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Sistema de proteção contra incêndios e explosões

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Sistema de protecão 
contraincêndio e explosões
1ª Edição |Outubro| 2015
Impressão em São Paulo/SP
Apresentação.
3
Este trabalho visa à apresentação do papel fun-
damental da Engenharia de Segurança do Trabalho 
no tocante a Prevenção e Combate aos Sinistros nas 
diversas áreas de atuação do profissional de seguran-
ça do trabalho em suas atividades.
Mostraremos de forma simples e compreen-
sível conceitos aplicáveis neste assunto que não se 
esgota com esta edição e sim, despertar a ânsia de 
aprofundar o conhecimento do assunto daqueles 
que amam a vida e querem a preservar de forma téc-
nica antes do surgimento dos incidentes tão massa-
crantes a sociedade como um todo, que são os gran-
des incêndios.
Tendo como dificuldade aqui no Brasil de li-
teraturas no assunto e profissionais gabaritados, os 
nossos Engenheiros de Segurança do Trabalho são 
profissionais que podem se tornar tais profissionais 
com muita simplicidade e dedicação ao assunto tão 
importante e discutido no momento.
Nos capítulos que vão se seguir procuramos 
dar a conotação de como podemos fazer uma boa 
prevenção a sinistros seguindo as normativas nacio-
nais e internacionais.
E reforçamos a importância do Engenheiro de 
Segurança nas atividades e conhecimentos sobre o 
assunto pertinente aos Sistemas de
Proteção contra Incêndios e Explosões.
M725s Gonçalves, Adilson Rosa.
 Sistema de proteção contra incêndio e explosão / Adilson 
Rosa Gonçalves. - 
 São Paulo : Know How, 2014.
 150 p.: 21 cm.
 Inclui bibliografia
 ISBN 978-85-8065-316-8
 1. Sistema de proteção. 2. Incêndio. 3. Explosão. I. Título.
CAPÍTULO 1 Conceitos
CAPITULO 2 Proteção ativa, pas-
siva e proteção estrutural
CAPÍTULO 3 Sistemas de detecção 
de alarme, fumaça e sistemas fixos de 
proteção a incendios e explosão
CAPÍTULO 4 Incendio florestal
Capítulo 1 . 
7
1.1- A prevenção e proteção de incêndios.
A prevenção de incêndios esta presente em to-
das as atividades que os seres humanos têm tentado 
para se evitar os desastres de grandes incêndios de 
nossa historia. O objetivo principal da prevenção de 
incêndios é de que os locais não deixem o surgimen-
to do principio de incêndio e se caso assim mesmo 
ele apareça, tenhamos pessoas e equipamentos para 
dete-lo em seu inicio, de forma eficaz e rápida.
A prevenção se faz por meio de vários itens, 
medidas que possamos destacar para conseguir nos-
sos objetivos, alguns destes itens podemos destacar:
a) Toda edificação tem que estar provida de 
equipamentos de combate a incêndios de acordo 
com as suas características e distribuídos de forma 
adequada e suficiente para uma possível utilização 
b) A edificação deve ser preparada e construída, 
de forma que os ocupantes possam sair de forma rá-
pida e segura caso haja necessidade. 
c) Temos que pensar na possibilidade de mini-
mizar ao máximo as condições do fogo se alastrar, 
8
caso aconteça, ou seja, te,os que pensar em uma ma-
neira de proteger a edificação de forma a não deixar 
o fogo se propagar de um ponto a outro. 
d) Sempre que temos que pensar em preven-
ção, devemos nos preocupar em resguardar o patri-
mônio e ainda verificar a possibilidade de socorro as 
vitima de forma segura. 
Toda edificação deve possuir uma responsável 
pela elaboração dos projetos técnicos de prevenção de 
incêndios ou contratar alguém capacitado para fazê-lo, 
sempre que os órgãos competentes assim o exigir.
Para se ter um controle eficaz neste assunto, 
deve se ter um conhecimento técnico das nature-
za do fogo e suas características, incluindo todas as 
condições necessárias para uma combustão.
A fim de se ter uma compreensão melhor des-
tas características, adota-se de maneira simplificada a 
figura de um tetraedro, figura geométrica de quatro 
faces, para explicar a teoria do fogo.
Temos então desta forma, cada face represen-
tando os elementos constituintes da combustão: Ca-
lor, Combustível, Oxigênio e a Reação em Cadeia.
Calor
Quando falamos de calor, fica difícil sua defini-
ção, pois, vários autores dão esta definição e fica um 
9
pouco complicado em decorrente da Fisica clássica, 
pois estamos falando de uma energia, esta que ele-
va a temperatura dos corpos, que pode ser através 
de processos físicos ou químicos, no momento nos 
preocupamos em falar em Energia necessária para 
elevação de temperatura.
Os grandes Físicos, ainda explicam este fenô-
meno como sendo uma condição de movimento da 
matéria quando se movimenta através de suas mo-
léculas, ou seja, elas estão sempre em movimento, e 
quando sua temperatura aumenta através do calor, 
elas se agitam mais ainda.
Sendo uma forma de energia, podemos concluir 
que ele terá efeitos fisiológicos sobre o organismo 
nos seres e nos corpos inanimados pode produzir 
efeitos fiscos e químicos, sendo que, com o aumento 
do calor teremos alguns processo nos corpos que 
podem não ser desejáveis, como expansão, ou fla-
cidez em outros, trazendo grandes transtornos nas 
edificações se não estiverem preparadas estrutural-
mente falando. Temos da física os pontos de fusão 
dos materiais que por sua vez já são conhecidos, o 
único problema é que nos sinistros não temos como 
medir a temperatura dos corpos e prever o momen-
to que eles vão colapsar ou soltar partes estruturais 
podendo atingir tanto pessoas da edificação como 
emergencistas em ação.
Outro problema grave é que temos a liberação 
10
de gases com o aumento da temperatura provocado 
pelo calor também.
Com o aumento da temperatura as partes ferro-
sas, podem se dilatar comprometendo as estruturas 
de concreto, uma vez que toda grande obra de con-
creto, temos uma armação de ferro por dentro, ou 
em pontos estratégicos.
Certos materiais com variações bruscas de tem-
peratura, não resistem e podem se romper, ao se 
contrair ou dilatar.
Em certos casos pode ser que os corpos não re-
sistam e enfraqueçam, podendo levar a um colapso 
total da estrutura.
Já nos gases, temos a preocupação no risco de 
explosões, pois, sob a ação de calor, os gases lique-
feitos comprimidos aumentam a pressão no interior 
dos vasos que os contêm, pois não têm para onde se 
expandir. Se o aumento de temperatura não cessar, 
ou se não houver dispositivos de segurança que per-
mitam escape dos gases, pode ocorrer uma explosão, 
provocada pela ruptura das paredes do vaso e pela 
violenta expansão dos gases. Os vapores de líquidos 
(inflamáveis ou não) se comportam como os gases.
Desta forma, com o aumento do calor, os cor-
pos tendem a mudar seu estado físico: alguns sólidos 
transformam-se em líquidos (liquefação), líquidos se 
transformam em gases (gaseificação) e há sólidos 
que se transformam diretamente em gases (sublima-
11
ção). Isso se deve ao fato de que o calor faz com 
que haja maior espaço entre as moléculas e estas, 
separando-se, mudam o estado físico da matéria. No 
gelo, as moléculas vibram pouco e estão bem juntas; 
com o calor, elas adquirem velocidade e maior es-
paçamento, transformando um sólido (gelo) em um 
líquido (água).
Temos então um fenômeno chamado de mu-
dança química é aquela em que ocorre a transforma-
ção de uma substância em outra. A madeira, quando 
aquecida, não libera moléculas de madeira em forma 
de gases, e sim outros gases, diferentes, em sua com-
posição, das moléculas originais de madeira.
Essas moléculas são menores e mais simples, por 
isso têm grande capacidade de combinar com outras 
moléculas, as de oxigênio, por exemplo. Podem pro-
duzir também gases venenosos ou explosões.
Temos que lembrar que citamos até agora os 
danos estruturais, mas os mais graves também têm 
os danos pessoais causados pelo calor que incluem: 
desidratação, insolação, fadiga e problemas para o 
aparelho respiratório, além de queimaduras, que nos 
casos mais graves (1º, 2º e 3º graus) podem levar até 
a morte.
Propagação do Calor
Vamos definir agora as diferentes formas do 
calor se propagar que são de três diferentes manei-
12
ras:condução, convecção e irradiação. Como tudo 
na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido 
de objetos com temperatura mais alta para aqueles 
com temperatura mais baixa. O mais frio de dois ob-
jetos absorverá calor até que esteja com a mesma 
quantidade de energia do outro.
Convecção
É a transferência de calor pelo movimento as-
cendente de massas de gases ou de líquidos dentro 
de si próprios.
Quando a água é aquecida num recipiente de 
vidro, pode-se observar um movimento, dentro do 
próprio líquido, de baixo para cima. À medida que a 
água é aquecida, ela se expande e fica menos densa 
(mais leve) provocando um movimento para cima. 
Da mesma forma, o ar aquecido se expande e tende 
a subir para as partes mais altas do ambiente, en-
quanto o ar frio toma lugar nos níveis mais baixos. 
Em incêndio de edifícios, essa é a principal forma de 
propagação de calor para andares superiores, quan-
do os gases aquecidos encontram caminho através 
de escadas, poços de elevadores, etc.
Condução
Condução é a transferência de calor através de 
um corpo sólido de molécula a molécula. Colocan-
do-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de 
13
ferro próxima a uma fonte de calor, as moléculas 
desta extremidade absorverão calor; elas vibrarão 
mais vigorosamente e se chocarão com as moléculas 
vizinhas, transferindo-lhes calor.
Essas moléculas vizinhas, por sua vez, passarão 
adiante a energia calorífica, de modo que o calor será 
conduzido ao longo da barra para a extremidade fria. 
Na condução, o calor passa de molécula a molécula, 
mas nenhuma molécula é transportada com o calor.
Quando dois ou mais corpos estão em contato, 
o calor é conduzido através deles como se fossem 
um só corpo.
Irradiação
É a transmissão de calor por ondas de energia 
calorífica que se deslocam através do espaço. As on-
das de calor propagam-se em todas as direções, e a 
intensidade com que os corpos são atingidos aumen-
ta ou diminui à medida que estão mais próximos ou 
mais afastados da fonte de calor.
Um corpo mais aquecido emite ondas de energia 
calorífica para um outro mais frio até que ambos te-
nham a mesma temperatura. O bombeiro deve estar 
atento aos materiais ao redor de uma fonte que irra-
die calor para protegê-los, a fim de que não ocorram 
novos incêndios. Para se proteger, o bombeiro deve 
utilizar roupas apropriadas e água (como escudo).
14
Combustível
Toda substancia capaz de queimar e alimentar 
o fogo definimos como combustível, é ele que serve 
de propagação do fogo.
Como toda a maioria dos corpos ele pode se 
apresentar de três formas na natureza: sólidos, líqui-
dos ou gasosos, e a grande maioria precisa passar 
pelo estado gasoso para, então, combinar com o 
oxigênio. Dizemos que a velocidade do combustível 
queimar, vai depender da sua capacidade de combi-
nar com oxigênio sob a ação do calor e da sua frag-
mentação (área de contato com o oxigênio).
Combustíveis Sólidos
Temos que a maioria dos combustíveis sólidos 
transforma-se em vapores e, então, reagem com o 
oxigênio. Outros sólidos (ferro, parafina, cobre, 
bronze) primeiro transformam-se em líquidos, e 
posteriormente em gases, para então se queimarem.
Uma proporção que se deve ser considerado é 
que quanto maior a superfície exposto, mais rápido 
será o aquecimento do material e, conseqüentemen-
te, o processo de combustão. Como exemplo: uma 
barra de aço exigirá muito calor para queimar, mas, 
se transformada em palha de aço, queimará com fa-
cilidade. Assim sendo, quanto maior a fragmentação 
do material, maior será a velocidade da combustão.
15
Combustíveis Líquidos
O que temos que saber é que os líquidos infla-
máveis têm algumas propriedades físicas que dificul-
tam a extinção do calor, aumentando o perigo para 
os colaboradores.
Uma das propriedades muito conhecida dos li-
quidos é que assumem a forma do recipiente que os 
contem. Se derramados, os líquidos tomam a forma 
do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas.
Como temos o peso da água, cujo litro pesa 1 
quilograma, classificamos os demais líquidos como 
mais leves ou mais pesados. É importante notar que 
a maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que 
água e, portanto, flutuam sobre esta.
Temos que considerar uma outra propriedade 
dos líquido que é a solubilidade do líquido, ou seja, 
sua capacidade de misturar-se à água. Os líquidos de-
rivados do petróleo (conhecidos como hidrocarbo-
netos) têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos 
como alcoóis, acetona (conhecidos como solventes 
polares) têm grande solubilidade, isto é, podem ser 
diluídos até um ponto em que a mistura (solvente 
polar + água) não seja inflamável.
Chamamos de volatilidade a facilidade com que 
os líquidos liberam vapores, também é de grande 
importância, porque quanto mais volátil for o líqui-
do, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo 
explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que li-
16
beram vapores a temperaturas menores que 20º C.
Combustíveis Gasosos
Vejamos algumas propriedades dos gases, eles 
não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a 
ocupar todo o recipiente em que estão contidos.
Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás 
tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso do gás 
é maior que o do ar, o gás permanece próximo ao 
solo e caminha na direção do vento, obedecendo aos 
contornos do terreno.
Para o gás queimar, há necessidade de que es-
teja em uma mistura ideal com o ar atmosférico, e, 
portanto, se estiver numa concentração fora de de-
terminados limites, não queimará.
Comburente
Assim como o ser humano necessita de oxi-
gênio para sobreviver, assim também é o fogo, é o 
elemento que possibilita vida às chamas e intensifica 
a combustão. O mais comum é que o oxigênio de-
sempenhe esse papel.
A ciência nos ensina que encontramos na at-
mosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de 
nitrogênio e 1% de outros gases. Em ambientes com 
a composição normal do ar, a queima desenvolve-se 
com velocidade e de maneira completa. Notam-se 
chamas. Contudo, a combustão consome o oxigê-
17
nio do ar num processo contínuo. Quando a por-
centagem do oxigênio do ar do ambiente passa de 
21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a 
queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e não 
mais chamas. Quando o oxigênio contido no ar do 
ambiente atinge concentração menor que 8%, não 
há combustão.
Reação em Cadeia
Item muito discutido por todos aqueles que se 
dedicam ao estudo do fogo, temos a reação em ca-
deia torna a queima auto-sustentável. O calor irradia-
do das chamas atinge o combustível e este é decom-
posto em partículas menores, que se combina com o 
oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para 
o combustível, formando um ciclo constante.
Formas de Combustão
Temos a classificação das combustões que po-
dem ser classificadas conforme a sua velocidade em: 
completa, incompleta, espontânea e explosão.
Os elementos que são preponderantes na velo-
cidade da combustão: o comburente e o combustí-
vel; o calor entra no processo para decompor o com-
bustível. A velocidade da combustão variará de acor-
do com a porcentagem do oxigênio no ambiente e 
as características físicas e químicas do combustível.
 
18
Combustão Completa
Aquela em que a queima produz calor e chamas 
e se processa em ambiente rico em oxigênio.
Combustão Incompleta
Aquela em que a queima produz calor e pouca 
ou nenhuma chama, e se processa em ambiente po-
bre em oxigênio.
Combustão Espontânea
Dizemos que ela ocorre, por exemplo, quando 
do armazenamento de certos vegetais que, pela ação 
de bactérias, fermentam. A fermentação produz ca-
lor e libera gases que podem incendiar. Alguns ma-
teriais entram em combustão sem fonte externa de 
calor (materiais com baixo ponto de ignição); outros 
entram em combustão à temperatura ambiente (20 
ºC), como o fósforo branco.
Ocorre também na mistura de determinadas 
substâncias químicas, quando a combinação gera ca-
lor e libera gases em quantidade suficiente para ini-
ciar combustão. Porexemplo, água + sódio.
Explosão
Quando temos a queima de gases (ou partículas 
sólidas), em altíssima velocidade, em locais confina-
dos, com grande liberação de energia e deslocamen-
to de ar. Combustíveis líquidos, acima da tempera-
19
tura de fulgor, liberam gases que podem explodir 
(num ambiente fechado) na presença de uma fonte 
de calor.
Métodos de Extinção do Fogo
Temos como base os métodos de extinção do 
fogo na eliminação de um ou mais dos elementos 
essenciais que provocam o fogo.
Retirando o Material
Talvez seja a forma mais simples de se extinguir 
um incêndio. Baseia-se na retirada do material com-
bustível, ainda não atingido, da área de propagação 
do fogo, interrompendo a alimentação da combus-
tão. Método também denominado corte ou remoção 
do suprimento do combustível.
Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de 
vazamento de combustível líquido ou gasoso, retira-
da de materiais combustíveis do ambiente em cha-
mas, realização de aceiro, etc.
Resfriando
Um dos métodos mais usados atualmente. 
Consiste em diminuir a temperatura do material 
combustível que está queimando, diminuindo, con-
seqüentemente, a liberação de gases ou vapores in-
flamáveis. A água é o agente extintor mais usado, 
por ter grande capacidade de absorver calor e ser 
20
facilmente encontrada na natureza.
A redução da temperatura está ligada à quantidade 
e à forma de aplicação da água (jatos), de modo que ela 
absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir.
É inútil o emprego de água onde queimam com-
bustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 
20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e 
o material continuará produzindo gases combustíveis.
Abafando
Quando falamos em abafar o fogo, na realidade 
estamos impedindo a alimentação das chamas pelo 
comburente, mais comumente o oxigênio. Não ha-
vendo comburente para reagir com o combustível, 
não haverá fogo. Como exceções estão os materiais 
que têm oxigênio em sua composição e queimam sem 
necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos or-
gânicos e o fósforo branco.
Conforme já vimos anteriormente, a diminui-
ção do oxigênio em contato com o combustível vai 
tornando a combustão mais lenta, até a concentração 
de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não haverá 
mais combustão. Colocar uma tampa sobre um re-
cipiente contendo álcool em chamas, ou colocar um 
copo voltado de boca para baixo sobre uma vela ace-
sa, são duas experiências práticas que mostram que 
o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em 
contato com o combustível.
21
Pode-se abafar o fogo com uso de materiais di-
versos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água, 
espumas, pós, gases especiais etc.
Quebrando a Reação em Cadeia
Alguns agentes extintores, quando aquecidos no 
fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das 
chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia” 
(extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio 
comburente deixa de reagir com os gases combustí-
veis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis.
Classificação dos Incêndios e Métodos de Extinção
Este tópico é muito importante e cabe salien-
tar que dele depende o sucesso das nossas ações de 
combate a sinistros. Eles são classificados de acordo 
com os materiais neles envolvidos, bem como a situ-
ação em que se encontram. Essa classificação é fei-
ta para determinar o agente extintor adequado para 
o tipo de incêndio específico. Entendemos como 
agentes extintores todas as substâncias capazes de 
eliminar um ou mais dos elementos essenciais do 
fogo, cessando a combustão.
Essa classificação foi elaborada pela NFPA (Na-
tional Fire Protection Association – Associação Nacio-
nal de Proteção a Incêndios/EUA), e também adotada 
pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.
22
Incêndio Classe “A”
Este se se caracteriza em se tratando no fogo 
envolvendo combustíveis sólidos comuns, como 
papel, madeira, pano, borracha, é caracterizado pe-
las cinzas e brasas que deixam como resíduos e por 
queimar em razão do seu volume, isto é, a queima se 
dá na superfície e em profundidade.
Método de extinção
É necessário baixarmos a temperatura dos cor-
pos ( combustível ) neste caso resfriando-os para a 
sua extinção, isto é, do uso de água ou soluções que a 
contenham em grande porcentagem, a fim de redu-
zir a temperatura do material em combustão, abaixo 
do seu ponto de ignição.
O emprego de pós químicos irá apenas retardar a 
combustão, não agindo na queima em profundidade.
Incêndio Classe “B”
Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, gra-
xas e gases combustíveis, é caracterizado por não 
deixar resíduos e queimar apenas na superfície ex-
posta e não em profundidade.
Método de extinção
Precisamos fazer uma separação da superfície 
fogo com os corpos que estão queimando através 
do abafamento ou da interrupção (quebra) da rea-
23
ção em cadeia. No caso de líquidos muito aquecidos 
(ponto da ignição), é necessário resfriamento.
Incêndio Classe “C”
Incêndio envolvendo equipamentos energiza-
dos. É caracterizado pelo risco de vida que oferece 
ao brigadista.
Método de extinção
Uma vez que estamos lidando com corpos 
energizados, a sua extinção necessita de agente ex-
tintor que não conduza a corrente elétrica e utilize o 
princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) 
da reação em cadeia.
Esta classe de incêndio pode ser mudada para 
“A”, se for interrompido o fluxo elétrico. Deve-se ter 
cuidado com equipamentos (televisores, por exem-
plo) que acumulam energia elétrica, pois estes con-
tinuam energizados mesmo após a interrupção da 
corrente elétrica.
Incêndio Classe “D”
Este tipo de sinistro envolve metais combustí-
veis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio, 
potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, só-
dio, zircônio). É caracterizado pela queima em altas 
temperaturas e por reagir com agentes extintores co-
muns (principalmente os que contenham água).
24
Método de extinção
Necessitamos de agentes extintores especiais 
que se fundam em contato com o metal combustí-
vel, formando uma espécie de capa que o isola do ar 
atmosférico, interrompendo a combustão pelo prin-
cípio de abafamento.
Os pós especiais são compostos dos seguintes 
materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário, mono 
fosfato de amônia, grafite seco.
O princípio da retirada do material também é 
aplicável com sucesso nesta classe de incêndio.
1.2 - Legislação
Constituição Federal
O Estado pode legislar concorrentemente com 
a União, a respeito do Direito Urbanístico, na área 
de prevenção de incêndios (art. 24, inciso I).
Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições 
definidas em Lei, compete a execução das atividades 
de Defesa Civil (art. 144, § 5º).
25
1.3 - Seguro
CIRCULAR SUSEP Nº 006, DE 16.03.92
A SUSEP, ( Superintendência de Seguros 
Privados ), órgão ligado ao
Ministério da Fazenda, junto com o IRB ( Insti-
tuto de Resseguros do Brasil ), são órgão que fiscali-
zam os seguros das edificações em relação a Preven-
ção de Incêndios.
Regulamento para concessão de descontos aos 
riscos que dispuserem de meios próprios de Detec-
ção e Combate a Incêndios.
Classificação dos riscos a proteger.
Para fins de proteção de que trata este item, são 
os riscos isolados, no conceito da Tarifa de Seguro 
Incêndio do Brasil, classificados em três classes, de 
acordo com a natureza de suas ocupações.
Classe A - Riscos isolados cuja classe de ocu-
pação, na Tarifa de Seguro
26
Incêndio do Brasil, seja 1 ou 2, excluídos os 
“depósitos” que devem ser considerados como 
Classe “B”.
Classe B - Riscos isolados cujas classes de ocu-
pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam 
3, 4, 5 ou 6, bem como os “depósitos” de classes de 
ocupação 1 ou 2.
Classe C - Riscos isolados cujas classes de ocu-
pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam 
7, 8, 9, 10, 11, 12 ou 13.
Os riscos, cujas instalações de detecção e com-
bate a incêndio satisfizerem às exigências do presen-
te Regulamento, gozarão dos descontosa seguir de-
terminados, aplicáveis às taxas básicas da TSIB.
Os descontos previstos neste Regulamento não 
serão aplicáveis aos prêmios correspondentes a Ris-
cos Acessórios, previstos no artigo 4º da TSIB.
Os descontos somente serão concedidos a ris-
cos que dispuserem de sistema de proteção por ex-
tintores de acordo com este Regulamento.
A exigência prevista no subitem anterior pode-
rá ser dispensada, quando, no risco a proteção por 
extintores for comprovadamente inadequada.
Os descontos máximos atribuíveis são 
os seguintes:
27
Para sistema de proteção por extintores, 5% 
(cinco por cento);
Para sistema de proteção por mangueiras 
semi-rígidas:
a) 5% (cinco por cento) quando o risco for 
protegido por sistema de abastecimento por bomba 
ou por sistema conjugado ao sistema de hidrantes, 
de chuveiros automáticos ou à rede de consumo ge-
ral, ou ainda, embora tendo sistema independente, já 
seja beneficiado com desconto por hidrantes; 
b) 10% (dez por cento) quando o risco for pro-
tegido por sistema independente de abastecimento 
por gravidade ou por tanque de pressão e não for 
beneficiado com desconto por hidrantes. 
As Seguradoras deverão manter em seus arqui-
vos as documentações a seguir, relativas às conces-
sões dos descontos por ela aplicados:
a) Planta dos riscos, confeccionada de acordo 
com as convenções padronizadas pelo IRB, com in-
dicação detalhada dos sistemas de proteção existen-
tes, devidamente assinada pelo Segurado; 
b) Laudo de inspeção dos sistemas de proteção; 
28
c) Laudo de instalação, fornecido pelo Se-
gurado, firma ou pessoa habilitada, com descrição 
pormenorizada dos dados técnicos, especificações e 
aparelhagem do sistema de proteção; 
d) Informação detalhada sobre a brigada 
de incêndio; 
e) Questionário de Tarifação Individual e Des-
contos - QTID, devidamente preenchido e assinado; 
f) Cópia da apólice em vigor. 
1.4 O papel do engenheiro de segurança na pre-
venção e combate a incêndios
FUNÇÃO: ENGENHEIRO DE SEGURANÇA 
DO TRABALHO
• Assessorar os diversos órgãos da Instituição 
em assuntos de segurança do trabalho. 
• Propor normas e regulamentos de segurança 
do trabalho. 
• Estudar as condições de segurança dos lo-
cais de trabalho e das instalações e equipamentos. 
29
• Examinar projetos de obras e equipamentos, 
opinando do ponto de vista da segurança do trabalho. 
• Indicar e verificar a qualidade dos equipa-
mentos de segurança. 
• Estudar e implantar sistema de proteção 
contra incêndios e elaborar planos de controle de 
catástrofe. 
• Delimitar as áreas de periculosidade, insalu-
bridade e outras, de acordo com a legislação vigente, 
emitir parecer, laudos técnicos e indicar mediação de 
controle sobre grau de exposição a agentes agressi-
vos de riscos físicos, químicos e biológicos. 
• Analisar acidentes, investigando as causas e 
propondo medidas corretivas e preventivas. 
• Opinar e participar da especificação para 
aquisição de substâncias e equipamentos cuja ma-
nipulação, armazenamento, transporte ou funciona-
mento possam apresentar riscos, acompanhando o 
controle do recebimento e da expedição. 
• Colaborar na fixação de requisitos de apti-
dão para o exercício de funções, apontando os riscos 
decorrentes desses exercícios. 
30
• Manter cadastro e analisar estatísticas dos aci-
dentes, a fim de orientar a prevenção e calcular o custo. 
• Realizar a divulgação de assuntos de segu-
rança do trabalho. 
• Participar de programa de treinamento, 
quando convocado. 
• Elaborar e executar programas de treina-
mento geral e específico no que concerne à seguran-
ça do trabalho. 
• Planejar e executar campanhas educativas 
sobre prevenção de acidentes. 
• Participar, conforme a política interna da 
Instituição, de projetos, cursos, eventos, convênios 
e programas de ensino, pesquisa e extensão. 
• Trabalhar segundo normas técnicas de segu-
rança, qualidade, produtividade, higiene e preserva-
ção ambiental. 
• Executar tarefas pertinentes à área de atua-
ção, utilizando-se de equipamentos e programas de 
informática. 
31
• Executar outras tarefas compatíveis com as 
exigências para o exercício da função. 
Destacamos as funções que cabe ao Engenheiro 
de Segurança no tocante a Prevenção e Combate a 
Incêndios, de forma que, este profissional esta intima-
mente ligado a esta vasta área dentro das Empresas.
1.5 – Extintores e suas capacidades
Extintores se tratam de equipamentos destina-
dos a serem utilizados em princípios de incêndios 
que são recipientes metálicos que contêm em seu 
interior agente extintor para o combate imediato e 
rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis 
ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operação. 
Os extintores portáteis também são conhecidos sim-
plesmente por extintores e os extintores sobre rodas, 
por rodas, por carretas.
Como temos as classes distintas de incêndios, 
teremos também diferentes tipos de extintores e se 
classificam conforme a classe de incêndio a que se 
destinam: “A”, “B”, “C” e “D”. Para cada classe de 
incêndio há um ou mais extintores adequados. Todo 
o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identi-
ficação facilmente localizável. O rótulo traz infor-
mações sobre as classes de incêndio para as quais o 
32
extintor é indicado e instruções de uso.
Os extintores devem conter uma carga mínima 
de agente extintor em seu interior, chamada de uni-
dade extintora e que é especificada em norma.
Extintores Portáteis
De maneira a utilizar de forma fácil e rápida em 
seu manuseio, destinados a combater princípios de 
incêndio. Recebem o nome do agente extintor que 
transportam em seu interior (por exemplo: extintor 
de água, porque contém água em seu interior).
Extintor de água:
Capacidade: 10 litros
Unidade extintora: 10 litros
Aplicação: Classe A
Alcance: 10 metros
Pressão interna, expelindo água ao ser acionado 
através do gatilho.
Extintor de pó químico seco pressurizado:
Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8 e 12 Kg
Unidade extintora: 04 Kg
33
Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó 
é especial
Alcance: 05 metros
Pressão interna, para se obter a liberação do pó, 
aperta-se o gatilho.
Extintor de Pó Químico Seco (Pressão Injetada)
Capacidade: 4, 6, 8 e 12 Kg
 
Unidade extintora: 04 Kg
Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó 
é especial
Alcance: 05 metros
Pressão externa que esta junto ao cilindro em 
outro cilindro pressurizado, para se obter a liberação 
do pó, abre o cilindro pequeno e este pressuriza o ex-
tintor e ai apertam o gatilho para o funcionamento.
Extintor de gás carbônico
Capacidade: 2,4 e 6 Kg
Unidade extintora: 06 Kg
34
Aplicação: Classes B e C
Alcance: 2,5 metros
Pressão interna e acionando o gatilho o gás 
é liberado
Tomar cuidado com a descarga, pois, ele opera 
com baixas temperaturas e corremos o risco de quei-
maduras nas mãos, então temos a parte apropiada 
para manusear o difusor.
Extintor de espuma:
Extintor de Espuma Mecânica (Pressurizado)
Capacidade: 09 litros água + LGE
Unidade extintora: 09 litros
Aplicação: Classes A e B
Alcance: 05 metros
Pressão interna e acionando o gatilho a pré-
-mistura água e lge são expelidas e forma-se então a 
espuma, com a entrada de ar.
35
Extintor de espuma:
Extintor de Espuma Mecânica (Pressão Injetada)
Capacidade: 09 litros água + LGE
Unidade extintora: 09 litros
Aplicação: Classes A e B
Alcance: 05 metros
Pressão externa em um cilindro de alta pressão, 
acionando o gatilho a pré-mistura água e lge são ex-
pelidas e forma-se então a espuma, com a entrada 
de ar.
Manutenção e Inspeção
A manutenção começa com o exame periódico e 
completo dos extintores e termina com a correção dos 
problemas encontrados, visando um funcionamento 
seguro e eficiente. É realizada através de inspeções, 
onde são verificados: localização, acesso, visibilidade, 
rótulo de identificação, lacre e selo da ABNT, peso, 
danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira, pe-
ças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros.
Semanais: Verificar acesso, visibilidadee sinalização.
36
Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira es-
tão obstruídos. Observar a pressão do manômetro 
(se houver), o lacre e o pino de segurança.
Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2 
e do cilindro de gás comprimido, quando houver. Se 
o peso do extintor estiver abaixo de 90% do especi-
ficado, recarregar.
Anuais: Verificar se não há dano físico no extin-
tor, avaria no pino de segurança e no lacre. Recarre-
gar o extintor.
 
Qüinqüenais: Fazer o teste hidrostático, que é a 
prova a que se submete o extintor a cada 5 anos ou 
toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como: 
batidas, exposição a temperaturas altas, ataques quí-
micos ou corrosão. Deve ser efetuado por pessoal 
habilitado e com equipamentos especializados. Nes-
te teste, o aparelho é submetido a uma pressão de 
2,5 vezes a pressão de trabalho, isto é, se a pressão 
de trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova 
será de 35 kgf/cm2. Este teste é precedido por uma 
minuciosa observação do aparelho, para verificar a 
existência de danos físicos.
37
Extintores sobre Rodas (Carretas)
São aparelhos com maior quantidade de agente 
extintor, montados sobre rodas para serem conduzi-
dos com facilidade. As carretas recebem o nome do 
agente extintor que transportam como os extintores 
portáteis. Devido ao seu tamanho e sua capacida-
de de descarga a operação destes aparelhos obriga o 
empenho de dois operadores.
As carretas podem ser:
a) de água; 
b) de espuma mecânica; 
c) de espuma química; 
d) de pó-quimico-seco e 
e) de CO2. 
a) de água: 
Carreta de água: 
Capacidade: 75 a 150 litros 
Aplicação: Classe A Alcance: 13 metros 
Faz-se necessário um cilindro ao lado da carreta 
para pressurizar a água e a partir daí pode-se apertar 
38
o gatilho para liberação da água. 
b) de espuma mecânica: 
 Carreta de Espuma Mecânica
Capacidade: 75 a 150 litros mistura de água e 
LGE Aplicação: Classe A e B
Alcance: 7,5 metros
Faz-se necessário um cilindro ao lado da carreta 
para pressurizar a mistura de água e LGE e a partir daí 
pode-se apertar o gatilho para liberação da mistura que 
entrar em contato com o ar, formar-se-á a espuma.
c) de espuma química: 
Carreta de Espuma Química 
Capacidade: 75 a 150 litros todos os reagentes 
Aplicação: Classe A e B Alcance: 13 metros 
Com o tombamento do aparelho e a abertura 
do registro, as soluções dos reagentes (sulfato de alu-
mínio e bicarbonato de sódio) entram em contato e 
reagem formando a espuma química. Depois de ini-
ciado o funcionamento, não é possível interromper 
a descarga. 
d) de pó-quimico-seco: 
Carreta de Pó químico seco 
Capacidade: 20 a 100 Kg 
Aplicação: Classe B e C 
Junto ao corpo existe um cilindro de gás para 
39
pressurizar o sistema e assim que apertamos o gati-
lho, o pó é expelido. 
e) de CO2: 
Carreta de Gás Carbônico 
Capacidade: 25 a 50 Kg Aplicação: Classe B e C 
Alcance: 3 metros 
O gás é liberado com o acionamento do gatilho. 
1.6 – Suprimento d’água
Reserva de Incêndio ( suprimento de água )
Água que deve ser separados para uso excusivo 
em caso de sinistros e/ou princípios de incêndios, 
não podendo ser utilizada para outros fins.
Podem ser armazenadas das seguintes formas:
a) Pode ser do tipo ao nível do solo: reserva de 
incêndio cujo fundo encontra-se instalado no mes-
mo nível do terreno natural; 
b) Pode ser do tipo elevado: reserva de incên-
dio cujo fundo encontra-se instalado acima do nível 
do terreno natural com a tubulação formando uma 
coluna d’água; 
c) Pode ser enterrado ou subterrâneo: reserva 
de incêndio cuja parte superior encontra-se instalada 
abaixo do nível do terreno natural;”e 
40
d) Ou ainda semi-enterrado: reserva de incên-
dio cujo fundo encontra-se instalado abaixo do nível 
do terreno natural e com a parte superior acima do 
nível do terreno natural. 
1.7 – Sistema de Hidrantes
Hidrante
É um aparelho constiruido de um é um duto 
metálico tendo na extremidade inferior uma junta 
de união rosca fêmea de 63mm de diâmetro com 
5 fios por 25 mm; na extremidade superior, o duto 
bifurca-se em duas expedições laterais com engate 
rápido (tipo storz) e 63mm de diâmetro. É acopla-
do ao hidrante subterrâneo, permitindo a ligação de 
mangueiras e mangotes.
Os componentes de um sistema de hidrantes são:
a) reservatório de água, que pode ser subterrâ-
neo, ao nível do piso elevado; 
b) sistema de pressurização. 
O sistema de pressurização consiste normalmente 
em uma bomba de incêndio, dimensionada a propiciar 
um reforço de pressão e vazão, conforme o dimensio-
namento hidráulico de que o sistema necessitar.
Quando os desníveis geométricos entre o reser-
41
vatório e os hidrantes são suficientes para propiciar 
a pressão e vazão mínima requeridas ao sistema, as 
bombas hidráulicas são dispensadas.
Seu volume deve permitir uma autonomia para 
o funcionamento do sistema, que varia conforme o 
risco e a área total do edifício.
c) Conjunto de peças hidráulicas e acessórios.
São compostos por registros (gaveta, ângulo aber-
to e recalque), válvula de retenção, esguichos e etc.;
d) Tubulação;
A tubulação é responsável pela condução da água, 
cujos diâmetros são determinados, por cálculo hidráulico.
e) Forma de acionamento do sistema
As bombas de recalque podem ser acionadas por 
botoeiras do tipo liga-desliga, pressostatos, chaves de 
fluxo ou uma bomba auxiliar de pressurização.
Mangueira
Chamamos de mangueira de incêndio como 
sendo um duto flexível utilizado para transportar 
água da fonte de suprimento ao lugar onde deva ser 
aplicada. Dependendo da finalidade, temos a man-
gueira deve ser flexível, resistir à pressão interna e 
ser, tanto quanto possível, leve e durável.
42
Ela é formada por um conjunto constituído por 
um tubo interno revestido com reforço têxtil e com 
uma junta de união em cada extremidade para possi-
bilitar o seu acoplamento.
 Tubo Interno: deve ser de borracha, plástico 
ou outro material flexível.
Reforço Têxtil: deve ser fabricado com fios sin-
téticos. O urdume deve ser entrelaçado com a trama.
São classificadas em cinco tipos, de acordo com 
o material de que são fabricadas e o emprego a que 
se destinam.
Tipo 1 - Destina-se a edifícios de ocupa-
ção residencial.
Tipo 2 - Destina-se a edifícios comerciais e in-
dustriais ou Corpo de Bombeiros.
Tipo 3 - Destina-se às áreas navais e industriais 
ou Corpo de Bombeiros, em que é desejável uma 
maior resistência á abrasão.
Tipo 4 - Destina-se à área industrial, na qual é 
desejável uma maior resistência à abrasão.
Tipo 5 – Destina-se às áreas industriais ou Cor-
po de Bombeiros, em que é desejável uma maior re-
sistência à abrasão e a superfícies quentes.
43
Algumas precauções que temos que ter 
com as mangueiras
Sendo um dos equipamentos mais preciosos 
que temos no momento de um combate a incêndios, 
dela dependera nosso sucesso, assim como também 
a segurança dos homens que guarnecem os esgui-
chos. Essa razão é suficiente para que se dispense 
a esse equipamento cuidadoso trato, antes, durante 
e depois do uso. Esses cuidados têm como objeti-
vo mantê-las em perfeitas condições de uso, além 
de obter, desse custoso material, o maior tempo de 
utilização possível.
Após a utilização das mesmas, devem ser reco-
lhidas recolhidas, devem sofrer rigorosa inspeção vi-
sual quanto ao estado da lona e das uniões. Após, as 
mangueiras aprovadas deverão ser lavadas cuidado-
samente com água pura, e, se necessário, com sabão 
neutro. Escovas de fibras longas e macias podem ser 
usadas para remover as sujeiras e os resíduos do sa-
bão empregado. Após enxáguo sucessivos, a man-
gueira deverá ser posta para secar em suporte ade-
quado, à sombra, de onde só deverá ser retirada após 
completamente seca. O uso de estufa para secagem 
deve obedecer às especificações do fabricante; to-
davia, a mangueira deve ser antes suspensa por no 
mínimo 10 ( dez ) dias para completa drenagem da 
água acumulada na parte interna.
44
ESGUICHOS
Temos que nos ater a alguns conceitos muito 
importantespara nos, e um dele é o conceito de 
esguicho: que é um acessório hidráulico que é aco-
plado na extremidade final das mangueiras para dar 
forma, direção e velocidade ao agente extintor em 
direção ao fogo. Ele transforma a água em um jato 
e controla o jato até que o fogo seja extinto de ma-
neira mais eficiente (o que significa: usando uma 
quantidade mínima de água, com o mínimo de dano 
causado pela água). Um esguicho consiste normal-
mente de uma ponta e de uma válvula de abertura 
e fechamento. A ponta ou extremidade do esguicho 
recebe o nome de requinte. A válvula de abertura e 
fechamento serve não apenas para abrir e fechar o 
esguicho, mas, em alguns casos, serve também como 
meio para controlar a vazão pela sua ponta. O re-
quinte do esguicho é o componente do esguicho que 
forma o jato.
Para se tornar um eficiente agente extintor, a 
água precisa estar sob a forma de jato de combate a 
incêndio. Um jato de água para combate a incêndio 
se forma pela conjugação do uso de bombas para 
desenvolver pressão e mangueiras para transportar 
água. Assim, a água pode ser forçada por uma linha 
de mangueiras com velocidade suficiente para ser le-
vada do esguicho até o ponto desejado. Este jato de 
água é formado pelo esguicho.
45
1) Cite as formas de propagação do calor no 
ambiente em chamas ?
2) Quais são as classes de Incêndio conheci-
das hoje ?
3) Defina extintores de incêndio.
4) Quais são as classes, de acordo com a na-
tureza de ocupações, segundo o TSIB ( Tarifa de 
Seguro Incêndio do Brasil ) ? 
5) Cite as formas de propagação do calor no 
ambiente em chamas ?
Capítulo 2 . 
47
2.1 - Proteção Ativa: chamamos de proteção ativa 
em um conjunto de medidas de proteção destina-
das ao combate de princípios de incêndios. São os 
equipamentos de combate a incêndios propriamente 
ditos. Ex. aparelhos extintores, sistema de hidrantes, 
sistema de chuveiros automáticos, sistema de alarme 
e detecção, sistema de iluminação de emergência, si-
nalização dos equipamentos, sistemas fixos, brigada 
de incêndio e outros. 
2.2 - Proteção Passiva: chamamos de proteção 
passiva em uma das características construtiva do 
edifício que tem por objetivo evitar ou retardar a 
propagação do fogo. Esta proteção está incorpo-
rada à construção física do edifício. Ex. comparti-
mentação de áreas, dutos e shaft´s, ventilação, acesso 
externo ao prédio, controle de materiais de acaba-
mento, resistência ao fogo das estruturas, saídas de 
emergências, escadas e outros. 
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Definição e conceito
Temos por definição que uma saída de emer-
gência faz parte de um conjunto que integra a edifi-
cação, possuindo requisitos à prova de fogo e fuma-
48
ça para permitir o escape das pessoas em segurança, 
em situações de emergência.
Então como explicado à cima, a finalidade é 
garantir o abandono da edificação pelos ocupantes, 
para local seguro, a fim de preservar a vida humana 
e permitir o acesso do Corpo de Bombeiros para as 
operações de busca, salvamento, resgate e combate 
a incêndios.
Descrição geral
Elas são compostas por portas, acessos e esca-
das, que podem ser dos seguintes tipos:
a) escadas simples - é destinada ao desloca-
mento das pessoas, sem que haja proteção ao fogo. 
b) escadas simplesmente enclausurada – é pro-
tegida (enclausurada) por alvenaria e PCF (portas 
corta fogo) em seus acessos nos pavimentos; não 
possui antecâmara de ventilação e exaustão; 
 
c) escadas enclausurada com antecâmaras (à 
prova de fumaça) - é protegida por alvenaria e aces-
sos por intermédio de antecâmara com duto de ven-
tilação (ar) ou duto de exaustão (fumaça); possui 
duas PCF, uma no acesso à antecâmara e outra no 
acesso à escada. O Código de obras do município de 
49
São Paulo admite apenas um duto (com função de 
ventilação e exaustão simultaneamente), já a NBR 
9077 exige dois dutos (um para ventilação e outro 
para exaustão); 
d) escadas enclausurada pressurizada (à prova de 
fumaça) - é protegida com PCF em seus acessos; pos-
sui sistema mecânico de ventilação forçada, que man-
tém a pressão da “caixa de escada” maior que a pres-
são dos ambientes, impedindo, desta forma, a entrada 
de fumaça; o ar deve ser captado em um ambiente 
externo e insuflado para a “caixa de escada” por meio 
de dutos e grelhas por meio de ventiladores, que são 
automatizados por detectores de fumaça; 
e) escadas enclausurada pressurizada com ante-
câmaras (à prova de fumaça) é composta pela soma-
tória dos tipos de proteção descritos nas letras “c” e 
“d”. 
Por conceito de segurança nas edificações, a 
quantidade e localização das saídas de emergência se 
baseiam em verificar a quantidade em função do ca-
minhamento, do ponto mais distante da edificação em 
um determinado pavimento até um acesso ao exterior, 
ou a uma escada nos pavimentos elevados e enterrados.
Não obstante das observações acima, devemos 
também observar que as escadas e rampas deverão 
50
ser dotadas de corrimãos e guarda-corpos, atenden-
do ao seguinte:
a) os corrimãos deverão ser adotados em ambos 
os lados das escadas ou rampas, devendo estar situ-
ados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso, 
sendo em escadas, esta medida tomada verticalmente. 
b) para auxílio dos deficientes visuais, os corri-
mãos das escadas deverão ser contínuos, sem interrup-
ção nos patamares, prolongando-se, sempre que for 
possível, pelo menos 0,20 m do início e término da 
escada suas extremidades voltadas para a parede ou 
com solução alternativa.
As edificações podem estar dimensionadas para 
atender a legislação estadual ou a municipal.
2.3 – Proteção Estrutural:
Quando falarmos de proteção estrutural em 
proteção de incêndios, estamos fazendo uma rela-
ção na capacidade de resistência ao fogo das estru-
turas, e esta é definida como sendo a característica 
dos elementos construtivos de resistirem à ação do 
fogo por um determinado período de tempo (espe-
cificado em normas técnicas oficiais), mantendo sua 
integridade e características de vedação aos gases e 
51
chamas ou de isolação térmica.
As estruturas de um edifício são compostas 
basicamente pelos pilares, vigas e lajes, sendo res-
ponsáveis pela estabilidade física do edifício. O tem-
po requerido de resistência ao fogo das estruturas é 
determinado por normas e varia geralmente de 30 a 
240 minutos, sendo que os tempos mais freqüentes 
são 30, 60, 90 e 120 minutos. Este período, teorica-
mente, seria aquele em que a estrutura se mantém 
íntegra e estável.
Após este tempo admite-se, em tese, sua ruína (co-
lapso estrutural). Assim as ações de resgate e combate 
ao incêndio devem ter sucesso dentro deste período. 
Os métodos para se comprovar os tempos requeridos 
de resistência das estruturas são baseados em:
1) métodos analíticos: que são formulações ma-
temáticas, levando-se em consideração as variáveis 
de um incêndio natural (considerando ventilação, 
carga de incêndio e outros) e as próprias proprie-
dades físicoquímicas da estrutura e de seu isolante 
térmico (quando usado).
A finalidade da segurança estrutural é manter 
a integridade e estabilidade do edifício dentro do 
período de tempo estabelecido em normas técnicas. 
Esse período de tempo mínimo estipulado por nor-
mas entende-se universalmente suficiente para:
52
a) possibilitar a saída dos ocupantes da edifica-
ção em condições de segurança; 
b) garantir condições razoáveis para o emprego 
de socorro público que permita o acesso operacional de 
viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com 
tempo hábil para exercer as atividades de salvamento 
(pessoas retidas) e combate a incêndio (extinção); 
c) minimizar danos ao próprio prédio, às edifi-
cações adjacentes e ao meio ambiente. 
2) ensaios laboratoriais: onde se utiliza a curva de 
tempo-temperatura padronizada (como por exemplo 
a curva da norma ISO-834). Neste ensaio leva-se a 
peça até um forno apropriado onde será submetida a 
uma simulação de incêndio padronizado;
Estruturas e seu comportamento ao fogo
- concreto armado:é o tipo de estrutura mais 
usada pela construção civil no Brasil devido princi-
palmente a abundância de matéria prima e mão-de-
-obra, sendo composto basicamente por areia, brita, 
cimento e água. O concreto armado é a união do 
concreto com a armadura em aço. O aço utilizado 
no concreto armado é responsável pela resistência 
mecânica à tração e à torção. Já o concreto tem a fi-
nalidade principal de suportar as ações de compres-
53
são. O conjunto concreto mais armadura chama-se 
“concreto armado”;
- concreto protendido: apresenta uma peculiari-
dade em relação ao concreto armado convencional, 
pois a sua armadura (cordoalhas de aço), durante a 
confecção da peça (vigas, pilares ou placas), sofre 
uma tração inicial (por meio de macacos hidráuli-
cos), ou seja, a peça é pré-tensionada.
Este processo resulta em uma maior resistência 
da estrutura, vencendo maiores vãos e reduzindo a 
secção e o peso da peça.
A NBR-15200 (projeto de estruturas de concre-
to em situação de incêndio) prescreve que o tempo 
de resistência ao fogo do concreto está diretamente 
ligado a espessura do “recobrimento” da armadura 
de aço, sendo que quanto maior o recobrimento da 
armadura, maior a resistência da estrutura do con-
creto. A norma citada apresenta tabelas com a es-
pessura de recobrimento em função do tempo de 
resistência ao fogo requerido.
Estruturas metálicas
O uso de perfis metálicos como estrutura vem 
crescendo bastante nos últimos anos no mercado da 
construção civil. O aço absorve rapidamente a va-
54
riação de temperatura do ambiente, sendo que suas 
características físico-químicas são alteradas com o au-
mento da temperatura. Conclui-se por meio de testes 
e ensaios que a uma temperatura de aproximadamente 
550º C o aço perde 50% de sua resistência mecânica.
Para compensar a baixa resistência do aço em 
relação ao calor utiliza-se produtos de proteção nos 
perfis. A resistência do conjunto (perfil mais revesti-
mento retardantes) será em função das propriedades 
fisico-químicas do isolante e da massividade do per-
fil. Quanto mais robusto o perfil, menor será a es-
pessura do isolante adotado. A massividade do perfil 
está relacionada com o perímetro e a área da secção 
transversal do mesmo. A relação entre o perímetro e 
área da secção transversal do perfil chama-se “fator 
de forma” ou “fator de massividade”.
Os materiais resistentes ao fogo mais comuns 
para revestimento de estruturas metálicas são:
a) materiais projetados (tipo argamassa cimentícia); 
b) placas e mantas de lã de rocha; 
c) mantas cerâmicas; 
d) tinta intumescente (tinta que expande com calor); 
55
e) argamassa de vermiculita (argamassa); e 
f) alvenaria e concreto. 
Estrutura de madeira
Muito utilizada como estrutura de coberturas 
e forros, porém, como estruturas de edificações, 
porem de alto risco devido sua característica de alta 
combustibilidade, os códigos de edificações permi-
tem o seu uso em edifícios de pequena área e peque-
na altura.
Sua construção vai determinar a resistência ao 
fogo da madeira varia conforme a qualidade da mes-
ma e a sua robustez, sendo certo que madeiras de 
lei têm demonstrado na prática e em ensaios, uma 
boa resistência ao fogo, pois a parte superficial da 
madeira (atingida pelas chamas e calor) cria uma pe-
lícula carbonizada protegendo o seu miolo, que é o 
responsável pela resistência mecânica da peça. Para 
se alcançar o tempo de uma determinada peça es-
trutural de madeira deve-se conhecer então sua taxa 
de queima específica assim, calcula-se o tempo que 
o fogo comprometerá a secção da peça estrutural 
responsável pela resistência mecânica dimensionada 
em projeto. Para se aumentar a resistência ao fogo, 
aumenta-se então a secção da peça
56
Sistemas de iluminação de emergência
Sistema que também é um item de caráter obri-
gatório nas edificações de acordo com a legislação 
atual e muito utilizado nas edificações em sistemas 
de proteção de incêndios que permite clarear áreas 
escuras de passagens, horizontais e verticais, incluin-
do áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de 
restabelecimento de serviços essenciais e normais, 
na falta de iluminação normal.
Na ocorrência de um incêndio, este poderá afe-
tar o sistema de energia da edificação, provocando 
a sua interrupção e conseqüentemente apagando as 
luminárias, provocando pânico dos ocupantes, tanto 
pelo incêndio como pela falta de luminosidade para 
deixar o local. Há então a necessidade da edificação 
possuir um sistema de iluminação de emergência 
com intensidade suficiente para evitar acidentes e 
garantir a evacuação das pessoas, levando em conta 
também a possível penetração de fumaça nas áreas.
Objetivo
No caso de um imprevisto com a falta de ilumi-
nação na edificação ela deve proporcionar ilumina-
ção suficiente e adequada, a fim de permitir a saída 
fácil e segura das pessoas para o exterior da edifi-
cação, em caso de interrupção da alimentação nor-
mal, bem como proporcionar a execução de serviços 
do interesse da segurança e intervenção de socor-
57
ro (Bombeiros) e garantir a continuação do traba-
lho nos locais onde não possa haver interrupção de 
iluminação normal. O sistema alimentará principal-
mente os seguintes locais: corredores, escadas, ram-
pas, saídas, áreas de trabalho, áreas técnicas, e áreas 
de primeiros socorros.
Composição básica
Quanto ao tipo de sistema para a finalidade aci-
ma descrita, são aceitos os seguintes tipos: conjunto 
de blocos autônomos (instalação fixa), sistema cen-
tralizado com baterias e sistema centralizado com 
grupo motogerador.
Conjunto de blocos autônomos
São aparelhos de iluminação de emergência 
constituídos de um único invólucro adequado, con-
tendo lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou si-
milares, fonte de energia com carregador e controles 
de supervisão e sensor de falha na tensão alternada, 
dispositivo necessário para colocá-lo em funciona-
mento, no caso de interrupção de alimentação da 
rede elétrica da concessionária ou na falta de uma 
iluminação adequada.
Sistema centralizado
O sistema centralizado com bateria de acumu-
ladores elétricos deve possuir circuito carregador 
58
com recarga automática, de modo a garantir a au-
tonomia do sistema de iluminação de emergência. 
A alimentação principal do circuito de recarga deve 
estar ligada ao quadro geral de distribuição de ener-
gia elétrica e o sistema protegido por disjuntores 
termomagnéticos da rede elétrica da concessionária. 
Os eletrodutos deverão ser metálicos ou em PVC 
antichama e as luminárias deverão suportar até uma 
temperatura de 70ºC.
Grupo moto gerador
O grupo motogerador deve incorporar:
a) todos os dispositivos adicionais que garan-
tam seu arranque automático após a falta de energia 
da concessionária, no máximo em 12 s; 
b) deve ser garantido o acesso irrestrito desde 
a área externa do prédio, sem passar por áreas com 
material combustível; 
c) indicador de quantidade de combustível; 
d) botão de arranque manual; 
e) dispositivos de funcionamento, como esca-
pamento sem perdas, silenciador e de manutenção, 
como duto de descarga do radiador, etc.; 
59
Quanto ao tipo de luminárias, poderão ser de 
dois tipos:
a) iluminação de emergência de aclaramento; 
b) sistema composto por dispositivos de ilumi-
nação de ambientes para permitir a saída fácil e se-
gura das pessoas para o exterior da edificação, bem 
como proporcionar a execução de intervenção ou 
garantir a continuação do trabalho em certas áreas, 
em caso de interrupção da alimentação normal; 
c) iluminação de emergência de balizamento 
ou de sinalização: 
d) iluminação de sinalização com símbolos e/ou 
letras que indicam a rota de saída (mudança de direção 
e saídas) que pode ser utilizada neste momento. 
Bloco autônomo
A interrupção de energia faz com que seja acio-
nado um dispositivo no interior do aparelho que per-
mitirá o funcionamento da luminária através de uma 
fonte de alimentação interna (bateria).
Sistema centralizado
Neste caso, a central deiluminação de emergên-
cia, quando da interrupção de energia, acionará o sis-
60
tema, alimentado por um conjunto de baterias, que 
fará acender todas as luminárias ligadas ao laço de 
fiação elétrica.
Grupo moto gerador
Este sistema poderá abranger outros equipa-
mentos, todas as luminárias ou apenas as luminárias 
necessárias para a saída de emergência. Na ocorrência 
da interrupção da energia da concessionária, um dis-
positivo do painel de controle do gerador (relê) será 
acionado, mandando sinal para o gerador cujo funcio-
namento é através de motor à explosão alimentado 
por liquido combustível ou inflamável, que será acio-
nado através de baterias. Este gerador fornecerá ener-
gia elétrica para o funcionamento dos equipamentos 
e/ou luminárias pré-estabelecidas.
Compartmentação horizontal e comparti-
mentação vertical
Esta proteção devemos ter a noção exata e co-
nhecimento da edificação para compartimentarmos 
as áreas que corresponde a uma medida de proteção 
passiva, constituída de elementos de construção re-
sistentes ao fogo e destinados a evitar ou minimizar a 
propagação do fogo, calor e gases, tanto interna quan-
to externamente ao edifício e no mesmo pavimento 
ou para pavimentos elevados consecutivos.
61
Compartimentação horizontal: medida de 
proteção, constituída de elementos construtivos re-
sistentes ao fogo, separando ambientes, de tal modo 
que o incêndio fique contido no local de origem e 
evite a sua propagação no plano horizontal.
i. Incluem-se nesse conceito os elementos de 
vedação abaixo descritos: 
ii. paredes corta-fogo de compartimentação 
de áreas; 
iii. portas e vedadores corta-fogo nas paredes 
de compartimentação de áreas; 
iv. selagem corta-fogo nas passagens das instalações 
prediais existentes nas paredes de compartimentação; 
v. registros corta-fogo nas tubulações de venti-
lação e de ar condicionado que transpassam as pare-
des de compartimentação; 
vi. paredes corta-fogo de isolamento de riscos 
entre unidades autônomas; 
vii. paredes corta-fogo entre unidades autôno-
mas e áreas comuns; e 
62
viii. portas corta-fogo de ingresso de unida-
des autônomas. 
A compartimentação horizontal é constituída 
dos seguintes elementos construtivos:
a) paredes corta-fogo de compartimentação; 
b) portas corta-fogo; 
c) vedadores corta-fogo; 
d) registros corta-fogo (dampers); 
e) selos corta-fogo; e 
f) afastamento horizontal entre aberturas. 
Compartimentação vertical: quando nos re-
ferimos a compartimentação vertical, são medidas 
de proteção constituída de elementos construtivos 
resistentes ao fogo separando pavimentos consecu-
tivos, de tal modo que o incêndio fique contido no 
local de origem e dificulte a sua propagação no pla-
no vertical.
Incluem-se nesse conceito os elementos de ve-
63
dação abaixo descritos:
1. entrepisos ou lajes corta-fogo de comparti-
mentação de áreas; 
2. vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes 
corta-fogo; 
3. enclausuramento de dutos (“shafts”) por 
meio de paredes corta-fogo; 
4. enclausuramento das escadas por meio de 
paredes e portas corta-fogo; 
5. selagem corta-fogo dos dutos (“shafts”) na 
altura dos pisos e entrepisos; 
6. paredes resistentes ao fogo na envoltória 
do edifício; 
7. parapeitos ou abas resistentes ao fogo, sepa-
rando aberturas de pavimentos consecutivos; 
8. registros corta-fogo nas aberturas em cada pa-
vimento dos dutos de ventilação e de ar condicionado. 
64
Compartimentação vertical no interior dos edifícios
Temos como compartimentação vertical no inte-
rior dos edifícios é provida por meio de entrepisos cuja 
resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas 
transposições que intercomunicam os pavimentos.
Os entrepisos podem ser compostos por lajes 
de concreto armado ou protendido ou por compo-
sição de outros materiais que garantam a separação 
física dos pavimentos.
A resistência ao fogo dos entrepisos deve ser 
determinada por meio de ensaio segundo a NBR 
5628 ou dimensionada de acordo com norma bra-
sileira pertinente.
Deve atender às seguintes condições:
a) no interior da edificação,todas as aberturas 
no entrepiso destinadas às passagens das instalações 
de serviços devem ser vedadas por selos corta-fogo; 
b) as aberturas existentes nos entrepisos devem 
ser protegidas por vedadores corta-fogo; 
c) os poços destinados a elevadores, monta-
-carga e outras finalidades devem ser constituídos 
por paredes corta-fogo devidamente consolidadas 
de forma adequada às lajes dos pavimentos, com re-
sistência ao fogo de no mínimo 240 minutos. Suas 
aberturas devem ser protegidas por vedadores pára-
65
-chamas e portas pára-chamas, as quais devem apre-
sentar resistência ao fogo;
d) as escadas devem ser enclausuradas por 
meio de paredes corta-fogo e portas corta-fogo as 
quais devem ter resistência ao fogo de, no mínimo, 
240 minutos para as paredes e, no mínimo, 60 minu-
tos para as portas; 
e) no caso de dutos de ventilação, ar-condicio-
nado e exaustão que atravessarem as lajes, além da 
selagem das passagens destes equipamentos, devem 
existir registros corta-fogo devidamente ancorados à 
laje com resistência ao fogo igual à da laje; 
f) quando a escada de segurança for utilizada 
como via de circulação vertical em situação de uso 
normal dos edifícios, suas portas corta-fogo podem 
permanecer abertas desde que sejam utilizados dis-
positivos elétricos (eletroímãs) que permitam seu fe-
chamento em caso de incêndio e comandados por 
sistema de detecção automática de fumaça instalado 
nos “halls” de acesso à(s) escada(s); 
g) a falha dos dispositivos de acionamento das 
portas corta-fogo deve dar-se na posição de seguran-
ça, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve de-
terminar automaticamente o fechamento da porta; 
66
h) a situação (“status”) das portas corta-fogo 
(aberto ou fechado) deve ser indicada na central do 
sistema de detecção e o fechamento das mesmas deve 
poder ser efetuado por decisão humana na central; 
i) nos pavimentos de descarga os trechos das 
escadas que provém do subsolo ou dos pavimentos 
elevados devem ser enclausurados de maneira equi-
valente a todos os outros pavimentos; 
j) a exigência de resistência ao fogo das pare-
des de enclausuramento da escada também se aplica 
às antecâmaras quando estas existirem; 
l) uma outra alternativa às portas pára-cha-
mas de andar constitui-se de enclausuramento dos 
“halls” dos elevadores, por meio de portas retráteis 
corta-fogo mantidas permanentemente abertas e 
comandadas por sistema de detecção automática de 
fumaça, de acordo com a NBR 9441, fechando auto-
maticamente em caso de incêndio e atendendo ainda 
ao disposto das letras “f ” e “g”; 
p) o enclausuramento dos “halls” dos elevado-
res permitirá a disposição do elevador de emergência 
em seu interior; 
q) as portas de andar de elevadores e as portas 
67
de enclausuramento dos “halls” devem ter resistên-
cia ao fogo de no mínimo 60 minutos.
Átrios
Estes locais são entendidos como locais dife-
renciados e devem ser entendidos como espaços no 
interior de edifícios que interferem na compartimen-
tação horizontal ou vertical, devendo atender a uma 
série de condições para não facilitarem a propagação 
do incêndio.
Para que a existência do átrio não afete a com-
partimentação vertical é necessário que as seguintes 
condições adicionais sejam atendidas:
a) compartimentação do átrio deve ser feita em 
todos os pavimentos servidos em seu perímetro in-
terno ou no perímetro da área de circulação que o 
rodeia em cada pavimento; 
b) os elementos de compartimentação do átrio 
devem apresentar resistência ao fogo, podendo, in-
clusive, constituírem-se por paredes corta-fogo de 
compartimentação, vidros corta-fogo e vedadores 
corta-fogo; 
c) as paredes corta-fogo de compartimentação de-
vem ter resistência ao fogo de no mínimo 120 minutos; 
68
d) os vedadores corta-fogo podem ser retráteis, 
de correr ou de deslocamento horizontal, devendo 
ser compostos integralmente por materiais incom-
bustíveis;os vedadores podem apresentar fechamen-
to automático, comandado por sistema de detecção 
automática de fumaça;
e) as condições de fechamento dos vedadores 
mencionados no item anterior devem ser tais que 
não ofereçam risco de provocar acidentes e ferimen-
tos nas pessoas. 
Compartimentação horizontal:
a) as paredes de compartimentação presentes 
em grandes galpões servem para limitar a propaga-
ção do incêndio; 
b) as portas corta-fogo existentes nas paredes 
de compartimentação podem apresentar-se de dois 
tipos para uso de pessoas, e do tipo industrial que 
tem fechamento automático; 
c) as outras aberturas presentes na parede de 
compartimentação devem ter elemento resistente ao 
fogo com resistência igual a da parede; e 
d) a área compartimentada serve de área de 
refúgio, porém deve–se sempre procurar a saída de 
69
emergência para abandono do local. 
 
Compartimentação vertical:
a) serve para evitar a propagação do incêndio 
por convecção; 
b) as aberturas (“shafts”) podem não ter ele-
mentos de compartimentação, daí a propagação do 
incêndio irá ocorrer por esta abertura; 
c) as escadas enclausuradas nos prédios eleva-
dos servem como área de progressão para o comba-
te a incêndio e retirada de pessoas; e 
d) os elevadores comuns não devem ser utili-
zados como rota de fuga, pois não tem elementos 
resistentes ao fogo. 
70
71
1) Defina Proteção Ativa em Proteção contra 
Incêndios e Explosão. Dê exemplos?
2) Qual é o objetivo da Proteção Estrutural e sua 
importância na Proteção contra Incêndios e Explosão?
3) Defina Proteção Passiva em Proteção contra 
Incêndios e Explosão. Dê exemplos?
4) Qual é o significado da sigla TRRF, quando 
falamos em Proteção contra Incêndios e Explosão ? 
5) Quais as características da Compartimenta-
ção Horizontal e Vertical? De exemplos de ambas 
as proteções.
Capítulo 3 . 
73
3.1 Sistemas de detecção de alarme.
Todos os sistemas de detecção de alarme, por ser 
um item de suma importância na edificação, têm que 
cuidar do mesmo com um criterioso cuidado e aten-
ção. No caso de sistema de alarme contra incêndios 
consiste num dispositivo elétrico destinado a produzir 
sons de alerta aos ocupantes de uma edificação, por 
ocasião de uma emergência qualquer acionado manu-
almente pelos ocupantes da edificação.
Para fins de projeto e instalação do sistema de 
detecção e alarme de incêndio, deverá ser adotada as 
normas técnicas da ABNT (NBR 9441/98 e NBR
13848/97).
Como trata-se de um sistema eletro-eletronico, 
existem vários tipos e modelos, mas geralmente al-
guns componentes são comuns a todos, citamos 
abaixo alguns itens de um sistema de alarme e detec-
ção automática de incêndio:
a) central – equipamento destinado a processar 
os sinais provenientes dos circuitos de detecção, a 
convertê-los em indicações adequadas e a comandar 
74
e controlar os demais componentes do sistema; 
b) baterias de alimentação do sistema – fonte 
de alimentação autônoma da energia fornecida pela 
Concessionária de Serviço Público proporcionada 
por meio de baterias de acumuladores; 
c) circuitos de detecção – circuito no qual são 
instalados os detectores automáticos, acionadores 
manuais ou quaisquer outros tipos de sensores per-
tencentes ao sistema; 
d) detector automático de incêndio – dispositi-
vo destinado a operar quando influenciado por de-
terminados fenômenos físicos ou químicos que pre-
cedem ou acompanham um principio de incêndio; 
e) acionador manual – dispositivo destinado a 
transmitir a informação de um princípio de incên-
dio, quando acionado por uma pessoa (chamado 
também de botoeira quebra-vidro); 
Principio de funcionamento do sistema 
a) a fiação que interliga cada componente do 
sistema deve ser protegida contra a ação do fogo e 
interferências eletromagnéticas, o que implica na uti-
lização de eletrodutos metálicos (ferro galvanizado) 
75
– ou de PVC rígido anti-chama, neste caso, a fiação 
deverá ser dotada de blindagem eletrostática; e 
b) os eletrodutos devem ser para uso exclusivo 
dos circuitos do sistema 
(não podem ser utilizados para passagem de 
fios de corrente alternada ou eletricidade em geral).
Existem vários tipos de aplicação e vejamos 
suas aplicações de detectores:
a) detectores de temperaturas térmicos – utili-
zados em ambientes onde a ultrapassagem de deter-
minada temperatura indique seguramente um princí-
pio de incêndio; 
b) detectores de temperatura termovelocimé-
tricos – utilizados em ambientes onde a rapidez no 
aumento de temperatura indique inequivocadamen-
te um princípio de incêndio; 
c) detectores de fumaça iônicos – utilizados em 
ambientes onde, num princípio de incêndio, haja for-
mação de combustão, mesmo invisível, ou fumaça, 
antes da deflagração do incêndio propriamente dito; 
d) detectores de fumaça óticos – utilizados em 
76
ambientes onde, num princípio de incêndio, haja ex-
pectativa de formação de fumaça, antes da deflagra-
ção do incêndio propriamente dito. Funcionam por 
obscurecimento ou por reflexão. 
Alguns critérios para a localização da Cen-
tral de Alarme de Incêndio:
a) em locais onde existe a permanência huma-
na constante; portaria, por exemplo; 
b) alguns locais que apenas pessoa autorizada 
possa transitar para operá-la; 
c) instalar a central em altura compatível para a 
operação (entre 1,20m e 1,60m do piso acabado); 
d) em local em que a posição que não ofereça 
risco à circulação de pessoas; 
As operações na central de alarme de in-
cêndio devem permitir que o:
a) acionamento de alarme geral (sirenes); 
b) acionamento de alarme na central (bip); 
c) desligamento da central; 
77
d) desligamento da rede de alimentação de cor-
rente alternada; 
e) teste dos leds de defeito e funcionamento - 
(central do tipo convencional); 
f) visualização, através de leds, do estado de 
funcionamento (ativação de acionador manual ou 
laço de detectores) – cor vermelha - (central do tipo 
convencional); 
h) visualização, através de leds, do estado de de-
feito de qualquer acionador manual ou laço de detec-
tores – cor amarela - (central do tipo convencional); 
i) identificação do local do acionador manual 
ou laço de detectores, através da indicação dos leds 
da central - (central do tipo convencional). 
3.2 Sistemas de detecção de fumaça.
3.2.1 Controle de fumaça
Este controle que citamos é um sistema que pro-
move a extração dos gases e da fumaça do local de 
origem do incêndio, controlando a entrada de ar (ven-
tilação) e prevenindo a migração de fumaça e gases 
quentes para as áreas adjacentes não sinistradas.
78
Este controle de qualquer ambiente é justamen-
te para mante-lo seguro nas edificações durante o 
tempo necessário para abandono do local sinistrado, 
evitando os perigos da intoxicação e falta de visibili-
dade pela fumaça.
Este sistema também serve para reduzir a pro-
pagação de gases quentes e fumaça entre a área in-
cendiada e áreas adjacentes, baixando a temperatura 
interna e limitando a propagação do incêndio.
Outro beneficio deste sistema é proporcionar 
condições dentro e fora da área incendiada que irão 
auxiliar nas operações de busca e resgate de pessoas, 
localização e controle do incêndio.
Detector de fumaça - dispositivo destinado a 
atuar quando ocorre presença de partículas ou gases, 
visíveis ou não, e de produtos de combustão;
Detectores de fumaça óticos – utilizados em 
ambientes onde, num princípio de incêndio, haja ex-
pectativa de formação de fumaça, antes da deflagra-
ção do incêndio propriamente dito. Funcionam por 
obscurecimento ou por reflexão.
Detectores de fumaça iônicos – utilizados em 
ambientes onde, num princípio de incêndio, haja for-
mação de combustão, mesmo invisível, ou fumaça, 
antes da deflagração do incêndio propriamente dito;
79
Quantidade de fumaça produzida
Geralmente dizemos que a quantidade de fuma-
ça produzida no incêndio depende do tamanho do 
incêndio e das características do material queimado. 
Essa quantidade pode ser estimada através de fór-
mulas científicas,que consideram os mais diversos 
fatores presentes em um incêndio, tais como: massa 
total do combustível consumido; taxa de liberação 
de calor do fogo; tempo de duração do fogo, calor 
de combustão do combustível.
A fumaça e seus efeitos
Dizemos que a fumaça é uma mistura geral-
mente de partículas sólidas, gotículas de água ou 
outros líquidos e gases oriundos dos materiais en-
volvidos na combustão, sendo que, na maioria das 
vezes, é tóxica.
A quantidade de fumaça gerada no incêndio de-
pende do tamanho do incêndio e das características do 
material queimado, como observado no item anterior.
O comportamento e o movimento das massas 
de fumaça e gases quentes dependem da temperatu-
ra e configuração do local, porém, sendo o ar quente 
menos denso que o ar fresco, a fumaça sobe rapida-
mente e com maior velocidade. Quando a fumaça e 
o ar se resfriam, este efeito de subida é interrompido 
e a fumaça tende a formar camadas (estratificação 
da fumaça). O movimento de fumaça, então, é mais 
80
afetado pela turbulência do ar causado pelas abertu-
ras feitas no compartimento, pelo deslocamento de 
pessoas ou pelo uso de jatos de água por esguichos 
reguláveis, do que pela temperatura dos gases.
Não podemos esquecer-nos de duas caracterís-
ticas importantes da fumaça:
Pode queimar: alguns produtos da combustão 
talvez não queimem totalmente por causa da escassez 
de oxigênio ou da insuficiência de fonte de ignição.
Recebendo nova remessa de ar fresco e haven-
do uma nova fonte de ignição podem resultar em 
uma explosão ambiental (“backdraft”). Se a fumaça 
estiver quente o suficiente pode ocorrer re-ignição 
sem haver nova fonte de ignição; Pode estar quente: 
a fumaça pode estar quente o suficiente para infla-
mar materiais com que mantém contato. O fato de 
estar quente produz a radiação de calor, o que pode 
ser o suficiente para iniciar a queima de outros com-
bustíveis no compartimento.
Tais gases encontrados na fumaça representam 
uma grave ameaça para a integridade física, tanto das 
possíveis vítimas como dos profissionais que realizam 
o salvamento, sendo que os seus efeitos podem variar, 
dependendo do produto que estiver sendo oxidado.
Algumas lesões também nos preocupam, den-
tre estas podemos citar: a falta de ar (hipoxia), irri-
tação do estômago pela ingestão de partículas sóli-
das causando náuseas e vômitos; irritação pulmonar 
81
produzida pela inalação de gases irritantes; intoxica-
ção; hiperventilação; exaustão pelo calor; e ataques 
cardíacos, além do comprometimento da visão por 
partículas irritantes.
3.2.2 Ventilação
Temos uma importância neste sistema 
chamada ventilação
Podemos também citar de forma similar às ou-
tras opções táticas disponíveis para os responsáveis 
na Edificação por Prevenção de Combate a Incên-
dios, a ventilação tática pode agravar a situação, se 
for incorretamente aplicada, porém, usada adequa-
damente, será de significante beneficio no combate 
ao incêndio, pois visa, entre outras coisas, proteger 
as saídas, restringindo a propagação da fumaça; pro-
piciar visibilidade e aumento do tempo de saída; aju-
dar na operação de resgate, reduzindo a fumaça e os 
gases tóxicos para trabalhos de pesquisa em que haja 
o risco de pessoas retidas na edificação.
A ventilação tática proporciona ainda, seguran-
ça para os mesmos, reduzindo o risco de “flashover” 
e “backdraft”, facilitando o controle dos efeitos do 
“backdraft”; auxilia na rapidez do ataque e extinção, 
removendo o calor e a fumaça, permitindo uma rá-
pida entrada do pessoal de extinção na edificação, 
82
aumentando a visibilidade e auxiliando no combate 
ao incêndio; reduz danos na propriedade por tornar 
possível localizar e combater o fogo mais rapida-
mente, restringindo a propagação do fogo e limitan-
do o deslocamento de fumaça e de gases quentes.
Formas de ventilação
Conhecemos apenas e definimos como apenas 
duas formas de ventilação, que são eles:
- Ventilação natural; e 
- Ventilação forçada. 
Ventilação natural
Este tipo de ventilação é bem simples, pois, uti-
liza o fluxo natural do ar para retirar a fumaça do 
ambiente sinistrado. O fluxo natural da fumaça no 
interior da edificação pode ser produzido pelo vento 
ou pelo efeito chaminé. Para fazer a ventilação natu-
ral, o responsável retira as obstruções que impedem 
o fluxo natural do ar. Estas obstruções podem ser 
portas, janelas, alçapões fechados, paredes e tetos 
(coberturas ou telhados).
Na ventilação natural, o responsável depende 
da velocidade do vento e das aberturas em tamanho 
suficientes para efetuar a ventilação. Quando as aber-
83
turas naturais forem impróprias, tais como quando 
desalinhadas ou pequenas, o responsável pode efe-
tuar a ventilação forçada antes de criar aberturas 
adicionais. Ao quebrar paredes e telhados, o respon-
sável pode provocar um transtorno para o proprietá-
rio da edificação, devido aos danos que pode causar, 
pois, além do fogo, as ações dos bombeiros também 
podem destruir seu patrimônio.
Ventilação forçada
Este outro tipo já nos preocupa, pois, é neces-
sário de ser realizada por meio de equipamentos me-
cânicos, como por exemplo, exaustores, ventiladores 
ou aplicação de água com esguichos reguláveis, para 
forçar a saída da fumaça da edificação. A ventilação 
forçada permite criar ou aumentar a velocidade do 
fluxo de ar no interior da edificação, para promover 
a sua extração da fumaça para o meio exterior.
Temos então que a ventilação forçada é uma 
operação rápida que produz um aumento da veloci-
dade do fluxo de ar e fumaça pelas aberturas existen-
tes, que geralmente é suficiente para retirar a fumaça 
da edificação, permitindo uma boa visualização do 
local sinistrado.
Técnicas de ventilação
Quando presenciamos um sinistro, temos um 
responsável pelo planejamento, este responsável 
84
adotara as técnicas de ventilação, de onde será per-
mitida a entrada de ar fresco na edificação, a saída da 
fumaça e dos gases quentes e, se possível, o caminho 
que devem percorrer.
Há duas opções básicas: ventilação vertical e 
ventilação horizontal ou cruzada.
Temos a ventilação vertical que é aquela em que 
o fluxo da fumaça é direcionado verticalmente den-
tro do ambiente sinistrado, aproveitando-se o efeito 
chaminé para sua extração.
Quando se faz uma abertura no telhado, ime-
diatamente acima do fogo, permite-se que a fumaça 
e outras partículas oriundas da combustão saiam do 
ambiente, devido à sua baixa densidade em relação 
ao ar ambiente menos aquecido.
Já a Técnica de ventilação horizontal ou cruza-
da é aquela em que o fluxo de ar caminha horizon-
talmente dentro do ambiente.
Consiste em aproveitar a direção do vento, re-
tirando-se as obstruções que bloqueiam o fluxo do 
ar, sendo que, com isso, o ar frio entra no local si-
nistrado por uma abertura e, a fumaça, sai por outra, 
situada em lado oposto.
O ideal para este tipo de ventilação é que o am-
biente sinistrado possua aberturas alinhadas entre si, 
em planos paralelos, e a direção do vento coincida 
com o alinhamento das aberturas, ficando a abertura 
mais baixa para a entrada do ar fresco e, a abertura 
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mais alta, para a saída da fumaça.
Ventilação tática
Em todo o tempo não podemos esquecer que 
durante o combate a um incêndio, os bombeiros de-
vem ter em mente todas as técnicas de combate, in-
cluindo as ações de ventilação. A partir daí, pode-se 
adotar a ventilação como uma tática indispensável a 
se obter os resultados desejados nas ações de com-
bate ao incêndio e salvamento. Portanto, denomina-
-se essa ação como ventilação tática, onde pode ser 
adotada qualquer uma das técnicas de ventilação de 
acordo com o momento e o desenvolvimento das 
ações do combate no local do incêndio.
O que não se costuma realizar é que quando 
utilizamos a ventilação tática não deva ser usada en-
quanto o foco do incêndio não tenha sido localizado 
e, em todos os casos, uma avaliação deve ser feita 
sobre os efeitos de sua aplicação.
Normalmente a identificação do foco do in-

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