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DIREITO ADMINISTRATIVO II 
PROFª CINTIA BARUDI 
 
MATERIAL APENAS PARA ORIENTAÇÃO DE ESTUDO – NÃO ESTÁ ATUALIZADO. 
 
LICITAÇÃO 
 
Art. 37, XXI e 22, XXVII da CF 
Lei 8.666/93 - Lei geral das licitações. 
Lei 10.520/02 - Lei de pregão. 
Lei 12.462/11 - RDC. 
 
Como regra a contratação de serviços e compras em geral é necessário licitar. A união possui competência de legislar 
sobre as normas gerais da união. 
 
Licitação - é um procedimento administrativo pelo qual a adm. escolhe a proposta mais vantajosa para celebração 
de um contrato de seu interesse. 
 
Fundamentos: art. 3 da Lei 8.666/93. 
1º fundamento: Isonomia, igualdade para com as que concorrem para prestar esse serviço ou produto. 
2º fundamento: Garantir a proposta mãos vantajosa esta ligado ao principio da eficiência. 
3º fundamento: Promover o desenvolvimento nacional sustentável que está ligado com a proteção ambiental. 
 
Princípios – art. 3º da Lei 8.666/93 
a) Isonomia: é um fundamento e é principio também. Durante todo o procedimento licitatório a 
administração tem que promover igual tratamento aos licitantes. Se não houver isonomia corre o risco de a 
licitação ser anulada. 
b) Publicidade: todos os atos tem que ser públicos. Qualquer pessoa pode acompanhar uma licitação, mesmo 
não sendo licitante. As sessões são realizadas a portas abertas. Mas, mais que isso, a intenção da administração 
de contratar deve ser publicada, por edital no DO. Mesmo na modalidade convite de licitação (tema mais a 
frente), onde não há publicação de edital, há a publicidade. Só há uma exceção à publicidade, as propostas são 
sigilosas até o momento adequado de sua abertura, portanto, teoricamente, um não sabe da proposta do outro. 
c) Princípio da vinculação ao instrumento convocatório: o instrumento que convoca é o edital, que é 
considerado por Hely Lopes Meirelles a lei interna da licitação porque ele faz constar todas as regras dessa 
licitação, então, as clausulas do futuro contrato, a documentação que deve ser apresentada, os prazos, etc., tudo 
consta do edital. Dessa forma, a administração fica vinculada aos termos do edital, de modo que não pode exigir 
nada que não tenha constado do edital, pois se assim fizer, gera nulidade da licitação por ferir esse principio. Em 
regra, uma vez publicado o edital ele não pode ser alterado, mas por vezes são permitidas pequenas alterações. 
Caso contrário, deve-se extinguir esse edital e publicar outro. 
d) Princípio do julgamento objetivo: a administração faz um julgamento das propostas apresentadas através 
de critérios objetivos (pois não dá para se julgar por critérios subjetivos). Esses critérios são: (1) menor preço, 
que é o mais objetivo possível, sai vencedor aquele que apresentou o menor preço, mas deve-se verificar que 
nem sempre o menor preço é o de melhor qualidade; (2) melhor técnica, mas aqui já há um pouco de 
subjetivismo; (3) preço e técnica, onde o participante ganha uma nota pelo preço e outra nota pela técnica, de 
modo que se somam as duas notas e divide e o participante de maior nota ganha; (4) maior lance, válido 
somente para leilões, quando a administração aliena bens móveis, onde o maior lance ofertado ganha. - vale 
ressaltar que os critérios “melhor técnica” e preço e técnica são critérios excepcionais, pois em regra a 
administração usa o critério menor preço. 
e) Princípio da adjudicação compulsória: adjudicar é entregar, atribuir. Esse princípio diz que se a 
administração pretender contratar, ela deve entregar o contrato para o vencedor, ou seja, a adjudicação do 
contrato é compulsória para o primeiro colocado, o vencedor. Mas deve-se perceber que a administração não é 
obrigada a contratar, pois a licitação é um ato discricionário, de modo que ela pode licitar, mas não realizar o 
contrato. Em casos de não contratação não cabe indenização para o vencedor não contratado, pois, quem ganha 
a licitação tem apenas um expectativa de contratação e não um direito adquirido. 
f) Princípio do sigilo das propostas: as propostas são sigilosas até o momento da abertura com todos os 
concorrentes presentes. 
 
 
 Quem deve licitar? 
 
 Administração direta - União, Estado, Municípios e DF. 
 
 Administração indireta – autarquias (PJDPub), agências (PJDPub),fundações (PJDPub), sociedades de 
economia mista (PJDPriv), empresas publicas (PJDPriv). 
Quando uma dessas empresas que exercerem atividade voltadas ao serviço publico é necessário licitar, 
quando exercerem atividade econômica é preciso ver o que ela que contratar. Quando ela quer contratar 
algo a atividade fim não é necessário licitar (empresa que serve comida comprar alimento) se tiver atividade 
meio é necessário licitar (comprar um carro para presidente da empresa). 
 
PJDPrivado: empresas públicas e sociedade de economia mista -> depende da atividade -> 
* Se presta serviço público -> deve licitar 
* Se tem atividade econômica -> depende do objeto: 
* Objeto atividade fim -> não licita 
* Objeto atividade meio -> deve licitar 
 
Ex.: restaurante Bom Prato -> empresa pública -> atividade econômica -> alimentação -> não vai licitar para 
atividade fim -> arroz, feijão; 
Vai licitar para atividade meio -> compra de carro para diretor 
Petrobrás -> licita atividade meio 
 
 ONG – Organização não governamental -> serviço utilidade pública -> não integram a administração pública. 
Integram o 3º setor: empresas privadas, sem fins lucrativos, ajudam o governo nos setores carentes – social. 
->Em regra não devem licitar, salvo se receber repasse de verba pública, que neste caso será obrigatória a 
licitação. 
 
 Entidade de classe - CREA, CREMESP, CRECI etc., tem natureza de autarquia, logo devem licitar. 
 Decisão do STF: OAB não é autarquia, logo, não é preciso licitar. 
 
 Sindicatos: PJDPrivado -> não licitam 
 
 Sistema "S" - ou serviços sociais autônomos (SESI SENAI). São grandes arrecadadores de tributos 
(contribuição parafiscal), dinheiro público, logo é preciso licitar. 
 
Dispensa (art. 24) a inexigibilidade (art. 25) da licitação – Lei 8.666/93 
Dispensa x inexigibilidade. 
São hipóteses de contratação direta. A dispensa é considerada um ato discricionário, a inexigibilidade é um ato 
vinculado. 
O rol do art. 24 - dispensa é taxativo, o rol do art. 25 – inexigibilidade é exemplificativo. 
 
Hipóteses de inexigibilidade (art. 25) 
 Caso de produtor único/produtos exclusivos - A lei exige um certificado dizendo que é produtor único. 
 Contratação de serviço técnico de natureza (art. 13 diz quais) singular com profissional de notória 
especialização. 
 Contratação de artista reconhecido pela critica especializada ou opinião publica. 
 
Hipóteses de dispensa mais importantes (art. 24) 
 Quanto ao valor do contrato - Precisa ser de pequeno valor, obras e serviços de engenharia até 15 mil reais, 
para compras e outros serviços até 8 mil reais. Podemos encontrar o valor dobrado devido ao art. 24 
parágrafo 1. 
 
 Quanto ao objeto do contrato - Ex. XII, a dispensa e contrata com alguém até a escolha do vencedor. É uma 
dispensa temporária. 
 
 Quanto a pessoa contratada - Ex. XIII que prioriza a instituição em que o preso trabalha. Ou o XX que 
prioriza portadores de deficiência física. 
 
 Em razão de situação excepcional. * - Ex. IV, II e V. O II fala no caso de guerra, IV diz em caso de emergência 
(caso de epidemia por ex.) V* é a licitação deserta, quando não aparece ofertas para a licitação, ninguém 
possui interesse em participar. Para contratação direta nesse caso é preciso manter as mesmas condições 
do edital da licitação que foi deserta. 
 
Licitação deserta é diferente de fracassada ou frustrada. 
Na licitação frustrada aparecem interessados na licitação só que todos foram inabilitados ou desclassificados, e 
diferentemente da deserta que não aparecem interessados. 
A fracassada ou frustrada não é hipótese de dispensa de licitação, e nesse caso a lei concede-se o prazo de 8 dias 
úteis para ajustes, se findar o prazo não sendo possível os ajustes necessários,extingue-se essa licitação e abre uma 
nova. 
 
Modalidades de licitações - Lei 8.666/93. 
 
 Concorrência. 
Contratações de alto valor, para obras de engenharia acima de 1 milhão e meio, e outros serviços acima de 650 mil 
reais. 
Pareceria publico privada, concessão de serviço público e alienação de bem imóvel. 
As modalidades de maior valor podem substituir uma modalidade de menor valor, porém o inverso não se aplica. 
 
-> Independente de valor, será obrigado contratar na modalidade de concorrência: 
1) Serviço público (lei 8987/95); 
2) Parceria público privada (PPP) – lei 11.079/04 – Ex.: linha 4 do metrô; 
3) Alienação de bens imóveis; 
4) Licitações internacionais 
 
 Tomada de preços. 
Para contratações de valor mediano, obras e serviços até 1 milhão e meio e outros serviços até 650 mil reais. 
É condição em princípio que para participar tenha certificado de registro cadastral, porém quem não tem o 
cadastraremos prévio pode participar se tiver toda documentação até 3 dias antes do início do procedimento 
(recebimento de propostas). 
 
Na tomada de preços o prazo é de 15 dias, e se envolver técnica 30 dias da publicação do edital antes do processo. O 
cadastrado não participa da fase de habilitação, somente participam aqueles que se cadastraram 3 dias antes. 
 
 Convite. 
Contratações de pequeno valor obras e serviços de engenharia até 150 mil reais, e compras e outros serviços até 80 
mil reais. Não terá edital, só carta convite. A adm. que irá convidar os participantes, sendo regra no mínimo 3 
participantes. Quem não foi convidado pode participar com condição de que seja cadastrado, precisa mostrar o 
interesse em participar até 24h antes do início do procedimento. 
 
O prazo para afixar a carta convite no prédio é de 5 dias úteis antes de começar o procedimento. 
Prazo recursal é de 2 dias úteis. 
Tem habilitação de convidado, pois é necessário documentação mínima, embora o cadastrado já tenha 
documentação também ser 
 Concurso. 
Quando se escolhe um trabalho técnico, artístico ou cientifico em que se atribui ao vencedor um prêmio ou uma 
remuneração. 
 
 Leilão. 
É para alienação de bens móveis - inservível à administração, legalmente apreendidos, bem móvel penhorável 
(empenhado - dado em penhor). 
Bens imóveis são alienados pela concorrência.* 
*As vezes um bem imóvel pode ser alienado por leilão art. 19 da 8666/93, quando a adm. recebe o imóvel como 
dação em pagamento, recebe o bem mediante processo judicial. 
 
 Pregão – Lei nº 10.520/02 
É para aquisição de bens móveis ou serviços comuns, ou seja, aqueles facilmente encontrados no mercado. Não tem 
valor estipulado. 
Não pode para obras, bens imóveis. 
 
Procedimento da Concorrência – Lei 8.666/93 
 
Fase interna 
Fase pela qual os participantes não participam, escolhem quem vai participar da licitação, planejar as planilhas de 
orçamento. É uma fase preparatória. 
 
Fase externa 
 
 Edital. 
Inicia-se com a publicação do edital, como regra no diário oficia pela lei basta uma única publicação. 
O prazo de antecedência a ser publicado é de 30 dias, quando envolve técnica vai para 45 dias. Esse prazo favorece 
para qualquer cidadão fazer impugnação com relação ao edital. 
 Habilitação. 
É a fase em que a comissão abre os envelopes contendo as documentações dos participantes. 
Todos os participantes rubricam os envelopes de todos. 
Se falta algum documentos ou está em desacordo, este é inabilitado. Cabe recurso administrativo, em 5 dias úteis, 
efeito suspensivo, não muda de fase até que finalize o recurso. 
 Julgamento de classificação das propostas. 
Fase em que a comissão da licitação abre os envelopes contendo as propostas dos habilitados. Estas serão julgadas 
e classificadas conforme os critérios estabelecidos no edital. Aquele classificado em primeiro lugar é considerado o 
vencedor. 
Cabe recurso administrativo em 5 dias úteis, efeito suspensivo; 
 Homologação. 
É a fase em que a autoridade competente aprova o procedimento licitatório. 
Cabe recurso administrativo em 5 dias úteis, NÃO TEM efeito suspensivo; 
 Adjudicação 
É a fase pela qual a autoridade competente entrega ao vencedor o objeto do contrato. 
Cabe recurso administrativo em 5 dias úteis, NÃO TEM efeito suspensivo; 
 
Em todas as fases é possível a interposição de recursos. 
 
Procedimento do Pregão Presencial – Lei 10.520/02 
 
Fase interna 
Fase em que a administração elabora o edital, escolhe o pregoeiro etc. 
 
Fase externa 
 Edital 
Publicado com prazo mínimo de 8 dias úteis, será publicado como regra do Diário Oficial, também poderá ser 
impugnado. 
Não tendo diário oficial, publica-se no jornal de grande circulação e/ou também no site. 
 Julgamento e classificação (proposta escrita + lance verbal) 
Primeiro julga-se e escolhe um vencedor, depois analisa a documentação. 
O julgamento é feito da seguinte forma, todos apresentam sua proposta escrita, abre-se todas as propostas e a 
escolha é pelo preço. 
A B C D E, apresentam propostas, e A apresenta o menor preço, B C D apresentam um preço até 10% mais caro do 
que A e D apresenta até 20% do valor de A, só participarão dos lances verbais o A B C D, pois a lei diz que somente o 
menor preço e aqueles que apresentam até 10% maior que o menor preço poderão participar. 
Começam os lances orais. No caso de não haver três na situação de valor até 10% maior que um, manda-se os três 
com menor lance para os lances verbais. 
Cabe recurso até 3 dias depois, porém deve constar na ata do pregão. 
 
 Habilitação. 
Fase em que se abre a documentação do vencedor do leilão. 
 Adjudicação. 
Entrega-se o objeto do contrato ao vencedor. 
 Homologação. 
Fase em que a autoridade competente aprova o procedimento. 
 
Pregão eletrônico - Decreto 5.450/05 
 
A regra é que seja utilizado o pregão eletrônico, sendo o presencial a exceção, adm. deve justificar a escolha do 
presencial, como por ex.:, contratar um serviço que exija exibição. 
O pregão eletrônico tem por objetivo trazer celeridade (economicidade) e evitar fraudes (na realidade aumentou). 
O pregão eletrônico traz a inversão de fase: 
1º) ocorre o julgamento do vencedor; 
2º) certifica-se da regularidade do vencedor; 
 
Precisa ser credenciado junto ao provedor e com isso se ganha uma chave de identificação e uma senha pessoal, 
com isso se participa de qualquer pregão eletrônico. O site oficial é o comprasnet.com, no dia e na hora designado 
acessa o sistema e pode começar a fazer o lance dentro do prazo determinado. Para recorrer nesse caso há um link 
próprio para manifestar a intenção de recorrer, e apresenta razoes recursos 3 dias depois, após isso é só adjudicar e 
homologar. 
 
Anulação e revogação da licitação - art. 49 e 59 da Lei 8.666/93. 
 
Anulação – Ex-tunc 
Anula-se o procedimento por questões de ilegalidade, pode anular um ato do procedimento, ou de uma fase, não 
necessariamente todo o procedimento, de acordo com o caso e com a ilegalidade. 
Em regra não gera direito a indenização - art. 59. 
 
Revogação – Ex-nunc 
A revogação ocorre por questões de interesse publico, quando não há conveniência e oportunidade a revogação é 
feita com todo o processo licitatório. 
 Pode gerar indenização para o vencedor, se houver comprovação de prejuízo. 
 
Sanções Penais 
(art. 89 a 99 da lei 8.666/93 - trata de ilícitos penais na licitação) 
Esses crimes serão apurados mediante ação penal publica incondicionada, ou seja, nao precisam de representação. 
Quem propõe é o MP. Esses crimes nao afastam a punição das pessoas envolvidas no que diz respeito à improbidade 
administrativa, ou seja, os envolvidos que estão respondendo pelo crime na esfera penal pode, ao mesmo, tempo, 
responder por improbidade administrativa na esfera civil. 
 
Recursos Administrativos nas licitações 
Existe a possibilidade de recursos pela parte que se sentir prejudicada na licitação, sem prejuízo da hipótese de 
propositura de ação judicial pela parte. 
De acordo com a lei 8.666/93 há 5 dias úteis contados da ciência do ato (publicaçãono DO para os ausentes e, no 
caso dos presentes, já sai cientificada do ato) para recorrer. No caso do convite, esse prazo cai para 2 dias úteis. 
Aqui, quando se recorre da habilitação ou do julgamento das propostas ha o efeito suspensivo (art. 109, I e XXXVI) 
No pregão (lei 10.520/02)m seja presencial ou eletrônico, a parte manifesta no ato a intenção de recorrer e deve em 
até 3 dias apresentar as razōes recursais (art. 4o, XVIII). Aqui, os recursos nao tem efeito suspensivo. 
 
Participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações 
Art. 170, IX e 179 da CF, lei complementar 123/06 
http://comprasnet.com/
As leis preveem tratamentos especiais para esse tipo empresarial, por uma questão de não ter estrutura para 
concorrer, e para que possam concorrer em pé de igualdade com as demais empresas (desigualando para igualar), e 
também porque essas empresas são as que mais geram empregos e movimentam a economia. 
 
 
Os benefícios são: 
* Empate de propostas 
-No caso de empate de uma micro empresa e uma empresa normal. A comissão pede para ofertar uma nova 
proposta, se a da micro for inferior já é considerada vencedora. 
* Irregularidade fiscal – art. 43 
- se uma micro tem alguma irregularidade na documentação ela pode participar do mesmo jeito. Deverá regularizar 
em 5 dias úteis e poderá ser prorrogado por igual período. 
 
RDC – REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÃO - Lei 12.462/11 
 
Regras diferenciadas. Visam determinados eventos desportivos, obras e serviços relacionados com a copa do 
mundo, das confederações, olimpíadas e paraolimpíadas. Também para qualquer obra relacionada com a 
infraestrutura do Aeroporto, até 350km da cidade sede. 
 Contratação integrada - adm. contrata uma empresa para fazer o projeto básico e para executar a obra. A 
elaboração do processo básico fica a cargo do contratado 
 Na concorrência pode ocorrer a inversão de fases – art. 12 - a exemplo do que ocorre com o pregão: a lei 
permite esta inversão, primeiro ocorrendo o julgamento e depois a verificação da regularidade da 
vencedora. 
 Sistema de escolha de propostas: aberto ou fechado. No aberto propostas são apresentadas via lances, ou 
seja, todos ficam sabendo das propostas abertamente. Já no fechado ninguém fica sabendo das propostas 
dos licitantes, pois estas serão entregues em envelopes fechados. 
 Orçamento "sigiloso" art. 6, parágrafo 3º - final da licitação: o orçamento prévio será apresentado 
somente ao final da licitação. Há discussão sobre esta regra quanto a constitucionalidade, pois, segundo 
alguns órgãos de controle, fere principio da publicidade. 
 RDC eletrônico art. 13 - sempre que possível será feita por meio eletrônico. 
 Publicação do edital: a nova lei diz que o edital tem que ser publicado no DO e em site oficial também. Se, 
porem, o objeto da obra tiver um valor até 150.000 ou se aquela compra ou serviço tiver um valor até 
80.000, esta dispensada a publicação do edital em DO, devendo haver a publicação apenas no site oficial. 
Aqui, novamente, há uma discussão sobre o principio da publicidade e se fere a constituição ou não o fato 
de ser publicado somente no site. 
(a prof. Acredita que não há inconstitucionalidade, pois o fato de não haver publicação de edital no DO não 
fere o principio da publicidade. Basta lembrar que na modalidade convite nem edital há e não se fala em 
inconstitucionalidade por ferir tal principio. Entretanto, pode haver inconstitucionalidade formal, pois a 
medida provisória foi alterada pelo Congresso, comprometendo todo o procedimento da medida provisória. 
O presidente, na verdade, não tratou sobre o regime diferenciado de contratação, quem a adicionou foi o 
congresso nacional). 
 
Inovações – RDC 
 Orçamento sigiloso: o orçamento prévio será apresentado somente ao final da licitação. 
Há discussão sobre esta regra quanto a constitucionalidade, pois segundo alguns órgãos de controle, fere o 
princípio da publicidade; 
 Contratação integrada art. 9º: A adm. contrata uma empresa para fazer o projeto básico e para executar a 
obra. A elaboração do processo básico fica a cargo do contratado; 
 Possibilidade de Inversão de fases – art. 12 : 1º julga, 2º habilita ( deve constar no edital); 
 Sempre que possível deve ser RDC eletrônico – art. 13; 
 Apresentação de propostas – art. 17: aberta (lance verbal) e fechada (envelopes com proposta escrita) 
(deve constar no edital); 
 Fase recursal – art. 27 p.u.: Após habilitação do vencedor abre-se a fase de recursos. 
 Prazo recursal – art. 45: 5 dias úteis após habilitação. 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS - LEI 8666/93 
 
-> Contratos administrativos ≠ Contratos da administração. 
 São ajustes celebrados pela administração e regidos por um regime jurídico público 
 
Todo ajuste celebrado pela administração com pessoa física ou jurídica de direito publico ou privado e regido por um 
regime jurídico público. Todo contrato administrativo se encontra em posição de supremacia (supremacia da 
administração pública) e nunca de igualdade. 
Ex.: Concessão de serviço público, parceria publico privada, concessão de obra publica. 
Contrato administrativo é diferente de contrato da administração - o contrato da adm. é gênero para designar 
qualquer contrato que administração celebra, o contrato administrativo é aquele cujo regime jurídico é publico. 
 
Características 
 Supremacia da administração: contrato administrativo – a administração faz parte e está em posição de 
supremacia; 
 Contratos de adesão: São contratos que não podem ser modificados e já são impostas para o administrado, 
não cabendo questionamento – cópia já publicada com o edital, com exceção da clausula econômico-
financeiro que são a principal garantia do contratado (art. 58 p. 1º). 
 Contratos personalíssimos: ou " intuito personae". A pessoa do contratado é importante para 
administração, tanto que ela foi contratada no processo licitatório. O contratado pode contratar um 
subcontratado (subcontratação parcial), quando o edital permitir e nunca total da atividade meio. Deve 
haver previsão no edital no contrato. 
 Formais ou formalismo: São contratos solenes, em regra escritos, forma pré-estabelecida, com exceção do 
art. 60 p. único que ê uma compra de pequeno valor (4 mil reais pagos a vista). 
 Mutabilidade ou mutáveis e equilíbrio econômico financeiro: São contratos mutáveis ou sujeitos a 
mutabilidade, logo são alterados inclusive durante sua execução, desde que haja interesse público (não se 
aplica o pacta sunt servanda). Em todas as mutações deve haver equilíbrio financeiro do contrato. 
 Presença de clausulas exorbitantes: Só impõe benefícios a uma das partes. São clausulas que expressam o 
interesse público, a supremacia da administração nos contratos administrativos e que são consideradas 
clausulas que estão fora da orbita do direito privado. Não são cláusulas abusivas. 
Não precisam estar previstas no contrato – Lei 8666 – art. 58. 
 
 Cláusula de execução: cumprimento do contrato (regras, prazo, materiais); 
 Economia financeira: preço – custo – não podem ser alteradas sem anuência do contratado 
(unilateralmente) – art. 58 – p. 1º. 
 
Clausulas Exorbitantes 
 
São cláusulas exorbitantes: 
 
Exigência de garantia (art. 56, par. 1o, lei 8.666/93): se o contrato envolve interesse público a administração pode 
exigir que o contratado preste uma garantia. São tipos de garantia: caução em dinheiro ou em títulos da divida 
pública, seguro garantia, fiança bancaria, podendo o contratado escolher qual das três, mas não pode se opor a 
exigência da garantia. 
 
Alteração unilateral do contrato (art. 58, I, lei 8.666/93): possibilidade que a administração tem de mudar 
unilateralmente esses contratos. Primeiro porque isso decorre da mutabilidade, e administração muitas vezes tem 
que alterar para ajustar o contrato ao interesse público. Mas tem limites para a alteração dos contratos, que estão 
no art. 65, par. 1o da lei: para alterar obras, serviços ou compras, essaalteração não pode superar 25% do valor 
inicial atualizado do contrato. Se for contrato de reforma de edifício ou de equipamento, até 50%. 
 
Rescisão unilateral do contrato (art. 58, II, lei 8.666/93): a rescisão unilateral também é permitida, ou seja, não 
precisa do judiciário para isso nem da anuência do contratado. Claro que a administração se motiva, se justifica e da 
oportunidade de o judiciário se manifestar, mas pode rescindir unilateralmente. A administração pode rescindir por 
inadimplemento do contratado; por interesse publico, ou seja, quando não for mais conveniente nem oportuno a 
continuidade desse contrato, portanto é uma questão de mérito (aqui ela indeniza se tiver prejuízos comprovados) 
 
Fiscalização do objeto do contrato (art. 58, III, lei 8.666/93): são contratos fiscalizados pela administração, de forma 
que o contratado não pode se incomodar nem impedir a fiscalização pela administração. A administração nomeia 
um agente, um fiscal só para fiscalizar a execução do contrato. Até porque ela transfere a execução do contrato, mas 
a titularidade ainda é dela. 
 
Imposição de penalidade (art. 58, IV, lei 8.666/93 - as penalidades estão art. 87, lei 8.666/93): a administração pode 
aplicar quaisquer das penalidades previstas no art. 87 da lei, podendo escolher qual a mais adequada, dentre: 
advertência - sempre por escrito (leve); multa (conforme previsto no edital e no contrato) - que pode se aplicada 
conjuntamente com qualquer outras; suspensão temporária de licitar e contratar com a administração (mais pesada. 
Aplicada quando o contratado cometeu algo mais grave) - esse direito fica suspenso - regionalmente, ou seja, só com 
a administração que aplicou a penalidade - no máximo 2 anos; e declaração de inidoneidade, de modo que o 
contratado fica declarado inidôneo por no mínimo 2 anos, sem limite máximo, até que se reabilite com a 
administração pagando os prejuízos que ela teve, mas aqui fica impedido de concorrer enquanto cumprir a 
penalidade em qualquer licitação no país. 
 
Ocupação temporária (art. 58, V, lei 8.666/93): não é para qualquer tipo de contrato, sendo somente para contratos 
que envolvem serviços essenciais, como saúde, transporte, água, energia elétrica, coleta de lixo, correios. Esses 
serviços essenciais estão sujeitos ao principio da continuidade, ou seja, não podem parar (inclusive há uma discussão 
quanto à greve dos servidores de serviços essenciais, de modo que não pode parar tudo, devendo um mínimo 
continuar funcionando). A ocupação existe diante de um serviço essencial quando a administração verifica uma 
irregularidade nesse serviço, de modo que a administração passa a ocupar / tomar conta do serviço pelo tempo 
necessário para apurar a irregularidade para que não pare a prestação do serviço. 
 
Teoria dos Riscos ou áleas e a mutabilidade dos contratos da Administração. 
 
A) Áleas ordinárias ou comuns: 
Esse tipo de risco não interessa à ADM, pois o mesmo são riscos previsíveis. 
 
B) Áleas ou Riscos Extraordinários: 
Essas são imprevisíveis, inevitáveis e estranhas para ambas das partes. 
 
B1) Caso Fortuito e Força Maior: Caso fortuito é um evento inevitável, imprevisível e remoto com participação 
humana e a força maior é um evento inevitável, imprevisível e remoto advindo da natureza. 
Obs.: Existem críticas na doutrina, pois nesse caso funciona de outra forma. O artigo 79, § 2° da Lei 8666/93. Se a 
rescisão se der por caso fortuito e por força maior caberá a ADM ressarcir eventuais perdas dos contratados. A 
doutrina crítica por a mesma dizer que ambos os casos são excludentes de responsabilidade. 
 
 B2) Áleas Administrativas: Fatores inevitáveis e imprevisíveis, porem ganha esse nome, pois a ADM contribui direta 
ou indiretamente. 
 
 Alteração Unilateral: A ADM pode alterar unilateralmente os contratos sem definição, de que forma ou de 
que tipo haverá essa alteração. 
 
 Fato do Príncipe: É um ato normativo expedido por uma autoridade que não é parte no contrato 
administrativo sendo dirigida a toda a coletividade, mas, que reflete indiretamente no equilíbrio financeiro 
do contrato em execução. 
Ex.: Impedimento de importação de determinada mercadoria. É a ADM contratante, que com base em uma 
responsabilidade objetiva deverá ressarcir o contratado. 
 
 Fato da Administração: É um fator, inadimplência, ação ou omissão que decorre da administração 
contratante e que causa um desiquilíbrio econômico financeiro do contrato administrativo. 
 
Obs.: A falta de pagamento por parte da ADM, quando cabe à mesma pagar, o contratado pode alegar “exceptio non 
adimpleti contractus”? Da cláusula de exceção de contrato não cumprido (artigo 476 do CC). 
Se o contratante não cumprir a sua obrigação, não há o que se falar em cumprimento por parte da ADM. Em regra a 
“exceptio” não será utilizada, ou seja, alegada e como exceção temos o artigo 78 inciso XV da Lei 8666/93. 
Ex.: Prazo em que ADM deveria fazer de uma desapropriação para que o contratante possa seguir com o contrato. 
 
B3) Áleas Econômicas: É um fator inevitável, imprevisível, estranho a vontade das partes que causa onerosidade 
excessiva ao contratado em razão do desequilíbrio econômico financeiro e deve ser revisto. Essa cláusula é a “rebus 
sic stantibus”, ou seja, às coisas permaneceram as mesmas quando no momento da contratação, caso mude de 
forma extraordinária, o contrato, fica suscetível de revisão e não de anulação de contrato. 
Ex.: Contratação pela ADM de uma obra, autorizado pela autoridade competente em um terreno arenoso e de 
repente encontra-se uma parte rochosa. 
Ex.: Plano Bresser – fator econômico 
 
Extinção dos contratos administrativos. 
 
a) Anulação - ex tunc 
Para haver a anulação é preciso uma ilegalidade, a administração e o judiciário podem anular o contrato, inclusive a 
administração pode anular de oficio. 
 
b) Rescisão 
A rescisão do contrato pode ocorrer em determinadas situações, sendo elas: 
 
 De pleno direito. 
Ele se extingue sozinho, por exemplo, com o vencimento do prazo, caso fortuito e força maior ou falência da 
contratada. 
 Unilateral 
Acontece quando a administração resolve rescindir o contrato e não precisa da anuência do contratado, pode ser 
por interesse público (precisa indenizar o contratado) ou por inadimplemento (não precisa ser indenizado). 
 Amigável ou de comum acordo 
É um distrato. As partes de comum acordo resolvem por fim ao contrato. 
 Judicial. 
Rescisão decretada pelo juiz numa ação obrigatoriamente proposta pelo contratado e facultativamente pela 
administração. 
 
Prazos dos contratos da administração 
 
Regra geral - art. 57, caput da Lei 8.666/93. 
Em regra esses contratos administrativos tem prazo determinado. O art. 57 fala que esses contratos tem o mesmo 
prazo que um crédito orçamentário, ou seja, sendo a lei orçamentária elaborada todo ano, esses contratos, em 
regra, tem vigência de 1 ano, porém dependendo do contrato o prazo de 1 ano não é suficiente, devendo ser 
prorrogado, por isso havendo as exceções. 
 
Prorrogações 
 
 Art. 57, I - previsão no plano plurianual. 
É uma lei que estabelece todas as despesas do Estado que vão ultrapassar um ano. Se o objeto do contrato está 
previsto no plano plurianual poderá ser prorrogado. Como regra geral o prazo é de 4 anos. 
 
 Art. 57, II - contrato de serviços prestados de maneira continuada. 
Sendo o serviço de execução contínua e sendo interessante para a administração esse contrato pode ser prorrogado, 
não podendo, qualquer prorrogação ultrapassar 60 meses, contando o período já cumprido. 
Ex.: serviços de limpeza. 
 
 Art. 57, IV - contratos de aluguel de equipamentos ou utilização de serviços de informática. 
Esses contratos podem ser prorrogados por até 48 meses, a cada prorrogação é necessário justificar. 
 
 Concessão de serviço público - Lei 8.987/95. 
É o contrato administrativo pelo qual o poder público concedente delega a outrem (concessionária) a execução de 
um serviço publico para que ela o façapor sua conta e risco recebendo remuneração através de tarifas pagas pelos 
usuários do serviço. 
Ex.: pedágio, metrô, transporte público. 
 
 
 
Características 
 
a) Contrato através da modalidade concorrência; 
b) Responsabilidade objetiva; 
c) Caducidade da concessão por inadimplemento (rescisão unilateral); 
d) Encampação é o nome que se dá à rescisão unilateral da concessão por interesse público. 
 
 
 Lei 11.079/04 – Parceria Público Privada – PPP 
 Concessão patrocinada é uma concessão de serviço público da lei 8987/95 que além de tarifas pagas pelos 
usuários o parceiro privado ainda ganha uma remuneração paga diretamente pela administração. (devido ao 
alto investimento no projeto – Ex.: linha amarela) 
Concessão comum -> tarifária 
Concessão patrocinada -> tarifária + remuneração 
 Concessão administrativa é um contrato de prestação de serviço público ou não de que a administração seja 
usuária direta ou indiretamente. 
 
OBS: PPP só para obra não existe; 
 Construção de presídio pela iniciativa privada e gestão da administração pública; 
 Construção de hospitais públicos e gestão também pela iniciativa privada. 
 
Convênios e consórcios administrativos (art. 116 da Lei 8.666/93) 
No convênio o contrato possui uma remuneração e no consórcio não é necessária, o objeto do contrato de ambos 
são diferentes. 
Convênio é um ajuste de vontade entre entes públicos ou entre entes públicos e entes privados para a realização de 
interesses comuns entre eles. 
Consorcio é um ajuste de vontade entre entes públicos da mesma natureza para realização de um objetivo comum. 
Eles precisam ter a mesma natureza e apenas entre os públicos (município com município). 
 
Consórcios públicos - Decreto 11.107/05 
Diferentemente dos consórcios administrativos existem os consórcios públicos que são considerados contratos e que 
criam pessoa jurídica que podem ser de direito público (associações públicas) e privadas. Essas pessoas de direito 
privado precisam licitar, entre outras coisas que existem apenas para as pessoas de direito publico, porém a 
legislação civil é que se aplica. 
 Protocolo de intenção 
Será formado por todos os entes e assinado para depois ser publicado no diário oficial. 
 
 Lei aprovada por cada ente consorciado 
Pode ser aprovada num todo ou em parte, porém se for parcial, só participará do que aceitou. Também será 
publicada no diário oficial. 
 Celebrado o contrato de consórcio 
 
INTERVENÇÃO DOESTADO NA PROPRIEDADE - 5º, XXII e XXIII da CF 
 
O inciso XXII trata da garantia do direito de propriedade e o inciso XXIII da função social da propriedade. Em razão 
dessa função social da propriedade, pode-se dizer que o direito de propriedade não é um direito absoluto pois 
precisa atender sua função social. A função social diz que a propriedade precisa trazer um bem a sociedade, pois ela 
está vinculada a um bem estar social. 
 
A CF não define função social, mas dá parâmetros: 
 
A propriedade urbana cumpre sua função social (182 CF e 32 CTN) quando atende o plano diretor, que é uma lei 
municipal que organiza a expansão da política urbana, pois as cidades devem crescer de maneira ordenada e 
sustentável. Portanto, é necessário o plano diretor para verificar como a propriedade atenderá sua função social. E 
sendo o plano diretor uma lei municipal, logo é diferente de uma cidade para outra. O plano diretor é obrigatório em 
cidades com mais de 20.000 habitantes. 
 
Sanções: Se uma propriedade não cumpre o plano diretor, poderá sofrer sanções (art. 182, par. 4º) que são 
sucessivas, ou seja, aplica uma e se não for suficiente aplica outra. 
 
As sanções possíveis são: 
1- parcelamento ou edificação compulsório: parcelamento é loteamento, com possibilidade de 
transferir a terceiros, e edificação é ter que construir. Há prazo de 1 ano para apresentar na prefeitura projeto de 
edificação ou loteamento; 
 
2- IPTU progressivo no tempo: aumenta alíquota do IPTU, sendo o valor máximo de 15% num prazo 
máximo de 5 anos; 
 
3- desapropriação: aqui é chamada de desapropriação sanção ou desapropriação extraordinária. Essa 
desapropriação, por ser uma sanção, não é paga em dinheiro e, sim, em títulos da dívida pública, que são resgatáveis 
em até 10 anos. Essa desapropriação só o município tem competência para fazer. 
*deve ser cumprido o plano diretor e o estatuto da cidade. 
 
A propriedade rural - art. 186, CF - esse artigo traz condições simultâneas, ou seja, se a propriedade obedecer todas 
as condições ao mesmo tempo ela está cumprindo sua função social. Na verdade essas condições devem ser 
cumpridas conjuntamente com o estatuto da terra. A sanção aqui prevista para o proprietário que não cumprir a 
função social é direto a desapropriação-sanção, e o proprietário recebe em títulos da dívida agrária. Essa 
desapropriação é em beneficio de quem é beneficiário da reforma agrária. Essa desapropriação é feita com fim de 
reforma agrária. 
 
Modalidades de intervenção do estado na propriedade. 
 
 Requisição administrativa (art. 5 XXV) - É uma modalidade de intervenção do estado na propriedade 
privada que visa o uso temporário dessa em razão de um perigo público iminente. Arequisição é o uso de 
bens móveis, imóveis ou serviços. 
É uma modalidade voltada ao uso, não retirando a propriedade de ninguém. Não há prazo para o uso, 
enquanto perdurar o perigo pode usar. A indenização só é devida se houver dano. 
Ex. No caso Lindemberg o uso do apartamento vizinho ao que estava a vítima foi por requisição 
administrativa. 
 
 Ocupação temporária (art. 36 do decreto de lei 3365/41 - hipótese que há indenização) – É uma forma de 
intervenção do Estado na propriedade privada que visa o uso temporário para fins de utilidade pública. 
Aqui não é necessário estar diante de uma situação de perigo iminente, bastando uma necessidade, uma 
utilidade pública. (grande diferença com requisição) É efetuada através de um ofício. 
Em regra geral essa ocupação é gratuita, assim, quando se fala em "onerosa", falamos de eventual 
indenização se houver dano. 
Ex. Uso de prédios particulares para eleições, concursos públicos, vestibulares (essas são ocupações 
temporárias gratuitas). Porem, o art. 36 do decreto 3365/41 prevê uma hipótese de ocupação temporária 
onerosa, ou seja, em que haverá indenização: o poder público pode ocupar terrenos vazios vizinhos a obra, 
sendo indenizado o proprietário ao término do uso. 
 
 Servidão administrativa - (art. 40, decreto 3.365/41 e 1.378CC) - Servidão é a instituição de um direito real 
sobre coisa alheia que deverá suporta-lo em atenção ao interesse público. A servidão administrativa, é de 
interesse público e a servidão civil é de interesse particular. 
As servidões são consideradas perpetuas e imprescritíveis. 
 Ex. Placa de rua no muro da casa; passagem de cano de óleo duto pelo terreno da casa; etc. 
Servidão quer dizer escravidão, ou seja o imóvel é escravo do investe publico. 
 
Modalidades de servidão 
(1) instituída por lei - ex. Art. 18, decreto 25/37, que diz que os imóveis que estão ao redor da coisa 
tombada não podem colocar cartazes nem fazer obras que impeçam a visão da coisa tombada. Essa servidão 
não dá direito a indenização. Há quem diga que essa servidão é uma limitação administrativa por ser 
instituída por lei; 
 
(2) instituída por acordo: é necessário um decreto para cada caso que se for instituir uma servidão, 
determinando qual o bem, qual a finalidade, etc. Se houver acordo entre poder publico e proprietário, esse 
acordo tem que ser feito por escritura publica. Aqui pode haver indenização, dependendo do acordo que foi 
feito, pois muito embora não perca a propriedade, limita o exercício do direito e pode até diminuir o valor 
econômico do bem. Se não houver acordo, resta a terceira forma de servidão; 
 
(3) instituída por sentença: se não houve acordo o poder público ingressa com uma ação requerendo que o 
juiz determine a servidão. O juiz pode determinar valor de indenização na sentença, nomearperito para 
avaliar se há necessidade e os parâmetros para quantificar a indenização, etc. Tanto a instituída por lei 
quanto a por sentença devem ser averbadas na matricula do imóvel, por uma questão de publicidade, 
ficando a servidão pública a terceiros. Toda servidão é considerada perpétua, ou seja, enquanto houver 
interesse publico existe a servidão. 
 
Limitações administrativas 
São obrigações de fazer, de não fazer, ou de permitir, impostas à propriedade e controladas pelo poder público em 
razão de seu poder de polícia. São obrigações criadas pela lei, mas quem fiscaliza e impõe sanções é o poder público, 
dentro do poder de polícia concedido a ele. 
 Ex. Prédios devem manter equipamentos contra incêndio (obrigação de fazer); imóveis muito próximos a 
aeroportos tem limitação de altura (obrigação de não fazer); permitir o acesso de agentes que vão fazer vistorias 
sobre dengue ; prédios devem se adaptar a acessibilidade (obrigação de permitir). 
 
Tombamento (decreto lei 25/37 e art. 216 CF) 
É um procedimento administrativo pelo qual o poder público pretende preservar bens considerados indispensáveis 
como referencia a memória da sociedade brasileira em razão de seu valor histórico, artístico, cultural e etc. 
A ideia do tombamento é instaurar um procedimento e o ato final desse é a inscrição no livro do tombo. 
Todos os bens inscritos no livro do tombo são considerados tombados. 
Em regra o tombamento é um processo administrativo (por exceção o tombamento pode ser por lei, que em geral 
são ligados a matéria ambiental. Existe uma critica muito grande quanto ao tombamento por lei, pois não permite o 
contraditório e a ampla defesa como o processo administrativo. 
O tombamento não retira a propriedade, somente impondo restrições parciais à essa propriedade. 
Qualquer bem material ou imaterial (melodia, por ex.), individual ou coletivo (cidades, bairros, etc., por ex.), pode 
ser tombado. 
A CF se preocupa com os bens tombados porque ela entende que a dignidade da pessoa humana existe n ao só 
quando se garante educação, saúde, moradia, alimentação e etc., mas quando se garante ao cidadão o direito que 
ele tem de identificar sua identidade social. 
 
Consequências do tombamento 
 As obras de conservação do bem, em regra cabem ao proprietário; Se não tem condições financeiras para 
conservação do bem deve comunicar o Estado; 
 Qualquer reforma ou obra no bem tombado depende de prévia autorização do órgão competente, mesmo 
que seja para conservação; 
 O bem tombado pode ser alienado desde que o proprietário dê o direito de preferencia ao poder público ( 
União, Estado e Município, nesta ordem de preferência) para aquisição do bem, e se esses não tiverem 
interesse, pode alienar o bem livremente. 
 Limitação em construções vizinhas. 
 
Procedimento do tombamento - decreto Lei 25/37 
 
Existem três órgãos competentes: 
 
 Federal (IPHAN-autarquia); 
 Estadual (condephaat); 
 Municipal (conselhos de defesa). 
 
 De oficio - bens públicos. 
Notifica-se o ente e depois inscreve o bem no livro do tombo. 
 
 Voluntário. 
Bens privados, o proprietário entende que seu bem tem o valor histórico e ele mesmo requere o tombamento, se a 
administração entender esse valor ela cede a inscrição no livro do tombo. 
 
 
 Compulsório. 
Bens privados, a administração entende que o bem tem um valor importante e ela inicia o procedimento. Notifica o 
proprietário que tem um prazo de 15 dias para apresentar impugnação, após esse prazo o processo é encaminhado 
para o órgão competente e depois haverá a inscrição no livro do tombo. 
 
Desapropriação Ordinária - Art. 5, XXIV CF 
Decreto Lei 3365/41 (lei geral das desapropriações) - necessidade e utilidade pública. 
Lei 4132/62 - Lei de desapropriação de interesse social 
 
Desapropriação é um procedimento legal pelo qual o poder público ou o seus delegados através de uma declaração 
de necessidade pública utilidade, pública ou interesse social impõe ai proprietário a perda de um bem o substituindo 
por uma justa e previa indenização em dinheiro. 
 
Pressupostos da desapropriação 
 Necessidade pública: o poder público necessita com urgência (não é muito comum); 
 Utilidade pública: é conveniente ao interesse público; Ex.: metrô, rodovia; 
 Interesse social (lei 4132/62): quando está diante dos direitos sociais, como: 
1 – Moradia -> construir conjunto habitacional; 
2 – Melhor distribuição de terra -> visando reforma agrária; 
 
Desapropriação por zona (caráter especulativo) 
Conveniente à sociedade e a administração. Desapropriação por zona ocorre quando o poder público desapropria 
uma área maior do que a necessária para realização da obra pública e após a sua valorização imobiliária ele revende 
essa área a terceiros para obtenção de lucros. (STF entende que é constitucional). 
 
Bens que podem ser desapropriados 
Bens móveis e imóveis, corpóreo ou incorpóreo, público ou privado, direitos a crédito; 
Não podem ser desapropriados os direitos da personalidade e dinheiro. 
 
Sujeito ativo da desapropriação ( Administração Direta) 
 União 
 Estados 
 Municípios 
 Distrito Federal 
 
Sujeito passivo da desapropriação 
 Pessoa física 
 Pessoa Jurídica 
 
 
Desapropriação de bens públicos – É necessária de lei autorizadora, é preciso uma ordem da União. A União 
desapropria bens dos Estados, DF e Municípios. 
Estados podem desapropriar bens do município; 
Município não desapropria bens de entes públicos, somente de munícipes. Isso está previsto no art. 2, p. 2º decreto 
lei 3.365/41. 
Na administração indireta o município só poderá desapropriar caso o bem não esteja sendo usado por finalidade 
pública, depende da finalidade. 
 
A administração indireta não pode editar decreto, logo depende de um ato declaratório da administração direta, 
autorizando a prática dos atos executórios. 
 
Concessionárias: no contrato pode vir estabelecida autorização, como regra, é a mesma da administração direta. 
Competências especiais 
 Desapropriação de bens rurais que não estão cumprindo fim social para fins de reforma agrária; 
 
 Competência da União 
 
 Desapropriação de propriedade urbana; 
 
 Competência do Município 
 
 Desapropriação da propriedade rural; 
 
 Competência dos Estados, DF, Municípios e União 
 Desde que não seja para reforma agrária. 
 
Procedimento da desapropriação. 
 
 Fase declaratória 
Expede-se um ato declaratório que geralmente é um decreto regulamentar, porém pode ser também uma lei. Esse 
decreto geral algumas consequências abaixo mencionados: 
 Submete o bem à força expropriatória do Estado. 
 Concede ao Poder Público direito de penetrar. 
 Fixa o estado do bem falante futura indenização. 
 Início da contagem do prazo de caducidade. 
O prazo de caducidade é de 5 anos no casos necessidade/utilidade. No caso de interesse social 02 anos. O prazo de 5 
anos pode ser prorrogado por mais 5 anos (caducou em 5 anos, espero 1 ano, faz-se um novo decreto e conta novo 
prazo de 5 anos). 
 Benfeitoria necessária é indenizada, mesmo após vistoria pela administração pública; 
Ex.: teto que está caindo 
 Benfeitoria útil somente será indenizada se o poder público autorizar; 
Ex.: rampa de acesso para deficiente 
As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. 
 Benfeitoria voluptuosa não será indenizada. 
Ex.: fonte decorativa no jardim; 
 
 Fase executória 
 Amigável: quase não ocorre, pois o poder público em geral oferta um valor muito abaixo do mercado. 
Quando há acordo amigável, lavra-se a escritura, e não havendo acordo, o poder público deve ingressar com 
ação; 
 Judicial: Ação de desapropriação pelo poder público. Na petição inicial tem o direito de pedir a imissão 
provisória da posse, através do pedido de liminar e para isso deve alegar/demonstrar a urgência e fazer um 
depósito prévio (muito embora hoje haja decisões do STJ deferindo liminar mesmo sem o depósito prévio, o 
que é perigoso, pois a CF diz quea indenização deve ser prévia). Para o depósito prévio, deve ser 
depositado, pelo menos, a totalidade do valor venal do imóvel (art. 15, par. 1º, decreto 3365/41 - que o STF 
declarou não ser inconstitucional pela sumula 652). Se o proprietário não concordar com a desapropriação 
ele levanta apenas 80% do valor depositado e contesta (se ele levantar o valor todo ele declara concordar 
com o valor depositado e o processo acaba). Na contestação pode-se discutir apenas o valor do imóvel ou a 
existência de vicio processual. 
O valor da sentença será pago por precatório. 
 
Indenização final da desapropriação 
 Valor de mercado do bem; (avaliado por peritos das partes; 
 Danos emergentes e lucros cessantes; 
 Juros compensatórios: no caso proprietário perder antecipadamente; 
 Juros moratórios: pela demora no pagamento; 
 Correção monetária; 
 Custas e despesas processuais; 
 Honorários advocatícios. 
Expropriação 
Expropriação é diferente de desapropriação e está previsto no art. 243 da CF. 
Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão 
imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos 
alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas 
em lei. 
É o chamado confisco, ou seja, retirar a propriedade sem indenização. 
Propriedade com culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou trabalho escravo. 
 
Obs.: Cuidado com a expressão “expropriação”, pois há alguns autores que utilizam no sentido de “desapropriar” e 
as vezes significa confisco, depende do contexto. 
 
Desapropriação indireta 
Ocorre quando o poder público pratica atos de apossamento do bem sem observar o procedimento legal da 
desapropriação. O poder publico vai tomando conta do bem, fazendo obras, etc., sem observar o procedimento da 
desapropriação, como por ex. uma liminar. 
O que o poder público pratica “esbulho”, ou seja, toma a posse indevidamente. Para impedir esse esbulho o 
proprietário pode ingressar com ação de reintegração de posse. Porém o artigo 35 do decreto 3365/41 diz que um 
bem esbulhado já destinado, ou seja, já com obras iniciadas, não pode mais ser objeto de reintegração, assim, 
apenas cabe ação de indenização por desapropriação indireta, que segundo a sumula 119 STJ prescreve em 20 anos. 
Assim, aquele que sofre o esbulho deve ser rápido para poder ingressar com a reintegração de posse. 
 
Retrocessão – art. 519 
É o direito de preferência concedido ao ex-proprietário do bem para sua aquisição quando houver na 
desapropriação a chamada tredestinação. A tredestinação é o desvio de finalidade que ocorre na desapropriação. 
Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o 
destino para que se desapropriasse, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado 
direito de preferência, pelo preço atual da coisa. 
O proprietário "descobrindo" que houve a tredestinação, pode ingressar com ação para reaver o bem (e aí devolve a 
indenização que recebeu na desapropriação) ou indenização, recebendo a diferença do valor atual do imóvel. 
Se a administração destinou o bem a uma finalidade publica diferente da "prometida" na desapropriação não há 
retrocessão. Ex.: bem desapropriado para construção de creche e foi construída um posto de saúde. 
 
Natureza jurídica da desapropriação. 
A doutrina fala que é uma forma originária de adquirir propriedade (pois há também a forma derivada de aquisição 
de propriedade, como a compra e venda, a herança, a doação, em que se depende de um terceiro), em que a relação 
entre o sujeito e a coisa se da diretamente, sem intermediários, sem título anterior, ou seja, quando o poder publico 
adquire o bem por desapropriação é como se o proprietário não existisse, pois é como se o poder público adquirisse 
o bem sem proprietário. 
 
Há quatro consequências decorrentes dessa forma originaria de aquisição da propriedade: 
 Se o poder público indenizar quem não é proprietário não invalida a desapropriação; 
 Eventuais ônus reais incidentes sobre o bem desapropriado se extinguem com a desapropriação; 
Ex.: Hipoteca 
 Os titulares de direitos reais (ex. O banco no caso da hipoteca da casa para financiamento) são sub-rogados 
no preço; Dentro do processo de desapropriação é reservado o valor do direito do banco; 
 Os titulares de direito pessoais em relação ao bem desapropriado não são sub-rogados no preço; 
Ex. locatário de imóvel para fins empresariais, quem tem prejuízo com a desapropriação não é sub-rogado e 
deve pleitear indenização em ação autônoma. 
 
 
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Se é ato administrativo ele será controlado pelo judiciário e pela administração 
 
 Pela própria administração 
Princípio da auto tutela, controla os autos por ela editados. Sumula 473 STF. 
Esse controle é feito através da anulação (ato ilegal, efeitos ex tunc) e outra por revogação (ato legal, mas 
inconveniente ou inoportuno, efeitos ex nunc, apenas ato discricionário pode ser revogado). 
A administração pode controlar de ofício (regra) ou ser provocada (ex. Recurso administrativo). 
O ato vinculado pode ser ilegal, basta desrespeitar um dos elementos previstos na lei. Assim, sendo o ato ilegal, a 
administração promove a anulação de tal ato (que retroage). 
O ato discricionário também pode ser ilegal, quando o administrador desrespeita qualquer dos elementos que já 
estejam previstos em lei. Dessa forma, a administração anula tal ato (que retroage). Porém, pode existir um ato 
discricionário que é legal, mas é, ao mesmo tempo, inconveniente ou inoportuno ao interesse público. Esse ato, 
então, será revogado (toda revogação tem a ver com mérito), não retroativo, vez que o ato é legal e deve respeitar 
os direitos adquiridos. 
 
 mérito administrativo: é a liberdade de escolha do administrador. 
Atos vinculado e discricionário podem ser anulados, mas somente o ato discricionário pode ser revogado". - não 
existe revogação de ato vinculado porque este não tem mérito e revogação é para mérito. 
 
Mediante provocação é através de recursos: 
Hierárquico próprio - regra geral, não precisa de previsão legal. Ele é dirigido para uma autoridade superior que faz 
parte da mesma estrutura hierárquica que o recorrido faz parte. 
Hierárquico impróprio - só cabe quando a lei assim determinar. Ele é dirigido a uma autoridade fora da autoridade 
que recorreu. 
 
 Pelo Poder Judiciário 
O judiciário somente faz o controle mediante provocação, é um poder inerte. Decorre do princípio da 
inafastabilidade do poder judiciário que esta prevista no art. 5, XXXV CF. 
Para entrar no judiciário não é necessário entrar antes no administrativo e esgotar essas vias administrativas, apenas 
nas hipóteses previstas no art. 217 p. 1º da CF precisam esgotar as vias administrativas. 
Exceções: 
 Habeas data : deve ser demonstrado a recusa do fornecimento das informações pelos dos órgãos 
detentores; 
 Art. 217 p. 1º da CF: esse artigo regula as questões da justiça desportiva; todos os conflitos devem ser 
discutidos primeiramente na esfera administrativa; 
 Concessão de 1º benefício previdenciário: esse benefício deve ser previamente requerido na esfera 
administrativa. 
 
Um ato vinculado ilegal pode ser anulado pelo judiciário (ex. Sou agente e recebi punição da administração posso 
ingressar no judiciário para anular tal ato punitivo), tendo efeitos ex tunc. 
Um ato discricionário, sendo ilegal, pode ter sua anulação pleiteada perante o judiciário, tendo efeitos ex tunc. 
Porém, sendo ato discricionário inconveniente e inoportuno, este não pode ser revogado pelo judiciário, pois a 
revogação tem a ver com mérito e o mérito tem espaço reservado para o administrador e o juiz não pode fazer as 
vezes do administrador (é o administrador que sabe o que é bom para o interesse publico naquele momento. Se ojudiciário o fizesse, estaria violando o princípio da separação dos poderes. Note que se, por ex, em ato de remoção, 
um administrador remove alguém de seu posto por punição ou por não gostar da pessoa, isso nada tem a ver com 
mérito, pois não há a necessidade da remoção, sendo, então, um ato ilegal, que pode ser anulado pelo judiciário. 
Conclusões: O judiciário pode anular atos vinculado e discricionário. O judiciário aprecia ato discricionário sob 
aspecto de legalidade e não de mérito, logo não revoga ato discricionário. 
 
 
 Pelo Poder Legislativo: 
O controle legislativo é feito pelos remédios constitucionais, quais sejam: 
 
 Mandado de segurança: art. 5º, Incisos 69 e 70, cabe sempre no direito líquido e certo não protegido pelo 
HC nem pelo HD. Direito liquido e certo é aquele comprovado de plano na inicial e que não depende de 
dilação probatória. 
 Habeas Corpus - art. 5º , Inciso 68. Proteção do direito liquido e certo de locomoção. Pode ser preventivo (se 
tem uma ameaça real, o que se quer é salvo conduto) e repressivo (a violação já ocorreu). Cabe tanto de 
autoridade publica quanto privada. 
 Mandado de injunção – art. 5º Inciso 71. Vai discutir a inconstitucionalidade por omissão. Instrumento que 
controla a IO por um controle difuso. 
 Habeas Data - art. 5º, Inciso 72. Defende direito a informação, a dados que tem que constar de um banco 
de dados de caráter público ou governamental. Retificar os dados acima mencionados. Complementar os 
dados. 
 Ação popular – art. 5º, Iniso. 73. Defende patrimônio publico, patrimônio histórico e cultural, moralidade 
administrativa, meio ambiente. 
Proposta pelo cidadão, desde que esteja em pleno exercício de seus direitos políticos, e o MP acompanha 
todo o trâmite da ação popular. Se aprovada, caso o autor não promova a execução da ação, o MP deve 
promover. 
O autor é isento de custas para propositura da ação popular, exceto se comprovada má-fé. 
 Ação civil pública – art. 129, III da CF, lei 7347/85. Protege direito difuso e coletivo. O direito 
coletivo pertence a um grupo ou classe de pessoas ligados por um vinculo jurídico. O difuso pertence a um 
número indeterminado de pessoas ligadas por um vínculo de fato. 
O principal legitimado para propositura da ação é o MP. A lei 7347 prevê os legitimados: União, Estados, DF, 
Municípios, Autarquias, Defensoria Pública, Fundações Públicas, etc. 
 
Modalidades de controle legislativo: 
 
 Controle Político 
Controle em que o legislativo faz tanto de legalidade como de mérito dos atos administrativos. Portanto, as 
hipóteses de controle deverão decorrer da própria Constituição Federal. O controle político mais importante que o 
legislativo faz é a CPI (artigo 58, § 3°) – Investigação de fato determinado. 
Ex.: Nomeação do procurador geral da república aprovado pelo Senado 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com 
as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. 
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, 
além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo 
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a 
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério 
Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
 
 Controle orçamentário ou fiscal 
Controle de contas por parte do poder legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
 Composição do Tribunal de Contas da União - TCU: 
o O TCU não integra nenhum poder e julga as contas dos três poderes. 
o Considerado um órgão auxiliar do poder legislativo, mas, não integra qualquer um dos poderes sendo um 
órgão autônomo. 
o O TCU é integrado por 9 ministros (equiparados aos ministros do STJ). 
o Três dos 9 ministros são escolhidos pelo presidente mediante aprovação do Senado e o restante pelo 
congresso nacional. 
o Mais de 35 menos de 65 anos; 
o Experiência de mais de 10 anos de exercício ligado a área fiscal, econômica. 
Funções do Tribunal de Contas de União: 
 
 1° função: artigo 71, inciso I da CF - Apresenta parecer ao congresso Nacional, quando as contas do 
presidente da república são julgadas anualmente pelo Congresso Nacional; 
 
 2° função: artigo 71, inciso II da CF - O TCU julga as contas de todas as autoridades administrativas 
detentoras de valores, bens ou dinheiro público da administração direta e indireta; O judiciário 
poderá apreciar apenas a legalidade e não o mérito caso haja dispositivo errôneo; 
Obs.: O TCU, ao julgar as contas, poderá o TCU declarar a inconstitucionalidade de uma lei, segundo a súmula 347 do 
STF sim – O tribunal de contas no exercício de suas atribuições poderá verificar a lei inconstitucional. 
 
 3° função: artigo 71, inciso III: O tribunal de contas aprecia todos os atos de admissão de pessoal na 
administração direta e indireta; 
 
 4° função: artigo 71, inciso IV: fazer auditoria e inspeções de natureza orçamentarias e contábeis nas 
unidades administrativas dos três poderes. 
 
 5° função: artigo 71, inciso XI: Função de ouvidoria. 
 
 6° função: artigo 71, inciso VII: O TCU presta informações quando solicitadas pelo Congresso 
Nacional em relação as contas das autoridades que ele julga. 
 
 7° função: artigo 71, inciso VIII: Ao detectar uma irregularidade na conta de uma determinada 
autoridade o TCU poderá aplicar sanção de multa. 
 
Obs.: A decisão da imposição de multa por parte do TCU à autoridade é um título executivo extrajudicial. Artigo 71, 
inciso III da CF. 
 
BENS PÚBLICOS - ART. 98 e 99 CC 
 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos 
os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
Ou seja, a pessoa jurídica de direito publico interno é: União, estados, municípios e DF + administração indireta com 
prestação de serviço público. (fundações públicas e autarquias) 
Se empresas públicas, ou sociedades de economia mista exercer serviços públicos seus bens que tem esse destino 
são considerados públicos. Quando presta atividade econômica os bens são considerados privados. (BB, Petrobrás) 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração 
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; (prédio de delegacia, biblioteca pública) 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito 
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
 
Espécies de bens públicos 
 Bens de uso comum do povo. 
Inciso I. (bem afetado) 
 Bens de uso especial da administração. 
Inciso II. (bem afetado) 
 Bens dominicais. 
Inciso III. (bem desafetado) 
São considerados bens desafetados, pois não possui nenhuma finalidade pública específica. Compõe o patrimônio 
público, e podem ser alienados. 
 
Os dois primeiros são chamados de bens afetados, afetação processo pelo qual um bem recebe uma destinação 
pública, em regra isso é feito por Lei. (não podem ser alienados enquanto de uso público). 
 
Regime jurídico dos bens públicos 
 
Características: 
 Inalienabilidade relativa. 
Em regra não podem ser alienadas enquanto afetados, só os desafetados (bem dominical) pode ser alienado. Para 
ser alienado é necessário a licitação, seja concorrência (imóvel – precisa de autorização legal e prévia avaliação do 
bem) ou leilão (móvel). 
 
Impenhorabilidade. 
A penhora é uma garantia processual (de natureza processual) que vincula um bem a um processo, pois, ocorre 
dentro de um processo de execução. O processo de execução contra o poder público é o precatório (como os bens 
públicos não são penhoráveis, existe o precatório – ordem judicial de pagamento). 
 
 Insuscetíveis de oneração. 
Os bens públicos não podem receber ônus reais incididos a eles. Não podem ser objeto de hipoteca, de uso fruto, de 
anticrese (consignação de rendimento) etc. 
 
 Imprescritibilidade. 
Eles são imprescritíveis e não são passíveis de ação de usucapião. CF - art. 183, p. 3 (propriedade urbana) e 191 p.u. 
(propriedade rural). 
 
Uso dos bens públicos 
 
 Espécies: 
 
 Bens de uso comum do povo: são bens destinados ao uso de todos, ex.: praça, rua. 
 Bens de uso especial: é um bem destinado ao uso da administração. Ex.: prédio, delegacia. 
 Bens dominicais: Bens públicos considerados bens desafetados, ou seja, bem sem finalidade, assim, não 
passou por um processo de afetação. Os únicos que poderão ser alienados por não serem afetados. 
 
 Atributos 
 
 Afetação e desafetação: 
 Afetação: Processo pelo qual um determinado bem recebe uma destinação pública, em regra o bem se 
constitui como bem de destinação pública. 
 Desafetação: Quando por lei, desconsidera-se a finalidade de determinados bens. 
 
 Tipos de Bens 
 
 Terras Devolutas: Presunção de terras que integram o patrimônio do público e são dominicais, ou seja, 
passiveis de alienação. Quando houver conflitos sobre a terra haverá um processo discriminatório para 
definir a quem a terra pertence. 
Obs.: Presumindo-se pública as terras devolutas as mesmas serão consideradas terras de domínio dos Estados 
membros, salvo as terras devolutas elencadas no artigo 20, inciso II. 
 
 Terrenos de Marinha: Preamar (maré alta – quebra das ondas) médio é o cálculo que se faz para buscar o 
ponto da maré alta do mar. Contada a demarcação parte-se de 33 metros e considera-se essa demarcação 
bens da União. 
A enfiteuse é o instituto que possibilita a transferência do terreno da união para o particular (domínio útil). 
Valor pago pelo particular por usar o bem da união (laudêmio). 
Obs.: O CC de 2002 não admite o instituto “enfiteuse”, porém respeita os que já existem. 
 
 Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios (artigo 231 da CF): São consideras bens de uso especial. Em 
razão da história o constituinte brasileiro decidiu que as terras ocupadas pelos índios são da União, 
entretanto, os índios têm direito da posse permanente das terras e poderão usufruir dos lucros. 
 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
Conceito 
Segundo o artigo 37, § 4° da CF a lei que cuida da improbidade é a Lei 8429/92. 
Ocorre quando o agente público, valendo-se de uma imoralidade pratica condutas de enriquecimento ilícito - art. 9º, 
lei 8429/92 (obtenção de vantagem econômica indevida), lesão ao erário - art. 10, lei 8429/92 (prejuízo ao erário - 
desvio de verbas publicas, etc) ou atenta contra os princípios da administração - art. 11, lei 8429/92 (basta ferir 
qualquer principio que já comete improbidade). 
A improbidade por si só é um ilícito civil, tanto que quem o comete não está sujeito a penas privativas de liberdade. 
Mas se fala em "crime de improbidade" porque é muito comum que o ato configure ilícitos civil, penal e 
administrativo (concomitância de instâncias), de modo que o agente será punido em separado nas três esferas, que, 
em regra, tramitam independentemente. 
A improbidade, hoje, é apurada por ação civil pública. 
Improbidade não é a mesma coisa que imoralidade. A improbidade é mais específica - é sempre cometida através de 
um ato imoral (a moralidade é um principio, portanto, mais amplo). A moralidade é gênero e a improbidade é a 
efetiva real lesão contra o principio da moralidade. 
 
Probidade e moralidade 
A moralidade administrativa compreende o tipo de comportamento que os administrados esperam da administração 
pública para a consecução de fins de interesse coletivo, segundo uma comunidade moral de valores, já a probidade 
na administração vem a ser o agir em consonância com tais valores, de modo a propiciar uma administração de boa 
qualidade. A moralidade é o genérico, do qual a probidade é uma especialização. 
A moralidade é um principio, portanto, mais amplo. A moralidade é gênero e a improbidade é a efetiva real lesão 
contra o principio da moralidade. 
Uma ilegalidade é a violação da norma, a imoralidade é uma contrariedade à norma moral e por fim, a 
improbidade também é uma contrariedade à uma norma moral, no entanto, esta é qualificada pela má-fé 
ou pelo dolo. 
 
Sujeito Ativo – art. 2º Lei 8.429/92 
 Agente público 
 Particulares: quando um particular concorre ou induz o ato de improbidade, de modo que responde da 
mesma forma que o agente, podendo sofrer todas as sanções, exceto a perda de função. Ele age como "co-
autor". 
Qualquer agente pode praticar ato de improbidade, mas existem alguns agentes que pode, cometer crime de 
responsabilidade (lei 1079/50) - prefeito, governador, ministros de estado, ministros do STF, procurador geral da 
republica - de modo que, por exemplo, quando o presidente atenta quanto à probidade comete crime de 
responsabilidade. Quem comete crime de responsabilidade, somente responde por isso e não responde pela 
improbidade (muito embora o correto seria ser responsabilizado pelos dois, haja vista que o crime de 
responsabilidade é infração político-administrativa e a improbidade é ilícito civil, além de se esperar desses agentes 
muito mais probidade que dos outros). 
 
Sujeito Passivo 
 Administração direta (União, Estados, DF e Municípios) 
 Administração indireta 
 Qualquer entidade que dependa de subvenção (repasse de verba), incentivos ou que receba ou administre 
verbas publicas (ex. ONGs) 
 Qualquer entidade que dependa de custeio público com mais ou menos de 50% do erário. 
 
 Independência e Concomitância de instâncias: 
Pergunta: A improbidade é um ilícito por parte de um agente. 
Nesse caso haverá concomitância de instâncias diferentes, ou seja, há a possibilidade de haver uma ação penal, 
civil e processo administrativo. 
Artigo 386 do CP prevê as hipóteses de absolvição. A ausência de provas não interfere em outras instancias. Caso 
seja pela não participação configurando a não autoria. A improbidade é apurada por meio de ação civil pública é 
considera em sua origem um ilícito civil, podendo configurar uma sanção penal e administrativa. 
 
 Ação judicial de apuração: 
Como regra é apurada através de uma ação civil pública (MP, DP, União, Estados, Municípios, DF, Autarquias 
etc.) 
 
 Prescrição e Procedimento: (artigo 23 da Lei 8429) 
Tem prazo prescricional como regra de 5 anos (mandato, cargo de confiança), e outros prazos para empregos 
públicos ou cargos efetivos. O ressarcimento ao erário nunca irá prescreverá, ou seja, imprescritível (Artigo 37, § 
5° da CF). 
 
Sanções 
Artigo 37, § 4° da CF. 
 Perda da Função: uma vez condenado, o agente pode perder a função; 
 Suspensão de Direitos Políticos: pelo prazo previsto em lei; 
 Ressarcimento ao Erário: o agente deve reparar o prejuízo causado ao erário; 
 Indisponibilidade de bem: é uma medida cautelar, que quem propõem ação de improbidade pede para que 
o agente não disponha dos bens até que haja julgamento definitivo da ação de improbidade 
 
Lei 8429/92 
 Artigo 9° - Enriquecimento ilícito: Acarretará em suspensão de 8 a 10 anos; Proibição de contratar com a 
Administração por 10 anos e Multa de até 3 vezes. 
 Artigo 10° - Lesão ao erário: Acarretará em suspensão de 5 a 8 anos; proibição de contratar com a 
Administração por 5 anos e multa de até 2 vezes. 
 Artigo 11 - Atentado contra os princípios da Administração: Acarretará em suspensão de 3 a 5 anos; 
proibição de contratar e multa de 100 vezes. 
Obs.: Poderá acontecer à prática dos três artigos, nesse caso, será fixada as sanções levando em conta a gravidadeda conduta, extensão do prejuízo. Aplicando-se a mais grave. 
 
Condutas dos Artigos 9°, 10° e 11 
Artigo 9°: Exemplificativo 
Artigo 10°: Exemplificativo, no entanto, quando se fala em conduta dolosa ou culposa fica em questão a conduta. 
Artigo 11: Exemplificativo. 
 
 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 
Processo ou Procedimento 
O processo é um conjunto de atos tendentes a atender um fim, enquanto o procedimento é a maneira pelo qual o 
processo tramita, se exterioriza. 
 
Conceito de Processo Administrativo 
É um conjunto de atos coordenados tendentes a preparar uma decisão final da administração ou a resolver uma 
controvérsia na esfera administrativa. Licitação é um exemplo de processo administrativo. 
 
Princípios Específicos que regem o processo administrativo 
1- principio da oficialidade: O processo administrativo pode ser instaurado de oficio, ou seja, não depende 
de provocação. Ela também impulsiona o processo de oficio determinando a produção de provas. 
2- principio da gratuidade: os processos administrativos, em regra, não condenam em despesas, pois a 
administrativo é parte, então, não onera a administração. 
3- pluralidade de instancias: É o chamado recurso hierárquico. Possibilidade de levar o processos as instâncias 
superiores; 
4- contraditório e ampla defesa: (art. 5º, LV, CF) a administração deve respeitar o contraditório e a ampla defesa. 
Ambos são garantias de qualquer processo. Trata-se da autodefesa, constituição de provas, constituição de 
advogado, arrolar testemunhas, perícia etc. 
Obs.: A falta de advogado (sumula vinculante n° 5 do STF) não gera nulidade. 
 
Espécies de Processo Administrativo 
1- Processo administrativo disciplinar - PAD: art. 41, CF - cabe esse processo quando o servidor estável cometer 
falta grave e for punido com pena de perda do cargo. O servidor estável é aquele que prestou concurso, ocupa cargo 
efetivo e já cumpriu o prazo de 3 anos de estagio probatório. 
A CF prevê 4 possibilidades de o servidor estável perder o cargo: 
(1) PAD em que se garanta ampla defesa e contraditório; 
(2) sentença judicial transitada em julgado; 
(3) processo de avaliação periódica do desempenho; 
(4) quando houver excesso despesa. 
Estabilidade é diferente de vitaliciedade. Vitaliciedade é "mais forte", mas não significa que nunca se perdera o 
cargo. Têm vitaliciedade os magistrados, membros do MP e ministros do tribunal de contas. Cargo vitalício é aquele 
que somente pode ser perdido por sentença judicial com transito em julgado; e tem período de estagio probatório 
de 2 anos. 
 
2- Sindicância ou Inquérito administrativo: é um processo sumário, rápido e informal, podendo ser tocada por um 
servidor, uma comissão. A única coisa exigida é o contraditório e a ampla defesa. Serve para investigar / apurar 
determinado fato: se a administração não sabe o autor do fato, como ocorreu, etc. Apurado o fato, caso queria 
aplicar penalidades leves (advertência, suspensão até 30 dias, multa), não precisa instaurar o PAD, se não, precisa do 
PAD 
 
3- Verdade sabida: art. 271, par. Único, estatuto paulista (lei do adicionarmos públicos de SP): não e mais aplicada 
por ter sido declarada inconstitucional, vez que o contraditório e a ampla defesa não são aplicados. Ocorre quando a 
falta é cometida na presença da autoridade competente para punir. 
 
Coisa Julgada Administrativa 
Quando se fala em coisa julgada administrativa, fala-se que a decisão da administração já é definitiva, não cabendo 
mais recurso. Coisa julgada administrativa não tem o mesmo efeito da judicial, pois a administração decide em um 
processo em que a administração é parte. Assim, mesmo essa decisão sendo definitiva no âmbito administrativo, a 
questão pode ser levada ao judiciário (art. 5º, XXX, CF), de modo que o judiciário o analisara, ao menos, quanto à 
legalidade e, se possível, quanto ao mérito (que só há em atos discricionários). 
 
Lei 9.784/99 
Regula os processos administrativos na esfera federal. É aplicada subsidiariamente no âmbito estadual e municipal. 
 
Regras 
1- O art. 2º traços princípios aplicados ao processo administrativo. O parágrafo único fala expressamente nos 
princípios: oficialidade, gratuidade e publicidade. 
2- Ela limita na esfera federal o número de instancias para recurso até o máximo de tres. 
3- pela lei os prazos processuais são contados da mesma forma que os prazos judiciais (exclui o dia do inicio e inclui o 
dia final) 
4- na ausência de disposição prevendo quem será a autoridade competente para instaurar o processo, a instauração 
cabe à autoridade menor grau. 
 
AGENTES PÚBLICOS 
 
Conceito 
É qualquer pessoa física que presta serviços à administração com ou sem vínculo, com ou sem remuneração, de 
maneira transitória ou definitiva. 
 
Categorias 
 
Agentes políticos 
São aqueles investidos através de eleição ou eleitos e regidos por normas constitucionais. Presidente, governadores, 
prefeitos, deputados senadores vereadores. Os nomeados pelos chefe do poder executivo. 
 
Servidores Públicos 
 Servidor estatutário: presta concurso, regime legal de estatuto, tem cargo e ganha estabilidade. 
 Empregado Público: Tem emprego, presta concurso, com regime CLT, mas não tem estabilidade. 
 Servidor Temporário: Ocupa uma função, não é obrigatório o concurso e é regido pela CLT no que tange o 
contrato a prazo. Após o termino de sua função o mesmo é exonerado. 
 Particulares em colaboração com a ADM: Mesário, jurado. Agentes requisitados ou honoríficos. Agentes 
voluntários. Agentes delegados (função pública por delegação) – tradutores públicos; peritos; comissários de 
menores. 
 Agente que trabalham em concessionárias de Serviço Público: Ou seja, é um particular em colaboração com 
o serviço público, por exemplo, Ecovias, Eletropaulo (empresas privadas em contrato de concessão). 
 Agente Militares: Polícia militar e corpo de bombeiro. Os militares federais são o exército, marinha e 
aeronáutica. 
 
Diferenças 
Cargo: é um conjunto de atribuições, criado por lei e regido por um regime legal. 
Emprego: é um conjunto de atribuições, criado por lei e regido por um regime celetista (CLT). 
Função: é um conjunto de atribuições, criado por lei, ao qual não corresponde a cargo nem emprego. Pela CF há dois 
tipos de função: temporária (art. 37, IX); de confiança (art. 37, V, CF), que é uma função para qual se chama alguém 
para exercer uma função de chefia, direção ou assessoramento, cargo de confiança, é de livre nomeação e 
exoneração, mas para essa função de confiança só se pode chamar um servidor de carreira, ou seja, que já é 
concursado e já está nos quadros da administração. Não se deve confundir a função de confiança com o cargo em 
comissão, primeiro porque um é função e outro é cargo, segundo porque no cargo em comissão se pode chamar 
qualquer pessoa. São exemplos de cargo em comissão: assessor de parlamentar, assessor de desembargador, 
ministros de estado. 
Obs.: Não há o que confiar com o cargo em comissão, pois este, mesmo que sendo muito parecido a função de 
confiança este não a necessidade de ser um servidor de carreira. 
Exoneração e Demissão 
Ambos são formas de desligamento, no entanto, a exoneração é o desligamento que ocorre sem caráter de pena ou 
de punição. 
 
Demissão X Exoneração 
Demissão: desligamento do cargo que ocorre com caráter de penalidade. Ocorre, por exemplo, quando o servidor 
comete uma falta grave. 
 
Exoneração: desligamento do cargo sem caráter de penalidade. Pode ocorrer em 3 hipóteses: 
1- A pedido do próprio servidor; 
2- Nos cargos que envolvem confiança: os cargos em comissão; 
3- Durante o estágio probatório. Se a avaliação for negativa ele pode ser exonerado. 
4- Quando o responsável por declarar a exoneração pede o desligamento; 
 
Remuneração: Subsidio e Vencimento. 
Trata-se do sistema de remuneração dos servidores. A regra de hoje é que os servidores ganham subsídio, ou seja, 
parcela fixa. Já o vencimento é a parcela fixa e outra variável (abono, prêmios e gratificações). 
 
Regras Aplicáveis aos

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