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1. Pergunta 1 /0,1 “A partir do ano de 1977, nota-se uma tensão crescente entre as promessas da “Abertura” e a realidade tutelar do governo Geisel sobre o sistema político. O mês de março daquele ano foi marcado pelo conflito agudo entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que culminaria nos “Pacotes de Abril”, tidos como expressão da face autoritária do governo que prometia retorno à “normalidade” institucional” (NAPOLITANO, 2017, p. 359) Referência NAPOLITANO, Marcos. A imprensa e a construção da memória do regime militar brasileiro (1965-1985). Estudos Ibero-Americanos, v. 43, n. 2, p. 346-366, 2017. A passagem acima menciona a experiência autoritária de regime político vivenciada pelo Brasil na segunda metade do século XX. A respeito das características fundamentais próprias dos regimes autoritários, pode-se dizer que: Ocultar opções de resposta 1. São regimes onde não existe a livre circulação da informação. 2. São regimes onde não existem o Poder Legislativo e nem o Poder Judiciário. 3. São regimes nos quais não existe a participação da sociedade. Resposta correta 4. São regimes nos quais não existem políticas públicas. 5. São regimes nos quais não existe corrupção. 2. Pergunta 2 /0,1 “A constituição romana demonstrou uma desenvoltura irrefutável para reparar os abusos de poder, seja à custa do espírito do povo, da robustez do Senado ou pela autoridade dos magistrados” (ALVES, 2017, p. 192). Referência ALVES, Vital Francisco Celestino. Montesquieu: republicanismo e corrupção política. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), v. 24, n. 44, p. 185-216, 2017. A questão do abuso de poder político é objeto de argumentações e debates no campo da teoria política desde a Antiguidade. No âmbito do pensamento político montesquiano, pode- se afirmar que sua proposta para que as sociedades evitem o abuso de poder político por parte do Estado reside em sua: Ocultar opções de resposta 1. Incorreta: Teoria tripartite. 2. Teoria do governo civil. Resposta correta 3. Teoria jusnaturalista. 4. Teoria contratualista. 5. Teoria da democracia deliberativa. 3. Pergunta 3 /0,1 “O poder soberano obtém a obediência dos súditos gerindo e manipulando suas paixões mais poderosas: o medo e a esperança. O governo utiliza os mecanismos de gestão e de manipulação das condutas dos súditos segundo os registros da punição e da recompensa” (RIBEIRO, 2018, p. 80). Referência RIBEIRO, Emmanuel Pedro Sormanny Gabino. Para que governo? Punição e Recompensa como instrumentos de gestão e manipulação do Medo e da Esperança dos súditos no Leviatã de Thomas Hobbes. Revista de Teorias e Filosofias do Estado, v. 4, n. 1, p. 60-81, 2018. Na teoria do Estado hobbesiana, o poder soberano é por ele chamado de “Leviatã”, termo que designa uma imagem mítica mencionada na Bíblia cristã para designar a figura de um monstro aquático que reina soberano nos mares. Acerca das ideias de Hobbes sobre a natureza ou essência do Estado, pode-se afirmar que: Ocultar opções de resposta 1. Para Hobbes, a solidariedade está na raiz da instituição do Estado. 2. Para Hobbes, a bondade é o que justifica a instituição do Estado. 3. Para Hobbes, o medo é o que justifica a instituição do Estado. 4. Para Hobbes, a justiça é o que justifica a instituição do Estado. 5. Para Hobbes, a maldade é o que justifica a instituição do Estado. Resposta correta 4. Pergunta 4 /0,1 “O caráter absoluto da soberania implica que esse poder não aceita ser condicionado, nem tampouco derivado. Esse é um marco fundamental à formação dos Estados, que será melhor formulado quando a Europa se encontrar num processo de secularização mais aprofundado” (BAMBIRA, 2017, p.167) Referência BAMBIRRA, Felipe Magalhães. Soberania revisitada: construção histórico-filosófica e aproximativa entre direitos humanos e soberania através da dialética do reconhecimento. Revista Brasileira de Estudos Políticos, 2017. No excerto acima, o autor aborda uma das características da soberania segundo Jean Bodin, jurista francês que viveu no século XVI e que é considerado um dos principais teóricos de todos os tempos a respeito da ideia política de “soberania”. Pode-se afirmar que, para Bodin, poder soberano é o mesmo que: Ocultar opções de resposta 1. Incorreta: Poder divino. 2. Poder popular. 3. Poder sem limites. Resposta correta 4. Poder republicano. 5. Poder estatal. 5. Pergunta 5 /0,1 “O contratualismo kantiano diferencia-se dos modelos usados pelos contratualistas clássicos não em termos, mas no modo de encarar cada um dos momentos da história humana, pois para Kant o estado de natureza não precedeu o momento da assinatura do hipotético contrato originário, assim como, também, nenhum desses momentos precedeu o Estado civil, trata-se todos eles uma mesma coisa. O estado de natureza serve, assim, como demonstração de um estado onde o homem não poderia estar ou continuar enquanto ser racional que é, ou seja, o ser humano, como único animal dotado de razão seria capaz de se utilizar dessa prerrogativa para viver um lugar que lhe proporcionasse, no mínimo, segurança” (FERREIRA, 2020, p. 90). Referência FERREIRA, Paulo Rangel Araújo. Contratualismo kantiano. Revista Húmus, v. 10, n. 28, 2020. Sobre a teoria política do contratualismo, abordada no excerto acima, pode-se afirmar que ela tem como tese central a alegação de que a vida política em uma sociedade é instituída por meio da outorga: Ocultar opções de resposta 1. Da liberdade individual natural. Resposta correta 2. Do poder de tributar. 3. Do poder de instituir leis. 4. Da soberania estatal. 5. Incorreta: De um acordo coletivo. 6. Pergunta 6 /0,1 “A obra “A Condição Humana” nasceu do diagnóstico crítico, ainda extremamente atual, de que a terrível novidade do totalitarismo rompeu a continuidade histórica, trazendo à tona uma crise radical da civilização ocidental que exige repensarmos nossas pressuposições e significações tradicionais sobre o sentido da política, ou seja, sobre o significado da existência pública, ativa e livre dos homens como singularidades plurais capazes de agir e falar” (NETO, 2018, p. 156). Referência NETO, Rodrigo Ribeiro Alves. Totalitarismo e desmundanização liberal. Pensando-Revista de Filosofia, v. 9, n. 17, p. 156-173, 2018. No fragmento acima, o autor menciona as concepções da filósofa política Hannah Arendt a respeito do fenômeno político do totalitarismo no século XX. Sobre os fundamentos do totalitarismo, pode-se afirmar que: Ocultar opções de resposta 1. É uma doutrina política que procura explicar o socialismo e o nazismo. 2. É uma doutrina política que procura explicar o fascismo. 3. É movimento político voltado para a desestatização da sociedade. 4. É um movimento político voltado para influenciar todas as esferas da vida social. Resposta correta 5. É um movimento político voltado para o aprofundamento da democracia. 7. Pergunta 7 /0,1 “Os escritores florentinos mostravam um grande apreço pela literatura de Cícero (106-43 a.C.), vendo nesta uma fonte intelectual e de sabedoria política prática. Particularmente, o conceito ciceroniano de virtù viria a influenciar, de maneira fundamental, o pensamento político e o debate público da Renascença, bem como o desenvolvimento do humanismo cívico, o qual atingiu nas reflexões políticas de Nicolau Maquiavel a sua maior complexidade” (GIRALDI, 2021, p. 26). Referência GIRALDI, Daniel Castro. História do Pensamento Político Moderno e Contemporâneo. Duque de Caxias: Ed. Unigranrio, 2021, 233p. ISBN 978-65-89635-61-1. O fragmento acima faz menção às raízes conceituais do termo “virtù” no sentido em que ele foi empregado pelo pensador político renascentista Nicolau Maquiavel em suas obras. A respeito do entendimento de Maquiavel sobre o referido termo, pode-se afirmar quevirtù corresponde: Ocultar opções de resposta 1. Às habilidades políticas de um governante. Resposta correta 2. Ao destino de um governante. 3. À riqueza de um governante. 4. À sorte de um governante. 5. Incorreta: À maldade de um governante. 8. Pergunta 8 /0,1 “A liberdade, para Locke, estaria atrelada de alguma forma à ideia da propriedade. Para o autor, o direito à propriedade é a pedra angular que fundamenta os alicerces de sua teoria política. A propriedade seria um direito natural do homem, portanto, que antecede à sociedade estabelecida no contrato. Assim, o ente político não estipularia um direito de propriedade ao homem, criando esse direito. Antes, meramente reconheceria formalmente um direito que já existia antes mesmo do consenso social estruturado” (TAPOROSKY FILHO, 2019, p. 421). Referência TAPOROSKY FILHO, Paulo Silas. John Locke a partir de John Locke: algo contra as incompreensões acerca de suas ideias. Revista Eletrônica da Faculdade de Direito de Pelotas, v. 5, n. 1, 2019. Sobre a teoria lockeana do Estado, pode-se afirmar que: Ocultar opções de resposta 1. No estado de natureza, os indivíduos não dispõem de nenhum direito e de nenhum dever. 2. A igualdade é a condição comum dos indivíduos no estado de natureza, prévio à instituição do Estado. Resposta correta 3. Por meio do governo civil, os seres humanos delegam suas todas as suas liberdades ao Estado. 4. No estado de natureza da humanidade prevalece a vontade daqueles que são mais fortes, mais espertos e mais maliciosos. 5. O estado de natureza pode ser considerado um estado de guerra de todos contra todos. 9. Pergunta 9 /0,1 “A partir de uma leitura da Constituinte de 1987/1988, revela-se que no Brasil o sentido de federalismo tende à descentralização, que foi o discurso dominante naquela ocasião. Todavia, em contraste, historicamente a organização federativa do Estado assumiu um alto grau de centralização de poder na União, em movimento pendular a depender da Constituição em vigor, mas ainda assim, caracteristicamente centralizada. Em 1988, apesar do discurso quase que uníssono pela descentralização, o resultado foi uma Constituição centralizadora, tanto pela grande gama de competências da União, quanto pelos poucos mecanismos de veto que os entes subnacionais possuem” (LIZIERO, 2019, p. 409). Referência LIZIERO, Leonam. A simetria que não é princípio: análise e crítica do princípio da simetria de acordo com o sentido de federalismo no Brasil. Revista de Direito da Cidade, v. 11, n. 2, p. 392-411, 2019. A passagem acima apresenta considerações sobre o funcionamento político-administrativo do atual federalismo. Sobre o arranjo político próprio do federalismo brasileiro, pode-se afirmar que ele institucionalmente prevê a: Ocultar opções de resposta 1. A Câmara dos Deputados Federais como órgão de representação de políticas dos Estados. 2. Proibição de separação entre os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Resposta correta 3. A instituição apenas da Constituição da União, sendo vedado o estabelecimento de contratos sociais para os demais entes políticos. 4. A soberania dos Estados e do Distrito Federal, mas não dos Municípios. 5. Alternância de poder político entre os partidos políticos a cada quatro anos. 10. Pergunta 10 /0,1 “A institucionalidade democrática é por natureza durável. A sociedade democrática não é apenas aquela na qual vigora a noção de uma pessoa um voto hoje, mas aquela da qual se espera que continue democrática no futuro. “A democracia implica que amanhã haverá um voto para determinar políticas (policies) ou para decidir qual partido irá governar, e essa decisão será tomada por toda a população” (ACEMOGLU; ROBINSON, 1992 apud AVRITZER, 2018, p. 280-281). Referência AVRITZER, Leonardo. O pêndulo da democracia no Brasil: uma análise da crise 2013- 2018. Novos estudos CEBRAP, v. 37, n. 2, p. 273-289, 2018. Sobre as consequências fundamentais da democracia na vida política de um país, pode-se dizer que ela produz um: Ocultar opções de resposta 1. Aumento da natalidade. 2. Diminuição da sensação de insegurança. 3. Crescimento da esfera pública. Resposta correta 4. Redução da miséria. 5. Incorreta: Aumento na renda da população.
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