limitações a propriedade

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As limitações ao direito de propriedade visam o equilíbrio entre os princípios constitucionais do direito a propriedade e do meio ambiente equilibrado. Nesse diapasão, essas duas vertentes da nossa Carta Magna parecem colidir-se a medida em que o capitalismo prega a ideia de desfrute, sem limitações de negócios e empreendimentos de forma livre e autônoma, por outro lado, o os princípios de proteção ao meio ambiente trazem a doutrina de cuidado e preservação e limitações a isso a medida que o meio ambiente é um interesse difuso, visando o bem da coletividade e neste caso são normas cogentes das quais o Estado deve cumprir afim de alcançar os objetivos previstos em lei. Em se tratando de legislação Constitucional a respeito de limitações a propriedade temos alguns normas a destacar, sendo elas: 
1) no artigo 5º, XXIII, diz que a propriedade atenderá a sua função social; 2) ao dar à função social da propriedade o status de pilar da ordem econômica, em seu artigo 170, III; 3) no artigo 182, §2º da CR/88, estabelece a política de desenvolvimento urbano e, 4) no artigo 186 estabelece critérios para o atendimento da função social pela propriedade rural.
Ademais, no arcabouço do direito ambiental as limitações à propriedade são elementos inerentes à própria propriedade, ou seja, não basta ao proprietário atentar para os limites negativos de seu direito, não basta que se abstenha de realizar toda e qualquer conduta que contrarie as impropriamente denominadas restrições à propriedade. Mais do que isso, é indispensável que realize todo um conjunto de atividades destinadas a permitir que os valores sociais relevantemente presentes na propriedade sejam efetivados.