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05/04/2022 15:32 Climatologia e Meteorologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=1UXl8BqfxP8%2fjDEFBirk8Q%3d%3d&l=vE7lEOl0m0nZnn9MUkIoFg%3d%3d&cd=Xw8vqs… 1/35
CLIMATOLOGIA E
METEOROLOGIA
CAPÍTULO 1 - QUAL A DIFERENÇA
ENTRE TEMPO, CLIMA, ELEMENTOS E
FATORES CLIMÁTICOS?
Debora Rodrigues Barbosa
INICIAR 
Introdução
Neste capítulo vamos tratar das relações entre tempo (Meteorologia) e clima
(Climatologia), buscando o entendimento dos conceitos e das principais variáveis
que influenciam a interpretação atmosférica. Para isso, algumas questões são
fundamentais, como: qual a relação entre os principais movimentos da Terra
(Rotação e Translação) e suas influências na distribuição climática? Qual a
influência desses movimentos no que se refere à diferenciação dos Hemisférios
Norte e Sul?
Você sabia que as relações entre o clima e a sobrevivência dos seres vivos é
estudada desde Antiguidade Clássica? Atualmente, existe um ramo científico que
se dedica a estes estudos, a chamada Bioclimatologia. Vamos identificar os
atributos climáticos que influenciam o conforto ambiental e a qualidade de vida
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dos vegetais e animais e, dentro dessa trajetória, o homem e suas atividades.
Para isso, é importante traçar um histórico desse movimento científico e de seus
principais estudos.
Mas você sabe o que são atributos climáticos? Eles podem ser distribuídos em
elementos meteorológicos e fatores climáticos. Os primeiros são distribuídos em
precipitação, temperatura e pressão atmosférica e o segundo, em relevo,
cobertura vegetal e altitude. Estes conceitos serão tratados inicialmente de forma
conceitual, para que possamos entender suas aplicações e variações. Faremos
isso nos próximos tópicos. Bons estudos!
1.1 Conhecimentos climatológicos e
meteorológicos
De acordo com Barry e Chorley (2012), a camada atmosférica é muito importante
para a vida terrestre e envolve a Terra em uma espessura que corresponde a
apenas 1% do raio do planeta. As relações entre os estudos de clima e tempo são
realizadas por meio da interpretação de atributos comuns, como precipitação,
temperatura e ventos. Há pelo menos 400 milhões de anos, quando uma
considerável cobertura vegetal já́ havia se desenvolvido sobre o solo, a atmosfera
está em constante mudança, não só no que se refere à sua densidade como
também quanto à sua composição. 
Nessa unidade, trataremos da diferenciação conceitual entre clima, tempo,
Meteorologia e Climatologia, bem como buscaremos fazer uma análise das
possibilidades de variáveis climáticas no planeta Terra.
1.1.1 Clima e tempo 
A atmosfera é formada por um conjunto de gases que fica sempre em contínuo
movimento. Essa vicissitude induz alterações nas condições meteorológicas e
climáticas de um determinado local ou região. 
Para compreender o conceito de clima e tempo olhe para o céu. Observe as
nuvens, as condições do vento e até mesmo a temperatura local. Se você fizer
essa mesma observação no dia seguinte, poderá perceber alterações. O que você
está observando seria o tempo ou o clima? Primeiro, observe a figura a seguir. 
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Agora, para conhecer a resposta para esta questão, clique nas abas a seguir.  
O tempo é uma combinação curta e momentânea dos elementos que formam o
clima, ou seja, é um estado particular e efêmero da atmosfera. O clima é a
generalização ou a integração das condições do tempo, ou seja, a sequência
cronológica com, pelo menos, 30 anos de dados (AYOADE, 2003).  
Figura 1 - A figura demonstra as características abordadas quando se trata do tempo presente, ou seja,
de um dia. Fonte: tulpahn, Shutterstock, 2018.
Tempo
Considerando movimentação constante na atmosfera, Ayoade
(2003) afirma que Tempo é um conjunto de valores que, num
dado momento e num certo lugar, caracteriza o estado
atmosférico, como vemos na figura anterior. 
Clima
Por sua vez, o Clima é uma continuidade de tempos na
superfície terrestre, no período mínimo de trinta anos. Essa é
uma maneira simplificada de diferenciar os dois termos.
Atualmente, incorporou-se ao clima o caráter da sucessão de
tempos, e não apenas a média do tempo. Essa abordagem
insere no conceito de clima a ideia da continuidade dos
estudos sobre o tempo e as possibilidades de flutuação do
mesmo. 
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SO
mos que uma pessoa que sai de casa para ir ao trabalho pela manhã num dia de sol, quente, com roupas
s àquela determinada condição, se depare com uma tarde chuvosa. Essa pessoa poderia ter evitado
r essa situação? Ela poderia ter evitado o contratempo da chuva caso tivesse visto a previsão do tempo
ongo do dia, essa condição atmosférica pode sofrer alterações e o sol pode manifestar-se em sua
, esquentando a superfície terrestre que, por sua vez, aquece a massa de ar no entorno. Dessa forma,
upa escolhida pela manhã transforma-se numa opção lamentável durante a tarde. Isso porque houve
s no tempo ao longo do dia. Ao mesmo tempo, se essa pessoa está estudando o clima de uma
ada região, caso ela olhe a previsão do tempo, ela irá obter as informações necessárias para isso? Neste
ar a previsão do tempo presente não traria as informações necessárias, pois para que o estudo seja
ado, deveriam ser analisados os dados da previsão do tempo ao longo de no mínimo 30 anos, para que
se traçado um perfil climático adequado.  
Por isso, muitas vezes consultamos as condições do tempo por meio da previsão
meteorológica. Hoje, há vários portais eletrônicos com essa proposta, portanto,
tomemos como exemplo, o Climatempo. 
Na imagem abaixo você pode observar que a consulta foi realizada no dia 14 de
outubro de 2018, por volta das 16h, para a capital de Pernambuco, Recife. A
previsão para o dia seguinte indica que a temperatura provavelmente variaria
entre 21ºC e 29ºC e que o sol apareceria com algumas nuvens. Poderia haver uma
chuva rápida durante o dia e à noite.
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Observe que, nas primeiras horas da manhã, a velocidade do vento vai variar,
com mais alterações durante a manhã. Por sua vez, a umidade relativa do ar seria
maior durante a manhã, quando a possibilidade de chuva aumentaria.
O que estamos avaliando, portanto, são as mudanças das condições atmosféricas
associadas ao Tempo. 
VOCÊ SABIA?
Os sites de previsão meteorológica podem nos oferecer dados bastante detalhados para o futuro
como velocidade dos ventos, umidade, temperatura e pressão atmosférica. O Centro de Previsão
de Tempo e Estudos Climáticos , por exemplo, apresenta a previsão não somente para o dia
seguinte, como também para os próximos 14 dias. Conheça o site em
<http://tempo1.cptec.inpe.br/ (http://tempo1.cptec.inpe.br/)>. 
Figura 2 - Exemplo de previsão do tempo para Recife com relação a temperatura, sol, precipitação e
vento. Fonte: CLIMATEMPO, 2018.
http://tempo1.cptec.inpe.br/
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O Clima é um estado mediano dos elementos presentes na atmosfera e deve ser
considerando a partir de um período relativamente longo (ESTÊVES, 2016).
Fazendo a análise da temperatura e precipitação de uma cidade durante trinta
anos, teremos outros perspectiva sobre como a atmosfera se comporta nas
diferentes estações do ano, por exemplo.
Na Alemanha, localizada no Hemisfério Norte do Planeta Terra, é comum haver
neve duranteos meses de novembro, dezembro e janeiro. A análise das
condições climáticas locais é realizada no local desde o século XIX, quando houve
a sistematização das ciências do ar.
Outro exemplo pode ser observado por meio da avaliação da sucessão habitual
dos tipos de tempo de Salvador, capital da Bahia, durante 30 anos, pode-se
constatar a evolução da média térmica ao longo do ano, como você pode
observar no gráfico a seguir. Verifique também que a menor temperatura não é
em julho, mas sim em agosto. Já as maiores temperaturas acontecem em março,
já bem perto do Outono.
Figura 3 - Evolução da Temperatura em Salvador considerando a média entre os anos de 1981 e 2010
(Normais Climatológicas). Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET, 2018).
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Veja outro exemplo da evolução da evolução da Umidade Relativa do Ar, em São
Gabriel da Cachoeira e observe que os índices são maiores entre os meses de
maio a agosto.
Por sua vez, na Região Amazônica muitas cidades amanhecem com um sol
esplendoroso e entre as 12h e 14h a temperatura alcança o seu ápice. Mas, no
final do dia, é comum a precipitação de chuvas intensas que fatigam o solo e
deixam as ruas com uma considerável camada de água. Em cidades como Belém
(PA) e Manaus (AM) é melhor estar preparado para as chuvas da tarde, que são
diárias.
1.1.2 Climatologia vs. Meteorologia
Agora que compreendemos as diferenças primordiais entre clima e tempo
podemos nos debruçar sobre as ciências conhecidas como Climatologia e
Meteorologia. De acordo com Torres e Machado “TEMPO é o estado momentâneo
da atmosfera em determinado lugar, e o CLIMA pode ser definido como sucessão
habitual dos tipos de tempo num determinado local das superfícies” (2008, p.
349). 
Meteorologistas e climatologistas podem analisar os menos fenômenos
atmosféricos utilizando os mesmos instrumentos, como pluviômetros e
termômetros, mas procedem com interpretações diferentes. É o que veremos no
quadro a seguir. 
Até o início do século XXI, a concepção de clima era associada apenas ao
conjunto de fenômenos meteorológicos que caracterizam o estado médio da
atmosfera. Atualmente, houve o resgate dos trabalhos de Sorre (1951, apud
Quadro 1 - Diferença entre Meteorologia e Climatologia: o tempo é pesquisado pela Meteorologia e o
Clima pela Climatologia. Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de CISE, 2018.
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ALMEIDA, 2016, p. 57), que recomendou a reformulação do conceito de clima
como sendo “a série dos estados atmosféricos acima de um lugar em sua sessão
habitual”. Observe que, dessa maneira, foi agregada a noção de ritmo à
climatologia, dando origem a uma nova interpretação, cuja base está no
dinamismo da atuação dos sistemas da atmosfera e dos tipos de tempos
observados.
A Meteorologia trabalha com muitas variáveis atmosféricas, o que complexas
suas interpretações. Por isso, os especialistas dividem o seu campo de estudo em
três áreas principais que podem ser observadas na figura a seguir.
Identificar os diferentes ramos da Meteorologia é uma tarefa complicada. Para
conhecer mais sobre o tema, clique nas abas a seguir. 
Figura 4 - As diferenças primordiais entre a Meteorologia Física, Meteorologia Sinótica e Meteorologia
Dinâmica. Fonte: UFPR, 2018.
Se considerarmos o critério da região de estudo, é possível dividir a
Meteorologia em Tropical, Temperada, Regional, de Mesoescala e até
Região de estudo
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Dividir e classificar a Climatologia também é uma tarefa que necessita de maiores
reflexões, exatamente porque esse ramo é bastante amplo. No entanto, de forma
geral, os especialistas costumam separá-lo de acordo com a escala de estudo,
nesse caso teríamos a Macroclimatologia, Mesoclimatologia e Microclimatologia. 
1.1.3 Variáveis climáticas
Dentre os elementos observados, ou seja, as grandezas meteorológicas que
variam no tempo e no espaço e se referem ao meio atmosférico, estão a umidade,
a pressão atmosférica, a radiação solar, as precipitações, nebulosidade, ventos e
temperatura. E que atributos e controles podem fazer alterar os elementos
climáticos? Nesse caso, estamos falando de alguns fatores principais, como o
relevo, as latitudes e altitudes, cobertura vegetal, maritimidade e
continentalidade, dentre outros.
Para incorporar o conhecimento dos condicionantes da atmosfera, o portal do
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão sediado em Brasília, trabalha
com inúmeras variáveis comportamentais, sendo as mais conhecidas:
Temperatura (ºC) 
            - Média Compensada
            - Máxima
            - Mínima
Pressão Atmosférica (hPa)
Insolação (total de horas)
mesmo a Micrometeorologia.  
Por outro lado, se pensarmos na aplicação oferecida pelos estudos
dessa importante ciência, poderemos dividi-la em Meteorologia
Aeronáutica, da Marinha, Ambiental, Agrometeorologia,
Hidrometeorologia e Biometeorologia. 
Aplicação da Meteorologia
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Evaporação (mm)
Nebulosidade (décimos)
            - 12 UTC
            - 18 UTC
            - 24 UTC
UTC é a sigla para Universal Time Coordenated ou Tempo Universal Coordenado. A
expressão se refere ao fuso horário de referência a partir do qual se calculam
todas as outras zonas horárias do mundo. O UTC também é chamado de Horário
Zulu, sobretudo na aviação Civil.
Umidade Relativa (%) 
            - 12 UTC
            - 18 UTC
            - 24 UTC
Precipitação (mm)
            - Acumulada
            - Número de Dias com Precipitação
Os conceitos e aplicações de cada um desses elementos climáticos são
fundamentais para a Meteorologia e a Climatologia. 
1.2 Clima e Saúde
Atualmente, as relações entre a Saúde Pública e o meio ambiente são
importantes para o estudo da qualidade de vida. As partículas presentes no ar na
forma de poluição, por exemplo, podem comprometer a saúde humana,
sobretudo em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. Da mesma
maneira, variações térmicas em pequenos períodos de tempo podem contribuir
para o desenvolvimento de doenças, como gripes e resfriados (figura abaixo). 
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Além disso, também é importante considerar as relações entre clima,
saneamento e saúde pública, pois as chuvas torrenciais podem potencializar os
malefícios da falta de saneamento básico. 
Assista ao vídeo a seguir e aprenda mais sobre fatores  que influenciam no
aumento da incidência de doenças de veiculação hídrica e sua relação com o
clima.
Nesse capítulo abordaremos o histórico dos estudos da Saúde Ambiental e da
Geografia Médica, com uma análise das possíveis alterações da saúde dos seres
vivos em decorrência das flutuações climáticas resultantes do aquecimento
global. 
1.2.1 Comportamento climático e implicações na saúde dos
organismos
A saúde e bem-estar dos seres humanos estão diretamente associados à sua
alimentação, suas condições genéticas e ao meio ambiente. O homem depende
da capacidade do seu organismo de se adaptar termicamente às alterações da
atmosfera, por exemplo. O estudo dessas relações evoca uma articulação entre
Figura 5 - A figura retrata uma mulher utilizando uma máscara em virtude da poluição do ar na cidade,
causa de grandes problemas respiratórios, principalmente durante o inverno. Fonte: BLACKDAY,
Shutterstock,2018.
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condições objetivamente definidas (os clássicos levantamentos estáticos de
ordem socioeconômicas e sanitárias), e o universo de representações subjetivas,
dentre as quais destaca-se a insatisfação dos diferentes segmentos da sociedade
em relação aos serviços de infraestrutura ou qualidade atmosférica, por exemplo
(MOURA et al, 1998). A Geografia Médica é a área da ciência geográfica que
trabalha com esse viés. 
A investigação dos males relacionados à saúde e da distribuição dos homens no
espaço não é novidade para os geógrafos. Seus estudos fazem a relação entre os
problemas ambientais e suas repercussões na Saúde Pública analisando as
variações geográficas na distribuição das doenças e na provisão de cuidados de
saúde. Embora ainda não seja possível fazer inferências diretas dessa relação, o
conhecimento da variação espacial e temporal da prevalência das doenças junto
a situações ambientais específicas é importante para o planejamento de ações de
preventivas e de controle das mesmas.
Você sabia que já na Antiguidade Clássica eram realizados estudos que
relacionavam saúde e meio ambiente? A obra de Hipócrates, no século V a.C.,
"Dos ares, dos mares e dos lugares" talvez tenha sido a primeira obra a tratar do
assunto. Na sociedade grega, a medicina começou a emergir e a relação entre a
saúde e a qualidade de vida é claramente abordada por Hipócrates na sua obra:
Sempre que desejamos investigar a medicina propriamente
devemos proceder da seguinte maneira: em primeiro lugar,
consideremos as estações do ano, e que efeitos cada uma delas
produz. Quando os ventos são frios [ou] quentes, especialmente os
que são comuns a todas as terras e as que são peculiares em cada
localidade... Outro aspecto se refere à água usada pelos
habitantes...o modo como vivem e o que possuem... (HIPÓCRATES
Apud JONES; MOON, 1987, p. 9, tradução nossa).
A medicina romana aceitou os preceitos gregos sobre intervenção e prevenção
médica no ambiente físico e social necessários para a saúde. Com o colapso do
império romano no quinto século de nossa era, toda essa sabedoria foi
praticamente perdida. 
Para conhecer mais sobre essa importante parte da história da humanidade,
clique nas setas abaixo. 
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Cristãos
Renascimento
O médico e o cosmógrafo
Século XVIII e XIX 
Para os cristãos, durante a Idade Média, a medicina
constituía-se em heresia (práticas negada pelas
doutrinas estabelecidas da época, no caso as
cristãs) e as doenças eram explicadas como causas
sobrenaturais, como punições que Deus dava aos
povos por seus pecados. Os socorros médicos
eram realizados por padres, por meio de orações, e
por mulheres, com suas ervas (BARBOSA, 2002). 
No Renascimento, houve uma revolução do
pensamento medieval. As explicações teológicas
sobre a natureza das coisas já não mais satisfaziam
os pensadores. A publicação de livros sobre
anatomia, mesmo desencorajados pela Igreja e
pela Inquisição, já era um significativo avanço.  
De acordo com Barbosa (2002), nesse período,
Paracelso (1493 – 1541), notório pesquisador suíço,
afirmava que o médico deveria portar-se como um
cosmógrafo (especialista/estudioso em astronomia
descritiva), não para identificar apenas hábitos dos
habitantes da terra, como vestimenta ou
alimentação, mas para descobrir a origem das
doenças. 
No final do século XVIII e início do XIX, a Revolução
Industrial impulsionou uma nova virada na história
da medicina. Na Inglaterra, a industrialização e a
urbanização aceleradas resultaram em uma
deterioração do meio ambiente físico. Isso ocorreu
em diversos outros países, como por exemplo os
Estados Unidos (figura abaixo).  
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Em 1842, segundo Jones e Moon (1987), a obra  The Sanitary Conditions of the
Labouring Population of Great Britain, de Chadwick, apontou que as doenças
causavam pobreza, e não ao contrário. Isso assustava os capitalistas, que
precisavam de trabalhadores saudáveis para explorar por meio das novas
máquinas e tecnologias. 
A partir da década de 1970, iniciou-se uma segunda fase, quando os geógrafos e
especialistas não se referiam mais somente às doenças infecciosas em ambientes
tropicais, mas também às enfermidades que afetam e difundem-se nas zonas
temperadas. As doenças crônicas converteram-se no objeto principal, sobretudo
as neoplasias (câncer). Modificou-se a escala de análise, que de uma visão
mundial passou para uma escala urbana. 
Figura 6 - A pintura em aquarela acima, feita por Joseph Pennell, retrata a Bethlehem Steel Works,
companhia siderúrgica dos Estados Unidos, em maio de 1881. É possível ver as alterações no meio
físico e a poluição do ar. Fonte: Everett Historical, Shutterstock, 2018.
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Motoristas de caminhões e ônibus, por exemplo, convivem diariamente com o
barulho do trânsito e de obras públicas e são obrigados a tolerar sons muito
acima das Normas Regulatórias do Ministério do Trabalho. No quadro a seguir,
você pode observar a norma, quanto aos limites de tolerância para o barulho.
A seguir, veja o quadro que apresenta as Normas Regulatórias do Ministério do
Trabalho quanto aos limites de tolerância para o barulho.
Considerando essas condições do ambiente urbano, é notório que elas podem
contribuir para a prevalência de doenças como estresse, problemas do trato
respiratório e até mesmo distúrbios psíquicos. Hoje em dia, as implicações na
saúde associadas ao comportamento climático desenvolvem-se em vários
campos de análise, como adaptabilidade do meio, espaços interiores e
microescalas, envolvendo um leque de novos fatores como ruído, contaminação,
acidentes de tráfego, intoxicação, etc. 
Quadro 2 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente. Fonte: BRASIL, 1978.
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Já no caso dos estudos sobre as desigualdades entre países ricos e pobres e os
desequilíbrios internos cada vez maiores dos países ocidentais exigem um
conhecimento das condições de vida e níveis de bem-estar dos povos. Por isso,
os indicadores sanitários convertem-se em dados que contribuem para o
entendimento da realidade socioeconômica do planeta.
O que se observa é que, ao longo da História, a Bioclimatologia trabalhou
sistematicamente a relação entre Saúde e Meio ambiente a partir das patogenias
geradas pela falta de saneamento básico. Mas os efeitos na saúde do homem
pela ação dos atributos climáticos podem ser muito mais extensivos. Observe o
quadro, a seguir, produzido por Sorre (1984 apud SETTE; RIBEIRO, 2011) que
relaciona os elementos e fatores climáticos e seus efeitos na saúde humana.
Quadro 3 - Efeitos da ação dos atributos climáticos na saúde humana. Fonte: Elaborado pela autora,
adaptado de SORRE, 1984 apud SETTE; RIBEIRO, 2011, p. 45.
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Os arquitetos, geógrafos e médicos reconhecem a necessidade de manter o
conforto térmico, por exemplo. De acordo com Sette e Ribeiro (2011), o bem-estar
humano depende do conforto térmico devido à relação entre temperatura e
umidade, vento e pressão atmosférica e iluminação. 
O professor Richard de Dear, da Universidade de Sydney, na Austrália,é considerado um grande
especialista em conforto térmico residencial e tem oferecido contribuições importantes para o
planejamento arquitetônico de edificações urbanas por meio do uso adequado de posicionamento
do sol ao longo do dia, ventos e iluminação (LABEEE, 2018). 
Você sabe o que é temperatura fisiológica? Clique nos itens a seguir e conheça
mais sobre ela. 
De acordo com Ayoade (2003), é a temperatura experimentada
pelo homem. Ela depende da temperatura do ar, bem como da
taxa de perda de calor proveniente do organismo.
Essa temperatura pode variar com os indivíduos (seu tamanho,
peso), além do tipo de vestuário que estiver usando, de
atividades físicas, dieta, estado de saúde, idade, sexo, estado
emocional e do seu grau de ajustamento às condições climáticas
predominantes.
Mesmo que a temperatura não varie ao longo de algumas horas, a mudança de
vestimenta podem alterar a sua temperatura fisiológica, não é mesmo? Uma
corrida no parque no início da manhã, por exemplo, pode aumentar a sua
temperatura, fazer você suar e achar que faz muito calor. Da mesma forma,
muitas pessoas sentem calor quando estressadas ou pressionadas por alguma
necessidade laboral, por exemplo.
VOCÊ O CONHECE?
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Os indivíduos que moram na faixa intertropical, como quase todos os brasileiros,
mesmo acostumados com o forte calor do verão, sentem-se mais fatigados nessa
estação em decorrência da alta umidade do ar. Como explica Ayoade (2003),
quando o ar é úmido, a evaporação do suor a partir do corpo é limitada e surge a
sensação de fadiga.
O estudo dos climas (fato natural), do clima urbano (fato social) e da saúde (fato
biológico) precisa desenvolver mais fundamentos teóricos e práticas no sentido
de promover uma visão ampla e complexa do processo (SETTE; RIBEIRO, 2011).
Os estudos de Miranda, Dorado e Assunção (1995), por exemplo, indicam o
evidente acréscimo da ocorrência dos agravos e de doenças respiratórias agudas
e crônicas ao longo dos meses de inverno em São Paulo. Isto se deve,
principalmente, ao período seco característico dos meses de inverno, que
mantém o ar seco e frio (mais denso) próximo à superfície, ocasionando um
acúmulo de poluição e, consequentemente, agravando as doenças respiratórias. 
Barbosa (2002) desenvolveu um estudo visando investigar as relações entre as
flutuações climáticas e suas consequências na Saúde Pública no subúrbio
carioca. Concluiu que o aumento urbano-industrial, bem como as condições
ambientais da área central da Zona Oeste continental, tangenciada pelos Maciços
da Pedra Branca, Gericinó e Mendanha atrapalham a circulação dos ventos. Os
poluentes gerados por veículos malconservados, somados à poluição oriunda
tanto da atividade industrial como da atividade das pedreiras não são
dispersados de maneira eficiente, concentrando-se na baixa atmosfera e
causando impactos na saúde pública que podem ser observadas nas estatísticas
quanto a incidência de doenças respiratórias na região. 
As condições climáticas extremas também podem influenciar os índices de saúde
pública. Vormittag (2011) aponta que, em 2000, a ocorrência de malária foi 5
vezes maior em Moçambique, na África, e relaciona o fato com a passagem de 3
ciclones tropicais que causaram inundações no país. É bom lembrar que as
inundações contribuem intensamente para contaminar as fontes de água,
potencializando a proliferação de vetores que culminam em doenças como
hepatite A, leptospirose e diarreia.
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VOCÊ SABIA?
Há doenças que são muito mais recorrentes em algumas estações pré-definidas. No inverno, as
doenças como resfriados e gripes são recorrentes. É por isso, que as campanhas de vacinação
para evitar a gripe acontecem em maio, no Brasil, antes do inverno. É bom lembrar que há
doenças que podem se desenvolver mais velozmente, como asma, rinite, otite, sinusite e
pneumonia, exatamente porque este período favorece a circulação de vírus e bactérias. 
O desenvolvimento da sociedade é um fato real e necessário para o homem como
ser social, ou seja, aquele que vive em grupos/sociedades e experimenta diversos
tipos de relações. No entanto, as alterações precisam ser monitoradas e
adequadas às limitações do meio ambiente. Com as flutuações climáticas
resultantes do aquecimento global, a saúde dos seres vivos, em geral, precisa ser
observada com mais cuidado. Saldiva (2011) aponta que o aquecimento global e
o aumento da poluição atmosférica recorrente representam um grande desafio à
saúde e à qualidade de vida dos seres humanos: 
O aumento da mortalidade pela exposição constante aos poluentes,
a antecipada escassez de água em áreas carentes [...], a escassez de
alimentos decorrentes da desertificação do solo, o aumento das
doenças infecciosas que possuem insetos como vetores (dengue e
malária, por exemplo), a maior frequência de desastres naturais
como inundações e ventos intensos, variações extremas de
temperatura [...] e seus efeitos adversos à saúde, a deterioração da
qualidade das águas pela salinização dos aquíferos, a formação de
correntes migratórias no Brasil e na América do Sul a partir das
regiões mais afetadas, são alguns dos cenários previstos para os
próximos anos, caso medidas efetivas de controle das emissões não
sejam implementadas (p. 2). 
Enfim, as evidências disponíveis nos demonstram que as flutuações do clima
resultantes do aumento da concentração de gases de efeito estufa na baixa
atmosfera são o maior problema ambiental da atualidade.  
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O professor Dr. Francisco Mendonça, docente da Universidade Federal do Paraná, é uma referência na
pesquisa brasileira sobre o clima e suas relações com a criminalidade e a violência urbana. Nos
últimos anos, o professor tem elaborado análises que correlacionam a temperatura do ar e a
ocorrência de criminalidade urbana no Brasil (UFP, 2017). 
É bom saber que o aquecimento global ameaça a saúde da população humana
como um todo, mas é particularmente cruel em países menos desenvolvidos
(HAINES et al., 2011). A pobreza e a degradação ambiental podem causar o
aumento da vulnerabilidade a fenômenos climáticos catastróficos como
inundações, secas e furacões. Segundo Vormittag (2011), o impacto em países
pobres pode ser de 20 a 30 vezes maior do que em países industrializados. 
VOCÊ O CONHECE?
1.3 Tempo e Clima
Já aprendemos nesse capítulo que os termos tempo e clima discutem as
condições atmosféricas. No entanto, muitos dos fenômenos físicos e químicos na
atmosfera têm relação direta com as sazonalidades das estações do ano e da
própria organização das camadas de ar presentes do planeta. 
Com relação às estações do ano, como nos diz Salgado-Labouriau (1994, apud
TORRES; MACHADO, 2012, p. 19), "a inclinação do eixo de rotação permanece fixa
enquanto o planeta percorre a sua órbita ao redor do sol. A inclinação faz ora um
hemisfério, ora outro, receberem mais energia solar, o que resulta no ciclo das
estações do ano". 
Vamos analisar esta questão a seguir.
1.3.1 Estações do ano e movimentos da Terra
Ao longo do seu percurso diário e anual, a Terra desenvolve diferentes
movimentos. Os que exercem influência mais direta sobre as condições
atmosféricas são a Rotação e a Translação. Clique nas abas a seguir e conheça
mais sobre eles.  
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Na verdade, o maior motivo para as estações do ano é a inclinação do eixo da
Terra, que faz com que os raios solares fiquem perpendicularesem um
hemisfério (sol mais incidente) e inclinados no outro hemisfério (sol menos
incidente), conforme podemos observar na figura abaixo.  
Rotação
O movimento de rotação é aquele no qual a Terra gira em torno de si
mesma e resulta na alternância do dia e da noite para todos os continentes,
completando-se em, aproximadamente, 24h. A face do planeta voltada
para o sol é onde se dá o dia. Conforme há o processo de rotação, essa
fronte desloca-se e outra parte da Terra recebe luz.
Translação
O M i t d T l ã é l T f lt d S l
Clique nas abas
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Quando o planeta terra está na posição A, o hemisfério mais iluminado é o Norte,
então tem-se o verão nessa região. Por outro lado, observe o hemisfério Sul, que
se encontra com raios solares menos intensos, isso caracteriza o inverno. Quando
o planeta está na posição B, a situação inverte-se.
O sentido do movimento de translação é Norte → Sul e a declinação solar varia de
23 º27’ N (no Trópico e Câncer) a 23º27’ S (No Tropico de Capricórnio). Quando os
raios incidentes do sol alcançam a latitude 23º27’N, então ocorre o Solstício de
verão no Hemisfério Norte. E o que acontece no Hemisfério Sul? Exatamente ao
contrário, os raios solares alcançam o máximo de inclinação, por isso também há
solstício, mas, nesse caso, de inverno.
Figura 7 - Solstícios e equinócios: o primeiro marca o verão e inverno e o segundo marca a primavera e
o outono. Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de XAVIER; VINENTE, 2018.
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Veja na figura (em A) que o solstício de verão ocorre em junho no Hemisfério
Norte. Nesse momento, o hemisfério Sul está passando pelo solstício de inverno.
Por outro lado, em dezembro, quando a Terra está na posição B, o solstício de
verão ocorre no Hemisfério Sul e o solstício de inverno acontece no Hemisfério
Norte.
E o que seriam os Equinócios, também presentes na figura? De acordo com
Almeida (2016), nesse deslocamento aparente do Sol, quando a estrela atinge o
ponto médio de movimentação, ocorrem os equinócios. O que isso quer dizer?
Que ambos os hemisférios se posicionam igualmente em relação ao Sol e, por
isso, recebem a mesma quantidade de luz; por isso o dia e a noite têm a mesma
duração. Se um hemisfério estiver passando pelo equinócio de primavera, o
outro estará no equinócio de outono e vice-versa.
Portanto, solstícios e equinócios não acontecem durante toda a duração da
estação, mas no seu início, e têm data muito bem definida. Quando afirmamos
que em determinada data começa o verão em determinado hemisfério, estamos
dizendo que nessa data ocorre o solstício de verão. Na figura, o solstício de verão
no Hemisfério Sul, por exemplo, ocorre na posição B em 22 ou 23 de setembro
(dependendo de tratar-se de um ano bissexto ou não).
Como nos diz Varejão-Silva (2016), na verdade os solstícios e os equinócios são
episódios que estabelecem o início das estações do ano. Devido à inclinação do
eixo da Terra ser praticamente constante, a área iluminada pelo Sol em cada
Hemisfério varia ao longo do ano.
1.3.2 Composição da atmosfera
A atmosfera é constituída por um conjunto de gases e é considerada inodora,
incolor e insípida (ESTÊVES, 2016). Então, como analisar um objeto de estudo
que não tem gosto, cheiro ou cor? Bem, a ciência busca analisá-la considerando
os seus aspectos químicos e físicos, uma vez que essa camada da Terra é
extremamente importante para os fenômenos meteorológicos. Destaca-se que,
embora os gases sejam maioria, também é possível observar os elementos
químicos nas formas sólida e líquida na atmosfera.
A atmosfera é constituída, predominantemente, por Nitrogênio (N2) e Oxigênio
(O2), que se tornam rarefeitos e desaparecem com a altitude. Gases como Vapor
de água (H2O), Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido de Nitrogênio
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(N2O), Ozônio (O3), Clorofluorcarbonetos (CFC) e Gases Raros fazem parte do
grupo dos outros gases que compõem a atmosfera.
A revista Química Nova Escola tem um texto muito interessante, intitulado A evolução da composição
da atmosfera terrestre e das formas de vida que habitam a Terra, de Eduardo Galembeck e Caetano
Costa (2016). O artigo explica o processo de formação da atmosfera da Terra, cujas transformações
permitiram a existência da vida no planeta. Confira no endereço:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_4/06-EA-57-15.pdf
(http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_4/06-EA-57-15.pdf)>. 
O Nitrogênio (N2) é predominante na composição atmosférica e,
paradoxalmente, esse gás tem um desempenho pouco importante, em termos
físico-químicos. De acordo com Almeida (2016), nos primeiros quilômetros da
camada (partindo da Terra em direção ao espaço), o gás atua como reservatório
de calor sensível e participa do transporte de massa (peso relativo) e serve,
evidentemente, para compor as propriedades físicas do ar. Por outro lado, na alta
atmosfera, o nitrogênio tem a capacidade de absorver a porção ultravioleta dos
raios solares, contribuindo para a proteção dos seres vivos no planeta.
Por sua vez, o oxigênio é fundamental para a sobrevivência dos seres vivos,
sobretudo animais, que dependem de sua inalação e posterior transformação em
gás carbônico durante a respiração. Na alta atmosfera, as moléculas de oxigênio
podem se combinar gerando ozônio, composto químico muito importante no
bloqueio dos raios ultravioletas.
A discussão sobre a degradação da camada de ozônio tem se destacado no cenário acadêmico nas
últimas décadas. Você sabe como ela é formada e quais elementos podem contribuem para a sua
destruição? Existe um vídeo muito interessante do Ministério da Educação que discute os processos
VOCÊ QUER LER?
VOCÊ QUER VER?
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_4/06-EA-57-15.pdf
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de formação da camada de ozônio, sua localização na atmosfera e o processo de degradação que ela
está sofrendo (MEC, 2018). Assista ao vídeo:
<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/2058/open/file/10_buraco_na_cam
ada_de_ozonio.html?sequence=9&eventSource=2
(http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/2058/open/file/10_buraco_na_cama
da_de_ozonio.html?sequence=9&eventSource=2)>. 
Um componente atmosférico que tem alta variação é o vapor d’água, mesmo
tendo baixa proporção em relação aos outros gases atmosféricos. Ele está
presente no sistema nas formas líquida, gasosa e sólida. De acordo com Varejão-
Silva (2016), o vapor d´água age ativamente nos processos de absorção e
emissão de calor sensível pela atmosfera e atua na transferência de calor latente
de evaporação de uma região para outra.
Outro composto químico de pequena proporção e grande importância para a
manutenção do equilíbrio térmico do planeta é o gás carbônico, cuja
concentração tem se elevado, sobremaneira nas últimas décadas, intensificando
um fenômeno natural conhecido como Efeito Estufa. Também é importante citar
o gás metano, que tem poder de aquecimento muito maior que o CO2, e é um
dos grandes causadores do efeito estufa.
Ainda considerando os aspectos climáticos, é importante destacar o intercâmbio
contínuo de dióxido de carbono entre os seres vivos (por meio da fotossíntese e
da respiração), a atmosfera, a hidrosfera e os materiais da crosta terrestre
(combustão e oxidação).
1.3.3 Estrutura da atmosfera
A concentração dos gases e as características físicas da atmosfera podem variar
conforme aumenta a altitude. Emborahaja diferentes formas de organização da
atmosfera, é norma científica dividir a atmosfera em camadas concêntricas, tal
como você pode observar na figura a seguir. Observe a variação de cores
indicativas de temperatura que vão desde o azul (frio) até o vermelho (quente).  
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/2058/open/file/10_buraco_na_camada_de_ozonio.html?sequence=9&eventSource=2
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Para conhecer mais sobre as camadas da atmosfera, clique nas abas a seguir.
Figura 8 - Camadas da atmosfera: Exosfera, Termosfera, Mesosfera, Estratosfera e Troposfera, com suas
respectivas temperaturas predominantes. Fonte: Designua, Shutterstock, 2018.
Troposfera
A primeira camada é a  Troposfera, esta é a
camada mais próxima da superfície terrestre, na
qual ocorrem a maior parte dos fenômenos
atmosféricos com os quais o homem convive,
como furacões, precipitações, ventanias,
aquecimento global, ondas de calor e tornados.
Nessa camada, estão concentrados quase
totalmente o vapor d’água e os aerossóis
(partículas sólidas ou líquidas em suspensão em
um meio gasoso da atmosfera), bem como cerca
de 75% do total dos gases da atmosfera.
Observe na figura anterior que a temperatura sofre
uma redução de temperatura conforme a altitude
aumenta. Essa redução se dá a uma taxa média de
0,6ºC a cada 100 metros (SOARES; BATISTA, 2004).
Verifique que no topo da Troposfera, onde fica a
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Estratosfera
Mesosfera
Tropopausa, alcança zonas de temperaturas perto
de 0ºC. Lembre-se de que a temperatura média na
superfície da Terra é de aproximadamente 25ºC.
Como nos diz Estêves (2016), a tropopausa marca
o limite da troposfera e pode estar entre 8km e
16km de altitude nos polos e na Linha do Equador,
respectivamente. Lembre-se que próximo dos
polos, a atmosfera é mais fria e densa, por isso, é
natural o seu peso e achatamento.
Na  Estratosfera, por sua vez, contrariamente à
situação anterior, a temperatura tende a aumentar
conforme a altitude aumenta. Por isso, a
temperatura na estratosfera parte de -30ºC, na sua
base, até o 0ºC, como pode-se verificar na figura
anterior. Qual o motivo para esse gradual aumento
térmico? É que no meio da camada, há uma
concentração de compostos químicos a base de
oxigênio que chamamos de camada de ozônio. 
A próxima camada é  Mesosfera, onde a
temperatura volta a cair conforme há o ganho de
altitude a uma média de -3,5ºC/km (VAREJÃO-
SILVA, 2016). Sua composição tem uma pequena
parte de ozônio e vapores de sódio, os quais
desempenham um importante papel nos
fenômenos luminosos da atmosfera (DOMINGUEZ,
1979  apud  ESTÊVES, 2016). Nesse estrato
atmosférico, tanto o dióxido de carbono como o
vapor d´água são quase inexistentes. 
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A Termosfera, também chamada de Ionosfera, é considerada muito rarefeita.
Ela “é muito afetada pelos raios X e pela radiação ultravioleta, o que provoca a
ionização ou carregamento elétrico” (VAREJÃO-SILVA, 2016, p. 87). Você sabia que
as camadas inferiores da Ionosfera desempenham um papel muito importante
nas transmissões de rádio e televisão? Isso ocorre porque devido à composição
desta camada (íons e plasma ionosférico), ela é capaz de refletir ondas de rádio
até aproximadamente 30 MHz (figura abaixo). Por isso ônibus espaciais e satélites
de telecomunicações são encontrados nessa camada. 
Por fim, o que chamamos de Exosfera, a última camada, confunde-se com o
próprio universo. Nela predominam átomos de Hidrogênio e Hélio (mais leves) e
conforme ganha-se altitude ela se torna tão rarefeita que tende ao vácuo. Nesta
camada ocorrem elevadíssimas temperaturas e é grande a incidência de poeira
cósmica.
Figura 9 - Sistema de propagação de onda de rádio realizado na ionosfera a partir da interação entre
seus íons e o plasma ionosférico. Fonte: rumruay, Shutterstock, 2018.
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1.4 Fatores e elementos climáticos
A base da atmosfera está exatamente acima da superfície terrestre e dos oceanos,
que por sua vez cobrem perto de 71% da superfície do globo (BARRY; CHORLEY,
2012). O estudo dos atributos climáticos da atmosfera é fundamental para a
interpretação dos fenômenos atmosféricos. Os elementos são as grandezas
mensuráveis (como temperatura e pressão atmosférica), enquanto que os fatores
são aqueles que influenciam as alterações dos elementos (como o uso do solo e a
altitude). 
As determinações cientificas de cada um dos elementos climáticos somente se
tornaram possíveis com a descoberta de instrumentos adequados, que estão em
constante evolução. Vamos entender melhor a questão neste tópico.
1.4.1 Elementos Climáticos
Os elementos do clima são componentes meteorológicos que comunicam suas
propriedades e características peculiares ao meio atmosférico (CORREA, 2011).
Dessa forma, eles descrevem o clima e o estado do tempo de um modo
quantitativo. Os principais elementos são: radiação solar, umidade, pressão
atmosférica, temperatura, precipitação, nebulosidade e vento.
Vamos ver os principais conceitos a serem tratados quando nos referimos aos
elementos do clima?  Para tanto, clique nas abas abaixo. 
Radiaçã
o solar 
De acordo com Torres e Machado (2008) a radiação solar é a
energia adquirida pela Terra na forma de ondas
eletromagnéticas provenientes do Sol.  
Temper
atura 
Por sua vez, Ayoade (2003) nos ajuda a entender que a
temperatura pode ser conceituada em termos do movimento
de moléculas: quanto mais rápido este movimento, mais
elevada a temperatura. Vamos ver dois exemplos de variação
de elementos climáticos. 
Umidad
e 
A umidade é a quantidade de vapor presente na atmosfera,
que pode ser medida de forma absoluta ou relativa.  
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Já imaginou avaliar as chuvas que ocorreram no Brasil nos últimos milhares de anos? Existe uma
pesquisa que traça 2 mil anos de história das chuvas no Brasil, fazendo relações importantes entre
esse histórico e cada um dos continentes. A pesquisa foi publicada na forma de artigo no Geophysical
Research Journal com contribuições de cientistas brasileiros, norte-americanos e chineses (MOON,
2018). Verifique o texto em: <https://exame.abril.com.br/ciencia/pesquisa-traca-2-mil-anos-de-
historia-das-chuvas-no-brasil/ (https://exame.abril.com.br/ciencia/pesquisa-traca-2-mil-anos-de-
historia-das-chuvas-no-brasil/)>. 
Pressão
Soares e Batista (2004, p. 76) afirmam “que o ar atmosférico
tem peso e este se manifesta sob a forma de uma pressão que
a atmosfera exerce em todas as direções, especialmente sobre
a superfície terrestre”.  
Vento
Por sua vez, o vento é uma variável de fácil entendimento, uma
vez que representa a movimentação do ar tanto no sentido
vertical, como horizontal.  
Precipit
ação 
Você sabia que chuva não é a mesma coisa que precipitação?
Ainda de acordo com Soares e Batista (2004), a precipitação é o
resultado de um estado avançado de condensação. Ela ocorre
quando a força gravitacional supera a força que mantém a
umidade suspensa e esta atinge o solo sob a forma líquida
(chuva ou chuvisco/garoa) ou sólida (granizo, saraiva e neve). 
Nebulos
idade 
Por fim, Almeida (2016) nos ajuda a entender o conceito de
nebulosidade, considerado pelo autor como a fração da
abóbada celeste que, em um dado momento, encontra-se
encobertapor nuvens. Essa fração é estimada de forma visual,
imaginando-se que a abóbada celeste, quando coberta
totalmente por nuvens, equivale a 100%. 
VOCÊ QUER LER?
https://exame.abril.com.br/ciencia/pesquisa-traca-2-mil-anos-de-historia-das-chuvas-no-brasil/
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Na sequência, você conhecerá outros aspectos relacionado ao clima. Vamos lá?
1.4.2 Fatores climáticos
Já sabemos que os elementos atmosféricos são as grandezas atmosférica. Por
sua vez, os fatores do clima são aqueles que alteram esses elementos
meteorológicos, às vezes de maneira bastante significativa, como acontece com
as relações entre a altitude e a temperatura.
De acordo com Estêves (2016), os principais fatores climáticos são Altitude, Solos,
Maritimidade e Continentalidade, disposição do Relevo, Latitude, Correntes
Marítimas e até mesmo o homem.
Vamos ver alguns exemplos dessa influência? Considere as Latitudes do Planeta
Terra. Quanto mais próximo da linha do Equador, maiores são as temperaturas e,
por outro lado, quanto mais distante, menores as temperaturas. Mesmo com as
mudanças de inverno e verão, a média térmica é muito menor na Finlândia, país
localizado perto do Polo Norte, do que na Guiana Francesa, nação da América
Latina localizada perto da Linha do Equador. Então, certamente sabemos que a
Temperatura é fortemente influenciada pelas variações latitudinais.
Outro exemplo bastante contundente é quanto à proximidade da vegetação. Às
vezes um mesmo bairro pode contar com áreas de parque ou unidades de
conservação que apresentam temperaturas sensivelmente mais brandas do que
aquelas próximas ao centro urbano. Essa diferenciação é resultante de inúmeros
fatores associados, dentre eles o processo de evapotranspiração vegetal, que
reduz as temperaturas e, por outro lado, a proximidade com concreto e asfalto,
que contribuem para a retenção do calor atmosférico e consequente aumento da
temperatura. 
Síntese
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Concluímos a unidade introdutória relativa à Climatologia e Meteorologia. Agora,
você já compreende a diferença conceitual entre clima e tempo, bem como
Climatologia e Meteorologia. Também estabelecemos a relação entre clima e
tempo e distinguimos os atributos climáticos mais importantes para a ciência.  
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
acompanhar as distinções entre as ciências correlatas, ou seja,
Climatologia e Meteorologia, portanto compreendeu a diferença conceitual
entre tempo e clima e suas variações no tempo e no espaço;
aprender sobre as relações fundamentais entre clima e saúde e a história
desse tema, buscando compreender as possíveis associações entre a saúde
do homem e as flutuações climáticas atuais;
identificar a relevância dos principais movimentos do Planeta Terra
(Rotação e Translação), bem como a inclinação do seu eixo para a
configuração das estações do ano;
aprender sobre a composição química da atmosfera, suas principais
camadas e características físico-químicas;
diferenciar a função dos atributos climáticos conhecidos como elementos e
fatores meteorológicos ou do clima.
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05/04/2022 15:32 Climatologia e Meteorologia
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