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04/04/2022 09:34 Climatologia e Meteorologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=b7%2fwzsrglqee2hj%2f%2bRXQaQ%3d%3d&l=ahv0iAP9f8JdShrtVBQk%2fA%3d%3d&cd=… 1/32
CLIMATOLOGIA	E	METEOROLOGIA
CAPI�TULO 4 - COMO DISCUTIR OS DADOS
METEOROLO� GICOS E RELACIONAR COM AS
ATIVIDADES ANTRO� PICAS?
Debora Rodrigues Barbosa
04/04/2022 09:34 Climatologia e Meteorologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=b7%2fwzsrglqee2hj%2f%2bRXQaQ%3d%3d&l=ahv0iAP9f8JdShrtVBQk%2fA%3d%3d&cd=… 2/32
Introdução
Este capı́tulo abordará a importância dos dados meteorológicos e como relacioná-los com as atividades
antrópicas. Mas	antes	disso,	precisamos	relembrar	o	que	é	meteorologia,	vamos	lá?
Estêves (2016, p. 76) de�ine a meteorologia como a “ciência que estuda a atmosfera e os fenômenos
atmosféricos. Algumas áreas da meteorologia abrangem estudos sobre agricultura aplicada,
astrometeorologia, aviação, dinâmica, hidrometeorologia operacional e sinóptica, entre outros”. Com base no
que fora exposto, percebemos como a meteorologia é importante para o homem, pois seus estudos abrangem
diversas áreas e podem, muitas vezes, nortear os melhores meios de desenvolver determinada atividade. 
Você sabe como os dados são coletados? A partir das estações meteorológicas, que possuem diversos
instrumentos capazes de identi�icá-los e, a partir disto, são de�inidas as aplicabilidades dos dados. Neste
capı́tulo será abordada a descrição de uma estação meteorológica, seu modo de funcionamento e as maneiras
mais adequadas de analisar seus registros. Também serão analisadas as cartas sinóticas como importantes
aliadas à espacialização dos fenômenos climatológicos.
 Você já ouviu falar sobre bioclimatologia? Neste capı́tulo também vamos conceituá-la e discutiremos suas
aplicações. Além disso, você compreenderá de que maneira os fatores climáticos in�luenciam os organismos.
Os estudos meteorológicos e climatológicos são utilizados em diversas atividades antrópicas. Você sabe
como? No capı́tulo, após identi�icar e compreender todas as variáveis envolvidas, identi�icaremos as
consequências das ações antrópicas no clima e no tempo, relacionando-as aos impactos oriundos destas
ações e às mudanças climáticas em andamento, sejam elas locais, regionais ou globais.
4.1 Estações meteorológicas
Como acabamos de ver, os fenômenos climatológicos e meteorológicos, ao serem estudados, requerem uma
imensa quantidade de dados, que são obtidos a partir de um observador, das experiências criadas e das
análises, que podem ser de diferentes tipos, de acordo com o método cientı́�ico optado.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) 2018b), a observação pode ser classi�icada como
convencional	 (sensorial)	 ou	 automática	 (instrumental), de modo que podem ser consideradas uma
avaliação ou uma medida dos parâmetros meteorológicos. Ainda de acordo com o autor, as observações são
de�inidas como sensoriais quando seu modo de aquisição é feito a partir um observador, sem o auxı́lio de
qualquer instrumento de medição, diferentemente das observações instrumentais, que são realizadas com o
auxı́lio dos equipamentos meteorológicos. 
Mas	que	parâmetros	meteorológicos	os	equipamentos	são	capazes	de	registrar?	A partir da utilização
de diversos equipamentos pode-se obter dados de: temperatura do ar, pressão atmosférica, umidade relativa
do ar, precipitação etc. Existe um equipamento especı́�ico capaz de registrar cada elemento climático, como
mostra a �igura a seguir.
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Quando todos esses instrumentos se encontram disponı́veis num mesmo local, temos a chamada estação
meteorológica, que podem ser distinguidas a partir de uma identi�icação fı́sica, realizada através de sua
localização geográ�ica manifestada em latitude,	longitude	e	altitude. 
Quadro 1 - Equipamentos utilizados para coletar dados meteorológicos e suas especi�icidades: as estações
meteorológicas, em geral, possuem tais equipamentos, de acordo com a sua �inalidade.
Fonte: Adaptado de INMET. Instrumentos Meteorológicos. Instituto Nacional de Meteorologia. Instrumentos
Meteorológicos. S/D, b. Disponı́vel em: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?
r=home/page&page=instrumentos. Acesso: 08/11/2018.
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A localização geográ�ica é importante, pois a partir dos parâmetros determinantes será possı́vel correlacionar
os dados obtidos de acordo com as caracterı́sticas geográ�icas. Como estes parâmetros são utilizados? 
VOCÊ SABIA?
Uma vez que a estação meteorológica é o�icialmente reconhecida, ela terá um
número de identi�icação internacional composto de cinco algarismos. O Brasil
possui dois blocos meteorológicos identi�icados pelos numerais iniciais 82 ou 83,
dependendo de sua localização geográ�ica (SILVA	et	al. 2009). Mas atenção! Caso
haja a mudança de uma estação de posição geográ�ica, isso acarretará na
construção de uma nova estação. Isto ocorre porque nos estudos climatológicos,
uma estação não pode ter sua localização transferida. 
VOCÊ QUER VER?
O Canal do Youtube da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP), por
meio do curso de licenciatura em Ciências, criou um vıd́eo explicativo denominado
“Licenciatura em Ciências: Previsão do Tempo e do Clima”, no qual é abordada a coleta
de dados nas estações meteorológicas, radiossondas e como eles são processados ao
chegarem no INMET e ao CPTEC/INPE. Disponıv́el em
<https://www.youtube.com/watch?v=QwcVKWa�brU
(https://www.youtube.com/watch?v=QwcVKWa�brU)>. 
https://www.youtube.com/watch?v=QwcVKWafbrU
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Para aprender mais sobre o tema, clique nas setas abaixo.
As estações meteorológicas podem ser de super�ícies	convencionais	ou	automáticas – também conhecidas
como Plataforma	de	 Coleta	 de	Dados. Cada uma delas terá sua própria singularidade, de modo que nas
estações convencionais (�igura abaixo) será feita a observação dos fenômenos meteorológicos a partir de
“leituras sistemáticas, ou seja, padronizadas no tempo; uniformes, ou seja, com pessoas treinadas e devem ser
ininterruptas, ou seja, não falhar” (ALVES, s/d, p.1). 
Uma estação meteorológica detém diversos sensores isolados que são capazes de registrar
ininterruptamente os parâmetros meteorológicos, que posteriormente serão registrados por um
observador a cada intervalo e, em sequência, este os expedirá a um centro coletor. 
Para que os dados meteorológicos sejam validados, a Organization	Meteorological	World (WMO -
Organização Meteorológica Mundial) determinou um padrão que deve ser seguido à risca. 
A padronização inclui desde os equipamentos usados, até as técnicas utilizadas, seja para
calibração, aferição, ajustes, manuseio ou procedimentos observacionais (SILVA et	al. 2009). 
Esta padronização foi implementada devido ao grande número de estudos climatológicos
mundiais, pois, uma vez que não há um padrão, a representação temporal e espacial não pode ser
atingida, inviabilizando a comparação entre os dados. 
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Por sua vez, as estações meteorológicas automáticas, como a da �igura a seguir, foram criadas após o aumento
da demanda de diversas empresas e instituições em obter regularmente informações colhidas em lugares
remotos ou referentes a uma região muito extensa.Figura 1 - A estação de superfı́cie convencional é o local onde são realizadas observações dos fenômenos
meteorológicos que ocorrem na troposfera ao nı́vel da superfı́cie terrestre.
Fonte: gyn9037, Shutterstock, 2019.
Figura 2 - Estação de superfı́cie automática: local criado devido ao aumento da demanda em adquirir
continuamente dados sobre as condições do tempo em diversas áreas, incluindo as de difı́cil acesso ou
muito extensas.
Fonte: Suwin, Shutterstock, 2019.
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Certamente, as estações meteorológicas são importantes ferramentas para o gerenciamento dos dados e a
identi�icação das condições da atmosférica. 
A instalação dos diferentes tipos de estações é adequada às suas necessidades. Enquanto as estações de
superfı́cie convencional são instaladas em conformidade com um conjunto de instrumentos capazes de
descrever de maneira concisa as condições meteorológicas no momento da observação. Em contrapartida,
devido à necessidade de obtenção de dados precisos, as instalações para as estações automáticas requerem
uma área livre de qualquer interferência (árvores, construções, impermeabilização do solo etc.). 
4.1.1 Medidas
A medição dos parâmetros meteorológicos é executada nas estações meteorológicas, todavia o tipo de estação
será de�inido de acordo com o número de elementos medidos, da frequência de medição e da condição do
observador (pro�issional ou amador).
No tópico anterior vimos que existem as estações de superfı́cie convencionais, as automáticas e as de altitude.
Cada tipo de estação gerará seus dados a partir da análise especı́�ica de elementos. Ayoade (2007) subdivide
as estações de superfı́cie convencionais em 4 tipos, como veremos abaixo:
VOCÊ SABIA?
Existem as chamadas	 estações	 meteorológicas	 de	 altitude, que têm como
objetivo observar e traçar o per�il vertical de temperatura, pressão, umidade,
direção e velocidade do vento nas distintas camadas atmosféricas (FERREIRA;
CAMARGO JUNIOR, s/d). Após as informações serem colhidas, elas são codi�icadas
e transferidas para emprego da Meteorologia Aeronáutica. A observação
meteorológica da atmosfera, em altitude, utilizando métodos diretos, é conhecida
por observação	aerológica. 
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De acordo com Orgaz et	al. (1995), a instalação das estações meteorológicas deve seguir alguns padrões pré-
determinados para garantir a acuidade das informações adquiridas. A respeito disso, os autores explicam de
que forma as estações supracitadas devem estar dispostas a �im de garantir a qualidade dos dados: 
As estações sinópticas devem estar situadas de modo a fornecer dados meteorológicos
representativos da área em que se encontram. Em geral, as estações climatológicas devem estar
situadas num local e sob condições que permitam o funcionamento contı́nuo da estação durante,
pelo menos, dez anos. A exposição deve permanecer inalterada durante um perı́odo de longa
duração. Nas estações de meteorologia agrı́cola os instrumentos devem ser colocados de modo a
que sejam representativos das condições do aeródromo, ou das condições agrı́colas e naturais da
região respectiva. (p. 20) 
Para dar sequência aos seus estudos sobre o tema, clique nos itens abaixo.
Por sua vez, nas estações automáticas, os instrumentos são responsáveis por fazer, transmit
ou registrar as observações automaticamente e podem, eventualmente, inserir os dado
manualmente. O tipo de funcionamento requerido de uma estação automática é de�inido e
conformidade com a adequação do uso dos dados.
Orgaz et al. (1995) apontam que a melhor maneira de classi�icar estas estações deve s
baseada no fornecimento de dados, ou seja, "se os dados são fornecidos em tempo real o
quando registram os dados para análise em tempo real” (p. 246).
Quadro 2 - As diferentes estações meteorológicas de superfı́cie convencional e suas �inalidades, adequadas à
necessidade do homem.
Fonte: Adaptado de AYOADE, 20unsafe:javascript:void(0)07.
•
•
•
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Mas o que seriam os dados sinópticos? Felicio (2009, p. 1) de�ine o sinóptico como
“representação grá�ica dos dados coletados em uma Estação Meteorológica de Superfı́cie. A
informações podem se apresentar de 3 maneiras: Simples (Vento, Temperaturas do ar, Press
atmosférica.); Média (Visibilidade horizontal, Teto, Nuvens, Tempo Presente); Comple
(todos os dados possı́veis).”
Ainda de acordo com o autor, dependendo da �inalidade não é necessária a plotagem de tod
os dados, contudo, quanto maior for o número de informações, melhores serão as condiçõ
de visualização da atmosfera. E� importante destacar que, tratando-se das redes nacionais 
estações meteorológicas, a WMO recomenda que sejam utilizadas as redes sinótic
espaçadas num raio inferior a 150 km.
Mas o que seriam as redes meteorológicas? Clique nas abas a seguir e con�ira. 
4.1.2 Registros
Como acabamos de analisar, os registros meteorológicos são obtidos a partir da utilização de instrumentos.
No entanto, Orgaz et al. (1995) destaca as principais caracterı́sticas que os instrumentos meteorológicos
devem ter são elas:
regularidade de funcionamento; 
precisão;
•
Redes
meteoroló
gicas		
As redes meteorológicas são de�inidas como o conjunto de estações meteorológicas
distribuı́das por uma região. Vale ressaltar que, nas estações sinóticas, as
observações são realizadas a partir de um horário pré-determinado. De acordo com o
padrão estabelecido pela WMO, as principais medições sinóticas são efetuadas a
cada 6 horas, de modo que �iquem dispostas às: 00:00, 06:00, 12:00 e 18:00 do
horário local, considerando o Tempo Médio de Greenwich (TMG). 
Observad
or
Orgaz et	al. (1995) aponta que as observações em superfı́cie são executadas por um
observador presente no local da medição. As observações podem ser realizadas em
estações terrestres ou oceânicas, onde o observador deverá permanecer no nı́vel do
solo ou próximo dele. 
Observaçõ
es
sensoriais		
As observações	 sensoriais ou não-instrumentais são aquelas nas quais se
utilizam os órgãos sensoriais do observador, pois os elementos considerados não
podem ser estimados a partir de instrumentos. Acerca disso podemos citar os graus
de visibilidade, o ı́ndice de nebulosidade, a ocorrência de fenômenos especı́�icos,
como granizo, geadas, etc. e os tipos de nuvem. 
Observaçõ
es
instrumen
tais	
Destarte, a utilização de instrumentos torna-se necessária à medida que deva existir
o prolongamento dos sentidos. Neste caso, as observações designam-se por
observações instrumentais. As observações	 instrumentais podem ser realizadas
por instrumentos registradores ou não-registradores, de modo que os primeiros
possuem dispositivos autoregistradores, que disponibilizam os dados
meteorológicos de maneira contı́nua sob a forma de um grá�ico, e os segundos
precisam ser aferidos em horários pré-determinados. 
•
•
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simplicidade de concepção;
facilidade de utilização e de manutenção;
robustez de construção. 
Os autores ainda salientam a importância da manutenção do grau de precisão conhecido durante um perı́odo
longo. Entretanto, as caracterı́sticas que incluem a simplicidade e a facilidade de utilização e de manutenção
possuem extrema relevância devido ao funcionamento constante dos instrumentosmeteorológicos. Uma vez
que esses instrumentos não estejam em pleno funcionamento podem não só comprometer a aquisição dos
dados, como a acuidade dos mesmos. Clique nas setas abaixo, para aprender mais sobre o tema. 
Por meio do INMET (2018b), o Brasil sedia um Centro de Sistema de Informação Mundial (GISC, na sigla em
inglês), que é englobado pelo principal núcleo do novo Sistema de Informação da WMO (WIS, na sigla em
inglês). O WIS é resultado da evolução do Sistema Mundial de Telecomunicações (GTS). 
4.1.3 Histórico de medições meteorológicas
•
•
•
Nas estações de superfı́cies convencionais, os registros são anotados a partir de um observador,
que, após a leitura dos aparelhos, registra os dados em sua caderneta e, após esse procedimento,
tais dados são encaminhados para o site de bancos de dados meteorológicos. Por sua vez, nas
estações automáticas, os valores são aferidos a cada minuto e disponibilizados automaticamente
em cerca de uma hora. 
Entretanto, os registros meteorológicos das estações não estão isentos de falhas. Estas falhas
ocorrem quando, por algum motivo, não são determinados os dados de algum perı́odo, sejam
eles uma falha do observador ou do próprio aparelho utilizado, que não computou os dados
corretamente. Para que isto não ocorra é imprescindı́vel que as observações sejam rigorosas
quanto à pontualidade. 
Desse modo, é extremamente relevante a averiguação do resultado das observações a �im de
asseverar que não houve omissão ou erro grave, além de garantir que os resultados estejam em
equivalência uns com os outros. Com isso, o observador garantirá a acuidade dos dados,
reduzindo o risco de interpretações dúbias devido à má qualidade dos dados. 
Atenção! No Brasil o site do INMET é o responsável por disponibilizar o banco de dados
meteorológicos junto à WMO. Além disso, a WMO delegou ao INMET a função de responsável
pelo tráfego das mensagens coletadas pela rede de observação meteorológica da América do Sul e
dos demais centros meteorológicos que compõem o Sistema de Vigilância Meteorológica
Mundial (INMET, 2018b). 
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Os históricos de medições meteorológicas surgem a partir da observação do tempo, ou seja, do tempo
presente. Alguns registros históricos indicam que o surgimento da previsão de tempo remonta à época dos
homens primitivos, quando os mesmos observavam as nuvens no céu.
Pouco difundida nas civilizações mais antigas, a meteorologia teve seus primeiros indı́cios sobre estudos
atmosféricos com os babilônios. Entretanto, séculos depois os gregos tornam-se o primeiro povo a estudar a
atmosfera a partir de um viés cientı́�ico (CUNHA, 1997). Ainda em concordância com o autor, Aristóteles foi
quem mais se evidenciou ao realizar pesquisas sobre os ventos e as condições de tempo relacionadas. Sua
notoriedade foi con�irmada quando, por �im, redigiu o livro chamado "Meteorologia". Contudo, a previsão de
tempo, de fato, só foi estabelecida em meados do século XVIII, pelo cientista francês Jean Baptiste de Monet.
Não obstante, a sistematização das previsões de tempo só começou a ser realizada no �inal do século XIX, na
Europa. Apesar disso, naquela época, a ciência meteorológica detinha pouca credibilidade, uma vez que as
previsões eram feitas a partir do método sensorial, ou seja, considerando apenas a parte observacional.
Para o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), a Segunda Guerra Mundial sinalizou o
avanço da meteorologia devido à necessidade de se determinar rotas de voo e navegação, assim como
estipular estratégias militares. Neste perı́odo, foram realizadas as primeiras sondagens atmosféricas e,
posteriormente, foi elaborado o radar meteorológico a partir do radar militar e a previsão era representada
manualmente por meio de mapas meteorológicos (TEIXEIRA, 2018). Ainda de acordo com a autora, as
melhorias alcançadas foram posteriormente complementadas pelo desenvolvimento dos satélites
meteorológicos que acompanharam o surgimento de novas teorias sobre o funcionamento do sistema-tempo.
Com o avanço das tecnologias, os estudos foram se aprofundando dadas as melhores condições de obtenção
de dados e, com o surgimento dos computadores, foi possı́vel aplicar a modelagem numérica, surgindo então
os modelos atmosféricos. Desse modo, as previsões passaram a ter mais credibilidade, devido à maior
precisão dos dados coletados. Mas atenção! Para que os modelos numéricos sejam realizados é
imprescindı́vel que haja um parque computacional de alto desempenho. 
VOCÊ O CONHECE?
O francês Jean-Baptiste-Pierre-Antoine	de	Monet, também conhecido por Chevalier
de Lamarck, devido à sua descendência nobre, formou-se naturalista e dedicou seus
estudos à área médica, observação meteorológica e, posteriormente, à botânica (USP,
2019). Ele teve grande relevância na ciência meteorológica, pois foi o primeiro
pesquisador a tentar a previsão do tempo ao publicar um anuário meteorológico entre
os anos de 1799-1810. 
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De acordo com Cunha (1997, p. 163), no Brasil, cabe ao INMET a realização dos estudos e levantamentos
meteorológicos:
aplicados à agricultura, aos transportes, à defesa civil, à indústria, ao comércio, ao turismo, ao
ambiente etc., além de efetuar a previsão de tempo para todo o paı́s e estabelecer, manter e operar
as redes meteorológicas e de telecomunicações brasileiras, inclusive aquelas integradas à rede
internacional. 
Mas, será que apenas o INMET colhe esses dados? Existem diversos outros órgãos de suma importância para
a coleta de dados e elaboração de previsões, como a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo (DEPV), a
Telecomunicações Aeronáuticas S.A. (TASA) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), todos do Ministério
da Aeronáutica; a Diretoria de Hidrogra�ia e Navegação (DHN), do Ministério da Marinha; o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE), o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais 
(CEMADEN) e; o Departamento Nacional de A� guas e Energia Elétrica (DNAEE), do Ministério de Minas e
Energia, (CUNHA, 1997).
Vale salientar que, no Brasil, os estudos sobre a previsão do tempo deslancharam somente após a inauguração
do CPTEC, em 1994. O projeto foi idealizado na década anterior devido à necessidade de alavancar os estudos
sobre o tema e, por meio de um projeto de modernização constante, atualmente ele se equipara aos centros
dos paı́ses que detém as tecnologias mais avançados na previsão de tempo e, principalmente, na previsão
climática, área de atividade restrita a um seleto grupo de oito paı́ses (TEIXEIRA, 2018).
Posteriormente, os dados obtidos por meio das redes meteorológicas deverão ser montados de maneira
adequada, ou seja, seguindo os parâmetros pré-estabelecidos pela WMO. As observações meteorológicas
devem ser traduzidas a partir de uma identi�icação numérica reconhecida internacionalmente, para que em
seguida sejam transmitidas para os diversos centros meteorológicos nacionais por meio de teletipo. 
Clique nas abas para aprender outros aspectos relacionados ao tema.
VOCÊ O CONHECE?
Antônio	Divino	Moura foi o primeiro vice-presidente da Organização Meteorológica
Mundial e diretor do Instituto Meteorológico do Brasil (INMET, 2016). Durante a
década 1980, quando ainda dirigia o INMET, o pesquisador destacou a importância de
modernizar o serviço meteorológico do paıś. Assim, pode-se dizer que ele foi o grande
impulsionador para a criação do CPTEC - considerado uma referência na
modernização da prática de previsão de tempo e de clima do paıś.04/04/2022 09:34 Climatologia e Meteorologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=b7%2fwzsrglqee2hj%2f%2bRXQaQ%3d%3d&l=ahv0iAP9f8JdShrtVBQk%2fA%3d%3d&cd… 13/32
Além disso, é importante saber que o controle de qualidade dos dados é conduzido pelo pré-processamento
(DERECZYNSKI, 1996), que acrescenta às observações ı́ndices de con�iabilidade dos valores reportados para
as variáveis meteorológicas. Como resultado do pré-processamento, há uma codi�icação para cada observação
e sua respectiva informação de qualidade em BUFR, padrão de formato usado para observações adotado pela
WMO (WMO, 1994). 
A tecnologia de Banco de Dados vem sendo cada vez mais incorporada aos grandes centros
meteorológicos mundiais, devido ao seu alto grau de con�iabilidade, �lexibilidade e e�iciência
(NYFORS, 1995; POTTIER, 1995; RAOULT, 1997). A utilização de subsistemas relativos aos dados
climatológicos ou observacionais torna-se uma opção para o armazenamento no banco de dados
meteorológicos. 
Vale ressaltar que o subsistema observacional é responsável pelo armazenamento e recuperação
das observações meteorológicas que chegam regularmente aos centros de previsão numérica por
meio da rede GTS - WMO. 
•
•
VOCÊ SABIA?
A rede GTS (Sistema Mundial de Comunicações) é de�inida como "Um Sistema
mundial coordenado composto por instalações de telecomunicações e arranjos
para uma rápida coleta, troca e distribuição de observações e informações
processadas no âmbito da Vigilância Meteorológica Mundial" (INMET, 21018b).
Assim, por meio de uma rede integrada interligada aos centros de
telecomunicações meteorológicas operados pelos paıśes, os dados são coletados e
distribuıd́os de forma con�iável e em tempo quase real. 
Banco	de	dados
Subsistema	observacional	 	
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Existem atualmente 10 tipos de observações cujas caracterı́sticas principais são mostradas no quadro a
seguir: 
Quadro 3 - Principais tipos de observações realizadas no subsistema observacional e suas principais
caracterı́sticas.
Fonte: Adaptado de Ferreira et al., 2000 (p.3119)
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Por sua vez, o subsistema climatológico “corresponde a uma complementação do subsistema de dados
observacionais, decorrente da necessidade de acesso mais e�iciente a dados relativos a longos perı́odos de
tempo, porém restritos a localidades e a variáveis meteorológicas de interesse” (FERREIRA et	 al. 2000, p.
3.123). Neste sistema, o controle de qualidade dos dados abarcará múltiplos nı́veis e se diferenciará de acordo
com a origem e o tipo de cada dado meteorológico analisado. Salienta-se que, neste processo, erros de dados
serão descartados automaticamente. 
O subsistema climatológico divide sua operacionalização em 2 partes: a primeira disponibilizará os valores
relativos à umidade, temperatura e precipitação (quadros a seguir) e, na segunda fase, são incluı́dos dados de
radiação, pressão, evaporação, vento e nebulosidade, de forma semelhante aos dados da primeira fase. 
VOCÊ QUER VER?
Os boletins meteorológicos são considerados um conjunto de informação sobre a
atmosfera num dado perıódo. Eles indicam as condições meteorológicas e os principais
sistemas atmosféricos capazes de in�luenciar as condições do tempo presente. Além
disso são caracterizados como de extrema importância. O CPTEC disponibiliza em seu
site, na página de Previsão de Tempo, todos os boletins técnicos de previsão do tempo
desde 01/09/2008, além de vıd́eos explicativos sobre previsão de tempo, previsão
climática e diversos outros. Disponıv́el em: <http://tempo.cptec.inpe.br/
(http://tempo.cptec.inpe.br/)> 
http://tempo.cptec.inpe.br/
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Desse modo, percebemos que o histórico das medições meteorológicas �ica condicionado à presença de um
banco de dados, garantindo assim a qualidade dos dados, uma vez que seguem as normas da WMO. 
Quadro 4 - Principais variáveis analisadas pelo Subsistema Climatológico e a exempli�icação de como seus
valores são relacionados.
Fonte: Adaptado de Ferreira et al., 2000, p. 3124.
4.2 Tratamento de dados meteorológicos
Para prever o tempo, a meteorologia moderna depende, fundamentalmente, da troca de dados. Um importante
aspecto do gerenciamento de dados para a World Weather Watch (WWW - Vigilância Meteorológica Mundial)
é o estabelecimento de procedimentos comuns para representação dos dados meteorológicos, que podem ser
realizado por meio	 de	 códigos	 de	 caracteres,	 representações	 binárias	 ou	 computação	 grá�ica. Tais
procedimentos servem para facilitar o intercâmbio nacional e internacional do amplo volume de informações
meteorológicas, geofı́sicas e ambientais adquiridas por cada membro para cumprir suas responsabilidades
operacionais especı́�icas. Os programas nacionais e internacionais de pesquisa e aplicação também são
atendidos pela disponibilidade de observações em formulários de dados comuns.
Esses procedimentos comuns para representação internacional de dados baseiam-se na ideia de usar códigos
para descrever condições climáticas, relatórios de leituras instrumentais e dados processados, reduzindo
consideravelmente a duração das mensagens, evitando problemas de linguagem e facilitando o processamento
automático.
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Com base no que fora exposto, o tratamento dos dados será feito quando, após a leitura das observações dos
parâmetros meteorológicos e da representação de dados escolhida, forem elaboradas cartas de tempo e
diagramas, mas sempre seguindo os padrões estabelecidos pela WMO.
4.2.1 Leitura de cartas sinópticas
As cartas sinópticas, também conhecidas como cartas	de	tempo, servem para analisar o tempo indicando a
sua previsão, tornando-se, assim, uma importante aliada à espacialização dos fenômenos climatológicos.
Essas cartas são geradas a partir da seleção signi�icativa de um conjunto de dados sinópticos, possibilitando a
visualização das condições da atmosfera e, posteriormente, executando as análises que servem para o
prognóstico do tempo. Lembre-se que existe um sistema-padrão de sı́mbolos, elaborados pela WMO, ante a
plotagem de fenômenos e demais dados meteorológicos numa carta sinóptica.
Desse modo, pode-se dizer que as cartas sinópticas fazem parte do conjunto de mapas meteorológicos, ou
seja, aqueles que re�letem uma situação momentânea da atmosfera. Assim, elas traduzem, na forma de
representação grá�ica, os dados coletados numa Estação Meteorológica de Superfı́cie.
4.2.2 Cartografia climática
Para compreendermos a cartogra�ia climática, primeiro precisamos relembrar o que é cartogra�ia. Vamos lá? O
processo cartográ�ico é realizado em 2 grandes etapas, de modo que a primeira corresponde à coleta de dados
e a segunda envolve o estudo, a análise, a composição e a representação das observações, pertinentes às mais
diversas áreas da ciência.
Atualmente, o conceito mais difundido de cartogra�ia é o proposto pela Associação Cartográ�ica Internacional
(ACI, 1966) que de�ine a cartogra�ia como:
conjunto de estudos e operações cientı́�icas, técnicas e artı́sticas que, tendo por base o resultado
de observações diretas ou da análise da documentação, se voltam para a elaboração de mapas,
cartas e outras formas de expressão e representação de objetos, fenômenos e ambientes fı́sicose
socioeconômicos, bem como sua utilização. (IBGE, 1999, p.12) 
A representação cartográ�ica normalmente é realizada por meio de mapas ou cartas. Mas o que os
diferenciam? Veremos na �igura abaixo: 
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De uma maneira simpli�icada podemos dizer que enquanto os mapas representam a Terra a partir dos aspetos
geográ�icos, sejam eles naturais ou arti�iciais, as cartas representam a Terra de maneira precisa, permitindo a
medição de distâncias, direções e a localização de pontos (IBGE, 1999).
Clique nas abas, para aprender mais sobre o tema. 
Quadro 5 - Diferença conceitual entre Mapas e Cartas e suas aplicabilidades.
Fonte: Adaptado de Oliveira, 1980 p. 57 e 233.
Classi�icaç
ão	da
cartogra�i
a
E� importante lembrar que a cartogra�ia se classi�ica de acordo com os produtos
cartográ�icos gerados, ou seja, quanto à natureza da sua representação. Assim, a
representação poderá ser dividida em: cartogra�ia geral, englobando as cartas
cadastrais (até 1:25.000), topográ�icas (escala de 1:25.000 até 1:250.000) e
geográ�icas (1:1:000.000 até 1:30.000.000); cartogra�ia temática e; cartogra�ia
especial. 
Cartogra�i
a	temática
A representação dos produtos climáticos encontra-se na chamada	 cartogra�ia
temática, uma vez que se destinam a um tema especı́�ico, no caso o clima. Desse
modo, a cartogra�ia surge como uma importante ferramenta para compreensão dos
fenômenos naturais, pois por meio dela torna-se possı́vel analisar os dados a partir
de uma análise espacial (GARBIN et	al. 2011). 
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Os mapas meteorológicos (�igura abaixo) podem aparecer considerando valores médios ou valores
sinópticos, que seriam como uma explicação das consequências meteorológicas sobre os lugares. 
Produtos
cartográ�i
cos
Os produtos cartográ�icos climáticos podem ser subdivididos em meteorológicos
(ou sinópticos) e climáticos, quando re�letem a situação momentânea da atmosfera
ou quando re�letem as variáveis estáveis e caracterı́sticas de uma área empregadas
numa análise natural do território, respectivamente. 
Figura 3 - A carta sinóptica é um mapa meteorológico que demonstra a situação momentânea da atmosfera.
A imagem retrata a Carta Sinóptica da América do Sul mostrando o estado do tempo presente
Fonte: CPTEC/INPE. Boletim Técnico. Disponı́vel em: . Acesso em: 14/11/2018.
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A leitura de uma carta sinóptica requer conhecimentos prévios das legendas destinadas aos atributos
especı́�icos. Essa legenda é fornecida pelo CPTEC/INPE, como veremos na �igura abaixo: 
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Diferentemente dos mapas meteorológicos, os mapas climáticos (�igura abaixo) têm a maior parte dos seus
dados oriundos de métodos estatı́sticos. Para que esses métodos sejam aplicados é necessário um grande
poderio organizacional, capaz de recolher as informações dispersas no tempo e no espaço de forma contı́nua. 
De modo geral, os mapas estão presentes na história desde a antiguidade, auxiliando não somente na
compreensão do espaço geográ�ico, como também quanto aos fenômenos que o in�luenciam (RAISZ, 1969). 
A questão climática emerge dada a necessidade da compreensão de seus fenômenos. Nas últimas décadas, o
tema ganha destaque, principalmente quando relacionado com as polı́ticas do desenvolvimento sustentável.
Considerando que os fenômenos climáticos estão cada vez mais intensos e que estes afetam o
desenvolvimento do homem como um todo, a cartogra�ia climática torna-se imprescindı́vel para a
compreensão dos fenômenos naturais. 
Harley (1968) assinalou os mapas como instrumentos indispensáveis para a compreensão do
desenvolvimento de uma cultura. Neste contexto, os produtos cartográ�icos climáticos se destacam, uma vez
que, por meio da representação têmporo-espacial dos fenômenos naturais, auxilia nas previsões climáticas e,
Figura 4 - A Legenda da Análise sinótica é uma ferramenta de suma importância para realização da leitura de
tais cartas, pois além de identi�icar os sı́mbolos, traz a explicação dos atributos especı́�icos, facilitando o
processo de análise das cartas.
Fonte: CPTEC/INPE. Legenda. Disponı́vel em: . Acesso em: 14/11/2018.
Figura 5 - Exemplo de mapa climático que identi�ica as zonas climáticas globais e associando-as com a
presença de fauna especı́�ica da região.
Fonte: Shutterstock.
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consequentemente, no desenvolvimento das civilizações. 
4.3 Conceitos básicos de bioclimatologia
A climatologia é a ciência multidisciplinar que estuda os padrões de comportamento atmosféricos
considerando um perı́odo de longo prazo. Ela pode se subdividir de acordo com seus campos de atuação.
Neste contexto, a bioclimatologia pode ser de�inida como a ciência que estuda os efeitos do ambiente fı́sico
sobre os organismos vivos (BACCARI JUNIOR, 1986) ou como a relação entre a biosfera e a atmosfera (SILVA,
2000). 
Dessa forma, o estudo bioclimático será nomeado adequadamente de acordo com a área da ciência em que ele
atua. Por exemplo, quando a bioclimatologia estiver vinculada à ecologia, será chamada de	 bioclimatologia
vegetal; quando corresponder à �isiologia animal, será denominada bioclimatologia	animal; se a área de
atuação for a zootecnia, será chamada de	bioclimatologia	zootécnica. 
4.3.1 Bioclimatologia e zoneamentos agrícolas
Os estudos bioclimáticos voltados para os zoneamentos agrı́colas são englobados na categoria de
bioclimatologia vegetal, que corresponde aos efeitos do ambiente fı́sico sobre as plantas. Nesta categoria são
buscados os padrões de respostas às alterações das plantas em função das condições e alterações
climatológicas. Para isso, são requeridos conhecimentos de diversas áreas, como meteorologia, agronomia,
�isiologia vegetal etc. Também são necessários conhecimentos prévios em matemática, fı́sica e estatı́stica,
uma vez que suas ferramentas de análise incluirão modelos estatı́sticos, modelagem e simulação e os
sistemas de informação geográ�ica.
De acordo com Caramori (2006), a bioclimatologia vegetal irá trabalhar em várias frentes de atuação:
VOCÊ SABIA?
Os estudos bioclimáticos são considerados multidisciplinares, pois eles
transcorrem em diversas áreas da ciência, como por exemplo: Agronomia,
Geogra�ia, Ecologia, Climatologia, Meteorologia, Genética, Fisiologia Animal e
Zootecnia. Entretanto, estes estudos serão direcionados para as necessidades
especı�́icas de cada área de atuação. Desse modo, �ica evidenciada a importância
das interações ocorridas entre a biosfera e a atmosfera, uma vez que mudanças
ocorridas em ambas são capazes de alterar o funcionamento da outra. 
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índices bioclimáticos;
classificação climática;
fenologia de plantas;
épocas de plantio;
zoneamento agrícola.
Para saber mais sobre este assunto, clique nas setas abaixo.
Com a ascendência das polı́ticas voltadas para o desenvolvimento sustentável no meio agrı́cola, ocorre numa
tentativa de reduzir os efeitos nocivos da exploração por meio da imposição e especi�icação de limites para a
produção de alimentos. 
•
•
•
•
•
Ao compreendermos o que é a bioclimatologia, iremos direcioná-la aos zoneamentos agrı́colas.
Mas o que o são zoneamentos e para que eles servem? Braga (2017) caracteriza o zoneamento
como uma importante ferramenta auxiliar aos planos diretores das cidades em razão das
diferentes diretrizes aplicadas para o uso e ocupação do solo. Millikan e Del Prette (2000)
também destacam a importância do zoneamento para o planejamento espacial de atividades
produtivas baseadas em estudos edá�icos (estudos do solo, a partir do ponto de vista dos
vegetais) e nas demais caracterı́sticas naturais, que o in�luenciarão direta ou indiretamente. 
Com a intensi�icação das discussões acerca do desenvolvimento sustentável, a criação de uma
gestão dos recursos naturais torna-se extremamente relevante quando há o intuito de antecipar e
prevenir os problemas ambientais, além de preservar os recursos naturais a partir de uma
relação de equilı́brio com a produção (AVANCINI, 2018). 
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O zoneamento agrı́cola é de�inido por Pereira et al. (2007) como a associação entre zoneamento agroecológico
(que envolve as caracterı́sticas climáticas e edá�icas) e as condições socioeconômicas para delimitar a
vocação agrı́cola das terras. Essas informações são utilizadas como base para o planejamento racional do uso
da terra. Por sua vez, Ranieri et al. (2005) indicam que este zoneamento não impõe regras de uso, mas auxilia
nas tomadas de decisão.
Neste contexto, entende-se o zoneamento agrı́cola como uma ferramenta auxiliar ao ordenamento territorial,
ou seja, ao planejamento de uso e ocupação do solo. Ressalta-se a importância dos agentes públicos e da
sociedade civil para o planejamento, pois o mesmo será formulado considerando as ações realizadas de curto
a longo prazo em cada região. Portanto, deve-se “articular os propósitos estabelecidos nacionalmente com as
necessidades e realidades regionais” (AVANCINI, 2018, p. 85).
VOCÊ QUER LER?
Desde 1996 aplica-se no Brasil o método de Zoneamento Agrıćola de Risco Climático
(ZARC), criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e
parceiros, fornecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Ele proporciona a indicação de dados relevantes para redução das perdas agrıćolas.
Para entender mais sobre o assunto a Embrapa disponibiliza um artigo sobre os
instrumentos de gestão utilizados pelo seguro. Disponıv́el em:
<https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Zoneameno_agricola_000�l7v6v
ox02wyiv80ispcrruh04mek.pdf
(https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Zoneameno_agricola_000�l7v6v
ox02wyiv80ispcrruh04mek.pdf )>. 
4.4 Ação antrópica e flutuações climáticas
E� indiscutı́vel o modo como o clima afeta a vida planetária, o que gera a necessidade de compreendê-lo, pois
conhecer suas variáveis de maneira adequada irá in�luenciar diretamente na melhora da qualidade de vida.
As variações climáticas ocorrem na Terra desde sua formação e, com o objetivo de quanti�icar sua ocorrência,
são utilizadas as chamadas escalas	 temporais. As �lutuações	 climáticas possuem tempo de duração
inferior a 10 anos e têm como causas prováveis a interação oceano-atmosfera (VIANELLO; ALVES, 2012). 
Entretanto, elas podem sofrer in�luência das atividades antrópicas. Isto ocorre porque as ações antrópicas
re�letem diretamente no corpo do clima, uma vez que seus elementos podem sofrer alterações causados pelo
homem. A exemplo disto, podemos citar as atividades econômicas, sejam rurais ou industriais, e até mesmo o
modo como nos comportamos diariamente. 
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Zoneameno_agricola_000fl7v6vox02wyiv80ispcrruh04mek.pdf
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Para aprender mais sobre o tema, assista ao vı́deo abaixo.
As alterações antrópicas no clima podem ser intencionais (controle	climático) quando são aplicados estudos
para mitigar ou intensi�icar alguma variável climática ou não-intencionais, quando as mudanças ocorrem em
função dos hábitos cotidianos. Dentre as principais podemos citar a liberação de gases do efeito estufa através
das atividades industriais, das queimadas para �im agrı́cola e da poluição gerada pela utilização de
combustı́veis fósseis, entre outros.
Portanto, é necessário compreender a climatologia como uma ciência auxiliar ao planejamento territorial, pois
seus fatores serão determinantes para manutenção da qualidade de vida e de um meio ambiente saudável com
perspectiva de garantir meios de sobrevivência para as gerações futuras (BORSATO; SOUZA FILHO, 2006).
4.4.1 Climatologia aplicada aos diversos segmentos das atividades humanas
De acordo com Smith (1975) e Hobbs (1980), o clima pode afetar o homem de diversas maneiras e o impacto
do mesmo sobre as atividades humanas é conhecido como climatologia	aplicada. 
Mas de que forma o clima pode afetar o homem? Isto pode ocorrer de diversas maneiras, que vão desde o
conforto �isiológico até o desenvolvimento econômico de uma região. Quando os fatores climáticos não são
conhecidos e o clima de determinada região não é analisado, cria-se um estado de vulnerabilidade, pois a
ação climática poderá in�luenciar tanto positivamente quanto negativamente. A vulnerabilidade climática de
uma determinada região é mensurada pelo grau de suscetibilidade daquela área para sofrer as consequências
climáticas. 
CASO
A in�luência do homem no meio ambiente é inegável e isso afeta diretamente o
clima do planeta. Além disso, existem os fenômenos naturais que interferem na
mesma intensidade ou mais, dependendo do caso. Se utilizarmos como exemplo o
El	 Niño, fenômeno atmosférico-oceânico que aquece de maneira anormal as
águas super�iciais do oceano Pacı�́ico Tropical, perceberemos que o mesmo afeta
não só o clima regional, da área em questão, mas também altera os padrões de
vento a nıv́el global, interferindo na distribuição dos regimes pluviométricos das
regiões tropicais e das médias latitudes. 
O Nordeste brasileiro por exemplo, é bastante afetado pelo El	Niño, pois sofre um
perıódo de grande estiagem das chuvas devido às alterações no padrão de
circulação atmosférico, ocasionando mudanças nos moldes de transporte de
umidade. Esse processo causa grandes prejuıźos à região pela ausência de
chuvas, ocasionando signi�icativas perdas nas atividades agropecuárias.
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Estudo recentes indicam que a capacidade de absorver os fenômenos climáticos não está diretamente
associada ao grau de desenvolvimento ou riqueza de uma região. Burton et al. (1978) destacam que as
civilizações mais vulneráveis aos impactos climáticos são aquelas que se encontram em intenso processo de
modernização. Isto se deve à incapacidade de absorção dos mecanismos necessários para acompanhar as
rápidas transformações em andamento.
As alterações climáticas in�luenciam principalmente na qualidade de vida e no desenvolvimento econômico
de uma sociedade. No primeiro caso, podemos citar a saúde humana, que muitas vezes é afetada devido às
condiçõesclimáticas, que propiciam o aparecimento de algumas enfermidades. 
No quesito desenvolvimento econômico também é possı́vel identi�icar a climatologia aplicada ao setor
industrial e agrı́cola, visto que as situações adversas podem causar perdas de produção. Podemos
exempli�icar essa relação por meio dos nı́veis de desempenho e durabilidade das máquinas, pois as variações
de temperatura in�luenciam-nas diretamente, aumentando os custos com manutenção.
Neste contexto, os estudos climatológicos propiciarão o conhecimento sobre as variáveis climáticas e os
eventos extremos, auxiliando as diversas áreas das atividades humanas a atingirem um nı́vel considerável de
resiliência climática, ao invés de se manterem vulneráveis. 
VOCÊ QUER LER?
A World Wide Fund for Nature Brasil desenvolveu uma parceria com o Ministério do
Meio Ambiente e o Ministério da Integração e lançaram um estudo chamado “I�ndice
de Vulnerabilidade aos Desastres Naturais relacionados às Secas no Contexto das
Mudanças do Clima – IVDNS”, como uma resposta à lacuna de estudos sobre a
vulnerabilidade do paıś a secas e estiagens no contexto da mudança do clima.
Disponıv́el em:
<https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/estudo_secas_completo_com_isbn
.pdf
(https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/estudo_secas_completo_com_isbn.
pdf )> 
Síntese
Concluı́mos agora o quarto capı́tulo relativo à Climatologia e Meteorologia. Agora, você consegue discutir os
dados meteorológicos e relacioná-los com as atividades antrópicas. Além disso, você compreende a
importância dos dados meteorológicos para os estudos climáticos de modo geral. Também foi importante
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fazer a correlação entre o clima e a cartogra�ia, demonstrando como os produtos cartográ�icos gerados são
essenciais para o avanço da ciência e da sociedade. 
Neste capı́tulo, você teve a oportunidade de:
conhecer os diferentes tipos de estações meteorológicas e
diferenciá-las;
aprender como são feitas as medidas e os registros
meteorológicos, buscando compreender as possíveis associações
históricas;
aprender sobre o tratamento de dados meteorológicos e sua
correlação com a cartografia climática;
entender de que modo a cartografia climática é vital para o
desenvolvimento das civilizações, principalmente, quando
relacionada ao desenvolvimento sustentável; 
apreciar o conceito de bioclimatologia, entendendo de que forma
o clima afeta os organismos; 
descobrir as principais ações antrópicas ligadas às flutuações
climáticas;
aplicar os estudos climatológicos de maneira adequada às mais
diversas atividades antrópicas.
•
•
•
•
•
•
•
Bibliografia
ALVES, R. C. M. Notas	 de	 Aula	 –	 Aula	 I. Disciplina Meteorologia Aplicada. UFRGS, s/d. Disponı́vel em:
<http://www.ufrgs.br/lmqa/arquivos/uploads/NotasAula_1.pdf>. Acesso em: 08/11/2018.
AVANCINI , T. G. P. Conservação	do	solo	e	planejamento	do	uso	da	terra:	uma	proposta	de	certi�icação
para	 loteamentos	 em	 franjas	 urbano-rurais. Tese de Doutorado apresentada para a Faculdade de
Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Campinas, 2018, 250p.
AYOADE, J. Introdução	à	climatologia	para	os	trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
BACCARI JUNIOR., F.. Apresentação. In: Ciclo internacional de palestras sobre bioclimatologia animal, 1986,
Botucatu. Anais... Botucatu: [s.n.], 1986. 
BORSATO, V. A.; SOUZA FILHO, E. E. Ação antrópica, alterações nos geossistemas, variabilidade climática:
contribuição ao problema. Revista	Formação.	Edição Especial, n. 13 v. 2, 2006, p. 193-215.
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