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AP3- Contabilidade Publica_P

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
SOCIEDADE NILZA CORDEIRO HERDY ED. CULT. S/S
 ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DANIEL DA SILVA FERREIRA – 2110019
PRISCILLA GAMA FREITAS – 2110591
ROSE DE LIMA BEZERRA BASTOS – 2110649
SABRINA EVANGELISTA DA SILVA – 2110319
CONTABILIDADE PÚBLICA
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Púbico (NBCASP)
Professor: Aleciano Santana
DUQUE DE CAXIAS – RJ
2021.2
20
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	2
2 CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO	3
3 DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS DE ACORDO COM AS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO – NBCASP.	4
4 CONCEITOS DOS DEMONSTRATIVOS	8
4.1 BALANÇO PATRIMONIAL	8
4.2 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO	8
4.3 BALANÇO FINANCEIRO	9
4.4 DEMONSTRAÇÕES DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS	10
4.5 DEMONSRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA	11
4.6 DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ECONÔMICO	12
4.7 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO	13
5 MUDANÇAS COM O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO	14
6 DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS DA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO	16
6.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO	16
6.2 BALANÇO FINANCEIRO	19
6.3 BALANÇO PATRIMONIAL	20
6.4 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS	22
6.5 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA	24
6.6 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO	25
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS	26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	27
1 INTRODUÇÃO
É de suma importância deixar claro que a gestão pública se dá por uma imposição constitucional, as prestações de contas da utilização de recursos públicos e um ato mais importante a sociedade, tendo em vista que a população e quem gera uma volumosa parte de recursos que são adquiridos por meio de tributos. Uma grande e importante ferramenta que torna possível o entendimento da situação patrimonial, financeira e orçamentaria, são as demonstrações contábeis, por isso deve-se zelar pela transparência, eficiência e eficácia dos dados seguindo o princípio constitucional da publicidade, o cidadão tem o direto de acesso às informações das administrações públicas, que são sempre demostradas sobre o patrimônio de forma compreensível.
A contabilidade tem diversos métodos e ferramentas para que seja feito as atividades, sabendo disso, os contadores e contabilistas fazem uso das notas explicativas para que não seja interpretado de forma incorreta, as notas esclarecem todos os possíveis procedimentos sobre os critérios e formas das contabilizações adotadas, junto com outras explicações relevantes. A lei Federal nº 4.320/64 que torna obrigatório a elaboração do balanço patrimonial e a Lei de responsabilidade fiscal não diz nada sobre a utilização das notas explicativas. Porém a Norma de Contabilidade Aplicada ao setor Público, e o manual de contabilidade aplicada ao setor público os Demonstrativos Fiscais, apontam que suas elaborações são pertinentes, dessa forma podemos observar que há existência e orientações sobre a elaboração das notas, entretanto não se fazia necessário até o encerramento e publicação do mesmo, pois o MCASP e NBCASP são foram iniciados no ano de 2011. 
Quando o profissional contábil começa a lidar com esfera pública, devem fazer os levantamentos necessários com dados fidedignos, evidenciando todas as informações dos demonstrativos contábeis em conjuntos com as notas técnicas explicativas ou não, para que se possa tomar a decisão de forma mais benéfica para população.
2 CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
De acordo com a NBC T 16 – NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO: 
“Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público.” (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.437/13)
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público tem como objetivo assegurar o controle do Patrimônio Público, disponibilizando aos usuários dados relativos aos resultados obtidos e as vertentes da categoria orçamentária, econômica, financeira e física dos recursos pertencentes ao setor público e suas variações, em auxílio à metodologia para tomada de decisão, efetiva prestação de conta e controle social.
	
3 DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS DE ACORDO COM AS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO – NBCASP. 
Este capítulo discutirá a importância e os desafios das demonstrações contábeis aplicáveis ​​ao setor público e o processo de convergência com as normas internacionais. Com base na necessidade de fortalecer o controle e a transparência dos diferentes departamentos administrativos e de revisar a diversidade da estrutura de poder da aliança, a Comissão Federal de Contabilidade emitiu as Normas Brasileiras de Contabilidade do Setor Público (NBCASP). A seguir, na Figura 1, é apresentada a estrutura da nova contabilidade aplicada ao setor público.
As Normas Brasileiras de Contabilidade do Setor Público, emitidas em 2008, têm como objetivo permitir ao Brasil acompanhar os movimentos contábeis existentes em outros países e sempre buscar atender aos padrões internacionais. Diante disso, o Conselho Federal de Contabilidade, com propósito de impulsionar esta harmonização criou o Comitê Gestor da Convergência, com a finalidade de tornar-se até o ano de 2012, as NBCASP em conformidade com as resoluções do Conselho Internacional de Normas Contábeis (IASB – Internacional Accounting Standords Boards), bem como as Normas Internacionais de Auditoria e Asseguração emitida pela Federal Internacional de Contadores (IFAC – Internacional Federation of Accountants). Cabe salientar, que as NBCASP se originam das traduções das International Public Sector Accounying Satandart (IPSAS), as quais são emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público (IPASASB – Internacional Public Sector Accounting Standards Board). Em 28 de março de 2008, através da Resolução Nº. 1.121, as Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público foram editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. Sendo alteradas pela Resolução Nº. 1.268, em 10 de dezembro de 2009, com o intuito de estruturar o conceito para elaboração das demonstrações contábeis, propondo cumprir as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal, e as Normas Gerais de Direito Financeiro para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços das três esferas de governo. De acordo com os ensinamentos de Azevedo: As 10 (dez) primeiras normas de contabilidade aplicadas ao setor público vêm trazer profundos impactos não só na escrituração contábil dos fatos contábeis próprios do setor público, mas também trará reflexos comportamentais no cotidiano dos contabilistas (AZEVEDO, 2009, p.33). A seguir, aprofundam-se os estudos da sexta Norma de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, que trata das Demonstrações Contábeis, ao estabelecer quais demonstrações contábeis deverão ser elaboradas e divulgadas pelas entidades públicas, tais como: Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Balanço Patrimonial; Demonstração das Variações Patrimoniais; Demonstração dos Fluxos de Caixa; e Demonstração do Resultado Econômico. 23 A Lei Nº. 4.320, de 17 de março de 1964, em seu artigo 101 assegura que os resultados do exercício serão apresentados nos seguintes demonstrativos: Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números 12, 13, 14 e 15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos números 1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 16 e 17. Com o advento da Resolução Nº. 1.133, de 21 de novembro de 2008 passa a definir Demonstração Contábil como “a técnica contábil que evidencia, em período determinado, as informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio de entidades do setor público e suas mutações”. 
De acordo com Silva (2013, p.227), a edição da NBCASP T 16.6 criou outros demonstrativoscontábeis, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Resultado Econômico”. Diante do exposto, a NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis elenca as demonstrações contábeis a serem elaboradas e divulgadas pelas entidades do campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, quais sejam: (a) Balanço Patrimonial; (b) Balanço Orçamentário; (c) Balanço Financeiro; (d) Demonstração das Variações Patrimoniais; (e) Demonstração dos Fluxos de Caixa; (f) Demonstração do Resultado Econômico. (Excluída pela Resolução CFC n.º 1.437/13) (g) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; e (Incluída pela Resolução CFC n.º 1.437/13) (h) Notas Explicativas. (Incluída pela Resolução CFC n.º 1.437/13)
Para o professor Silva (2013, p. 227), a Lei de Responsabilidade Fiscal “criou a Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido”. Vale salientar, que os respectivos demonstrativos devem ser acompanhados por anexos, e outros relatórios exigidos por lei, bem como por notas explicativas. As demonstrações contábeis deverão apresentar informações extraídas dos registros e dos documentos que fazem parte do sistema contábil da entidade, contendo a identificação da entidade do setor público, da autoridade responsável, bem como do contabilista. A Norma em estudo, em seu item onze, também trata da maneira correta da divulgação das demonstrações contábeis, e de suas versões simplificadas, as quais são disponibilizadas para a sociedade e órgãos fiscalizadores, são elas: (a) publicação na imprensa oficial em qualquer das suas modalidades; (b) remessa aos órgãos de controle interno e externo, a associações e a conselhos representativos; (c) a disponibilização das Demonstrações Contábeis para acesso da sociedade em local e prazos indicados; e, (d) disponibilização em meios de comunicação eletrônicos de acesso público. Avante, será analisada cada um dos demonstrativos contábeis fixados pela Lei Nº. 4.320/64 e NBC T 16.6.
4 CONCEITOS DOS DEMONSTRATIVOS
4.1 BALANÇO PATRIMONIAL
Se trata de um demonstrativo contábil que evidencia a situação patrimonial da entidade pública, tanto de forma quantitativa quanto qualitativa, em uma determinada data. Essa situação pode ser observada através das contas representativas do patrimônio líquido: ativo, passivo e patrimônio líquido, além das contas de compensação.
De acordo com Rosa (2013), o balanço patrimonial apresenta uma visão estática da entidade em determinada data.
As contas no balanço patrimonial são apresentadas utilizando a Classe 1 para Ativo e Classe 2 para passivo e patrimônio líquido e os ativos devem ser organizados em ordem crescente de conversibilidade, enquanto o passivo segue em ordem decrescente de exigibilidade.
Para atender as normais legais e contábeis vigentes o balanço patrimonial deve apresentar a seguinte estrutura:
a. Quadro principal;
b. Quadro dos ativos e passivos financeiros e permanentes;
c. Quadro das contas de compensação (controle);
d. Quadro do superávit/déficit financeiro.
4.2 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
Esse demonstrativo está previsto no artigo 102 da Lei Federal 4.320/1964 que dispõe que o balanço orçamentário irá demonstrar as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.
O objetivo do balanço orçamentário é apresentar as receitas e despesas orçamentárias de acordo com a categoria econômica, confrontar o orçamento inicial e as alterações ocorridas com a execução do orçamento, demonstrar o resultado orçamentário. Além disso, deve discriminar:
· receitas orçamentárias de acordo com sua categoria econômica e origem, 
· despesas orçamentárias por categoria econômica e grupo de natureza,
· valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária e de outras dívidas deverão constar, destacadamente, nas receitas de operações de crédito internas e externas e, nesse mesmo nível de agregação, nas despesas com amortização da dívida de refinanciamento.
· O superávit financeiro utilizado para a reabertura de créditos adicionais e o valor do crédito adicional reaberto de um exercício para o outro deverão ser evidenciados no campo saldo de exercícios anteriores, do balanço orçamentário.
De acordo com o MCASP esse demonstrativo deve ser composto por:
a. Quadro principal,
b. Quadro da execução dos restos a pagar não processados,
c. Quadro da execução dos restos a pagar processados.
4.3 BALANÇO FINANCEIRO
Já o balanço financeiro está previsto no Artigo 103 da Lei nº4.320/1964 que dispõe que esse demonstrativo deve evidenciar: “a receita e despesa orçamentária, bem como os recebimentos e pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte”.
De forma mais simples, podemos dizer que o BF é o demonstrativo que mostra o fluxo financeiro de determinada entidade pública. Segundo Silva (2014), esse fluxo de disponibilidades é formado pelo saldo anterior mais as entradas do período, menos as saídas, que resultarão no saldo do período, demonstrando as receitas e as despesas.
Sendo assim, podemos dizer que o BF representa o fluxo de caixa da entidade tanto da perspectiva orçamentária quanto extraorçamentária e esse demonstrativo deve apresentar as seguintes informações:
· A receita orçamentária (RO) realizada por destinação de recurso (destinação vinculada e/ou destinação ordinária).
· A despesa orçamentária (DO) empenhada por destinação de recurso (destinação vinculada e/ou destinação ordinária).
· As transferências financeiras recebidas (TFR) e concedidas (TFC) decorrentes, ou não, da execução orçamentária.
· Os recebimentos (RE) e os pagamentos (DE) extraorçamentários.
· O saldo inicial (SI) e o saldo final (SF) em espécie (caixa e equivalente de caixa e valores de terceiros, que representam os ativos financeiros (F) da entidade).
4.4 DEMONSTRAÇÕES DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
De acordo com o art. 104 da Lei nº4.320/1964 esse demonstrativo deverá evidenciar as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, além de indicar o resultado patrimonial do exercício.
Portanto, podemos dizer que a DVP irá evidenciar as transações quantitativas que ocorrem no patrimônio. 
O resultado patrimonial do período é apurado pela diferença entre as variações patrimoniais quantitativas aumentativas (VPA) e diminutivas (VPD), podendo ser superavitário (VPA > VPD), nulo (VPA = VPD) ou deficitário (VPA < VPD). Esse resultado patrimonial irá impactar no patrimônio líquido da entidade.
Podemos dizer que esse demonstrativo possui semelhança com a Demonstração do Resultado do Exercício que é apresentado pelas empresas privadas. Porém, a DRE apresenta o resultado em termos de lucro ou prejuízo líquido, mostrando dessa forma o desempenho da empresa. Já no setor público o resultado patrimonial não mostra desempenho, apenas evidencia as variações quantitativas do período, fornecendo informações importantes para o planejamento orçamentário, transparência, controle social, etc.
A estrutura da DVP apresenta:
· Receita, correspondente às variações patrimoniais aumentativas.
· Despesa, correspondente às variações patrimoniais diminutivas.
· Parcela do resultado de coligadas e empreendimento controlado em conjunto mensurada pelo método da equivalência patrimonial.
· Ganhos ou perdas antes dos tributos reconhecidos na alienação de ativos ou pagamento de passivos relativos a operações em descontinuidade.
· Resultado do período.
Além disso, em conformidade com a NPC TSP 11 (CFC, 2018) também deverá ser divulgado como alocações do resultado do período o resultado atribuível aos acionistas não controladores e o resultado atribuível aos acionistas não controladores da entidade.
4.5 DEMONSRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
Se trata de um demonstrativo que se tornou obrigatória para todos os órgão e entidades abrangidos pelo CASP a partir de 2015.
De acordo com a NBC TSP 12, as informações contidas na DFC podem proporcionar muitos benefícios, tais quais: Auxiliar os usuários a prever futuras necessidades de caixa, habilidade de gerar fluxos de caixano futuro, financiar alterações no escopo e natureza de suas atividades; apresentar os meios pelos quais a administração mostra o cumprimento dos requisitos exigidos pelo processo de accountability referentes às entradas e saídas de caixa ocorridas durante o exercício financeiro, melhorar a comparabilidade dos relatórios de desempenho operacional de diferentes entidades, eliminando os efeitos decorrentes do uso de diferentes tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos, entre outros.
A DFC deverá identificar as fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa, os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações contábeis e o saldo do caixa na data das demonstrações.
Além disso, o principal objetivo da DFC é fornecer informações importantes sobre os recebimentos e pagamentos realizados em determinado período com os recursos financeiros (caixa e equivalente de caixa) administrados pela entidade pública. Dessa forma os usuários conseguem analisar juntamente com os outros demonstrativos contábeis a capacidade que determinada entidade possui para gerar e consumir caixa e equivalentes.
De acordo com o MCASP, a DFC deve ser elaborada apresentando a seguinte estrutura:
a. Quadro principal.
b. Quadro de transferências recebidas e concedidas.
c. Quadro de desembolsos de pessoal e demais despesas por função.
d. Quadro de juros e encargos da dívida.
4.6 DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ECONÔMICO
O principal objetivo desse demonstrativo é evidenciar o resultado econômico decorrente das ações tomadas pelos gestores de determinada entidade pública. De acordo com Kohama (2014), com esse demonstrativo também é possível realizar uma análise da eficiência da gestão pública através do confronto entre a receita econômica, o custo dos serviços e bens adquiridos para a população e o resultado econômico das transações no setor público.
Atualmente, de acordo com a legislação vigente, esse é um demonstrativo facultativo para os órgãos e entidades públicas, podendo ser apresentado como informação adicional para os usuários.
A DRE deve apresentar as seguintes informações:
· receita econômica ligada aos serviços prestados e bens ou produtos
que foram fornecidos pelo ente público;
· custos e despesas utilizados para a prestação do serviço ou, ainda,
elaboração do bem ou produto;
· valor do resultado apurado.
4.7 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Se trata de um demonstrativo obrigatório apenas para as empresas estatais dependentes constituídas sob a forma de sociedades anônimas, já para os demais órgãos e entidades públicas esse demonstrativo é facultativo.
A DMPL tem a função de evidenciar as mutações, aumento ou redução, que ocorreram no Patrimônio Líquido das entidades públicas em determinando período. Além disso, a DMPL também serve para fornecer informações para o Anexo das Metas Fiscais, integrante do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentais (LDO) já que no anexo das metas fiscais deve constar a evolução do patrimônio líquido da entidade dos três últimos exercícios.
Seguindo orientação do MCASP e da NBC TSP 11, na demonstração do patrimônio líquido deverá ser evidenciado:
a. O resultado do período.
b. Cada item de receita e de despesa do período que seja reconhecido diretamente no patrimônio líquido em virtude de norma específica (ex.: aumento ou redução por reavaliação e ganhos, quando utilizada a reserva de reavaliação, ou perdas decorrentes de ajustes específicos de conversão para moeda estrangeira).
c. Ajustes de exercícios anteriores.
d. A destinação do resultado, como, por exemplo, constituição de reservas e a distribuição de dividendos.
e. As transações de capital com os proprietários, como, por exemplo: o aumento de capital, a aquisição ou venda de ações em tesouraria, os juros sobre capital próprio e as distribuições aos proprietários.
f. Para cada item do patrimônio líquido divulgado, os efeitos das alterações nas políticas contábeis e da correção de erros.
5 MUDANÇAS COM O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
O método de mutação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público segue as mesmas diretrizes que a Contabilidade Aplicada ao Setor Privado, dando foco ao patrimônio, mantendo ainda algumas particularidades do orçamento que dita a Lei 4.320/64 e a LRF com seu foco financeiro. (CASTRO, 2010)
Castro (2010, p. 107) ressalta aspectos positivos dessas mudanças: 
a. Uniformidade de procedimentos contábeis nos aspectos patrimoniais entre setor público e privado;
b. Aderência aos conceitos e regras internacionais;
c. Aprimoramento e aprofundamento nos conceitos e nas técnicas especificas de cada área: aspectos aderentes à ciência contábil, aspectos orçamentários aderentes aos aspectos econômicos e aspectos financeiros aderentes às regras fiscais;
d. Plano de contas único para as três esferas do governo: Federal, Estadual Distrito Federal e Municípios;
e. Ganho de escala com economicidade e padronização de procedimentos nos sistemas informatizados para empresas que atendam Municípios de Estados diferentes
f. Ganho de Governabilidade e economicidade para gestores que contratam sistemas informatizados de contabilidade pela concorrência entre eles e menor risco do gestor que resolveu trocar de fornecedor;
g. Melhoria no ensino de contabilidade pública pela padronização dos conceitos patrimoniais.
O Conselho Federal de Contabilidade em 2011, institui as 10 primeiras Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público através das resoluções, enquanto órgão regulador das práticas contábeis no Brasil.
Essas normas internacionais contábeis adotadas pelo Setor Público (NICSP) entraram em vigor em 2012 e deram maior visibilidade à situação patrimonial da União, de Estados e Municípios.
Outros êxitos elencados: maior transparência, melhor compreensão e comparabilidade dos demonstrativos contábeis entre países, possibilitar a troca de informações e prover menor risco para investidores, e ainda facilitar as auditorias contábeis, financeiras e análises comparativas de resultados.
 
6 DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS DA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO 
6.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis
 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis
 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis
6.2 BALANÇO FINANCEIRO
 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis
		
 6.3 BALANÇO PATRIMONIAL
X
 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis
 
 6.4 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 
 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis
 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis
6.5 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
	 
 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis
6.6 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho visou demostrar como são utilizadas as ferramentas contábeis por um profissional qualificado no setor público, evidenciando a evolução econômica e financeira da instituição em determinados exercícios.
A análise dessas demonstrações contábeis são instrumentos interpretativos, transformando sua leitura em um conjunto de dados que darão origem na tomada de decisão por seus gestores de acordo com a necessidade da população, pois, esses instrumentos podem determinar saldos negativos e/ou positivos para solucionar determinados problemas, seja ele básico ou complexo, como a COVID-19, que impactou todo o mundo.
O Profissional deve balizar-se de forma ética e responsável quando se tratar de verbas públicas,tendo em vista que, esses dados estão disponíveis para qualquer pessoa analisar.
Seus guardiões devem sempre demonstrar que o melhor está sendo feito para a população, através de maior transparência e disponibilização de demonstrativos de fácil compreensão. 
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEZERRA FILHO, João Eudes
Contabilidade aplicada ao setor público: abordagem objetiva e didática / João Eudes Bezerra Filho. – 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2021.
DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/web/multirio/demonstracoes-contabeis. Acesso em: 28 de outubro de 2021
KOHAMA, H. Contabilidade pública: teoria e prática. 11 ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
MCASP. Disponível em: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/manual-de-contabilidade-aplicada-ao-setor-publico-mcasp/2019/26. Acesso em: 26 de outubro de 2021.
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO: 
Disponível em: https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2018/04/Publicacao_Setor_Publico.pdf . Acesso em: 26 de outubro de 2021.
ROSA, M. B. Contabilidade do setor público. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
SILVA, V. L. A nova contabilidade aplicada ao setor público: uma
abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2014.
OS IMPACTOS DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO BRASILEIRO. Disponível em: https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo-osimpactosdasnormasinternacionaisdecontabilidadeaplicadaaosetorpublicobrasileiro.pdf. Acesso em: 31 de outubro de 2021.
Lei Federal nº4.320/1964
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4320-17-marco-1964-376590-normaatualizada-pl.html Acesso em: 31de outubro de 2021.
Lei de Responsabilidade Fiscal
https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/execucao-orcamentaria-e-financeira/lei-de-responsabilidade-fiscal Acesso em: 31de outubro de 2021.

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