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TCC - FELIPE PENHA

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Prévia do material em texto

FACULDADE UNINASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
ANTONIO FELIPE DA SILVA PENHA 
 
 
 
 
ANÁLISE DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA SEGURANÇA DO 
TRABALHO EM UMA EDIFICAÇÃO NA CIDADE DE CAMOCIM-CE: 
ESTUDO DE CASO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA 
2021 
 
ANTONIO FELIPE DA SILVA PENHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANALISE DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA SEGURANÇA DO 
TRABALHO EM UMA EDIFICAÇÃO NA CIDADE DE CAMOCIM-CE: 
ESTUDO DE CASO. 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentada 
ao Curso de Graduação em Engenharia Civil 
da Faculdade UNINASSAU como pré-requisito 
para obtenção de nota da disciplina Trabalho 
de Conclusão de Curso, sob orientação da 
Professora Especialista Regina Coeli Barquete 
Santos Gama. 
 
 
 
 
 
PARNAIBA 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico o presente trabalho aos meus pais pelo apoio 
incondicional em toda a minha jornada no curso, pois sem 
eles não seria possível minha trajetória no ensino 
superior. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A realização desse trabalho de conclusão de curso contou com a ajuda de 
várias pessoas, uma vez que as mesmas participaram de forma direta ou 
indiretamente no auxílio da confecção do próprio, dentre as quais agradeço: 
Primeiramente a Deus, pela a oportunidade, inteligência e saúde que tem me 
proporcionado. 
Aos meus familiares, que sempre depositaram sua confiança em minha 
pessoa. 
Aos meus professores, que contribuíram com seus ensinamentos no decorrer 
do curso. 
A minha professora orientadora, que durante esse período me deu todo o 
auxílio esclarecendo minhas dúvidas e contribuindo ainda mais com a 
aprendizagem. 
A todos que se disponibilizaram para participar na pesquisa para obtenção de 
dados. 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O sucesso é professor perverso. Ele 
seduz as pessoas inteligentes e as faz 
pensar que jamais vão cair.” 
Bill Gates 
 
RESUMO 
 
 
Sabe-se que a construção civil é um dos ramos em que se encontra um alto índice 
de acidentes, devido a exposição dos funcionários a diversos fatores de risco. A 
segurança do trabalho visa a prevenção de acidentes a partir de um conjunto de 
atividades de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos 
ocupacionais, desse modo, percebe-se a importância da implantação de medidas 
preventivas. O presente trabalho tem por objetivo verificar o conhecimento dos 
trabalhadores que atuam em canteiro de obras, bem como os riscos e perigos que 
estão expostos a determinada atividade exercida. É de suma importância que os 
trabalhadores possuam EPIs e que tenham conhecimento de como utilizar tais 
equipamentos para sua segurança e para a prevenção de acidentes no campo de 
trabalho. Este trabalho também busca verificar se há algum tipo de treinamento de 
segurança do trabalho para novos trabalhadores que ingressam em uma empresa 
de construção civil, antes dos mesmos começarem a trabalhar em suas funções. 
Esse treinamento comumente chamado de “integração de segurança do trabalho”, 
consiste de um período em que cada novo trabalhador recebe informações sobre 
normas de segurança da empresa e os riscos inerentes a sua função. Dessa forma o 
mesmo já começa a trabalhar ciente dos riscos de sua atividade e das ferramentas 
preventivas que pode e deve aplicar. Para a realização dessa pesquisa, foi feito um 
levantamento de dados, através de visitas em alguns canteiros de obras da cidade 
de Camocim – Ceará, para que houvesse a aplicação de questionários com os 
trabalhadores presentes. Logo, com tais dados, pode-se chegar a uma conclusão de 
que há um déficit em instrução de segurança do trabalho para os trabalhadores, pelo 
fato de não terem participado de treinamentos admissionais com foco à prevenção 
de acidentes, além de visualizar o descaso sobre o uso de EPIs para a segurança 
dos mesmos. 
 
Palavras Chave: Saúde, Responsabilidade, Prevenção, Planejamento, Segurança. 
 
ABSTRACT 
 
It is known that civil construction is one of the branches in which a high rate of 
accidents is found, due to the exposure of employees to various risk factors. 
Occupational safety aims at the prevention of accidents through a set of activities for 
the anticipation, recognition, evaluation, and control of occupational risks, thus 
realizing the importance of the implementation of preventive measures. This paper 
aims to verify the knowledge of workers who work on construction sites, as well as 
the risks and dangers that they are exposed to certain activity performed. It is of 
utmost importance that workers have PPE and that they have knowledge of how to 
use such equipment for their safety and for the prevention of accidents in the work 
field. This study also seeks to verify if there is any kind of work safety training for new 
workers who join a construction company, before they start working in their functions. 
This training, commonly called "work safety integration", consists of a period in which 
each new worker receives information about the company's safety norms and the 
risks inherent to his job. In this way the same already starts working aware of the 
risks of their activity and the preventive tools that can and should apply. For this 
research, a survey of data was made through visits to some construction sites in the 
city of Camocim - Ceará, so that there was the application of questionnaires with the 
workers present. Thus, with such data, one can reach a conclusion that there is a 
deficit in occupational safety instruction for workers, due to the fact that they have not 
participated in admissions training focused on accident prevention, besides 
visualizing the neglect of the use of PPE for their safety. 
 
Key words: Health, Responsibility, Prevention, Planning, Safety. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Andaime sem sistema de travamento e ausência de plataforma 
de trabalho................................................................................................ 
 
43 
Figura 2 - Trabalhadores sem uso de EPI..................................................... 44 
Figura 3 - Vergalhões espalhados pela a obra............................................. 46 
Figura 4 - Outros materiais espalhados pela a obra.................................... 
Figura 5 - Trabalhadores expostos ao risco................................................ 
47 
48 
Figura 6 - Ausência de EPCs..................................................................... 
Figura 7 - Pesquisa do questionário............................................................ 
Figura 8 – Tipo de sinalização..................................................................... 
Figura 9 – Modelo de prevenção contra vergalhões................................... 
Figura 10 – Andaime com travamento........................................................ 
48 
50 
51 
51 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1- Acidentes de trabalho ......... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1-Normas Regulamentadoras......... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS/ABREVIATURAS 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ABPA - Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes 
ABEPRO – Associação Brasileira de Engenharia de produção 
CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho 
CEI – Cadastro Especifico do INSS 
CGC – Cadastro Geral do Contribuintes 
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho 
CPF – Cadastro de Pessoa Física 
DNSHT – Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho 
EPI – Equipamento de Proteção Individual 
EPC – Equipamento de Proteção Coletivo 
NR – Norma Regulamentadora 
SST – Saúde eSegurança do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.INTRODUÇÃO 24 
2. OBJETIVOS 26 
2.1. OBJETIVO GERAL 26 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 26 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 27 
3.1. HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO 27 
3.2. SAUDE E SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL 31 
3.3. ACIDENTEDES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 33 
3.4. COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO – CAT 
3.5. NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA 
34 
35 
4. METODOLOGIA 41 
5. RESULTADOS E DISCURSSÕES 
5.1 RECOMENDAÇÕES TECNICAS 
42 
50 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANEXO 
57 
58 
 60 
 
 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
A engenharia civil está ligada diretamente a um dos setores mais importantes 
da economia mundial, pois a mesma contribui com avanços na sociedade, 
possibilitando um maior alvo na infraestrutura das cidades. A área de atuação já traz 
consigo credito na geração de rendas ou empregos para as mais diversas áreas, 
atingindo várias classes social, desde a mais baixa a mais alta. 
O trabalho sempre se mostrou necessário para a sobrevivência, sendo 
também uma atividade estruturante na vida humana, ao passo que, por vezes, tal 
labor pode oferecer riscos para a vida do indivíduo. Diante desse fato, faz-se 
necessário preservar a saúde do trabalhador de forma que sua segurança esteja 
integrada a sua atividade, evitando a exposição de trabalhadores ao risco 
ocupacional. 
A segurança do trabalho visa a prevenção de acidentes ou doenças que 
possam se desenvolver pelo exercício diário de sua ocupação e busca promover a 
qualidade de vida no ambiente laboral dos trabalhadores, através de um conjunto de 
atividades de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de tais riscos 
ocupacionais. 
Para um melhor entendimento desse trabalho, é levada em consideração a 
análise dos elementos pertinentes que se dão pelos os principais riscos oferecidos 
ao trabalhador, de forma que seja feita uma observação em diferentes níveis do 
setor do ambiente no qual se trabalha. Tem-se, nesse sentido, o foco em um 
levantamento comparativo qualitativo e quantitativo de tais riscos e causas, 
almejando evitar possíveis acidentes futuros. 
A análise em questão tende a atribuir elementos da construção civil, 
qualificando as ações através das normas vigentes, estruturando como base para o 
estudo algumas obras da cidade de Camocim – Ceará para apresentação de dados 
para a construção civil, em que são encontradas as mais diversas variações de 
riscos encontradas nesse campo. 
A NR-18 sugere recomendações com fins de segurança a serem seguidas de 
forma que sejam realizadas as antecipações dos riscos, para implementação de 
medidas adequadas para cada variação de situações geradas com o trabalho 
realizado. Busca-se sempre o melhor conhecimento para as realizações das 
13 
 
atividades de forma segura para todos os profissionais envolvidos. 
Sabe-se que a segurança do trabalho é entendida como prevenção de 
acidentes, visando a preservação da integridade física do trabalhador, pois estudos 
mostram que os acidentes influenciam negativamente na produtividade, contratação 
de novos funcionários, dias perdidos, até mesmo gastos com indenizações às 
vítimas ou aos familiares, entre outros. (MOTERLE, 2014). 
Para um embasamento com maior responsabilidade a saúde e segurança do 
trabalhador da área da construção civil, procura-se como embasamento em normas 
regulamentadoras, sendo a NR-18 a mais importante para as atividades realizadas 
no canteiro de obra. A referida norma tem por finalidade definir padrões e 
estabelecer diretrizes como forma de objetivar programas de medidas de controle e 
sistemas que se mostram eficazes para o processo de prevenção de acidentes. 
No presente trabalho são identificados os riscos ocupacionais (físicos, 
químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes) no conjunto de circunstâncias no 
decorrer da construção civil das obras de Camocim, cidade localizada no Estado do 
Ceará. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. Objetivo Geral 
 
Analisar a segurança e a saúde dos trabalhadores em um canteiro de obra na 
cidade de Camocim, tendo por base as legislações aplicáveis vigentes. 
 
2.2. Objetivos Específicos 
 
• Identificar as principais inconsistências da edificação em Camocim, aplicando 
a NR 18; 
• Avaliar os riscos com seu respectivo grau de gravidade e probabilidade de 
ocorrência; 
• Verificar se os EPIs ou EPCs estão sendo utilizados de forma correta; 
• Propor recomendações para as inconsistências presentes nas obras. 
 
15 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
3.1. HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
A segurança do trabalho pode ser entendida como o conjunto de maneiras 
adotadas a fins de evitar ou minimizar os acidentes de trabalho, doenças adquiridas 
do próprio serviço do trabalhador, causando danos à saúde do próprio de forma 
reversíveis ou, na pior das hipóteses, vir a ser de causas irreversíveis 
comprometendo a saúde do mesmo ou reduzindo sua capacidade pro resto de sua 
vida. Tal preocupação busca sempre manter a boa integridade física e mental do 
trabalhador, para que o mesmo ofereça sempre um melhor desenvolvimento no seu 
serviço de maneira que a qualidade seja mantida na sua devida função exercida. 
 
“A história sempre foi uma ferramenta cientifica que auxilia o entendimento 
de uma situação no presente. Para a higiene e segurança do trabalho não é 
diferente. Ela pode ser entendida como uma disciplina da área tecnológica, 
voltada para o estudo e a aplicação de métodos para a prevenção de 
acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e pela avaliação dos fatores 
de riscos e cargas de trabalho com origem no processo de trabalho e na 
forma de organização adotados, e da implantação de medidas para 
eliminação ou minimização desses fatores de riscos e cargas.” (MATTOS; 
MÁSCULO; P.06; 2011) 
 
Segundo Mattos e Másculo (2011) cabe à higiene e segurança do trabalho, 
juntamente a outros conhecimentos afins (ergonomia, saúde ocupacional e saúde do 
trabalhador), identificar os fatores de riscos que levam à ocorrência de acidentes e 
doenças ocupacionais, avaliar seus efeitos na saúde do trabalhador e propor medias 
de intervenção técnica a serem implementadas nos ambientes de trabalho. 
 Interpreta-se que a saúde do trabalho ou saúde ocupacional se refere a 
prevenção e promoção da saúde e integridade do trabalhador, enquanto o mesmo 
executa o seu serviço de maneira segura, logo que se faz necessário fatores que 
desvendem de forma precoce a identificação dos riscos ocupacionais. Ainda pode-se 
citar a realização de ações de prevenção, rastreamento e diagnósticos de 
agravamentos de relacionados a saúde e identificação de doenças profissionais ou 
danos de cunho irreversíveis a saúde do indivíduo. (LEITÃO; FERNANDES; 
RAMOS; 2008) 
Leitão, Fernandes e Ramos (2008) relatam que a saúde ocupacional se trata 
16 
 
de preceitos que promovem e previnem a saúde do trabalhador através de 
diagnósticos precoces por meio de estudos enquanto o indivíduo executa seu 
trabalho. Tais diagnósticos podem identificar doenças, acidentes ou agravamentos 
que comprometam ou não a saúde do trabalhador, podendo evitar ou diminuir a 
ocorrência desses acontecimentos no campo de trabalho. 
A saúde ocupacional vem se preocupando cada vez mais com a forma de 
análise de casos em relação ao trabalho. Tal preocupação necessita de estudos 
mais rigorosos de forma científica e inovadora na busca de aperfeiçoar pesquisas 
com relações trabalhistas a aproximar o trabalho com trabalhador de forma segura e 
responsável para ambas as partes. Entende-se, nesse ínterim, que os riscos 
ocupacionais advêm da realização de atividades em que os profissionais estarão 
expostos a atividades perigosas e insalubres, relacionando-se com um meio direto 
com as condiçõesdo trabalho realizado, de tal forma a utilizar-se métodos que 
aproximem agentes de risco, a saber: químicos, físicos, biológicos ou mecânicos. 
Isso é motivado por executarem atividades que surgem de sua própria função 
exercida, estando-se sujeitos a possíveis efeitos adversos a saúde do trabalhador 
em questão. 
A saúde e segurança do trabalho nem sempre tiveram a importância que 
deveria ter como hodiernamente. A questão das pesquisas no passado se mostra 
como uma boa ferramenta para auxiliar a compreender sobre esse assunto de 
relevância para a saúde dos trabalhadores. A referida pode ser considerada uma 
disciplina na área tecnológica para análises voltadas a aplicações de métodos que 
antecipem o risco e permita a prevenção de acidentes ou agravantes contra a saúde 
ocupacional. 
Em tempos remotos haviam textos e indícios de que havia uma associação 
entre o trabalho e o processo que se indaga saúde correlacionada com a doença 
pelos povos papiros egípcios, no império babilônio e da civilização greco-romana. 
Entretanto, vale ressaltar que tais textos defendiam inicialmente paradigmas com 
explicações de teor mágico com explicações sobrenaturais afins religiosos, para 
posteriormente vir o desvio dessa crença e adotar conhecimentos advindos do 
naturalismo. 
Segundo Mattos e Másculo (2011) há registros do antigo Egito que datam em 
2360 a.C., como o Papiro Seler II (relaciona o ambiente de trabalho e os riscos a ele 
inerentes) já o papiro Anastasi V, mais conhecido como o “Sátira dos ofícios”, de 
17 
 
1800 a.C. (descreve os problemas de insalubridade, periculosidade e penosidade 
das profissões). No auge do império babilônico houve a criação de um código 
chamado de Hamurabi por volta de 1750 a.C. Do mesmo foram traduzidos 281 
artigos que embasavam relações de trabalho, família, propriedade e escravidão. 
Nesse artigo que falava sobre as responsabilidades profissionais, o imperador 
Hamurabi sentenciaria com pena de morte o arquiteto que construir uma casa que 
vir-se a entrar em colapso e desmoronar-se e causasse a morte de seus residentes. 
As sociedades gregas e romanas por possuir posse de escravos que, por sua 
vez, dependiam de que tais indivíduos realizassem suas atividades, não valorizavam 
o estudo da saúde e segurança dos trabalhadores, pois os serviços prestados por 
escravos, gerava-se diversos riscos de acidentes e doenças ocupacionais aos 
mesmo. (Rodrigues;1982) 
Mattos e Másculo (2011) relatam estudos que obtiveram com as seguintes 
notícias: 
 
• Século IV a.C. – Hipócrates (Grécia, 460-375 a.C.) – ocorreram mudanças 
no paradigma espiritualista para o naturalista. O mecanismo do processo 
saúde-a “intoxicação saturnina” em um mineiro, porém omitiu o ambiente de 
trabalho e a ocupação. O tratado de Hipócrates (Ares, Águas e Lugares) 
informava ao médico a relação entre ambiente e saúde (clima, topografia, 
qualidade da água, organização política). 
• Século I a.C. – Lucrécio também indagava acerca dos trabalhadores das 
minas. Plínio, o Velho (23-79 a.C.), escrevem o tratado de história Naturalis, 
relatando o aspecto de trabalhadores expostos a chumbo, mercúrio e 
poeiras. Fez também a descrição dos primeiros equipamentos de proteção 
individual utilizados como máscaras (panos e bexigas de carneiros) para 
evitar a inalação de poeiras e fumos. “(MATTOS; MÁSCULO; P.07; 2011) 
 
Com tamanha importância na sociedade, vale salientar que a saúde e 
segurança do trabalho são muito recentes na questão de análises da sociedade. 
Muitos povos da antiguidade não davam a tamanha importância para seu estudo. 
Até a idade média pouco foi estudado, não sendo suficiente para a construção de 
um conhecimento que gerasse um corpo de conhecimento da área que 
caracterizasse a saúde e segurança do trabalho com uma disciplina. (MATTOS; 
MÁSCULO, 2011). 
Mattos, Másculo (2011) relatam que a falta de conhecimento e concretização 
do assunto em tese não tinha forças para sustentar uma teoria de forma sucinta e 
clara. Logo, com a chegada da revolução industrial (final do século XVIII), a saúde e 
segurança do trabalho veio ganhar um pouco mais de importância no novo tempo 
18 
 
moderno. No entanto, com o tempo, esta veio sofrendo constantes evoluções, para a 
partir do século XIX surgirem as primeiras teorias para que se chegasse em alguma 
explicação sobre os fenômenos que aconteciam com os acidentes de trabalho e, 
consequentemente, formar um conhecimento mais amplo para que houvesse 
embasamento que correlacionasse saúde-trabalho. 
O século XVIII foi um marco histórico para o mundo em relação ao avanço 
industrial, pois, marcada com a era moderna, contou-se com o desenvolvimento de 
muitas indústrias e fábricas, gerando inúmeros empregos com diferentes funções. 
Logo, observou-se o aumento de casos de doenças ocupacionais com a entrada de 
tais industrias na sociedade. 
Com a chegada da Revolução Industrial, na Inglaterra, ocorreram diversas 
transformações para a sociedade, principalmente para a classe trabalhadora, 
diversas transformações repercutiram de forma negativa no que diz respeito ao bem-
estar físico e psicológico do trabalhador, pois há diversos relatos que o mesmo era 
obrigado a executar longas jornadas de trabalhos em ambientes sem segurança, 
tendo que manusear máquinas tecnologicamente avançadas, com as quais não 
estavam habituados, consequentemente gerando graves acidentes de trabalho 
como: mutilação, intoxicação, desgaste físico (PEREIRA, 2001). 
Diante desse fato, ALBERTON (1996) comenta: 
 
“O início da revolução industrial em 1780, a invenção da máquina a vapor 
por James Watts em 1776 e do regulador automático de velocidade em 
1785, marcaram profundas alterações tecnológicas em todo o mundo. 
Permitindo a organização das primeiras fábricas modernas e industrias, o 
que acidentes de trabalho e as doenças profissionais, que se alastravam e 
tomavam proporções alarmantes” 
 
Com esse grande avanço advindo da Revolução Industrial, houve um 
crescimento na quantidade de funcionários industriais, somado ao descaso com a 
saúde e bem-estar dos mesmos, a quantidade de acidentes cresceu 
exponencialmente, sendo então necessário um plano de padronização nos locais de 
trabalho para redução no número de acidentes. Em virtudes dos acontecimentos no 
mundo do trabalho, se fizeram necessários novos levantamentos de estudos, 
trazendo importantes contribuições para o campo de conhecimento que começava a 
se formar. 
Um médico italiano, chamado Bernardino Ramazzini publicou em 1700 a obra 
19 
 
de Morbis Artificum Diatriba (Doença dos artífices). Ramazzini tinha muito influencia 
na medicina e era considerado o pai da medicina do trabalho, tendo descritas as 
doenças relacionadas a 50 profissionais da época. O profissional investigou os 
riscos relacionados com cada profissão e estabeleceu a tese que até hoje é muito 
utilizada: “prevenir é melhor do que remediar”. Descreveu as doenças e precauções 
das profissões e introduziu na anamnese médica a pergunta: “Qual a sua 
ocupação?”. (MATTOS; MÁSCULO; 2011). 
 
3.2. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL 
No Brasil há uma preocupação com parte nesse quesito da questão da saúde 
e segurança do trabalhador, o qual é composto por legislações que impõem normas 
regulamentadoras com auxílio de leis complementares, portarias, decretos e 
convenções internacionais da organização internacional do trabalho validadas pelo 
Brasil. 
Segundo a ABEPRO, em 1919, no Brasil, foi elaborada a primeira lei contra 
acidentes, que era composta por regulamentos prevencionistas ao setor ferroviário, 
já que nessa época, empreendimentos industriais de vulto eram praticamente 
inexistentes. O ano de 1934 constitui-se em um marco que registraria na história dos 
brasileiros, pois surge a lei trabalhista que instituiu uma regulamentação bastante 
ampla no que se refere à prevenção de acidentes. 
Na iniciativa privada, em 1941, é fundadaa ABPA (Associação Brasileira para 
Prevenção de Acidentes) por um grupo de pioneiros, com ajuda por meios de 
patrocínios de algumas empresas. Em 8 de junho de 1978, é criada a portaria nº 
3.214, que aprova as Normas Regulamentadoras – NRs, direcionadas ao uso com 
base para saúde e segurança do trabalho de maneira que obriga as empresas a 
cumprirem tais normas. A criação dessas normas tem como objetivo principal 
preservar a vida e saúde do trabalhador, de forma que o mesmo desempenhe suas 
atividades de forma segura, evitando acidentes e antecipando os riscos ali 
presentes. 
Bianchi e Massambani (2010) relatam que no Brasil, aos poucos foram 
surgindo ações para que pudesse ser implantados serviços de medicina 
ocupacional, com a fiscalização das condições de trabalhos vista nas fabricas, por 
meio do Decreto Legislativo nº 24 de 29/05/1956, promulgado pelo decreto nº 32, de 
20 
 
29/11/1968, do Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho 
(DNSHT), que dispôs sobre a organização de CIPAs, regulamentando os artigos 158 
e 164 da CLT, com redação dada pelo Decreto – Lei nº 229, de 28/02/1967. 
Bianchi e Massambani (2010), ainda relatam que, posteriormente, houve a 
publicação da portaria nº 3.237, de 17/02/1972, que fazia parte de um Plano de 
Valorização que o Governo Federal oferecia em prol dos trabalhadores, de modo 
que impactasse de maneira positiva na vida destes profissionais, tornando 
obrigatória a existência de serviços de medicina do trabalho e engenharia de 
segurança do trabalho em todas as empresas com um ou mais trabalhadores. 
A primeira conferência Nacional de Saúde dos Trabalhadores no Brasil com o 
real foco na saúde do trabalhador surgiu em 1986 em Brasília. Pode-se dizer que o 
conceito há algum tempo já vinha ganhando espaço e amadurecendo ideias em 
anos anteriores nos ambientes acadêmicos e sindicais de diversas instituições 
brasileiras, em um contexto histórico de transição de regime político, saindo de uma 
situação de repressão social (ditadura militar) para a construção da sociedade civil, 
em busca da participação e reivindicação social, se caracterizando-se segundo a 
lógica da cidadania e pela a formação de novas leis trabalhistas e mudanças nos 
sistemas institucionais (SIMONI, 1989). 
Nesse sentido, há uma preocupação maior em relação a criação de novas leis 
que aumentem a qualidade de trabalho aos trabalhadores, criando uma nova visão 
sobre o tema discutido, ampliando e aprofundando parâmetros para levantamento 
de novas análises e estudos. 
Segundo Waissmann, s.d, a questão saúde do trabalhador pode ser 
entendida como um modelo participativo, em detrimento do tecnicista comum nas 
abordagens anteriores, no qual: 
 
• O trabalhador é sujeito das ações, participando das avaliações e das 
mudanças nos processos e organização de trabalho; 
• Os espaços produtivos são sistemas dinâmicos formados por redes de 
processos e os riscos variam com os homens, tempos, espaços; processos 
são cargas de trabalho; 
• A epidemiologia volta-se para questões sanitárias que afetam a massa de 
trabalhadores reduzindo a prática das análises individuais; 
• Introduz-se o conceito de desgastes, representando transformações 
indesejáveis relacionadas com o trabalho, investigados no estado 
biopsicossocial dos trabalhadores. Os agravos são determinados, 
principalmente, por macro condicionantes sociais externos ao trabalho que 
conformam as características de funcionamento produtivo, a organização do 
trabalho, os espaços e os processos laborais. E estes determinam os 
21 
 
perigos (riscos/cargas) e agravos (doenças/desgastes) sobre os grupos 
homogêneos dos trabalhadores.” (Waissmann, s.d). 
 
Segundo Mattos e Másculo (2011) nas décadas de 1980 a 2010, houve um 
grande aumento na ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais em 
diversos países, inclusive no Brasil, no qual ocorre nesse século um acidente de 
trabalho fatal a cada duas horas e meia. 
Mattos e Másculo (2011) ainda relatam que o Brasil tem sido um dos países 
que mais sofreu com esse importante problema. As mais diversas condições de 
trabalho nas últimas décadas citadas têm se constituído em um dos grandes 
problemas brasileiros, com relevante repercussão no exterior, devido ao elevado 
índice de ocorrência de acidente de trabalho. A tabela 1 apresenta os acidentes 
registrados, total de óbitos, taxa de letalidade no Brasil no período que se estende 
de (1990-2007). 
 
 
 
3.3. ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Na grande maioria das cidades é possível observar diversas obras em 
andamento. O crescimento da quantidade de tais obras advém do desenvolvimento 
urbano ou que se faça necessária a presença da mesma para que haja uma melhora 
da qualidade de vida para a sociedade. Todavia, essa quantidade de obras não tem 
sido acompanhada, na mesma velocidade, por medidas de fiscalização e segurança 
na construção civil, ocasionando, como consequência, o aumento no número de 
acidentes de trabalho, nos riscos à saúde do trabalhador e no comprometimento de 
sua integridade física. 
22 
 
De acordo com Medeiros e Rodrigues (2009), o setor de construção civil 
envolve tradicionais estruturas culturais, sociais e políticas, causando um elevado 
índice de acidentes de trabalho. Os autores dissertam que os acidentes de trabalho 
no setor têm sido frequentes e, muitas vezes, estão associados a patrões 
negligentes, que oferecem condições de trabalho inseguras, e também aos 
empregados que comentem atos insensatos. 
Colombo (2009) afirma que muitos acidentes de trabalho e riscos na 
construção civil surgem como resultado da falta de conhecimento por parte do 
trabalhador, pressa para entregar o produto final no prazo determinado pelo cliente, 
pela ausência de um devido planejamento e improvisos. Estes são fatores que 
fazem com que o canteiro de obras se transforme em um ambiente agressivo e 
vulnerável à ocorrência de acidentes do trabalho. 
Para Brusius (2010), existem fatores de risco associados ao setor da 
construção civil que devem ser salientados, principalmente por ser um segmento que 
se destaca por empregar intensiva mão de obra, muita das vezes, desqualificada. 
Relacionado a isso, os serviços de construção tendem a ser concentrados a ocorrer 
sob pressão, o que leva a um maior risco de acidentes. 
Há diversos fatores que podem contribuir para a ocorrência de acidentes na 
construção civil, sendo possível destacar a pouca ou nenhuma qualificação da mão 
de obra dos trabalhadores, que resulta em alta rotatividade de pessoas, pois leva-se 
em consideração a execução das atividades em condições climáticas desfavoráveis, 
o tempo, relativamente curto para a execução da obra, e o contato pessoal com 
equipamentos de construção, aumentando a exposição ao risco e exigindo a 
concentração e atenção do trabalhador. 
Cada canteiro de obra tem suas características e particularidades, o que 
ocasiona para o trabalhador, mudanças constantes no ambiente de trabalho. Vale 
salientar que há também uma grande confusão acerca da diferenciação entre 
provisório e improvisado. Tais questões relacionadas à alta rotatividade de 
profissionais e ao desconhecimento de normas de segurança do trabalho, elevam 
chances de acidentes. 
 
3.4. COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO – CAT 
A CAT é um instrumento de registro de casos de acidentes do trabalho, 
23 
 
porém de registro limitado, pois compreende apenas os trabalhadores em regime 
celetistas (CLT), sendo excluídos os empregados domésticos, servidores públicos, 
militares, autônomos, grande parte dos trabalhadores rurais e todos aqueles do 
mercado informal de trabalho. A comunicação de acidente de trabalho foi prevista a 
princípio na lei nº 5.316/67. A lei nº 8.213/91 define no seu artigo 22 que todo 
acidente do trabalho deverá ser comunicado pelo empregador ao INSS, em até 24 
horas após o acidente sob pena de multa em caso de omissão(BRASIL, 1991b). 
 
3.5. NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA 
As normas regulamentadoras (NRs) são determinações promulgadas pelo 
MTE, que tem por finalidade regulamentar e definir os padrões de cumprimento 
obrigatório referente aos preceitos de segurança e medicina do trabalho, enunciados 
pelo capitulo V da consolidação das leis do trabalho (CLT), com base na lei 
6.514/1977 e aprovada pela portaria nº 3.214/1978 (BRASIL,2012). 
Ao analisar a evolução das normas de segurança e saúde do trabalho (SST), 
é possível constatar algumas tendências globais e nacionais (OLIVEIRA, 1996). 
Dentre elas, ressaltam-se o progresso da dignificação do trabalho, que promove a 
produção dos indivíduos, o fortalecimento do conceito ampliado de saúde, não se 
tratando só de doenças, mas também do completo bem-estar do trabalhador, a 
adaptação do trabalho às necessidades do trabalhador, seja no que diz respeito às 
maquinas e equipamentos ou aos processos de produção, o direito a informação e 
participação dos trabalhadores em relação aos perigos efetivos nas atividades, a 
atualização das normas de proteção, a neutralização dos fatores de riscos, em 
espacial os que envolvem múltiplos indivíduos e o compromisso do empregador pela 
adoção das normas de SST. 
Com o passar dos anos, foram acontecendo modificações e/ou 
complementações nas NRs, no sentindo de proporcionar prevenção e, 
consequentemente, proteção ao trabalhador. Abaixo pode-se analisar as NRs atuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Normas 
regulamentadoras 
Descrição 
NR-1 DISPOSIÇÕES GERAIS 
NR-2 INSPEÇÃO PRÉVIA 
NR-3 EMBARGO OU INTERDIÇÃO 
NR-4 
SERRVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE 
SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO 
NR-5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
NR-6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI 
NR-7 
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE 
OCUPACIONAL 
NR-8 EDIFICAÇÕES 
NR-9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 
NR-10 
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇÕES EM 
ELETRICIDADE 
NR-11 
TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E 
MANUSEIO DE MATERIAIS 
NR-12 
SEGURANÇA NO TRABALHO EM MAQUINAS E 
EQUIPAMENTOS 
NR-13 
CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULÇÕES E 
TANQUES METALICOS AMAZENAMENTO 
NR-14 FORNOS 
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES 
NR-16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS 
NR-17 ERGONOMIA 
NR-18 
CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA 
INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO 
NR-19 EXPLOSIVOS 
NR-20 
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM 
INFLAMÁVEIS E COMBUSTIVEIS 
NR-21 TRABALHOS A CÉU ABERTO 
NR-22 SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO 
NR-23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
25 
 
NR-24 
CONDIÇÕES SANITARIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS 
DE TRABALHO 
NR-25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS 
NR-26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
NR-27 
REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE 
SEGURANÇA DO TRABALHO 
NR-28 FISCALIZAÇÃOE PENALIDADES 
NR-29 
NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE 
NO TRABALHO PORTUÁRIO 
NR-30 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO 
NR-31 
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA 
AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, 
EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA 
NR-32 
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE 
SAÚDE 
NR-33 
SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS 
CONFINADOS 
NR-34 
CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO REPARAÇÃO E 
DESMONTE NAVAL 
NR-35 TRABALHO EM ALTURA 
NR-36 
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS 
DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E 
DERIVADOS 
NR-37 
SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE 
PRETRÓLEO 
Quadro 1: Normas Regulamentadoras 
Fonte: Autoria própria (2021) 
26 
 
 
Sabe-se que as NR’s são destinadas a prevenir acidentes e que todas 
possuem um certo grau de importância. Porém, entre as NRs acima, há cinco delas 
que elevam sua importância com a construção civil, sendo elas: 
NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Segundo o Ministério do 
trabalho (2018) a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como 
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a 
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a 
promoção da saúde do trabalhador, com seus respectivos objetivos: 
• Identificar os riscos do processo de trabalho; 
• Elaborar o mapa de risco; 
• Fiscalizar condições de trabalho; 
• Elaborar campanhas de conscientização sobre a saúde no trabalho; 
• Avaliar se as metas e atividades definidas em reuniões da CIPA estão sendo 
atingidas/executadas; 
• Divulgar informações sobre a segurança e saúde no trabalho; 
• Divulgar e promover o cumprimento das normas regulamentadoras. 
Os membros participantes da CIPA são eleitos anualmente. Além disso, o 
empregado eleito para a comissão não pode ser demitido sem justa causa em até 
em um ano após seu final de seu mandato. 
A NR-8 Edificações trata dos requisitos técnicos que devem ser seguidos nas 
edificações para que a segurança e conforto sejam garantidos aos trabalhadores. 
Alguns parâmetros asseguram proteção contra intempéries e também outras 
condições que devem ser atendidas durante a execução do projeto, onde os 
requisitos são: 
• A altura do piso ao teto e pé direito da obra devem estar de acordo com as 
posturas municipais; 
• Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem 
depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de 
materiais; 
• As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que 
impeçam a queda de pessoas ou objetos; 
27 
 
• As rampas e as escadas fixas devem ser construídas de acordo com as 
normas técnicas oficiais; 
• As partes externas devem, obrigatoriamente, observar as normas técnicas 
oficiais relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e 
condicionamento acústico, resistência estrutural e impermeabilidade; 
• As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar proteção contra as 
chuvas; 
• As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de 
modo a evitar insolação excessiva ou falta de insolação. 
A NR-12 – Segurança no Trabalho em Maquinas e Equipamentos prevê a 
garantia da saúde e integridade física do trabalhador ao utilizar máquinas e 
equipamentos, pois as regras da norma se aplicam tanto para equipamentos novos 
quanto usados. Nesta, contêm os seguintes deveres dos trabalhadores: 
• Cumprir orientações relativas aos procedimentos seguros de operação, 
alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção, inspeção, transporte, 
desativação, desmonte e descarte das máquinas e equipamentos; 
• Não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou 
dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos; 
• Comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de 
segurança foi removido, danificado ou se perdeu sua função; 
• Participar dos treinamentos. 
Por sua vez os empregados devem: 
• Demarcar e desobstruir áreas de circulação; 
• Alocar materiais em áreas específicas de armazenamento; 
• Garantir que a distância mínima entre máquinas seja atendida; 
• Manter pisos limpos, nivelados e sem materiais escorregadios. 
Já a NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de 
organização no ambiente de trabalho na indústria da construção, dando condições 
de trabalho e itens necessários são descritos e definidos, como a quantidade de 
sanitários, locais para refeições e vestiários disponíveis. Além disso, é na NR 18 que 
é exigido informar à Delegacia Regional do trabalho os seguintes itens: 
28 
 
• Endereço correto da obra; 
• Endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, 
empregador ou condomínio; 
• Tipo de obra; 
• Atas previstas do início e conclusão da obra; 
• Número máximo previsto de trabalhadores na obra. 
É válido salientar que o objetivo principal dessa norma regulamentadora é 
assegurar que os investimentos em saúde e segurança do trabalhadorsejam 
realizados. 
Na NR-35 – Trabalho em Altura é priorizada para os trabalhadores que 
exercem atividades acima de dois metros do solo, para tanto, essa norma 
estabelece os requisitos mínimos para a proteção onde há risco de queda, dentre os 
quais: 
• Capacitação e treinamento de funcionários; 
• Busca de medidas para evitar o trabalho em altura – quando possível; 
• Análise de risco; 
• Equipamentos de proteção individual, cordas, acessórios e pontos de 
ancoragem; 
• Equipe de emergência; 
• Análise de risco e planejamento para a execução das atividades. 
29 
 
4.METODOLOGIA 
 
Visando a realização dos objetivos propostos, o trabalho em questão sugere a 
realização de estudos preliminares quantitativos, por meio de revisões de literatura, 
artigos e livros, fazendo a utilização de métodos e modelos de análises de 
problemas. Buscando uma fundamentação mais satisfatória, um estudo de caso foi 
elaborado com base em sites, artigos e normas regulamentadoras. 
Para que a realização desse estudo de caso fosse possível, foi realizado um 
levantamento de “x” obras presentes no município de Camocim, no qual, por meio de 
conversa com os trabalhadores ali presentes, buscou-se obter uma autorização para 
investigar a ocorrência de perigos ou riscos em que os mesmos estavam expostos. 
O método utilizado para a coleta de dados foi a aplicação de questionários, 
visando obter uma melhor perspectiva acerca dos problemas existentes, riscos e das 
dificuldades enfrentadas pelos os trabalhadores. 
Após a obtenção desses dados, realizou-se alguns registros fotográficos com 
a finalidade de documentar a forma que os trabalhadores exerciam suas atividades e 
os riscos presentes nas obras. De posse desses registros, constatou-se os riscos e 
perigos que os trabalhadores estavam expostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
5.RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Os resultados e discussões desta seção referem-se ao estudo de caso 
qualitativo por meio de análise das fotos do processo de execução do andamento 
das obras estudadas, identificando os perigos presentes no processo construtivo, 
comentando posteriormente indicações que inspiram cuidados quanto a segurança. 
Após a coleta de tais perigos identificados nas etapas do processo construtivo, serão 
levantados os ricos, causas e consequências, baseando-se na análise preliminar de 
risco, visando sempre a saúde e segurança dos trabalhadores. 
A primeira obra a ser visitada apresentou diversos problemas com os 
andaimes, ausência de EPI e EPC no trabalho em altura, caracterizado em um risco 
grave e iminente, podendo ocasionar acidentes e até levar a óbito o trabalhador. 
 
1. Foram evidenciados diversos andaimes com ausência de travamento 
contra o desencaixe acidental dos montantes; 
a. Item 18.15.2.8) Os montantes dos andaimes metálicos devem possuir travamento 
contra o desencaixe acidental. 
 
2. Observamos a ausência de qualquer estrutura que impeça o 
deslocamento das superfícies de trabalho dos andaimes, oferecendo 
grave risco em altura aos trabalhadores conforme as figuras a seguir; 
a. Item 18.15.3) O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, ser 
antiderrapante, nivelado e fixado ou travado de modo seguro e resistente. 
b. Item 18.15.2.6) As superfícies de trabalho dos andaimes devem possuir travamento 
que não permita seu deslocamento ou desencaixe. 
 
 
 
 
 
31 
 
 
Figura 1: Andaime sem sistema de travamento e ausência de 
 plataforma de trabalho. Fonte: autoria própria (2021). 
 
3. Não foi observado o uso de cinto de segurança tipo paraquedista e com 
duplo talabarte que possua dupla trava pelos trabalhadores executando 
trabalho em altura; 
a. Item 18.15.2.7) É obrigatório o uso de cinto de segurança tipo paraquedista e com 
duplo talabarte que possua ganchos de abertura mínima de cinquenta milímetros e 
dupla trava. 
 
4. Presença de vergalhões desprotegidos provenientes das armaduras 
longitudinais dos pilares; 
a. Item 18.8.5) É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aços 
desprotegidos. 
5. Inexistência de barreiras para proteção contra queda em todo o primeiro 
pavimento, (parapeito). Logo, é perceptível a evidencia que toda a sua laje 
32 
 
de trabalho se encontrava aberta e sem as devidas proteções de 
periferias; (guarda-corpo) 
a. Item 18.13.4) É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra 
queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do inicio dos serviços 
necessários à concretagem da primeira laje. 
 
6. Não foi identificado o uso do capacete por parte dos trabalhadores, o qual 
não fora fornecido pela empresa; 
a. Item 18.23.1) A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI 
adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, consoante 
as disposições contidas na NR 6 – equipamentos de proteção individual - EPI. 
 
 
Figura 2: Identificação de trabalhadores sem o uso de EPI, com exposição a radiação solar sem a 
proteção adequada. Fonte: Autoria própria (2021). 
 
 
 
 
33 
 
7. Observou-se a armazenagem de materiais (varas e vergalhões) em local 
inadequado, atrapalhando o trânsito dos funcionários e pessoas, além da 
desorganização da limpeza e dos entulhos no meio das passagens; 
a. Item 18.24.1) Os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a não 
prejudicar o trânsito de pessoas e de trabalhadores, a circulação de materiais, o 
acesso aos equipamentos de combate a incêndio, não obstruir portas ou saídas de 
emergência e não provocar empuxos ou sobrecargas nas paredes, lajes ou estruturas 
de sustentação, além do previsto em seu dimensionamento. 
b. Item 18.24.3) Tubos, vergalhões, perfis, barras, pranchas e outros materiais de 
grande comprimento ou dimensão devem ser arrumados em camadas, com 
espaçadores e peças de retenção, separados de acordo com o tipo de material e a 
bitola das peças. 
c. Item 18.24.5) Os materiais não podem ser empilhados diretamente sobre piso 
instável, úmido ou desnivelado. 
d. Item 18.29.1) O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e 
desimpedido, notadamente nas vias de circulação, passagens e escadarias. 
e. Item 18.29.2) O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente 
coletados e removidos. Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados cuidados 
especiais, de formas a evitar poeira excessiva e eventuais riscos. 
f. Item 18.29.5) É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais 
inadequados do canteiro de obras. 
34 
 
 
Figura 3: vergalhões espalhados pela a obra e desorganização com acúmulo 
de entulhos. Fonte: Autoria própria (2021). 
 
 
35 
 
 
Figura 4: outros materiais espalhados pela a obra, atrapalhando a passagem dos trabalhadores 
e das pessoas. Fonte: Autoria própria (2021). 
 
 
8. Observou-se a presença de aberturas e periferias de lajes sem nenhuma 
proteção coletiva, implicando em consequente risco de queda de nível de 
pessoas e/ou materiais. Tal risco pode ser entendido como risco grave e 
iminente, o que consiste em apresentar uma situação imediatamente 
perigosa à vida e à saúde; 
a. 18.13.1) É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda 
de trabalhadores ou de projeção e materiais. 
b. 18.13.4) É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra 
queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços 
necessários à concretagem da primeira laje. 
36 
 
 
Figura 5: trabalhadores expostos ao risco, sem uso de EPI ou EPC. Fonte: Autoria própria (2021). 
 
 
 
Figura 6: Ausência de guarda corpo nas extremidades. Fonte: Autoria própria (2021). 
 
37 
 
 
9. Por toda a obra não foi visto nenhum tipo de linha de vida ou caranguejos 
que auxiliassem os funcionários a fixar o cinto de segurança para sua 
devida proteção; 
 
10. Observou-se no momentoda visita na obra, que a empresa desenvolvia a 
atividade de concretagem de laje, assim percebendo-se a ausência do uso 
de cinturão tipo paraquedista por parte dos trabalhadores, bem como de 
outras medidas e itens de segurança imprescindíveis para a liberação das 
atividades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
5.1 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS 
 
1) Recomenda-se que a empresa capacite e qualifique todos os seus 
trabalhadores para as respectivas atividades que desempenharão no 
canteiro de obras, através de treinamentos, palestras, em suas admissões. 
 
 
 
Figura 7: pesquisa do questionário 
Fonte: Autoria própria (2021). 
 
 
39 
 
 
Figura 8: pesquisa do questionário 
Fonte: Autoria própria (2021). 
 
 
 
 
Figura 9: pesquisa do questionário 
Fonte: Autoria própria (2021). 
 
 
40 
 
 
Figura 10: pesquisa do questionário 
Fonte: Autoria própria (2021). 
 
 
 
Figura 11: pesquisa do questionário 
Fonte: Autoria própria (2021). 
 
 
41 
 
2) Recomenda-se que os trabalhadores que desenvolvem atividades 
envolvendo riscos específicos, tais como, trabalho em altura, espaços 
confinados e etc, recebam treinamento específico e sejam identificados por 
crachás a serem fixados à altura do peito e que apresentem informações de 
sua qualificação para operação de atividade ou máquina; 
 
3) Recomenda-se que seja providenciada a armazenagem e estoque 
adequado de materiais presentes no ambiente do canteiro de obras (item 
18.24.1, 18.24.3 e 18.24.5 da NR-18); 
 
4) Recomenda-se que o canteiro de obras seja organizado e limpo (item 18.29 
da NR-18); 
 
5) Providenciar sinalização de advertência a fim de minimizar e/ou neutralizar 
os riscos de quedas dos funcionários que ali trabalham; 
 
Figura 12: tipo de sinalização 
 
 
 
 
6) Recomenda-se adicionar proteção às pontas de vergalhões desprotegidos; 
 
42 
 
 
Figura 13: modelo de proteção contra vergalhões. 
 
7) Recomenda-se a instalação de proteção coletiva nas periferias das lajes da 
edificação, baseando-se aos preceitos técnicos do item 18.13.1 da NR-18; 
 
8) Recomenda-se que se providencie linha de vida na laje de trabalho para 
fixação do cinto de segurança, a fim de manter a integridade física dos 
trabalhadores; 
9) Recomenda-se a instalação de um andaime com estrutura independente, 
utilizando uma plataforma de altura compatível com a atividade 
desenvolvida pelo o trabalhador. 
 
43 
 
 
Figura 14: andaime com travamentos. 
 
 
10) Recomenda-se a utilização de “Talabartes de Progressão Duplos”, estes 
são utilizados conectando-se alternadamente cada uma das duas 
extremidades do talabarte, de maneira que o trabalhador tenha sempre um 
dos dois conectores de grande abertura, conectando a estrutura, 
protegendo-o contra qualquer possibilidade de queda. 
 
44 
 
 
 
Figura 15: Modelo adequado de cinto de segurança do tipo paraquedista. 
 
 
 
 
11) Recomenda-se a utilização de dispositivos de ancoragem adequados como 
cintas de ancoragem ou linhas de vida, em casos de trabalhos com 
movimentação onde não existam outros meios de proteção coletiva. Estas 
devem ser dimensionadas conforme capacidades de carga especificas de 
cada projeto. 
 
 
Figura 16: Modelo de SPIO com cinta de ancoragem. 
45 
 
6. CONSIDERAÇÃO FINAIS 
 
Esse estudo se ocupou em demonstrar as preocupações com saúde e 
segurança dos trabalhadores, reconhecendo a complexidade das relações entre 
saúde e trabalho, apontando alguns aspectos que podem interferir na saúde e no 
bem-estar dos trabalhadores no canteiro de obra. No presente estudo levou-se 
também em consideração a falta de escolaridade e acesso às informações dos 
trabalhadores. 
Considerando o levantamento de dados, foi possível observar o descaso com 
a saúde e segurança dos trabalhadores, pois a obra apresentava vários riscos aos 
mesmos, apresentando desorganização de materiais e falta de limpeza no canteiro, 
além da ausência de EPIs básicos e EPCs para os trabalhadores, colocando 
integridade física e até mesmo a vida em risco. 
Apesar de uma legislação bem extensa na área de segurança do trabalho, 
com o intuito de aumentar a segurança dos trabalhadores e a qualidade dos 
serviços, os empresários mostram-se com dificuldades de acatá-las para dentro de 
suas empresas de construção civil, colocando barreiras para que tais questões se 
tornem realidade. 
Diante disso, podemos supor que umas das principais dificuldades para a 
implementação da cultura da prevenção da segurança, deve-se ao fato de as 
empresas de construção civil visualizarem o investimento necessário como custo e 
não como um benefício estratégico. 
Portanto, a cultura da prevenção no setor da construção civil deve passar pela 
conscientização de todos os envolvidos de que há responsabilidades para ambas 
partes por todo o processo, cabendo também aos governantes aumentar suas 
fiscalizações para garantir que esse processo aconteça, de forma a minimizar ou 
neutralizar esse descaso com as empresas com seus empregados. 
 
 
 
 
 
 
46 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 
10.004:Resíduos Sólidos. Rio de Janeiro, 2004. 
ALBERTON, A.A. Uma metodologia para auxiliar no gerenciamento de riscos e 
na seleção de alternativas de investimentos em segurança. Programa de pós-
graduação em engenharia de produção. Florianópolis: UFSC, 1996. 
BARROS, A.M. Curso de direito do trabalho. 4.ed São Paulo: Ltr, 2016. 
BRASIL, Segurança e medicina do trabalho. Manual de legislação atlas. 70. Ed. 
São Paulo: atlas, 2012 
BRASIL, Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o capitulo V do titulo II da 
consolidação das leis do trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá 
outras providencias. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art1. Acesso em 18 de abril 
2021. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas Regulamentadoras. 
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http://www.mte.gov.br. Acesso em 10 de agosto 2021. 
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48 
 
ANEXOS 
 
APENDICE 1 - QUESTIONÁRIO 
 
Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU 
Antonio Felipe da Silva Penha 
Estudante de Bacharelado em Engenharia Civil (10º Período) 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC 
QUESTIONÁRIO COM TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
1 Você sabe o que são EPIs? 
SIM ( ) NÃO ( ) 
 
2 Você se sente seguro no seu local de trabalho? 
SIM ( ) NÃO ( ) 
 
3 Você já sofreu algum tipo de acidente? 
 SIM ( ) NÃO ( ) 
 
4 A empresa em que você trabalha fornece EPIs? 
SIM ( ) NÃO ( ) 
 
5 Você já ouviu falar na NR-18? 
SIM ( ) NÃO ( ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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