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Acionamento de motores elétricos de indução Carga Horária 80 Horas Professor: Paulo de Tarso ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS INTRODUÇÃO • A rotação inerente aos motores elétricos é a base do funcionamento de muitas máquinas e eletrodomésticos. Por vezes, esse movimento de rotação é óbvio, como nos ventiladores ou batedeiras, mas frequentemente permanece um tanto disfarçado, como nos agitadores, esteiras, sistemas de controle de nível e outros. Motores elétricos são encontrados nas mais variadas formas e tamanhos, cada qual apropriado à sua tarefa. • Não importa quanto torque ou potência um motor deva desenvolver, com certeza, existirá no mercado aquele que é mais satisfatório na solução do problema. 2 MOTORES ELÉTRICOS INTRODUÇÃO Alguns motores operam com corrente contínua (CC / DC) e podem ser alimentados quer por pilhas/baterias quer por fontes de alimentação adequadas, outros requerem corrente alternada (CA / AC) e podem ser alimentados diretamente pela rede elétrica domiciliar. Há até mesmo motores que trabalham, indiferentemente, com esses dois tipos de correntes. 3 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS INTRODUÇÃO Motor elétrico é a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica. O motor de indução é o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da utilização de energia elétrica, baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando, com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos, e melhores rendimentos. 4 ACIONAMENTO DE MOTORES 5 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS TIPOS DE MOTORES Motor elétrico é a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica (em geral, energia cinética). Quanto acionamentos industriais, avalia-se que de 70 a 80% da energia elétrica consumida seja transformada em energia mecânica por motores elétricos. ACIONAMENTO DE MOTORES ACIONAMENTO DE MOTORES Perdas Rendimento médio de 80%, cerca de 15% da energia elétrica industrial transforma- se em perdas nos motores. ACIONAMENTO DE MOTORES ACIONAMENTO DE MOTORES Evolução dos motores de indução: A importância destes fatores dependem da utilização a que o motor vai ser sujeito e das possibilidades do investidor. • Fonte de alimentação: DC ou AC, monofásico ou polifásico, tensão, frequência, etc. • Condições ambientais: agressividade, altitude, temperatura, etc. • Exigências da carga e condições de serviço: potência solicitada, rotação, esforços mecânicos, ciclos de operação, etc. • Consumo e Manutenção: varia com os interesses econômicos, perspectiva a curto ou longo prazo. • Controlabilidade: Posição, torque, Velocidade, Corrente de partida (depende das exigências da carga). ACIONAMENTO DE MOTORES Fatores de seleção: MOTORES ELÉTRICOS TIPOS DE MOTORES Motor Síncrono • É um motor elétrico cuja velocidade de rotação é proporcional à frequência da sua alimentação. 11 ACIONAMENTO DE MOTORES • Este motor pode ter seu rotor constituído por um eletroimã e ser alimentado por CC(corrente contínua) ou constituído por imãs permanentes. • Como o campo magnético do rotor independe do campo magnético do estator, quando o campo magnético do rotor tenta se alinhar com o campo magnético girante do estator, o rotor adquire velocidade proporcional a frequência da alimentação do estator e acompanha o campo magnético girante estabelecido no mesmo, sendo por este motivo denominado síncrono. • O aumento ou diminuição da carga não afeta sua velocidade. • Se a carga ultrapassar os limites nominais do motor, este pára definitivamente. MOTORES ELÉTRICOS TIPOS DE MOTORES Motor Síncrono. ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (AC) 13 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS Motores de Corrente Alternada • Motor de indução: Funciona normalmente com velocidade constante, que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas, encontradas na prática. Atualmente, é possível controlarmos a velocidade dos motores de indução com o auxílio de inversores de frequência. ACIONAMENTO DE MOTORES Motores de Corrente Alternada Motor assíncrono Quando os enrolamentos localizados nas cavas do estator são sujeitos a uma corrente alternada, gera-se um campo magnético no estator. Por consequência no rotor surge uma força eletromotriz induzida devido ao fluxo magnético variável que atravessa o rotor. Esta f.e.m. induzida dá origem a uma corrente induzida no rotor que tende a opor-se à causa que lhe deu origem, criando assim um movimento giratório no rotor. MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA) 15 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA) 16 MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS Os motores monofásicos são assim chamados, porque os seus enrolamentos de campo são ligados diretamente a uma fonte monofásica. Os motores de indução monofásicos são a alternativa natural aos motores de indução trifásicos, nos locais onde não se dispõe de alimentação trifásica, como residências, escritórios, oficinas e em zonas rurais. Apenas se justifica a sua utilização para baixas potências (1 a 2 KW). MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA) 17 MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS Tipos de Motores de indução monofásicos: • Motor de Pólos Sombreados; • Motor de Fase Dividida; • Motor de Condensador de Partida; • Motor de Condensador Permanente; • Motor com dois Condensadores. • Motor Universal MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA) 18 MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE FASE DIVIDIDA MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA) MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA) MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICOMOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO 20 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS O motor de indução trifásico é o tipo mais utilizado, tanto na indústria como no ambiente doméstico, devido a maioria dos sistemas atuais de distribuição de energia elétrica serem trifásicos, de corrente alternada. A utilização de motores de indução trifásicos é aconselhável a partir dos 2 KW, para potências inferiores justifica- se o uso de monofásicos. O motor de indução trifásico apresenta vantagens ao monofásico, como o arranque mais fácil, menor nível de ruído e menor preço para potências superiores a 2KW. MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA) MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICOMOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO 21 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS ESTRUTURA DOS MOTORES MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA) MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICOMOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO 22 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS 23 FECHAMENTO DE MOTORES ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES TÓPICOS 1. FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS 2. FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS 24 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS Os motores trifásicos podem apresentar 6 ou 12 terminais, sendo cada par de terminais referente a uma bobina. Os terminais são numerados como a seguir: 25 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS Ligações em estrela ( Y ) e em triângulo Cada bobina do motor trifásico deve receber 220V em funcionamento normal, exceto se for motor especial para alta tensão. O motor de 6 terminais pode ser ligado em 220V ou em 380V; O motor de 12 terminais pode ser ligado em 220V, 380V, 440V, ou 760V. 26 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS A tensão com que se pode alimentar o motor depende da forma como são associadas suas bobinas. Tal ligação pode ser estrela(Y) ou triangulo (∆), sendo que em triângulo, as bobinas recebem a tensão existente entre fases, e em estrela, as bobinas recebem tal tensão dividida por raiz quadrada 3. 27 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS As bobinas do motor de 6 terminais podem ser associadas em triangulo (para funcionar em 220V) ou em estrela (para funcionar em 380V ou para partir em 220V). As bobinas do motor de 12 terminais podem ser ligadas de diversas formas diferentes: Triângulo paralelo (220V) , estrela paralelo (380V), triângulo serie (440V) e em estrela série (760V). Observe-se que em paralelo as tensões são as mesmas do motor de 6 terminais e em série as tensões são dobradas. 28 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS FECHAMENTO EM TRIÂNGULO Na maioria dos casos os motores possuem 6 pontas de cabos em sua caixa de ligação. O fechamento em triângulo proporciona o fechamento na menor tensão suportada, por exemplo: um motor que suporte 380v e 220v o fechamento em triângulo será para o 220v. 29 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS FECHAMENTO EM TRIÂNGULO 30 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS FECHAMENTO EM ESTRELA Como vimos, a maioria dos motores apresentam 6 pontas, e para podermos ligá-lo ao maior nível de tensão disponível, devemos fechá-lo em estrela. Este fechamento é basicamente simples e mais fácil que o triângulo. Veja a seguir, a ilustração deste fechamento. 31 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS FECHAMENTO EM ESTRELA 32 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS Dentre os tipos de motores elétricos disponíveis no mercado um que se destaca é o motor de 12 pontas. este tipo de motor disponibiliza doze terminais de interligação que faz com que possamos alimentá-lo com até quatro níveis diferentes de tensão, por exemplo: • 220V • 380V • 440V • 760V 33 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO EM TRIÂNGULO 34 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS Para cada nível de tensão requerido teremos uma forma de realizar o fechamento de suas bobinas. são basicamente quatro tipos de fechamento, são eles: • DUPLO TRIÂNGULO (220V) • DUPLO ESTRELA (380V) • TRIÂNGULO (440V) • ESTRELA (760V) 35 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO DUPLO TRIÂNGULO Este tipo de fechamento fará com que seja possível a conexão motor na menor tensão suportada por ele, em nosso exemplo 220V. Partindo do pressuposto que independente da tensão de alimentação, o motor de 12 pontas sempre receberá em seus Enrolamentos o mesmo nível de tensão e que em nosso exemplo, cada bobina permanecerá com 220V, temos abaixo o esquema elétrico de um fechamento para a tensão de 220V que por sinal é a menor tensão que este motor suporta: 36 ACIONAMENTO DE MOTORES TEMA 3: MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO DUPLO TRIÂNGULO 37 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO DUPLO ESTRELA Neste fechamento temos a disposição das bobinas do motor a fim de alimentá-lo com uma tensão de 380V. Por se tratar do mesmo motor, temos que levar em consideração que cada bobina do motor elétrico trifásico receberá um nível de tensão de 220V, desta maneira vamos realizar o fechamento considerando as características de Tensão de Fase e Tensão de Linha aplicado aos seu enrolamentos, observe: 38 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO DUPLO ESTRELA 39 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO EM TRIÂNGULO Quando a necessidade é interligar o motor a uma tensão de 440v, então realizamos o fechamento triângulo. Levando em consideração as características apresentadas anteriormente, permitiremos através deste fechamento, que cada um dos enrolamentos receba o mesmo nível de tensão dos fechamentos duplo estrela e duplo triângulo, ou seja, 220v. 40 ACIONAMENTO DE MOTORES TEMA 3: MOTORES ELÉTRICOS Conteúdo 3 – FECHAMENTO DE MOTORES TÓPICO 1 FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO EM TRIÂNGULO 41 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO EM TRIÂNGULO OBS.: • No fechamento em triângulo o motor será configurado, a fim de receber a tensão de 440v, observe que, teoricamente, a tensão de fase seria de 440v, mas o fato de associarmos os enrolamentos em série, permite que esta tensão seja dividida entre os dois enrolamentos, fazendo com que cada um receba 220v 42 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO EM ESTRELA Quando há necessidade de interligar o motor de 12 pontas em um nível elevado de tensão, fazemos o uso do fechamento estrela para o motor de 12 pontas. Levando em consideração as características apresentadas anteriormente, permitiremos através deste fechamento, que cada um dos enrolamentos receba o mesmo nível de tensão dos fechamentos duplo estrela e duplo triângulo, ou seja, 220v. 43 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS FECHAMENTO EM ESTRELA Observe que os conjuntos de bobinas são associados em série, a fim de garantir a distribuição da tensão de fase de forma proporcional a cada uma. 44 ACIONAMENTO DE MOTORES 45 ACIONAMENTO DE MOTORES MANUTENÇÃO DE MOTORES 46 ACIONAMENTO DE MOTORES MANUTENÇÃO DE MOTORES ACIONAMENTO DE MOTORES INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA Todos que trabalham em instalações elétricas, seja na montagem, na operação ou na manutenção, deverão ser permanentemente informados e atualizados sobre as normas e prescrições de segurança que regem o serviço, e aconselhados a seguí-las. Cabe ao responsável certificar-se antes do início do trabalho, de que tudo foi devidamente observado, e alertar seu pessoal para os perigos inerentes à tarefa proposta. Recomenda-se que estes serviços sejam efetuados por pessoal qualificado. Entende-se por pessoal qualificado pessoas que, em função de seu treinamento, experiência, nível de instrução, conhecimentos de normas relevantes, especificações, normas de segurança e prevenção de acidentes e conhecimento das condições de operação, tenham sido autorizadas pelos responsáveis pela realização dos trabalhos necessários e que possam reconhecer e evitar possíveis perigos. MANUTENÇÃO DE MOTORES ACIONAMENTO DE MOTORES INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA Os motores fornecidos são testados e estão em perfeitas condições de operação. As superfícies usinadas são protegidas contra corrosão. A caixa ou container deverá ser checada logo após sua recepção, afim de verificar-se a existência de eventuais danos provocados pelo transporte. Os motores são transportados com um sistema de travamento de eixo para evitar danos aos mancais. Sugerimos que o dispositivo de travamento seja devidamente armazenado para ser utilizado quando o motor necessitar ser transportado INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA ACIONAMENTO DE MOTORES Qualquer não conformidade deverá ser comunicada imediatamente à empresa transportadora, à seguradora e à WEG Máquinas. A não comunicação acarretará a perda da garantia. Ao se levantar a embalagem (ou container) devem ser observados as partes de içamento, o peso indicado na embalagem e a capacidade da talha. Motores acondicionados em engradados de madeira devem sempre ser levantados pelos seus próprios olhais ou por empilhadeira adequada e nunca pelo madeiramento INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA ACIONAMENTO DE MOTORES A embalagem nunca poderá ser tombada. Coloque-a no chão com cuidado (sem impactos) para evitar danos aos mancais. Não retire a graxa de proteção existente naponta do eixo nem as borrachas ou bujões de fechamento dos furos das caixas de ligações. Estas proteções deverão permanecer até a hora da montagem final. INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA ACIONAMENTO DE MOTORES Após o desempacotamento, deve-se fazer uma completa inspeção visual no motor. Para os motores com sistema de travamento de eixo, este deve ser retirado. Para os motores com mancais de rolamentos, deve-se girar manualmente o rotor algumas vezes. Caso se verifiquem danos, comunique imediatamente à empresa transportadora das Máquinas. INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA ACIONAMENTO DE MOTORES ARMAZENAGEM Caso o motor não seja desempacotado imediatamente, a caixa deverá ser colocada em lugar protegido de umidade, vapores, rápidas trocas de calor, roedores e insetos. Os motores devem ser armazenados em locais isentos de vibrações para que os mancais não se danifiquem. Para os motores que possuírem resistências de aquecimento, estas devem estar ligadas. ACIONAMENTO DE MOTORES Qualquer dano à pintura ou proteções contra ferrugens das partes usinadas deverão ser retocadas. Para motores de anéis, as escovas devem ser levantadas, retiradas do alojamento, para evitar oxidação de contato com os anéis quando a armazenagem durar mais que 2 meses. OBS: Antes da entrada em operação, as escovas devem ser recolocadas no alojamento e o assentamento deve ser checado. ACIONAMENTO DE MOTORES ARMAZENAGEM ROLAMENTOS Caso o motor seja colocado em funcionamento em um período de armazenagem menor ou igual a 6 meses, não se faz necessário o controle. Rotacione o rotor mensalmente (manualmente) para uma outra posição. Após 6 meses de armazenagem, antes da entrada em operação, os rolamentos devem ser relubrificados ACIONAMENTO DE MOTORES Caso o motor seja colocado em funcionamento após um período de armazenagem próximo ou maior que 2 anos, os rolamentos deverão ser desmontados, lavados com éter de petróleo e checados. Após a montagem devem ser engraxados segundo ponto. Observar que a graxeira deverá ser esvaziada. ACIONAMENTO DE MOTORES ROLAMENTOS MANCAIS DE DESLIZAMENTO ACIONAMENTO DE MOTORES O desempenho do mancal de deslizamento depende de sua adequada instalação, lubrificação e manutenção. Antes da montagem/ desmontagem do mancal, leia cuidadosamente as instruções. O procedimento referente a montagem e desmontagem de mancais em máquinas elétricas com o rotor já devidamente montado devem ser cumpridos. RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO Quando o motor não é colocado imediatamente em serviço, deve-se protegê-lo contra umidade, temperatura elevada e sujeiras, evitando assim, que a resistência de isolamento sofra com isso. A resistência de isolamento do enrolamento deve ser medida antes da entrada em serviço. Se o ambiente for muito úmido, é necessário uma verificação periódica durante a armazenagem. ACIONAMENTO DE MOTORES É difícil prescrever regras fixas para o valor real da resistência do isolamento de uma máquina, uma vez que ela varia com as condições ambientais (temperatura, umidade), condições de limpeza da máquina (pó, óleo, graxa, sujeira) e qualidade e condições do material isolante utilizado. Considerável dose de bom senso, fruto de experiência, deverá ser usada, para concluir quando uma máquina está ou não apta para o serviço. Registros periódicos são úteis para esta conclusão. ACIONAMENTO DE MOTORES RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO As regras seguintes indicam a ordem de grandeza dos valores que podem ser esperados em máquina limpa e seca, a 40ºC, quando a tensão de ensaio é aplicada durante 1 minuto, fornecida pela curva da figura 2.1, conforme NBR 5383. A resistência Rm do isolamento é dada pela fórmula: Onde: Rm - resistência de isolamento mínima recomendada em Mega Ohm com o enrolamento à temperatura de 40ºC. Un - tensão nominal da máquina, em kV ACIONAMENTO DE MOTORES RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO Se o ensaio for feito em temperatura diferente, será necessário corrigir a leitura para 40ºC, utilizando-se uma curva de variação da resistência do isolamento em função da temperatura, levantada com a própria máquina. Se não se dispõe desta curva, pode-se empregar a correção aproximada fornecida pela curva da figura apresentada, conforme NBR 5383. ACIONAMENTO DE MOTORES RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO MANUTENÇÃO DE MOTORES Motivos que podem avariar o motor elétrico: - Travamento dos rolamentos com consequente queima por sobrecarga. - Sobrecarga no motor e relé térmico mal ajustado ou com defeito. - Falta de fase e novamente as proteções não atuando. - Baixa isolação e disparo a massa por ambiente insalubre ou lavagem da área com água pela operação. - Curto entre espiras por deterioração do verniz isolante. - Disparo à massa por surto de tensão. - Outras. 62 ACIONAMENTO DE MOTORES MANUTENÇÃO DE MOTORES Este tipo de intervenção pode ser realizado fora na empresa, ou por terceiros. - Sacar acoplamento para recolocá-lo no motor reserva. - Análise do motor para comprovação dos motivos da queima para fins de histórico. - Examinar os mancais para verificação de folgas e necessidade de embuchamento de tampas ou metalização do eixo, principalmente nos motores grandes. (motores pequenos trocam-se toda a tampa) 63 ACIONAMENTO DE MOTORES Certos danos ocorridos em motores pequenos, associados à rebobinagem, inviabilizam o conserto do motor como: - Quebra da carcaça ou dos pés do motor. - Embaralhamento das lâminas de silício do estator ou rotor - Eixo quebrado, etc... Neste caso opta-se pela aquisição de um motor novo com as mesmas características. Algumas empresas já optam em não mais rebobinar motores de 1 CV ou menor. MANUTENÇÃO DE MOTORES ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA 65 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES ISOLAÇÃO DOS MOTORES A norma ABNT NBR5383-1 Fev 2002 estabelece que a isolação mínima de um equipamento elétrico para que possa ser ligado sem risco de disparo à massa deve ser: Assim: - para uma tensão de 440 volts, por exemplo, devemos ter no mínimo 1,44 MegaOhms. - para uma tensão de 4160 volts, por exemplo, devemos ter no mínimo 5,16 MegaOhms. Porém em rebobinagem de motores como se utilizam novos materiais, o bobinado será considerado novo após a rebobinagem, então padrões de exigência bem mais elevados são exigidos: -para motores de BT =100 vezes o mínimo estabelecido pela norma: Exemplo: em 440 volts, 144 MegaOhms. -Para motores de MT = 1000 vezes o mínimo estabelecido pela norma: Exemplo: em 4,16 kV, 5160 MegaOhms. MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA 66 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES IMPREGNAÇÃO A VÁCUO Em motores de grande porte (MT) é utilizado o método de impregnação à vácuo, que permite uma isolação de melhor qualidade, desta forma um maior nível de isolação pode ser exigido. Este método é executado com o auxílio de autoclave. Autoclave consiste de um tanque ou reservatório onde o estator é colocado hermeticamente fechado, e com auxilio de uma bomba de vácuo é extraído todo o ar do reservatório. Após a retirada do ar, é aberta a válvula que permite a entrada do verniz isolante preenchendo todos os orifícios do bobinado não permitindo a permanência de nenhuma bolha de ar. Depois o verniz é novamente retirado do tanque e o estator vai para estufa para cura do verniz. MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA 67 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA Os Serviços executados no estator (rebobinagem de bobinas de campo ou interpolos) seguem as mesmas orientações do motor assíncrono de indução. Se o induzido for rebobinado além das orientações sobre isolação se faz necessário o balanceamento sob dois pontos de simetria para eliminar vibrações o rotor. E a usinagem do coletor (alisamento) e rebaixamento da mica isolante entre as aletas do coletor (conforme orientações do fabricante) , troca deescovas com assentamento das mesmas MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA 68 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA 69 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA 70 ACIONAMENTO DE MOTORES MÁQUINAS ELÉTRICAS MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES Esta ordem de serviço de manutenção pode como vimos anteriormente ter origens, motivos geradores. -Troca de rolamentos -Rejuvenescimento do estator (baixa isolação) -limpeza do sistema de ventilação e pintura. Independentemente do motivo original, uma manutenção completa será realizada neste motor, pois mesmo concluída deverá deixar o motor em estado de 0 km, quando deverá ser incluído no almoxarifado aguardando nova oportunidade para trabalhar em outra posição. Crítica ou não. A primeira etapa é remover a tampa traseira, o ventilador, placa de patrimônio e do fabricante, e encaminhar o motor para o jato de areia (micro esferas) e pintura. MANUTENÇÃO PLANEJADA 71 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES Retornado da pintura executa-se a desmontagem do motor, com a remoção das tampas, separando o rotor do estator e lavando todas as peças com um solvente desengraxante que não ataca o verniz isolante do estator. Existem vários fabricantes no mercado que fabricam este produto não inflamável. Duas etapas distintas agora são executadas: Estator e rotor. MANUTENÇÃO PLANEJADA 72 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES REVISÃO DO ESTATOR (MOTOR ASSÍNCRONO): Uma vez lavado e limpo efetua-se a medição da isolação do estator antes de por na estufa a 70ºC, e anota-se. Deixando-o aquecer até o dia seguinte quando se mede novamente a isolação e observa-se a elevação da isolação que normalmente é significativa. Com a isolação elevada e o estator ainda a quente, aplica-se uma camada de verniz isolante para restaurar a degradação do isolamento e repõe-se o estator na estufa agora para secagem do verniz isolante. No dia seguinte retira-se o estator da estufa para esfriar, e com o estator à temperatura ambiente se faz a medição de isolação definitiva. Esta etapa repetirá até se obter a isolação desejada. MANUTENÇÃO PLANEJADA 73 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES ÍNDICES DE ABSORÇÃO E POLARIZAÇÃO Os índices de absorção e polarização medem o envelhecimento da camada de isolação das bobinas do estator e sua medição é obtida com o megômetro da seguinte forma (RIOCELL 1993): MANUTENÇÃO PLANEJADA 74 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES REVISÃO DO ROTOR (MOTOR ASSÍNCRONO): Lavados e limpos, os rolamentos são extraídos, com auxílio de um saca-polia ou extrator hidráulico e sucateados. Uma vez requisitados os novos rolamentos os mesmos são aquecidos em panela de óleo quente ou aquecedor indutivo, sempre observando para que a temperatura não ultrapasse 70ºC para não danificar a graxa (rolamento blindado) e o próprio rolamento e colocados com as mãos sobre o eixo, sem necessidade de esforço. MANUTENÇÃO PLANEJADA 75 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES Devem ser observados periodicamente os seguintes itens: -Anotar na planilha de inspeção dados característicos do motor para feedback, como tag, número elétrico e número de inventário do mesmo. -Lubrificar os rolamentos do motor periodicamente, de acordo com intervalos e quantidades de graxa recomendados pelo fabricante, definido pelas dimensões do rolamento, desde que o mesmo possua tubulação de renovação/evacuação de excesso de graxa. Motores de menor potência, com rolamentos de menores dimensões são fabricados com blindagem, e com graxa suficiente no seu interior para a vida útil estimada do mesmo. MANUTENÇÃO PREVENTIVA 76 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES Periodicamente os motores elétricos em operação devem ser revisados através de um plano de inspeção para garantir a continuidade do processo produtivo. Neste plano devem ser revisados os seguintes itens: MANUTENÇÃO PREDITIVA NÃO INSTRUMENTALIZADA: -Verificar a temperatura do motor tocando a mão na carcaça do mesmo para constatar que o mesmo não está acima de 70ºC (temperatura máxima recomendada pelo fabricante da graxa, pois acima de 70º o óleo se separa do sabão). Observação: se suportar manter a mão sobre o motor por alguns segundos, a temperatura está abaixo dos 70ºC. Se alguma alteração for observada, uma ordem de serviço corretiva planejada, para a limpeza do sistema de ventilação ou solução do problema deverá ser emitida, com prioridade de acordo com a criticidade do equipamento. -Auscultar os rolamentos do motor elétrico com auxílio de uma ferramenta rígida, ou estetoscópio, para verificar o seu estado e estimar sua vida útil restante. Esta estimativa de vida útil se dá através do desenvolvimento dos sentidos do inspetor e dos conhecimentos adquiridos através da experiência. MANUTENÇÃO PREDITIVA 77 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES MANUTENÇÃO PREDITIVA NÃO INSTRUMENTALIZADA: MANUTENÇÃO PREDITIVA 78 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES MANUTENÇÃO PREVENTIVA INSTRUMENTALIZADA: -Verificar a temperatura da carcaça do motor medindo a mesma com um pirômetro digital para constatar que a mesma não está acima de 70ºC (temperatura máxima recomendada pelo fabricante da graxa, pois acima de 70º o óleo se separa do sabão). Se alguma alteração for observada, uma ordem de serviço corretiva planejada, para a limpeza do sistema de ventilação ou solução do problema deverá ser emitida, com prioridade de acordo com a criticidade do equipamento. - Inspecionar o estado dos rolamentos medindo o nível de ruído dos rolamentos, com auxílio de um medidor digital de vibração. Analisar as leituras e estimar a vida útil restante. A utilização e interpretação dos dados obtidos através do medidor de vibração dependem de cursos específicos, aliados a experiência do inspetor. MANUTENÇÃO PREDITIVA 79 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES MANUTENÇÃO PREVENTIVA INSTRUMENTALIZADA: MANUTENÇÃO PREDITIVA 80 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA Os motores de corrente contínua devem receber o mesmo tratamento dos motores assíncronos trifásicos, porém, um item a mais s inspecionar são o comprimento das escovas, a existência de faiscamento e o estado da “Patina”. Patina é o filme que a escova forma sobre o anel coletor e é responsável pela comutação de modo que não haja o mínimo atrito entre escova e coletor na comutação. MANUTENÇÃO PREDITIVA 81 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES COMUTAÇÃO A Comutação depende da temperatura em que é realizada, do sistema de ventilação, da densidade de corrente que percorre as escovas e tipo de escova a ser utilizada. A escova não pode ser muito abrasiva para não riscar o coletor e não muito macia para não se desgastar muito rápido. Deve trabalhar dentro da densidade de corrente para a qual foi fabricada. (ver especificação do fabricante). O sistema de ventilação forçada deve introduzir sobre o comutador ar quente, não úmido, nem contaminado. O sentido de circulação do ar deve ser sempre contrário, ou seja, entrar do lado contrário do motor e sair do lado da comutação. De modo que o ar aqueça enquanto percorre o interior do motor. As tampas laterais do motor do lado da comutação normalmente são substituídas por tampas de acrílico, que permitem a inspeção das escovas e comutação com o motor em funcionamento. A comutação bem feita é facilmente percebida, pois sobre o anel coletor forma-se o filme escuro, bem fino, uniforme e sem ricos. MANUTENÇÃO PREDITIVA 82 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES COMUTAÇÃO MANUTENÇÃO PREDITIVA83 ACIONAMENTO DE MOTORES MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES O método mais comum de monitoramento é o controle da temperatura das bobinas do estator do motor através de sensores tipo PT100 inseridos no bobinado. A Elevação da temperatura fará atuar o alarme de sobreaquecimento e até mesmo desligar o motor. MANUTENÇÃO DETECTIVA 84 ACIONAMENTO DE MOTORES Referências Bibliográficas: - ALMEIDA, Jason E. de. Motores elétricos. 3 ed. Editora Hemus. - ELETROBRÁS. Guia Operacional de Motores Elétricos versão 1.1 – 1998. - KOSOW, Irving L. Máquinas elétricas e transformadores. Editora Globo. - SIMONE, Gílio Aluísio. Máquinas de Indução Trifásicas. Editora Érica. - SIMONE, Gílio Aluísio. Máquinas de Corrente Contínua. Editora Érica. ACIONAMENTO DE MOTORES
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