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MAPA MENTAL Anticoagulantes Antiagregantes plaquetários fibrinolíticos Elaborado por Anelize Roveri Arcanjo. COAGULAÇÃO SANGUÍNEA A coagulação sanguínea é a conversão de sangue líquido em um coágulo. É necessária quando ocorre alguma lesão tecidual, porém, quando ocorre em outras ocasiões pode levar a falta de oxigênio de alguns tecidos devido a formação de trombo. O evento principal é a conversão de fibrinogênio em fibrina por ação da trombina Fatores de coagulação Os fatores de coagulação estão presentes no sangue como precursores inativos (zimogênios) de enzimas proteolíticas e cofatores. Estes são ativados por proteólise. Os fatores XIIa, XIa, Xa e IXa são todos serina-proteases. A ativação de cada fator catalisa a formação de quantidades maiores do fator seguinte, e assim sucessivamente. Esta cascata enzimática deve ser controlada por inibidores, caso contrário, todo o sangue do corpo se solidificaria após o início do processo de hemostasia. Um dos fatores mais importantes é a antitrombina III, que neutraliza todas as serina-proteases Pode ser formada por 2 vias: Via intrínseca Via Extrínseca Todos os componentes estão presentes no sangue. É ativada quando o sangue extravasado entra em contato com alguma superfície. Nesta via, ativada pela lesão tecidual (15 a 20 segundos), o dano no tecido expõe o sangue ao fator tecidual, iniciando o processo e levando a formação de pequena quantidade de trombina. Alguns componentes vêm de fora do sangue. COAGULAÇÃO SANGUÍNEA A coagulação sanguínea é sustentada pela formação de mais fator Xa pelo complexo IXa-VIIIa-Ca2+-fosfolipídios. O fator Xa em presença de Ca2+ converte protrombina em trombina. Antiplaquetários x Anticoagulantes x Fibrinolíticos? Os antiplaquetários agem nos trombos arteriais e auxiliam na prevenção do infarto agudo do miocárdico e dos acidentes vasculares cerebrais. Os anticoagulantes limitam a formação de fibrina e auxiliam na prevenção de tromboembolismo venoso. Já os agentes fibrinolíticos são mais utilizados em situações clínicas de trombose e oclusão arteriais agudas, como no infarto agudo do miocárdio. ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO CLÍNICO REAÇÕES ADVERSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ÁCIDO ACETILSALICÍLICO Inibe irreversivelmente, por acetilação, a atividade da cicloxigenase 1 e 2; com isso, há diminuição da síntese de tromboxano A2 pelas plaquetas, que é um potente agregador plaquetário e vasoconstritor Doenças reumáticas e cardiovasculares, sendo útil, por exemplo, em todas as síndromes coronarianas; Trombose vascular periférica; Fibrilação atrial (alternativa em paciente que não pode usar anticoagulante oral); Próteses valvares cardíacas; Doença cerebrovascular. Na prevenção secundária, os benefícios são claramente maiores do que os riscos; na prevenção primária, o uso de escores para estratificação de risco dos pacientes é fundamental. Síndrome de Reye; Úlcera péptica; Risco de sangramento do TGI Administrar com alimentos para reduzir os efeitos adversos no TGI. Com anticoagulantes orais e heparina: aumento do risco de hemorragias. Com betabloqueadores, diuréticos, inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs): diminuição do efeito anti- hipertensivo. CLOPIDOGREL Inibe seletivamente a agregação plaquetária, ao impedir a transformação do receptor glicoproteína IIb-IIIa em sua forma ativa, ao inibir a ligação do difosfato de adenosina ao seu receptor nas plaquetas. A glicoproteína IIb-IIIa é uma integrina de membrana plasmática que se liga ao fibrinogênio e ao fator de von Willebrand, mediando a agregação plaquetária. Redução de eventos aterotrombóticos em pacientes com história recente de IAM e AVE isquêmico; Doença arterial periférica estabelecida; Prevenção de complicações trombóticas em pacientes pós-ACTP com stent. Tem sido recomendado em pacientes que não toleram o ácido acetilsalicílico devido a sangramento digestivo. . Hemorragias, Dor abdominal, Dispepsia, Constipação, Úlcera péptica, Diarreia Com ácido acetilsalicílico, AINEs, heparina ou varfarina: risco de sangramentos. Em altas doses, pode interferir no metabolismo de amiodarona, cisaprida, ciclosporina, diltiazem, fluvastatina, irbesartano, losartano, antidiabéticos orais, fenitoína, quinidina, sildenafil, tamoxifeno, furosemida, verapamil e alguns AINEs.. ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO CLÍNICO REAÇÕES ADVERSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS CILOSTAZOL Inibe, reversivelmente, a agregação plaquetária induzida pelo difosfato de adenosina (ADP), colágeno, ácido araquidônico, epinefrina, tromboxano A2, fator de ativação plaquetário e o estresse associado à deformação da plaqueta (shear stress). Manejo da claudicação intermitente na doença vascular periférica. Cefaleia, Diarreia, Fezes anormais, Rinite, Edema periférico, Tontura Com antifúngicos, macrolídeos, omeprazol, ticlopidina, isoniazida, delavirdina, fluvoxamina, genfibrozil, inibidores da protease, doxiciclina e verapamil: aumento do seu nível sérico. Com AINES: aumento do risco de sangramento. PENTOXIFILINA Aumenta a deformidade eritrocitária, reduzindo a agregação eritrocitária e plaquetária. O mecanismo por meio do qual exerce esses efeitos não é conhecido. Esse fármaco é capaz de reduzir levemente a resistência periférica quando administrado em altas doses ou por infusão rápida. Claudicação intermitente Em altas doses, pode ocorrer flush (rubor facial com sensação de calor), sensação de plenitude gástrica, náuseas, vômitos ou diarreia. Ocasionalmente, pode ocorrer arritmia cardíaca, prurido, urticária, broncoespasmo, cefaleia, agitação e transtornos do sono. Ingerir preferencialmente após as refeições. Com anti-hipertensivos, antidiabéticos e insulina: efeito potencializado desses fármacos. anticoagulantes FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO CLÍNICO REAÇÕES ADVERSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS HEPARINA NÃO FRACIONADA Liga-se à antitrombina IlI. Uma vez ligada à antitrombina Ili, esse anticoagulante natural tem seu efeito potencializado, resultando em inativação de vários fatores de coagulação, entre eles, os fatores XII, XI, X, IX e a trombina Profilaxia e tratamento da TVP em pacientes submetidos a cirurgias ou imobilizados; tratamento do TEP sem comprometimento hemodinâmico significativo; Angina instável e IAM (associado ao ácido acetilsalicílico); durante realização de ACTP. É o anticoagulante de escolha na gestação, pois não atravessa a membrana placentária e não tem sido associado a malformações fetais. Compatível com a lactação. A heparina é comumente continuada durante a iniciação da terapia com varfarina para assegurar anticoagulação e proteger contra hipercoagulabilidade transitória. A anticoagulação plena com heparinana fase aguda é controlada pelo TTPa. Hemorragias (hematúria, hematomas subcutâneos nos pontos de injeção); Hipersensibilidade (eritema, asma brônquica, febre medicamentosa, espasmos vasculares); Alopecia reversível; Trombocitopenia. Com o ácido acetilsalicílico, dipiridamol, varfarina, ticlopidina, clopidogrel: aumento do risco de hemorragia. Com anti-histamínicos, tetraciclinas, quinino, nicotina e glicosídeos cardíacos ( digoxina): aumento do efeito anticoagulante. ENOXAPARINA (HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR) Derivada da clivagem química ou enzimática da heparina não fracionada. Liga-se à antitrombina III de forma semelhante à heparina não fracionada; entretanto, devido ao pequeno tamanho, exerce sua atividade anticoagulante principalmente pela inibição do fator Xa. Tratamento da TVP; profilaxia da TVP e recidivas associadas à cirurgia ortopédica, à cirurgia geral e em recidivas em pacientes acamados; prevenção da coagulação do circuito extracorpóreo durante hemodiálise; Tratamentoda angina instável e do IAM sem supradesnível de ST. Hemorragias de grande porte, incluindo sangramento retroperitoneal e intracraniano; Trombocitopenia. No caso de aparecimento de púrpura ou placas eritematosas, infiltradas e dolorosas deve-se interromper o tratamento. Para TFG <30, prefere-se a utilização da heparina não fracionada. Desaconselha-se o seu uso concomitante com salicilatos sistêmicos ácido acetilsalicílico e outros AINEs, clopidrogrel, glicocorticoides sistêmicos, agentes trombolíticos e anticoagulantes e outros agentes antiplaquetários pelo risco aumentado de sangramentos. Recomenda-se a monitoração da contagem de plaquetas antes do início do tratamento e periodicamente. Não é necessário monitorar o TTPA. anticoagulantes FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO CLÍNICO REAÇÕES ADVERSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS VARFARINA Antagonista da vitamina K, que é essencial na síntese hepática de vários fatores de coagulação - o fator II (protrombina), fatores VII, IX e X, além da proteína C e da proteína S. Pelo fato de o fator X e a protrombina terem uma meia-vida de mais de dois dias, a redução de todas as proteínas da coagulação na faixa terapêutica (aproximadamente 20% do normal) ocorre somente após 3-4 dias de tratamento. Esse fármaco não apresenta efeito direto sobre o trombo já formado, mas impedem a sua extensão. Dessa forma, utiliza-se a heparina não fracionada para assegurar a anticoagulação no início do tratamento. Seu efeito terapêutico é monitorado pela medida do tempo de protrombina (TP) e pela referência internacional de tromboplastina (INR). O TP aumentado se traduz em aumento no INR. Para a maior parte das indicações, como prevenção primária ou secundária de eventos tromboembólicos, o INR-alvo é entre 2 e 3. Pacientes com trombofilias ou próteses mecânicas, especialmente da válvula mitral, requerem INR-alvo maior, podendo variar de 2 a 4,5. Prevenção primária e secundária da TVP; prevenção do embolismo sistêmico em pacientes com prótese valvar cardíaca, Fibrilação atrial crônica; Prevenção de AVE, IAM recorrente e em pacientes com IAM prévio e trombos intracardíacos. - Pode ser administrada com ou sem alimentos. Tomar sempre no mesmo horário do dia. - Durante o tratamento, o paciente deve evitar o consumo de bebidas alcoólicas. - Pacientes idosos podem requerer doses menores de varfarina, pois podem apresentar maior resposta TP /INR do que o esperado. Hemorragias e necrose da pele e de outros tecidos; Reações de hipersensibilidade; Hepatite; Elevação das transaminases; Dor abdominal; Edema Febre; Rash cutâneo; Astenia; Anorexia; Náuseas; Atravessa a placenta, não sendo administrada nos primeiros meses de gestação por ser teratogênica. Com barbitúricos, carbamazepina, doxiciclina, fenitoína, rifampicina: aumento do metabolismo da varfarina; Com acetaminofeno, ácido nalidíxico, agentes antidiabéticos, sulfonilureia, agentes tireoidianos, amiodarona, anabolizantes esteroides, analgésicos opioides, anestésicos inalantes, AINEs, antifúngicos, antibióticos, cimetidina, ticlopidina: aumento do risco de sangramento. Com colestiramina: absorção reduzida no TGI. RIVAROXABANA Age como inibidor direto do fator Xa. A máxima inibição do fator Xa ocorre quatro horas após uma dose. Tratamento da TVP. Não apresenta efeitos adversos e interações medicamentosas quanto a varfarina, porém não se pode monitorizar seu efeito pelo INR, diferentemente da varfarina. Não apresenta efeitos adversos e interações medicamentosas quanto a varfarina, porém não se pode monitorizar seu efeito pelo INR, diferentemente da varfarina. TROMBOLÍTICOs FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO USO CLÍNICO REAÇÕES ADVERSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ALTEPLASE Transforma o plasminogênio em plasmina, que degrada o fibrinogênio e a fibrina em produtos de degradação do fibrinogênio. Dessa forma, sua ação ocorre no trombo já formado. Tratamento do IAM (redução de dano miocárdico e de remodelamento cardíaco e redução de mortalidade) É necessário o uso concomitante com heparina e ácido acetilsalicílico, apesar do risco aumentado de sangramento. Hemorragia Hipotensão Com heparina não fracionada, heparina de baixo peso molecular, AINEs, ticlopidina, clopidogrel e anticoagulantes orais: aumento do risco de sangramento. Com a nitroglicerina: aumento da depuração hepática da alteplase. ESTREPTOQUINASE Transforma o plasminogênio em plasmina, que degrada o fibrinogênio e a fibrina em produtos de degradação do fibrinogênio. Dessa forma, sua ação ocorre no trombo já formado. Tratamento da TVP (redução de dano miocárdico e de remodelamento cardíaco e redução de mortalidade) Apresenta vantagem econômica em relação aos demais trombolíticos, sendo o fármaco da classe mais usado nos hospitais brasileiros. Não é necessário o uso concomitante com heparina, mas é necessário o uso concomitante com ácido acetilsalicílico. Hemorragia Hipotensão Com heparina não fracionada, heparina de baixo peso molecular, AINEs, ticlopidina, clopidogrel e anticoagulantes orais: aumento do risco de sangramento.
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