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ESTUDOS DISCIPLINARES V AVALIAÇÃO I

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ESTUDOS DISCIPLINARES V 
 
AVALIAÇÃO I 
Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto e os quadrinhos a seguir. 
“O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial 
escravocrata, em que o negro ocupou fundamentalmente a posição de 
pessoa escravizada. O Brasil em 1888 foi o último país a abolir a 
escravidão nas Américas. Um abolicionismo incompleto, que não 
permitiu incluir o negro na ordem social capitalista (BASTIDE; 
FERNANDES, 2008). 
A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação em 
nossa sociedade, inclusive escutamos insultos raciais atuais exigindo 
que negros e negras voltem ‘para a senzala’. Mas será que o racismo 
contra o negro brasileiro atualmente só existe por causa do ‘tempo do 
cativeiro’? Há pessoas racistas que nem sabem e nem mencionam 
esse contexto. Elas afirmam que não gostam de ‘negros’, tem raiva dos 
‘pretos’ e que estes são ‘fedidos’, ‘sujos’ e ‘preguiçosos’. O racismo 
opera cotidianamente por meio de piadas, causos, ditos populares etc. 
Afinal de contas, temos uma variedade de expressões correntes na 
língua portuguesa recheadas de racismo contra os negros.” 
Fonte: https://bit.ly/3rnLMgv. Acesso em: 13 jun. 2016. 
 
 
Fonte: https://bit.ly/35KvjdP. Acesso em: 08 jun. 2016. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas: 
I. Os quadrinhos visam a criticar o fato de que as acusações de racismo 
têm se tornado cada vez mais frequentes. 
II. Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto: as 
pessoas mantêm na linguagem seu preconceito. 
III. O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema 
escravocrata, que imperou até o final do século XIX no Brasil. 
IV. De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil, embora 
tardia, permitiu que os negros se integrassem completamente à 
sociedade capitalista. 
É correto o que se afirma somente em: 
 
Resposta Selecionada: a. 
II e III. 
 
 
Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as mudanças 
mundiais na alimentação 
 
“Por que estamos engordando? O que a política tem a ver com os alimentos? Por que não 
vemos publicidade de legumes na TV? Essas e outras questões relacionadas às transformações 
 
na alimentação e suas consequências no cenário internacional foram abordadas por Pedro 
Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável do Ministério 
da Saúde de Portugal e doutor em Nutrição Humana pela Universidade do Porto. Em visita ao 
Brasil, ele participou do Seminário Internacional: Escolhas Alimentares e seus Impactos, no 
Sesc Santos. 
Confira algumas questões levantadas. 
 
Estamos engordando 
Ao comparar gráficos da presença da obesidade nas populações dos Estados Unidos e da área 
rural de Bangladesh, por exemplo, o professor Pedro Graça conclui: essa é uma epidemia 
global. A obesidade cresceu nos últimos 20 anos não só em países industrializados, com ampla 
oferta de alimentos, mas chegou até áreas rurais da Ásia. 
 
Os mais pobres engordam mais 
Até recentemente, acreditava-se que essa era uma epidemia que atingia principalmente as 
populações que estavam melhorando economicamente, associada ao acesso à alimentação, ao 
acesso à caloria, à gordura, à proteína. Mas não é bem assim: ‘O que nós estamos a viver é não 
só o aumento da doença no mundo inteiro, mas, ao contrário do que se esperava, quem é mais 
afetada é a população mais carente, mais vulnerável. Pobreza e obesidade se aproximam de tal 
maneira que a pessoa pode ter fome e ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que para nós da 
biologia é um paradoxo’, afirma. 
 
Somos treinados para engordar 
‘Nós somos uma máquina de engordar’. Isso porque a capacidade de acumular reservas de 
energia na forma de gordura foi essencial para a sobrevivência do ser humano, diante da 
escassez de alimentos. ‘O ser humano está preparado para lidar com a fome há dois milhões de 
anos. E começou a lidar com excesso de calorias há 50 anos. Não estamos preparados 
biologicamente para isso’, afirma Pedro. 
 
O que mudou? 
Diversas alterações demográficas causaram mudanças na alimentação: a entrada da mulher no 
mercado de trabalho e na vida acadêmica, o envelhecimento da população e a necessidade de se 
trabalhar mais horas são alguns exemplos. E, se aumenta o tempo do trabalho, o que fica para 
trás é o tempo de cozinhar e de ficar com os filhos. Os alimentos que já vêm prontos têm, 
portanto, muito mais apelo do que aqueles que exigem tempo e conhecimentos culinários para 
o preparo. Além disso, em muitos lugares é mais fácil e barato encontrar produtos 
ultraprocessados e calóricos - ricos em açúcar, sal e gordura - em vez de alimentos frescos. 
 
Você já viu propaganda de alface na TV? 
Provavelmente não. Mas vemos diariamente publicidade de produtos ultraprocessados e 
supercalóricos, não é mesmo? Pedro Graça chama atenção para o fato de que grandes indústrias 
alimentícias lucram muito, enquanto quem trabalha no campo com frutas e legumes, em geral, 
tem ganhos pequenos e são os que mais sofrem com oscilações na economia e nos preços dos 
alimentos. Assim fica fácil entender como um lado tem muito mais capacidade de investir e 
produzir comunicação do que o outro. 
 
É preciso reconhecer o ambiente 
De acordo com o pesquisador Philip James, durante décadas pensou-se que a atenção e o 
esforço individual fossem suficientes para prevenir a obesidade, porém depois de décadas desse 
esforço, as taxas de ganho de peso continuaram a subir. Essa epidemia reflete a presença de um 
ambiente tóxico ou obesogênico. Isso significa que não adianta ensinar as pessoas sobre 
alimentação saudável, se não há um ambiente favorável a isso, ou seja, se não há oferta de 
alimentos saudáveis em local próximo, a preços acessíveis. ‘Eu tenho primeiro que me 
preocupar com as condições que existem ou que eu posso criar para que o suco de laranja 
apareça, para em seguida dizer como é importante consumir suco de laranja’, exemplifica 
Pedro Graça.” 
Fonte: adaptado de: http://www.sescsp.org.br/online/artigo. Acesso em: 08 jun. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
I. De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma questão de educação individual e a 
obesidade aumenta entre os mais pobres por falta de instrução. 
II. As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo aumento da obesidade, uma vez 
que há incentivo ao consumo de produtos ultraprocessados, mais práticos do que os alimentos 
frescos. 
III. A melhora econômica facilita o acesso da população aos alimentos e, consequentemente, 
aumenta a prevalência de obesidade. 
IV. A propaganda e o marketing têm influência sobre a venda de produtos industrializados e 
atingem apenas as regiões urbanas. 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
 
Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes 
“Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram nesta 
quarta-feira (12.11.2014) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança climática, que 
incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. A iniciativa constitui 
o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por parte da China e mais um 
pelos EUA. 
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, 
ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 
2005 e 2020. Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso possa 
começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter 
origem em fontes limpas e renováveis. 
Estados Unidos e China representam juntos 45% das emissões planetárias de CO2, um dos 
gases apontado como culpado pela mudançaclimática. 
A União Europeia representa 11% das emissões planetárias de CO2. No mês passado, o bloco 
se comprometeu a reduzir em pelo menos 40% as emissões até 2030, na comparação com os 
níveis de 1990. 
Fonte: adaptado de:https://glo.bo/3AU1cMu. Acesso em: 14 nov. 2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes até 2030 significa que a 
poluição proveniente do país continuará em crescente aumento por mais uma década. 
II. Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União Europeia será 
responsável por um corte maior nos volumes de gases poluentes emitidos do que o corte dos 
dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões. 
III. Se Estados Unidos e China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da emissão dos gases 
poluentes, eles serão responsáveis por 27% das emissões planetárias em 2025. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: a. 
Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia os quadrinhos e o trecho a seguir, que expõe o pensamento do professor e jornalista Ciro 
Marcondes Filho. 
 
 Fonte: https://bit.ly/3HjOlFI. Acesso em: 08 nov. 2014. 
 
“Marcondes Filho (1986) descreve a prática sensacionalista como nutriente psíquico, desviante 
ideológico e descarga de pulsões instintivas. Caracteriza sensacionalismo como ‘o grau mais 
radical da mercantilização da informação: tudo o que se vende é aparência e, na verdade, 
 
http://g1.globo.com/topico/barack-obama.html
http://g1.globo.com/topico/china/
https://glo.bo/3AU1cMu
vende-se aquilo que a informação interna não irá desenvolver melhor do que a manchete. Esta 
está carregada de apelos às carências psíquicas das pessoas e explora-as de forma sádica, 
caluniadora e ridicularizadora. (...) No jornalismo sensacionalista, as notícias funcionam como 
pseudoalimentos às carências do espírito. (...) O jornalismo sensacionalista extrai do fato, da 
notícia, a sua carga emotiva e apelativa e a enaltece. Fabrica uma nova notícia que a partir daí 
passa a se vender por si mesma’.” 
Fonte: https://bit.ly/3ojdusw. Acesso em: 8 nov. 2014. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a alternativa 
correta. 
I. A reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela apresentada 
por Marcondes Filho sobre o sensacionalismo. 
 PORQUE 
II. De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências de 
informação dos receptores, uma vez que são comprometidas com os elementos factuais 
essenciais. 
Resposta Selecionada: e. 
As duas asserções são falsas. 
 
 
Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Pesquisa aponta que 45,9% dos brasileiros não fazem exercícios 
físicos 
 
“Pesquisa feita pelo Ministério do Esporte mostrou que 45,9% dos 
brasileiros de 15 a 74 anos estão sedentários, o que significa cerca de 
67 milhões de pessoas sem praticar nenhum esporte ou nenhuma 
atividade física. A maior fatia de sedentários está na região Sudeste: 
54,4%. 
Os motivos? Falta de tempo (para 58,8%), problemas de saúde (em 
9,5% dos casos) e a preguiça ou falta de interesse, declarada por 
11,8% dos entrevistados. A pesquisa teve 8.902 entrevistas pessoais, 
realizadas em 2013. Foi considerado sedentário quem declarou não ter 
feito esporte ou atividade física no tempo livre. 
 
Abandono 
Além de avaliar quem está sedentário, o ministério também perguntou a 
quem estava parado se havia deixado alguma prática física. Concluiu 
que quase 90% dos brasileiros abandonam a prática esportiva e viram 
sedentários até os 34 anos. Como a estudante Isabela Markman, 20 
anos: ‘Eu fazia academia, mas parei no começo do ano e noto 
diferença. Passear e brincar com minha cachorrinha me deixa mais 
cansada’. 
 
 
Fonte: adaptado de: https://bit.ly/3gl9GTi. Acesso em: 08 jun 2016. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa 
correta. 
 
https://bit.ly/3gl9GTi
I. De acordo com a pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam problemas 
de saúde causados pelo sedentarismo. 
II. Conforme o texto, quase 90% dos brasileiros acima de 34 anos são 
sedentários, pois abandonam as práticas esportivas. 
III. Cerca de 60% dos brasileiros praticam futebol, segundo a pesquisa. 
Resposta Selecionada: a. 
Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto e a charge e analise as afirmativas a seguir. 
 
 Pokémon GO no Brasil: como foi o primeiro dia do jogo no país Jogo dos monstrinhos leva 
pessoas à rua e faz estranhos se socializarem Bruno Silva - 04/08/2016 
 
“A febre de Pokémon GO no Brasil já era mais do que esperada. Desde os pedidos 
desesperados nas redes sociais, os protestos que levaram à invasão da conta do criador do game 
no Twitter ao lançamento oficial do jogo no país, na última quarta-feira (3), alcançando o topo 
da AppStore em menos de um dia, era de se imaginar que o jogo teria, aqui, o mesmo sucesso 
encontrado lá fora. E nas ruas do país, como seria a recepção? Para responder a essa pergunta, 
aguardamos, como muitos, o raiar do sol (o jogo chegou aqui às 18h da quarta) para embarcar 
na nossa própria jornada Pokémon. Andei pelas ruas de São Paulo e a resposta é: sim, Pokémon 
GO é uma febre. Na capital paulista, grupos se juntaram espontaneamente para jogar. Foi fácil 
encontrar pessoas de todos os gêneros, idades e estilos nas ruas, com um comportamento 
aparentemente duvidoso frente à tela do celular, procurando seus monstros. 
Nossa jornada começou por volta das 9h30. Como a Niantic já afirmou que os monstros têm 
mais possibilidade de serem encontrados em parques e em pontos turísticos, fui ao local que 
junta as duas características: o Parque do Ibirapuera. No caminho, dentro de um Uber (nunca 
jogue ao volante!) liguei o aplicativo na esperança de achar mais monstros, aproveitando o 
movimento do carro, mas só encontrei Pidgeys e Zubats - os tipos mais comuns na rua. A 
aposta no Ibirapuera deu certo: logo na entrada do portão 9 do parque encontrei um Eevee, um 
Goldeen e um Paras. A janelinha de monstros próximos acusava a presença de mais monstros 
que ainda não havia encontrado até então: Geodude, Staryu e um Bulbasaur. Procurei um 
bocado, mas o inicial de grama não deu as caras. 
Observando o parque, era fácil observar que algo estava diferente. Além dos habituais 
corredores e ciclistas, um terceiro tipo de pessoa era bem comum nas pistas e gramados do 
parque: pessoas andando com a cabeça baixa, olhando para a tela do celular. Olhei de relance 
para a tela quando pude; em quase todos os casos, era Pokémon GO. Na maioria das vezes, 
nem era necessário bisbilhotar: quando duas pessoas ou mais estava com o celular na mão, a 
conversa invariavelmente era algo como ‘capturei um Zubat com 150 CP’ ou ‘tô quase 
evoluindo meu Pidgey’. 
O mais surpreendente veio quando me aproximei do Planetário do Ibirapuera, que no game, é 
um ponto com quatro pokéstops adjacentes. Nas quatro, foram colocados Lure Modules - itens 
que servem para atrair monstros para a pokéstop - e, com isso, cerca de 15 pessoas estavam por 
ali, sentadas ou andando em círculos, olho fixo no smartphone, o polegar se arrastando de 
baixo para cima da tela. 
O problema de Pokémon GO 
No meio do caminho, deparei com o principal problema que aflige o jogador de Pokémon GO: 
a bateria do celular. O uso do jogo no carro a caminho do parque e no local fez a energia do 
smartphone despencar de 100% a 10% em pouco menos de uma hora e meia de uso. Depois 
que o celular apagou, perambulei pelo parque até achar uma tomada em uma lanchonete, e 
passei 40 minutos esperando o aparelho voltar a um nível seguro de bateria. Lá, tive um 
encontro inusitado: o entregador da lanchonete estava jogando Pokémon GO e imediatamentecomeçamos a bater papo. 
‘Peguei uns três ‘Bulbassauro’ já. Estou aproveitando as minhas entregas e o caminho de 
ônibus pra capturar mais’, me contou o entregador, também reclamando que o celular gasta 
muita bateria. ‘Vou voltar aqui no fim de semana com meu amigo pra capturar mais’, 
 
finalizou.” 
Fonte: https://omelete.uol.com.br/games/artigo/pokemon-go-no-brasil-como-foi-o-primeiro-
dia-do-jogo-no-pais/. Acesso em: 10 ago. 2016. 
 
 
 Fonte: acervo pessoal. 
 
I. O texto e a charge mostram que o Pokémon Go encontrou grande aceitação entre os 
brasileiros e enaltecem o poder de engajamento do jogo. 
II. A charge critica a alienação de pessoas que aderem ao jogo e se desconectam da realidade 
em que vivem. 
III. O texto e a charge apontam os problemas do Pokémon Go no comportamento das pessoas, 
pois o jogo leva o usuário para uma realidade paralela, promovendo a falta de sociabilidade. 
IV. O objetivo da charge é mostrar os aspectos positivos do jogo, que torna felizes seus 
usuários, poupando-os dos problemas do mundo em que vivemos. 
É correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: e. 
II. 
 
 
Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Energia solar contra a escuridão do Amazonas: Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 
0,02% da produção total de eletricidade 
Heriberto Araújo – 08 mai. 2016. 
“A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada 
humana esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura para o 
homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don’t Sleep, There are Snakes (Não 
durma, há serpentes, sem tradução para o português). Comunidades inteiras vivem 
completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da selva, mas sim nas 
movimentadas margens dos rios — únicas vias de comunicação, num ambiente em que a 
eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta-gotas. 
‘No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de qualidade’, 
explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. 
‘A enorme área da floresta torna inviável a criação de uma rede de distribuição, e os povoados 
só conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina fornecidos 
pelo Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, refrigeração e lazer’, relata do município 
amazônico de Tefé. 
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por meio de 
painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com o 
objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares Brito. 
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema flutuante, sobre boias no rio, 
e o outro no telhado de uma fábrica de gelo — para permitir, um, o envio da água desde o leito 
do rio até as casas, e o outro, a fabricação de barras de gelo. O fornecimento da água do rio por 
meio de uma bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que as 
crianças passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais fiquem com medo 
que um jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens. 
‘Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que elas 
agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos dificilmente 
podem ser comercializados no exterior ou simplesmente conservados’, diz Soares Brito. 
Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa imensa região 
normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder, concentrados no Sudeste e que 
priorizam as políticas públicas nas regiões densamente povoadas (de eleitores). Um grupo de 
pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de 
 
uma pequena fábrica — prevista para abril — com 3 congeladores alimentados por painéis 
solares para poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la em mercados situados a 
horas de barco do povoado, como Manaus. 
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima década, 
após a implementação em 1º de março de novas regras que permitem, pela primeira vez, a 
geração distribuída de energia e sua ligação às redes de distribuição, trará consequências 
principalmente para os grandes centros urbanos. 
Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a excessiva 
dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da eletricidade 
consumida, milhões de brasileiros poderão se tornar agora prosumidores, neologismo que 
reflete o novo paradigma sob o qual parece avançar a geração de eletricidade: o consumidor é o 
produtor de pelo menos uma parte de sua demanda. ‘Estamos diante do início de uma 
revolução, porque pela primeira vez a sociedade brasileira pode participar diretamente da 
criação de uma nova matriz energética’, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Associação 
Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). 
As regras aprovadas pela Aneel permitem, segundo Sauaia, ‘a geração compartilhada de 
energia solar entre vários clientes, que podem se agrupar em forma de consórcio ou de 
cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas fotovoltaicos domésticos ou comerciais à 
rede elétrica para abastecê-la quando os painéis produzirem mais do que o que é consumido, e 
vice-versa’. 
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do país, a 
produção de energia abasteceria mais que o dobro da totalidade da demanda dos domicílios 
brasileiros. Os especialistas indicam que a região brasileira menos exposta à irradiação solar 
tem potencial para gerar pelo menos 25% mais energia que a região mais favorecida na 
Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas.” 
Fonte: https://bit.ly/32SbzUo. Acesso em: 10 jun. 2016. 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio consumidor produza 
30% da sua demanda, tornando-se “prosumidor”. 
II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em todas as 
residências do país faria com que a produção brasileira de energia superasse a alemã em 18%. 
III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco comunidades da 
Amazônia, onde há aproximadamente dois milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica de 
qualidade. 
IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua produção hidrelétrica e, por isso, 
a energia solar é uma boa alternativa. 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
 
Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
 
Considere a ilustração e as afirmativas a seguir: 
 
 Fonte: https://bit.ly/3uqabUm. Acesso em: 20 jun. 2016. 
I. O objetivo da ilustração é mostrar que os meios de comunicação tecem o conhecimento das 
crianças, contribuindo para um mundo mais bem informado. 
II. A ilustração é uma crítica aos meios de comunicação ultrapassados, que não promoviam o 
acesso à informação como a internet faz atualmente. 
III. A ilustração sugere que os meios de comunicação de massa provocam perda de autonomia 
do raciocínio. 
É correto o que se afirma somente em: 
 
Resposta Selecionada: c. 
III. 
 
Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto de autoria de Vladimir Safatle e analise as afirmativas a seguir: 
Quem tem o direito de falar? Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu 
grupo é uma forma astuta de silenciamento 
“A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela não se 
funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem circular,como eles devem ser distribuídos. Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos 
nós, ela não é tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que 
nomeamos ‘política’. Na verdade, a política é também uma questão de circulação de afetos, da 
maneira com que eles irão criar vínculos sociais, afetando os que fazem parte destes vínculos. 
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de ver, o 
que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e percebo, 
define-se o campo das minhas ações, a maneira com que julgo, o que faz parte e o que está 
excluído do meu mundo. Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 
2015 foi a circulação de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no Mar 
Mediterrâneo. 
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que invadiram 
sites de notícias de seu continente com posts e comentários. Uma quantidade impressionante 
deles reclamava daqueles jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de sofismas primários, 
eles diziam basicamente a mesma coisa: ‘parem de nos mostrar o que não queremos ver’, ‘isto 
irá quebrar a força de nosso discurso’. Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à 
condição de administrar uma certa zona de invisibilidade. 
É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização bruta produzida pela morte 
estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é baseado em uma 
desafecção. 
Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos de afetos. 
Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários discursos até então não haviam 
conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de indiferença em relação à sorte dos 
refugiados. 
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos como faz 
parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas, para 
tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem não fala, qual fala ouvirei e qual fala 
representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento. 
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem direito à 
voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais 
vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, 
palestinos, entre tantos outros). 
Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será a voz 
dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das mulheres e 
lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto pode parecer um ato de dar 
voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os problemas dos negros, 
mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por aí vai. 
Essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de 
silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros devem apenas falar 
dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar dos problemas das mulheres. 
Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos políticos são 
criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado. 
Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito limitar 
minha fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de circulação de 
afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade na narrativa do meu 
sofrimento. Minha produção de afecções continuará circulando em regime restrito, mesmo que 
agora codificada como região setorizada do espaço comum. 
Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, que podem 
implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta dimensão do ‘qualquer um’ que faz parte 
 
de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição de qualquer um que temos mais força 
de desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos. O verdadeiro medo do poder é que 
você se coloque na posição de qualquer um.” 
Fonte: https://bit.ly/3AThhBX. Acesso em: 13 jun. 2016. 
I. Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em um regime 
autoritário, não democrático. 
II. O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos grupos minoritários, 
já que as minorias tendem a ser silenciadas na sociedade. 
III. A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à Europa como 
imigrante, foi, segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da imprensa e, por isso, gerou 
conflitos políticos. 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: e. 
Nenhuma alternativa é correta. 
 
 
Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
 
Observe a charge e analise as afirmativas a seguir: 
 
 Fonte:https://bit.ly/3rj0YeG. Acesso em: 08 fev. 2015. 
I. A charge enaltece a evolução humana, ilustrando a saída de um passado primitivo e a 
chegada ao desenvolvimento tecnológico, que melhora as condições de vida da população. 
II. O código de barras, na figura, representa a “coisificação” do homem no atual sistema 
socioeconômico. 
III. A crítica da charge se refere ao uso de novas tecnologias na atualidade, uma vez que elas 
não são acessíveis a todos. 
IV. A charge mostra que o ser humano ainda é primitivo, apesar das novas tecnologias. 
É correto o que se afirma somente em: 
 
Resposta Selecionada: b. 
II. 
 
 
 
https://bit.ly/3rj0YeG

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