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Sinais do TEA na infância Prof. Nágila Guedes Geraldine Prof. Nágila Guedes Geraldine Graduação em Psicologia pela UNAERP Pós Graduação em Psicopedagogia Faculdade Barão de Mauá Especialização em ABA (Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo) pela UFSCar. • A identificação de sinais do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), em sua fase inicial (precoce), é fundamental. Quanto mais cedo, melhor, pois é ampliada a perspectiva de desenvolver as capacidades do autista em termos cognitivos, sociais e de linguagem, promovendo melhor qualidade de vida, independência e autonomia para realizar as atividades diárias. • Os sinais costumam se manifestar antes dos 3 anos de idade, sendo possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de vida da criança. Cada pessoa é diferente e, portanto, se desenvolve de maneiras distintas. Entretanto, determinados sinais como o momento de começar a falar, andar, interagir com o meio externo podem ser indícios a serem acompanhados pelos pais e responsáveis pelo bebê. • Conforme os critérios diagnósticos do DSM-5 (APA, 2013), as primeiras manifestações do TEA devem aparecer antes dos 36 meses de idade. Todavia, dados empíricos demonstram que a maioria das crianças apresenta problemas no desenvolvimento entre os 12 e 24 meses. • Um dos estudos pioneiros foi realizado no final da década de 1990, com uso de gravações do primeiro ano de vida de crianças diagnosticadas tardiamente com TEA, e apontou que os desvios relacionados à capacidade de apontar objetos, às dificuldades em olhar para os outros e orientar-se pelo próprio nome e à dificuldade referente a aspectos da receptividade já estavam presentes quando elas tinham 12 meses de idade. • Pesquisas têm também sugerido que um dos primeiros sinais observáveis em crianças com TEA seria um prejuízo significativo nos comportamentos ligados à comunicação social inicial, que está relacionada às habilidades sociais que surgem no primeiro ano de vida da criança: primeiramente, a orientação social e, em seguida, as habilidades de atenção compartilhada. Estudos científicos • Por exemplo, se um bebê se fixa em objetos ou não responde às pessoas, constantemente, pode estar exibindo sinais precoces de uma desordem do espectro do autismo. • Crianças com autismo freqüentemente apresentam problemas de comportamento, muitas vezes bastante severos, que incluem hiperatividade, dificuldade de prestar e/ou manter atenção, atenção hiperseletiva (i.e., tendência a prestar mais atenção nas partes/ detalhes do que no todo) e impulsividade, bem como comportamentos agressivos, autodestrutivos, perturbadores e destrutivos. • Também é bastante comum se observar em crianças autistas respostas sensoriais e perceptuais peculiares, incluindo hiper ou hiposensibilidade a estímulos sonoros, visuais, táteis, olfativos e gustativos, além de alto limiar para a dor física e um medo exagerado de estímulos ordinariamente considerados inofensivos. Principais Sinais • Coonrod e Stone (2004) destacam que as preocupações iniciais dos cuidadores são, geralmente, acuradas e legítima. Nas últimas duas décadas, estudos têm buscado identificar a idade do reconhecimento dos primeiros sintomas do TEA, através de entrevistas realizadas com os pais de crianças diagnosticadas com esse transtorno. • Resultados mostram que os primeiros sintomas no desenvolvimento tendem a ser percebidos pelos pais durante os dois primeiros anos de vida. Não surpreendentemente, observou-se uma correlação positiva entre a idade da amostra e a entrevista dos pais, isto é, quanto menor a idade da criança, na época do estudo, mais cedo o reconhecimento dos primeiros sintomas pelos pais. Estudos científicos • Inúmeros aspectos podem retardar a intervenção, como é o caso da demora na detecção das primeiras dificuldades no comportamento da criança, na busca pela ajuda profissional e na realização do diagnóstico. De fato, alguns estudos têm demonstrado que devido à convivência diária, envolvendo diferentes contextos e ocasiões, na maioria das vezes, são os pais, e não os profissionais, os primeiros a suspeitarem de problemas no desenvolvimento da criança. • Assim, os profissionais da área infantil (pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas etc.) devem estar sempre alertas para a identificação desses sintomas de risco. Um número cada vez maior de pediatras nos Estados Unidos tem incluído instrumentos de avaliação de sintomas de risco para autismo como parte dos exames de rotina realizados nos seus consultórios.
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