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6. GF-Estrutura interna-Tectonismo

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6. Estrutura interna da Terra 
A litosfera: placas tectônicas, 
vulcanismo e tectonismo 
Com o Resfriamento da Terra 
forma-se a crosta primitiva 
EVOLUÇÃO DO PLANETA TERRA 
ASSOCIA-SE A DIFERENCIAÇÃO 
TRANSFORMAÇÃO DE UMA MISTURA 
CAÓTICA DE MATERIAIS EM UM 
CORPO ESTRUTURADO EM CAMADAS 
CONCÊNTRICAS QUE 
 DIFEREM ENTRE SI QUIMICAMENTE E 
FISICAMENTE 
 
CENÁRIO: Terra Fundida; Energia 
Interna; Girando no Sistema Solar 
Consequência principal: 
 
- Estruturação interna 
 Reorganização de compostos químicos 
com base na densidade dos elementos 
A Terra vai resfriando e solidificando, 
 transformando-se em um planeta 
zonado 
e diferenciado em camadas 
 
 
NÚCLEO : Ni + Fe 
 
MANTO: Materiais deixados na zona 
intermediária, Si, O, Mg, Fe 
 
CROSTA: Concentração de elementos leves, Si, 
Al, K, Ca, Mg, Na, combinados com O 
Fonte: Prof. Colombo C. G. Tassinari 
Universidade de São Paulo 
 
Como conhecer a estrutura e a 
dinâmica interna da Terra? 
. • Para o estudo da estrutura interna da 
Terra existem dois métodos: os métodos 
diretos e os métodos indiretos 
Métodos diretos 
 
• Fornecem dados a partir da observação direta 
das rochas e dos fenômenos geológicos. Estes 
métodos incluem o estudo das rochas 
provenientes dos afloramentos, das sondagens 
e das minas e o estudo dos materiais expelidos 
pelos vulcões. Atualmente o estudo direto da 
estrutura interna da Terra está limitado a uma 
fina película à superfície. 
A observação da natureza das 
paisagens geológicas 
As desigualdades encontradas na superfície terrestre, desde os fundos marinhos até 
os altos cumes continentais, permitem obter dados sobre a estrutura interna da Terra, 
uma vez que as cadeias montanhosas se formam na seqüência do movimento das 
placas tectônicas. Deste modo, alguns materiais do interior surgem à superfície da 
Terra. 
As explorações de jazigos 
minerais 
Explorações efetuadas em minas permitem conhecer zonas do interior da crosta terrestre 
As sondagens 
- Perfurações efetuadas em locais, que chegam a atingir vários quilômetros de 
profundidade, permitem obter dados de zonas mais profundas da crosta terrestre 
 
 - O furo de sondagem mais profundo feito até hoje (Kola, Rússia) atingiu 12 Km, 
uma fração insignificante pois o raio da Terra é 6.370 Km 
A atividade vulcânica 
Os materiais expelidos para o exterior, provenientes do interior da Terra, podem ser 
usados para o estudo da sua estrutura. Apesar das alterações que o magma possa 
sofrer na sua ascensão, é possível tirar conclusões sobre a composição 
químico-mineralógica dos materiais que constituem o interior da Terra. 
Métodos Indiretos 
• Quase toda a informação, que permite 
determinar com algumas reservas as 
características estruturais do interior da 
Terra, é fornecida, essencialmente, por 
métodos indiretos. 
Velocidade de propagação das 
ondas sísmicas 
• A trajetória das ondas sísmicas está sujeita a 
alterações. 
• Sempre que as características do meio em que se 
propagam sofrem modificações, a trajetória varia, por 
exemplo, com a rigidez dos materiais que atravessam. 
• O estudo das velocidades e trajetórias das ondas 
sísmicas, no interior da Terra, permite concluir que esta 
apresenta uma grande heterogeneidade na sua 
constituição. 
• As zonas onde se produzem alterações bruscas na 
propagação das ondas sísmicas, a profundidades 
diferentes, indicam uma mudança na composição, 
estrutura e rigidez do material . 
Dados fornecidos pelos satélites 
• Através do estudo de outros astros do 
Sistema Solar, que se supõe terem a 
mesma origem da Terra, os cientistas 
fazem deduções sobre a estrutura interna 
do nosso planeta. 
Planetologia comparada 
 
● Analogias com Meteoritos e Lua 
• Através do estudo dos dados obtidos 
pelos métodos diretos e indiretos, os 
cientistas elaboraram dois modelos da 
estrutura interna da Terra. 
Modelo segundo a 
composição química 
 dos materiais 
Modelo segundo as 
características físicas 
 dos materiais 
(rigidez) 
Núcleo (Endosfera) 
- Ocupa o centro da Terra, a partir dos 2900 km de 
profundidade. É dividido em duas camadas: 
 
- Núcleo interno 
É sólido, devido às enormes pressões que está sujeito. 
É constituído, essencialmente, por ferro e níquel e tem 
um raio aproximado de 1200 km. Cerca de 5.000 ºC 
- Núcleo externo 
É líquido, devido às enormes temperaturas que se 
fazem sentir nesta camada, e é constituído por ferro e 
níquel. Estende-se até uma profundidade com cerca de 
5170 km. Cerca de 2.200 ºC 
 
O núcleo interno e o núcleo externo formam uma 
camada designada endosfera 
 
Manto 
• Manto superior: Estende-se até a uma profundidade com 
cerca de 700 km e as ondas sísmicas mostraram que esta 
camada apresenta valores de rigidez diferentes. A parte 
superior desta camada forma, com a crosta, a litosfera. 
• Os cientistas admitem que, por baixo da litosfera, existe 
uma camada menos rígida e parcialmente fluida. Esta 
camada chama-se astenosfera. 
• É sobre a astenosfera que as placas tectônicas "flutuam". 
• Por baixo da astenosfera, o manto superior é novamente 
rígido. 
 
• Manto inferior é constituído por material rochoso. O manto 
inferior e a parte rígida do manto superior, situada por baixo 
da astenosfera, formam uma camada que se chama 
mesosfera. 
 
Litosfera 
• Crosta e porção superior do manto 
superior (porção mais rígida) 
• Espessura aproximada: 120 Km 
 
Crosta 
 
 
• Crosta continental 
(essencialmente de 
natureza granítica), com 
cerca de 20 a 70 km de 
profundidade 
• Crosta oceânica 
(essencialmente de 
natureza basáltica), com 
cerca de 5 a 10 km de 
profundidade. 
• A crosta é mais espessa 
sob os continentes e 
mais fina sob os 
oceanos. 
 
• A crosta terrestre não é contínua 
 
• Falhas profundas dividem a litosfera em 
pedaços que são chamados Placas Tectônicas 
• TECTÔNIA (do grego tekton), significa 
“construtor” 
 
• É sede dos fenômenos geológicos 
relacionados à dinâmica interna, como 
movimentos tectônicos,sísmicos, 
magmáticos, metamórficos, etc 
Teoria da Deriva Continental 
• Teoria descrita, inicialmente, pelo alemão Alfred 
Lothar Wegener, no livro A origem dos 
continentes e dos Oceanos (1915) 
• Francis Bacon (1620), filósofo inglês, levantou a 
hipótese de que os continentes americano 
(América do Sul) e africano já estiveram unidos. 
• Processo de deslocamento da crosta terrestre 
que provoca mudanças na posição dos 
continentes e modifica o relevo da Terra 
 
Evidências 
• Feições geomorfológicas: 
Serra do Cabo (África do 
Sul) seria continuação da 
Sierra de La Ventana 
(Argentina); um planalto 
na Costa do Marfim teria 
continuidade no Brasil. 
• Presença de fósseis em 
regiões da África e Brasil 
• Estrias indicativas de 
direção de movimento de 
antigas geleiras 
Perguntas sem respostas 
• Que forças seriam capazes de mover 
imensos blocos continentais? 
• Como uma crosta rígida como a 
continental deslizaria sobre outra crosta 
rígida como a oceânica sem que fossem 
quebradas pelo atrito? 
Década de 40 (2ª Guerra Mundial) 
• Equipamentos como sonares 
• Mapas detalhados do fundo oceânico (cadeias 
de montanhas, fossas, etc) 
• Dorsal Meso-Oceânica: cadeia de montanhas 
submarinas que se estende por 84.000 km, com 
largura média de 1.000 km. No seu eixo 
apresenta vales de 1 a 3 km com fluxo térmico 
elevado 
• Poderia representar a cicatriz produzida durante 
a separação dos continentes. 
 
• Décadas de 50/60 
• Geocronologia: 
rochas do fundo 
oceânico são 
bastante jovens 
• Centro de Pesquisas 
Geocronológicas 
(USP) 
 
Expansão do fundo oceânico 
Três tipos básicos de limites de 
placas: 
1. Limites divergentes 
Exemplo: Dorsal mesoatlântica 
Exemplos: 
• Estágio Inicial: Grande vale em rifte do Leste Africano 
 
2. Limites Convergentes 
Convergênciaoceano-oceano 
Convergência oceano-continente 
Convergência continente-
continente 
INDIA 
CHINA 
3. Limites transformantes 
Tsunamis 
A maioria dos tsunamis são gerados por 
 sismos submarinos 
Bibliografia 
PENHA, H. M. Processos endogenéticos na formação do 
relevo in GUERRA, A. J. T & CUNHA, S. B. da (orgs) 
Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. 
Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1994 
PRESS, F. et all Para entender a Terra. Porto Alegre: 
Bookman, 2006 
ROSS, J. L. S. Os fundamentos da Geografia da Natureza 
in ROSS, J. L. S. (org) Geografia do Brasil, São Paulo: 
EDUSP, 1995 
TEIXEIRA, W. et all Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina 
de Textos, 2000. 
http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/Home

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