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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 1 Ombr� É uma articulação com grande mobilidade e pouca estabilidade. Articulação mais complexa do corpo humano, principalmente porque inclui cinco articulações diferentes: glenoumeral (articulação do ombro), esternoclavicular, acromioclavicular, coracoclavicular e escapulotorácica. Complexo articular do ombro ossos: escápula (funcional, não é fixada por nenhum tecido de estabilização), clavícula (único ponto de contato entre o MMS e o esqueleto axial) e úmero (sua cabeça está ligada a escápula, melhor dizendo, ao acrômio clavicular) Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 2 ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR (SC) A extremidade proximal da clavícula se articula com a incisura clavicular do manúbrio do esterno e com a cartilagem da primeira costela para formar a articulação esternoclavicular. Esta articulação proporciona o eixo principal de rotação para os movimentos da clavícula e da escápula. É uma articulação esferóidea modificada, com movimento de plano frontal e transverso livremente permitido e alguma rotação sagital para a frente e para trás permitida. Um disco articular fibrocartilaginoso melhora o ajuste das superfícies ósseas articulares e funciona como um amortecedor de impactos. ligamentos: ligamento esternoclavicular anterior; ligamento interclavicular; ligamento costoclavicular Propicia estabilidade, aumento de congruência (todas as articulações acompanham o movimento -> ajustes rotacionais...) e absorção de forças Movimentos: elevação/depressão, protração/retração, rotações ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR (AC) - é a articulação do acrômio da escápula com a extremidade distal da clavícula. Ela é classificada como uma articulação sinovial irregular, embora a estrutura da articulação permita movimento limitado em todos os três planos. manter relações entre clavícula e escápula no início da elevação luxação no outro extremo da clavícula (lateral) Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 3 Ligamentos: - acrômio-claviculares Sup/Inf: estabilidade horizontal - coraco-claviculares - estabilizador principal; suspensório estático da escápula. Estabilidade para traumas crânio caudais o 1o a não suportar a luxação -> ligamentos acromioclaviculares - seguram os ligamentos horizontais patologia motoqueiro, goleiro e ciclista -> luxação acromioclavicular - quando cai sobre o ombro em algum tipo de trauma realizado de forma crânio-caudal aumento do espaço entre o acrômio e a clavícula -> solicitado uma imagem bilateral de raio-x para dx diferencial Movimentos: rotação, mantém a escápula na parede torácica e inclinação ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA É uma articulação funcional ou muscular entre a escápula e o tórax. Os músculos fixados à escápula realizam duas funções. Primeiro, eles podem contrair para estabilizar a região do ombro. Por exemplo, quando uma mala pesada é levantada do chão, os Mm. levantador da escápula, trapézio e romboides contraem para sustentar a escápula e, por sua vez, Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 4 todo o ombro, por meio da articulação acromioclavicular. Em segundo lugar, os músculos escapulares podem facilitar os movimentos do membro superior pelo posicionamento adequado da articulação glenoumeral. Durante um arremesso com a mão acima do ombro, os Mm. romboides contraem para mover todo o ombro posteriormente enquanto o úmero é abduzido horizontalmente e girado lateralmente durante a fase preparatória. Conforme o braço e a mão se movem para a frente para executar o arremesso, a tensão nos Mm. romboides é liberada para possibilitar o movimento da articulação glenoumeral para a frente. Movimentos: elevação/depressão, protração/retração e abdução interna/externa a escápula fica sobre nossas costelas, caixa torácica Se ficar mais abduzida (por cifose torácica) -> ombro roda internamente, fica para frente -> maior impacto do acrômio -> acrômio tipo canjoso - deixa de ser horizontal e fica fazendo escavacao no supra -> Comprime o espaço subacromial. bursite no ombro Função: aumentar amplitude de movimento de flexão/abdução; orientar a glenoidea para contato ótimo com o úmero; permitir comprimento ótimo da musculatura escápula rígida -> não movimento que a cavidade glenoidal acompanhe estabilizadores e rotadores da escápula serrátil anterior - protração da escápula: estabiliza borda medial durante atividade do MMSS peitoral menor - protrusão e depressão grande dorsal - depressão e retração trapézio - rotação superior: retração (junto com romboides) romboides - rotação inferior elevador de escápula - eleva a escápula Movimentos: elevação: trapézio descendente; levantador escápula e rombóides depressão: latíssimo do dorso e peitoral menor Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 5 abdução: serrátil anterior e peitoral menor adução: romboides; trapézio e transversal rotação inferior: latíssimo do dorso; rombóides e peitoral menor rotação superior: trapézio descendente; trapézio ascendente e serrátil anterior Músculos da escápula Os músculos que se fixam à escápula são os músculos levantador da escápula, romboides, serrátil anterior, peitoral menor, subclávio e as quatro partes do trapézio. ● Músculo Peitoral Menor - Origem: nas superfícies anteriores da terceira, quarta e quinta costela e fáscia profunda sobre os espaços intercostais relacionados. - Inserção: no processo coracoide da escápula. - Função: é baixar a ponta do ombro e a protração (ato de puxar uma parte do corpo para frente) da escápula. ● Músculo Trapézio - Origem: na linha nucal superior, protuberância occipital externa, margem medial do ligamento nucal, no processo espinhoso de C7 a T12 e os ligamentos supra-espinais relacionados. - Inserção: na margem superior da crista da espinha da escápula, acrômio e margem posterior do terço lateral da clavícula. - Função: é levantar a escápula, rodar a escápula durante abdução horizontal do úmero, suas dobras médias retraem a escápula e as bras mais baixas abaixam a escápula. ● Músculo Levantador da Escápula - Origem: nos processos transversos das vértebras C1 e C2 e tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C3 e C4. - Inserção: na face posterior da margem medial da escápula na raiz da espinha da escápula. - Função: levantar a escápula. ● Músculo Romboide Maior - Origem: nos processos espinhosos das vértebras de T2 a T5 e ligamentos supra-espinais intervenientes. - Inserção: na face posterior da margem medial da escápula a partir da raiz da espinha da escápula para o ângulo inferior. - Função: levantar e retrair a escápula. ● Músculo Romboide Menor - Origem: na parte mais inferior do ligamento nucal e processos espinhosos das vértebras de C7 e T4. - Inserção: na face posterior da margem medial da escápula na raiz da espinha da escápula. - Função: tem como função levantar e retrair a escápula. ● Músculo Serrátil Anterior - Origem: na face externa das primeiras nove costelas. - Inserção: em todo o comprimento da face ventral da margem medial da escápula. - Função: estabilizar, baixar o cíngulo peitoral. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 6 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 7 ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL - localiza se entre a cabeça do úmero e a cavidade glenoidal da escápula, que é uma articulação esferóidea considerada tipicamente como a principal articulação do ombro. lábio glenoidal -> aumenta a profundidade da cavidade cápsula - tensa superiormente frouxa e anterior e inferiormente A cavidade glenoidal é cercada pelo lábio glenoidal, um lábio composto por parte da cápsula articular, o tendão da cabeça longa do M. bíceps braquial e os ligamentos glenoumeralis. Movimentos: Flexão: deltóide anterior; coracobraquial; bíceps (cabeça longa) e peitoral maior Extensão: latíssimo do dorso; redondo maior; deltóide posterior; tríceps e redondo menor Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 8 Abdução: deltóide (dor acima de 30o graus); supra-espinal;serrátil anterior e bíceps (porção longa) Adução: latíssimo do dorso; redondo maior e peitoral maior Rotação lateral: infra espinal; redondo menor; deltóide posterior Rotação medial: subescapular; peitoral maior; latíssimo do dorso; redondo maior e deltóide anterior Abdução horizontal: ADM = 120o; deltóide posterior; latíssimo do dorso; redondo maior; tríceps, infraespinhal Adução horizontal: ADM = 45o; peitoral maior e deltóide anterior e coracobraquial ● Peitoral maior - origem: clavícula, esterno, seis primeiras cartilagens costais e abdômen - inserção: crista do tubérculo maior - ação: adução horizontal, adução e rotação medial. a parte clavicular é responsável pela flexão do braço estendido, a parte esternocostal responsável pela extensão do braço fletido. ● Deltóide - origem: clavícula, acrômio e espinha da escápula - inserção: tuberosidade deltoidea - ação: anterior - flexão, rotação medial e adução horizontal. médio - abdução. posterior - extensão, rotação lateral e abdução horizontal ● Subescapular - origem: fossa subescapular - inserção: tubérculo menor do úmero - ação: rotação medial; adução e abdução horizontal ● Coracobraquial - origem: processo coracóide - inserção: superfície medial do úmero - ação: flexão e adução do ombro ● Grande dorsal - origem: processo espinhoso de T7 a L5, fáscia toracolombar, sacro/crista ilíaca, três últimas costelas e escápula - inserção: sulco intertubercular do úmero - ação: extensão, adução e rotação medial e depressão da escápula ● Supra - espinal - origem: fossa supra espinal da escápula e na fáscia profunda - inserção: tubérculo maior do úmero - ação: abdução com discreta rotação lateral ● Bíceps braquial - origem: porção longa - tubérculo supraglenoidal e porção curta - processo coracóide - inserção: tuberosidade radial - ação: flexão do cotovelo, supinação antebraço Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 9 ● Tríceps braquial - origem (cabeças): longa - tubérculo infraglenoidal. lateral - parte inferior do tubérculo maior e medial - região posterior do úmero - inserção: olécrano - ação: extensão e adução do ombro e extensão do cotovelo Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 10 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 11 Estabilidade estática - questão prova superfície articular; cápsula articular; lábio glenoidal; pressão intra-articular; ligamentos; tensão passiva da cápsula superior e tensão passiva do supra espinhoso supra espinal - tensão passiva superfície côncava e cabeça do úmero que é convexa muito ligamento no ombro -> muita tensão -> rigidez -> estabilidade Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 12 Estabilidade dinâmica manguito rotador: supra espinhal, infra espinhal, redondo menor e subescapular bíceps, tríceps, deltóide, bíceps braquial Ligamentos: Glenoumerais superior: suporte contra gravidade; médio: limita rotação lateral e deslizamento ant 75o; inferior: limita rotação lateral e deslizamento ant acima de 75o coracoumeral - suporta úmero contra gravidade coracoacromial - previne luxação superior cápsula articular - tensa superiormente; frouxa anterior e inferiormente e bursa Ritmo escapuloumeral - movimento coordenado das articulações na elevação ombro proporção de 2o da GU (glenoumeral) para 1o da ET (escapulo toracica) - 0o a 30o (GU) - 30o a 60o (2:1 = GU/ET) - 60 a 180o (1:1 = GU/ET) Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 13 SUSAN HALL LESÕES COMUNS DO OMBRO Luxações A articulação glenoumeral é a articulação mais comumente luxada do corpo. A estrutura frouxa da articulação glenoumeral permite mobilidade extrema, mas fornece pouca estabilidade e as luxações podem ocorrer nas direções anterior, posterior e inferior. O forte ligamento coracoumeral habitualmente evita a luxação na direção superior. Em geral, os deslocamentos glenoumerais ocorrem quando o úmero é abduzido e girado lateralmente, sendo os deslocamentos anteroinferiores mais comuns do que outros em outras direções. Os fatores que predispõem a articulação à luxação incluem tamanho inadequado da cavidade glenoidal, inclinação anterior da cavidade glenoidal, retroversão inadequada da cabeça do úmero e deficiências nos músculos do manguito rotador. As luxações ou separações da articulação acromioclavicular também são comuns no lacrosse, no hóquei, no rúgbi e no futebol americano. Quando um braço estendido rigidamente recebe a força de uma queda de corpo inteiro. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 14 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 15 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 16 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 17 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 18 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 19 ● Músculo Redondo Menor - Origem: nos dois terços superiores da face posterior da escápula imediatamente adjacente à margem lateral da escápula. - Inserção: na faceta inferior na face posterior do tubérculo maior do úmero. - Inervação: pelo nervo axilar. - Função: rodar lateralmente o braço, aduzir fracamente e estender o braço. ● Músculo Redondo Maior - Origem: na área oval e alongada na face posterior do ângulo inferior da escápula. - Inserção: na crista medial do sulco intertubercular na face anterior do úmero. - Inervação: pelo nervo subescapular inferior. - Função: aduzir, estender e rodar o braço medialmente. ● Músculo Latíssimo do Dorso - Origem: nos processos espinhosos das seis últimas vértebras e ligamentos interespinhais relacionados, via fáscia toracolombar para os processos espinhosos das vértebras lombares, nos ligamentos interespinhais relacionados e crista ilíaca e as últimas 3 e 4 costelas. - Inserção: no assoalho do sulco intertubercular. - Inervação: pelo nervo toracodorsal. - Função: a adução, rotação medial e extensão do braço na articulação do ombro.
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