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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA 
 GESTÃO PÚBLICA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR IV
Prefeitura de Ibaté
 Emilene Gerlane Lopes - RA 0445031
Ibaté-SP
2021
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA 
 GESTÃO PÚBLICA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR IV
Prefeitura de Ibaté
Projeto Multidisciplinar Integrado IV – para a obtenção do Título de Tecnólogo em Gestão Pública apresentado a Universidade Paulista – UNIP.
Ibaté-SP
2021
RESUMO
 O propósito desse projeto é fazer uma análise sobre a instituição Prefeitura do Município de Ibaté, com base nos conhecimentos adquiridos do 2º bimestre do primeiro período das seguintes disciplinas: Introdução a Teoria do Estado, Gestão Púbica e Políticas Públicas no Brasil, e Recursos Materiais e Patrimoniais. As metodologias utilizadas foram bibliográficas e pesquisas feitas em site próprio da entidade. Na matéria intitulada Introdução a Teoria do Estado, veremos qual a influência do Estado sobre a instituição e quais prejuízos ou lucros interferiram em seu andamento. Em Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil, veremos a organização da instituição e sua gestão. No último tópico denominado Recursos Materiais e Patrimoniais, que é tão importante quanto, analisaremos como o gestor planeja, executa e controla os bens da instituição.
PALAVRAS-CHAVES: GESTÃO. GOVERNO. ADMINISTRAÇÃO. ESTADO.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 5
2. INTRODUÇÃO A TEORIA DO ESTADO................................................................ 6
2.1 Fundamentação do Estado................................................................................... 6
2.2 Livre Mercado e Intervencionismo Estatal............................................................. 6
2.3 Falhas de Mercado................................................................................................ 7
2.4 Privatizações, Concessões e Parcerias................................................................ 7
3. GESTÃO PÚBLICA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL................................. 8
3.1 Gestão Pública...................................................................................................... 8
3.2 Modelos de Administração Pública....................................................................... 9
3.3 Políticas Públicas................................................................................................ 10
4. RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS....................................................... 11
4.1 Estoques.............................................................................................................. 11
4.2 Cadeia de Suprimentos....................................................................................... 11
4.3 Boas Práticas de Gestão em Logística (Governança e Compliance)................. 13
5. ESTUDO DE CASO.............................................................................................. 14
5.1 Descrição da Organização.................................................................................. 14
5.2 Aspectos Práticos das Disciplinas....................................................................... 15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 22
7. REFERENCIAS..................................................................................................... 23
1. 
2. INTRODUÇÃO
 O Projeto Multidisciplinar Integrado IV tem como objetivo, a aplicação dos conhecimentos obtidos nas disciplinas estudadas, quais sejam: Introdução a Teoria do Estado, Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil e Recursos Materiais e Patrimoniais, todos eles aplicados à instituição Prefeitura do Município de Ibaté.
 O Projeto fundamenta-se em pesquisas bibliográficas e em informações contidas no site da instituição.
2. INTRODUÇÃO A TEORIA DO ESTADO
2.1. Fundamentação do Estado
 Pode-se entender que o Estado é uma sociedade politicamente organizada e constituída por pessoas que convivem mutuamente objetivando o atendimento de um grande numero de interesses.
 A palavra “Estado” vem do latim “status” e seu significado é “estar firme”, dando a idéia de uma convivência constante, dos agrupamentos humanos de uma forma geral.
 Para conhecer o Estado, é necessário saber como ele é formado para poder classificá-lo.
 Seu estudo é baseado em conhecimentos jurídicos, econômicos, históricos, etc, e pode ser definido como uma nação politicamente organizada (sentido laico) e como uma pessoa de direito público interno que é responsável pelos atos dos seus agentes e também pessoa de direito público internacional referente ao relacionamento com outros países (sentido jurídico).
 Diversos pensadores procuraram entender o que é o estado, dentre os principais estão: Platão, Aristóteles e Cícero (na antiguidade), Santo Agostinho e São Tomás de Aquino (Idade Média), Nicolau Maquiavel (transição da Idade Média para o Renascimento), Thomas Robbes, John Locke, Montesquieu, Jean-Jacques Rousseau, Karl Marx, Friedrich Engels.
2.2. Livre Mercado e Intervencionismo Estatal
 
 Adam Smith (considerado o “pai” da Economia, escreveu, em 1776, A Riqueza das Nações) entendia que os mercados deveriam ser mantidos livres e que as ações racionais dos agentes acabariam por conduzir ao alcance do bem comum, almejado pela sociedade. E a idéia da “mão invisível”, segundo a qual os indivíduos, mesmo praticando ações em seu próprio beneficio, chegarão ao bem comum, num sistema de mercados livres de influência governamental.
 Um dos críticos mais severos, Karl Marx considerava que a economia capitalista apresentava distorções fundamentais e, com o tempo, seria substituída por outra, que entendia ser o comunismo.
 A crise econômica mostrou claramente, os limites trazidos pelos mercados se deixados livres, sem grandes controles ou interferências dos governos. O enfraquecimento da economia americana, pelo seu porte e relacionamento com os outros países, repercutiu em todo o mundo.
2.3. Falhas de Mercado
 A teoria indica que uma economia estará equilibrada quando, ao preço de mercado, a quantidade dos produtos que os compradores desejam adquirir equivale à que os vendedores pretendem negociar, considerando a relação custos/benefícios. Quando isso não ocorre, no confronto entre os custos e os benefícios privados decorrentes da negociação de bens e serviços, temos o fenômeno das externalidades.
 A existência de falhas de mercado (isto é, de externalidades) ocorre quando uma ação de um agente privado pode fazer com que os custos sociais – de outros – sejam aumentados, requerendo a participação do governo na economia. Essa ação pode estar refletida no consumo dos indivíduos e famílias ou na produção dos bens pelas empresas.
 Existem dois tipos de falhas de mercado: positiva e negativa. Podem-se citar algumas positivas tais como reciclagem de bens, despoluição de meio ambiente e, negativas, congestionamento de veículos e uso de substâncias tóxicas ou nocivas a saúde.
 Porém, podem-se adotar medidas para que as falhas negativas sejam amenizadas, como por exemplo, o governo intervir com a aplicação de multas e impostos e restringir as atividades econômicas negativas estimulando aquelas que trazem benefício à sociedade.
2.4. Privatizações, Concessões e Parcerias. 
 Principalmente a partir da década de 1970, as privatizações passaram a ganhar prioridade nas agendas dos Estados, à medida que eram entendidas como importante fator para a garantia da estabilidade e do desenvolvimento dos países emergentes, conforme o receituário trazido pelo regime neoliberal.No caso específico do Brasil, pode ser mencionado como incentivador, além da questão do saneamento das contas públicas, o processo de deterioração e perda de qualidade ocorrido com os serviços de utilidade pública – por exemplo, o de telefonia.
 No século atual, as privatizações foram retomadas, sob a forma de concessões.
 No segundo semestre de 2012, foram realizados leilões para as privatizações de aeroportos e de importantes trechos da malha rodoviária. Essa nova rodada foi feita visando atender aos investimentos necessários para a geração de condições para o suporte a grandes eventos esportivos programados para o país: Copa do Mundo de Futebol (2014); Olimpíadas, a serem realizadas no Rio de Janeiro (2016).
 Essas concessões visam, também, aliviar o grande problema relacionado com a carência de infraestrutura de transportes, no que merece destaque a gestão do atendimento e escoamento da safra da produção gerado pelo agronegócio, em franco processo de expansão, na região Norte e CentroOeste.
 A ausência de concorrências em leilões de janeiro de 2013 determinou mudanças nos critérios e na remuneração da taxa de retorno (5,5% para 7,2%) para as concessões de rodovias à gestão e investimentos pela iniciativa privada. As primeiras concessões de rodovias federais de 2013 resultaram num preço médio de pedágio 1% menor que o das estradas transferidas para o setor privado entre 2007 e 2009, independentemente do rol de obrigações ter sido ampliado, como a necessidade de obras de duplicação de pistas.
 
3. GESTÃO PÚBLICA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL
3.1. Gestão Pública
 Na esfera pública, reconhece-se o administrador como sendo o agente público responsável pelas funções gerais de planejamento, orientação, coordenação e controle das diferentes entidades e empresas. 
 A alta administração, por seu turno, é composta por agentes públicos dotados de poder para as tomadas de decisões visando conduzir a entidade ao alcance de seus objetivos institucionais, crescimento e sustentabilidade. O termo administração costuma ser adotado em uma série de situações, tanto no sentido amplo quanto restrito de sua aplicação.
 A propósito dos agentes públicos, pode-se considerar que se tratam, fundamentalmente, de pessoas físicas, embora ocorram várias situações em que essa função é desempenhada por pessoas jurídicas, concessionários ou permissionários autorizados a desenvolver atividade estatal.
3.2. Modelos de Administração Pública
 
 Existem três modelos de administração pública: patrimonialista, burocrática e gerencial.
 Na patrimonialista, são elencados alguns exemplos: • não separação entre as propriedades pública e privada; • não participação do setor privado nas deliberações e planejamentos públicos; • direito divino do poder pelo rei ou chefe de Estado; • constatação de casos de nepotismo e de corrupção; • arbitrariedade nos processos decisórios, inclusive por auxiliares e servidores; • menor preocupação com questões populares e sociais e os benefícios voltados a um pequeno grupo de pessoas, de interesse direto do soberano; • nomeações de pessoas para preenchimento de cargos nas entidades, por razões de interesse, confiança, troca de favores ou mesmo ligações familiares. • fim da prática da divisão do trabalho.
 No modelo burocráticos temos a tradicional, a carismática e a racional. 
 O modelo burocrático foi amplamente aceito em seus momentos iniciais (final do século XIX e início do XX), com suas características consideradas positivas para as novas empresas de grande porte, isto é: • racionalidade; • hierarquia; • regras claras; • normas de conduta.
 Já a administração pública gerencial tem características muito importantes, entre as quais, podem ser citadas: • orientação da ação do Estado para o cidadão-usuário/cliente; • ênfase no controle dos resultados; • fortalecimento e maior autonomia da burocracia estatal; • separação entre entidades formuladoras de políticas públicas (centralizadas) e executoras (descentralizadas); • distinção entre unidades executivas, que realizam atividades exclusivas de Estado, e unidades que prestam serviços sociais e científicos; • transferência para o setor público não estatal de serviços sociais e científicos; • implantação de mecanismos de controle social direto para a regulação, com estabelecimento de indicadores e medição de resultados das entidades descentralizadas; • terceirização de atividades auxiliares/de apoio, obtidas junto aos diferentes mercados.
3.3. Políticas Públicas
 A diferenciação social é algo distintivo das modernas sociedades e é esse fator que gera, entre os seus participantes, os conflitos decorrentes da heterogeneidade social, considerando sexo, nível de escolaridade, cor, origem, valores éticos e morais, ideias etc. Cabe à esfera pública tentar resolver ou ao menos atenuar esses confrontos, contudo, não se pode deixar de considerar que as políticas públicas são definidas e executadas num ambiente de complexas relações entre o Estado e a sociedade.
 A palavra Política foi sofrendo grandes mudanças ao longo do tempo, permitindo descrições de fatos e atos, de maneira estrita ou global, dependendo do contexto em que se realiza a análise.
 Aristóteles concebia Política como a ciência que tem como objeto a obtenção da felicidade humana. Para esse filósofo, a política está diretamente vinculada à ética (que busca a felicidade individual na polis) e à política (que deve ser orientada à busca pela felicidade coletiva da polis).
 A política, pois, implica a possibilidade de os conflitos serem resolvidos de forma pacífica. Cabe, contudo, ao Estado, desde que legitimado, exercer o monopólio da força, a universalidade (que especifica que suas decisões devem ser cumpridas pela sociedade) e a inclusividade (conceito que estabelece o poder do Estado de intervir em qualquer grupo, tendo em vista alcançar o bem esperado).
 Tal como ocorre com política, de forma global, não há um consenso sobre o que são realmente as políticas públicas. Sobre isso, mencionam Dias e Matos (2012, p. 4) que “[...] o objetivo dos políticos, sejam quais forem seus interesses, consiste em chegar a estabelecer políticas públicas de sua preferência, ou bloquear aquelas que lhes sejam inconvenientes”. As políticas públicas foram se solidificando e tornando-se autônomas a partir de meados do século XX, primeiro na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, o assunto passou a ser tratado de forma mais extensa e sistemática nos anos 1970 e início dos 1980.
 Política pública envolve um grande conjunto de assuntos interdisciplinares e seu entendimento mais firme passa pelo do conceito de público. Dias e Matos (2012, p. 5) comentam que “O público compreende aquele domínio da atividade humana que é considerado necessário para a intervenção governamental ou para a ação comum”. Pode-se, pois, definir políticas públicas como um elenco de princípios, critérios e linhas de ação visando à garantia e permissão da gestão do Estado na solução dos problemas da sociedade.
4. RECURSOS MATERIAS E PATRIMONIAIS
4.1. Estoques
 A Gestão de Estoques tem por objetivo fazer os registros, estabelecer a fiscalização e controlar a entrada e saída dos produtos, seja numa indústria, seja num estabelecimento varejista. Preocupa-se tanto com os materiais que serão utilizados para a fabricação (matéria-prima) quanto com as mercadorias que serão vendidas (OLIVEIRA; SILVA, 2013 p. 2-3). 
 Segundo esses autores, as principais funções do estoque são: • Garantir o abastecimento de materiais à empresa, prevenindo possíveis demora de fornecimento, problemas originados em sazonalidades, entre outros. • Proporcionar economias através de compras adequadas, pela eficiência no atendimento às necessidades ou outras razões do próprio processo produtivo.
 A utilização de estoques sempre será uma questão controversa,na medida em que as organizações discutem a utilização de ferramentas como o Just in Time. 
 Contudo, há situações em que a manutenção de certo estoque pode ser estratégica para a organização. Tadeu e Rocha (2017, p. 15) avaliam que há vantagens e desvantagens na utilização de estoques e que isso está vinculado às “necessidades, capacidades e restrições reais da empresa, ou seja, sua condição atual de operações”.
4.2. Cadeia de Suprimentos
 Um fator que pode interferir decididamente em todo o planejamento do gestor de materiais para a implantação de um sistema JIT (Just In Time) é a localização da organização na cadeia de suprimentos. Dependendo da posição em que a organização se encontre, o planejamento será centrado na própria produção ou nas compras pertinentes. Isso quer dizer que o gestor terá diferentes preocupações para manter a sua atividade enxuta.
 Para a formação da cadeia de suprimentos, é necessários observar fatores importantes como: • Assegurar descrição completa das necessidades: verificar com os utilizadores se todos os requisitos do produto que realmente importam estão devidamente informados, por exemplo, quantidade, cor, tipo, eventuais diferenças de tamanho etc. • Selecionar fontes de suprimentos: sobre esse item há uma seção com a qual serão tratados os pontos para a seleção de fornecedores. • Conseguir informações de preços: cotar preços com possíveis fornecedores, priorizando, também, a qualidade. • Colocar os pedidos (ordens de compra): formalizar a compra com os fornecedores selecionados. • Acompanhar (followup) os pedidos: acompanhar desde o pedido até a entrega. • Verificar notas fiscais: verificação da documentação pertinente. • Manter registros e arquivos: manter todos os registros do processo de compra, desde a identificação inicial (solicitação do setor envolvido até a finalização da compra e a respectiva entrega). • Manter relacionamento com vendedores: é fundamental um bom relacionamento com os vendedores, especialmente para o esclarecimento de dúvidas rápidas ou de pedidos urgentes, fora de hora.
 O ponto mais importante para o gestor de materiais e patrimônio é conhecer a relevância estratégica que a área de compras adquiriu nos últimos anos. Antes, comprar era meramente uma atividade acessória. Hoje, é de relevância para toda a organização.
 Há ainda vários pontos importantes para que seja assegurada uma excelente cadeia de suprimentos através de uma boa gestão de compras, quais sejam: Permitir continuidade de suprimentos para o perfeito fluxo de produção; Coordenar os fluxos com o mínimo de investimentos em estoques e adequado cumprimento dos programas; Comprar materiais e produtos aos mais baixos custos, dentro das especificações predeterminadas em qualidade, prazos e preços; Evitar desperdícios e obsolescência de materiais por meio de avaliação e percepção do mercado; Permitir à empresa uma posição competitiva, mediante negociações justas e credibilidade; Manter parceria com os fornecedores para crescer junto com a empresa; 
 E para que a cadeia de suprimentos funcione corretamente, vale ressaltar alguns pontos importantes: análise de qualidade, análise da procedência e análise das normas fiscais.
4.3. Boas Práticas de Gestão em Logística (Governança e Compliance)
 O gestor de materiais e patrimônio deve levar em conta que o mundo dos negócios está mudando. Não se admitem práticas escusas, não transparentes. Especialmente os setores de compras das organizações estão cada vez mais monitorados e controlados. O mercado valoriza ações que garantam empresas comprometidas com a ética e com as boas práticas de mercado.
Dentre essas práticas estão a Governança Corporativa e Compliance.
 Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. 
 As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum (IBGC, [s.d.]).
 Os princípios básicos de Governança Corporativa são: Transparência, Equidade, Prestação de Contas (accountability) e Responsabilidade Corporativa.
A palavra Compliance é de procedência inglesa e significa “estar de acordo, cumprir com as leis e regulamentos estatais”, em conformidade com as boas práticas de mercado, com a ética e com a transparência.
 As principais atribuições das áreas de “Compliance” são essencialmente os chamados “Pilares do Programa de Compliance”. São elas: (a) Identificar os riscos enfrentados pela organização e orientar a organização sobre eles (identificação) (b) Desenvolver e implementar mecanismos de controle para proteger a organização dos riscos identificados (prevenção) (c) Monitorar e reportar sobre a efetividade dos controles na administração da exposição a tais riscos (monitoramento e detecção) (d) Resolver dificuldades e ocorrências de não conformidade caso e conforme ocorram (resolução de problemas) (e) Orientar as áreas de negócios da organização sobre as regras/normas e controle.
 Ou, em outras palavras, a área de Compliance monitora possíveis problemas. A área de Materiais e Patrimônio é suscetível a uma série de problemas, pois está constantemente envolvida com compra e venda, ou seja, movimentando valores. O gestor da área deve colaborar com a área de Compliance, auxiliandoa no que for necessário e contribuindo com ideias, além de reportar eventuais problemas.
5. ESTUDO DE CASO
5.1. Descrição da Organização
 Esse projeto tem como base de estudo, a Prefeitura do Município de Ibaté, cidade do interior do Estado de São Paulo que possuí mais ou menos 35.000 (trinta e cinco mil) habitantes.
 Possui hoje sede própria do poder executivo do município, e é comandada atualmente pelo Prefeito José Luíz Parella, sendo dividida em várias secretarias.
 A entidade dispõe de diversas fontes de receita, com as quais paga seus custos, os salários do prefeito, dos vereadores e os funcionários, investe em ações sociais (saúde, educação, assistência social etc.) e ainda realiza obras (asfalto, construção de escolas, entre outras).
 Primeiramente, tem as receitas de impostos que, segundo a Constituição, devem ser cobradas pelos municípios. São eles: IPTU (Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana); ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Intervivos), devido quando ocorre a venda de um imóvel e ISS (Imposto Sobre Serviços), com exceção de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Esses últimos geram ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor) e são repassados a entidade pelo Estado.
 Além destes, a Prefeitura também conta com o repasse de porcentagem de IPI (Impostos sobre Produtos Industrializados), ITR (Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural), IR (Imposto de Renda) e FPM (Fundo de Participação dos Municípios) que são repassados ao Município pela União, entre outros.
 A Prefeitura conta ainda com repasses do CIDE (Contribuição por Intervenção no Domínio Econômico) que é o imposto gerado sobre os combustíveis, transferências voluntárias, convênios firmados pelo Município com o Estado e a União, e completam as fontes de receitas, as multas, taxas e penalidades impostas a obras irregulares, a atualização monetária de impostos pagos em atraso e a cobrança de dívida ativa, entre outras.
 Para o bom andamento do Município, a Prefeitura possuí suas secretarias de Educação, de Saúde, de Segurança, de Fazenda, de Planejamento, de Cultura, de Finanças,de Recursos Humanos. Todas essas secretarias são compostas tanto por cargos em comissão (nomeados pelo prefeito), como por cargos efetivos (concursados). 
 Em todas as Secretarias, existem números equiparados de homens e mulheres e todos os servidores exercem seus cargos de acordo com o grau de escolaridade exigido para tal.
 As empresas que fornecem materiais e insumos a entidade participam do processo licitatório e quando se trata de pequeno valor, dispensadas de licitação, são sempre escolhidas as que possuem sede dentro do Município.
 São atendidos pela Prefeitura, em suas respectivas secretarias, toda a população conforme os serviços aos quais necessitam tais como assistência social, secretaria de educação, e quando não conseguem atendimento na hora, são encaminhados ao protocolo para que o problema seja protocolado e posteriormente analisado para que seja assim passível de solução.
5.2. Aspectos Práticos das Disciplinas
 Por ser uma entidade Pública Municipal, e de uma cidade relativamente pequena, não teve participação relevante nos processos que materializam maior intervenção na economia. Por esse motivo também não é responsável ou detém algum controle sobre as falhas de mercado e por fim, não teve nenhum envolvimento com processos de privatização ou concessão.
 
 O modelo da administração da entidade é o gerencial, pois atua de forma a orientar o cidadão, possuí ênfase no controle de resultados, distingue as unidades executivas, que realizam atividades exclusivas no Estado, e unidades que prestam serviços sociais e científicos, entre outros. A estrutura administrativa é composta da seguinte forma:
Fonte: www.ibate.sp.gov.br 
Para maior comodidade, agilidade e solução, a prefeitura conta com protocolos digitais e todos os setores recebem esses processos digitalmente para análise e parecer com mais celeridade. 
Todas as secretarias contam com servidores para atender ao público de maneira rápida e eficiente tendo assim, um maior aproveitamento na operação organizacional da entidade.
Com a pandemia, muitos cidadãos não conseguiram cumprir com seus compromissos, e para isso, a prefeitura viabilizou o REFIS (Programa de Recuperação Fiscal), que tanto trará receita para os cofres públicos quanto será ajuda para o cidadão quitar seus débitos.
A Prefeitura conta ainda com o Setor de Compra e Licitações onde é feita toda a licitação para posterior compra de materiais e insumos utilizados na administração, bem como contratação de empresas para prestação de serviços como medicina, laboratório clínico, internet entre outros.
Assim, o setor de licitações lança as tomadas de preços, pregões presenciais, para que todo o material e afins necessários para o bom andamento da administração sejam encomendados. O setor também fica responsável pela qualidade, integralidade e prazo das entregas dos mesmos.
Todos os setores contam com o setor de licitações e compras para que não falte materiais insumos para o bom andamento das unidades.
Fonte: Imagem de Internet.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Através desse projeto pode-se observar na prática a importância das disciplinas estudadas aplicando-as a entidade. Verifica-se que a prefeitura utiliza soluções modernas para o bom andamento de todos os setores e secretarias.
 Observa-se ainda que, por tratar-se de entidade pública, precisa realizar seus projetos, compras, licitações, nomeações todos rigorosamente dentro da lei, pois sofre fiscalização constante do Tribunal de Contas da União.
 Para auxiliar os contribuintes a sanar seus débitos perante o município, observou-se que a Prefeitura lançou o REFIS e, além disso, também conta com a Secretaria de Bem Estar Social sempre auxiliando as famílias mais necessitadas.
 Apesar de a cidade ser pequena, a gestão do atual prefeito tem sido de suma importância para a cidade, pois, desde quando assumiu a prefeitura, sempre trabalha a favor da população. 
 Prova disso é que todos os bairros contam com UBS (Unidade Básica de Saúde), PSF (Posto de Saúde da Família), EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil), EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) e Creches, todas com quadras poliesportivas, sem contar o Complexo de Esportes com várias atividades abertas a toda a população e de forma gratuita.
 Tem ainda Biblioteca Pública, Posto de Saúde da Mulher, Hospital e Maternidade Municipal, Ambulatório Médico Municipal e tantas outras benfeitorias.
 Vê-se que a administração pública está em ótimas mãos, pois para uma cidade pequena manter tudo isso em dia não é fácil e tem que contar com um bom administrador.
 O cidadão possui um papel muito importante na sociedade e com a Gestão Pública do seu país, é possível entender a Constituição Brasileira de 1988 que representou um grande avanço traçando novos rumos á administração púbica de forma bem diferente das Cartas Magnas anteriores.
 Constata-se ainda, que a Constituição por si só não muda a vida das pessoas e nem tem o poder de solucionar todos os problemas do país, porém, sem ela, o Brasil acabaria num caos total com mais pobreza, guerras, fome etc.
7. REFERÊNCIAS
DITTICIO, Cláudio; CARLINI, Angélica. Livro Texto UNIP Interativa – Introdução a Teoria do Estado.
DITTICIO, Cláudio; VALVEDE, Santiago; BULCÃO, Renato. Livro Texto UNIP Interativa – Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil.
ESPUNY, Herbert Gonçalves; DOS SANTOS, Fábio Ricardo Brandão; FERNANDES, André Galhardo. Livro Texto UNIP Interativa – Recursos Materiais e Patrimoniais.
http://www.leis.camaraibate.sp.gov.br