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HISTOLOGIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA (músculo estriado cardíaco) PROF�SOR: CARLOS VINICIUS DALTO DA ROSA ALUNA: ELOISA RIGO MIOTTO - turma 1012 31/01/2022 Durante a primeira aula prática pudemos aprender os conceitos básicos do microscópio de luz, como: o posicionamento da lâmina utilizada na platina amparada pela presilha, o controle do feixe de luz vindo do microscópio essencial para a observação da lâmina, o controle de movimento da platina (charriot) que auxilia na observação de todas as partes do órgão, os controles de ajuste de foco (macrométrico e micrométrico) e também o movimento das objetivas de 4x, 10x, 40x e 100x, efetuadas pelo revólver. Após aprendermos o manuseio do microscópio, conseguimos observar a lâmina do tecido muscular corado por hematoxilina e eosina, escolhida pelo professor. Nela, foi fundamental conseguirmos analisar algumas estruturas. São elas: ● Epicárdio: é a camada que reveste o tecido muscular do coração externamente. É formada por um tecido conjuntivo denso fino, rico em vasos sanguíneos, adipócitos e nervos. Seu mesotélio é simples e pavimentoso. ● Endocárdio: é a camada que reveste a parede do coração internamente. Também é composta de tecido conjuntivo denso, porém, ao invés de conter vasos sanguíneos e tecido adiposo, destaca-se por possuir Fibras de Purkinje, células grandes e esféricas que são feixes condutores de impulsos elétricos. Seu endotélio é simples e pavimentoso. ● Miocárdio: se apresenta entre o epicárdio e o endocárdio. As células do miocárdio são menores que as fibras musculares esqueléticas, mas também 1 possuem estriações em seu interior, são ramificadas e contém apenas 1 ou 2 núcleos dispostos centralmente no sarcoplasma. Além disso, as junções intercelulares do músculo cardíaco são chamadas de Discos Intercalares, vistos no microscópio como linhas retas ou aspecto de escada, possuem partes transversais ( promovem a ancoragem célula-célula) e longitudinais ( permitem a passagem de estímulos entre células e a consequente sincronia na contração e no relaxamento). 2 HISTOLOGIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA (sistema tegumentar) PROF�SOR: CARLOS VINICIUS DALTO DA ROSA ALUNA: ELOISA RIGO MIOTTO - turma 1012 07/02/2022 Na segunda aula de histologia prática foi observado o sistema tegumentar, especificamente a pele (epiderme) e o tecido adiposo. 1° Lâmina: a epiderme é a camada mais externa formadora da pele. Constitui-se de tecido epitelial estratificado pavimentoso e queratinizado. Na epiderme foi possível observar suas cinco camadas: ● Estrato basal: é a camada mais profunda da epiderme e a responsável pela sua renovação celular. Fica em contato com a lâmina basal, tem formato cúbico, filamentos intermediários de queratina e se liga à lâmina basal por hemidesmossomos. Há ainda, nessa camada, os melanócitos e células de Merkel. ● Estrato espinhoso: essa camada vem acima do estrato basal. O formato de suas células é cubóide ou ligeiramente achatadas, pois apresentam prolongamentos citoplasmáticos que se unem através de desmossomos. Nesse estrato foi possível observar as células de Langerhans que pertencem ao sistema imune, são responsáveis por identificar antígenos e estimular a resposta imunológica e se apresentam também em ilhotas. Observou-se também os nódulos de bizzozero que une as células e se apresenta como linhas ligando uma célula na outra. ● Estrato granuloso: localiza-se acima do estrato espinhoso. Suas células são achatadas, possuem núcleo alongado e é identificado pela sua intensa basofilia citoplasmática, causada pela presença de grânulos de querato-hialina (precursores 1 de queratina, ricos em proteína histidina fosforilada e cistina e responsáveis pela impermeabilização da pele). ● Estrato lúcido: é observado com mais frequência em peles grossas e está acima do estrato granuloso. É constituído por uma camada de células em fase de degeneração, achatadas, eosinófilas e translúcidas, nas quais não foi possível observar as organelas e o núcleo (digeridos pelas enzimas dos lisossomos). ● Estrato córneo: é a camada mais externa da epiderme, constituída basicamente por células mortas e delgadas contendo muita queratina, as quais servem de barreira para proteger os tecidos subjacentes contra lesões e infecções. 2° Lâmina: o tecido adiposo tem por funções atuar como reserva de energia, isolante térmico, proteger os órgãos contra choques físicos e estabelecer conexão da derme com músculos e ossos. Na lâmina de tecido adiposo foi possível observar: ● arteríolas, artérias pequenas e grandes, as quais se diferenciavam pelo seu calibre e número de camadas de sua parede, em que as arteríolas possuem entre 1 à 2 camadas de músculo liso com sua parede adventícia quase imperceptível, as pequenas de 3 a 8, e as grandes apresentavam a camada da túnica média muito perceptível com várias camadas. ● as veias se apresentavam com suas paredes finas e formato irregular com o centro apresentando luz espessa. As veias podem se apresentar como grandes, médias e pequenas, tendo todas as mesmas características e se diferenciando apenas em seu tamanho. HISTOLOGIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA (sistema respiratório) PROF�SOR: CARLOS VINICIUS DALTO DA ROSA ALUNA: ELOISA RIGO MIOTTO - turma 1012 21/02/2022 Durante a terceira aula de histologia, foram observadas as lâminas de traquéia e epiglote, e a de pulmão. 1° Lâmina: Os epitélios da traquéia e da epiglote apresentam diferenças muito visíveis na microscopia óptica. Na traquéia foi possível observar a mucosa com um epitélio pseudoestratificado ciliado e com células caliciformes, as quais produzem o muco e estão presentes ao longo de todo o epitélio do tubo respiratório. Junto ao epitélio, foi possível a observação da lâmina própria, constituída por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas e linfócitos, localizado abaixo do epitélio. É importante, também, mencionar a observação da camada adventícia desse órgão, a qual é localizada no estrato mais externo e é constituída por anéis de cartilagem hialina, onde observam-se vários condrócitos e grupos isógenos. Logo, na epiglote, a mucosa é formada por um revestimento com uma face ventral recoberta por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (sendo assim pelo intenso atrito feito no local) e uma face dorsal habitualmente recoberta por epitélio respiratório – epitélio pseudoestratificado cilíndrico (ou colunar ou prismático) ciliado com células caliciformes, e, também, pelo tecido conjuntivo subjacente a ele (lâmina própria). 1 2° Lâmina: Na lâmina de pulmão foi observada a árvore bronquial, em que foram observados vasos sanguíneos de diferentes calibres. Em sequência, na observação dos alvéolos, foi possível contemplar um epitélio pavimentoso simples, onde, suas paredes, são revestidas por dois tipos celulares: pneumócito tipo I (célula pavimentosa, com citoplasma delgado e núcleo achatado, a qual constitui uma barreira fina que possibilita as trocas de gases entre o lúmen alveolar e o tecido intersticial); pneumócito tipo II (células arredondadas, cujo núcleo esférico é maior e mais arredondado que as demais células da parede interalveolar. Caracterizado pela presença de corpos multilamelares que secretam líquido surfactante pulmonar). Junto a isso, foram observados os bronquíolos, os quais se apresentaram com revestimento epitelial simples envolvido por uma camada de músculo liso com a lâmina própria muito delgada e rodeados pelos alvéolos. Os bronquíolos apresentaram um lúmen muito visível e com diâmetros variados. Os menores bronquíolos são também denominados bronquíolos terminais. 2 3 HISTOLOGIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA (sistema endócrino) PROF�SOR: CARLOS VINICIUS DALTO DA ROSA ALUNA: ELOISA RIGO MIOTTO - turma 1012 07/03/2022 Ao longo da terceira aula, observamos as lâminas histológicas da hipófise e tireóide, do sistema endócrino. 1° lâmina: A hipófise, ou glândula pituitária, é dividida em duas regiões diferentes: olobo anterior, também denominada adeno-hipófise e o lobo posterior, ou neuro-hipófise. Cada uma dessas regiões tem origem em células diferentes sendo a adeno-hipófise originária de células epiteliais e a neuro-hipófise originária de células nervosas. Entre a adeno-hipófise e a neuro-hipófise pode ser encontrada uma região intermediária que, em humanos, não é desenvolvida de modo que não apresenta funcionamento.Diversas funções são atribuídas a hipófise: além de controlar outras glândulas, a hipófise também tem contribuição no bom funcionamento do metabolismo e na produção de diversos hormônios. Desse modo, foi observado: ● Parte distal (adeno-hipófise): a parte distal se apresenta no microscópio mais escurecida, por possuir várias estruturas de caráter basófilo por possuir células com grande quantidade de complexo de Golgi. ● Células da adeno-hipófise: se apresentam em grupos e cordões, também são fenestradas, o que permite a passagem de substâncias. De acordo com a afinidade aos corantes, a adenoipófise manifesta dois grupos celulares: cromófilas: as quais são basófilas (coram em hematoxilina) são produtoras de corticotrofina (ACTH), tireotrofina (TSH) e gonadotrofinas (FSH e LH) ou são acidófilas (coram em 1 eosina) produzem somatotrofina e prolactina; cromófobas: sem granulações coráveis. ● Parte intermediária: essa porção apresenta folículos, e células cromófobas. Possui também a secreção do MSH, hormônio melanotrófico, que estimula a produção e a liberação de melanina pelos melanócitos. Ela foi pouco visível na lâmina histológica humana. ● Parte nervosa ( neuro-hipófise): a parte nervosa se apresenta, no microscópio, mais clara por possuir várias estruturas de caráter acidófilo. ● Células da neuro-hipófise: não há células secretoras, e os componentes mais importantes são os neurônios secretores. Sendo assim é formada basicamente por axônios hipotalâmicos, amielínicos e células gliais. Os grânulos de hormônios são armazenados em vesículas chamadas de Corpos de Hering visualizados nos axônios. 2° lâmina: Esta glândula caracteriza-se pela formação de numerosas vesículas (folículos) com vários tamanhos revestidos por epitélio cúbico envolvidas por cápsula de tecido conjuntivo. Se apresenta em dois lobos laterais unidos por um istmo. ● Folículos: Os folículos tireoidianos são revestidos por células epiteliais cubóides dispostas em uma única camada caracterizando o epitélio simples cúbico, cujas células foliculares secretam para o interior dos folículos uma substância denominada colóide, que contém os precursores do hormônio tiroidiano e se apresentam maiores e com mais concentração de colóide devido ao aumento nos níveis de atividade da célula. ● Células C: ou células parafoliculares, são um tipo de célula neuroendócrina encontrada na tireóide. São células grandes, de coloração pálida e que produzem e secretam calcitonina. ● Paratireóide: apresentam células principais que são as predominantes e menores, têm núcleo vesiculoso e citoplasma fracamente acidófilo. Estas células são secretoras do hormônio das paratireóides, o paratormônio. Apresentam também as 2 células oxifilas que são maiores e mais acidófilas, porém, em pouca quantidade. Estas células fazem a detecção de cálcio e regulam as células principais. parte distal e nervosa da hipófise, folículos da tireóide com colóide respectivamente. 3 HISTOLOGIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA (sistema endócrino II) PROF�SOR: CARLOS VINICIUS DALTO DA ROSA ALUNA: ELOISA RIGO MIOTTO - turma 1012 14/03/2022 Na terceira aula de histologia prática foi dado continuidade ao estudo do sistema endócrino, dando destaque às glândulas pineal, adrenal e pancreática. Desse modo, foi visualizado no microscópio duas lâminas: a de glândula adrenal e a de glândula pancreática, respectivamente. ● 1° lâmina: as adrenais são duas glândulas achatadas, cada uma situada próximo ao polo superior de cada rim. Essa glândula possui uma cápsula em seu entorno, além de secretar hormônios, em sua maioria, esteróides. Ela apresenta diferentes porções no córtex e na medula: ○ Em virtude nas diferentes disposições e aparência das células, o córtex pode ser subdividido em três camadas: zona glomerular (presente em primatas e ruminantes) ou zona arqueada (carnívoros, suínos e equinos) que se situa logo abaixo da cápsula e é composta por células ovóides e colunares organizadas em cordões que têm formato de arcos. Logo em seguida, foi possível observar a zona fasciculada que se apresentou em cordões retilíneos de uma ou duas células e colunas de células que podem ser grandes, poliédricas e binucleadas, produzindo glicocorticóides e androgênios. Por último, o córtex apresenta a zona reticulada, que apresentou células menores, com menos citoplasma e núcleos aglomerados. Essa última zona se mostra mais escura que a zona fasciculada e também secreta glicocorticóides e androgênios. 1 ○ Na medula foi observadas as células cromafins, as quais se apresentaram grandes e em abundância como neurônios modificados (sem prolongamentos), possuindo grânulos e em vesículas (grandes secretando norepinefrina e pequenas secretando epinefrina). ● 2° lâmina: o pâncreas é uma glândula mista exócrina e endócrina, que produz enzimas digestivas e hormônios. Os hormônios são sintetizados em grupamentos de células epiteliais endócrinas conhecidas como ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langerhans). Sendo assim foi possível observar na lâmina: ○ Ilhotas pancreáticas, as quais se apresentaram pálidas e em grupos irregulares formando cordões. Na ilhota estavam presentes células do tipo Alfa (segunda mais numerosa da ilhota, com a sua localização no pâncreas variando conforme a espécie, a qual produz glucagon que promove a homeostase da glicose sanguínea e age em vários tecidos para tornar a energia estocada sob forma de glicogênio e gordura disponível pela glicogenólise e lipólise) e do tipo Beta (primeira célula mais numerosa e centralizada da ilhota, se apresentando mais escuras do que as células Alfa. Essa célula produz insulina que age em vários tecidos promovendo a entrada de glicose nas células e diminuição da taxa de glicose no sangue). glândula adrenal 2 ilhota pancreática 3 HISTOLOGIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA (sistema digestório) PROF�SOR: CARLOS VINICIUS DALTO DA ROSA ALUNA: ELOISA RIGO MIOTTO - turma 1012 21/03/2022 Na sexta e última aula de histologia, aprendemos sobre a estrutura geral do canal alimentar. Todos os componentes do trato digestivo apresentam certas características estruturais em comum. Trata-se de um tubo oco composto por um lúmen cujo diâmetro é variado e formado por quatro túnicas: mucosa, submucosa, muscular externa e serosa ou adventícia. Nesta aula, pudemos observar no microscópio óptico as lâminas de esôfago de lábio e língua, respectivamente, que compõem o trato digestório. ● 1° lâmina: o esôfago é um tubo muscular com função de transporte alimentar da boca até o estômago. De modo geral, o esôfago possui as quatro túnicas já citadas anteriormente e que foi possível observar em aula: ○ Mucosa: mais interna em contato com o lúmen, revestida por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, por uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos e células musculares lisas, e por uma camada muscular da mucosa, que separa a camada mucosa da submucosa; ○ Túnica muscular externa: vêm logo após a submucosa e consiste exclusivamente em fibras estriadas. A medida em que o órgão se alonga, essa camada de músculo estriado esquelético é substituída por uma camada circular interna e por outra longitudinal externa de células musculares lisas que atuam no movimento peristáltico. 1 ○ Adventícia: na lâmina observada foi possível observar a camada adventícia, que possui uma camada mais espessa e fica em contato com outras estruturas e tem como função principal a lubrificação; ○ Plexo mioentérico: quase imperceptívelna lâmina, situa-se entre as fibras longitudinais e circulares da camada muscular e faz parte do sistema nervoso entérico. ● 2° lâmina: o lábio é a junção da mucosa e do tegumento (mucocutânea) em que pode-se encontrar centralmente o músculo orbicular da boca e bucinador (estriado esquelético), e onde observou-se uma transição do epitélio oral para o epitélio queratinizado a pele. A camada queratinizada protege a mucosa oral de agressões mecânicas durante a mastigação. Foi possível observar: ○ Mucosa: é a porção interna do lábio e faz parte da mucosa oral. Se apresenta com a sua lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, no qual encontramos inúmeras glândulas mucosas, as glândulas labiais serosas/seromucosas e as glândulas bucais seromucosas que se apresentaram como tubo alveolar compostas. ○ Tegumento: porção externa do lábio que apresentou folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas, além de epitélio queratinizado que repousa sob o tecido conjuntivo. ● 3° lâmina: a língua é uma massa de músculo estriado esquelético revestida por uma camada mucosa cuja estrutura varia de acordo com a região. Foi observado: ○ Músculo revestido por mucosa: a língua é dorsalmente queratinizada e ventralmente não queratinizada. A parte dorsal é irregular e apresentou papilas, que dependendo de suas características morfológicas, são chamadas de papilas filiformes, papilas fungiformes ou papilas circunvaladas. Pôde-se também encontrar os botões gustativos com função de percepção de gostos, o músculo que dá suporte para a língua juntamente 2 com o nervo que controla os movimentos do músculo e permite a fala e deglutição. esôfago lábio língua 3
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