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INVENTÁRIO DA ICTIOFAUNA DE CORPOS D ÁGUA DO PARNA JURUENA MT, BRASIL

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Alta Floresta – MT 
Agosto - 2018 
 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE 
PARQUE NACIONAL DO JURUENA AM/MT 
 
 
 
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade- PIBIC/ICMBio 
 
 
 
 
Relatório Final 
(2017-2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVENTÁRIO DA ICTIOFAUNA DE CORPOS D’ ÁGUA DO PARNA 
JURUENA – MT, BRASIL 
 
 
Estudante de IC: Luciano Dias da Conceição 
 
 
Orientadora: Lourdes Iarema 
Co-Orientadora: Solange Arrolho 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A bacia Amazônica conserva uma hidrografia composta por inúmeros e imensos rios, igarapés 
e lagos, onde pouco se conhece sobre a sua taxonomia, distribuição, biologia e ecologia dos 
peixe desta região. Por esta necessidade o presente estudo tem por objetivo contribuir na 
realização do levantamento ictiofaunístico em corpos d´água do Parque Nacional do Juruena. 
Foram realizadas coletas no Rio Juruena e em igarapés dentro do parque, em 2017 e 2018, 
foram estabelecidos seis (6) trechos no rio Juruena e em sete (7) igarapés, as coletas foram 
realizadas com o uso de puçás, rede de arrasto, rede de espera e pesca. As amostras foram 
fixadas em solução de formalina a 10% no local de coleta e transportadas ao Laboratório de 
Ictiologia da Amazônia Meridional, na Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, 
onde foram identificadas e incorporados à coleção. Na coleta realizada no rio Juruena foram 
coletados 1654 exemplares, distribuídos em 6 ordens, 26 famílias 62 gêneros e 98 espécies. 
Coletas realizadas nos igarapés constaram 357 exemplares, distribuídos em 5 ordens 18 
famílias, 38 gêneros e 68 espécies. Foi realizado incisão abdominal para determinação de sexo 
e estádio de maturação gonadal, e determinação da dieta alimentar. Foram analisados 12 
conteúdos estomacais onde 67% consumiram peixe ou restos de peixes e inseto, os demais 
33% não possuíam alimento, as gônadas apresentaram 7 catalogadas como fêmeas e 5 
machos. Esse estudo permite avaliar que a conservação das áreas amostradas é um fator 
determinante para a alta diversidade ictiológica encontrada nestes locais. 
 
 
Palavras chave: Alimentação, Diversidade, Reprodução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The Amazon basin conserves a hydrography composed of innumerable and immense rivers, 
streams and lakes, where little is known about its taxonomy, distribution, biology and ecology 
of the fish of this region. Due to this need the present study aims to contribute to the 
accomplishment of the ichthyofaunistic survey in water bodies of the Juruena National Park. 
Collections were made in Juruena River and in igarapés within the park, in 2017 and 2018, six 
(6) stretches were established on the Juruena River and seven (7) igarapés, the collections 
were carried out with the use of puçás, trawl, net of waiting and fishing. The samples were 
fixed in 10% formalin solution at the collection site and transported to the Ichthyology 
Laboratory of Southern Amazonia at the State University of Mato Grosso UNEMAT, where 
they were identified and incorporated into the collection. In the collection made in the river 
Juruena were collected 1654 specimens, distributed in 6 orders, 26 families 62 genera and 98 
species. Collections carried out in the igarapés consisted of 357 specimens, distributed in 5 
orders 18 families, 38 genera and 68 species. Was An abdominal incision was made to 
determine the sex and stage of gonadal maturation, and dietary diet determination. Twelve 
stomach contents were analyzed in which 67% consumed fish or fish and insect remnants, the 
other 33% did not have food, the gonads presented 7 cataloged as females and 5 males. This 
study allows to evaluate that the conservation of the sampled areas is a determining factor for 
the high ichthyological diversity found in these sites. 
 
Keywords: Food, Diversity, Reproduction 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
Figura 1 - Aplicação dos métodos de coleta. A - Armação de rede de espera; B - Utilização 
de puçás; C - realização de pesca convencional. Fotos: Fotos B e C Arrolho, 2017; A e D 
Conceição 2017. ..................................................................................................................................... 16 
 
Figura 2 - Peixes coletados pelo método de pesca no rio Juruena; A: Pesca realizada no 
trecho 3; B: Soltura de zungaro zungaro no trecho 3; C: Retirada da medidas de comprimento 
de Phractocephalus hemioliopterus no trecho 5; D: Registro fotografico de Ramdhia quelen 
no trecho 5. Fotos: CONCEIÇÃO, 2018. .............................................................................................. 22 
 
 
GRÁFICOS 
Gráfico 1 - Porcentagem dos táxons de peixes registrados no Monitoramento do PARNA 
Juruena, em 2016. ..................................................................................................................... 15 
 
Gráfico 2 - Porcentagem de ordens de peixes coletadas no ano de 2017 no rio Juruena. ....... 20 
 
Gráfico 3 - Porcentagem das ordens coletadas nos igarapés do PARNA Juruena. ................. 25 
 
Gráfico 4 - Número de peixes coletados no PARNA Juruena, de acordo com seus estádios 
gonadais, Outubro de 2017. ...................................................................................................... 28 
 
Gráfico 5 - Comparação da temperatura da água entre os anos de 2017 e 2018. .................... 29 
 
Gráfico 6 - Comparação do pH nos trechos de coleta no anos de 2017 e 2018. ..................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELAS 
Tabela 1 - Lista de Locais de Coleta da Ictiofauna no rio Juruena, coordenadas 
geográficas DATUM WGS 84. ........................................................................... 13 
Tabela 2 - Lista de espécies de coletadas no rio Juruena, para cada trecho de 
coleta. Legenda: As colunas representadas como T seguido de um número 
representam os trechos de coletas. ...................................................................... 17 
Tabela 3 - Numero de peixes coletados pela pesca no rio Juruena, nos anos de 
2017 e 2018. Legenda: As colunas representadas como T seguido de um número 
representam os trechos de coletas. ...................................................................... 21 
Tabela 4 - Lista de espécies de coletadas nos igarapés do PARNA Juruena. 
Legenda: As colunas representadas como T seguido de um número representam 
os trechos de coletas. ........................................................................................... 23 
Tabela 5 - amostra dos estômagos analisados referente a coleta de Outubro de 
2017. Legenda Guilda: NAIA – Número Amostral Insuficiente para análise. ... 26 
Tabela 6 - Espécies da ictiofauna com os estádios de maturação gonadal 
coletados em Outubro de 2017. ........................................................................... 27 
Tabela 7 - Atributos físicos e químicos da água dos trechos de amostragem, 
para a coleta de Outubro de 2017. ....................................................................... 28 
Tabela 8 - Atributos físicos e químicos da água dos trechos de amostragem, 
para a coleta de Outubro de 2018. ....................................................................... 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABREVIATURAS 
 
ICMBio Instituto Chico Mende de Conservação da biodiversidade 
LIAM laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional 
PARNA Juruena Parque Nacional do Juruena 
pH Potencial hidrogeniônico 
PPBio Programa de Pesquisa em Biodiversidade 
UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9 
OBJETIVOS ....................................................................................................................11 
Objetivo Geral ............................................................................................................ 11 
Objetivos Específicos ................................................................................................. 11 
MATERIAL E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO ....................................................... 12 
Auxílio na Manutenção da coleção de ictiologia da UNEMAT ................................ 12 
Auxílio nas Coletas de dados em Campo................................................................... 12 
Coleta com puçás/peneira .......................................................................................... 13 
Coleta com rede de arrasto ......................................................................................... 13 
Coleta com rede de espera ......................................................................................... 14 
Coleta com varas de pesca ......................................................................................... 14 
Fixação e conservação dos espécimes ....................................................................... 14 
Análise de qualidade da água ..................................................................................... 15 
RESULTADOS ............................................................................................................... 15 
Coleta através da pesca .............................................................................................. 21 
Coletas em igarapés ................................................................................................... 23 
Guildas Tróficas ......................................................................................................... 26 
Processo Reprodutivo ................................................................................................ 27 
Qualidade da água. ..................................................................................................... 28 
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES ................................................................................... 30 
RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO .................................................................. 32 
AGRADECIMENTOS ................................................................................................... 32 
CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 33 
 
 
9 
 
INTRODUÇÃO 
 
A floresta Amazônica conserva uma hidrografia composta por inúmeros e imensos rios, 
igarapés e lagos, onde concentra a mais rica ictiofauna de água doce do mundo, sendo 
estimada por Bohlke et al. (1978) um número final de 5.000 espécies. Schaefer (1998) 
presumiu o impressionante número de 8.000 espécies, representando assim um oitavo de toda 
a biodiversidade estimada de vertebrados viventes (Vari & Malabarba, 1998). Goulding & 
Barthem (1997), estimam uma diversidade entre 2.000 e 3.000 espécies, e Lévêque et al., 
(2008) diz que cerca de 2.400 espécies são válidas. Entretanto, estima-se que de 30 a 40% 
dessa ictiofauna é ainda desconhecida (Uieda & Castro, 1999). 
Os denominados “grandes rios” tem sido objeto de estudos de uma ampla variedade de 
trabalhos realizados nos últimos 50 anos (Tundisi & Tundisi, 2008). Mas como apresentado 
por Zanson (1999) a maior parte da ictiofauna na Amazônia, constituída por espécies de 
pequeno e médio porte, encontradas em igarapés e riachos, com poucos registros publicados 
além da descrição original. Sendo preocupantes devido a pressões ambientais atuais gerados 
pela devastação de áreas florestais e alterações generalizadas em sistemas aquáticos, na forma 
de poluição, assoreamento e barramentos. 
Ainda hoje há muitas espécies de peixes sendo descritas, algumas de porte muito grande e 
que surpreendentemente passaram despercebidas até bem pouco tempo atrás (Berra, 1997). A 
Amazônia é insuperável em sua biodiversidade, a dimensão da sua bacia permite a existência 
de ecossistemas aquáticos de enorme complexidade. Esta variedade de ambientes contribui 
para que a Amazônia tenha a maior fauna de água doce do mundo (Val & Honczaryk, 1995). 
Na Amazônia as variações na aparência e conteúdo químico de seus sistemas aquáticos 
naturais estão associadas aos diferentes padrões de distribuição das condições geológicas e 
mineralógicas dentro de sua imensa bacia hidrográfica (Sioli, 1968). 
Os modelos de distribuição da ictiofauna ocorrem de acordo com as variáveis 
limnológicas inerentes a vida aquática, como pH, dureza, condutividade e temperatura 
(Esteves, 1978), até mesmo mecanismos complexos, como disposição de mata ciliar (Barrella 
et al; 1994) e a disponibilidade de habitas (Rincon, 1999). Sendo presença ou ausência de 
fendas de rochas, galhos e troncos submersos ou vegetação aquática, definidos por Ueida 
(1989). 
 
10 
 
O regime de precipitação exibe variações anuais, é caracterizado um período chuvoso e 
de estiagem (Souza & Cunha, 2010), essas variações alteram as características físicas e 
químicas da água, como pH, condutividade, oxigênio dissolvido, fluxo e temperatura, fatores 
determinantes (Tejerina-Garro et al., 1998). Regulando as comunidades aquáticas e tornando 
estes ambientes muito dinâmicos e diversos em espécies (Junk et al., 1989). 
O Parque Nacional Juruena (PARNA Juruena) foi criado em 2006 e possui uma área de 
aproximadamente 1.958.000 hectares. Datum SAD-69, projeção UTM, Zona 21, é o quarto 
maior Parque Nacional, abrange áreas no sul do estado do Amazonas nos municípios de Apuí 
e Maués e ao norte do Mato Grosso, nos municípios de Apiacás, Nova Bandeirantes e 
Cotriguaçu (ICMBio, 2011). 
Pouco se conhece sobre a taxonomia, distribuição, biologia e ecologia das espécies de 
peixes que ocorrem na calha do rio Juruena, como também da grande maioria das espécies 
encontradas em toda a bacia Amazônica (Masson, 2005). Por esta necessidade o presente 
estudo tem por objetivo contribuir na realização do levantamento ictiofaunístico em corpos 
d´água do Parque Nacional do Juruena, bem como organizar e auxiliar na implementação do 
banco de dados sobre a biologia das espécies encontradas na região. 
O conhecimento técnico-científico sobre a assembleia de peixes, o reconhecimento e a 
compreensão de padrões que a estruturam e a biologia das espécies, serão fundamentais para a 
tomada de decisão na gestão do território. Pois os grandes rios brasileiros apresentarem uma 
elevada demanda em se construir reservatórios, com fins principalmente de geração de 
energia (Agostinho et al., 2008; Agostinho & Gomes, 2005; Doria et al., 2012a). 
 
11 
 
OBJETIVOS 
 
 
Objetivo Geral 
 
• Contribuir na realização do levantamento ictiofaunístico em corpos d´água do 
Parque Nacional do Juruena (PARNA - Juruena), Estado do Mato Grosso, Brasil, bem como 
organizar e auxiliar na implementação de banco de dados sobre a biologia das espécies 
encontradas na região. 
 
 
Objetivos Específicos 
 
• Auxiliar na tabulação de dados visando evidenciar as espécies de peixes que 
tenham importância, tanto para a conservação como para a caracterização das comunidades 
naturais; 
• Auxiliar nas análises da biologia reprodutiva em relação ao período de piracema 
no estado de Mato Grosso. 
• Auxiliar na tabulação de dados para verificar a diversidade de espécies ictiológica 
do rio Juruena e seus igarapés. 
 
12 
 
MATERIAL E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO 
 
Auxílio na Manutenção da coleção de ictiologia da UNEMAT 
 
O Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional (LIAM) localizado NA UNEMAT 
campus de Alta Floresta – MT no endereço MT 208, km 146, Jardim Tropical- Alta Floresta, 
78580-000, (66) 3521-0206, começou suas atividades no ano de 2004. Realiza projetos de 
pesquisa e extensão com enfoque no diagnóstico e, monitoramento da ictiofauna de usinas 
hidrelétricas nos rios Teles Pires e Juruena, bem como estudos de ecologia e distribuição dasdiversas espécies de peixes presentes no Mosaico da Amazônia Meridional, que abrange os 
estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia. O LIAM também atua com peixes de áreas 
degradadas e Unidades de Conservação como o Parque Estadual do Cristalino e Parque 
Nacional do Juruena (UNEMAT, 2014). 
No LIAM foram realizada as atividades de identificação, biometria e pesagem dos peixes, 
para assim serem destinados a Coleção do laboratório. Todos os peixes foram organizados de 
acordo com os métodos de capturas, trechos e datas que foram coletadas, tornando assim mais 
prático de se encontrar determinados peixes. 
 
Auxílio nas Coletas de dados em Campo 
 
O rio Juruena possui extensão de 1.080 km, nasce nas encostas setentrionais da Serra dos 
Parecis em altitudes próximas a 700 m, no seu encontro com o rio Teles Pires passa a formar 
rio Tapajós, já na tríplice divisa dos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso (Vasconcelos, 
2014). Compreende uma bacia de drenagem de 63.988 km². A região possui um clima 
equatorial com pluviosidade média de 2.100 mm, o regime pluviométrico tem uma 
precipitação máxima de 2.700 mm anuais. O período seco abrange cinco meses, de maio a 
setembro, e um período de chuvas, que tem início geralmente de outubro e se estende até abril 
(CNEC, 2009). 
A metodologia de coleta será de acordo com a descrita pelo programa de Monitoramento 
da Biodiversidade do ICMBio e PPBio –Amazônia (PETTS, 1994). Para as coletas foram 
estabelecidos seis (06) pontos de coleta no rio Juruena e em 7 igarapés que cruzavam as 
trilhas de monitoramento dentro do parque (Tabela 1). 
 
 
13 
 
 
Tabela 1 - Lista de Locais de Coleta da Ictiofauna no rio Juruena, coordenadas geográficas 
DATUM WGS 84. 
Trechos Locais Coordenadas 
Trecho 1 Rio São João S 8.950381 W 58.543771 
Trecho 2 Pequena lagoa marginal S 8.949161 W 58.555968 
Trecho 3 Rio Juruena a montante do Salto Augusto -Paredão S 8.945045 W 58.560413 
Trecho 4 Rio Água Preta S 8.890900 W 58.571048 
Trecho 5 Rio Juruena - Salto Augusto S 8.88599 W 58.552696 
Trecho 6 Igarapé que corta o garimpo do Juruena S 9.047620 W 58.591319 
Trilha Cobra Igarapé no km 2900 da trilha S 9.0245112 W 58.6342653 
Trilha Cobra Igarapé no km 4900 da trilha S 9.0199687 W 58.6530688 
Trilha Escorpião Igarapé aos 550 m da trilha S 8.9816120 W 58.5922137 
Trilha Escorpião Igarapé no km 1300 da trilha S 8.9784723 W 58.5984106 
Trilha Saruê Igarapé aos 500 m da trilha S 8.9558623 W 58.5445182 
Trilha Saruê Igarapé no km 1300 da trilha S 8.9662105 W 58.5444400 
Trilha Saruê Igarapé no km 3000 da trilha S 8.9783239 W 58.5444350 
 
Coleta com puçás/peneira 
 
Este é um método ativo de coleta de peixes, que geralmente constitui de captura peixes de 
pequeno porte (<100mm), possibilita a captura de exemplares alojados em áreas de vegetação 
densa, folhiço submerso ou nas margens. Esta técnica de captura foi aplicada em todos os 
trechos e igarapés, em locais próximos a vegetação aquática e em contato com a água. Este 
método foi aplicado em áreas de até 1,5 m de profundidade. O tempo de coleta foi uma hora 
em cada ponto de coleta (matutino ou vespertino). 
 
Coleta com rede de arrasto 
Este método foi utilizado por dois coletores, e buscou acessar uma fauna associada ao 
leito dos rios. As redes de arrasto foram aplicadas manualmente em locais menos profundos 
até 1,5 metros. A rede era lançada em direção aos locais mais profundos e arrastadas em 
direção a margem, então erguida e retirados os peixes capturados. Esse método também foi 
aplicado nos igarapés, apenas alguns não foi possível a aplicação do método devido ao grande 
 
14 
 
número de raízes e galhos, que impossibilitavam o uso do arrasto. 
 
Coleta com rede de espera 
 
Este método passivo de coleta de peixes foi empregado para a captura de peixes de médio 
e grande porte que habitam ou esporadicamente utilizam os igarapés ou as margens do rio 
para alguma de suas atividades biológicas. Nos trechos foi empregada uma bateria de redes de 
diferentes malhas (1.5, 2, 3, 4, 5, 8, 10 cm entre nós opostos e rede feiticeira), a fim de 
capturar exemplares de vários tamanhos e formas. Cada bateria foi constituída de 5 redes 
entre 10 e 30 metros de extensão e entre 2 e 3 metros de altura. As redes foram mantidas 
expostas, paralelamente aos corpos d’água, por até 24 horas e revisadas 4 vezes. 
 
Coleta com varas de pesca 
 
No intervalo entre as verificações das redes, foram realizadas coletas com o uso de 
material de pesca convencional, ou seja, com varas de fibra de carbono equipadas com 
carretilha ou molinete. Este equipamento usa linhas de nylon de capacidade de tensão 
apropriada para o tipo de peixe esperado. Foram arremessadas com este equipamento, iscas 
artificiais de diversos modelos, tamanhos e formas e iscas naturais (Minhoca, milho, etc), no 
intuito de capturar os peixes de médio e grande porte. 
 
Fixação e conservação dos espécimes 
 
Cada sequência de amostras (rede, puçá ou vara de pesca) foi devidamente etiquetada, e o 
material coletado anestesiado com o uso de Eugenol, conforme Resolução N° 714 do 
Conselho Federal de Medicina Veterinária e imediatamente fixado em solução de formalina a 
10% no local de coleta. 
Para exemplares de proporções corporais maiores, estes foram fixados através de injeções 
de formol 10% ao longo de toda a musculatura e no interior da cavidade abdominal e 
acondicionado em recipientes com formol 10%. Os peixes capturados vivos nas redes de 
espera e na pesca com vara e anzol foram realizadas as medidas de peso, comprimento e 
fotografados in situ em condição de sobrevivência, e soltos. 
Os peixes capturados foram transportados para o Laboratório de Ictiologia da 
 
15 
 
Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Campus de Alta Floresta, para serem 
identificados e analisados, e depositados em recipientes com álcool 70%. Para os peixes 
mortos nas redes de espera foi efetuada incisão abdominal para determinação de sexo e 
estádio de maturação gonadal, e retirados tratos digestivos para determinação da dieta 
alimentar. 
Todos os exemplares coletados foram depositados na Coleção de Peixes do Campus de 
Alta Floresta – UNEMAT, estando à disposição para visitas técnicas dos órgãos ambientais e 
pesquisadores interessados. 
Análise de qualidade da água 
 
As variáveis ligadas a qualidade da água, foram aferidas com medidores portáteis para 
análise de multiparâmetros sendo eles o, pHmetro para medidas de pH e condutividade 
elétrica, e o Oximetro para realizar a medida de temperatura da água, medidas de Oxigênio 
dissolvido na água em porcentagem e a quantidade em ml/L, todas as informações eram 
anotadas no caderno de campo. 
 
 
RESULTADOS 
 
Para o monitoramento de 2016 foi possível observa um total de 74 espécies, sendo de 95 
famílias e de 4 ordens, como é demonstrada no gráfico 1, abaixo disponibilizado pelo LIAM. 
 
 
Gráfico 1 - Porcentagem dos táxons de peixes registrados no Monitoramento do PARNA 
Juruena, em 2016. 
 
16 
 
A coleta da segunda campanha e terceira no geral do PARNA Juruena ocorreu entre os 
dias 23 a 27 de outubro de 2017. Para a captura dos peixes foram utilizados puçás, rede de 
arrasto, rede de espera e material de pesca. 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Aplicação dos métodos de coleta. A - Armação de rede de espera; B - Utilização 
de puçás; C - realização de pesca convencional. Fotos: Fotos B e C Arrolho, 2017; A e D 
Conceição 2017. 
 
A coleta em igarapés ocorreu entre os dias 14 a 18 de abriu de 2018, nos igarapés que 
cruzavam as trilhas de monitoramento dentro do parque, para a captura dos peixes foram 
estabelecidos trechos de 100 m em cada igarapé, do qual foram divididos em quatro (04) 
pontos de coleta de 25 m cada, para a captura foi utilizado puçás e rede de arrasto. 
Após a coleta os peixes foram transportados para o Laboratório de Ictiologia da 
Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Campusde Alta Floresta, onde estão 
em processo de análise e de identificação, 
 
C 
A 
D 
B 
 
17 
 
Nas Coletas de 2017 foram registrados um total de 1654 exemplares, distribuídos em 
5 ordens, 26 famílias 62 gêneros e 98 espécies (tabela 2). 
 
Tabela 2 - Lista de espécies de coletadas no rio Juruena, para cada trecho de coleta. Legenda: 
As colunas representadas como T seguido de um número representam os trechos de coletas. 
 
Táxons T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 6 
Ordem Characiformes 
Família Acestrorhynchidae 
Acestrorhynchus falcatus 3 1 
Família Anostomidae 
Anastomoides laticeps 1 
Leporinus britskii 1 6 1 
Leporinus brunneus 1 1 
Leporinus fasciatus 2 2 
Leporinus friderici 1 1 1 3 
Família Characidae 
Acestrocephalus stigmatus 1 
Agoniates halencinus 1 
Argonectes robertsi 12 23 3 
Brycon falcatus 4 1 1 1 
Brycon pesu 6 
Bryconexodon juruenae 4 
Bryconops sp. "Falso creatochanes" 1 
Hemigrammus levis 19 
Hemigrammus sp. "Prata" 4 
Hyphessobrycon aff. heliacus 
Hyphessobrycon kayabi 15 
Hyphessobrycon sp. "prata" 1 
Jupiaba acanthogaster 2 1 4 32 22 
Jupiaba pirana 14 128 10 1 
Knodus cf. heteresthes 2 5 20 
Knodus sp. "comum" 16 42 28 
Microschemobrycon elongatus 2 
Microschemobrycon geisleri 4 
Microschemobrycon sp. 3 
Moenkhausia celibela 4 
Moenkhausia cotinho 1 3 
Moenkhausia mikia 7 
Moenkhausia lepidura 5 12 4 43 9 
Moenkhausia oligolepis 5 
 
18 
 
Táxons T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 6 
Monkhausia cf. pirauba 1 
Moenkhausia sp. 2 21 
Moenkhausia sp. "lepidura longa" 6 35 
Moenkhausia sp. 5 132 340 145 
Moenkhausia sp. 5 “mancha pendunculo" 8 
Moenkhausia sp. "mancha umeral alongada 2 1 
Myleus setiger 3 1 5 3 
Myleus sp. "juvenil" 2 8 
Phenacogaster gr. pectinatus 8 
Serrapinnus cf. notomelas 6 
Tetragonopterus chalceus 1 1 1 
Tetragonopterus sp. 1 
Tometes sp. "Teles Pires" 2 
Triportheus albus 1 
Família Chilodontidae 
Caenotropus schizodon 1 
Caenotropus labyrinthicus 1 1 
Família Ctenoluciidae 
Boulengerella cuvieri 1 7 1 
Família Curimatidae 
Curimata inornata 2 45 8 2 
Cyphocharax cf. spiluropsis 12 12 
Cyphocarax aff. notatus 3 
Cyphocarax cf. notatus 4 2 
Steindachnerina fasciata 1 
Família Crenuchidae 
Characidium zebra 2 
Família Cynodontidae 
Hydrolycus armatus 1 3 1 1 
Hydrolycus tatauaia 1 
Família Erythrinidae 
Erythrinus erythrinus 1 
Hoplias malabaricus 2 1 2 3 
Hoplias aimara 1 1 1 
Família Hemiodontidae 
Hemiodus microlepis 3 
Hemiodus unimaculatus 6 1 3 
Família Prochilodontidae 
Prochilodus nigricans 10 3 
Ordem Gymnotiformes 
Família Gymnotidae 
Gymnotus aff. diamantinensis 6 
 
 
19 
 
Táxons T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 6 
Família Sternopygidae 
Eigenmannia cf. macrops 11 
Ordem Perciformes 
Família Cichlidae 
Aequidens sp. "juvenil" 1 
Apistogramma gr. steindacheneri 1 
Apistogramma sp. 1 
Crenicichla lepidota 2 1 
Geophagus cf. altifrons 1 1 
Geophagus neambi 1 5 11 
Geophagus sp. "juvenil" 9 
Satanoperca cf. lilith 9 1 
Família Sciaenidae 
Pachyurus junki 1 
Plagioscion sp. "juvenil" 2 
Plagioscion squamosissimus 16 1 
Ordem Siluriformes 
Família Callichthyidae 
Corydoras aff. loretoensis 1 5 
Corydoras cf. polystictus 4 
Corydoras xinguensis 1 
Megalechis picta 1 
Família Doradidae 
Hassar shewellkeimi 4 
Família Heptapteridae 
Imparfinis cf. stictonotus 2 
Pimelodella aff. howesi 1 1 
Rhamdia quelen 1 
Família Loricariidae 
Ancistrus sp. "lineolatus" 4 
Baryancistrus sp. 1 "bolinha" 16 1 2 
Farlowella cf.smithi 1 
Hypostomus cf. plecostomus 4 2 4 
Hypostomus emarginatus 1 
Otocinclus cf. hasemani 1 
Pseudancistrus kayabi 1 
Pseudoancistrus sp. 2 5 
Rineloricaria sp. 1 16 
Família Pimelodidae 
Sorubim trigonocephalus 2 
Pimelodus tretamerus 2 3 2 
Pseudoplatystoma punctifer 1 
Zungaro zungaro 1 1 6 1 
 
20 
 
Táxons T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 6 
Familia Pseudopimelodidae 
Microglanis cf. poecilus 23 
FamíliaTrichomycteridae 
Ituglanis amazonicus 2 
Schultzichthys bondi 1 8 1 
Ordem Synbranchiformes 
Família Synbranchidae 
Synbranchus cf. madeirae 1 
 
 As 98 espécies coletadas foram distribuídas da seguinte forma: Characiformes com 86% 
da riqueza de espécies (10 famílias, 30 gêneros, 59 espécies e 1437 indivíduos), 
Gymnotiformes com 1% (2 famílias, 2 gêneros, 2 espécies e 17 indivíduos), Perciformes com 
4% (2 famílias, 7 gêneros, 11 espécies e 64 indivíduos), Siluriformes com 8% (7 famílias, 17 
gêneros, 24 espécies e 135 indivíduos) e Synbranchiformes com 1% (1 família, 1 gênero, 1 
espécie e 1 indivíduo). 
 
Gráfico 2 - Porcentagem de ordens de peixes coletadas no ano de 2017 no rio Juruena. 
 
Os exemplares coletados durante a campanha de 2017 apresentaram uma biomassa de 
28,541 kg, com um comprimento médio de 4,13 cm. Das espécies coletadas Moenkhausia sp. 
5 foi a mais abundante com um número de 617 exemplares capturados em dois trechos. E o 
 
21 
 
gênero Moenkhausia foi o mais abrangente com um número de 786 exemplares e 11 espécies 
coletadas, somente não houve ocorrência deste gênero no trecho 5. 
 
Coleta através da pesca 
 
Na coleta realizada por pesca foram registrados um total de 41 peixes, sendo de 9 
gêneros, 6 famílias e 10 espécies. Apresentaram uma biomassa de 141,240 kg, com um 
comprimento médio de 55 cm. Sendo maior capturado com 94 cm e 14,00 kg. 
Os únicos trechos onde não foram capturados nenhum espécime foram os trechos 1 e 2. E 
o trecho com maior número de exemplares coletado foi o trecho 5, com um total de 22 
espécimes das quais a mais abundante foi o Zungaro zungaro (Figura 1). 
 
Tabela 3 - Numero de peixes coletados pela pesca no rio Juruena, nos anos de 2017 e 2018. 
Legenda: As colunas representadas como T seguido de um número representam os trechos de 
coletas. 
 
 
TÁXONS T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 6 
Ordem Characiformes 
Família Anostomidae 
Leporinus fasciatus 
 
1 
Família Characidae 
Brycon falcatus 
 
1 
 
1 
Família Cynodontidae 
Hydrolycus armatus 
 
1 
 
6 1 
Família Erythrinidae 
Hoplias aimara 
 
1 
 
2 
Hoplias malabaricus 
 
1 
 
Ordem Perciformes 
Família Sciaenidae 
Plagioscion squamosissimus 1 
Ordem Siluriformes 
Família Pimelodidae 
Phractocephalus hemioliopterus 
 
1 
 
Pseudoplatystoma punctifer 
 
1 
 
Rhamdia quelen 
 
1 
 
Zungaro zungaro 
 
6 1 13 1 
 
22 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Peixes coletados pelo método de pesca no rio Juruena; A: Pesca realizada no 
trecho 3; B: Soltura de zungaro zungaro no trecho 3; C: Retirada da medidas de comprimento 
de Phractocephalus hemioliopterus no trecho 5; D: Registro fotografico de Ramdhia quelen 
no trecho 5. Fotos: CONCEIÇÃO, 2018.A B 
C D 
 
23 
 
Coletas em igarapés 
 
As coletas em igarapés apresentaram um total de 353 exemplares, distribuídos em 4 
ordens 17 famílias, 39 gêneros e 56 espécies (Tabela 4). Durante a campanha alguns igarapés 
não foram possíveis realizar coletas pois estavam com o nível da água elevados 
impossibilitando assim identificar o leito original do rio. 
 
Tabela 4 - Lista de espécies de coletadas nos igarapés do PARNA Juruena. Legenda: As 
colunas representadas como T seguido de um número representam os trechos de coletas. 
Táxons 
Cobra 
4.950 m 
Escorpião 
1.300 m 
Saruê 
500 m 
Saruê 
1.300 m 
Saruê 
3.000 m 
Ordem Characiformes 
Família Acestrorhynchidae 
Acestrorhynchus falcatus 1 
Família Anostomidae 
Anastomoides sp. 1 
Leporinus friderici 1 
Leporinus vanzoi 1 
Família Characidae 
Astyanax cf. bimaculatus 1 1 
Astyanax cf. anterior 2 1 
Bryconops caudomaculatus 2 
Hemigrammus sp."plain'' 3 
Hyphessobrycon kayabi 6 3 
Hyphessobrycon 
pulchripinnis 
 1 
Hyphessobrycon scutulatus 2 
Jupiaba acanthogaster 5 
Jubiaba poranga 1 6 
Knodus sp. "faixa grossa" 1 2 7 
Moenkhausia cotinho 1 6 
Moenkhausia collettii 2 1 1 
Moenkhausia phaeonota 1 
Moenkhausia gr. 
grandisquamis 
1 
Moenkhausia mikia 9 7 
Moenkhausia lepidura 39 21 6 
Moenkhausia oligolepis 3 1 6 3 
Monkhausia cf. pirauba 4 
Moenkhausia cf. gracilima 1 
Moenkhausia sp. 13 
 
 
24 
 
Táxons 
Cobra 
4.950 m 
Escorpião 
1.300 m 
Saruê 
500 m 
Saruê 
1.300 m 
Saruê 
3.000 m 
Moenkhausia sp. "lepidura 
longa" 
14 
Cyphocharax biocellatus 1 
Família Crenuchidae 
Characidium zebra 1 
Família Erythrinidae 
Erythrinus erythrinus 9 5 3 5 
Hoplias malabaricus 1 1 
Ordem Gymnotiformes 
Família Gymnotidae 
Apteronotus sp. 1 1 
Gymnotus aff. 
diamantinensis 
1 7 7 3 6 
Família Hypopomidae 
Brachyhypopomus sp. 1 2 
Família Sternopygidae 
Eigenmannia cf. macrops 2 1 5 4 4 
Eigenmannia gr. trilineata 1 
Ordem Perciformes 
Família Cichlidae 
Aequidens epae 4 6 2 
Crenicichla lepidota 1 
Geophagus sp."faixinha" 3 
Ordem Siluriformes 
Família Auchenipteridae 
Tatia intermedia 1 
Família Callichthyidae 
Callichthys callichthys 2 
Corydoras aff. guiannses 1 
Corydoras cf. polystictus 1 
Familia Cetopside 
Ageneiosus sp. 1 
Helogenes marmoratus 2 2 10 15 
Phenacorhamdia sp. 1 1 
Família Heptapteridae 
Cetopsorhamdium aff. 
orientale 
 3 
Cetopsorhamdia sp. 2 
Imparfinis sp. 1 
Pimelodella aff. howesi 3 2 
Família Loricariidae 
Hisonotus luteofrenatus 3 3 
 
25 
 
Táxons 
Cobra 
4.950 m 
Escorpião 
1.300 m 
Saruê 
500 m 
Saruê 
1.300 m 
Saruê 
3.000 m 
Hypostomus cf. plecostomus 2 
Otocinclus cf. hasemani 3 4 1 
Parotocinclus dani 1 
Rineloricaria sp. 1 1 3 
Familia Pseudopimelodidae 
Microglanis sp. 2 
FamíliaTrichomycteridae 
Ituglanis amazonicus 5 
Ordem Synbranchiformes 
Família Synbranchidae 
Synbranchus marmoratus 1 
 
As 56 espécies coletadas foram distribuídas da seguinte forma: Characiformes com 61% 
da riqueza de espécies (10 famílias, 30 gêneros, 59 espécies e 1437 indivíduos), 
Gymnotiformes com 13% (2 famílias, 2 gêneros, 2 espécies e 17 indivíduos), Perciformes 
com 4,5% (2 famílias, 7 gêneros, 11 espécies e 64 indivíduos), Siluriformes com 21,5% (7 
famílias, 17 gêneros, 24 espécies e 135 indivíduos) e Synbranchiformes com 0,2% (1 família, 
1 gênero, 1 espécie e 1 indivíduo) (Gráfico 3). 
 
 
Gráfico 3 - Porcentagem das ordens coletadas nos igarapés do PARNA Juruena. 
 
 
26 
 
Os exemplares coletados nos igarapés apresentaram uma biomassa de 8,4514 kg, com um 
comprimento médio de 3,6 cm. Das quais a espécie mais abundante foi Moenkhausia 
lepidura, que apresentou 66 exemplares e houve ocorrência nos igarapés presente nas 3 
trilhas, Cobra, Escorpião e Saruê. A trilha Saruê continha 3 igarapés que foram possíveis 
realizar as coletas, e a ocorrência da Moenkhausia lepidura ocorreu no igarapés que se 
encontra nos 1,300 M da trilha. O gênero Moenkhausia foi o mais abrangente, pois foi 
amostrado em todos os igarapés. 
 
Guildas Tróficas 
 
Foram realizadas análises dos conteúdos estomacais de 12 exemplares pertencentes a 3 
ordens, 5 famílias e 6 espécies, apresentando uma biomassa de 28.990 gramas (Tabela 3). 
 
Tabela 5 - amostra dos estômagos analisados referente a coleta de Outubro de 2017. Legenda 
Guilda: NAIA – Número Amostral Insuficiente para análise. 
 
Taxons Nome Comum N Itens Consumidos Guilda 
Ordem Characiformes 
Família Characidae 
Brycon falcatus Matrinxã 2 Vazio NAIA 
Família Erythrinidae 
Hoplias aimara Trairão 3 Peixe e inseto NAIA 
Família Cynodontidae 
Hydrolycus armatus Cachorra 2 Peixe NAIA 
Ordem Perciformes 
Família Sciaenidae 
Plagioscions quamosissimus Curvina branca 3 Peixe e inseto NAIA 
Ordem Siluriformes 
Família Pimelodidae 
Pseudoplatystoma punctifer Cachara 1 Vazio NAIA 
Zungaro zungaro Jaú 1 Vazio NAIA 
 
 
Dos conteúdos estomacais analisados apenas 67% apresentaram algum alimento os 
demais 33% não possuíam alimentos, ficando assim sem a possibilidade de estabelecer em 
quais guildas tróficas os peixes estão presentes. Foi possível verificar o principal alimento 
consumido era de origem autóctone (peixes ou suas partes e insetos aquáticos). 
De acordo com as análises realizadas para a coleta de 2017 em comparação com as 
análises de 2016, não houve a ocorrência de peixes que continham algum tipo de vegetal em 
 
27 
 
seus estômagos. Enquanto em 2016 19% das análises apresentaram matéria vegetal, em 2017 
100% dos que continham alimento eram peixes ou insetos. 
 
Processo Reprodutivo 
 
Foram analisadas gônadas de 12 exemplares, que teve como resultado uma proporção 
maior de fêmeas com uma representatividade de 7 exemplares e machos com um total de 5 
peixes (tabela 6). 
 
Tabela 6 - Espécies da ictiofauna com os estádios de maturação gonadal coletados em 
Outubro de 2017. 
 
Táxons Estádio (A) Estádio (B) Estádio (C) Estádio (D) Total 
 F M F M F M F M 
Ordem Characiformes 
Família Characidae 
Brycon falcatus 1 1 2 
Família Erythrinidae 
Hoplias aimara 1 1 1 3 
Família Cynodontidae 
Hydrolycus armatus 1 1 2 
Ordem Perciformes 
FamíliaSciaenidae 
Plagioscions quamosissimus 1 1 1 3 
Ordem Siluriformes 
Família Pimelodidae 
Pseudoplatystoma punctifer 1 1 
Zungaro zungaro 1 1 
 
 
 
O estádio de maturação gonadal mais representativo foi o estádio B – em maturação com 
6 peixes, seguido do C – Maturo com 5 e D – com apenas 1 exemplar (gráfico 4). Para a 
classificação dos estádios gonadais foi usado à escala proposta por Vazzoler (1996), onde A - 
Imaturo; B - Em maturação; C – Maturo; D – Esvaziado. Estes dados são poucos para 
podermos afirmar a época que estas espécies se reproduzem, mas podemos supor que elas se 
reproduzem na época das chuvas. 
 
 
28 
 
 
 
Gráfico 4 - Número de peixes coletados no PARNA Juruena, de acordo com seus estádios 
gonadais, Outubro de 2017. 
 
Em comparação com as análises de 2016, em que 35% dos peixes apresentaram o estádio 
gonadal maturo sendo mais amostrados peixes já com as gônadas em estádio D – esvaziadas, 
em 2017 o número de 50% das gônadas analisadas apresentaram estádio C enquanto apenas 1 
espécimeapresentou o estádio D. 
Qualidade da água. 
 
Foi possível verificar que os parâmetros físico-químicos demonstram baixa variação e 
que a qualidade de água pode ser considerada propícia para sobrevivência de peixes (tabela 
7). O trecho que apresenta o maior índice de pH foi o trecho 1, seguidos dos trechos 5 e 3 
respectivamente. Para as temperaturas o trecho 1 também apresentou os valores mais altos 
seguido do trecho 2. 
 
Tabela 7 - Atributos físicos e químicos da água dos trechos de amostragem, para a coleta de 
Outubro de 2017. 
 
Atributos T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 6 
Temperatura da água (C°) 31,6 31 30,9 26,6 30,5 29,5 
Potencial Hidrogeniônico (pH) 6,95 6,70 6,80 6,72 6,82 6,42 
Condutividade (MV) 64 51 55 51 58 32 
Oxigênio (mg/l) 5,73 6,84 7,1 6,12 8,04 6,25 
Oxigênio (%) 84,4 95.5 88,7 80 113,2 85,2 
 
 
29 
 
O trecho 5 apresentou os maiores valores para o Oxigênio (%) e para oxigênio dissolvido 
na água seguido do trecho 2, porém esses trechos apresentam fortes correntes e o trecho 5 
apresenta diversas quedas d´agua. 
Nas coletas de 2018 realizadas em julho foram medidos os valores parâmetros físico-
químicos da água do rio Juruena, para assim relaciona-los e verificar se está ocorrendo 
mudanças nestes parâmetros que posso interferi na reprodução ou alimentação dos peixes. Os 
valores obtidos para o ano de 2018 encontram-se na tabela 8. 
 
Tabela 8 - Atributos físicos e químicos da água dos trechos de amostragem, para a coleta de 
Outubro de 2018. 
 
Atributos T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 6 
Temperatura da água (C°) 27,4 26,5 26,5 22,7 28,6 21,4 
Potencial Hidrogeniônico (pH) 6,5 7,3 6,98 6,2 6,9 6,49 
Condutividade (MV) 50 83 71 12 58 136 
Oxigênio (mg/l) 6,65 6,67 6,88 6,75 8,8 6,54 
Oxigênio (%) 88 96 91,5 80,2 99,2 71,5 
 
Em comparação com os valores de 2017, todos os trechos tiveram muitas mudanças em seu 
aspectos físico-químicos da água, em alguns trechos foi possível notar um aumento na 
porcentagem de oxigênio presente na água, mas os principais aspectos que tiveram grandes 
mudanças foram os de temperatura (Gráfico 5) e de pH (Gráfico 6), onde é possível observar 
uma grande variação, em todos os trechos de amostragem. 
 
 
Gráfico 5 - Comparação da temperatura da água entre os anos de 2017 e 2018. 
 
30 
 
A temperatura da água comparada entre os anos de 2017 e 2018 os trechos que demonstraram 
maiores varrições foram os trechos 1, 2 e 3, que demonstram uma variação de mais de 4 °C, e 
de 8 °C de varrição no trecho 6. 
 
Gráfico 6 - Comparação do pH nos trechos de coleta no anos de 2017 e 2018. 
 
O valores de pH dos trechos de coleta também tiveram algumas variações apenas em os 
trechos 1 e 4 o pH diminui, nos demais trechos o pH aumentaram, principalmente no trecho 2, 
que demonstra um valo muito elevado em comparação com o ano anterior. 
 
 
 
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES 
 
A ocorrência de espécies das ordens Characiformes e Siluriformes destacadas como 
sendo as mais abundantes dentre os peixes coletados no rio Juruena, confirmam os dados de 
Martins (2004) e Lowe-Mcconnell (1999) para rios e riachos da região neotropical. 
Segundo Silva (1993), os peixes de rios se caracterizam por estarem sempre em 
movimentos, pois muitas vezes depende de migrações tróficas ou reprodutivas, enquanto 
peixes de igarapés são mais fixas pois muitas das espécies ali presentes não realizam esse 
processo de migração passando o seu tempo no mesmo habitat ou sistema aquático, onde se 
reproduzem e se alimentam. 
Os peixes que tiveram seus conteúdos estomacais analisados em 2017 são tidos como 
peixes piscívoros, por se alimentarem de outros peixes (Simon, 1983), porém alguns 
 
31 
 
apresentaram outros tipos de alimento em seus estômagos, onde é possível destacar as 
análises Gerking (1994) e Wootton (1999) de que os peixes apresentam uma grande forma de 
adaptação trófica, significando que são potencialmente capazes de utilizar todos os recursos 
alimentares que sejam adequados a sua tática alimentar, aparato alimentar e capacidade 
digestiva. Confirmando os resultados obtidos por Arrolho e colaboradores, durante as coletas 
para o diagnóstico da ictiofauna do Plano de Manejo do PARNA Juruena em 2010. 
As variáveis ambientais como temperatura e as precipitações pluviométricas atuam sobre 
os indivíduos, de modo que as condições possam ser favoráveis à sobrevivência e crescimento 
da prole (Silva, 1988; Vazzoler, 1996). Podendo assim modificar seu período de reprodução. 
Os resultados obtidos demonstram que a maior parte dos peixes analisados apresentam 
estádio gonadais entre B e C que são caracterizados por Vazzoler (1996) como sendo estádios 
de preparação para a reprodução. De acordo com as datas nas quais as gônadas foram 
analisadas, destacam que o período reprodutivo pode variar entre outubro e março como 
evidenciado por Smerman (2007) em seus estudos para os afluentes do rio Teles Pires. 
Os valores obtidos em relação ao pH da água corroboram com a afirmação de Bezerra 
(2012) que para a sobrevivência e reprodução dos organismos, a água precisa apresentar um 
pH de 6,0 a 9,0. Pois todos os locais apresentaram peixes já em período reprodutivo. 
Como destacado por Junk (1989) um dos mais importantes atributos para a água é a 
quantidade de oxigênio dissolvido, pois atua decisivamente regulando as atividades 
metabólicas dos peixes. Para Sipaúba-Tavares (1994), os limites de tolerância de oxigênio 
dissolvido podem variar de acordo com as espécies, mas em geral teores abaixo de 1 mg/l são 
letais, sendo o ideal níveis entre 4 e 6 mg/l. para os valores obtidos nos trechos de coleta no 
PARNA Juruena, apesar de serem valores altos, as quantidades de oxigênio dissolvido não 
são letais para os peixes. 
De acordo com Zavala-camin (2004) a temperatura da água e de extrema importância 
para a vida aquática pois atua sobre as reações químicas, principalmente sobre as enzimas e 
sobre o metabolismo de seus organismos. 
A modificação da fauna é esperada com a construção de barragens, destruição da 
vegetação ripária. Assim, riachos e suas cabeceiras são ambientes que devem receber 
prioridade nos estudos, antes que muitas informações sejam perdidas (BÖHLKE; 
WEITZMAN; MENEZES, 1978; CASTRO, 1999). 
 
 
 
32 
 
RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO 
 
 
Desenvolver estudos ligados a dieta, biologia reprodutiva, migração, distribuição 
taxonomia, mapeamento genético para as espécies ictiológicas são de extrema importância, 
afim de subsidiar conhecimento para auxiliar na conservação das mesmas, e com esse 
conhecimento poder avaliar os impactos causados pela pesca esportiva e amadora na região de 
entorno do Parque. 
Monitorar a qualidade da água e das atividades que geram contaminação das mesmas, 
uma vez que possui a ocorrência de garimpo no entorno do parque, verificando se estes 
fatores relacionados a água, interferem direta e indiretamente na distribuição da fauna 
aquática. 
Conservar locais de nascentes de rios e igarapés, pois muitas dessas nascentes ocorrem 
em locais arenosos sujeitos a degradações irreversíveis. 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço ao ICMBio pela concessão da Bolsas de Iniciação Científica pelo PIBIC, e a 
minha orientadora Lourdes Iarema e co-orientadora Solange Arrolho por toda a ajuda durante 
este período. Agradeço também ao Marcelo, Rafael, Dinho, Jonas e senhor Graciano por 
terem auxiliado durante as coletas em campo. Agradeço também ao Pedro e ao Lucas por 
terem dado todo apoio na logística de transporte para o parque durante as campanhas. 
 
33 
 
CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ARANDA, A. T. Coleções Biológicas: conceitos básicos, curadoria e gestão, interface 
com a biodiversidade e saúde pública: In: III Simpósio sobre a biodiversidade da Mata 
Atlântica. Santa Teresa – ES, p. 45-56. 2014. 
ARROLHO, S; GODOI D. S; ROSA R. D; LANGEANI F; IRGANG G; DALPONTE J. 
C. avaliação ecológica rápida para o plano de manejodo Parque Nacional do Juruena, 
estado de Mato Grosso, relatório componente ictiofauna. Alta Floresta - MT, 97 p. Maio 
de 2008. 
BERRA, T. M. Some 20-century fish discoveries. Env. Biol. Fishes, 50: p. 1-12. 1997. 
BEZERRA, P. L. A influência da atividade urbana sobre qualidade da água do 
igarapé Dois de Abril em Ji-Paraná–RO. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia 
Ambiental– Fundação Universidade Federal de Rondônia, UNIR, v. 41, 2012. 
BOHLKE, J. E.; WITZMAN, S. H. & MENEZES, N. A. Estado atual da sistemática de 
peixes de água doce da América do Sul. Acta Amazônica, 8(4): p. 657-677, 1978. 
CASTRO, R. M. C. Evolução da ictiofauna de riachos sul-americanos: padrões gerais e 
possíveis processos. In: CARAMASCHI, E. P. R.; MAZZONI, R.; PERESNETO, P. R. (Ed.). 
Ecologia de peixes de riachos. Rio de Janeiro: PPGE-UFRJ, p.139-155. (Série Oecologia 
Brasiliensis). 1999. 
CNEC. Estudos de Inventário Hidrelétrico da Bacia do Rio Juruena Relatório Final. [s.n] 
87p. 1 v. 2010. Apud in (Batista, B. M. F; da Silva, J. V; Sánchez, D. C. M; Martinez, D. T; 
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ESTEVES, F.A. Fundamentos de limnologia. 2ª ed. Interciência, Rio de Janeiro. 602 p. 
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