de cádmio (CdS) apresenta na ausência de luz pouquíssimos elétrons livres na sua estrutura, a 5 resistência é elevada e o material comporta-se como isolante. No entanto, quando ocorre incidência de luz, a substância absorve essa luz, aumentando a quantidade de elétrons livres e fazendo com que o material passe a se comportar como condutor elétrico. Cessada a incidência de luz, tais elétrons retornam ao estado inicial e a substância volta a se comportar como um isolante. A propriedade foto condutora do CdS, é aproveitada para a confecção de um componente de alta utilização em eletrônica. Esse componente é conhecido como LDR (Light Dependent Resistor) ou fotoresistor.[4] A relação entre a resistência elétrica e a intensidade da luz incidente no LDR, pode ser expressa por : 𝑅 = 𝑅𝑜 . 𝐿α (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 3) Onde : R → resistência medida em ohms (Ω ); L → fluxo luminoso sobre a área do LDR, medido em “lux”; Ro e α → constantes, sendo α < 0. A seguir, temos a imagem de alguns exemplos de resistores não lineares: Figura 2.3: Exemplos de resistores não lineares. Fonte: Engeléctrica, Janeiro, 2021.[3] 3. Objetivo(s) Os objetivos deste experimento são: Distinguir elementos resistivos lineares e não lineares, através de determinação experimental de suas curvas 6 características.[4] E também analisar a dependência da variação da resistência com a temperatura e a iluminação para resistores de tungstênio, NTC e LDR. [4] 4. Procedimento Experimental 4.1. Materiais utilizados: ● 2 Multímetros (um como amperímetro e outro como voltímetro); ● 1 Placa de Bornes; ● 1 Fonte de alimentação; ● 1 Resistor de porcelana; ● 1 Lâmpada; ● 1 Foto resistor LDR; ● 1 Termômetro; ● 1 Termistor NTC; ● Cabos tipo banana e jacaré; 4.2. Montagem experimental: Para a medida da corrente devido à presença do resistor de porcelana, com a fonte zerada, o resistor foi conectado na placa de borne com auxílio dos cabos de ligação tipo jacaré, em paralelo com o voltímetro e em série com o amperímetro. Em seguida a fonte de alimentação do circuito foi ligada e sua tensão foi elevada de 0,2 em 0,2 V até 1 V e de 0,5 em 0,5 V de 1 a 5 V. Figura 5.2.1: Representação referente à montagem experimental do resistor de porcelana. Fonte: Slides de aula. [4] 7 Para as medidas de corrente elétrica na presença de um filamento metálico de lâmpada, utilizando a mesma montagem da representação da figura 5.2.1, o resistor de porcelana foi substituído pela lâmpada com a fonte desligada, em seguida, a fonte foi ligada e sua tensão foi elevada de 0,2 em 0,2 V até 1 V e de 0,5 em 0,5 V de 1 a 5 V. Sempre tomando cuidado para elevar a tensão de forma lenta, a fim de que se evitasse a danificação da lâmpada. Para as medidas de resistência do foto resistor LDR, com a fonte de tensão zerada, a lâmpada foi ligada a fonte e um voltímetro foi ligado em paralelo com a lâmpada, o foto resistor LDR foi ligado a um ohmímetro com uma escala selecionada e fixa (inalterada até o fim do experimento)de 20 K .Ω Em seguida a lâmpada foi deslocada para a posição mais distante do LDR e iniciou se as medições, deslocando a haste da lâmpada de 0,5 em 0,5 cm. Figura 5.2.2: Representação referente à montagem experimental do resistor LDR. Fonte: Fonte: Slides de aula. [4] Para as medidas de resistência do termistor NTC, o termistor foi conectado a um ohmímetro, e o termômetro foi posto junto ao sistema, o sistema foi conectado à energia e a resistência elétrica foi registrada de 2°C em 2°C até que atingisse a temperatura de 80°C. A escala do ohmímetro não foi alterada até o fim do experimento (20K ).Ω 8 Figura 5.2.3: Representação referente à montagem experimental do Termistor NTC. Fonte: Slides de aula.[4] Com todas as medições de corrente na presença do resistor de porcelana, na presença do filamento metálico da lâmpada, das resistência do foto resistor LDR e das resistências do Termistor NTC, os resultados foram devidamente anotados, o equipamento é desmontado e posteriormente guardado. Os dados obtidos foram utilizados para fazer todas as análises nas partes posteriores deste relatório. 5. Resultados e discussões Para um resistor de porcelana com resistência de 100 Ω, a partir da variação de tensão (V) da fonte, é obtido os valores presentes na Tabela 6.1. Sabe-se o valor da resistência desse resistor devido a verificação das linhas de cores que indicam a sua resistência nominal. Além disso, pode-se notar que, para variações de tensão inferiores a 1 V, foram obtidos valores referentes às escalas de 2 V e 200 mA de potencial e corrente, respectivamente. No entanto, para variações de tensão entre 1 V e 5 V, os valores obtidos são referentes às escalas de 20 V e 200 mA. 9 Tabela 6.1 - Valores obtidos para o Resistor de Porcelana. (V ± ΔV) V (i ± Δi) mA (RCALC ± δ) Ω Escala (V) Escala (mA) 0,2068 ± 0,0004 2,06 ± 0,07 100,39 ± 3,42 2 200 0,4093 ± 0,0005 4,07 ± 0,09 100,57 ± 2,23 2 200 0,6004 ± 0,0006 5,98 ± 0,10 100,40 ± 1,68 2 200 0,8068 ± 0,0007 8,02 ± 0,12 100,60 ± 1,51 2 200 1,0041 ± 0,0008 10,00 ± 0,13 100,41 ± 1,31 2 200 1,510 ± 0,004 15,05 ± 0,17 100,33 ± 1,16 20 200 2,002 ± 0,004 19,99 ± 0,21 100,15 ± 1,07 20 200 2,515 ± 0,004 25,07 ± 0,25 100,32 ± 1,01 20 200 3,006 ± 0,004 30,02 ± 0,28 100,13 ± 0,94 20 200 3,497 ± 0,005 34,94 ± 0,32 100,09 ± 0,93 20 200 3,999 ± 0,005 39,99 ± 0,36 100,00 ± 0,91 20 200 4,510 ± 0,005 45,22 ± 0,40 99,73 ± 0,89 20 200 5,018 ± 0,005 50,37 ± 0,44 99,62 ± 0,88 20 200 Fonte: Os próprios autores. Observe que, para o cálculo da precisão do voltímetro, na escala de 2 V, cuja resolução (d) no manual do multímetro é de 100 V = 0,0001 V, usa-se aµ seguinte exatidão: ± (0,05 % + 3d). Como também, para a escala de 20 V, cuja resolução (d) no manual do multímetro é de 1 mV = 0,001 V, usa-se também a exatidão de ± (0,05 % + 3d). Somado a essa questão, para o cálculo da precisão do amperímetro, na escala de 200 mA, cuja resolução no manual do multímetro é de 10 A = 0,01 mA, usa-se a seguinte exatidão: ± (0,75 % + 6d).µ Por fim, para o cálculo da incerteza da resistência, usa-se a propagação de erro, a partir da Equação 4.1. ( σ𝑅𝑅 )² = ( σ𝑉 𝑉 )² + ( σ𝑖 𝑖 )² (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 4. 1) 10 Ademais, para o resistor de porcelana, pode ser feita a representação gráfica de seu comportamento, a partir dos valores experimentais obtidos na Tabela 6.1. São feitos, então, dois gráficos: Corrente (mA) versus Potencial (V), conforme a Figura 6.1, e Resistência ( ) versus Potencial (V), conforme aΩ Figura 6.2. Figura 6.1 - Gráfico corrente (mA) versus potencial (V) do Resistor de Porcelana. Fonte: Os próprios autores. Dessa forma, o gráfico da corrente (mA) versus potencial (V), como pode ser visto na Figura 6.1, representa um comportamento linear, do Resistor de Porcelana. Pode-se observar, também, que quanto maior o valor de corrente nesse resistor, maior é o potencial apresentado. 11 Figura 6.2 - Gráfico resistência ( ) versus potencial (V) do Resistor de Porcelana.Ω Fonte: Os próprios autores. Assim, o gráfico da resistência ( ) versus potencial (V), como pode serΩ visto na Figura 6.2, confirma o comportamento linear representado no gráfico anterior, ou seja, a variação de potencial não resulta em variações significativas de resistência, podendo considerar resistência constante, o que é característico de um resistor ôhmico. Da mesma forma, na análise para o Filamento metálico da lâmpada, os valores de tensão (V) e suas respectivas correntes elétricas (mA), representados na Tabela 6.2, foram obtidos a partir da variação de tensão da fonte. Pode-se notar, também, que para variações de tensão inferiores a 1 V, foram obtidos valores referentes às escalas de 2 V e 200 mA de potencial e corrente, respectivamente, e para variações entre 1 V e 5 V foram obtidos valores referentes às escalas de 20 V e 200 mA. 12 Tabela 6.2 - Valores obtidos para o Filamento metálico da lâmpada. (V ± ΔV) V (i ± Δi) mA (RCALC ± δ) Ω Escala (V) Escala (mA) 0,2060 ± 0,0004 29,32 ± 0,28 7,03 ± 0,07 2 200 0,4006 ± 0,0005 37,80 ± 0,34 10,60 ± 0,10 2 200 0,6064 ± 0,0006 44,25 ± 0,40 13,70 ± 0,12 2 200 0,8057 ± 0,0007 50,28 ± 0,44 16,02 ± 0,14 2 200 1,0223 ± 0,0008 56,35 ± 0,48 18,14 ± 0,16 2 200 1,5064 ± 0,0011 68,63 ± 0,58 21,95 ± 0,19 2 200 2,013 ± 0,004 80,01 ± 0,66 25,16 ± 0,21 20 200 2,508 ± 0,004 90,28 ± 0,74 27,78 ± 0,23 20 200 3,026 ± 0,004 100,17 ± 0,81 30,21 ± 0,25 20 200 3,512 ± 0,005 109,91 ± 0,88 31,95 ± 0,26 20 200 4,017 ± 0,005 117,96 ± 0,95 34,05 ± 0,28 20 200 4,515 ± 0,005 126,09 ± 1,01 35,81 ± 0,29 20 200 5,015 ± 0,005 134,00 ± 1,06 37,42 ± 0,30 20 200 Fonte: Os próprios autores. Observe que, como as escalas usadas são as mesmas que a do Resistor de Porcelana, então, são usadas as mesmas equações de precisão anteriores. Isto é, para o cálculo da precisão do voltímetro, na escala de 2 V, cuja resolução (d) no manual do multímetro é de 100 V =µ 0,0001 V, usa-se a seguinte exatidão: ± (0,05 % + 3d). E, para a escala de 20 V, cuja resolução (d) no manual do multímetro é de 1 mV = 0,001 V, usa-se também a exatidão de ± (0,05 % + 3d). Como também, para o cálculo da precisão do amperímetro, na escala de 200 mA, cuja resolução no manual do multímetro é de 10 A = 0,01 mA, usa-se a seguinte exatidão:µ 13 ± (0,75 % + 6d). Da mesma forma, para o cálculo da incerteza da resistência, usa-se a propagação de erro, a partir da Equação 4.1. Somado a essa questão, a partir da observação do experimento, pode-se indicar o momento em que a lâmpada acende, isto é, a partir do momento em que é alçado os valores de 3,026 V e 100,17 mA, é possível visualizar a lâmpada com um brilho significativo. Além disso, para o Filamento metálico da lâmpada, pode ser feita a representação gráfica de seu comportamento, a partir dos valores experimentais obtidos na Tabela 6.2. Dessa forma, são feitos dois gráficos: Corrente (mA) versus Potencial (V), conforme a Figura 6.3, e Resistência (Ω ) versus Potencial (V), conforme a Figura 6.4. Figura 6.3 - Gráfico corrente (mA) versus potencial (V) do Filamento metálico da lâmpada. Fonte: Os próprios autores. Assim, o gráfico da corrente (mA) versus potencial (V), como pode ser visto na Figura 6.3, representa um comportamento não-linear. Observe que quanto maior o valor de corrente no filamento, maior é o potencial apresentado.No entanto, temos a representação de uma curva, ao contrário do Resistor de Porcelana, que apresentou uma reta, característica de comportamento linear ôhmico. 14 Figura 6.4 - Gráfico resistência ( ) versus potencial (V) do Filamento metálicoΩ da lâmpada. Fonte: Os próprios autores. Então, o gráfico da resistência ( ) versus potencial (V), como pode serΩ visto na Figura 6.4, confirma o comportamento não-linear representado no gráfico anterior, ou seja, a variação de potencial provoca uma variação no valor da resistência. Tal fato indica que o resistor não é ôhmico, uma vez que a resistência não se mantém constantedurante a variação de potencial. Ademais, uma comparação entre o Resistor de Porcelana e o Filamento metálico da lâmpada pode ser feita. A partir disso, é nítida a diferença de comportamento entre os dois, pois temos, para o Resistor de Porcelana, um comportamento linear e, para o Filamento metálico da lâmpada, um comportamento não-linear. Tal fato pode ser explicado a partir da observação dos quatro gráficos indicados acima, Figuras 6.1, 6.2, 6.3 e 6.4. Para o fotoresistor LDR, a partir do deslocamento da lâmpada de 0,5 cm em 0,5 cm, são obtidos os valores presentes na Tabela 6.3. 15 Tabela 6.3 - Valores obtidos para o Foto resistor LDR. (R ± ΔR) KΩ d1 (cm) (1 / d²) (cm-2) d2 (cm) Escala (K )Ω 16,309 ± 0,038 0,00 ± 0,05 0,00 13,00 ± 0,05 20 15,209 ± 0,035 0,50 ± 0,05 0,25 12,50 ± 0,05 20 13,988 ± 0,033 1,00 ± 0,05 1,00 12,00 ± 0,05 20 12,609 ± 0,030 1,50 ± 0,05 2,25 11,50 ± 0,05 20 11,207 ± 0,027 2,00 ± 0,05 4,00 11,00 ± 0,05 20 9,722 ± 0,024 2,50 ± 0,05 6,25 10,50 ± 0,05 20 8,569 ± 0,022 3,00 ± 0,05 9,00 10,00 ± 0,05 20 7,997 ± 0,021 3,50 ± 0,05 12,25 9,50 ± 0,05 20 7,574 ± 0,021 4,00 ± 0,05 16,00 9,00 ± 0,05 20 6,720 ± 0,018 4,50 ± 0,05 20,25 8,50 ± 0,05 20 5,892 ± 0,017 5,00 ± 0,05 25,00 8,00 ± 0,05 20 5,064 ± 0,015 5,50 ± 0,05 30,25 7.50 ± 0,05 20 4,305 ± 0,014 6,00 ± 0,05 36,00 7,00 ± 0,05 20 3,507 ± 0,012 6,50 ± 0,05 42,25 6,50 ± 0,05 20 2,822 ± 0,011 7,00 ± 0,05 49,00 6,00 ± 0,05 20 2,362 ± 0,097 7,50 ± 0,05 56,25 5,50 ± 0,05 20 2,063 ± 0,091 8,00 ± 0,05 64,00 5,00 ± 0,05 20 1,662 ± 0,083 8,50 ± 0,05 72,25 4,50 ± 0,05 20 1,345 ± 0,077 9,00 ± 0,05 81,00 4,00 ± 0,05 20 1,095 ± 0,072 9,50 ± 0,05 90,25 3,50 ± 0,05 20 0,861 ± 0,005 10,00 ± 0,05 100,00 3,00 ± 0,05 20 0,577 ± 0,005 10,50 ± 0,05 110,25 2,50 ± 0,05 20 0,392 ± 0,005 11,00 ± 0,05 121,00 2,00 ± 0,05 20 0,285 ± 0,005 11,50 ± 0,05 132,25 1,50 ± 0,05 20 0,218 ± 0,005 12,00 ± 0,05 144,0 1,00 ± 0,05 20 0,155 ± 0,005 12,50 ± 0,05 156,25 0,50 ± 0,05 20 16 Fonte: Os próprios autores. Observe que, para o cálculo da precisão do resistência, na escala de 2K , cuja resolução (d) no manual do multímetro é de 1 = 10-3 , usa-se aΩ Ω Ω seguinte exatidão: ± (0,2 % + 5d). Além disso, d1 indica a variação de comprimento medida a partir do final da haste, extremidade mais longe do LDR, a qual não contém a lâmpada. Já d2 indica a variação de comprimento medida a partir da extremidade mais próxima do LDR, a qual contém a lâmpada. Somado a isso, deve-se observar que quando colocada a extremidade final da haste em 0 cm, a lâmpada, posicionada na outra extremidade da haste, já está 3 cm para dentro, isto é, 3 cm mais próxima do LDR. Note que para a medida da imprecisão da distância, usa-se a metade da menor subdivisão da régua, que no caso é metade de 1 mm (0,05 cm). Outrossim, para o fotoresistor LDR, pode ser feita a representação gráfica de seu comportamento, a partir dos valores experimentais obtidos na Tabela 6.3. Desse modo, pode ser feito o gráfico: Resistência ( ) versusΩ o inverso da distância ao quadrado (1/d²) (cm-2), conforme representado pela Figura 6.5. Figura 6.5 - Gráfico resistência ( ) versus distância (1/d²) do Foto resistor LDR.Ω Fonte: Os próprios autores. 17 Assim, pode-se observar que o LDR é um resistor dependente da luz (Fotoresistor), isto é, não apresenta um comportamento linear, uma vez que quanto maior a distância da lâmpada em relação ao LDR ou menor a incidência de luz no resistor, menor é a sua resistência. Note que se não há luz incidente sobre o LDR, ele se comporta como isolante (> R). No entanto, quando exposto à luz, ele se comporta como condutor (< R). Por fim, para o Termistor NTC, a partir da variação de 2 ºC de temperatura, obteve-se os valores de resistência apresentados na Tabela 6.4. Tabela 6.3 - Valores obtidos para o Foto resistor LDR. 18 (T ± ΔT) ºC T (K) 1/T (K-1) (R ± ΔR) KΩ Escala (K )Ω 19,2 ± 0,5 292,35 0,00342 14,283 ± 0,034 20 20,0 ± 0,5 293,15 0,00341 13,363 ± 0,032 20 22,0 ± 0,5 295,15 0,00339 11,742 ± 0,028 20 24,0 ± 0,5 297,15 0,00337 10,463 ± 0,026 20 26,0 ± 0,5 299,15 0,00334 9,392 ± 0,024 20 28,0 ± 0,5 301,15 0,00332 8,554 ± 0,022 20 30,0 ± 0,5 303,15 0,00329 7,793 ± 0,021 20 32,0 ± 0,5 305,15 0,00327 7,110 ± 0,019 20 34,0 ± 0,5 307,15 0,00326 6,440 ± 0,018 20 36,0 ± 0,5 309,15 0,00323 5,900 ± 0,017 20 38,0 ± 0,5 311,15 0,00321 5,421 ± 0,016 20 40,0 ± 0,5 313,15 0,00320 4,973 ± 0,015 20 42,0 ± 0,5 315,15 0,00317 4,557 ± 0,014 20 44,0 ± 0,5 317,15 0,00315 4,168 ± 0,013 20 46,0 ± 0,5 319,15 0,00313 3,844 ± 0,013 20 48,0 ± 0,5 321,15 0,00311 3,537 ± 0,012 20 50,0 ± 0,5 323,15 0,00310 3,274 ± 0,011 20 52,0 ± 0,5 325,15 0,00307 3,014 ± 0,011 20 54,0 ± 0,5 327,15 0,00306 2,794 ± 0,011 20 56,0 ± 0,5 329,15 0,00304 2,563 ± 0,010 20 58,0 ± 0,5 331,15 0,00302 2,362 ± 0,010 20 60,0 ± 0,5 333,15 0,00300 2,189 ± 0,009 20 62,0 ± 0,5 335,15 0,00230 2,041 ± 0,009 20 64,0 ± 0,5 337,15 0,00297 1,887 ± 0,009 20 66,0 ± 0,5 339,15 0,00295 1,758 ± 0,008 20 68,0 ± 0,5 341,15 0,00293 1,631 ± 0,008 20 19 70,0 ± 0,5 343,15 0,00291 1,513 ± 0,008 20 Fonte: Os próprios autores. Observe que, para o cálculo da precisão do resistência, na escala de 2K , cuja resolução (d) no manual do multímetro é de 1 = 10-3 , usa-se aΩ Ω Ω seguinte exatidão: ± (0,2 % + 5d). Além disso, para a conversão de grau Celsius para Kelvin, basta somar 273,15 ao valor que se deseja converter. Somada a essa questão, a precisão da temperatura é dada a partir da metade da menor divisão na escala graduada do termômetro, a qual, no caso, é 1 ºC, dessa forma, a precisão é 0,5 ºC. Ademais, para o Termistor NTC, também pode ser feita uma representação gráfica de seu comportamento, a partir dos valores experimentais obtidos na Tabela 6.4. Logo, tem-se o gráfico: Resistência (Ω ) versus Temperatura (K), conforme a Figura 6.6. Figura 6.6 - Gráfico resistência ( ) versus temperatura (K) do Termistor NTC.Ω Fonte: Os próprios autores. Portanto, pode-se notar que o Termistor apresenta um comportamento não-linear. Como também, o NTC indica um coeficiente de temperatura negativo, uma vez que o aumento da temperatura provoca uma diminuição da resistência. Da mesma forma, uma diminuição da temperatura provoca 20 um aumento da resistência. Tal comportamento inverso é comprovado a partir da interpretação do gráfico presente na Figura 6.6. 6. Conclusão De acordo com o experimento realizado, foi possível analisar se há ou não correspondência de comportamento entre os resistores experimentados nos devidos intervalos de medição em relação a suas contrapartidas teóricas apresentadas na fundamentação teórica. Como esperado foi observado um comportamento linear para o resistor de porcelana, já quanto ao filamento metálico, fotoresistor (LDR) e termistor (NTC) não apresentaram comportamento ôhmico, ou seja, tiveram um comportamento não linear. Além disso, notou-se que, no caso do fotoresistor (LDR) e do termistor (NTC) as variáveis se comportaram de maneira inversamente proporcional. 7. Referências [1] Atividade para fixação de aprendizado dos experimentos de física experimental III. Iramina, A. S.. Neto, A. M.. Sato, F.. Dias, G. S.. Weinand, W. R.. Maringá, Abril, 2017. [2] Halliday D., Fundamentos de Física Volume 3 – Eletromagnetismo; Editora LTC, 10 edições, 2016. [3] Elementos passivos. Engeléctrica, Janeiro, 2021. Disponível em: https://www.xn--engelctrica-fbb.com/2021/01/elementos-passivos.html?m=1. Acesso em 18 de out. de 2021. [4] Aula 05 - Elementos Resistivos Lineares e não Lineares. Acesso em 25 de outubro de 2021. [5]<https://www.addtherm.com.br/sensores-de-temperatura-ntc-e-ptc/>. Acesso em 30 de outubro de 2021. [6]<https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/almanaque-tecnologico/211-v/ 951-vdrs-voltage-dependent-resistors.html>. Acesso em 30 de outubro de 2021. 21 https://www.xn--engelctrica-fbb.com/2021/01/elementos-passivos.html?m=1 https://www.addtherm.com.br/sensores-de-temperatura-ntc-e-ptc/ https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/almanaque-tecnologico/211-v/951-vdrs-voltage-dependent-resistors.htmlhttps://www.newtoncbraga.com.br/index.php/almanaque-tecnologico/211-v/951-vdrs-voltage-dependent-resistors.html
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