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Sistema de protecão contraincêndio e explosões 1ª Edição |Outubro| 2015 Impressão em São Paulo/SP Apresentação. 3 Este trabalho visa à apresentação do papel fun- damental da Engenharia de Segurança do Trabalho no tocante a Prevenção e Combate aos Sinistros nas diversas áreas de atuação do profissional de seguran- ça do trabalho em suas atividades. Mostraremos de forma simples e compreen- sível conceitos aplicáveis neste assunto que não se esgota com esta edição e sim, despertar a ânsia de aprofundar o conhecimento do assunto daqueles que amam a vida e querem a preservar de forma téc- nica antes do surgimento dos incidentes tão massa- crantes a sociedade como um todo, que são os gran- des incêndios. Tendo como dificuldade aqui no Brasil de li- teraturas no assunto e profissionais gabaritados, os nossos Engenheiros de Segurança do Trabalho são profissionais que podem se tornar tais profissionais com muita simplicidade e dedicação ao assunto tão importante e discutido no momento. Nos capítulos que vão se seguir procuramos dar a conotação de como podemos fazer uma boa prevenção a sinistros seguindo as normativas nacio- nais e internacionais. E reforçamos a importância do Engenheiro de Segurança nas atividades e conhecimentos sobre o assunto pertinente aos Sistemas de Proteção contra Incêndios e Explosões. M725s Gonçalves, Adilson Rosa. Sistema de proteção contra incêndio e explosão / Adilson Rosa Gonçalves. - São Paulo : Know How, 2014. 150 p.: 21 cm. Inclui bibliografia ISBN 978-85-8065-316-8 1. Sistema de proteção. 2. Incêndio. 3. Explosão. I. Título. CAPÍTULO 1 Conceitos CAPITULO 2 Proteção ativa, pas- siva e proteção estrutural CAPÍTULO 3 Sistemas de detecção de alarme, fumaça e sistemas fixos de proteção a incendios e explosão CAPÍTULO 4 Incendio florestal Capítulo 1 . 7 1.1- A prevenção e proteção de incêndios. A prevenção de incêndios esta presente em to- das as atividades que os seres humanos têm tentado para se evitar os desastres de grandes incêndios de nossa historia. O objetivo principal da prevenção de incêndios é de que os locais não deixem o surgimen- to do principio de incêndio e se caso assim mesmo ele apareça, tenhamos pessoas e equipamentos para dete-lo em seu inicio, de forma eficaz e rápida. A prevenção se faz por meio de vários itens, medidas que possamos destacar para conseguir nos- sos objetivos, alguns destes itens podemos destacar: a) Toda edificação tem que estar provida de equipamentos de combate a incêndios de acordo com as suas características e distribuídos de forma adequada e suficiente para uma possível utilização b) A edificação deve ser preparada e construída, de forma que os ocupantes possam sair de forma rá- pida e segura caso haja necessidade. c) Temos que pensar na possibilidade de mini- mizar ao máximo as condições do fogo se alastrar, 8 caso aconteça, ou seja, te,os que pensar em uma ma- neira de proteger a edificação de forma a não deixar o fogo se propagar de um ponto a outro. d) Sempre que temos que pensar em preven- ção, devemos nos preocupar em resguardar o patri- mônio e ainda verificar a possibilidade de socorro as vitima de forma segura. Toda edificação deve possuir uma responsável pela elaboração dos projetos técnicos de prevenção de incêndios ou contratar alguém capacitado para fazê-lo, sempre que os órgãos competentes assim o exigir. Para se ter um controle eficaz neste assunto, deve se ter um conhecimento técnico das nature- za do fogo e suas características, incluindo todas as condições necessárias para uma combustão. A fim de se ter uma compreensão melhor des- tas características, adota-se de maneira simplificada a figura de um tetraedro, figura geométrica de quatro faces, para explicar a teoria do fogo. Temos então desta forma, cada face represen- tando os elementos constituintes da combustão: Ca- lor, Combustível, Oxigênio e a Reação em Cadeia. Calor Quando falamos de calor, fica difícil sua defini- ção, pois, vários autores dão esta definição e fica um 9 pouco complicado em decorrente da Fisica clássica, pois estamos falando de uma energia, esta que ele- va a temperatura dos corpos, que pode ser através de processos físicos ou químicos, no momento nos preocupamos em falar em Energia necessária para elevação de temperatura. Os grandes Físicos, ainda explicam este fenô- meno como sendo uma condição de movimento da matéria quando se movimenta através de suas mo- léculas, ou seja, elas estão sempre em movimento, e quando sua temperatura aumenta através do calor, elas se agitam mais ainda. Sendo uma forma de energia, podemos concluir que ele terá efeitos fisiológicos sobre o organismo nos seres e nos corpos inanimados pode produzir efeitos fiscos e químicos, sendo que, com o aumento do calor teremos alguns processo nos corpos que podem não ser desejáveis, como expansão, ou fla- cidez em outros, trazendo grandes transtornos nas edificações se não estiverem preparadas estrutural- mente falando. Temos da física os pontos de fusão dos materiais que por sua vez já são conhecidos, o único problema é que nos sinistros não temos como medir a temperatura dos corpos e prever o momen- to que eles vão colapsar ou soltar partes estruturais podendo atingir tanto pessoas da edificação como emergencistas em ação. Outro problema grave é que temos a liberação 10 de gases com o aumento da temperatura provocado pelo calor também. Com o aumento da temperatura as partes ferro- sas, podem se dilatar comprometendo as estruturas de concreto, uma vez que toda grande obra de con- creto, temos uma armação de ferro por dentro, ou em pontos estratégicos. Certos materiais com variações bruscas de tem- peratura, não resistem e podem se romper, ao se contrair ou dilatar. Em certos casos pode ser que os corpos não re- sistam e enfraqueçam, podendo levar a um colapso total da estrutura. Já nos gases, temos a preocupação no risco de explosões, pois, sob a ação de calor, os gases lique- feitos comprimidos aumentam a pressão no interior dos vasos que os contêm, pois não têm para onde se expandir. Se o aumento de temperatura não cessar, ou se não houver dispositivos de segurança que per- mitam escape dos gases, pode ocorrer uma explosão, provocada pela ruptura das paredes do vaso e pela violenta expansão dos gases. Os vapores de líquidos (inflamáveis ou não) se comportam como os gases. Desta forma, com o aumento do calor, os cor- pos tendem a mudar seu estado físico: alguns sólidos transformam-se em líquidos (liquefação), líquidos se transformam em gases (gaseificação) e há sólidos que se transformam diretamente em gases (sublima- 11 ção). Isso se deve ao fato de que o calor faz com que haja maior espaço entre as moléculas e estas, separando-se, mudam o estado físico da matéria. No gelo, as moléculas vibram pouco e estão bem juntas; com o calor, elas adquirem velocidade e maior es- paçamento, transformando um sólido (gelo) em um líquido (água). Temos então um fenômeno chamado de mu- dança química é aquela em que ocorre a transforma- ção de uma substância em outra. A madeira, quando aquecida, não libera moléculas de madeira em forma de gases, e sim outros gases, diferentes, em sua com- posição, das moléculas originais de madeira. Essas moléculas são menores e mais simples, por isso têm grande capacidade de combinar com outras moléculas, as de oxigênio, por exemplo. Podem pro- duzir também gases venenosos ou explosões. Temos que lembrar que citamos até agora os danos estruturais, mas os mais graves também têm os danos pessoais causados pelo calor que incluem: desidratação, insolação, fadiga e problemas para o aparelho respiratório, além de queimaduras, que nos casos mais graves (1º, 2º e 3º graus) podem levar até a morte. Propagação do Calor Vamos definir agora as diferentes formas do calor se propagar que são de três diferentes manei- 12 ras:condução, convecção e irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois ob- jetos absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro. Convecção É a transferência de calor pelo movimento as- cendente de massas de gases ou de líquidos dentro de si próprios. Quando a água é aquecida num recipiente de vidro, pode-se observar um movimento, dentro do próprio líquido, de baixo para cima. À medida que a água é aquecida, ela se expande e fica menos densa (mais leve) provocando um movimento para cima. Da mesma forma, o ar aquecido se expande e tende a subir para as partes mais altas do ambiente, en- quanto o ar frio toma lugar nos níveis mais baixos. Em incêndio de edifícios, essa é a principal forma de propagação de calor para andares superiores, quan- do os gases aquecidos encontram caminho através de escadas, poços de elevadores, etc. Condução Condução é a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. Colocan- do-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de 13 ferro próxima a uma fonte de calor, as moléculas desta extremidade absorverão calor; elas vibrarão mais vigorosamente e se chocarão com as moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor. Essas moléculas vizinhas, por sua vez, passarão adiante a energia calorífica, de modo que o calor será conduzido ao longo da barra para a extremidade fria. Na condução, o calor passa de molécula a molécula, mas nenhuma molécula é transportada com o calor. Quando dois ou mais corpos estão em contato, o calor é conduzido através deles como se fossem um só corpo. Irradiação É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam através do espaço. As on- das de calor propagam-se em todas as direções, e a intensidade com que os corpos são atingidos aumen- ta ou diminui à medida que estão mais próximos ou mais afastados da fonte de calor. Um corpo mais aquecido emite ondas de energia calorífica para um outro mais frio até que ambos te- nham a mesma temperatura. O bombeiro deve estar atento aos materiais ao redor de uma fonte que irra- die calor para protegê-los, a fim de que não ocorram novos incêndios. Para se proteger, o bombeiro deve utilizar roupas apropriadas e água (como escudo). 14 Combustível Toda substancia capaz de queimar e alimentar o fogo definimos como combustível, é ele que serve de propagação do fogo. Como toda a maioria dos corpos ele pode se apresentar de três formas na natureza: sólidos, líqui- dos ou gasosos, e a grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para, então, combinar com o oxigênio. Dizemos que a velocidade do combustível queimar, vai depender da sua capacidade de combi- nar com oxigênio sob a ação do calor e da sua frag- mentação (área de contato com o oxigênio). Combustíveis Sólidos Temos que a maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem com o oxigênio. Outros sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro transformam-se em líquidos, e posteriormente em gases, para então se queimarem. Uma proporção que se deve ser considerado é que quanto maior a superfície exposto, mais rápido será o aquecimento do material e, conseqüentemen- te, o processo de combustão. Como exemplo: uma barra de aço exigirá muito calor para queimar, mas, se transformada em palha de aço, queimará com fa- cilidade. Assim sendo, quanto maior a fragmentação do material, maior será a velocidade da combustão. 15 Combustíveis Líquidos O que temos que saber é que os líquidos infla- máveis têm algumas propriedades físicas que dificul- tam a extinção do calor, aumentando o perigo para os colaboradores. Uma das propriedades muito conhecida dos li- quidos é que assumem a forma do recipiente que os contem. Se derramados, os líquidos tomam a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas. Como temos o peso da água, cujo litro pesa 1 quilograma, classificamos os demais líquidos como mais leves ou mais pesados. É importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que água e, portanto, flutuam sobre esta. Temos que considerar uma outra propriedade dos líquido que é a solubilidade do líquido, ou seja, sua capacidade de misturar-se à água. Os líquidos de- rivados do petróleo (conhecidos como hidrocarbo- netos) têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos como alcoóis, acetona (conhecidos como solventes polares) têm grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um ponto em que a mistura (solvente polar + água) não seja inflamável. Chamamos de volatilidade a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também é de grande importância, porque quanto mais volátil for o líqui- do, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que li- 16 beram vapores a temperaturas menores que 20º C. Combustíveis Gasosos Vejamos algumas propriedades dos gases, eles não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que estão contidos. Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso do gás é maior que o do ar, o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento, obedecendo aos contornos do terreno. Para o gás queimar, há necessidade de que es- teja em uma mistura ideal com o ar atmosférico, e, portanto, se estiver numa concentração fora de de- terminados limites, não queimará. Comburente Assim como o ser humano necessita de oxi- gênio para sobreviver, assim também é o fogo, é o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum é que o oxigênio de- sempenhe esse papel. A ciência nos ensina que encontramos na at- mosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Em ambientes com a composição normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e de maneira completa. Notam-se chamas. Contudo, a combustão consome o oxigê- 17 nio do ar num processo contínuo. Quando a por- centagem do oxigênio do ar do ambiente passa de 21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e não mais chamas. Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atinge concentração menor que 8%, não há combustão. Reação em Cadeia Item muito discutido por todos aqueles que se dedicam ao estudo do fogo, temos a reação em ca- deia torna a queima auto-sustentável. O calor irradia- do das chamas atinge o combustível e este é decom- posto em partículas menores, que se combina com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante. Formas de Combustão Temos a classificação das combustões que po- dem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta, espontânea e explosão. Os elementos que são preponderantes na velo- cidade da combustão: o comburente e o combustí- vel; o calor entra no processo para decompor o com- bustível. A velocidade da combustão variará de acor- do com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do combustível. 18 Combustão Completa Aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio. Combustão Incompleta Aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente po- bre em oxigênio. Combustão Espontânea Dizemos que ela ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz ca- lor e libera gases que podem incendiar. Alguns ma- teriais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignição); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20 ºC), como o fósforo branco. Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera ca- lor e libera gases em quantidade suficiente para ini- ciar combustão. Porexemplo, água + sódio. Explosão Quando temos a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima velocidade, em locais confina- dos, com grande liberação de energia e deslocamen- to de ar. Combustíveis líquidos, acima da tempera- 19 tura de fulgor, liberam gases que podem explodir (num ambiente fechado) na presença de uma fonte de calor. Métodos de Extinção do Fogo Temos como base os métodos de extinção do fogo na eliminação de um ou mais dos elementos essenciais que provocam o fogo. Retirando o Material Talvez seja a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do material com- bustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a alimentação da combus- tão. Método também denominado corte ou remoção do suprimento do combustível. Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso, retira- da de materiais combustíveis do ambiente em cha- mas, realização de aceiro, etc. Resfriando Um dos métodos mais usados atualmente. Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando, diminuindo, con- seqüentemente, a liberação de gases ou vapores in- flamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser 20 facilmente encontrada na natureza. A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de aplicação da água (jatos), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir. É inútil o emprego de água onde queimam com- bustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis. Abafando Quando falamos em abafar o fogo, na realidade estamos impedindo a alimentação das chamas pelo comburente, mais comumente o oxigênio. Não ha- vendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como exceções estão os materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos or- gânicos e o fósforo branco. Conforme já vimos anteriormente, a diminui- ção do oxigênio em contato com o combustível vai tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre um re- cipiente contendo álcool em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela ace- sa, são duas experiências práticas que mostram que o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em contato com o combustível. 21 Pode-se abafar o fogo com uso de materiais di- versos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água, espumas, pós, gases especiais etc. Quebrando a Reação em Cadeia Alguns agentes extintores, quando aquecidos no fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia” (extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustí- veis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis. Classificação dos Incêndios e Métodos de Extinção Este tópico é muito importante e cabe salien- tar que dele depende o sucesso das nossas ações de combate a sinistros. Eles são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situ- ação em que se encontram. Essa classificação é fei- ta para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico. Entendemos como agentes extintores todas as substâncias capazes de eliminar um ou mais dos elementos essenciais do fogo, cessando a combustão. Essa classificação foi elaborada pela NFPA (Na- tional Fire Protection Association – Associação Nacio- nal de Proteção a Incêndios/EUA), e também adotada pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. 22 Incêndio Classe “A” Este se se caracteriza em se tratando no fogo envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano, borracha, é caracterizado pe- las cinzas e brasas que deixam como resíduos e por queimar em razão do seu volume, isto é, a queima se dá na superfície e em profundidade. Método de extinção É necessário baixarmos a temperatura dos cor- pos ( combustível ) neste caso resfriando-os para a sua extinção, isto é, do uso de água ou soluções que a contenham em grande porcentagem, a fim de redu- zir a temperatura do material em combustão, abaixo do seu ponto de ignição. O emprego de pós químicos irá apenas retardar a combustão, não agindo na queima em profundidade. Incêndio Classe “B” Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, gra- xas e gases combustíveis, é caracterizado por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície ex- posta e não em profundidade. Método de extinção Precisamos fazer uma separação da superfície fogo com os corpos que estão queimando através do abafamento ou da interrupção (quebra) da rea- 23 ção em cadeia. No caso de líquidos muito aquecidos (ponto da ignição), é necessário resfriamento. Incêndio Classe “C” Incêndio envolvendo equipamentos energiza- dos. É caracterizado pelo risco de vida que oferece ao brigadista. Método de extinção Uma vez que estamos lidando com corpos energizados, a sua extinção necessita de agente ex- tintor que não conduza a corrente elétrica e utilize o princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em cadeia. Esta classe de incêndio pode ser mudada para “A”, se for interrompido o fluxo elétrico. Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisores, por exem- plo) que acumulam energia elétrica, pois estes con- tinuam energizados mesmo após a interrupção da corrente elétrica. Incêndio Classe “D” Este tipo de sinistro envolve metais combustí- veis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, só- dio, zircônio). É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores co- muns (principalmente os que contenham água). 24 Método de extinção Necessitamos de agentes extintores especiais que se fundam em contato com o metal combustí- vel, formando uma espécie de capa que o isola do ar atmosférico, interrompendo a combustão pelo prin- cípio de abafamento. Os pós especiais são compostos dos seguintes materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário, mono fosfato de amônia, grafite seco. O princípio da retirada do material também é aplicável com sucesso nesta classe de incêndio. 1.2 - Legislação Constituição Federal O Estado pode legislar concorrentemente com a União, a respeito do Direito Urbanístico, na área de prevenção de incêndios (art. 24, inciso I). Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições definidas em Lei, compete a execução das atividades de Defesa Civil (art. 144, § 5º). 25 1.3 - Seguro CIRCULAR SUSEP Nº 006, DE 16.03.92 A SUSEP, ( Superintendência de Seguros Privados ), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, junto com o IRB ( Insti- tuto de Resseguros do Brasil ), são órgão que fiscali- zam os seguros das edificações em relação a Preven- ção de Incêndios. Regulamento para concessão de descontos aos riscos que dispuserem de meios próprios de Detec- ção e Combate a Incêndios. Classificação dos riscos a proteger. Para fins de proteção de que trata este item, são os riscos isolados, no conceito da Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, classificados em três classes, de acordo com a natureza de suas ocupações. Classe A - Riscos isolados cuja classe de ocu- pação, na Tarifa de Seguro 26 Incêndio do Brasil, seja 1 ou 2, excluídos os “depósitos” que devem ser considerados como Classe “B”. Classe B - Riscos isolados cujas classes de ocu- pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam 3, 4, 5 ou 6, bem como os “depósitos” de classes de ocupação 1 ou 2. Classe C - Riscos isolados cujas classes de ocu- pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam 7, 8, 9, 10, 11, 12 ou 13. Os riscos, cujas instalações de detecção e com- bate a incêndio satisfizerem às exigências do presen- te Regulamento, gozarão dos descontosa seguir de- terminados, aplicáveis às taxas básicas da TSIB. Os descontos previstos neste Regulamento não serão aplicáveis aos prêmios correspondentes a Ris- cos Acessórios, previstos no artigo 4º da TSIB. Os descontos somente serão concedidos a ris- cos que dispuserem de sistema de proteção por ex- tintores de acordo com este Regulamento. A exigência prevista no subitem anterior pode- rá ser dispensada, quando, no risco a proteção por extintores for comprovadamente inadequada. Os descontos máximos atribuíveis são os seguintes: 27 Para sistema de proteção por extintores, 5% (cinco por cento); Para sistema de proteção por mangueiras semi-rígidas: a) 5% (cinco por cento) quando o risco for protegido por sistema de abastecimento por bomba ou por sistema conjugado ao sistema de hidrantes, de chuveiros automáticos ou à rede de consumo ge- ral, ou ainda, embora tendo sistema independente, já seja beneficiado com desconto por hidrantes; b) 10% (dez por cento) quando o risco for pro- tegido por sistema independente de abastecimento por gravidade ou por tanque de pressão e não for beneficiado com desconto por hidrantes. As Seguradoras deverão manter em seus arqui- vos as documentações a seguir, relativas às conces- sões dos descontos por ela aplicados: a) Planta dos riscos, confeccionada de acordo com as convenções padronizadas pelo IRB, com in- dicação detalhada dos sistemas de proteção existen- tes, devidamente assinada pelo Segurado; b) Laudo de inspeção dos sistemas de proteção; 28 c) Laudo de instalação, fornecido pelo Se- gurado, firma ou pessoa habilitada, com descrição pormenorizada dos dados técnicos, especificações e aparelhagem do sistema de proteção; d) Informação detalhada sobre a brigada de incêndio; e) Questionário de Tarifação Individual e Des- contos - QTID, devidamente preenchido e assinado; f) Cópia da apólice em vigor. 1.4 O papel do engenheiro de segurança na pre- venção e combate a incêndios FUNÇÃO: ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO • Assessorar os diversos órgãos da Instituição em assuntos de segurança do trabalho. • Propor normas e regulamentos de segurança do trabalho. • Estudar as condições de segurança dos lo- cais de trabalho e das instalações e equipamentos. 29 • Examinar projetos de obras e equipamentos, opinando do ponto de vista da segurança do trabalho. • Indicar e verificar a qualidade dos equipa- mentos de segurança. • Estudar e implantar sistema de proteção contra incêndios e elaborar planos de controle de catástrofe. • Delimitar as áreas de periculosidade, insalu- bridade e outras, de acordo com a legislação vigente, emitir parecer, laudos técnicos e indicar mediação de controle sobre grau de exposição a agentes agressi- vos de riscos físicos, químicos e biológicos. • Analisar acidentes, investigando as causas e propondo medidas corretivas e preventivas. • Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e equipamentos cuja ma- nipulação, armazenamento, transporte ou funciona- mento possam apresentar riscos, acompanhando o controle do recebimento e da expedição. • Colaborar na fixação de requisitos de apti- dão para o exercício de funções, apontando os riscos decorrentes desses exercícios. 30 • Manter cadastro e analisar estatísticas dos aci- dentes, a fim de orientar a prevenção e calcular o custo. • Realizar a divulgação de assuntos de segu- rança do trabalho. • Participar de programa de treinamento, quando convocado. • Elaborar e executar programas de treina- mento geral e específico no que concerne à seguran- ça do trabalho. • Planejar e executar campanhas educativas sobre prevenção de acidentes. • Participar, conforme a política interna da Instituição, de projetos, cursos, eventos, convênios e programas de ensino, pesquisa e extensão. • Trabalhar segundo normas técnicas de segu- rança, qualidade, produtividade, higiene e preserva- ção ambiental. • Executar tarefas pertinentes à área de atua- ção, utilizando-se de equipamentos e programas de informática. 31 • Executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função. Destacamos as funções que cabe ao Engenheiro de Segurança no tocante a Prevenção e Combate a Incêndios, de forma que, este profissional esta intima- mente ligado a esta vasta área dentro das Empresas. 1.5 – Extintores e suas capacidades Extintores se tratam de equipamentos destina- dos a serem utilizados em princípios de incêndios que são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operação. Os extintores portáteis também são conhecidos sim- plesmente por extintores e os extintores sobre rodas, por rodas, por carretas. Como temos as classes distintas de incêndios, teremos também diferentes tipos de extintores e se classificam conforme a classe de incêndio a que se destinam: “A”, “B”, “C” e “D”. Para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados. Todo o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identi- ficação facilmente localizável. O rótulo traz infor- mações sobre as classes de incêndio para as quais o 32 extintor é indicado e instruções de uso. Os extintores devem conter uma carga mínima de agente extintor em seu interior, chamada de uni- dade extintora e que é especificada em norma. Extintores Portáteis De maneira a utilizar de forma fácil e rápida em seu manuseio, destinados a combater princípios de incêndio. Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interior (por exemplo: extintor de água, porque contém água em seu interior). Extintor de água: Capacidade: 10 litros Unidade extintora: 10 litros Aplicação: Classe A Alcance: 10 metros Pressão interna, expelindo água ao ser acionado através do gatilho. Extintor de pó químico seco pressurizado: Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8 e 12 Kg Unidade extintora: 04 Kg 33 Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó é especial Alcance: 05 metros Pressão interna, para se obter a liberação do pó, aperta-se o gatilho. Extintor de Pó Químico Seco (Pressão Injetada) Capacidade: 4, 6, 8 e 12 Kg Unidade extintora: 04 Kg Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó é especial Alcance: 05 metros Pressão externa que esta junto ao cilindro em outro cilindro pressurizado, para se obter a liberação do pó, abre o cilindro pequeno e este pressuriza o ex- tintor e ai apertam o gatilho para o funcionamento. Extintor de gás carbônico Capacidade: 2,4 e 6 Kg Unidade extintora: 06 Kg 34 Aplicação: Classes B e C Alcance: 2,5 metros Pressão interna e acionando o gatilho o gás é liberado Tomar cuidado com a descarga, pois, ele opera com baixas temperaturas e corremos o risco de quei- maduras nas mãos, então temos a parte apropiada para manusear o difusor. Extintor de espuma: Extintor de Espuma Mecânica (Pressurizado) Capacidade: 09 litros água + LGE Unidade extintora: 09 litros Aplicação: Classes A e B Alcance: 05 metros Pressão interna e acionando o gatilho a pré- -mistura água e lge são expelidas e forma-se então a espuma, com a entrada de ar. 35 Extintor de espuma: Extintor de Espuma Mecânica (Pressão Injetada) Capacidade: 09 litros água + LGE Unidade extintora: 09 litros Aplicação: Classes A e B Alcance: 05 metros Pressão externa em um cilindro de alta pressão, acionando o gatilho a pré-mistura água e lge são ex- pelidas e forma-se então a espuma, com a entrada de ar. Manutenção e Inspeção A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e termina com a correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficiente. É realizada através de inspeções, onde são verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de identificação, lacre e selo da ABNT, peso, danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira, pe- ças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros. Semanais: Verificar acesso, visibilidadee sinalização. 36 Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira es- tão obstruídos. Observar a pressão do manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança. Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás comprimido, quando houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de 90% do especi- ficado, recarregar. Anuais: Verificar se não há dano físico no extin- tor, avaria no pino de segurança e no lacre. Recarre- gar o extintor. Qüinqüenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o extintor a cada 5 anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como: batidas, exposição a temperaturas altas, ataques quí- micos ou corrosão. Deve ser efetuado por pessoal habilitado e com equipamentos especializados. Nes- te teste, o aparelho é submetido a uma pressão de 2,5 vezes a pressão de trabalho, isto é, se a pressão de trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova será de 35 kgf/cm2. Este teste é precedido por uma minuciosa observação do aparelho, para verificar a existência de danos físicos. 37 Extintores sobre Rodas (Carretas) São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas para serem conduzi- dos com facilidade. As carretas recebem o nome do agente extintor que transportam como os extintores portáteis. Devido ao seu tamanho e sua capacida- de de descarga a operação destes aparelhos obriga o empenho de dois operadores. As carretas podem ser: a) de água; b) de espuma mecânica; c) de espuma química; d) de pó-quimico-seco e e) de CO2. a) de água: Carreta de água: Capacidade: 75 a 150 litros Aplicação: Classe A Alcance: 13 metros Faz-se necessário um cilindro ao lado da carreta para pressurizar a água e a partir daí pode-se apertar 38 o gatilho para liberação da água. b) de espuma mecânica: Carreta de Espuma Mecânica Capacidade: 75 a 150 litros mistura de água e LGE Aplicação: Classe A e B Alcance: 7,5 metros Faz-se necessário um cilindro ao lado da carreta para pressurizar a mistura de água e LGE e a partir daí pode-se apertar o gatilho para liberação da mistura que entrar em contato com o ar, formar-se-á a espuma. c) de espuma química: Carreta de Espuma Química Capacidade: 75 a 150 litros todos os reagentes Aplicação: Classe A e B Alcance: 13 metros Com o tombamento do aparelho e a abertura do registro, as soluções dos reagentes (sulfato de alu- mínio e bicarbonato de sódio) entram em contato e reagem formando a espuma química. Depois de ini- ciado o funcionamento, não é possível interromper a descarga. d) de pó-quimico-seco: Carreta de Pó químico seco Capacidade: 20 a 100 Kg Aplicação: Classe B e C Junto ao corpo existe um cilindro de gás para 39 pressurizar o sistema e assim que apertamos o gati- lho, o pó é expelido. e) de CO2: Carreta de Gás Carbônico Capacidade: 25 a 50 Kg Aplicação: Classe B e C Alcance: 3 metros O gás é liberado com o acionamento do gatilho. 1.6 – Suprimento d’água Reserva de Incêndio ( suprimento de água ) Água que deve ser separados para uso excusivo em caso de sinistros e/ou princípios de incêndios, não podendo ser utilizada para outros fins. Podem ser armazenadas das seguintes formas: a) Pode ser do tipo ao nível do solo: reserva de incêndio cujo fundo encontra-se instalado no mes- mo nível do terreno natural; b) Pode ser do tipo elevado: reserva de incên- dio cujo fundo encontra-se instalado acima do nível do terreno natural com a tubulação formando uma coluna d’água; c) Pode ser enterrado ou subterrâneo: reserva de incêndio cuja parte superior encontra-se instalada abaixo do nível do terreno natural;”e 40 d) Ou ainda semi-enterrado: reserva de incên- dio cujo fundo encontra-se instalado abaixo do nível do terreno natural e com a parte superior acima do nível do terreno natural. 1.7 – Sistema de Hidrantes Hidrante É um aparelho constiruido de um é um duto metálico tendo na extremidade inferior uma junta de união rosca fêmea de 63mm de diâmetro com 5 fios por 25 mm; na extremidade superior, o duto bifurca-se em duas expedições laterais com engate rápido (tipo storz) e 63mm de diâmetro. É acopla- do ao hidrante subterrâneo, permitindo a ligação de mangueiras e mangotes. Os componentes de um sistema de hidrantes são: a) reservatório de água, que pode ser subterrâ- neo, ao nível do piso elevado; b) sistema de pressurização. O sistema de pressurização consiste normalmente em uma bomba de incêndio, dimensionada a propiciar um reforço de pressão e vazão, conforme o dimensio- namento hidráulico de que o sistema necessitar. Quando os desníveis geométricos entre o reser- 41 vatório e os hidrantes são suficientes para propiciar a pressão e vazão mínima requeridas ao sistema, as bombas hidráulicas são dispensadas. Seu volume deve permitir uma autonomia para o funcionamento do sistema, que varia conforme o risco e a área total do edifício. c) Conjunto de peças hidráulicas e acessórios. São compostos por registros (gaveta, ângulo aber- to e recalque), válvula de retenção, esguichos e etc.; d) Tubulação; A tubulação é responsável pela condução da água, cujos diâmetros são determinados, por cálculo hidráulico. e) Forma de acionamento do sistema As bombas de recalque podem ser acionadas por botoeiras do tipo liga-desliga, pressostatos, chaves de fluxo ou uma bomba auxiliar de pressurização. Mangueira Chamamos de mangueira de incêndio como sendo um duto flexível utilizado para transportar água da fonte de suprimento ao lugar onde deva ser aplicada. Dependendo da finalidade, temos a man- gueira deve ser flexível, resistir à pressão interna e ser, tanto quanto possível, leve e durável. 42 Ela é formada por um conjunto constituído por um tubo interno revestido com reforço têxtil e com uma junta de união em cada extremidade para possi- bilitar o seu acoplamento. Tubo Interno: deve ser de borracha, plástico ou outro material flexível. Reforço Têxtil: deve ser fabricado com fios sin- téticos. O urdume deve ser entrelaçado com a trama. São classificadas em cinco tipos, de acordo com o material de que são fabricadas e o emprego a que se destinam. Tipo 1 - Destina-se a edifícios de ocupa- ção residencial. Tipo 2 - Destina-se a edifícios comerciais e in- dustriais ou Corpo de Bombeiros. Tipo 3 - Destina-se às áreas navais e industriais ou Corpo de Bombeiros, em que é desejável uma maior resistência á abrasão. Tipo 4 - Destina-se à área industrial, na qual é desejável uma maior resistência à abrasão. Tipo 5 – Destina-se às áreas industriais ou Cor- po de Bombeiros, em que é desejável uma maior re- sistência à abrasão e a superfícies quentes. 43 Algumas precauções que temos que ter com as mangueiras Sendo um dos equipamentos mais preciosos que temos no momento de um combate a incêndios, dela dependera nosso sucesso, assim como também a segurança dos homens que guarnecem os esgui- chos. Essa razão é suficiente para que se dispense a esse equipamento cuidadoso trato, antes, durante e depois do uso. Esses cuidados têm como objeti- vo mantê-las em perfeitas condições de uso, além de obter, desse custoso material, o maior tempo de utilização possível. Após a utilização das mesmas, devem ser reco- lhidas recolhidas, devem sofrer rigorosa inspeção vi- sual quanto ao estado da lona e das uniões. Após, as mangueiras aprovadas deverão ser lavadas cuidado- samente com água pura, e, se necessário, com sabão neutro. Escovas de fibras longas e macias podem ser usadas para remover as sujeiras e os resíduos do sa- bão empregado. Após enxáguo sucessivos, a man- gueira deverá ser posta para secar em suporte ade- quado, à sombra, de onde só deverá ser retirada após completamente seca. O uso de estufa para secagem deve obedecer às especificações do fabricante; to- davia, a mangueira deve ser antes suspensa por no mínimo 10 ( dez ) dias para completa drenagem da água acumulada na parte interna. 44 ESGUICHOS Temos que nos ater a alguns conceitos muito importantespara nos, e um dele é o conceito de esguicho: que é um acessório hidráulico que é aco- plado na extremidade final das mangueiras para dar forma, direção e velocidade ao agente extintor em direção ao fogo. Ele transforma a água em um jato e controla o jato até que o fogo seja extinto de ma- neira mais eficiente (o que significa: usando uma quantidade mínima de água, com o mínimo de dano causado pela água). Um esguicho consiste normal- mente de uma ponta e de uma válvula de abertura e fechamento. A ponta ou extremidade do esguicho recebe o nome de requinte. A válvula de abertura e fechamento serve não apenas para abrir e fechar o esguicho, mas, em alguns casos, serve também como meio para controlar a vazão pela sua ponta. O re- quinte do esguicho é o componente do esguicho que forma o jato. Para se tornar um eficiente agente extintor, a água precisa estar sob a forma de jato de combate a incêndio. Um jato de água para combate a incêndio se forma pela conjugação do uso de bombas para desenvolver pressão e mangueiras para transportar água. Assim, a água pode ser forçada por uma linha de mangueiras com velocidade suficiente para ser le- vada do esguicho até o ponto desejado. Este jato de água é formado pelo esguicho. 45 1) Cite as formas de propagação do calor no ambiente em chamas ? 2) Quais são as classes de Incêndio conheci- das hoje ? 3) Defina extintores de incêndio. 4) Quais são as classes, de acordo com a na- tureza de ocupações, segundo o TSIB ( Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil ) ? 5) Cite as formas de propagação do calor no ambiente em chamas ? Capítulo 2 . 47 2.1 - Proteção Ativa: chamamos de proteção ativa em um conjunto de medidas de proteção destina- das ao combate de princípios de incêndios. São os equipamentos de combate a incêndios propriamente ditos. Ex. aparelhos extintores, sistema de hidrantes, sistema de chuveiros automáticos, sistema de alarme e detecção, sistema de iluminação de emergência, si- nalização dos equipamentos, sistemas fixos, brigada de incêndio e outros. 2.2 - Proteção Passiva: chamamos de proteção passiva em uma das características construtiva do edifício que tem por objetivo evitar ou retardar a propagação do fogo. Esta proteção está incorpo- rada à construção física do edifício. Ex. comparti- mentação de áreas, dutos e shaft´s, ventilação, acesso externo ao prédio, controle de materiais de acaba- mento, resistência ao fogo das estruturas, saídas de emergências, escadas e outros. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA Definição e conceito Temos por definição que uma saída de emer- gência faz parte de um conjunto que integra a edifi- cação, possuindo requisitos à prova de fogo e fuma- 48 ça para permitir o escape das pessoas em segurança, em situações de emergência. Então como explicado à cima, a finalidade é garantir o abandono da edificação pelos ocupantes, para local seguro, a fim de preservar a vida humana e permitir o acesso do Corpo de Bombeiros para as operações de busca, salvamento, resgate e combate a incêndios. Descrição geral Elas são compostas por portas, acessos e esca- das, que podem ser dos seguintes tipos: a) escadas simples - é destinada ao desloca- mento das pessoas, sem que haja proteção ao fogo. b) escadas simplesmente enclausurada – é pro- tegida (enclausurada) por alvenaria e PCF (portas corta fogo) em seus acessos nos pavimentos; não possui antecâmara de ventilação e exaustão; c) escadas enclausurada com antecâmaras (à prova de fumaça) - é protegida por alvenaria e aces- sos por intermédio de antecâmara com duto de ven- tilação (ar) ou duto de exaustão (fumaça); possui duas PCF, uma no acesso à antecâmara e outra no acesso à escada. O Código de obras do município de 49 São Paulo admite apenas um duto (com função de ventilação e exaustão simultaneamente), já a NBR 9077 exige dois dutos (um para ventilação e outro para exaustão); d) escadas enclausurada pressurizada (à prova de fumaça) - é protegida com PCF em seus acessos; pos- sui sistema mecânico de ventilação forçada, que man- tém a pressão da “caixa de escada” maior que a pres- são dos ambientes, impedindo, desta forma, a entrada de fumaça; o ar deve ser captado em um ambiente externo e insuflado para a “caixa de escada” por meio de dutos e grelhas por meio de ventiladores, que são automatizados por detectores de fumaça; e) escadas enclausurada pressurizada com ante- câmaras (à prova de fumaça) é composta pela soma- tória dos tipos de proteção descritos nas letras “c” e “d”. Por conceito de segurança nas edificações, a quantidade e localização das saídas de emergência se baseiam em verificar a quantidade em função do ca- minhamento, do ponto mais distante da edificação em um determinado pavimento até um acesso ao exterior, ou a uma escada nos pavimentos elevados e enterrados. Não obstante das observações acima, devemos também observar que as escadas e rampas deverão 50 ser dotadas de corrimãos e guarda-corpos, atenden- do ao seguinte: a) os corrimãos deverão ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situ- ados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso, sendo em escadas, esta medida tomada verticalmente. b) para auxílio dos deficientes visuais, os corri- mãos das escadas deverão ser contínuos, sem interrup- ção nos patamares, prolongando-se, sempre que for possível, pelo menos 0,20 m do início e término da escada suas extremidades voltadas para a parede ou com solução alternativa. As edificações podem estar dimensionadas para atender a legislação estadual ou a municipal. 2.3 – Proteção Estrutural: Quando falarmos de proteção estrutural em proteção de incêndios, estamos fazendo uma rela- ção na capacidade de resistência ao fogo das estru- turas, e esta é definida como sendo a característica dos elementos construtivos de resistirem à ação do fogo por um determinado período de tempo (espe- cificado em normas técnicas oficiais), mantendo sua integridade e características de vedação aos gases e 51 chamas ou de isolação térmica. As estruturas de um edifício são compostas basicamente pelos pilares, vigas e lajes, sendo res- ponsáveis pela estabilidade física do edifício. O tem- po requerido de resistência ao fogo das estruturas é determinado por normas e varia geralmente de 30 a 240 minutos, sendo que os tempos mais freqüentes são 30, 60, 90 e 120 minutos. Este período, teorica- mente, seria aquele em que a estrutura se mantém íntegra e estável. Após este tempo admite-se, em tese, sua ruína (co- lapso estrutural). Assim as ações de resgate e combate ao incêndio devem ter sucesso dentro deste período. Os métodos para se comprovar os tempos requeridos de resistência das estruturas são baseados em: 1) métodos analíticos: que são formulações ma- temáticas, levando-se em consideração as variáveis de um incêndio natural (considerando ventilação, carga de incêndio e outros) e as próprias proprie- dades físicoquímicas da estrutura e de seu isolante térmico (quando usado). A finalidade da segurança estrutural é manter a integridade e estabilidade do edifício dentro do período de tempo estabelecido em normas técnicas. Esse período de tempo mínimo estipulado por nor- mas entende-se universalmente suficiente para: 52 a) possibilitar a saída dos ocupantes da edifica- ção em condições de segurança; b) garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público que permita o acesso operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo hábil para exercer as atividades de salvamento (pessoas retidas) e combate a incêndio (extinção); c) minimizar danos ao próprio prédio, às edifi- cações adjacentes e ao meio ambiente. 2) ensaios laboratoriais: onde se utiliza a curva de tempo-temperatura padronizada (como por exemplo a curva da norma ISO-834). Neste ensaio leva-se a peça até um forno apropriado onde será submetida a uma simulação de incêndio padronizado; Estruturas e seu comportamento ao fogo - concreto armado:é o tipo de estrutura mais usada pela construção civil no Brasil devido princi- palmente a abundância de matéria prima e mão-de- -obra, sendo composto basicamente por areia, brita, cimento e água. O concreto armado é a união do concreto com a armadura em aço. O aço utilizado no concreto armado é responsável pela resistência mecânica à tração e à torção. Já o concreto tem a fi- nalidade principal de suportar as ações de compres- 53 são. O conjunto concreto mais armadura chama-se “concreto armado”; - concreto protendido: apresenta uma peculiari- dade em relação ao concreto armado convencional, pois a sua armadura (cordoalhas de aço), durante a confecção da peça (vigas, pilares ou placas), sofre uma tração inicial (por meio de macacos hidráuli- cos), ou seja, a peça é pré-tensionada. Este processo resulta em uma maior resistência da estrutura, vencendo maiores vãos e reduzindo a secção e o peso da peça. A NBR-15200 (projeto de estruturas de concre- to em situação de incêndio) prescreve que o tempo de resistência ao fogo do concreto está diretamente ligado a espessura do “recobrimento” da armadura de aço, sendo que quanto maior o recobrimento da armadura, maior a resistência da estrutura do con- creto. A norma citada apresenta tabelas com a es- pessura de recobrimento em função do tempo de resistência ao fogo requerido. Estruturas metálicas O uso de perfis metálicos como estrutura vem crescendo bastante nos últimos anos no mercado da construção civil. O aço absorve rapidamente a va- 54 riação de temperatura do ambiente, sendo que suas características físico-químicas são alteradas com o au- mento da temperatura. Conclui-se por meio de testes e ensaios que a uma temperatura de aproximadamente 550º C o aço perde 50% de sua resistência mecânica. Para compensar a baixa resistência do aço em relação ao calor utiliza-se produtos de proteção nos perfis. A resistência do conjunto (perfil mais revesti- mento retardantes) será em função das propriedades fisico-químicas do isolante e da massividade do per- fil. Quanto mais robusto o perfil, menor será a es- pessura do isolante adotado. A massividade do perfil está relacionada com o perímetro e a área da secção transversal do mesmo. A relação entre o perímetro e área da secção transversal do perfil chama-se “fator de forma” ou “fator de massividade”. Os materiais resistentes ao fogo mais comuns para revestimento de estruturas metálicas são: a) materiais projetados (tipo argamassa cimentícia); b) placas e mantas de lã de rocha; c) mantas cerâmicas; d) tinta intumescente (tinta que expande com calor); 55 e) argamassa de vermiculita (argamassa); e f) alvenaria e concreto. Estrutura de madeira Muito utilizada como estrutura de coberturas e forros, porém, como estruturas de edificações, porem de alto risco devido sua característica de alta combustibilidade, os códigos de edificações permi- tem o seu uso em edifícios de pequena área e peque- na altura. Sua construção vai determinar a resistência ao fogo da madeira varia conforme a qualidade da mes- ma e a sua robustez, sendo certo que madeiras de lei têm demonstrado na prática e em ensaios, uma boa resistência ao fogo, pois a parte superficial da madeira (atingida pelas chamas e calor) cria uma pe- lícula carbonizada protegendo o seu miolo, que é o responsável pela resistência mecânica da peça. Para se alcançar o tempo de uma determinada peça es- trutural de madeira deve-se conhecer então sua taxa de queima específica assim, calcula-se o tempo que o fogo comprometerá a secção da peça estrutural responsável pela resistência mecânica dimensionada em projeto. Para se aumentar a resistência ao fogo, aumenta-se então a secção da peça 56 Sistemas de iluminação de emergência Sistema que também é um item de caráter obri- gatório nas edificações de acordo com a legislação atual e muito utilizado nas edificações em sistemas de proteção de incêndios que permite clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluin- do áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal. Na ocorrência de um incêndio, este poderá afe- tar o sistema de energia da edificação, provocando a sua interrupção e conseqüentemente apagando as luminárias, provocando pânico dos ocupantes, tanto pelo incêndio como pela falta de luminosidade para deixar o local. Há então a necessidade da edificação possuir um sistema de iluminação de emergência com intensidade suficiente para evitar acidentes e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta também a possível penetração de fumaça nas áreas. Objetivo No caso de um imprevisto com a falta de ilumi- nação na edificação ela deve proporcionar ilumina- ção suficiente e adequada, a fim de permitir a saída fácil e segura das pessoas para o exterior da edifi- cação, em caso de interrupção da alimentação nor- mal, bem como proporcionar a execução de serviços do interesse da segurança e intervenção de socor- 57 ro (Bombeiros) e garantir a continuação do traba- lho nos locais onde não possa haver interrupção de iluminação normal. O sistema alimentará principal- mente os seguintes locais: corredores, escadas, ram- pas, saídas, áreas de trabalho, áreas técnicas, e áreas de primeiros socorros. Composição básica Quanto ao tipo de sistema para a finalidade aci- ma descrita, são aceitos os seguintes tipos: conjunto de blocos autônomos (instalação fixa), sistema cen- tralizado com baterias e sistema centralizado com grupo motogerador. Conjunto de blocos autônomos São aparelhos de iluminação de emergência constituídos de um único invólucro adequado, con- tendo lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou si- milares, fonte de energia com carregador e controles de supervisão e sensor de falha na tensão alternada, dispositivo necessário para colocá-lo em funciona- mento, no caso de interrupção de alimentação da rede elétrica da concessionária ou na falta de uma iluminação adequada. Sistema centralizado O sistema centralizado com bateria de acumu- ladores elétricos deve possuir circuito carregador 58 com recarga automática, de modo a garantir a au- tonomia do sistema de iluminação de emergência. A alimentação principal do circuito de recarga deve estar ligada ao quadro geral de distribuição de ener- gia elétrica e o sistema protegido por disjuntores termomagnéticos da rede elétrica da concessionária. Os eletrodutos deverão ser metálicos ou em PVC antichama e as luminárias deverão suportar até uma temperatura de 70ºC. Grupo moto gerador O grupo motogerador deve incorporar: a) todos os dispositivos adicionais que garan- tam seu arranque automático após a falta de energia da concessionária, no máximo em 12 s; b) deve ser garantido o acesso irrestrito desde a área externa do prédio, sem passar por áreas com material combustível; c) indicador de quantidade de combustível; d) botão de arranque manual; e) dispositivos de funcionamento, como esca- pamento sem perdas, silenciador e de manutenção, como duto de descarga do radiador, etc.; 59 Quanto ao tipo de luminárias, poderão ser de dois tipos: a) iluminação de emergência de aclaramento; b) sistema composto por dispositivos de ilumi- nação de ambientes para permitir a saída fácil e se- gura das pessoas para o exterior da edificação, bem como proporcionar a execução de intervenção ou garantir a continuação do trabalho em certas áreas, em caso de interrupção da alimentação normal; c) iluminação de emergência de balizamento ou de sinalização: d) iluminação de sinalização com símbolos e/ou letras que indicam a rota de saída (mudança de direção e saídas) que pode ser utilizada neste momento. Bloco autônomo A interrupção de energia faz com que seja acio- nado um dispositivo no interior do aparelho que per- mitirá o funcionamento da luminária através de uma fonte de alimentação interna (bateria). Sistema centralizado Neste caso, a central deiluminação de emergên- cia, quando da interrupção de energia, acionará o sis- 60 tema, alimentado por um conjunto de baterias, que fará acender todas as luminárias ligadas ao laço de fiação elétrica. Grupo moto gerador Este sistema poderá abranger outros equipa- mentos, todas as luminárias ou apenas as luminárias necessárias para a saída de emergência. Na ocorrência da interrupção da energia da concessionária, um dis- positivo do painel de controle do gerador (relê) será acionado, mandando sinal para o gerador cujo funcio- namento é através de motor à explosão alimentado por liquido combustível ou inflamável, que será acio- nado através de baterias. Este gerador fornecerá ener- gia elétrica para o funcionamento dos equipamentos e/ou luminárias pré-estabelecidas. Compartmentação horizontal e comparti- mentação vertical Esta proteção devemos ter a noção exata e co- nhecimento da edificação para compartimentarmos as áreas que corresponde a uma medida de proteção passiva, constituída de elementos de construção re- sistentes ao fogo e destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, tanto interna quan- to externamente ao edifício e no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos. 61 Compartimentação horizontal: medida de proteção, constituída de elementos construtivos re- sistentes ao fogo, separando ambientes, de tal modo que o incêndio fique contido no local de origem e evite a sua propagação no plano horizontal. i. Incluem-se nesse conceito os elementos de vedação abaixo descritos: ii. paredes corta-fogo de compartimentação de áreas; iii. portas e vedadores corta-fogo nas paredes de compartimentação de áreas; iv. selagem corta-fogo nas passagens das instalações prediais existentes nas paredes de compartimentação; v. registros corta-fogo nas tubulações de venti- lação e de ar condicionado que transpassam as pare- des de compartimentação; vi. paredes corta-fogo de isolamento de riscos entre unidades autônomas; vii. paredes corta-fogo entre unidades autôno- mas e áreas comuns; e 62 viii. portas corta-fogo de ingresso de unida- des autônomas. A compartimentação horizontal é constituída dos seguintes elementos construtivos: a) paredes corta-fogo de compartimentação; b) portas corta-fogo; c) vedadores corta-fogo; d) registros corta-fogo (dampers); e) selos corta-fogo; e f) afastamento horizontal entre aberturas. Compartimentação vertical: quando nos re- ferimos a compartimentação vertical, são medidas de proteção constituída de elementos construtivos resistentes ao fogo separando pavimentos consecu- tivos, de tal modo que o incêndio fique contido no local de origem e dificulte a sua propagação no pla- no vertical. Incluem-se nesse conceito os elementos de ve- 63 dação abaixo descritos: 1. entrepisos ou lajes corta-fogo de comparti- mentação de áreas; 2. vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes corta-fogo; 3. enclausuramento de dutos (“shafts”) por meio de paredes corta-fogo; 4. enclausuramento das escadas por meio de paredes e portas corta-fogo; 5. selagem corta-fogo dos dutos (“shafts”) na altura dos pisos e entrepisos; 6. paredes resistentes ao fogo na envoltória do edifício; 7. parapeitos ou abas resistentes ao fogo, sepa- rando aberturas de pavimentos consecutivos; 8. registros corta-fogo nas aberturas em cada pa- vimento dos dutos de ventilação e de ar condicionado. 64 Compartimentação vertical no interior dos edifícios Temos como compartimentação vertical no inte- rior dos edifícios é provida por meio de entrepisos cuja resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas transposições que intercomunicam os pavimentos. Os entrepisos podem ser compostos por lajes de concreto armado ou protendido ou por compo- sição de outros materiais que garantam a separação física dos pavimentos. A resistência ao fogo dos entrepisos deve ser determinada por meio de ensaio segundo a NBR 5628 ou dimensionada de acordo com norma bra- sileira pertinente. Deve atender às seguintes condições: a) no interior da edificação,todas as aberturas no entrepiso destinadas às passagens das instalações de serviços devem ser vedadas por selos corta-fogo; b) as aberturas existentes nos entrepisos devem ser protegidas por vedadores corta-fogo; c) os poços destinados a elevadores, monta- -carga e outras finalidades devem ser constituídos por paredes corta-fogo devidamente consolidadas de forma adequada às lajes dos pavimentos, com re- sistência ao fogo de no mínimo 240 minutos. Suas aberturas devem ser protegidas por vedadores pára- 65 -chamas e portas pára-chamas, as quais devem apre- sentar resistência ao fogo; d) as escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes corta-fogo e portas corta-fogo as quais devem ter resistência ao fogo de, no mínimo, 240 minutos para as paredes e, no mínimo, 60 minu- tos para as portas; e) no caso de dutos de ventilação, ar-condicio- nado e exaustão que atravessarem as lajes, além da selagem das passagens destes equipamentos, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados à laje com resistência ao fogo igual à da laje; f) quando a escada de segurança for utilizada como via de circulação vertical em situação de uso normal dos edifícios, suas portas corta-fogo podem permanecer abertas desde que sejam utilizados dis- positivos elétricos (eletroímãs) que permitam seu fe- chamento em caso de incêndio e comandados por sistema de detecção automática de fumaça instalado nos “halls” de acesso à(s) escada(s); g) a falha dos dispositivos de acionamento das portas corta-fogo deve dar-se na posição de seguran- ça, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve de- terminar automaticamente o fechamento da porta; 66 h) a situação (“status”) das portas corta-fogo (aberto ou fechado) deve ser indicada na central do sistema de detecção e o fechamento das mesmas deve poder ser efetuado por decisão humana na central; i) nos pavimentos de descarga os trechos das escadas que provém do subsolo ou dos pavimentos elevados devem ser enclausurados de maneira equi- valente a todos os outros pavimentos; j) a exigência de resistência ao fogo das pare- des de enclausuramento da escada também se aplica às antecâmaras quando estas existirem; l) uma outra alternativa às portas pára-cha- mas de andar constitui-se de enclausuramento dos “halls” dos elevadores, por meio de portas retráteis corta-fogo mantidas permanentemente abertas e comandadas por sistema de detecção automática de fumaça, de acordo com a NBR 9441, fechando auto- maticamente em caso de incêndio e atendendo ainda ao disposto das letras “f ” e “g”; p) o enclausuramento dos “halls” dos elevado- res permitirá a disposição do elevador de emergência em seu interior; q) as portas de andar de elevadores e as portas 67 de enclausuramento dos “halls” devem ter resistên- cia ao fogo de no mínimo 60 minutos. Átrios Estes locais são entendidos como locais dife- renciados e devem ser entendidos como espaços no interior de edifícios que interferem na compartimen- tação horizontal ou vertical, devendo atender a uma série de condições para não facilitarem a propagação do incêndio. Para que a existência do átrio não afete a com- partimentação vertical é necessário que as seguintes condições adicionais sejam atendidas: a) compartimentação do átrio deve ser feita em todos os pavimentos servidos em seu perímetro in- terno ou no perímetro da área de circulação que o rodeia em cada pavimento; b) os elementos de compartimentação do átrio devem apresentar resistência ao fogo, podendo, in- clusive, constituírem-se por paredes corta-fogo de compartimentação, vidros corta-fogo e vedadores corta-fogo; c) as paredes corta-fogo de compartimentação de- vem ter resistência ao fogo de no mínimo 120 minutos; 68 d) os vedadores corta-fogo podem ser retráteis, de correr ou de deslocamento horizontal, devendo ser compostos integralmente por materiais incom- bustíveis;os vedadores podem apresentar fechamen- to automático, comandado por sistema de detecção automática de fumaça; e) as condições de fechamento dos vedadores mencionados no item anterior devem ser tais que não ofereçam risco de provocar acidentes e ferimen- tos nas pessoas. Compartimentação horizontal: a) as paredes de compartimentação presentes em grandes galpões servem para limitar a propaga- ção do incêndio; b) as portas corta-fogo existentes nas paredes de compartimentação podem apresentar-se de dois tipos para uso de pessoas, e do tipo industrial que tem fechamento automático; c) as outras aberturas presentes na parede de compartimentação devem ter elemento resistente ao fogo com resistência igual a da parede; e d) a área compartimentada serve de área de refúgio, porém deve–se sempre procurar a saída de 69 emergência para abandono do local. Compartimentação vertical: a) serve para evitar a propagação do incêndio por convecção; b) as aberturas (“shafts”) podem não ter ele- mentos de compartimentação, daí a propagação do incêndio irá ocorrer por esta abertura; c) as escadas enclausuradas nos prédios eleva- dos servem como área de progressão para o comba- te a incêndio e retirada de pessoas; e d) os elevadores comuns não devem ser utili- zados como rota de fuga, pois não tem elementos resistentes ao fogo. 70 71 1) Defina Proteção Ativa em Proteção contra Incêndios e Explosão. Dê exemplos? 2) Qual é o objetivo da Proteção Estrutural e sua importância na Proteção contra Incêndios e Explosão? 3) Defina Proteção Passiva em Proteção contra Incêndios e Explosão. Dê exemplos? 4) Qual é o significado da sigla TRRF, quando falamos em Proteção contra Incêndios e Explosão ? 5) Quais as características da Compartimenta- ção Horizontal e Vertical? De exemplos de ambas as proteções. Capítulo 3 . 73 3.1 Sistemas de detecção de alarme. Todos os sistemas de detecção de alarme, por ser um item de suma importância na edificação, têm que cuidar do mesmo com um criterioso cuidado e aten- ção. No caso de sistema de alarme contra incêndios consiste num dispositivo elétrico destinado a produzir sons de alerta aos ocupantes de uma edificação, por ocasião de uma emergência qualquer acionado manu- almente pelos ocupantes da edificação. Para fins de projeto e instalação do sistema de detecção e alarme de incêndio, deverá ser adotada as normas técnicas da ABNT (NBR 9441/98 e NBR 13848/97). Como trata-se de um sistema eletro-eletronico, existem vários tipos e modelos, mas geralmente al- guns componentes são comuns a todos, citamos abaixo alguns itens de um sistema de alarme e detec- ção automática de incêndio: a) central – equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecção, a convertê-los em indicações adequadas e a comandar 74 e controlar os demais componentes do sistema; b) baterias de alimentação do sistema – fonte de alimentação autônoma da energia fornecida pela Concessionária de Serviço Público proporcionada por meio de baterias de acumuladores; c) circuitos de detecção – circuito no qual são instalados os detectores automáticos, acionadores manuais ou quaisquer outros tipos de sensores per- tencentes ao sistema; d) detector automático de incêndio – dispositi- vo destinado a operar quando influenciado por de- terminados fenômenos físicos ou químicos que pre- cedem ou acompanham um principio de incêndio; e) acionador manual – dispositivo destinado a transmitir a informação de um princípio de incên- dio, quando acionado por uma pessoa (chamado também de botoeira quebra-vidro); Principio de funcionamento do sistema a) a fiação que interliga cada componente do sistema deve ser protegida contra a ação do fogo e interferências eletromagnéticas, o que implica na uti- lização de eletrodutos metálicos (ferro galvanizado) 75 – ou de PVC rígido anti-chama, neste caso, a fiação deverá ser dotada de blindagem eletrostática; e b) os eletrodutos devem ser para uso exclusivo dos circuitos do sistema (não podem ser utilizados para passagem de fios de corrente alternada ou eletricidade em geral). Existem vários tipos de aplicação e vejamos suas aplicações de detectores: a) detectores de temperaturas térmicos – utili- zados em ambientes onde a ultrapassagem de deter- minada temperatura indique seguramente um princí- pio de incêndio; b) detectores de temperatura termovelocimé- tricos – utilizados em ambientes onde a rapidez no aumento de temperatura indique inequivocadamen- te um princípio de incêndio; c) detectores de fumaça iônicos – utilizados em ambientes onde, num princípio de incêndio, haja for- mação de combustão, mesmo invisível, ou fumaça, antes da deflagração do incêndio propriamente dito; d) detectores de fumaça óticos – utilizados em 76 ambientes onde, num princípio de incêndio, haja ex- pectativa de formação de fumaça, antes da deflagra- ção do incêndio propriamente dito. Funcionam por obscurecimento ou por reflexão. Alguns critérios para a localização da Cen- tral de Alarme de Incêndio: a) em locais onde existe a permanência huma- na constante; portaria, por exemplo; b) alguns locais que apenas pessoa autorizada possa transitar para operá-la; c) instalar a central em altura compatível para a operação (entre 1,20m e 1,60m do piso acabado); d) em local em que a posição que não ofereça risco à circulação de pessoas; As operações na central de alarme de in- cêndio devem permitir que o: a) acionamento de alarme geral (sirenes); b) acionamento de alarme na central (bip); c) desligamento da central; 77 d) desligamento da rede de alimentação de cor- rente alternada; e) teste dos leds de defeito e funcionamento - (central do tipo convencional); f) visualização, através de leds, do estado de funcionamento (ativação de acionador manual ou laço de detectores) – cor vermelha - (central do tipo convencional); h) visualização, através de leds, do estado de de- feito de qualquer acionador manual ou laço de detec- tores – cor amarela - (central do tipo convencional); i) identificação do local do acionador manual ou laço de detectores, através da indicação dos leds da central - (central do tipo convencional). 3.2 Sistemas de detecção de fumaça. 3.2.1 Controle de fumaça Este controle que citamos é um sistema que pro- move a extração dos gases e da fumaça do local de origem do incêndio, controlando a entrada de ar (ven- tilação) e prevenindo a migração de fumaça e gases quentes para as áreas adjacentes não sinistradas. 78 Este controle de qualquer ambiente é justamen- te para mante-lo seguro nas edificações durante o tempo necessário para abandono do local sinistrado, evitando os perigos da intoxicação e falta de visibili- dade pela fumaça. Este sistema também serve para reduzir a pro- pagação de gases quentes e fumaça entre a área in- cendiada e áreas adjacentes, baixando a temperatura interna e limitando a propagação do incêndio. Outro beneficio deste sistema é proporcionar condições dentro e fora da área incendiada que irão auxiliar nas operações de busca e resgate de pessoas, localização e controle do incêndio. Detector de fumaça - dispositivo destinado a atuar quando ocorre presença de partículas ou gases, visíveis ou não, e de produtos de combustão; Detectores de fumaça óticos – utilizados em ambientes onde, num princípio de incêndio, haja ex- pectativa de formação de fumaça, antes da deflagra- ção do incêndio propriamente dito. Funcionam por obscurecimento ou por reflexão. Detectores de fumaça iônicos – utilizados em ambientes onde, num princípio de incêndio, haja for- mação de combustão, mesmo invisível, ou fumaça, antes da deflagração do incêndio propriamente dito; 79 Quantidade de fumaça produzida Geralmente dizemos que a quantidade de fuma- ça produzida no incêndio depende do tamanho do incêndio e das características do material queimado. Essa quantidade pode ser estimada através de fór- mulas científicas,que consideram os mais diversos fatores presentes em um incêndio, tais como: massa total do combustível consumido; taxa de liberação de calor do fogo; tempo de duração do fogo, calor de combustão do combustível. A fumaça e seus efeitos Dizemos que a fumaça é uma mistura geral- mente de partículas sólidas, gotículas de água ou outros líquidos e gases oriundos dos materiais en- volvidos na combustão, sendo que, na maioria das vezes, é tóxica. A quantidade de fumaça gerada no incêndio de- pende do tamanho do incêndio e das características do material queimado, como observado no item anterior. O comportamento e o movimento das massas de fumaça e gases quentes dependem da temperatu- ra e configuração do local, porém, sendo o ar quente menos denso que o ar fresco, a fumaça sobe rapida- mente e com maior velocidade. Quando a fumaça e o ar se resfriam, este efeito de subida é interrompido e a fumaça tende a formar camadas (estratificação da fumaça). O movimento de fumaça, então, é mais 80 afetado pela turbulência do ar causado pelas abertu- ras feitas no compartimento, pelo deslocamento de pessoas ou pelo uso de jatos de água por esguichos reguláveis, do que pela temperatura dos gases. Não podemos esquecer-nos de duas caracterís- ticas importantes da fumaça: Pode queimar: alguns produtos da combustão talvez não queimem totalmente por causa da escassez de oxigênio ou da insuficiência de fonte de ignição. Recebendo nova remessa de ar fresco e haven- do uma nova fonte de ignição podem resultar em uma explosão ambiental (“backdraft”). Se a fumaça estiver quente o suficiente pode ocorrer re-ignição sem haver nova fonte de ignição; Pode estar quente: a fumaça pode estar quente o suficiente para infla- mar materiais com que mantém contato. O fato de estar quente produz a radiação de calor, o que pode ser o suficiente para iniciar a queima de outros com- bustíveis no compartimento. Tais gases encontrados na fumaça representam uma grave ameaça para a integridade física, tanto das possíveis vítimas como dos profissionais que realizam o salvamento, sendo que os seus efeitos podem variar, dependendo do produto que estiver sendo oxidado. Algumas lesões também nos preocupam, den- tre estas podemos citar: a falta de ar (hipoxia), irri- tação do estômago pela ingestão de partículas sóli- das causando náuseas e vômitos; irritação pulmonar 81 produzida pela inalação de gases irritantes; intoxica- ção; hiperventilação; exaustão pelo calor; e ataques cardíacos, além do comprometimento da visão por partículas irritantes. 3.2.2 Ventilação Temos uma importância neste sistema chamada ventilação Podemos também citar de forma similar às ou- tras opções táticas disponíveis para os responsáveis na Edificação por Prevenção de Combate a Incên- dios, a ventilação tática pode agravar a situação, se for incorretamente aplicada, porém, usada adequa- damente, será de significante beneficio no combate ao incêndio, pois visa, entre outras coisas, proteger as saídas, restringindo a propagação da fumaça; pro- piciar visibilidade e aumento do tempo de saída; aju- dar na operação de resgate, reduzindo a fumaça e os gases tóxicos para trabalhos de pesquisa em que haja o risco de pessoas retidas na edificação. A ventilação tática proporciona ainda, seguran- ça para os mesmos, reduzindo o risco de “flashover” e “backdraft”, facilitando o controle dos efeitos do “backdraft”; auxilia na rapidez do ataque e extinção, removendo o calor e a fumaça, permitindo uma rá- pida entrada do pessoal de extinção na edificação, 82 aumentando a visibilidade e auxiliando no combate ao incêndio; reduz danos na propriedade por tornar possível localizar e combater o fogo mais rapida- mente, restringindo a propagação do fogo e limitan- do o deslocamento de fumaça e de gases quentes. Formas de ventilação Conhecemos apenas e definimos como apenas duas formas de ventilação, que são eles: - Ventilação natural; e - Ventilação forçada. Ventilação natural Este tipo de ventilação é bem simples, pois, uti- liza o fluxo natural do ar para retirar a fumaça do ambiente sinistrado. O fluxo natural da fumaça no interior da edificação pode ser produzido pelo vento ou pelo efeito chaminé. Para fazer a ventilação natu- ral, o responsável retira as obstruções que impedem o fluxo natural do ar. Estas obstruções podem ser portas, janelas, alçapões fechados, paredes e tetos (coberturas ou telhados). Na ventilação natural, o responsável depende da velocidade do vento e das aberturas em tamanho suficientes para efetuar a ventilação. Quando as aber- 83 turas naturais forem impróprias, tais como quando desalinhadas ou pequenas, o responsável pode efe- tuar a ventilação forçada antes de criar aberturas adicionais. Ao quebrar paredes e telhados, o respon- sável pode provocar um transtorno para o proprietá- rio da edificação, devido aos danos que pode causar, pois, além do fogo, as ações dos bombeiros também podem destruir seu patrimônio. Ventilação forçada Este outro tipo já nos preocupa, pois, é neces- sário de ser realizada por meio de equipamentos me- cânicos, como por exemplo, exaustores, ventiladores ou aplicação de água com esguichos reguláveis, para forçar a saída da fumaça da edificação. A ventilação forçada permite criar ou aumentar a velocidade do fluxo de ar no interior da edificação, para promover a sua extração da fumaça para o meio exterior. Temos então que a ventilação forçada é uma operação rápida que produz um aumento da veloci- dade do fluxo de ar e fumaça pelas aberturas existen- tes, que geralmente é suficiente para retirar a fumaça da edificação, permitindo uma boa visualização do local sinistrado. Técnicas de ventilação Quando presenciamos um sinistro, temos um responsável pelo planejamento, este responsável 84 adotara as técnicas de ventilação, de onde será per- mitida a entrada de ar fresco na edificação, a saída da fumaça e dos gases quentes e, se possível, o caminho que devem percorrer. Há duas opções básicas: ventilação vertical e ventilação horizontal ou cruzada. Temos a ventilação vertical que é aquela em que o fluxo da fumaça é direcionado verticalmente den- tro do ambiente sinistrado, aproveitando-se o efeito chaminé para sua extração. Quando se faz uma abertura no telhado, ime- diatamente acima do fogo, permite-se que a fumaça e outras partículas oriundas da combustão saiam do ambiente, devido à sua baixa densidade em relação ao ar ambiente menos aquecido. Já a Técnica de ventilação horizontal ou cruza- da é aquela em que o fluxo de ar caminha horizon- talmente dentro do ambiente. Consiste em aproveitar a direção do vento, re- tirando-se as obstruções que bloqueiam o fluxo do ar, sendo que, com isso, o ar frio entra no local si- nistrado por uma abertura e, a fumaça, sai por outra, situada em lado oposto. O ideal para este tipo de ventilação é que o am- biente sinistrado possua aberturas alinhadas entre si, em planos paralelos, e a direção do vento coincida com o alinhamento das aberturas, ficando a abertura mais baixa para a entrada do ar fresco e, a abertura 85 mais alta, para a saída da fumaça. Ventilação tática Em todo o tempo não podemos esquecer que durante o combate a um incêndio, os bombeiros de- vem ter em mente todas as técnicas de combate, in- cluindo as ações de ventilação. A partir daí, pode-se adotar a ventilação como uma tática indispensável a se obter os resultados desejados nas ações de com- bate ao incêndio e salvamento. Portanto, denomina- -se essa ação como ventilação tática, onde pode ser adotada qualquer uma das técnicas de ventilação de acordo com o momento e o desenvolvimento das ações do combate no local do incêndio. O que não se costuma realizar é que quando utilizamos a ventilação tática não deva ser usada en- quanto o foco do incêndio não tenha sido localizado e, em todos os casos, uma avaliação deve ser feita sobre os efeitos de sua aplicação. Normalmente a identificação do foco do in-
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