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04/04/2022 10:15 ENG_MONAMB_19_E_2
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=o51fXtagCoMO7ROE9qQlqg%3d%3d&l=KUJOeUUDJStM5XY3KCq%2brA%3d%3d&cd=N… 1/34
1. Introdução aos sistemas
ambientais
A superfície da Terra é uma vasta área de aproximadamente 500 milhões de km², e
encontra-se estruturada em torno de sistemas (Christopherson e Birkeland, 2017).
Os sistemas terrestres estão relacionados ao ar, à água, à terra (rochas e solos) e aos
organismos vivos. 
Os sistemas podem ser de�nidos como um conjunto de componentes e atributos,
ordenados e inter-relacionados, conectados por �uxos de energia e matéria, distinto
do ambiente circundante que está fora do sistema (Christopherson e Birkeland,
2017). 
E quais são os sistemas que formam a Terra? 
O planeta Terra é formado pelos seguintes sistemas: a atmosfera, a hidrosfera, a
Unidade 2 - Monitoramento dos
sistemas ambientais
Aline Silverol
Iniciar
04/04/2022 10:15 ENG_MONAMB_19_E_2
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pedosfera, a litosfera e a biosfera. Vamos conhecer cada um deles? 
A atmosfera é uma camada de natureza gasosa e �na, que circunda a Terra, e que
permanece aderida ao planeta graças a força da gravidade (Figura 1).
Figura 1 – Atmosfera terrestre, vista do espaço. Fonte: Pixabay, 2019
A origem da atmosfera está associada à origem do planeta Terra, quando as
primeiras composições da atmosfera terrestre em nada se pareciam com a atual. Foi
somente com a evolução das primeiras formas de vida que o oxigênio passou a fazer
parte da atmosfera.
E como é a nossa atmosfera atual? 
Nossa atmosfera é uma combinação de nitrogênio, oxigênio, argônio, dióxido de
carbono, vapor d’água e gases residuais, e até então, é a única atmosfera do Sistema
Solar que apresenta esta composição (Christopherson e Birkeland, 2017).
Você quer ver?
Quer saber mais sobre a atmosfera terrestre? O canal BBC possui uma série
chamada Terra, o poder do Planeta, com várias temáticas, entre elas a
atmosfera.
A água existe, na natureza, em três estados físicos: líquido, sólido (em forma de gelo)
e gasoso (vapor d’água) e em duas condições químicas gerais: doce e salina (salgada).
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A hidrosfera pode ser de�nida como o sistema que comporta o conjunto das águas
que estão presentes na atmosfera, na superfície e na crosta próxima à superfície
(águas subterrâneas) (Christopherson e Birkeland, 2017). A água ocorre de diferentes
maneiras: na superfície da terra, na forma de rios e lagos; no subterrâneo, formando
lençóis freáticos e aquíferos; nos oceanos, como um grande reservatório de água
salgada; e na forma de vapor d’água na atmosfera, pela evaporação (Figura 2).
Figura 2 – A hidrosfera e a criosfera. Fonte: Pixabay, 2019
A água que se encontra em estado sólido é classi�cada em uma esfera especí�ca,
chamada criosfera. A criosfera inclui os mantos de gelo, as calotas glaciais, os
campos de gelo, as geleiras, as plataformas de gelo, o gelo marinho e o gelo de fundo
subsuper�cial (Christopherson e Birkeland, 2017).
A litosfera pode ser de�nida como o conjunto formado pela crosta terrestre e pelo
manto superior ou astenosfera, que está localizado diretamente abaixo da crosta.
Podemos dizer que a crosta é bem frágil se comparada com as camadas profundas
abaixo da superfície, que se movem lentamente em resposta a uma distribuição
desigual de energia térmica e pressão (Figura 3).
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Figura 3 - As rochas fazem parte da litosfera. Fonte: Pixabay, 2019
A litosfera é um sistema terrestre extremamente dinâmico. É nesta esfera que ocorre
os diversos fenômenos que são responsáveis pela con�guração atual da paisagem.
Esses fenômenos podem ser denominados de externos ou exógenos, ocorrendo na
superfície e estão relacionados ao desgaste das rochas e a erosão, promovidos pelos
agentes do clima, como a pluviosidade, os ventos, o calor, entre outros.
E há também os fenômenos internos ou endógenos, que acontecem no interior da
crosta terrestre, mas que também interferem na dinâmica externa, como os
terremotos e o vulcanismo.
Você quer ler?
Ficou curioso sobre a litosfera? Quer aprendermais? Leia a parte III do livro
Geossistemas: uma introdução a Geogra�a Física , dos autores Robert
W. Christopherson,Ginger H. Birkeland. Disponível na Minha Biblioteca.
A pedosfera é o sistema que abriga os solos. Os solos são o resultado da interação
dos processos externos e da hidrosfera sobre a litosfera, alterando as rochas e as
transformando em solo. Os solos desempenham um importante papel no meio
ambiente e na sobrevivência humana (Figura 4).
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Figura 4 - O solo é o resultado da interação entre as rochas e os fatores externos, cuja alteração
provoca a transformação de um material resistente, como as rochas, em materiais mais friáveis e com
características diferentes do material original, que são os solos. Fonte: Pixabay, 2019
A biosfera é a camada da Terra que abriga a vida. Ou seja, é a parte do planeta que
abriga os seres vivos, animais e vegetais. Para que a vida seja possível, é necessário
um conjunto de mecanismos, que, em estado de equilíbrio, possa satisfazer as
necessidades básicas dos organismos, de forma constante (Figura 5).
Figura 5 - A biosfera é o sistema que abriga a vida, ou seja, os animais e as plantas. Fonte: Pixabay, 2019
Todos os sistemas interagem entre si, buscando sempre manter o equilíbrio e, assim,
proporcionar as condições necessárias para a sobrevivência das espécies na
superfície da Terra. Se uma parte do sistema terrestre sofrer alguma alteração, ela
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provocará o desequilíbrio dos demais sistemas, ocasionando uma série de
consequências para as espécies que são dependentes do seu funcionamento.
Para compreendermos melhor a integração das diversas esferas ou camadas da
Terra, vamos aprender sobre a teoria dos sistemas no meio ambiente e, assim,
extrapolarmos para o monitoramento ambiental de cada sistema terrestre.
1.1. Teoria dos Sistemas
Os elementos dentro de um sistema são interligados, e podem compreender
qualquer número de subsistemas. Nos sistemas terrestres, tanto a matéria quanto a
energia são armazenadas e recuperadas, e a energia pode ser transformada de um
tipo em outro.
A matéria é uma massa que assume forma física e ocupa espaço, enquanto que a
energia é a capacidade de alterar o movimento da matéria ou exercer trabalho sobre
ela. 
Mas como funciona um sistema natural?
Independente do sistema natural, ou seja, a atmosfera, a hidrosfera, a pedosfera, a
litosfera e a biosfera, os sistemas da natureza não são autocontidos. O que isso
signi�ca? Signi�ca que as entradas de �uxo de energia e matéria �uem para dentro
do sistema, e saídas de energia e matéria �uem para fora do sistema
(Christopherson e Birkeland, 2017). Dessa forma, podemos dizer que um sistema que
funciona desta maneira é um sistema aberto. 
Em um sistema, as partes que o compõem funcionam de maneira inter-relacionada,
agindo juntas de uma maneira em que cada sistema tenha condições de ter a sua
característica operacional.
Então, podemos dizer que o planeta Terra é um sistema aberto em termos de
energia, pois a energia proveniente do Sol entra livremente, e a energia térmica sai,
voltando para o espaço. E dentro do sistema terrestre há muitos subsistemas
interconectados. Por exemplo,os rios de �uxo livre são sistemas abertos: as entradas
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são a energia solar, a precipitação e as partículas de solo e rocha; e as saídas são a
água e os sedimentos para o oceano (Christopherson e Birkeland, 2017).
No caso de alterações no sistema dos rios, ou sistema �uvial, essas modi�cações
podem afetar outros sistemas interligados, como os sistemas costeiros. Se houver,
por exemplo, um aumento na carga de materiais particulados de um rio, essa carga
extra de material pode modi�car, por exemplo, a foz ou espalhar os poluentes pelo
litoral.
Os sistemas terrestres são muito dinâmicos devido ao intenso aporte de energia
vinda do Sol. Quando essa energia passa pela camada mais externa da atmosfera
terrestre, ela é transformada em várias formas de energia, que impulsionam os
sistemas terrestres, como a energia cinética (de movimento), a energia potencial (de
posição) e a energia química ou mecânica, que movimentam a atmosfera e os
oceanos. Em algum momento, a Terra devolve essa energia para o espaço, como
energia térmica.
Os sistemas fechados são aqueles que são isolados do ambiente do seu entorno.
Embora os sistemas fechados raramente são encontrados na natureza, podemos
dizer que o planeta Terra é, basicamente, um sistema fechado em termos de matéria
física e recursos: ar, água e recursos materiais. O fato de a Terra ser um sistema
material fechado torna os esforços do uso racional dos recursos naturais inevitáveis
para a manutenção do desenvolvimento socioeconômico (Christopherson e
Birkeland, 2017).
A maioria dos sistemas mantém sua estrutura e suas características ao longo do
tempo. Para que o sistema se mantenha equilibrado, as condições ambientais que
permitem o seu funcionamento devem ser constantes, ou seja, as entradas e as
saídas de matéria e energia são iguais, bem como seu armazenamento.
Você sabia?
Um exemplo são os canais �uviais. Os canais �uviais ajustam a sua forma
em resposta às entradas de água e material particulado. A quantidade de
água e material particulado pode sofrer alterações de um ano para outro,
pois depende de outros subsistemas. Entretanto, a forma do canal deve
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representar uma média estável, ou seja, uma condição de equilíbrio
constante.
No entanto, mesmo os sistemas que apresentam um equilíbrio constante podem
sofrer mudanças ao longo do tempo, buscando outras formas de equilíbrio e sendo
compensadas pelo sistema ao longo do tempo. Essas alterações no funcionamento
do sistema são chamadas de equilíbrio dinâmico. Por exemplo, um rio pode
aumentar a calha do seu canal à medida em que se ajusta ao aumento das entradas
de sedimento ao longo do tempo, devido ao desmatamento das suas margens,
mantendo assim seu equilíbrio dinâmico.
Dessa forma, podemos observar que os sistemas em equilíbrio mantém suas
funções e conseguem resistir a mudanças abruptas, se reajustando e retomando um
novo ponto de equilíbrio.
Apesar da grande capacidade de resiliência de um sistema natural, os sistemas
também apresentam um limite de suporte, o qual, se for ultrapassado, impede o
sistema de manter o seu funcionamento de forma equilibrada. Com a ruptura da sua
capacidade de suporte, o sistema tende a buscar um novo equilíbrio.
Por exemplo, uma encosta está em equilíbrio com a matéria (solos, rochas e
vegetação) e com a energia (sol ou chuva) do seu sistema. Se houver alguma
alteração do sistema, como a remoção da vegetação, a energia recebida será
potencializada, o que provocará a ruptura da encosta, ocasionando o deslizamento.
Após o deslizamento, o sistema volta a buscar o equilíbrio, se adaptando as novas
condições (perda de matéria: vegetação e solos).
Dessa forma, podemos perceber que qualquer alteração brusca nos sistemas
naturais podem causar danos ao equilíbrio ambiental, ocasionando diversas
consequências e uma reação em cadeia entre os diversos subsistemas. E quando
acrescentamos o fator antrópico, por meio das cidades, como o equilíbrio é mantido
ou recuperado?
Você quer ler?
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? Ficou interessado e quer saber mais sobre os sistemas naturais e como a
natureza funciona? Neste site você encontrará um material bem bacana
sobre os sistemas terrestres
http://www.unicamp.br/fea/ortega/extensao/modulo1.pdf
2. Monitoramento das águas
superficiais e subterrâneas
A superfície da Terra é ocupada por 71% de água. A hidrosfera, portanto, cobre mais
da metade da superfície da Terra, sendo 97% de seu volume corresponde aos
oceanos. De toda água disponível no planeta, somente 2,5% são água doce. Sendo
que dessa porcentagem, 1,9% da água doce está na forma de geleiras e nas calotas
polares. Dessa forma, somente 0,6% estão localizados em aquíferos, lagos, rios e na
atmosfera como vapor d’água (Nowacki e Rangel, 2014).
A água é a responsável por transportar matéria e energia entre os diferentes
sistemas ou esferas da natureza. Como exemplo, podemos citar o transporte de
nutrientes do solo para a planta, dos resíduos presentes na superfície do solo, para
os rios, entre outros.
2.1 Conceitos iniciais
Mas como a água circula pelos diversos reservatórios? A água circula por meio do
ciclo hidrológico ou ciclo da água. 
O ciclo hidrológico pode ser de�nido como a troca de água que ocorre entre os
continentes, os oceanos e a atmosfera, e é responsável pela renovação de água no
planeta. Durante o ciclo, há uma mudança constante de estado físico da água, com o
auxílio da radiação emitida pelo Sol e pela ação da gravidade. A água ocorre em
condições normais nos três estados físicos, sólido, líquido e gasoso. Como os três
estados coexistem, há transferência contínua de água de um estado para o outro
(Nowacki e Rangel, 2014).
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E como o ciclo se inicia?
Começaremos a vê-lo pela evaporação da água. A energia do sol é a responsável pela
evapotranspiração da água dos oceanos, lagos, rios e até mesmo de uma poça de
água. Ao chegar às camadas mais altas da atmosfera, o vapor de água forma nuvens,
condensa e permanece em suspensão. À medida que a condensação da água
aumenta, há a formação de gotas maiores, transformando-se em água líquida, e
voltando para a superfície na forma de chuva, chamada de precipitação. Já na
superfície, a água pode seguir dois caminhos:  pode in�ltrar no solo e abastecer um
aquífero ou formar um lençol freático, ou escoar sobre a superfície e retornar
novamente para os oceanos, lagos e rios (Nowacki e Rangel, 2014). Chegando nesses
reservatórios, a energia do solo age novamente, reiniciando o ciclo.
Há milhões de anos, o ciclo da água ocorre naturalmente, garantindo a distribuição
de água em todos os reservatórios. No entanto, devido a poluição ambiental oriunda
das atividades antrópicas, o ciclo vem sendo alterado rapidamente, prejudicando a
qualidade da água.
Sabemos que o desenvolvimento socioeconômico trouxe diversas consequências
para a natureza e que a poluição das águas traz diversas consequências tanto para a
natureza. Os sistemas naturais estão interligados e, portanto, transferem os
impactos de um sistema para outro. Por exemplo, com o lançamento de e�uentes
domésticos e industriais nos reservatórios, a água, ao evaporar, transporta diversas
substâncias tóxicas.
A água, portanto, constitui-se em um recurso de extrema importância para a
sobrevivência humana. Para que possamos realizar o monitoramento da água, é
necessário conhecer alguns parâmetros,características físicas e químicas e, assim,
determinar as metodologias para o monitoramento.
2.2. Parâmetros, variáveis e
metodologias para águas superficiais e
subterrâneas
Para que possamos caracterizar e controlar a qualidade das águas, é importante
conhecermos os principais parâmetros físico-químicos e biológicos, e assim,
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determinar as técnicas e os métodos para a caracterização de um ambiente que se
pretende monitorar.
Mas o que são os parâmetros?
Os parâmetros, de forma geral, são elementos ou características que pode ser
utilizadas para estabelecer comparações entre eventos, objetos, pessoas, dados, etc.
No monitoramento ambiental, os parâmetros são importantes, pois eles constituem-
se como indicativos para comparação, por exemplo, do grau de poluição ou de
contaminação de um determinado sistema.
No caso do monitoramento das águas, utilizamos os parâmetros físicos, parâmetros
químicos e parâmetros biológicos. Os parâmetros físicos podem fornecer indicações
preliminares da qualidade das águas, e de�nem as suas características relacionadas
com visão, tato, gosto e cheiro. Os sólidos em suspensão (turbidez), a concentração
de sólidos dissolvidos (cor), o gosto e o odor fazem parte dessa categoria (Nowacki e
Rangel, 2014).
Os parâmetros químicos estão relacionados com a capacidade solvente da água, já
que a água é um solvente universal. Os principais parâmetros químicos são a dureza,
a alcalinidade, o pH e alguns nutrientes. Os parâmetros biológicos estão relacionados
a presença de organismos, que são indicativos de contaminação e de qualidade das
águas, e que podem ser causadores de doenças, como os coliformes.
Além dos parâmetros físicos, químicos e biológicos, o monitoramento da qualidade
das águas também deve considerar os parâmetros climatológicos, ou seja,
considerar as características do clima de uma região. Dependendo dessas
características, elas podem interferir, por exemplo, na turbidez, se for uma região
com altos índices de precipitação. O vento pode causar a suspensão do material,
alterando a cor da água, entre outros exemplos.
E quais são os parâmetros da água quem devem avaliados? Quais metodologias
devemos usar para obter essas informações? Vamos aprender?
2.2.1. Radiação solar subaquática
A energia proveniente do sol é responsável por modi�car a estrutura térmica da
água, além de interferir nos padrões de circulação e de estrati�cação da massa de
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água. Os processos de absorção e dispersão da luz pela água controlam a
temperatura e a fotossíntese, características muito importantes para a fauna e a
�ora aquáticas (Nowacki e Rangel, 2014).
A radiação solar que penetra na água pode ter sua intensidade modi�cada de acordo
com a quantidade de material dissolvido e de material em suspensão, alterando,
portanto, a temperatura e a fotossíntese, impactando na qualidade da água.
2.2.2. Transparência da água
A transparência da água é uma característica óptica e refere-se a uma medida da
extinção da luz, que indica a distância que um raio de luz consegue penetrar na
coluna d’água. Ou seja, é o posto de turbidez. A transparência da água é uma
característica muito utilizada para avaliar a sua qualidade, especialmente de lagos e
ambientes marinhos.
A metodologia utilizada para a avaliação da transparência da água é por meio do
disco de Secchi. O disco de Secchi é um disco branco, de 20 a 30 cm de diâmetro
(Nowacki e Rangel, 2014).
Você quer ver?
Neste vídeo você verá como é feita a medida da transparência com o disco
de Secchi: https://www.youtube.com/watch?v=R-51TIyhu_s
A transparência é uma característica que varia bastante entre os ecossistemas
aquáticos, pois depende da circulação da massa de água, da composição química,
das chuvas e do período do dia.  No caso do monitoramento ambiental, a avaliação
da transparência pode fornecer indicativos de alteração na quantidade de material
particulado em suspensão, e dar informações como taxas de erosão das margens e
do leito, a drenagem pluvial, a dragagem, a proliferação de algas e esgotos
domésticos e industriais.
2.2.3. Turbidez
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A turbidez representa o grau de interferência da passagem da luz por meio dela, e é
atribuído a presença de partículas grosseiras e coloidais em suspensão, como argila e
silte, que pode ser de origem natural devido à erosão dos solos; e também de origem
antrópica, cujos materiais orgânicos e inorgânicos podem ser provenientes de
e�uentes domésticos e industriais.
A presença destas partículas provoca a dispersão e a absorção da luz, o que deixa a
água com aparência opaca e esteticamente indesejável. Os impactos do aumento da
turbidez nas águas são a diminuição da capacidade de fotossíntese, aumento da
toxicidade da água e a diminuição da temperatura.
A turbidez é um padrão que indica o grau de potabilidade e a qualidade estética das
águas. Em sistemas de tratamento de água para consumo humano, a desinfecção da
água é mais e�caz quanto menor for a turbidez da água.
Para a determinação da turbidez é utilizado o método de Jackson, por meio da
“imagem de vela”. Essa metodologia consiste em medir a profundidade em que a
imagem pode ser vista através da água. O equipamento para determinar a turbidez é
o nefelômetro ou turbidímetro, que mede, em uma célula fotoelétrica, a quantidade
de luz dispersa através da amostra de água (Nowacki e Rangel, 2014).
2.2.4. Cor
A cor na água é uma característica física relacionada com o grau de redução da
intensidade que a luz sofre ao atravessá-la e pela presença de partículas.
O estudo da cor da água pode fornecer informações importantes sobre a qualidade
da água, pois, além de se tratar de uma padrão de potabilidade, também é um
parâmetro operacional para determinação das dosagens de produtos químicos a
serem adicionados no tratamento (Nowacki e Rangel, 2014).
Mas quais materiais particulados podem ser encontrados na água, e que interferem
na cor? As principais partículas orgânicas são os ácidos orgânicos, derivados da
decomposição de restos de plantas, como folhas e outros substratos naturais. Estes
mesmos ácidos orgânicos também são encontrados nos esgotos domésticos e em
e�uentes industriais. Já os compostos inorgânicos podem ser, por exemplo, os
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elementos ferro e manganês, que são encontrados nos solos e nas rochas e podem
alterar a coloração das águas.
Para a determinação da cor da água, pode ser usados métodos de comparação,
através da utilização de padrões de cor ou com disco de cor. No caso de amostras de
água com altas concentrações de e�uentes domésticos ou industriais, deve-se utilizar
a espectrofotometria. Trata-se de uma metodologia em que é usado um aparelho,
que realiza uma leitura da quantidade de um determinado elemento ou composto
dissolvido, sendo comparado com uma amostra padrão, para inferir sobre a
quantidade encontrada.
2.2.5. Temperatura da água
A temperatura representa a quantidade de calor absorvida pela água. A quantidade
de calor que é absorvida pela água é dependente, por exemplo, do regime climático
do lugar onde o corpo d’água está localizado. Características como a latitude, a
altitude, as estações do ano, o período do dia, a taxa de �uxo e a profundidade
interferem na quantidade de calor absorvida.
A temperatura é um parâmetro muito importante, pois interfere em diversos
processos físicos, químicos e biológicosda água. As variações de temperatura podem
interferir na viscosidade, na densidade, no teor de oxigênio dissolvido, além de
diminuir a solubilidade de gases. Além disso, a temperatura também aumenta a taxa
das reações químicas e biológicas, aumentando as trocas gasosas entre os
sedimentos e a coluna de água, o que facilita a liberação, por exemplo, de gases
como metano, gás sulfídrico e gás amoníaco (Nowacki e Rangel, 2014).
Portanto, é de grande importância o monitoramento da temperatura dos e�uentes
domésticos ou industriais lançados nos corpos d’água, já que a elevação da
temperatura pode provocar diversas reações prejudiciais à água e a biota.
A temperatura da água pode ser aferida através de termômetro simples de mercúrio
ou termômetro digital, devendo ser realizadas no próprio local de coleta.
2.2.6. Oxigênio dissolvido (OD)
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O oxigênio dissolvido é a quantidade das moléculas deste elemento que está
dissolvida na água. Do ponto de vista ecológico, o oxigênio dissolvido é de grande
importância, pois ele é a fonte de oxigênio utilizada na respiração da maioria dos
organismos que habitam o meio aquático.
A quantidade de oxigênio dissolvido na água pode ser alterada com a mudança de
diversos parâmetros físicos e químicos da água, como, por exemplo, a temperatura,
a mistura e o movimento da água, a pressão atmosférica e a presença de matéria
orgânica.
Os valores de oxigênio dissolvido são fortemente alterados quando há o lançamento
de e�uentes domésticos e industriais, pois estes são ricos em teores de matéria
orgânica. Esta, por sua vez, é decomposta por microrganismos presentes na água,
que produzem compostos simples e inertes, como o gás carbônico e a própria água.
Como os organismos utilizam o oxigênio para consumir a matéria orgânica, quanto
maior a quantidade de matéria orgânica presente na água, menor será o nível de
oxigênio dissolvido disponível para os outros organismos dependentes do oxigênio.
O monitoramento do oxigênio dissolvido tem por objetivo avaliar as condições
naturais do corpo d’água e detectar os impactos ambientais relacionados a
diminuição do oxigênio dissolvido, como a eutro�zação e a poluição por e�uentes
diversos.
Você quer ver?
Quer saber mais sobre o processo de eutro�zação? Veja este vídeo e amplie
o seu conhecimento https://www.youtube.com/watch?v=MeqoqVWMVKU
Para a determinação do oxigênio dissolvido, o método mais utilizado é a titulação
pelo método de Winkler, equipamento eletrométrico e a colorometria (Nowacki e
Rangel, 2014).
2.2.7. Demanda bioquímica de oxigênio e demanda
química de oxigênio
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A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) corresponde à quantidade de oxigênio
consumida pelos microrganismos durante a oxidação biológica da matéria orgânica.
Ou seja, quanto maior a quantidade de matéria orgânica presente na água, maior
será a demanda de oxigênio por parte dos microorganismos.
A DBO é um parâmetro de grande relevância para avaliar a qualidade da água. Os
altos valores de DBO podem indicar contaminação por e�uentes ricos em matéria
orgânica, e no tratamento de esgotos, a DBO é um parâmetro que auxilia no controle
biológico, aeróbico e físico-químico.
Já a demanda química de oxigênio (DQO) é a medida da quantidade de oxigênio
necessária para oxidar quimicamente a matéria orgânica na água. O que isso
signi�ca?
A DQO representa a quantidade de componentes passíveis de oxidação por um
agente forte em meio ácido, como o carbono, o hidrogênio, o nitrogênio, o enxofre o
fósforo. Esse parâmetro pode contribuir na determinação do grau de poluição da
água, juntamente com os dados de DBO, monitorando se houve despejo de e�uentes
diversos e o grau de biodegrabilidade desses e�uentes.
2.2.8. Potencial hidrogeniônico (pH)
O potencial hidrogeniônico (pH) é a medida da relação entre a concentração de íons
hidrogênio (H+) e a concentração de íons hidroxila (OH-) presente na água (Nowacki e
Rangel, 2014).
E quando a água é classi�cada como ácida, básica ou neutra? 
Quando há a predominância de íons H+, signi�ca que a água apresenta caráter ácido.
No caso da predominância de íons OH–, a água, então, apresentará caráter básico.
Quando a água apresenta concentrações iguais de íons H+ e OH–, signi�ca que ela
tem caráter neutro (Nowacki e Rangel, 2014).
De forma geral, as águas apresentam valores de pH entre 6 e 8, e, em alguns casos,
podem apresentar um caráter ligeiramente alcalino, devido à presença de elementos
como carbonatos e bicarbonatos, que podem estar presentes nos solos por onde a
água passa.
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A interpretação dos valores de pH é uma das tarefas mais difíceis, pois esse
parâmetro sofre a in�uência de vários fatores, como as partículas sólidas orgânicas e
inorgânicas, gases dissolvidos, dureza, alcalinidade e temperatura. Ao mesmo tempo,
é uma metodologia interessante para a identi�cação de fontes pontuais de poluição,
principalmente de e�uentes industriais.
Para a determinação do pH, pode-se utilizar inúmeras metodologias e equipamentos,
como o pHmetro. O pHmetro que consiste em um eletrodo acoplado a um
potenciômetro, que é um equipamento que mede a diferença de potencial. Outra
maneira de se determinar o pH de uma solução é utilizar tiras de papel absorvente
com uma mistura de indicadores de pH, conhecido como indicador universal. Cada
cor representa um valor de pH de 0 a 14, que pode ser comparado com tabelas que
apresentam as cores padrões (Nowacki e Rangel, 2014).
2.2.9. Dureza total
A dureza indica a presença de sais de cálcio e de magnésio em excesso, e por isso, a
água é classi�cada como “água dura”. A principal fonte desses elementos são os
solos e as rochas, cujas águas, através do escoamento, transportam esses elementos
para os corpos d’água.  Além disso, e�uentes ou outros tipos de resíduos portadores
desses elementos podem também contaminar a água, como fertilizantes químicos.
A dureza é determinada pela quantidade de carbonato de cálcio (CaCO3), presente
na água, em partes por milhão (ppm). Quanto maior a concentração de CaCO3, maior
a dureza da água.
E como podemos determinar a quantidade de CaCO3 na água? 
O método para a determinação de dureza é o título métrico com EDTA (ácido
etilenodiamino tetra-acético) ou permanganato, ou também por espectrofotometria
de absorção atômica (Nowacki e Rangel, 2014).
2.2.10. Condutividade elétrica
A condutividade elétrica pode ser de�nida como a capacidade de conduzir corrente
elétrica, e está diretamente relacionada com a presença de íons dissolvidos na água.
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Quanto maior a concentração de íons dissolvidos na água, maior será a sua
condutividade elétrica (Nowacki e Rangel, 2014).
A determinação da condutividade elétrica contribui para a identi�cação de
lançamento de poluentes diversos, como e�uentes industriais e domésticos. A
presença desses e�uentes por condutividade normalmente apresentam níveis acima
de 100 μS/cm, conferindo a água características corrosivas. A determinação da
condutividade elétrica pode ser realizada pelo método eletrométrico, com um
condutivímetro digital.
2.2.11. Sólidos
Os sólidos nas águas correspondem a toda matéria que permanece como resíduo
após evaporação, secagem ou calcinação de uma amostra, em laboratório. É este
procedimento que determina a classi�cação dos sólidos encontrados na água em
totais, em suspensão, dissolvidos, �xos ou voláteis(Nowacki e Rangel, 2014).
O estudo das frações de sólidos apresenta bastante relevância para a determinação
da natureza e do tamanho das partículas.
Você sabia?
O estudo dos sólidos é de grande importância, por exemplo, em sistemas
de tratamentos de esgotos, por causa dos equipamentos utilizados no
tratamento dos e�uentes.
Nos rios, a presença de sólidos pode ser indicativa de processos erosivos nas
margens, e �uentes domésticos, industriais e outros resíduos diversos. As
consequências dos sólidos nos cursos d’água é o assoreamento, que pode diminuir
as vazões de escoamento e os volumes de armazenamento. 
E como os sólidos podem ser determinados?
Os métodos utilizados para a determinação de sólidos são os gravimétricos e o
volumétrico, sendo o último para os sólidos sedimentáveis. Os sólidos totais (ST) são
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resíduos resultantes da evaporação em banho-maria e secagem em estufa. Os
sólidos em suspensão ou suspensos (SS) são os resíduos de diâmetro maior ou igual
a 1,2 μm que �cam retidos no �ltro, por isso são denominados resíduos não
�ltráveis. Os sólidos voláteis (SV) ou resíduos voláteis são os sólidos perdidos após a
calcinação da amostra em mu�a. Os resíduos que permanecem após a calcinação
são os sólidos �xos (SF) ou resíduos �xos. E por �m, os sólidos sedimentáveis (SSed)
são a porção de sólidos que se sedimenta sob a ação da gravidade em uma amostra
mantida em repouso em um cone Imho� (Nowacki e Rangel, 2014). 
2.2.12. Compostos de fósforo e nitrogênio
O fósforo é um elemento químico essencial ao crescimento das plantas e na
manutenção de diversos processos �siológicos nos animais. Na água, pode ser
encontrado na forma de ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico. Entretanto, a
presença de fosfatos em altas concentrações em corpos d’água pode causar o
processo de eutro�zação.
As principais fontes de fósforo são os e�uentes domésticos e industriais, fertilizantes,
detergentes e dejetos de animais. A determinação desse elemento nas águas é de
grande importância no controle do processo de eutro�zação. O fósforo pode ser
detectado por espectrofotometria e por gravimetria.
Fig. 7 - Eutro�zação Fonte: USP 2019
Assim como o fósforo, os compostos nitrogenados também são de grande
importância na manutenção dos organismos vegetais e animais e são encontrados
na água sob diversas formas, como o gás nitrogênio (N2) livre na atmosfera; o
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nitrogênio orgânico, dissolvido e em suspensão; a amônia livre (NH3) e a ionizada
(NH4+); o nitrito (NO2-) e o nitrato (NO3-).
Os compostos de nitrogênio podem ser de origem natural, como proteínas, cloro�la
e outros compostos biológicos; de origem antrópica, como e�uentes domésticos e
industriais; e origem animal, como os dejetos de animais.
As alterações que os compostos de nitrogênio sofrem, ao chegar na água, podem
também contribuir na identi�cação da fonte poluidora e até do tempo em que
aquele corpo d’água está submetido ao poluição. Em águas que foram poluídas
recentemente, o nitrogênio apresenta-se sob a forma de nitrogênio orgânico e
amônia livre. Quando chega à água, a amônia livre transforma-se na forma ionizada,
e em condições aeróbicas transforma-se em nitrogênio nitroso e posteriormente em
nitrato (Nowacki e Rangel, 2014).
Para determinar a presença de nitrogênio, utiliza-se a metodologia de determinação
do nitrogênio total Kjeldahl (NTK), que mede o nitrogênio amoniacal e orgânico.
2.2.13. Microorganismos indicadores
Alguns microrganismos podem ser utilizados como parâmetros biológicos para
avaliar a qualidade da água. Os microorganismos são encontrados na água e são
responsáveis pela decomposição da matéria orgânica presente de forma natural ou
por atividades antrópicas.
Os microrganismos do grupo coliforme, especi�camente os coliformes fecais, são
utilizados como indicadores biológicos de qualidade das águas e ajudam na
investigação de fontes poluidoras, especialmente e�uentes de origem doméstica.
Para monitorar a poluição de um corpo d’água por e�uentes domésticos, geralmente
é determinada a espécie Escherichia coli, através de culturas feitas em laboratório,
para a avaliação das taxas populacionais desses microorganimsos e, assim,
determinar o grau de contaminação.
3. Monitoramento do solo
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Existem diversas de�nições para o conceito de solo, mas, de maneira geral, o solo é
um produto do intemperismo, do remanejamento e da organização dos materiais
alterados, sob a ação da atmosfera, da hidrosfera, da biosfera e das trocas de
energia envolvidas (Toledo et. al. 2008).
Ainda, o solo pode ser de�nido como um corpo tridimensional da paisagem,
resultado da ação combinada de vários processos pedogenéticos, e dependem da
intensidade de manifestação dos fatores de formação, clima, relevo e organismos,
sobre o material de origem, durante certo período de tempo.
Você sabia?
Processos pedogenéticos são os processos de adição, perda, transformação
e translocação que o material alterado é submetido para ser considerado
um solo.
Mas como o solo se forma? 
Para a formação do solo, é necessário a existência do material de partida, chamado
de material de origem. Este material deve estar preparado para as reações
pedogenéticas.
O intemperismo é o responsável por esta preparação. O intemperismo pode ser
de�nido como o conjunto de modi�cações de ordem física e ordem química que as
rochas sofrem ao a�orar na superfície da Terra (Toledo et al. 2008).
Você quer ver?
Para compreender como os solos se formam, assista esses dois vídeos
https://www.youtube.com/watch?v=kIXu-MYWl5Q e
https://www.youtube.com/watch?v=rcqfzJR1-9E e amplie os seus
conhecimentos.
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3.1. Poluentes do solo
Durante toda a história da humanidade, o solo nunca foi tratado como um recurso
não renovável valioso. Entretanto, com a necessidade, cada vez maior, do aumento
da produtividade agrícola, a preservação e o monitoramento do solo, passou a ser
um assunto de grande importância, já que ele, assim como a água e o ar, constituem-
se em um dos recursos essências à vida.
Figura 8 - Solo. Fonte: AEGRO ,2019
A contaminação dos solos prejudica diversas reações que acontecem nesse sistema,
alterando as suas funcionalidades e diminuindo, por exemplo, a produtividade
agrícola.
Além disso, a interação da água da chuva com os solos contaminados acabam
transportando muito desses poluentes para os cursos d’água e para as águas
subterrâneas, promovendo a poluição desses sistemas. Ainda, as partículas do solo
em suspensão no ar também pode aumentar as taxas de poluição do ar. 
E quais seriam os principais poluentes? Vamos conhecer?
Erosão
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Resíduos industriais
Resíduos persistentes
Resíduos urbanos
Salinização
3.2. Parâmetros e principais
metodologias de análise e medição
O monitoramento dos solos pode ser realizado por meio de análises químicas, que
caracterizam as características químicas do solo, e a análise granulométrica, que
avalia algumas propriedades físicas do solo. 
As análises químicas utilizadas para avaliar parâmetros como compostos orgânicos e
inorgânicos são muito complexas, pois a maioria delas precisam de tratamentos
especí�cos das amostras do solo, para a extração de soluções que serão
posteriormenteavaliadas para a obtenção dos resultados.
Você quer ver?
Para aprender sobre as análises do solo, assista a este vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=oVJX8gX4sAg e amplie os seus
conhecimentos.
A erosão é o processo de destacamento das partículas do solo por um agente
de transporte, que pode ser a água, o vento, as marés ou as geleiras. A erosão
pode ser classi�cada em erosão natural ou geológica ou erosão acelerada ou
antrópica. A primeira processa-se sob a ação dos agentes naturais; e a segunda
ocorre como uma consequência da ação do homem sobre o solo (Nowacki e
Rangel, 2014). 
Quando os solos estão contaminados por algum produto ou substância, o
transporte do solo pelos processos erosivos promove a contaminação de outros
locais, podendo até mesmo chegar aos cursos d’água, contaminando-os.
Figura 9 - Erosão antrópica. Fonte: Rural pecuária, 2019
Os resíduos industriais são os sólidos, lamas e materiais pastosos originados
pelos processos industriais, como os das áreas metalúrgica, química,
petroquímica, alimentícia, entre outras. Os resíduos industriais podem ser
classi�cados em inertes, não inertes e perigosos, e cada classe possui sua
di�culdade, desde o transporte, o tratamento, até a destinação �nal (Nowacki e
Rangel, 2014).
Os resíduos persistentes são substâncias tóxicas e formadas por compostos
orgânicos semelhantes aos dos seres vivos, como por exemplo os poluentes
orgânicos persistentes (POPs) e os metais pesados. 
Os poluentes orgânicos persistentes (POPs) são gerados em diversos processos
industriais, como na produção de plásticos em geral, na produção de papel, por
meio do processo de branqueamento com cloro; na geração e composição de
produtos agrícolas; na incineração de lixo doméstico, industrial e hospitalar; e
em processos industriais que empregam cloro e derivados de petróleo (Nowacki
e Rangel, 2014). 
Os metais pesados fazem parte da composição do solo, em pequenas
quantidades. Entretanto, produtos e resíduos industriais, agrícolas, combustão
de combustíveis fósseis e emissão de gases altera a concentração desses metais
no solo. Os principais metais pesados responsáveis pela contaminação dos
solos são cádmio, chumbo, cromo, cobre, zinco, mercúrios e arsênio.
Um dos resíduos urbanos mais importantes e preocupantes é o lixo. O lixo pode
ser de�nido como o conjunto de diferentes resíduos sólidos, de diversas
procedências, gerados pelas aglomerações urbanas e pelos processos
produtivos.  Os resíduos urbanos podem se apresentar no estado sólido,
semissólido ou semilíquido, sendo constituído em sua maior parte por matéria
orgânica. A decomposição da matéria orgânica presente no lixo interage com
outros materiais, como plásticos e metais, formando compostos altamente
poluentes.
Figura 10 - Resíduos urbanos. Fonte: Jornal USP, 2019
A salinização é um processo natural que ocorre nos solos, sob in�uência do
material de origem do solo, do clima ou as condições do relevo. As atividades
antrópicas que pode provocam a salinização do solo são especialmente as
atividades agrícolas, como a irrigação e fertilizantes (Nowacki e Rangel, 2014).
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A análise granulométrica determina a proporção das frações constituintes do solo
(areia, silte, argila) que podem in�uenciar no seu uso, além de ser indicativa para
monitoramento de processos erosivos, porosidade, entre outras. Além disso, é uma
análise complementar da análise química, garantindo maior segurança para o
diagnóstico e monitoramento de poluentes.
4. Monitoramento do ar
A atmosfera terrestre pode ser de�nida como uma camada de gases em torno da
Terra, com espessura de aproximadamente 800 km. A atmosfera, apresenta, como
composição geral, 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 0,93% de argônio, 0,04% de
gás carbônico, e o restante é composto por outros gases e vapor d’água. Essa
mistura de gases é conhecida como ar (Nowacki e Rangel, 2014).
A atmosfera possui diversas funções, que são muito importantes para a manutenção
da vida no planeta, como, por exemplo, a absorção da radiação ultravioleta, o que
reduz a grande variação de temperatura entre o dia e a noite. O vapor d’água, o gás
carbônico e o ozônio são responsáveis por absorver radiação, além do ozônio
também desempenhar o papel de �ltro da radiação ultravioleta (UV), que é
prejudicial aos organismos vivos.
A atmosfera terrestre está dividida em camadas, e cada uma delas apresenta uma
característica distinta. As camadas da atmosfera são a troposfera, a estratosfera, a
mesosfera, a termosfera e a exosfera.
Você quer ver?
Para conhecer mais sobre as camadas da atmosfera, veja este vídeo e
amplie o seu conhecimento https://www.youtube.com/watch?
v=gi6em5INaAA
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Devido as funções da atmosfera, o monitoramento da qualidade do ar é de grande
importância para que as funções da atmosfera ocorram de forma satisfatória. As
principais fontes de poluição atmosférica são consequências das atividades
humanas, como a queima de combustíveis fósseis, as atividades domesticas, as
atividades industriais, entre outras. 
E quais seriam os principais poluentes? Vamos conhecer? 
4.1. Poluentes da atmosfera
Os poluentes do ar podem ser classi�cados por suas diferenças nas características
físicas ou químicas, pela sua origem, pela natureza dos efeitos que dele advém, pelo
seu estado legal e pela sua toxicidade e frequência de ocorrência (Nowacki e Rangel,
2014).
Entretanto, o que vai de�nir a qualidade do ar são as reações químicas que ocorrem
entre os poluentes e a atmosfera, que por sua vez determinam quais serão os efeitos
da poluição do ar sobre a população e o meio ambiente em geral (Nowacki e Rangel,
2014).
E quais são os principais poluentes?
4.1.1. Material particulado
O material particulado é o conjunto de poluentes que reúne todo tipo de material
sólido e líquido, que se mantém suspenso na atmosfera por causa do seu pequeno
tamanho. 
O material particulado pode ser classi�cado em (Nowacki e Rangel, 2014): 
a) Partículas totais em suspensão (PTS): são aquelas que possuem diâmetro menor
que 50 μm. Uma parte é inalável, causando problemas respiratórios, e a outra parte
pode inter- ferir nas condições estéticas do ambiente e prejudicar as atividades
normais da população. 
b) Partículas inaláveis (MP10): são aquelas que possuem diâmetro menor que 10 μm.
Podem ser classi�cadas ainda como partículas inaláveis �nas – MP2,5 (<2,5 μm) e
partículas inaláveis grossas (2,5 a 10 μm). As partículas inaláveis �nas atingem os
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alvéolos pulmonares. Já as grossas �cam retidas na parte superior do sistema
respiratório. 
c) Fumaça (FMC): é o material particulado suspenso, proveniente de combustão. 
4.1.2. Monóxido de Carbono (CO)
O monóxido de carbono é um gás incolor, insípido e inodoro, proveniente da
combustão incompleta de materiais orgânicos, como combustíveis fósseis, biomassa,
queimadas, erupções vulcânicas, entre outros. 
4.1.3. Hidrocarbonetos
Os hidrocarbonetos são uma classe de compostos formados somente por carbono e
hidrogênio. Ao se combinarem com a luz do sol, formam óxidos de nitrogênio, que,
por sua vez, produzem compostos secundários que são nocivos à saúde humana. Os
hidrocarbonetos são resultantes da combustão incompleta e da evaporação de
combustíveis e outros produtos voláteis. Diversos hidrocarbonetos são cancerígenos
e mutagênicos, e participam ativamente de reações de formação do smog
fotoquímico (Nowacki e Rangel, 2014). 
Um dos hidrocarbonetos mais relevantes é o metano (CH4). O metano é um gás
natural, produzido,em ambientes naturais, na fermentação da matéria orgânica. Já
as atividades humanas responsáveis pelo metano são atividades agrícolas e
industriais. 
Cerca de 70% do metano lançado na atmosfera é proveniente de atividades
antrópicas, e, em escala de contribuição para o efeito estufa, o gás metano é o
segundo colocado. 
4.1.4. Óxidos de Nitrogênio (NO) e Dióxido de
Nitrogênio (NO 2 )
Os compostos de nitrogênio são formados quando o gás nitrogênio (N2) do ar reage
com o gás oxigênio (O2) durante o processo de combustão. Sob a ação da luz, o
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óxido de nitrogênio (NO) produz o dióxido de nitrogênio (NO2) e é responsável pela
formação de ozônio (O3). O dióxido de nitrogênio (NO2) atua como catalisador em
reações de oxidação, do dióxido em trióxido de enxofre. 
Os óxidos de nitrogênio são produzidos pelas bactérias que existem no solo, porém
sua concentração no meio rural é 10 a 100 vezes menor que em áreas urbanas. O
monóxido de nitrogênio (NO) é produzido pela ação de descargas elétricas
atmosféricas, relâmpagos e raios durante as tempestades. Alguns microrganismos
do solo, durante o processo de degradação da matéria orgânica, podem dar origem a
este óxido, mas a maior fonte de obtenção deste composto é a combustão de
derivados de petróleo em motores a explosão. 
4.1.5. Ozônio (O3) e oxidantes fotoquímicos
O ozônio é originado da reação entre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos
voláteis, na presença de luz solar. Os compostos orgânicos voláteis são produzidos
na queima incompleta e evaporação de combustíveis e solventes. Para determinar a
presença de oxidantes fotoquímicos na atmosfera, utiliza-se o ozônio como
indicador, uma vez que ele é o principal produto desta reação. Estes poluentes
formam o smog fotoquímico (Nowacki e Rangel, 2014). 
Você quer ver?
Ficou curioso sobre o smog fotoquímico? Veja este vídeo e amplie o seu
conhecimento https://www.youtube.com/watch?v=BlumBrmfL3g
4.1.6. Dióxido de Carbono (CO2)
O dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, é um óxido presente
na atmosfera, e é extremamente prejudicial ao meio ambiente. É um dos gases
responsáveis pelo aquecimento global, e os teores na atmosfera tem aumentado a
cada ano.
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A origem do gás carbônico está relacionada tanto a processos naturais, mas
especialmente por processos antrópicos. Com o aumento excessivo de carros e de
outros veículos, aumenta a queima de combustíveis fósseis e, consequentemente, a
emissão de gás carbônico. Além disso, também contribuem para a emissão do gás
carbônico o desmatamento de �orestas e as queimadas.
4.1.7. Compostos de enxofre
 Os compostos de enxofre reduzido mais comuns na atmosfera são o sulfeto de
hidrogênio, metilmercaptana, dimetilsulfeto e dimetildissulfeto. Os compostos de
enxofre podem ser obtidos, de forma natural, a partir da degradação microbiológica
de matéria orgânica, contendo sulfatos e na decomposição bacteriológica de
proteínas. Já as atividades antrópicas responsáveis pela emissão de compostos de
enxofre são, por exemplo, as operações de re�naria de petróleo, fábricas de
celulose, plantas de tratamento de esgoto, entre outros.
E como podemos monitorar a quantidade desses gases na atmosfera? Vamos
aprender?
4.2. Parâmetros e principais
metodologias de análise e medição
4.2.1. Método gravimétrico para análise de partículas
em suspensão
A coleta das partículas em suspensão é feita através de papel �ltro ou �ltro de �bra
de vidro, que permite longos períodos de coleta, em um sistema chamado Hi-Vol. O
Hi-Vol é composto de um amostrador, uma casa ou gabinete, um rotâmetro, um
regulador e um controlador de �uxo.
O método consiste em succionar o ar ambiente para o interior de um abrigo, através
de uma bomba, passando pelo �ltro por um período de 24 horas corridas (cerca de
2.000 m3/dia). O material com diâmetro entre 0,1 e 100 micra é retido no �ltro. Um
medidor de vazão registra a quantidade de ar succionada. A concentração de
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partículas em suspensão no ar ambiente é determinada por gravimetria,
relacionando-se a massa retida no �ltro e o volume de ar succionado.
Para a medição da quantidade de material classi�cado como material particulado
inalável, também são recomendados os amostradores de grande volume (Hi-Vol
MP10).
A metodologia para a determinação da quantidade dessas partículas é a separação,
por inércia, do material particulado de tamanho superior a 10µm, através de
chicanas. As partículas menores, que passam por estas chicanas �cam retidas em
papel �ltro.
A fumaça pode ser medida pelo método de aceleração livre.  A amostragem consiste
em impor ao motor uma rápida aceleração de modo a obter a utilização máxima da
bomba de injeção. Quando se atinge a máxima velocidade do motor, inicia-se a
desaceleração, até que o motor volte ao seu estado natural. Esta operação provoca a
emissão de uma “nuvem” de fumaça em quantidade equivalente à emissão de
fumaça caso o veículo estivesse em uso.
A bomba de sucção utiliza um �ltro de papel, o qual muda de cor (torna-se negro) em
função da qualidade do gás. A mudança da cor é provocada pela passagem dos
gases, 
provenientes do escapamento durante a aceleração pelo �ltro. O tempo de sucção
varia de 6 a 8 segundos.
4.2.2. Compostos de enxofre
Para analisar a quantidade de compostos de enxofre no ar atmosférico, é utilizado o
método da pararonasilina. Os gases são coletados por um sistema de borbulhadores,
onde um determinado volume do ar ambiente, mediante o uso de uma bomba de
vácuo, é succionado e borbulhado em solução de reagentes especí�cos para cada
poluente, por um tempo especí�co (normalmente 24 horas). A solução obtida pela
mistura de gases mais o reagente é lida em espectrofotômetro, e assim, determinado
o tipo de composto de enxofre.
4.2.3. Dióxido de Nitrogênio (NO2)
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Para medir a concentração e dióxido de nitrogênio (NO2) no ar atmosférico, adota-se
o método do arsenito de sódio. O dióxido de nitrogênio (NO2) ambiente é coletado
borbulhando-se ar através de uma solução de hidróxido de sódio e arsenito de sódio.
O dióxiodo de nitrogênio é determinado colorimetricamente, durante a amostragem,
pela reação de íon de nitrito com ácido fosfórico, sulfanilamida ediidrocloreto N-(1-
naftil)-etilenediamina, medindo-se a absorção do corante.
4.2.4. Monóxido de Carbono (CO)
A determinação da concentração de monóxido de carbono é realizada, no Brasil, por
espectrofotometria de infravermelho não-dispersivo.
4.2.5. Ozônio (O3)
Para o monitoramento do ozônio, utiliza-se o método NBKI (neutral bu�ered
potassium iodide). O método consiste na reação do O3, que reage com o iodeto de
potássio liberando iodina, que é determinada pelo espectrofotômetro.
Síntese
Chegamos ao �nal desta unidade. Aprofundamos nosso conhecimento acerca dos
diferentes sistemas ambientais que devem ser alvo de monitoramento ambiental
para a efetiva preservação e redução dos impactos das atividades humanas.
Especi�camos os agentes poluidores principais que atingem cada um deles, bem
como métodos efetivos para identi�cá-los e, se possível, removê-los. 
Nesta unidade você teve a oportunidade de:
Destrinchar as práticas, parâmetros e variáveis de monitoramento de águas
super�ciais e subterrâneas;
Conhecer os principais equipamentos de análise e medição utilizados em sistemas
hídricos;
Destrinchar as práticas, parâmetrose variáveis de monitoramento do solo; 
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Conhecer os principais equipamentos de análise e medição utilizados em sistemas de
solo contaminado;
Destrinchar as práticas, parâmetros e variáveis para monitoramento do ar e
percepção de odores;
Conhecer os principais equipamentos de análise e medição utilizados em poluição de
ar e controle de odores.
Download do PDF da unidade
Bibliografia
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