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Sociologia do crime e da violência ap1

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Questão 1 - Conforme os materiais apresentados na Aula 2, compreender o crime como uma construção social significa entender que o processo de tipificação de determinadas ações como criminosas são compostas por todo um conjunto de forças e de valores morais e sociais, de modo que o que consideramos “crime” depende da ação de inúmeras instituições, tais como o Poder Judiciário e o Legislativo, bem como da influência da mídia e da sociedade. O mesmo se dá com a categoria “bandido”. A partir da leitura do artigo do sociólogo Michel Misse, descreva o que é e como se dá o processo de sujeição criminal 
A sujeição criminal não é apenas um rótulo aleatório, ou o resultado de uma luta por um significado moral controverso, mas um processo social que condensa certas práticas e seus representantes em uma sociedade legítima relativamente estável e recorrente sob a categoria. A produção social da obediência criminosa é estruturada, mas cada evento é capturado dentro dessa estrutura apenas se “fazer sentido” para muitas pessoas, inclusive para o próprio réu. O conceito de "obediência criminosa" foi proposto para Identificar três dimensões para a inclusão na representação social "Bandido" e seu tipo social. A primeira dimensão é Escolha um agente de sua trilha criminal, Distinguir de outros agentes sociais por expectativas em algum momento exigirá sua convicção. A segunda dimensão é que se espera que o agente tenha uma “experiência social” específica, adquirida a partir de suas relações com outros infratores e/ou experiência prisional. A terceira dimensão envolve as expectativas duais de sua objetividade e de sua auto-identificação: acreditar que um agente não será capaz de justificar razoavelmente seu curso de ação, ou, inversamente, acreditar que a justificação do agente (ou desse agente) pode legitimamente lhe dar ) para explicar por que ele repetiu esse ato criminoso. Atos criminosos são todos os atos criminosos, ou seja, atos que, em uma dada sociedade e dada a “definição da situação”, têm uma chance objetiva de serem criminalizados e cujos agentes sabem que têm uma chance objetiva de serem punidos. processo de incriminação. É importante ressaltar que na categoria social do indivíduo, a obediência criminosa é resultado de um processo social de subjetividade e formação de identidade.
Questão 2 - A partir do material apresentado na Aula 3, discorra sobre os diálogos possíveis entre o conceito weberiano de monopólio do uso legítimo da violência física e o contexto brasileiro, destacando pontos que podem tornar ilegítimo o uso da violência pelo Estado 
Para Max Weber, o monopólio legal da violência foi concebido para dar segurança aos cidadãos, símbolo de soberania e razão de ser do Estado. No entanto, ao longo da história, isso tem sido a exceção e não a regra, pois até recentemente o estado era o detentor preeminente do monopólio das Forças Armadas. A partir de 1648, foi desenvolvido o conceito de um exército composto por cidadãos leais ao estado-nação. A transição de exército mercenário para exército cidadão foi resultado do surgimento do Estado-nação como modelo de organização política e desenvolvimento tecnológico, especialmente a introdução das armas. Além disso, é claro que manter um exército permanente é menos dispendioso do que mobilizar e reorganizar um exército a qualquer momento. No entanto, o costume de complementar os militares com soldados contratados permanece no sistema internacional moderno. De certa forma, o início do fim do conceito weberiano de Estado-nação, o tradicional confronto bloco-a-estado ou interestatal foi acompanhado por novas tendências de atores subestatais com o poder de infligir violência a outros causado pela propagação.

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