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Pesquisa quantum indenizatório - 12 03 2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
 
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 
PROFESSORA: THAÍS MIRANDA 
ALUNA: LILIAN PRATA DE CARVALHO 
MATRÍCULA: 2018660649 
 
PESQUISA JURISPRUDENCIAL 
 
TEMA: QUANTUM INDENIZATÓRIO 
 
1) ACIDENTE DE TRABALHO COM MORTE 
 
Processo: E-RR-270-73.2012.5.15.0062 
O TST condenou empresa a indenizar viúva e filho de motorista que morreu em acidente 
rodoviário, sob alegação que a responsabilidade do empregador decorre da exposição do 
empregado a atividade de alto risco. 
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do 
Trabalho reconheceu a obrigação da JBS S.A. de indenizar a esposa e os filhos de um motorista 
carreteiro que morreu em decorrência de acidente rodoviário. O colegiado decidiu, por maioria 
de votos, que eventual erro humano do empregado está inserido no risco assumido pela 
empresa. 
A empresa havia sido isenta de responsabilidade pelo Tribunal Regional do Trabalho da 
15ª Região (Campinas/SP), que considerou que o acidente havia ocorrido por culpa exclusiva 
do empregado, que invadiu a pista em sentido contrário e colidiu com outro caminhão. 
Entretanto, a decisão do TRT foi reformada pela Segunda Turma do TST, que, ao julgar 
o recurso de revista da família, reconheceu a responsabilidade objetiva do empregador e 
condenou a JBS ao pagamento de R$ 300 mil reais de indenização por dano moral. 
Segundo o relator do recurso de embargos da empresa à SDI-1, ministro Vieira de Mello 
Filho, ainda que todas as condições de tráfego estejam favoráveis e o veículo se encontre em 
http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?consulta=Consultar&conscsjt=&numeroTst=270&digitoTst=73&anoTst=2012&orgaoTst=5&tribunalTst=15&varaTst=0062&submit=Consultar
boas condições de rodagem, como alegado pela JBS, possível negligência ou imperícia do 
motorista não impede a responsabilização da empresa, pois a culpa do empregado faz parte do 
risco da atividade de transporte rodoviário de cargas. 
O relator destacou que não se está diante de dolo ou de culpa gravíssima da vítima. “O 
empregado falecido não provocou o acidente que lhe custou a vida de vontade livre e 
consciente”, afirmou. Ainda de acordo com ministro, também não consta que ele tenha 
assumido risco desnecessário e alheio à atividade normal de motorista, caracterizando culpa 
gravíssima. 
 
Processo: RR-101842-56.2016.5.01.0342 
Indenização à família de eletricista morto eletrocutado é fixada em R$ 150 mil reais. 
O valor de R$ 300 mil arbitrado nas instâncias anteriores foi considerado excessivo. 
Em 18/10/2021 a Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho reduziu de R$ 300 
mil para R$ 150 mil o valor da indenização por danos morais a ser paga pela A Abreu 
Beneficiamentos Ltda., de Volta Redonda (RJ), à viúva e aos filhos de um eletricista que morreu 
eletrocutado durante o serviço. O colegiado ressaltou que, em situações semelhantes, o TST 
entendeu razoável e proporcional a fixação de valores em patamares inferiores ao arbitrado, no 
caso, pelas instâncias anteriores. 
O acidente ocorreu em 2015, alguns meses depois de o eletricista ter sido contratado, 
quando ele recebeu uma descarga elétrica de 380 volts. Segundo as testemunhas, o supervisor 
o havia designado para a tarefa sem convocar reunião para verificação das condições de 
segurança. 
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Volta Redonda responsabilizou a empregadora, que 
executa serviços de beneficiamento de aço, e a condenou a pagar pensão mensal de 2/3 da 
última remuneração do eletricista e reparação de R$ 300 mil por danos morais. 
O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) manteve a sentença, levando em 
conta que o acidente de trabalho fatal havia repercutido intensamente no núcleo familiar do 
empregado. Segundo o TRT, “o sofrimento pela perda prematura do companheiro e do pai é 
presumido e incalculável”. 
No recurso de revista, a empresa sustentou que o valor da condenação não levava em 
consideração o fato de que não medira esforços para minimizar os prejuízos sofridos pelos 
familiares, custeando integralmente os tratamentos aos quais foram submetidos, inclusive 
psicológicos e psiquiátricos, e os medicamentos por eles utilizados. 
 
http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do;jsessionid=6D486DDD8D96C12825B04CA6824E3C09.vm152?conscsjt=&numeroTst=101842&digitoTst=56&anoTst=2016&orgaoTst=5&tribunalTst=01&varaTst=0342&consulta=Consultar
Jurisprudência do TST - O relator, ministro Alexandre Ramos, assinalou que, por um 
lado, o quadro fático não deixa dúvidas sobre a gravidade do abalo moral sofrido pela família. 
Por outro, o montante de R$ 300 mil deve ser reduzido para uma quantia mais razoável, de 
forma a não representar enriquecimento sem causa dos autores da ação nem encargo financeiro 
desproporcional para a empregadora. 
O ministro lembrou que o TST já examinou casos análogos de dano moral decorrente 
do falecimento do empregado por choque elétrico e chegou à conclusão de que é razoável e 
proporcional a fixação de valores em patamares inferiores ao fixado neste caso, citando diversos 
julgados. 
A decisão foi unânime. 
 
Incluo ainda na presente pesquisa a ementa dos seguintes julgados: 
 
AGRAVO EM RECURSO DE REVISTA COM AGRAVO. 
ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 
13.015/2014 . DANO MORAL. ACIDENTE DE TRABALHO. 
MORTE DO TRABALHADOR. QUANTUM 
INDENIZATÓRIO. TRANSCENDÊNCIA ECONÔMICA 
RECONHECIDA. O Regional deu parcial provimento ao 
recurso da reclamante para majorar a condenação da reclamada 
ao pagamento de indenização por danos morais no montante de 
R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para a autora. No entanto, 
constatado que o valor indenizatório aplicável por esta Corte em 
casos semelhantes está significativamente acima do registrado 
pela Corte a quo, restou caracterizada a transcendência 
econômica apta a autorizar o exame da matéria no âmbito desta 
Corte, na forma estampada pelo art. 896-A da CLT. 
Relativamente ao quantum indenizatório, a revisão do montante 
fixado nas instâncias ordinárias somente é realizada nesta 
extraordinária nos casos de excessiva desproporção entre o dano 
e a gravidade da culpa, em que o montante fixado for 
considerado excessivo ou irrisório, não atendendo à finalidade 
reparatória, caso dos autos. Isso porque o valor indenizatório a 
título de dano moral estabelecido pelo Regional, no importe de 
R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para a autora, se mostra muito 
abaixo das indenizações recentemente mantidas e/ou deferidas 
por esta Corte envolvendo casos semelhantes em que ocorrido 
acidente de trabalho com morte do empregado. Assim, 
considerando não só os fatores que desencadearam o 
falecimento, mas a gravidade da falta da empresa, a extensão do 
dano causado, a capacidade econômica das partes, e a idade com 
que faleceu o trabalhador (46 anos) e, por fim, resguardando o 
efeito punitivo-pedagógico da condenação, sem contudo, causar 
enriquecimento sem causa aos autores, majora-se a condenação 
para que seja pago à autora a indenização por danos morais no 
valor arbitrado em R$300.000,00 (trezentos mil reais). Agravo 
não provido. 
(TST - Ag-ARR: 8012120155090322, Relator: Breno Medeiros, 
Data de Julgamento: 26/06/2019, 5ª Turma, Data de Publicação: 
DEJT 28/06/2019) 
 
AGRAVO EM RECURSO DE REVISTA. QUANTUM 
INDENIZATÓRIO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 
ACIDENTE DE TRABALHO. MORTE DO 
TRABALHADOR. R$ 100.000,00 (CEM MIL REAIS) EM 
BENEFÍCIO DA FILHA DO TRABALHADOR FALECIDO E 
R$ 200.000,00 (DUZENTOS MIL REAIS) EM FAVOR DA 
VIÚVA. DIMINUIÇÃO INDEVIDA. Não merece provimento 
o agravo que não desconstitui os fundamentos da decisão 
monocrática pela qual este Relator negou provimento ao apelo 
da reclamada, alicerçando-se, para tanto, nos princípios da 
proporcionalidade e da razoabilidade, bem como nos artigos 944 
e 945 do CPC/2015.Agravo desprovido . 
(TST - Ag: 109318520165030004, Relator: Jose Roberto Freire 
Pimenta, Data de Julgamento: 10/11/2021, 2ª Turma, Data de 
Publicação: 03/12/2021) 
 
AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS REGIDOS PELA 
LEI Nº 13.015/2014. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 
E MATERIAIS. ACIDENTE DE TRABALHO. 
TETRAPLEGIA SEGUIDA DE MORTE DO EMPREGADO. 
QUANTUM INDENIZATÓRIO (R$ 300.000,00). REDUÇÃO. 
Os argumentos expendidos no agravo regimental não são 
suficientes para desconstituir os fundamentos do despacho 
agravado, em que se denegou seguimento ao recurso de 
embargos da reclamada, razão pela qual merece ser mantido por 
seus próprios fundamentos. Agravo desprovido. 
(TST - AgR: 1388009420055070007, Relator: Jose Roberto 
Freire Pimenta, Data de Julgamento: 01/10/2015, Subseção I 
Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: 
09/10/2015) 
 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO DO RECLAMANTE 1. 
COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. ACIDENTE DE 
TRABALHO. MORTE. QUANTUM DEBEATUR . 
R$200.000,00. RAZOABILIDADE E 
PROPORCIONALIDADE. MAJORAÇÃO. 
INVIABILIDADE. NÃO PROVIMENTO. A fixação do 
quantum debeatur deve orientar-se pelos princípios da 
proporcionalidade e da razoabilidade, considerando-se, também, 
outros parâmetros, como o ambiente cultural dos envolvidos, as 
exatas circunstâncias do caso concreto, o grau de culpa do 
ofensor, a situação econômica deste e da vítima, a gravidade e a 
extensão do dano. No caso - em que constatado que o empregado 
falecido foi vítima de acidente de trabalho quando tentava 
apagar um incêndio na embarcação , e houve o rompimento da 
conexão da mangueira do sistema fixo CO2 e consequente 
vazamento do gás para o interior do compartimento -, o valor da 
compensação por danos morais no montante de R$ 200.000,00 
(duzentos mil reais), destinado ao filho do de cujus, não se 
mostra desarrazoado, tampouco desproporcional a ensejar a sua 
majoração. De fato, o Tribunal Regional levou em conta as 
circunstâncias do caso concreto, sopesando o grau de culpa da 
reclamada, o caráter pedagógico da medida e a condição 
financeira do ofensor e do ofendido (filho do de cujus), evitando, 
ademais, que houvesse enriquecimento sem causa e que a 
quantia não fosse irrisória. Agravo de instrumento a que se nega 
provimento. 2. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS . NÃO 
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS. ASSISTÊNCIA PELO 
SINDICATO DA CATEGORIA. AUSÊNCIA . NÃO 
PROVIMENTO. O direito à percepção dos honorários 
advocatícios requer o atendimento, de forma conjunta, de ambos 
os requisitos estabelecidos na Súmula nº 219, quais sejam, estar 
a parte assistida por sindicato da categoria profissional e 
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo 
legal, ou encontrar-se em situação econômica que não lhe 
permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da 
respectiva família. Na hipótese, contudo, o Tribunal Regional 
registra a ausência dos elementos fáticos necessários para o 
deferimento dos honorários advocatícios, uma vez que o 
reclamante não se encontra assistido por sindicato da categoria, 
tampouco comprovou a condição de miserabilidade jurídica. 
Agravo de instrumento a que se nega provimento. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO DA RECLAMADA 1. SEGURO DE VIDA. 
COMPENSAÇÃO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 
ACIDENTE DE TRABALHO. NÃO PROVIMENTO. A 
percepção do seguro não exclui o direito ao recebimento da 
compensação por danos morais e não há falar em bis in idem, 
pois a indenização de que cogita o artigo 7º, XXVIII, da 
Constituição Federal origina-se na conduta ilícita do 
empregador, que implica dano ao empregado por dolo ou culpa, 
e o seguro acidentário é pago em razão dos riscos normais do 
trabalho, tratando-se, portanto, de parcelas de naturezas 
jurídicas diversas. Precedentes. Agravo de instrumento a que se 
nega provimento. 
(TST - AIRR: 116128020135080017, Relator: Guilherme 
Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 20/04/2016, 5ª 
Turma, Data de Publicação: 29/04/2016) 
 
 
2) LESÃO CORPORAL POR ACIDENTE DE TRABALHO 
 
RR-377-48.2010.5.08.0106 
TST reduz indenização por acidente de trabalho de R$ 1 milhão para R$ 300 mil reais. 
Considerando os critérios da proporcionalidade e da razoabilidade, a 4ª Turma do 
Tribunal Superior do Trabalho reduziu de R$ 1 milhão para R$ 300 mil o valor da indenização 
que uma microempresa paraense deverá pagar a um empregado que teve de amputar as duas 
pernas depois de sofrer acidente de trabalho. Segundo o colegiado, o valor da indenização deve 
levar em consideração a capacidade econômica da empregadora. 
O acidente ocorreu em setembro de 2009, quando o funcionário trabalhava na maromba, 
equipamento utilizado para amassar e triturar barro para a cerâmica destinada à fabricação de 
telhas e tijolos. Segundo o processo, ele subiu na máquina desligada para trocar uma lâmpada, 
mas um colega a religou para assustá-lo. Com a brincadeira, ele tentou pular do equipamento, 
mas não conseguiu. Suas pernas foram sugadas por uma correia e esmagadas pela maromba. 
A empresa foi condenada em primeira instância ao pagamento de R$ 100 mil a título de 
danos morais, estéticos e materiais, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA, 
AP) aumentou a indenização para R$ 1 milhão — R$ 200 mil por danos estéticos, R$ 300 mil 
por danos morais e R$ 500 mil por danos materiais. Segundo o TRT, a empresa falhou em 
adotar medidas de segurança, e os valores seriam compatíveis com os danos sofridos pelo 
empregado. 
No recurso de revista, a empresa sustentou que o TRT, “incompreensivelmente e sem 
lógica nenhuma”, aumentou significativamente a condenação “sem qualquer justificativa”. A 
medida, segundo argumentou, foi de “extrema dureza”, pois a impossibilitaria de continuar com 
suas atividades. 
A empresa assinalou que não havia questionado a condenação imposta pelo juízo de 
primeiro grau por entender que o fato de o acidente ter sido causado pela brincadeira de um 
colega de trabalho não a livraria da responsabilidade, pois responde por atos de seus prepostos. 
“Mas condenar ao valor absurdo de R$ 1 milhão é um despropósito incompreensível e 
extremamente injusto”, argumentou. 
O relator do recurso, ministro Caputo Bastos, assinalou que a capacidade econômica das 
partes é fator relevante para a fixação do valor. “A reparação não pode levar o ofensor à ruína 
e, tampouco, autorizar o enriquecimento sem causa da vítima”, explicou. “Logo, é 
extremamente importante, sob o foco da realidade das partes, sem desprezar os fins sociais do 
Direito e as nuances do bem comum, considerar a perspectiva econômica como critério a ser 
observado na determinação do valor da compensação por dano moral.” 
O ministro citou três precedentes em que o TST, em casos extremos envolvendo a morte 
de empregado, fixou indenizações inferiores com base nesse critério. “Enfatiza-se, nesse 
aspecto, o fato de a empregadora ser classificada como microempresa, circunstância que deve 
ser observada, a fim de que o dever de reparação não se torne insustentável a ponto de 
inviabilizar o seu próprio funcionamento”, destacou. 
Por unanimidade, a turma deu provimento ao recurso para reduzir o valor da indenização 
por dano moral e estético para R$ 100 mil e R$ 150 mil, respectivamente, e a indenização por 
dano material para R$ 50 mil. 
 
Processo: RR-2002-22.2014.5.03.0008 
Operário que teve a ponta do dedo esmagada tem indenização aumentada. 
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho majorou a indenização por danos 
morais e estéticos a ser paga a um operador de dobradeira da Ferrosider Metalmecânica, de 
Belo Horizonte (MG), que perdeu a ponta do dedo médio em acidente de trabalho. Para a 
Turma, os valores fixados nas instâncias inferiores estavam abaixo do padrão médio 
estabelecido pelo TST em casos análogos. 
Na reclamação trabalhista, o operário relatou que, ao fazer o procedimento de dobra, a 
peça com que trabalhava se soltou e atingiu sua mão,esmagando a ponta do dedo médio. Em 
razão das sequelas permanentes e dos danos estético e moral decorrentes do acidente, ele pediu 
indenização. 
Para o juízo da 8ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte (MG), não ficou comprovada a 
culpa exclusiva do empregado pelo acidente, como alegara a empresa. A perícia constatou o 
nexo de causalidade entre o acidente e os danos sofridos, com sequelas permanentes e redução 
de 1% da capacidade de trabalho. Por isso, deferiu indenização por danos morais e estéticos no 
http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?conscsjt=&numeroTst=2002&digitoTst=22&anoTst=2014&orgaoTst=5&tribunalTst=03&varaTst=0008&consulta=Consultar
valor de R$ 2 mil cada. O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) manteve a 
sentença. 
O relator do recurso de revista do empregado, ministro Mauricio Godinho Delgado, 
explicou que a jurisprudência do TST, nos casos de indenização, revisa os valores de 
indenização apenas para reprimir montantes “estratosféricos ou excessivamente módicos”. No 
caso, levando em conta a redução da capacidade de trabalho, o tempo de serviço do empregado 
(mais de cinco anos), o grau de culpa da empresa e sua condição econômica, os valores fixados 
pela sentença ficaram aquém das condenações fixadas pelo TST em casos semelhantes. Por 
unanimidade, a Turma aumentou a indenização para R$ 7 mil a título de dano moral e R$ 7 mil 
a título de dano estético. 
 
Incluo ainda na presente pesquisa a ementa dos seguintes julgados: 
 
ACIDENTE DO TRABALHO. INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS. FIXAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. 
1. Diante da ausência de critérios objetivos norteando a fixação 
do quantum devido a título de indenização por danos morais, cabe 
ao julgador arbitrá-lo de forma equitativa, pautando-se nos 
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, bem como 
nas especificidades de cada caso concreto, tais como: a situação 
do ofendido, a extensão e gravidade do dano suportado e a 
capacidade econômica do ofensor. Tem-se, de outro lado, que o 
exame da prova produzida nos autos é atribuição exclusiva das 
instâncias ordinárias, cujo pronunciamento, nesse aspecto, é 
soberano. Com efeito, a proximidade do julgador, em sede 
ordinária, com a realidade cotidiana em que contextualizada a 
controvérsia a ser dirimida habilita-o a equacionar o litígio com 
maior precisão, sobretudo no que diz respeito à aferição de 
elementos de fato sujeitos a avaliação subjetiva, necessária à 
estipulação do valor da indenização. Conclui-se, num tal 
contexto, que não cabe a esta instância superior, em regra, rever 
a valoração emanada das instâncias ordinárias em relação ao 
montante arbitrado a título de indenização por danos morais, para 
o que se faria necessário o reexame dos elementos de fato e das 
provas constantes dos autos. Excepcionam-se, todavia, de tal 
regra as hipóteses em que o quantum indenizatório se revele 
extremamente irrisório ou nitidamente exagerado, denotando 
manifesta inobservância aos princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade, aferível de plano, sem necessidade de 
incursão na prova. 2. No caso dos autos, o Tribunal Regional, ao 
manter a sentença que fixara em R$ 30.000,00 (trinta mil reais) o 
valor da indenização devida por danos morais, levou em 
consideração a ausência de diligência efetiva da reclamada para 
evitar acidentes de trabalho com o manuseio da máquina para 
corte de chapa de aço, o dano sofrido pelo reclamante (lesão no 
tendão da mão esquerda sendo submetido à cirurgia e à tratamento 
fisioterápico) e a capacidade econômica do ofensor, resultando 
observados os critérios da proporcionalidade e da razoabilidade. 
Hipótese em que não se cogita na revisão do valor da condenação, 
para o que se faria necessário rever os critérios subjetivos que 
levaram o julgador à conclusão ora combatida, à luz das 
circunstâncias de fato reveladas nos autos. 3. Agravo de 
Instrumento a que se nega provimento. 
(TST - AIRR: 20118520135150104, Relator: Marcelo Lamego 
Pertence, Data de Julgamento: 14/12/2016, 1ª Turma, Data de 
Publicação: 19/12/2016) 
 
RECURSO DE REVISTA. ACIDENTE DE TRABALHO. 
CONFIGURAÇÃO. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. 
QUANTUM ARBITRADO. O TRT registra terem sido 
comprovados o dano de origem ocupacional, o nexo causal e a 
culpa empresária no evento danoso. A Corte a quo concluiu que 
o banco é responsável pelo acidente de trabalho. Quanto à 
configuração do dano moral, esta Corte tem entendido que é 
presumida quando verificada a existência de acidente de trabalho 
ou de doença profissional com responsabilidade do empregador, 
ou seja, verifica-se in re ipsa (a coisa fala por si mesma), 
pressupondo apenas a prova do fato, mas não do dano em si. 
Precedentes. Assim, no caso, não se faz necessária a prova 
objetiva do sofrimento ou do abalo psicológico, sendo 
presumível, tendo em vista a ocorrência do acidente de trabalho 
por culpa do empregador. Relativamente ao valor arbitrado à 
indenização por dano moral, o TST, conforme o Superior 
Tribunal de Justiça, adota o entendimento de que o valor das 
indenizações por danos morais só pode ser modificado nas 
hipóteses em que as instâncias ordinárias fixaram importâncias 
fora dos limites da proporcionalidade e da razoabilidade, ou seja, 
porque o valor é exorbitante ou irrisório, o que não se verifica in 
casu. Constata-se que o valor da indenização por danos morais 
arbitrado pelo Tribunal Regional, de R$ 15.000,00 (quinze mil 
reais), encontra-se dentro dos critérios de proporcionalidade e 
razoabilidade, pois levou em consideração a capacidade 
financeira do banco ofensor e da parte lesada, a gravidade do 
dano, bem como a finalidade punitiva e pedagógica. Incidência 
do artigo 896, § 4º, da CLT (Lei nº 9.756/98). Recurso de revista 
não conhecido. INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS. 
CUMULAÇÃO COM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. A 
indenização por ato ilícito decorre de responsabilidade civil e o 
causador do dano deverá responder integralmente por ela. O 
benefício previdenciário é pago porque o empregado contribuiu 
mensalmente para a previdência na expectativa de que na 
ocorrência de um risco coberto pelo seguro social não ficará sem 
os meios indispensáveis de sobrevivência. Dessa forma, não é 
possível diminuir o valor da indenização por danos patrimoniais 
em razão da percepção de benefício previdenciário, ante as 
finalidades distintas desses institutos. A indenização tem natureza 
reparatória e a previdência tem caráter securitário. Precedentes. 
Incide o artigo 896, § 4º, da CLT (Lei 9756/98). Recurso de 
revista não conhecido. IMPOSTO DE RENDA. AÇÃO DE 
NATUREZA INDENIZATÓRIA. Não há incidência de imposto 
de renda na indenização por dano material, consistente em pensão 
mensal. Este é o entendimento, a contrario sensu, 
consubstanciado na Orientação Jurisprudencial nº 363, da SBDI-
1 do TST. Não havendo nos autos informação de outras parcelas, 
que ostentassem natureza remuneratória, deve ser mantida a r. 
decisão do TRT. Incide o art. 896, § 4º, da CLT (Lei 9756/98). 
Recurso de revista não conhecido. CONCLUSÃO: Recurso de 
revista integralmente não conhecido. 
(TST - RR: 2237320105090018, Relator: Alexandre de Souza 
Agra Belmonte, Data de Julgamento: 31/08/2016, 3ª Turma, Data 
de Publicação: DEJT 02/09/2016) 
 
 
 
3) ASSÉDIO MORAL 
 
Ag 20383-89.2017.5.04.0123 
Empresa é condenada a indenizar trabalhador avulso submetido a teste de bafômetro na 
frente de colegas. 
A Segunda Turma em julgamento de agravo, manteve a decisão do TRT por entendê-
la suficientemente fundamentada quanto à indenização por danos morais, correspondente ao 
ambiente de trabalho a que estavam expostos os trabalhadores no momento dos testes de 
"bafômetro", incluído o autor. 
Considerou que a delimitação do acórdão regional revela que o trabalho do reclamante, 
sujeito à possibilidade cotidiana de inspeção do teste de "bafômetro"diante de outros 
trabalhadores e sob ameaça de ter que suportar "chacotas" por parte dos colegas, além da 
pressão do corte de ponto, em caso de recusa, evidencia um ambiente de trabalho nocivo, em 
descompasso com a dignidade da pessoa humana, direito personalíssimo. 
Por essa razão entendeu o Tribunal que estava nítido o abalo moral suportado pelo 
autor, caracterizado "in re ipsa", o nexo e a culpa do empregador, gerando direito à 
indenização por danos morais, na forma dos arts. 186 e 927 do Código Civil. 
Considerou que à extensão do dano, ao grau de culpa do reclamado, e ao caráter 
pedagógico da medida, fixada no montante indenizatório de R$ 10.000,00 (dez mil reais), 
aplicado pelo TRT está em conformidade com os princípios da proporcionalidade e 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718759/artigo-186-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10677854/artigo-927-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
razoabilidade, não havendo justificativa para interferência do TST no quantum indenizatório, 
mantendo o valor fixado em favor do reclamante. 
A realização de teste de "bafômetro" - aparelho que mede a concentração de álcool 
etílico na corrente sanguínea do indivíduo, mediante análise do ar pulmonar profundo - traduz 
medida de segurança adotada pelo réu, voltada à proteção da saúde de seus empregados. 
Isso porque, obviamente, trabalhador, para exercer com segurança suas atribuições 
funcionais, precisa se encontrar em plena condição de higidez física e mental, sob pena de 
sofrer ou provocar acidentes no ambiente laboral. E é dever da empresa assegurar aos 
trabalhadores o exercício de seus misteres em ambiente seguro, sem riscos para si e para 
outrem. 
Todavia, o contexto dos autos (vídeos depositados em Secretaria) revela que o referido 
teste não era efetuado reservadamente, como deveria, expondo aqueles submetidos à inspeção 
cotidiana a "chacotas" por parte de colegas que, embora direcionadas a todos em geral, e não 
especificamente ao demandante, são suficientes para ocasionar o abalo moral alegado. 
Além disso, restou claro nas imagens gravadas que, caso o autor se negasse a realizar 
o exame, teria seu ponto cortado, como forma de pressão, o que caracteriza o assédio moral 
indenizável. 
Mantendo assim a decisão agravada em seus próprios termos. 
 
AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE 
REVISTA. VIGÊNCIA DA LEI 13.467/2017. NEGATIVA DE 
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. DANOS MORAIS. O 
acórdão regional encontra-se suficientemente fundamentado 
quanto à indenização por danos morais, correspondente ao 
ambiente de trabalho a que estavam expostos os trabalhadores 
no momento dos testes de "bafômetro", incluído o autor, 
observando-se, na verdade, o inconformismo da parte com a 
decisão que lhe foi desfavorável, não se cogitando em nulidade 
por negativa de prestação jurisdicional. Agravo não provido. 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. "TESTE DE 
BAFÔMETRO". EXPOSIÇÃO A CHACOTAS E PRESSÃO. 
A delimitação do acórdão regional revela que o trabalho do 
reclamante, sujeito à possibilidade cotidiana de inspeção do teste 
de "bafômetro" diante de outros trabalhadores e sob ameaça de 
ter que suportar "chacotas" por parte dos colegas, além da 
pressão do corte de ponto, em caso de recusa, evidencia um 
ambiente de trabalho nocivo, em descompasso com a dignidade 
da pessoa humana, direito personalíssimo. Assim, exsurge nítido 
o abalo moral suportado pelo autor, caracterizado "in re ipsa", o 
nexo e a culpa do empregador, gerando direito à indenização por 
danos morais, na forma dos arts. 186 e 927 do Código Civil. 
Agravo não provido. VALOR DA INDENIZAÇÃO POR 
DANOS MORAIS. "TESTE DE BAFÔMETRO". R$ 10.000,00 
(DEZ MIL REAIS). A Corte Regional, atenta à extensão do 
dano, ao grau de culpa do reclamado, e ao caráter pedagógico da 
medida, fixou o montante indenizatório de R$ 10.000,00 (dez 
mil reais), decidindo em conformidade com os princípios da 
proporcionalidade e razoabilidade, não havendo justificativa 
para interferência desta Corte no quantum indenizatório. Agravo 
não provido. 
(TST - Ag: 203838920175040123, Relator: Maria Helena 
Mallmann, Data de Julgamento: 29/09/2021, 2ª Turma, Data de 
Publicação: 01/10/2021) 
 
Incluo ainda na presente pesquisa a ementa dos seguintes julgados: 
 
 
AGRAVO INTERPOSTO PELO BANCO DO BRASIL S/A . 
DANOS MORAIS. ASSÉDIO MORAL. QUANTUM 
DEBEATUR . PROVIMENTO Ante o equívoco no exame do 
agravo de instrumento, dá-se provimento ao agravo. Agravo a 
que se dá provimento. AGRAVO DE INSTRUMENTO 
INTERPOSTO PELO BANCO DO BRASIL S/A. DANOS 
MORAIS. ASSÉDIO MORAL. QUANTUM DEBEATUR . 
PROVIMENTO. Por prudência, ante possível afronta ao artigo 
944 do CC, o destrancamento do recurso de revista é medida que 
se impõe. Agravo de instrumento a que se dá provimento. 
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO BANCO DO 
BRASIL S/A. DANOS MORAIS. ASSÉDIO MORAL. 
QUANTUM DEBEATUR . PROVIMENTO. A fixação do valor 
da compensação por dano moral deve orientar-se pelos 
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, 
considerando, entre outros parâmetros, o grau de culpa do 
ofensor, a situação econômica deste e da vítima, a gravidade e a 
extensão do dano. Nessa trilha, o artigo 944 do Código Civil, no 
seu parágrafo único, autoriza o juiz a reduzir o valor da 
compensação quando constatada desproporcionalidade entre o 
dano sofrido, a culpa do ofensor e o quantum compensatório 
inicialmente arbitrado. Na hipótese , o egrégio Tribunal 
Regional entendeu demonstrados os elementos configuradores 
do dano moral, pela prática de assédio moral por parte do 
superior hierárquico da reclamante, que se dirigia aos 
empregados de forma grosseira, em especial à autora por possuir 
salário superior ao seu. Para o caso, entendeu cabível a 
condenação do reclamado ao pagamento de compensação por 
danos morais, no importe de R$ 20.000,00. O referido valor, 
todavia, mostra-se elevado e desarrazoado em relação a 
montantes já aplicados em casos análogos, analisados por 
Turmas deste Tribunal Superior. Assim, impõe-se a fixação do 
valor da compensação por danos morais em R$ 4.000,00 (quatro 
mil reais), levando-se em consideração os limites da lide e os 
precedentes citados que versam sobre hipóteses semelhantes. 
Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. 
(TST - RR: 1438004720065020050, Relator: Guilherme 
Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 26/05/2021, 4ª 
Turma, Data de Publicação: 28/05/2021) 
 
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO ANTERIORMENTE 
À VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ASSÉDIO MORAL. 
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. "QUANTUM 
ARBITRADO". 1. Na hipótese, a Corte Regional reduziu o valor 
arbitrado em sentença, a título de indenização pelos danos 
decorrentes de assédio moral, de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil 
reais) para R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 2. A jurisprudência 
desta Corte Superior, no tocante ao "quantum" indenizatório 
fixado pelas instâncias ordinárias, vem consolidando orientação 
de que a revisão do valor da indenização somente é possível 
quando exorbitante ou insignificante a importância arbitrada a 
título de reparação de dano moral, em flagrante violação dos 
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, o que não se 
divisa na espécie, consideradas as premissas fáticas constantes 
do acórdão regional, cujo reexame nesta fase recursal encontra 
óbice na Súmula nº 126 do TST. Recurso de revista de que não 
se conhece. 
(TST - RR: 4178120115090004, Relator: Walmir Oliveira da 
Costa, Data de Julgamento: 18/09/2019, 1ª Turma, Data de 
Publicação: DEJT 20/09/2019) 
 
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA 
LEI Nº 13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA. COMPENSAÇÃO 
POR DANO MORAL. ASSÉDIO MORAL. XINGAMENTO. 
QUANTUM DEBEATUR. A fixação do valor da compensação 
por dano moral deve orientar-se pelosprincípios da 
proporcionalidade e da razoabilidade, considerando, entre 
outros parâmetros, o grau de culpa do ofensor, a situação 
econômica deste e da vítima, a gravidade e a extensão do dano. 
Nessa trilha, o artigo 944 do Código Civil, no seu parágrafo 
único, autoriza o juiz a reduzir o valor da compensação quando 
constatada desproporcionalidade entre o dano sofrido, a culpa 
do ofensor e o quantum compensatório inicialmente arbitrado. 
Na hipótese, o egrégio Tribunal Regional entendeu 
demonstrados os elementos configuradores do dano moral, pela 
prática de assédio moral por parte do empregador, que se dirigia 
ao autor com tratamento desrespeitoso, utilizando-se de palavras 
de baixo calão (xingamento) e adjetivos depreciativos. Para o 
caso, considerando a razoabilidade, a justa reparação e a 
possibilidade do empregador, decidiu reduzir a condenação de 
R$10.000,00 (dez mil reais) para R$5.000,00 (cinco mil reais). 
Considerando-se a capacidade econômica das partes, é possível 
inferir que, no caso concreto, o valor da indenização levado a 
efeito pelo egrégio Tribunal Regional - no importe de R$ 
5.000,00 (cinco mil reais) - foi fixado dentro dos limites da 
razoabilidade e da proporcionalidade, bem como em 
consonância com a jurisprudência desta Corte Superior. 
Precedentes. Assim, não havendo demonstração de conflito com 
jurisprudência pacificada desta Corte Superior perpetrado pela 
decisão regional recorrida, não há falar em transcendência 
política. Não se verifica transcendência econômica, tendo em 
vista que o valor atribuído à condenação não é considerado 
elevado para os fins da lei, já que não é suficiente para produzir 
reflexos gerais, na medida em que não ultrapassa os interesses 
subjetivos das partes. Quanto ao critério jurídico, verifica-se que 
não se trata de questão nova em torno da interpretação da 
legislação trabalhista, mas de matéria examinada de forma 
reiterada e decidida conforme a iterativa, notória e atual 
jurisprudência desta Corte Superior. Por fim, não se divisa 
transcendência social do apelo, uma vez que a discussão em 
análise não envolve direito social previsto nos artigos 6º ao 11º 
da Constituição Federal. Nesse contexto, não se vislumbra a 
transcendência, nos termos do artigo 896-A, § 4º, da CLT. 
Recurso de revista de que não se conhece. 
(TST - RR: 10016892420175020022, Relator: Guilherme 
Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 10/06/2020, 4ª 
Turma, Data de Publicação: DEJT 19/06/2020)

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