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04/04/2022 10:16 ENG_MONAMB_19_E_3
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=o51fXtagCoMO7ROE9qQlqg%3d%3d&l=KUJOeUUDJStM5XY3KCq%2brA%3d%3d&cd=N… 1/26
Introdução
A natureza nos oferece tantos recursos naturais, e
nós, na maioria das vezes, nem percebemos como
o nosso estilo de vida altera os sistemas naturais! 
Mas como monitorar os sistemas naturais e
impedir que os impactos ambientais possam
ocorrer e, no caso de sua ocorrência, saber como
agir? 
Por meio do monitoramento ambiental, é possível
criar planos para acompanhamento ambiental e
oferta de cuidados aos sistemas naturais, com o
intuito de se evitar os impactos e a poluição dos
recursos naturais. Para que isso seja realizado, é
Unidade 3 - Análise e
interpretação de resultados
Aline Silverol
Iniciar
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https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=o51fXtagCoMO7ROE9qQlqg%3d%3d&l=KUJOeUUDJStM5XY3KCq%2brA%3d%3d&cd=N… 2/26
importante compreender alguns conceitos sobre
amostragem e rede de monitoramento de cada
sistema. Além disso, também é importante
compreender a análise estatística dos dados
obtidos por meio da análise laboratorial, além de
sua interpretação.
Dessa maneira, é possível monitorar o ambiente
de interesse e observar possíveis alterações,
mesmo que pequenas, que sejam indicativas de
processos de poluição. Assim, é possível manter e
preservar a qualidade dos sistemas naturais, e
com isso promover o desenvolvimento econômico
e social, ao mesmo tempo em que a
sustentabilidade ambiental possa ser assegurada.
Bons estudos! 
1. Instrumentação de redes
de monitoramento
Sabemos o quanto é importante a preservação e o uso de forma racional dos
recursos naturais. Para estabelecer um equilíbrio sustentável entre o necessário
desenvolvimento econômico e social e a disponibilidade dos recursos naturais em
seus respectivos – água, ar e solos – é fundamental o estabelecimento de um
programa de monitoramento ambiental. Em que se forneça dados e subsídios para o
diagnóstico e avaliação das condições dos sistemas naturais e para a tomada de
decisões associadas ao gerenciamento de recursos. 
O monitoramento pode ser de�nido como um conjunto de informações físicas,
químicas e biológicas do sistema natural em estudo, para atender a um ou mais
objetivos. Desta forma, pode ser considerado um sistema contínuo de observações,
medições e avaliações com múltiplas �nalidades. Podemos citar, como os principais
objetivos do monitoramento ambiental (Figura 1): 
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Detectar a violação de padrões de qualidade, previstos na legislação;
Analisar a tendência de uma variável;
Avaliar a e�cácia de programas e ações conservacionistas;
Relatar os impactos ambientais resultantes de uma ação proposta;
Alertar para impactos ambientais não previstos, ou mudanças nas tendências
previamente observadas;
Oferecer informações imediatas, quando um indicador de impacto ambiental se
aproximar de valores críticos, conforme legislação;
Oferecer informações que permitam avaliar as medidas mitigadoras para alterar
ou ajustar as técnicas de monitoramento utilizadas.
Figura 1 - Uma das etapas do monitoramento ambiental, as análises de laboratório são responsáveis
por fornecer dados importantes para o acompanhamento da qualidade do sistema natural. Fonte:
Pixabay, 2019. 
Dessa forma, as redes de monitoramento têm como objetivo desenvolver ações que
permitam o aprimoramento e a ampliação do monitoramento da qualidade dos
sistemas naturais, permitindo que suas informações estejam disponíveis para toda a
população. 
Os objetivos das redes de monitoramento estão relacionados com o funcionamento
do sistema ambiental que está sendo avaliando, por meio dos dados obtidos pelas
redes de monitoramento, que irão subsidiar as decisões que devem ser tomadas
com relação à gestão dos recursos naturais. 
Portanto, para a realização do monitoramento, é necessário o conhecimento dos
conceitos básicos de instrumentação, análise dos dados e o uso da estatística para a
interpretação dos dados levantados pelas redes. 
Entretanto, para se monitorar um sistema é necessária a realização de um
planejamento, para que, de forma clara, os objetivos estabelecidos possam ser
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atingidos. 
E como o levantamento de dados pode ser planejado? 
O planejamento do monitoramento consiste nas seguintes etapas (Derisio, 2012): 
De�nição dos objetivos da amostragem;
Seleção dos parâmetros;
Seleção dos locais de coleta;
Fixação do número de amostras e da frequência da amostragem;
Seleção dos métodos analíticos;
Seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras;
Aplicação de métodos de controle da qualidade dos dados.
E como os dados podem ser obtidos? Vamos aprender? 
1.1. Instrumentação de redes de
monitoramento da água
A manutenção e o monitoramento da qualidade da água são de grande importância
para diversas atividades humanas, como consumo, lazer, atividades urbanas,
industriais e agropecuárias. 
A qualidade da água deve ser de tal maneira que satisfaça todas as exigências de
cada atividade, mas, principalmente, atender as exigências de saúde pública.  Além
disso, a água, quando devolvida a seu ambiente natural, não deve comprometer os
seus diversos usos, e o monitoramento pode contribuir para assegurar a qualidade
dos corpos d’água (Figura 2). 
Figura 2 – O monitoramento da qualidade da água assegura o seu uso por seus múltiplos usuários.
Fonte: Pixabay, 2019. 
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Para o monitoramento da qualidade da água, é necessário também o controle acerca
da quantidade e disponibilidade de água. Esse entendimento é importante para se
relacionar as alterações na quantidade com a qualidade da água. Dessa forma, é
importante a compreensão dos processos que regem a ocorrência e o abastecimento
dos recursos hídricos. 
Você quer ver?
Vamos revisar o ciclo hidrológico? Veja este vídeo e relembre como
funciona o ciclo hidrológico: https://www.youtube.com/watch?v=vW5-
xrV3Bq4&t=16s
As formas de monitoramento da quantidade de água são obtidas por meio de dados
pluviométricos e �uviométricos. 
Os dados pluviométricos são gerados a partir do monitoramento da água da
precipitação, ou seja, a água da chuva proveniente da atmosfera, que depende dos
ciclos climáticos para acontecer.
As medidas de precipitação consistem em avaliar a altura pluviométrica ou a de
precipitação, em milímetros, e a quantidade de água que precipitou por unidade de
área horizontal. Cada milímetro de altura em um metro quadrado corresponde um
litro por metro quadrado (Derisio, 2012). Os equipamentos utilizados para a medição
da precipitação são os pluviômetros, que medem os totais precipitados entre duas
leituras sucessivas, e os registros contínuos são obtidos pelos pluviógrafos (Derisio,
2012).
A avaliação da precipitação considera quatro elementos: duração, intensidade,
intervalo e severidade. A duração refere-se ao tempo decorrido entre o início da
precipitação e o seu término, sendo expressa em minutos ou horas. A intensidade é
relação entre a altura da pluviosidade e o tempo de duração da precipitação, sendo
registrada pelos pluviógrafos. O intervalo refere-se a frequência com que ocorre a
precipitação, representando a distribuição da chuva ao longo do ano. Através desses
dados é possível comparar as quantidades de precipitação e a época do ano,
podendo assim classi�car os eventos em severos ou não.
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Dessa forma, com o monitoramento dos dados pluviométricos é possível criar
programas de controle de poluição das aguas, por exemplo, e encontrar medidas
para minimizar os impactos de poluentes diversos em épocas em que as chuvas são
mais severas.
Os dados �uviométricos representam a medição das águas do escoamento
super�cial que compõem os rios e lagos. Durante a precipitação, a água cai no solo,
sendo que uma parte in�ltra, abastecendo os reservatórios das águas subterrâneas,
e outra parte escoa, abastecendo os rios e os lagos. Por meio do �uviômetro, é
possível calcular a vazão de um determinado corpo d’água.
O monitoramento da vazão é um elemento fundamental para o monitoramento da
poluição das águas, e por meio de uma rede �uviométrica é possível monitorar a
vazão. As redes �uviométricas são instaladas acompanhando a bacia hidrográ�ca do
rio em estudo.
A vazão dos cursos de água é um dado relevante para se monitorar os processos de
poluição das águas. A metodologia utilizada para a obtenção dos dados consiste em
coletar a média de vazão de sete dias e relacionar com a média de dez anos do
chamado período de retorno.
Você quer ler?
Para entender melhor sobre o cálculo de vazão e sua relação com período
de retorno, leia o Capitulo 2 do livro Introdução ao Controle de Poluição
Ambiental , disponível na Biblioteca Virtual.
O monitoramento das águas prevê o levantamento sistemático de dados em pontos
de amostragem selecionados, utilizando-se a bacia hidrográ�ca como guia para a
instalação dos equipamentos de monitoramento. A coleta dos dados tem por
objetivo acompanhar a evolução das condições de qualidade da água ao longo do
tempo, fornecendo séries temporais de dados (Derisio, 2012).
E como o levantamento de dados pode ser planejado?
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O planejamento do monitoramento da água consiste nas seguintes etapas (Derisio,
2012):
De�nição dos objetivos da amostragem;
Seleção dos parâmetros;
Seleção dos locais de coleta;
Fixação do número de amostras e da frequência da amostragem;
Seleção dos métodos analíticos;
Seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras;
Aplicação de métodos de controle da qualidade dos dados.
Vamos conhecer cada um deles?
1.1.1. Definição dos objetivos de amostragem
Os objetivos de amostragem são uma etapa importante para o planejamento do
monitoramento ambiental, pois quanto mais de�nidos são estes objetivos, mais
assertivos serão os resultados. Podemos citar, por exemplo, como objetivos: registro
de nível de referência da qualidade da água; veri�cação da conformidade da água
com os parâmetros de qualidade recomendados; avaliação das tendências de
qualidade ao longo do tempo; vigilância em relação aos lançamentos clandestinos;
calibração para o uso de modelos matemáticos; estudos de eutro�zação, estudos de
toxidade, entre outros.
1.1.2. Seleção dos parâmetros
A seleção dos parâmetros para o monitoramento das águas deve estar alinhado com
os objetivos do monitoramento. Existe uma numerosa quantidade de indicadores da
qualidade da água, podendo ser agrupados de modo a caracterizar os diversos tipos
de fontes poluidoras (Derisio, 2012). Além disso, essa seleção deve estar alinhada
com o uso previsto para o corpo d’água que será monitorado, pois cada uso possui
uma legislação especí�ca quanto aos indicadores de qualidade.
Por exemplo, para se monitorar a poluição orgânica, podemos utilizar como
parâmetros para a avaliação da qualidade da água a demanda bioquímica de
oxigênio, demanda química de oxigênio, cloretos, fenóis e oxigênio dissolvido. Para a
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poluição inorgânica, podemos utilizar os metais, praguicidas, outras substâncias
tóxicas e testes de toxidade como parâmetros. Para avaliação da contaminação
bacteriana, podemos utilizar como indicadores os coliformes totais e fecais. E para
avaliar a poluição de forma geral, podem ser utilizados o potencial hidrogeniônico,
temperatura da água, resíduos totais e turbidez.
1.1.3. Seleção dos locais de coleta
A determinação dos objetivos do monitoramento é uma etapa crucial para a seleção
dos locais de amostragem. A demarcação dos locais pode ser realizada por meio de
visitas de campo, por imagens de satélite ou cartas topográ�cas.
O plano de amostragem deve contemplar os pontos-chave dos cursos d’água, com o
intuito de se detectar as in�uencias mais representativas das fontes poluidoras.
1.1.4. Número de amostras e da frequência da
amostragem
O número de amostras e a frequência da amostragem estão relacionados aos
objetivos do monitoramento. Para a determinação do número e da frequência de
amostragem, geralmente utiliza-se o apoio de ferramentas de estatística, para que a
representatividade dos dados seja garantida. 
1.1.5. Seleção dos métodos analíticos
A escolha dos métodos analíticos varia de acordo com o objetivo do monitoramento.
Os métodos analíticos constituem-se em recursos de laboratório, para realização de
análises físicas, químicas e biológicas das amostras. E, também, tem os recursos de
campo, com os quais é possível realizar algumas análises no próprio local de coleta.
Devemos salientar que, na etapa de análises, é importante entender sobre as
exigências da legislação para cada uso da água, legislação essa que pode ser
diferente entre municípios, estados e federação. Além disso, também é importante
conhecer os métodos analíticos em razão do limite de detecção de cada
equipamento caso a caso.
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O limite de detecção refere-se a concentração mínima do elemento ou substância de
interesse que o equipamento consegue medir. Se a substância estiver abaixo do
limite de detecção do aparelho, é impossível realizar a leitura para aquele elemento
ou substância. Por isso a importância do conhecimento de cada técnica analítica.
1.1.6. Seleção dos métodos de coleta e de
preservação das amostras
A seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras estão relacionados
às técnicas analíticas em que esses materiais serão submetidos. Cada técnica possui
um protocolo de coleta, armazenagem, recipiente de coleta e de armazenamento,
entre outros cuidados.
1.1.7. Controle da qualidade dos dados.
O controle dos dados obtidos refere-se a observância das metodologias de coleta,
para evitar a contaminação das amostras, a coleta de amostras em duplicata ou
triplicata, a utilização de amostras-padrão, para efeitos de comparação, entre outras
ações.
Você quer ler?
Cada município, Estado e a federação exigem um determinado grupo de
análises químicas para o monitoramento da água, baseado na relação do
sistema natural a ser monitorado e os outros sistemas envolvidos. Por isso,
é importante consultar a legislação para saber as exigências em cada caso.
Mas para saber mais detalhes sobre as análises químicas, você pode
consultar o livro Química Analítica e Análise Quantitativa , disponível na
Biblioteca Virtual.
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1.2. Instrumentação de redes de
monitoramento do ar
A atmosfera é uma camada de natureza gasosa e �na, que circunda a Terra, e que
permanece aderida ao planeta graças a força da gravidade. A origem da atmosfera
remete ao próprio processo de formação do planeta Terra, no qual as primeiras
composições das camadas de gases em nada se pareciam com a composição atual.
Foi somente com a evolução das primeiras formas de vida que o oxigênio passou a
fazer parte da atmosfera.
Nossa atmosferaé uma combinação de nitrogênio, oxigênio, argônio, dióxido de
carbono, vapor d’água e gases residuais, e até então, é a única atmosfera do Sistema
Solar que apresenta esta composição (Christopherson e Birkeland, 2017).
O uso primordial do recurso ar concerne à manutenção da vida. O ar é utilizado
livremente por todos, justamente pelo fato de estar disponível, sem que seu uso
implique em qualquer prejuízo.  E as quantidades utilizadas são enormes, pois além
de participar de funções metabólicas dos seres humanos, animais e vegetação,
também são usados nos fenômenos climáticos e para as comunicações, transporte,
combustão, processos industriais e como receptor e transportador de resíduos
diversos oriundos das atividades antrópicas (Derisio, 2012).
Pelo fato de ser um recurso de uso livre, o ar vem sofrendo, cada vez mais, as
consequências da poluição. A poluição do ar é a presença ou o lançamento de
substâncias em concentrações su�cientes para alterar o funcionamento do sistema
ar, bem como interferir na saúde, na segurança e no bem-estar dos usuários desse
recurso.
A poluição do ar causa uma série de prejuízos à sociedade, à economia e ao meio
ambiente, como exemplos: a baixa qualidade do ar que provoca o aumento de
doenças respiratórias; a deposição de poluentes em imóveis, automóveis, dentre
outros provocam ou aceleram processos corrosivos; a deposição de poluentes na
vegetação também promove a alteração do metabolismo das plantas, podendo
causar a morte, entre outros (Figura 3).
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Figura 3 – A poluição do ar, além de causar diversos problemas de saúde para a população, também
promove impactos diversos ao meio ambiente, causando prejuízos econômicos, sociais e ambientais.
Fonte: Pixabay, 2019
Para o monitoramento da qualidade do ar, é necessário também a avaliação de
alguns elementos que interferem na dispersão dos poluentes, bem como nas
condições meteorológicas. O vento é um dos principais elementos considerados, em
que são avaliadas a direção, a velocidade e a porcentagem de calmaria. Também a
turbulência, se é mecânica ou térmica, a temperatura e a pressão atmosféricas,
veri�cando se há variação vertical ou horizontal. Observa-se, da mesma forma, os
elementos da umidade relativa, da radiação e da precipitação (Derisio, 2012).
Observe a forma de medição de cada elemento a seguir (Derisio, 2012):
A temperatura pode ser medida através do termômetro ou termógrafo;
A umidade do ar é aferida por um higrômetro ou hidrógrafo;
A direção e a velocidade do vento são medidos pelo anemômetro ou
anemógrafo.
A precipitação é medida pelo pluviômetro ou pluviógrafo;
A pressão atmosférica é aferida pelo barômetro ou barógrafo;
O per�l térmico vertical é medido por balões sonda ou termossensores;
A radiação é medida pelo pireliômetro ou pireliógrafo;
Os indicadores de qualidade do ar que podem ser usados para o monitoramento
ambiental são obtidos por meio da medição de alguns poluentes atmosféricos. Os
poluentes podem ser de�nidos como qualquer substância que, de acordo com a sua
concentração, pode ser impróprio ou nocivo à economia, à sociedade e ao meio
ambiente.
A atmosfera pode abrigar uma in�nidade de susbtâncias, o que di�culta a
classi�cação dos poluentes. Mas, de forma geral, eles podem ser divididos em duas
categorias (Derisio, 2012):
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Os poluentes primários, que são os poluentes emitidos diretamente pelas fontes
de emissão;
Os poluentes secundários, que são os poluentes formados na atmosfera pela
reação química entre os poluentes primários e os constituintes naturais da
atmosfera.
E quais são as substâncias consideradas poluentes?
Compostos de enxofre (SO2, H2S, sulfetos);
Compostos de nitrogênio (NO, NO2, NH3);
Compostos orgânicos de carbono (hidrocarbonetos, álcoois, ácidos orgânicos);
Monóxido e dióxido de carbono;
Compostos halogenados (HCl, HF, cloretos, �uoretos);
Materiais particulados (mistura de compostos no estado sólido ou líquido).
O monitoramento dos poluentes do ar é importante, pois com os dados de
concentração de cada um é possível medir o grau de exposição dos receptores (seres
humanos, animais, vegetais e outros materiais) como o resultado �nal do processo
do lançamento dos poluentes na atmosfera por suas fontes de emissão. Além disso,
também será possível mensurar a interação física (diluição) e química (reações
químicas) do poluente com a atmosfera.
É importante observar que mesmo mantidas as emissões de poluentes, qualidade do
ar pode mudar em função das condições meteorológicas, que determinam uma
maior ou menor diluição dos poluentes (Derisio, 2012).
Você sabia?
As condições meteorológicas determinam a qualidade do ar. Por exemplo,
no inverno, como as condições são desfavoráveis, a dispersão dos
poluentes é prejudicada, piorando a qualidade do ar.
Devido às di�culdades de monitoramento, por causa da complexidade da atmosfera,
um grupo de poluentes é universalmente considerado como indicadores da
qualidade do ar, pela frequência da observação de sua presença: o dióxido de
enxofre (SO2), materiais particulados, monóxido de carbono (CO), oxidantes
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fotoquímicos expressos como ozônio (O3), hidrocarbonetos totais e óxidos de
nitrogênio (NO e NO2).
Você quer ler?
Para saber mais detalhes sobre cada poluente e seus impactos na saúde e
no meio ambiente, leia o Capítulo 03 do livro Introdução ao Controle de
Poluição Ambiental , disponível na Biblioteca Virtual.
É importante observar que, para o monitoramento da qualidade do ar, além de saber
quais são os poluentes que devem ser monitorados, também é necessário cuidados
com a amostragem, como a quantidade de amostras e as estações de amostragem,
além dos métodos analíticos.
Para a determinação das estações de amostragens, as seguintes situações devem ser
observadas, por exemplo:
Instalação da rede de amostragem em áreas mais poluídas e mais povoadas;
Observação da direção do vento para a instalação dos equipamentos de
amostragem;
Todas as estações devem estar à mesma altura do solo;
Evitar a proximidade de chaminés e obstáculos, como prédios;
Além dos cuidados com a instalação dos equipamentos para amostragem, também é
necessário observar a quantidade de amostras que devem ser coletadas. Existem
várias metodologias, mas, em geral, para se estimar a concentração de poluentes na
atmosfera são usadas determinações de médias: horárias, de oito horas, diárias,
mensais e anuais (Derisio, 2012).
A escolha das determinações depende de fatores como tipo de efeito causado pelo
poluente, tipo de padrão de qualidade do ar utilizado, variação das concentrações
com os parâmetros meteorológicos, entre outros. Os equipamentos e os métodos
utilizados podem ser contínuos ou intermitentes, sendo as médias obtidas com base
nos valores fornecidos por eles, em observância aos objetivos da amostragem e aos
fatores já mencionados (Derisio, 2012).
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Você quer ler?
Cada município, estado e a federação exigem um determinado grupo de
análises químicas para o monitoramento do ar, baseado na relação do
sistema natural a ser monitorado e os outros sistemas envolvidos. Por isso,
é importante consultar a legislação para saber as exigências em cada caso.
Mas para saber mais detalhes sobre as análises químicas, você pode
consultar o livro Química Analítica e Análise Quantitativa , disponível na
Biblioteca Virtual.
1.3. Instrumentaçãode redes de
monitoramento dos solos
O solo pode ser de�nido como um produto da interação entre a litosfera (as rochas),
a atmosfera e a biosfera (vida animal e vegetal), e de suas respectivas matérias, por
meio de dois processos fundamentais: a alteração da rocha ou material original e a
contribuição da matéria orgânica dos seres vivos.
Você quer ler?
Para saber mais sobre o complexo processo da formação do solo, leia o
livro Formação e Conservação dos Solos , do autor Igo F. Lespch, e
aumente o seu conhecimento! Este livro está disponível na Biblioteca
Virtual.
O mecanismo de formação dos solos acontece a partir de processos físicos, químicos
e biológicos, chamados de intemperismo, que fragmentam e decompõem a rocha.
Além disso, esses mesmos processos são responsáveis por disponibilizar os
fragmentos para o transporte, deposição e sedimentação, e por conseguinte, sua
evolução pedogenética.
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Você sabia?
Para aprender mais sobre os processos de formação do solo, veja este
vídeo https://www.youtube.com/watch?v=E-xUoRqi7eQ&t=27s e aprenda
um pouco mais sobre o assunto!
A composição do solo, de forma genérica, se dá por uma parte mineral, uma parte
orgânica, a umidade e o ar. A parte mineral do solo é composta por fragmentos da
rocha de origem, com maior ou menor grau de alteração, argilominerais e outros
íons de grande importância, por exemplo, para a nutrição das plantas. A parte
orgânica é formada por material orgânico, de diversos tamanhos e estágios de
decomposição. Os ácidos orgânicos contribuem para a manutenção da qualidade do
solo, bem como para a sua fertilidade.
A natureza e as propriedades gerais do solo dependem de suas características físicas,
químicas e biológicas, que também são de grande importância no monitoramento
ambiental, pois são elas que determinam, por exemplo, o comportamento de um
determinado poluente no solo, bem como sua capacidade de atingir outros sistemas
naturais, como a água (Figura 4).
Figura 4 – O monitoramento dos solos é importante pois este sistema natural afeta diretamente a
qualidade das águas super�ciais e subterrâneas, já que a água escoa e in�ltra pelo solo, para chegar
aos reservatórios. Fonte: Pixabay, 2019.
As características físicas do solo referem-se às propriedades físicas, como cor,
granulometria, textura, porosidade, estrutura, entre outras. As características
químicas são as propriedades químicas de um solo, que estão relacionadas a
mineralogia do solo, especialmente ao tipo de argilomineral e a quantidade presente.
Estes minerais constituem-se durante o processo de formação do solo e são
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importantes, pois apresentam a capacidade de adsorver determinados elementos
presentes no solo.
A qualidade do solo, para �ns de monitoramento ambiental, considera a vegetação, o
relevo, a permeabilidade e a localização da zona saturada (Derisio, 2012). O
monitoramento do solo, quando realizado com o intuito de observar as
características super�ciais, é realizado por meio de imagens aéreas e de satélite,
além do levantamento topográ�co.
E por que este tipo de monitoramento é importante?
O monitoramento super�cial do solo possui como objetivo avaliar a potencialidade
de uma determinada região em desenvolver processos erosivos. A erosão, além de
promover a perda do solo, que, se estiver contaminado, pode atingir os cursos
d’água e, por conseguinte, contaminá-los. Além disso, a erosão cria canais
preferenciais no terreno, que podem facilitar o transporte de substâncias presentes
na superfície do solo para outras áreas ou reservatórios de água.
A permeabilidade do solo refere-se a capacidade de um líquido atravessar, com
maior ou menor di�culdade, o solo. Essa propriedade está relacionada aos poros do
solo, propriedade ligada a sua textura. Esta é representada pela granulometria, que
são os tamanhos de partículas que compõem o solo: areia, silte e argila. Quanto mais
poroso for um solo, maior será a sua permeabilidade.
A zona de saturação é uma área do subsolo em que se encontra o lençol freático ou a
água subterrânea. Durante os trabalhos de monitoramento, a zona de saturação
deverá ser identi�cada, pois dependendo das características do solo, ela pode ser
atingida por poluentes diversos, inviabilizando o seu uso.
Além disso, o monitoramento da água subterrânea pode ser uma ferramenta de
monitoramento indireto da qualidade ambiental dos solos, pois se há a
contaminação do lençol freático, signi�ca que os solos podem estar contaminados.
E quais são as fontes de poluição dos solos?
Os solos podem ser contaminados por fontes naturais, que estão associadas a
catástrofes como terremotos, inundações e vendavais, bem como por fontes
antrópicas (Derisio, 2012):
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E quais são as fontes de poluição dos solos?
Poluição pela disposição de resíduos sólidos de origem doméstica, industrial e
hospitalar;
Poluição por resíduos líquidos de origem sanitária e industrial;
Poluição originada dos processos de ocupação do solo e pela urbanização;
Poluição originada de atividades agropecuárias e extrativas;
Poluição em decorrência de acidentes no transporte de cargas diversas;
Os resíduos sólidos são os materiais mais preocupantes do ponto de vista do
monitoramento ambiental, devido à quantidade de resíduos gerados pela poluição e
pelas atividades econômicas. Eles podem ser classi�cados quanto a sua
periculosidade e algumas outras características, em duas classes (Derisio, 2012):
Classe I: resíduos perigosos, em que os resíduos ou a mistura dos mesmos
podem apresentar riscos de in�amabilidade, corrosividade, reatividade,
toxidade e patogenicidade. Além disso, suas características físicas, químicas e
biológicas podem representar: 
1. Risco à saúde pública, provocando ou acentuando a incidência de doenças; 
2. Risco ao meio ambiente, quando o resíduo é disposto e manipulado de forma
inadequada.
Classe II A: trata-se de resíduos não-inertes, e engloba os resíduos e misturas
de resíduos que não se enquadram nas classes I e II B. Nesta classe enquadram-
se os resíduos sólidos domiciliares.
Classe II B: trata-se de resíduos inertes, e inclui os resíduos e misturas de
resíduos, que submetidos a testes de solubilidade recomendados pela NBR
10.006, não apresentou nenhum dos seus componentes solubilizados em
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água.
Para o monitoramento ambiental dos solos, os mesmos princípios utilizados para o
monitoramento das águas pode ser aplicado.
1.3.1. Definição dos objetivos de amostragem
Os objetivos de amostragem são uma etapa importante para o planejamento do
monitoramento ambiental, pois quanto mais de�nido é um objetivo, mais assertivo
será o monitoramento.
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O procedimento para coleta em solos para análise química deve ser realizado com
base em normas técnicas especí�cas para tal procedimento, de acordo com as
exigências feitas pelas legislações pertinentes. O solo não é um corpo uniforme e
apresenta variações laterais e horizontais, o que deve ser considerado no momento
da amostragem, de acordo com o objetivo.
1.3.2. Seleção dos parâmetros
A seleção dos parâmetros para o monitoramento dos solos deve estar alinhada com
seus objetivos. Existe uma numerosa quantidade de indicadores da qualidade do
solo, que podem ser agrupados de modo a caracterizar os diversos tipos de fontes
poluidoras. Além disso, essaseleção deve estar alinhada com o uso previsto para a
área que será monitorada, pois cada uso possui uma legislação especí�ca quanto aos
indicadores de qualidade.
Por exemplo, para se monitorar a poluição por metais pesados, podemos utilizar
como parâmetros para a avaliação da qualidade do solo o teor do elemento em
estudo antes da instalação do empreendimento ou uso da área, os teores após a
intervenção antrópica e qual é o limite máximo permitido pela legislação.
1.3.3. Seleção dos locais de coleta
A determinação dos objetivos do monitoramento é uma etapa crucial para a seleção
dos locais de amostragem. A demarcação dos locais pode ser realizada por meio de
visitas de campo, por imagens de satélite ou cartas topográ�cas.
O plano de amostragem deve contemplar os pontos-chave da área, considerando o
relevo, o �uxo preferencial do escoamento super�cial, a cobertura vegetal, o tipo de
solo, o grau de permeabilidade do solo, entre outras, com o intuito de se detectar as
in�uências mais representativas das fontes poluidoras.
1.3.4. Número de amostras e da frequência da
amostragem
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O número de amostras e a frequência da amostragem estão relacionados aos
objetivos do monitoramento. Para a determinação do número e da frequência de
amostragem, geralmente utiliza-se o apoio de ferramentas de estatística, para que a
representatividade dos dados seja garantida.
No caso dos solos, por se tratar de um sistema não homogêneo, o número de
amostras deve contemplar todas as características observáveis, para que os dados
possam ser uni�cados.
1.3.5. Seleção dos métodos analíticos
Devemos salientar que, na etapa de análise, é importante entender sobre as
exigências da legislação para o uso do solo e os tipos de resíduos que podem ser
dispostos naquele local, pois pode haver diferenças entre municípios, estados e
federação. Além disso, também é importante conhecer os métodos analíticos em
razão do limite de detecção de cada equipamento com relação ao que se quer
detectar.
1.3.6. Seleção dos métodos de coleta e de
preservação das amostras
A seleção dos métodos de coleta e de preservação das amostras estão relacionados
às técnicas analíticas em que esses materiais serão submetidos. Cada técnica possui
um protocolo de coleta, armazenagem, recipiente de coleta e de armazenamento,
entre outros cuidados.
1.3.7. Controle da qualidade dos dados
O controle dos dados obtidos refere-se à observância das metodologias de coleta,
para evitar: a contaminação das amostras, a coleta de amostras em duplicata ou
triplicata, a utilização de amostras-padrão para efeitos de comparação, entre outras
ações.
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Você quer ler?
Cada município, Estado e a federação exige um determinado grupo de
análises químicas para o monitoramento do solo, baseado na relação do
sistema natural a ser monitorado e com os outros sistemas envolvidos. Por
isso, é importante consultar a legislação para saber as exigências em cada
caso. Mas para saber mais detalhes sobre as análises químicas, você pode
consultar o livro Química Analítica e Análise Quantitativa , disponível na
Biblioteca Virtual.
2. Uso de métodos
estatísticos para a avaliação
da poluição na água, no ar e
no solo
A estatística é uma ciência que tem por objetivo orientar a coleta, organização,
descrição, análise e interpretação de dados e utilização dos mesmos na tomada de
decisões. A estatística pode ser dividida em dois segmentos: estatística descritiva e
estatística indutiva (ou inferencial) (São Paulo, 2005).
A estatística descritiva corresponde aos procedimentos relacionados com a coleta,
elaboração, tabulação, análise, interpretação e apresentação dos dados. Portanto,
trata-se das técnicas que sintetizam e descrevem os dados numéricos. O objetivo da
estatística descritiva é tornar a apresentação de dados mais fácil de ser entender,
relatada e discutida.
A estatística indutiva parte de um conjunto ou subconjunto de informações
(subconjuntos da população ou amostra) e conclui sobre a população. Utiliza técnicas
como a teoria das probabilidades, amostragem, dentre outras.
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A estatística é uma ótima ferramenta que pode ser utilizada para otimizar o
monitoramento, reduzindo os parâmetros monitorados quando estes apresentam
correlação, ou ainda para veri�car se os dados se assemelham ou diferem-se
estatisticamente ao longo do tempo ou espacialmente.
A estatística facilita a interpretação dos dados, uma vez que pode apresentá-los de
maneira mais sintética, por meio de valores, grá�cos e diagramas.  Assim, a
estatística contribui na maior compreensão dos resultados e consequentemente sua
melhor interpretação.
Entretanto, existem alguns conceitos importantes que devem ser conhecidos por
quem vai utilizar a estatística como ferramenta de análise de dados em
monitoramento ambiental. Portanto, os principais conceitos básicos de estatística
que podem ser aplicados no monitoramento ambiental são:
População Estatística ou Universo Estatístico: que se refere a coleção de todos
os elementos cujas características comuns desejamos conhecer.
Amostra: é um subconjunto �nito da população cujas características serão
medidas. A amostra é usada para descobrir características da população. Como
toda a análise estatística será inferida a partir das características obtidas da
amostra, é importante que seja representativa da população, isto é, que as
características de uma parte sejam, em geral, as mesmas que do todo
(população).
Classi�cação das variáveis, que pode ser: 
Qualitativa: quando seus valores são expressos por atributos ou características
não numéricas. 
Quantitativa: quando seus valores são expressos por números. 
Média: é uma medida de tendência central, sendo muito utilizada no cotidiano.
Surge do resultado da divisão do somatório dos números dados pela
quantidade de números somados. 
Mediana: é o valor que ocupa a posição central da distribuição. Isto é, divide a
amostra em duas partes iguais. 
Moda: é a observação que ocorre com maior frequência em uma amostra. 
Desvio padrão: é a medida mais comum da dispersão estatística. O desvio
padrão é uma medida que está relacionada ao quanto determinado valor está
mais ou menos distante da média.
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3. Avaliação e análise de
dados em sistemas de
monitoramento
As caracterizações físicas, químicas e biológicas dos sistemas naturais tem por
objetivo identi�car os elementos presentes e associar os efeitos de suas
propriedades às questões ambientais, auxiliando na compreensão dos processos
naturais ou ainda em possíveis alterações que possam estar ocorrendo no ambiente.
O momento da interpretação e da avaliação dos resultados é de grande importância,
pois considera todo o conjunto de etapas realizadas para a obtenção dos dados: as
redes de amostragem, a coleta das amostras por meio das mais diversas técnicas de
amostragem, armazenamento, análises laboratoriais e o tratamento estatístico.
Dessa forma, também devem ser consideradas as observações e dados gerados em
campo, pois eles podem contribuir na interpretação dos resultados analíticos.
Além disso, as observações de campo são muito importantes, pois algumas
características das amostras e do ambiente, como cor, odor ou aspecto estranho,
presença de algas, óleos, corantes, material sobrenadante, peixes e animais
aquáticos mortos, entre outros, podem dizer muito sobre os possíveispoluentes e o
funcionamento dos sistemas naturais, o que interfere nas análises de laboratório e
na interpretação dos dados.
Bom, mas como interpretar e analisar os resultados?
Os estudos de monitoramento ambiental tem como objetivo monitorar e veri�car o
atendimento aos padrões exigidos pelas legislações vigentes. As diversas legislações
relacionadas à qualidade da água, do ar e do solo exigem frequências mínimas de
amostragem para algumas �nalidades, dependendo da atividade realizada no local,
além de imporem limites máximos ou mínimos para os diversos poluentes ou
parâmetros físicos, químicos e biológicos.
A partir do momento em que os resultados são obtidos, após a coleta, análise
laboratorial e análise estatística, eles devem ser confrontados com a legislação. Cada
município e estado, além da legislação federal, possui normativas especí�cas para
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cada sistema natural. As legislações sobre os sistemas naturais variam de acordo
com outras variáveis presentes em cada localidade, por exemplo, se são áreas de
preservação permanente, áreas de patrimônio natural, entre outras especi�cidades,
que devem ser observadas ao monitorar um sistema natural.
Síntese
Chegamos ao �nal desta unidade. Aprofundamos nossos conhecimentos acerca das
práticas e instrumentos de monitoramento ambiental. Especi�camos os
procedimentos necessários a sua realização, a partir das diferentes possibilidades de
amostragem e coleta de dados em sistemas naturais. Veri�camos, ainda, os
processos de análise e interpretação desses dados obtidos a �m de certi�car que as
características de um determinado local de estudos estão dentro dos parâmetros
naturais especi�cados em legislações. 
Nesta unidade você teve a oportunidade de:
Compreender a instrumentação de redes de monitoramento quanto à água,
especi�cando objetivos de amostragem, parâmetros, locais de coleta e métodos
analíticos;
Compreender a instrumentação de redes de monitoramento quanto ao ar,
especi�cando objetivos de amostragem, parâmetros, locais de coleta e métodos
analíticos;
Compreender a instrumentação de redes de monitoramento quanto ao solo,
especi�cando objetivos de amostragem, parâmetros, locais de coleta e métodos
analíticos; 
Estudar o uso de métodos estatísticos para a avaliação da poluição na água, no ar e
no solo;
De�nir formas de avaliação e análise de dados em sistemas de monitoramento.
Download do PDF da unidade
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Bibliografia
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Química Analítica – Tradução da 9ª edição norte-americana, 2ª edição. Cengage
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SHAMMAS, Nazih K., WANG, Lawrence K. Abastecimento de Água e Remoção de
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