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1 Gabriel da Silva Freitas Materiais de construção 1 PROVA 1: ............................................................................................................................. 2 Capítulo 1 – A ciência e a engenharia de materiais: ............................................................... 2 Capítulo 6 – Estrutura atômica e molecular dos materiais: .................................................... 5 Capítulo 8 – Propriedades físicas e mecânicas dos materiais: .............................................. 10 Capítulo 10 – Microestrutura dos materiais metálicos (PARTE 1): ....................................... 14 PROVA 2: ........................................................................................................................... 15 Capítulo 10 – Microestrutura dos materiais metálicos (PARTE 2): ....................................... 15 Capítulo 11 – Microestrutura dos materiais cerâmicos: ....................................................... 18 Capítulo 18 – Produtos de cerâmica vermelha: ..................................................................... 20 Capítulo 19 – Materiais cerâmicos para acabamentos e aparelhos:.................................... 23 PROVA 3: ........................................................................................................................... 24 Capítulo 12 – Microestrutura dos polímeros: ........................................................................ 24 Capítulo 21 – Vidros na construção civil: ............................................................................... 27 Capítulo 44 – Tintas na construção civil: ............................................................................... 31 Capítulo 34 – Madeiras na construção civil: .......................................................................... 36 2 PROVA 1: Capítulo 1 – A ciência e a engenharia de materiais: A ciência é o corpo de conhecimentos sistematizados que, adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, são formulados metódica e racionalmente. Já a engenharia pode ser entendida como a atividade em que se realiza a aplicação de métodos científicos ou empíricos à utilização dos recursos da natureza em benefício do ser humano. A partir do estudo da estrutura dos materiais, a ciência pôde adquirir um maior conhecimento no que se refere às suas propriedades, possibilitando assim uma melhor compreensão de materiais como ferrosos, orgânicos e cerâmicos, sendo esses alguns dos mais utilizados na construção civil. Com isso, a ciência abriu portas tanto para a obtenção de respostas relacionadas ao material estudado, como para possíveis melhorias do mesmo. A Ciência e Engenharia dos Materiais (CEM) foi o nome dado ao ramo associado à geração e aplicação de conhecimento que relaciona composição, estrutura e processamento dos materiais às suas propriedades e usos. A CEM e a Ciência e Engenharia do Meio Ambiente (CEMA) se relacionam com o estudo do destino dado às sucatas/resíduos dos produtos após o seu uso. A matéria prima bruta (carvão, minérios, planta...) passa por um processo de extração ou refino para chegar na matéria prima básica (metais, papel, cimento...), em seguida, são processadas e transformadas em matéria prima industrial (ligas, tecidos, plásticos...) para então passarem por um processo de montagem, se tornarem bens de consumo (carros, prédios, equipamentos...) e serem utilizadas, chegando assim no estado de sucata ou resíduo, que se não forem recicladas, são descartadas na terra, fechando assim o ciclo dos materiais. A partir da microestrutura dos materiais, é possível classifica-los em três grandes grupos: Cerâmicos, metálicos e polímeros. Três outros grupos também importantes são o dos compósitos, dos semicondutores e dos biomateriais. I. Os metais são compostos de combinação de elementos metálicos que possuem grande quantidade de elétrons livres, não ligados a qualquer átomo em particular, constituindo-se na denominada nuvem eletrônica com o 3 compartilhamento de elétrons entre átomos vizinhos. Possuem ligação metálica, são bons condutores elétrico e térmico, são muito resistentes e deformáveis (tração ou compressão), oxidam, ou seja, são uma boa combinação de resistência e tenacidade (resistência à fratura frágil). II. As cerâmicas são formadas por espécies químicas metálicas e não metálicas, com ligações iônicas e covalentes (com predominância da ligação iônica) com elétrons ligados em posições definidas e fixas. Possuem uma enorme resistência mecânica, pois os átomos não podem se deslocar de suas posições originais. Por isso, apresentam baixa deformação antes da ruptura (são frágeis), são estáveis a altas temperaturas, resistem ao ataque químico e são um bom isolante elétrico. Grande parte das cerâmicas são cristalinas. III. Os polímeros, macromoléculas orgânicas formadas a partir da união de substâncias simples (monômeros), possuem ligação covalente e podem ter ligações secundárias (forças de Van Der Waals), possuem baixa resistência tanto a raios UV como a forças mecânicas, porém, são mais baratas e menos densas, são ainda dúcteis e isolantes térmico e acústico. IV. Os compósitos são a união de dois ou mais materiais com o objetivo de se obter propriedades especiais não apresentadas isoladamente pelos seus componentes. V. Os semicondutores são materiais que tem, em sua composição, elementos como silício e germânio (principais), formam ligações covalentes semelhantes à dos materiais cerâmicos, podem ser considerados como uma subclasse dos materiais cerâmicos, pois suas propriedades mecânicas são muito próximas. Possuem características elétricas e isolantes, além de serem muito sensíveis à pequenas concentrações de átomos de impureza. VI. Os biomateriais são utilizados em implantes no corpo humano, com o propósito de substituir a parte danificada (ossos principalmente). Os materiais empregados são todos os apresentados até o presente momento. Os materiais podem ser classificados em quatro níveis: • Naturais: materiais pouco modificados, tais como: madeira bruta, diamantes, cobre... • Desenvolvidos empiricamente: materiais melhorados a partir de experimentação por tentativa e erro: ferro fundido, cerâmicas, vidro... 4 • Desenvolvidos com conhecimento científico: materiais desenvolvidos e melhorados a partir de aplicações de descobertas: ligas de alumínio, titânio, aço inoxidável... • Projetados: fabricados a partir de uma necessidade específica e não mais a partir de estudos referentes as propriedades e estrutura dos materiais: semicondutores, vidros metálicos... Sem investimento maciço nos setores de infraestrutura, saneamento e habitação, o Brasil não conseguirá se encontrar listado no ranking dos cinquenta países com o maior índice de desenvolvimento humano (IDH), consequentemente, a qualidade de vida da sociedade brasileira não se elevará. 5 Capítulo 6 – Estrutura atômica e molecular dos materiais: A estrutura de um material pode ser dividida em quatro níveis: estrutura atômica, arranjo atômico, microestrutura e macroestrutura. Os elétrons são os mais afastados no núcleo, afetando assim a maioria das propriedades de interesse da engenharia, como: propriedades químicas, a natureza das ligações Inter atômicas, características mecânicas e de resistência, controlam o tamanho do átomo e afetam a condutividade elétrica dos mesmos, além de influenciar nas características óticas. O nível quântico ocupado por cada elétron pode ser expresso da seguinte forma (do menor nível energético para o maior): K (suporta 2 elétrons), L (suporta 8 elétrons), M(suporta18 elétrons), N (suporta 32 elétrons), O (suporta 18 elétrons), P (suporta 8 elétrons) e Q (suporta 2 elétrons). Os subníveis quânticos, para cada nível quântico (também do menor nível energético para o maior) são os chamados S (suporta 2 elétrons), P (suporta 6 elétrons), D (suporta 10 elétrons), F (suporta 14 elétrons). As ligações primárias (mais fortes) são divididas em três tipos: iônicas, covalentes e metálicas. • Ligação iônica: é uma ligação forte, se dá pela atração entre os íons de carga contrária, cátions (carga positiva) e ânions (carga negativa), é a maior energia de ligação. Os materiais iônicos, quando submetidos a esforços mecânicos que ultrapassam sua capacidade de resistência, normalmente, se comportam de maneira frágil, sendo pouco dúcteis, ou seja, com pouca deformação antes da ruptura. • Ligação covalente: considerada forte, elementos com este tipo de ligação compartilham elétrons, ao invés de doar ou receber, para se tornarem estáveis. Materiais providos com este tipo de ligação, geralmente, são pouco dúcteis e têm baixa condutividade elétrica, a exemplo tem-se: muitos dos materiais cerâmicos, polímeros e semicondutores, que podem ser constituídos totalmente ou parcialmente deste tipo de ligação. • Ligações metálicas: também considerada uma ligação forte, neste caso, os elétrons de valência são liberados para que o elemento entre em equilíbrio, formando assim a chamada “nuvem eletrônica” e tornando-se assim íons 6 positivos. Os materiais providos deste tipo de ligação, em geral, possuem boa ductilidade e são bons condutores de eletricidade. • As ligações secundárias não possuem divisão no presente estudo, sendo elas as forças de Van Der Waals: Juntam as moléculas e átomos por meio de atrações eletrostáticas relativamente fracas, ou seja, dá-se por meio de atração de cargas opostas, com a diferença de que neste caso não há transferência de elétrons. Os três tipos destas ligações são: moléculas polares, dipolos induzidos e pontes de hidrogênio. O espaço Inter atômico, que é a distância de equilíbrio entre os átomos, é (para metais sólidos), igual ao diâmetro do elemento em questão, já para elementos com ligações iônicas, este espaço é igual à soma dos raios iônicos dos elementos estudados. A energia de ligação é a energia mínima necessária para criar ou quebrar ligações. A ligação que necessita de uma maior quantidade de energia para ser quebrada é a iônica, seguida da covalente, metálica e por fim, forças de Van der Walls. A seguir é possível observar um pequeno resumo contendo as principais características de alguns dos materiais já apresentados: MATERIAIS TIPO DE LIGAÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS Metais Metálica. Apresentam elevadas ductilidade e condutividade elétrica e térmica. Os elétrons livres transferem, com facilidade, carga elétrica e energia térmica. Cerâmicos e vidros Iônica e covalentes fortes. Apresentam baixa ductilidade, além de serem duras e frágeis. Possuem baixa condutividade térmica e elétrica. Não existem elétrons livres. Podem ser pouco dúcteis, em geral, são pobres condutores 7 Polímeros Covalentes, mas podem ter secundárias. elétricos. Se existirem ligações secundárias, sua ductilidade aumenta bastante, mas acabam tendo uma queda de resistência e de ponto de fusão Semicondutores Covalentes, mas podem ter iônicas. Possuem baixa ductilidade (em geral) e condutividade elétrica, fato causado por suas ligações. Abaixo tem-se o tetraedro com a distribuição relativa dos tipos de ligação: Os arranjos atômicos, que são responsáveis pela formação dos materiais, podem ser divididos em três tipos: estrutura molecular, cristalina e amorfa. A característica dos materiais de estrutura molecular (agrupamento de átomos) é a de apresentar forças de atração intramoleculares muito fortes (em geral por ligações covalentes, mas que podem ter iônicas) e forças intermoleculares ao nível de ligações secundárias (fracas). Os polímeros representam parte significativa neste meio. As cadeias poliméricas podem ser: lineares (junção de vários meros), ramificadas (substituindo um átomo da linear por uma nova cadeia) e cruzadas (a partir da união de cadeias lineares adjacentes). Uma estrutura pode ser chamada de cristalina quando existe uma organização na disposição espacial dos seus átomos, sendo assim, o conceito de cristalinidade se aplica 8 a uma estrutura interna que possui um arranjo atômico ordenado e repetitivo nas três dimensões de uma unidade básica, chamada de célula unitária (pequeno volume que contém todas as características encontradas no cristal como um todo). O reticulado cristalino nada mais é do que um conjunto de átomos distribuídos uniformemente no espaço. Para identificar uma estrutura cristalina são necessárias as dimensões da estrutura e os ângulos formados por essas dimensões. O arranjo atômico ordenado e regular acabou por propiciar o surgimento de células unitárias com uma forma geométrica definida, são elas: cúbica, tetragonal, hexagonal, ortorrômbico, romboédrico, monoclínico, triclínico. Ainda há variações destes sete tipos, alguns com um átomo no centro na célula (corpo centrado) e outros com um átomo em cada face (face centrada). A alotropia ou polimorfismo é o termo dado a capacidade que um sólido cristalino possui de assumir diferentes arranjos cristalinos, mantendo sua composição química (grafita e diamante). O amorfismo diz respeito as estruturas internas “sem forma”, tal como os gases, líquidos e sólidos não cristalinos, materiais amorfos não possuem célula unitária, pois não possuem organização bem definida. Os sólidos amorfos são considerados estruturas não cristalinas, possuindo uma ordenação apenas em pequenas distâncias. Um material amorfo é capaz de se “organizar” a medida em que o mesmo consegue tempo o suficiente para isso, coisa que em um brusco resfriamento (para a mudança de estado físico) não é possível, já que os átomos tem de se rearranjarem rapidamente. Com isso, resfriar este material, a partir de uma redução gradual na temperatura, é a melhor forma de conseguir tempo suficiente para que o mesmo possa adquirir algum nível de organização, amenizando assim a situação estrutural do seu arranjo (antes desorganizado). A distinção de fases é muito mais difícil de ser observada em materiais amorfos, justamente por sua falta de organização em grande escala. As soluções sólidas em metais podem ser do tipo substitucional ou intersticial (soluções sólidas são as responsáveis por fazer com que materiais possam adquirir características que agregam, de forma positiva, a sua usabilidade). • A solução sólida substitucional ocorre quando o átomo do soluto se assemelha ao átomo do solvente (em dimensão e estrutura eletrônica). Essa substituição pode ser realizada enquanto o limite de solubilidade do solvente não for atingido. 9 • Uma solução intersticial ocorre quando novos átomos do soluto são inseridos na matriz do solvente (entre os átomos), para que isso seja possível, os átomos do soluto devem ter uma dimensão igual ou menor do que a dos átomos do solvente. O limite de solubilidade do solvente é, novamente, o fator determinante no que se refere a quantidade de átomos de soluto máxima, inserida, suportada pelo sistema. Materiais cristalinos, apesar de muito bem organizados, não são estruturas perfeitas, essa imperfeição (defeito) pode ser de caráter pontual, de linha (ou discordância) ou ainda de superfície (ou planares). • Os defeitos pontuais são imperfeições localizadas no reticulado cristalino que, em geral, decorrem da movimentação dos átomos, graças a energia ganha após o material sofrer aquecimento, uma outra causa pode ser a de um empacotamentoimperfeito durante a cristalização (resfriamento brusco). A substituição ou inserção de átomos em uma solução sólida também é um tipo de defeito pontual, uma vez que esses átomos diferem dos átomos presentes na matriz da estrutura. • As discordâncias tem forte relação com as deformações plásticas permanentes, uma vez que, como novas células unitárias são acrescidas à estrutura (não uniforme), pontos de tração e compressão poderão ser observados, esses pontos causarão uma menor ou maior ductilidade ao material (naquela parte da estrutura), o que fará com o restante do mesmo não consiga acompanhar o ritmo de alguns átomos, assim fazendo com que a estrutura se rompa em certos pontos após um certo uso. • Defeitos de superfícies ocorrem nas fronteiras do material, como os átomos desse material (no limite da fronteira) são ligados à átomos somente em um lado, os mesmos possuem uma maior energia, por não a estarem gastando com ligações, por isso são, normalmente, mais reativos que a parte interna. 10 Capítulo 8 – Propriedades físicas e mecânicas dos materiais: A propriedade de um material diz respeito ao tipo e à intensidade de uma resposta a um estímulo específico imposto ao mesmo. São a partir das propriedades de um material que a sua utilidade na engenharia se torna aplicável, tendo em vista que, para a sua aplicação na engenharia, um determinado material deve apresentar características adequadas a uma dada situação. O engenheiro deve conhecer as propriedades físicas dos materiais, a fim de saber a sua adequada utilização de acordo com as exigências de uma dada construção. Para o caso da condução elétrica, faz-se necessário que o material utilizado apresente uma baixa resistividade, como é o caso do cobre. 1. Massa específica: A massa específica é uma propriedade física de grande importância na engenharia. Essa propriedade tem uma influência significativa do núcleo do átomo, estrutura química, organização molecular e da eficiência do empacotamento. Para se calcular, de fato, a massa específica de um dado material, se faz necessário, primeiramente, saber que, todo material possui “vazios” e que esses vazios devem ser considerados durante todo o processo de cálculo, a partir da equação mostrada a seguir, é possível se calcular a massa unitária do material analisado (sólido + vazios). Logo, tem-se que: MU = μ = 𝒎 𝒗𝒔+𝒗𝒗 Onde: MU (μ) = Massa unitária; m = Massa do sólido; vs = volume do solido; vv = volume ocupado pelos “vazios”. 11 Sendo assim, a massa específica de um dado material é dada por: ME = μ1 = 𝒎 𝒗𝒔 Onde: ME (μ1) = Massa específica; m = Massa do sólido; vs = volume ocupado pelo sólido. 2. Resistividade: (questão certa na prova) A resistividade é uma propriedade elétrica fundamental para as aplicações da engenharia, ela indica a resistência à passagem da corrente elétrica através de um corpo. A equação que descreve essa propriedade é dada por: ρ = 𝑹𝑨 𝑰 Onde: ρ = Resistividade; R = Resistência; A = Área da seção reta perpendicular à corrente elétrica; I = Distância entre dois pontos onde é medida a voltagem. A expansão térmica está relacionada com a contração e expansão sofrida por um sólido. Seu valor numérico é dado por: 12 αL = ∆𝒍 𝒍∆𝑻 Onde: αL = Expansão térmica linear; l = Comprimento inicial do sólido; ∆T = Variação de temperatura. O coeficiente de Poisson, que é a razão entre a deformação lateral do sólido e a deformação axial do mesmo é dado por: ν = - 𝜺𝒙 𝜺𝒚 Onde: ν = coeficiente de Poisson; 𝛆x = deformação lateral (eixo x), dado por: ∆d/di. 𝛆y = deformação axial (eixo y), dado por: ∆l/li. A plasticidade está relacionada a deformação permanente que ocorre nos materiais devido à ruptura das ligações intermoleculares, cujas deformações subsequentes são permanentes, ou seja, não desaparecem após a retirada da carga. A partir do ponto onde a ocorrência acima é concretizada, não é mais possível haver uma relação de proporcionalidade entre a tensão aplicada e a deformação observada, sendo assim, para estes casos, a lei de Hooke não é mais válida. Abaixo é possível observar algumas das principais características do gráfico tensão x deformação: 13 A ductilidade é uma propriedade importante para os materiais, uma vez que, quando maior for essa ductilidade, maior será a capacidade desse material de se deformar antes de se romper. Tenacidade é a propriedade mecânica representada por toda a área sob a curva do gráfico tensão x deformação, ela é, portanto, a capacidade total que um determinado material possui de absorver anergia antes da ruptura. A resiliência é uma outra propriedade de grande importância na engenharia, ela é representada por toda a área sob do regime elástico. Nos materiais que não apresentam patamar de escoamento, a tensão de escoamento corresponde àquela que provoca uma deformação permanente igual a 0,2% (ou 2 por mil). Fadiga é termo dado à ruptura de um dado material devido a milhares ou milhões de repetições de carregamento (mesmo essas repetições não saindo da fase elástica). 14 Capítulo 10 – Microestrutura dos materiais metálicos (PARTE 1): O diagrama de fases (ou digrama de equilíbrio) é um gráfico conciso, que fornece muitas informações sobre a estrutura das fases existente para uma liga específica. O calor latente é a energia térmica absorvida ou cedida por um material durante a sua mudança de estado físico. 15 PROVA 2: Capítulo 10 – Microestrutura dos materiais metálicos (PARTE 2): Os principais objetivos dos tratamentos térmicos são: remoção de tensões, aumento ou diminuição de dureza, aumento da resistência mecânica, melhoria da ductilidade, usinabilidade, resistência ao desgaste, propriedades de corte, resistência a corrosão e calor, modificação das propriedades elétricas e magnéticas. O recozimento de ligas ferrosas é o termo dado a um tratamento térmico no qual o material é exposto a uma alta temperatura, por tempo prolongado, e em seguida resfriado lentamente. É mais utilizado para o alívio de tensões, modificações de propriedades mecânicas (resistência, ductilidade e tenacidade). O processo de recozimento é composto por três estágios: aquecimento, encharcamento (manutenção na temperatura) e resfriamento (geralmente até a temperatura ambiente). O recozimento abrange diferentes tratamentos específicos: • Recozimento pleno: aquecimento do aço, acima da zona crítica, até a solubilização do carbono ou elementos de liga de ferro gama, seguido de resfriamento lento. É muito utilizado em aços com baixo e médio teor de carbono que serão submetidos a usinagem ou a alguma operação de deformação plástica. Os constituintes deste tratamento são: perlita e ferrita, para os hipoeutetóides, perlita, para os eutetóides, e perlita e cementita, para os hipereutetóides. • Recozimento isotérmico: muito utilizado em substituição ao recozimento pleno, pois requer um menor tempo de processamento. O processo consiste em aquecer o aço, nas mesmas condições do recozimento pleno, após isso, é necessário resfria-lo um pouco mais rapidamente até a temperatura dentro da porção superior de transformação isotérmica e em seguida resfriá-lo até atingir a temperatura ambiente. Os constituintes para este tratamento são: perlita e ferrita, para os hipoeutetóides, perlita, para os eutetóides, e perlita e cementita, para os hipereutetóides. Este tipo de tratamento é muito bom para peças pequenas, sendo mais fácil de ser realizado (por conta do tempo) e deixando a estrutura final mais uniforme. Em peças com uma dimensão maior,o resfriamento rápido, para se 16 chegar à temperatura de transformação, muitas das vezes é muito baixa, não possibilitando o resfriamento rápido do centro da peça. • Recozimento para alívio de tensões: utilizado em peças com médio e alto teor de carbono, visto que, são mais difíceis de serem usinadas. Neste processo, o aço é aquecido até uma temperatura abaixo do limite inferior da zona crítica, seguido de resfriamento uniforme e controlado (ar), tem o objetivo de aliviar tensões causadas por processos anteriores, como usinagem e soldagem. • Têmpera: responsável por dar ao aço uma maior dureza consiste no aquecimento do aço até a sua temperatura de austenitização (815ºC a 870ºC), seguido de resfriamento rápido, fazendo com que os grãos de austenita não voltem a ser ferrita e perlita, mas sim martensita (rearranjando dos átomos), aumentando a tensão do aço e o deixando mais duro, esse resfriamento brusco dependerá do teor de carbono, da presença de elementos de liga de aço, das dimensões e da forma da peça. As ligas ferrosas são aquelas onde o ferro é o principal constituinte, são melhores de serem usadas, pois sua principal composição é abundante no planeta, são divididas de acordo com o teor e carbono e demais elementos presentes em sua composição. O aço inox é um dos exemplos mais importantes desta categoria, pois oxidam a uma taxa muito baixa. O cromo presente neste material é de fundamental importância para que este tipo de aço possa manter o seu brilho persistente, já que, quando em contato com o oxigênio presente no ar, este cromo acaba por formar uma camada protetora extremamente fina, porém funcional, fazendo assim com que o aço inox seja impermeável à água e ao ar. Quando esta fina película é danificada, rapidamente se regenera, pois o cromo presente no aço acaba por ficar exposto novamente ao oxigênio, formando assim o óxido de cromo, responsável pela regeneração na camada passiva. O ferro fundido pode ser compreendido como uma liga ferro-carbono-silício contendo teores de carbono superiores a 2,14%. 17 Os ferros fundidos cinzentos (2,5% a 4% de C) apresentam fácil fusão (todo ferro fundido é possui uma temperatura de fusão menor que a do aço), resistência mecânica, boa moldagem, excelente usinabilidade, resistência a desgaste e boa capacidade de amortecimento (vibracional por exemplo). Os ferros fundidos nodulares se assemelham a certos tipos de aço, são mais resistentes e dúcteis que os ferros fundidos cinzentos. Os ferros fundidos brancos apresentam uma composição de silício e carbono, com maior predominância deste último, estes elementos combinados com um tempo específico de resfriamento são os meios mais utilizados para a produção deste tipo de ferro. Possuem uma elevada quantidade de cementita, o que lhe garante uma grande dureza e resistência ao desgaste, mas torna a sua usinabilidade mais complicada. Cinzento Nodular Branco O cobre e suas ligas são muito utilizados por conta da sua resistência a corrosão, água do mar e atmosfera. A maioria das ligas de cobre não podem obter uma melhor resistência ou serem endurecidas por meio de tratamentos térmicos. Já o alumínio é muito utilizado com conta da sua alta condutividade elétrica e térmica, porém um dos empecilhos é a sua baixa temperatura de fusão (cerca de 660ºC), assim como o cobre, para melhorar as suas propriedades mecânicas o alumínio deve sofrer deformação plástica a frio mediante a formação das ligas, mas acabam diminuindo a sua resistência à corrosão. 18 Capítulo 11 – Microestrutura dos materiais cerâmicos: Materiais cerâmicos são basicamente formados por compostos de materiais metálicos e um dos seguintes não-metais: O, S, N, C, P. Si e Al são os materiais base para cerâmicas. Os materiais cerâmicos mais frequentes são constituídos de óxidos, nitretos e carbetos. A maior parte das fases cerâmicas é cristalina, no entanto, existem também materiais cerâmicos com estrutura amorfa, como os vidros. Por conta da sua estrutura e ligações químicas (covalente iônica) os materiais cerâmicos apresentam uma grande resistência à compressão, alta dureza, alta estabilidade química e térmica (alto ponto de fusão), porém são frágeis, possuem baixa condutividade elétrica e térmica. São mais difíceis de cristalizar que os materiais metálicos, implicando em uma maior complexidade na sua estrutura cristalina. Silicatos são materiais compostos essencialmente por silício e oxigênio, são os principais responsáveis pela resistência mecânica de compósitos preparados com o cimento Portland. A estrutura de todos os silicatos consiste em quatros íons de oxigênio nos vértices de um tetraedro regular em volta do íon de silício tetravalente, as forças que unem esses átomos são intermediárias entre as ligações iônicas e covalentes. O quartzo é um dos minerais, termodinamicamente, mais estável, porém quando submetido a um processo de metamorfismo, acaba por deixar o seu reticulado cristalino tensionado. Silicatos do Cimento Portland (anidros e hidratados): Aglomerantes podem ser definidos como todo material com propriedades coesivas e adesivas capaz de unir agregados de modo a se formar um conjunto de fragmentos compactos. Os aglomerantes são divididos em dois tipos: hidráulicos (endurecem pela ação da água) e aéreos (endurecem pela ação do CO2 no ar). O Cimento Portland é um aglomerantes hidráulico tendo como matéria prima o calcário, minério de ferro e argila, que após extraídas são armazenadas e homogeneizadas, na moagem produz um material muito fino chamado de farinha ou cru, que é levado ao forno a uma temperatura de 1450ºC para que a mistura venha a se fundir formando o clínquer (componente básico de qualquer cimento, possibilita o endurecimento e ganho de resistência quando em contato com a água), após o resfriamento é adicionado uma 19 pequena quantidade de gesso (sulfato de cálcio) ao clínquer para controlar o tempo de enrijecimento do mesmo (tempo de pega), em seguida a mistura é finamente moída. O clínquer (cimento anidro), em termos de óxidos, é formado por: CaO, SiO2, Al2O3, Fe2O3 dentre outros. As principais fases do clínquer são conhecidas como: Alita, Belita, Aluminato e Ferrita. Nomenclatura: ❖ C = CaO ❖ S = SiO2 ❖ A = Al2O3 ❖ F = Fe2O3 ❖ H = H2O Alita (C3S) é um silicato tricálcio, Ca3SiO5 (ou 3CaSiO2) é o constituinte mais importante do clínquer (dentre os outros é o de maior velocidade de endurecimento), com ocorrência de 50% a 70%. Sua composição, geralmente, é de 72% de cálcio e 25% de SiO2. Em contato com a água, a Alita (que possui maior solubilidade) dá origem aos silicatos de cálcio hidratados de composição variável (C-S-H), pobremente cristalino, porém constituindo-se no principal responsável pela resistência do cimento nos primeiros anos. A portlandita (Ca(OH)2) é o principal responsável pela manutenção do PH da pasta, ela também provem da hidratação da Alita, portanto, dessa hidratação surge C-S-H (61%) e CH (39%). Belita (C2S) é um silicato dicálcico, Ca2SiO4 (ou 2CaOSiO2), possuindo de 15% a 30% de clínquer. Esse silicato é composto por 63% de CaO e 31% de SiO2. Assim como a Alita, na hidratação, este também forma C-S-H (82%) e CH (18%), porém como sua reação com a água é mais lenta, acaba por não contribuir muito para a resistência do material nos primeiros anos de uso, sendo mais importante na idade mais avançada. Aluminato (C3A) consiste na fase aluminado tricálcico, Ca3Al2O6 ou 3CaAl2O3, é a chamada fase intersticial. Representa de 5% a 10% do clínquer. Reage rapidamente com a água (super bonder) dando origem aos aluminados de cálcio hidratados (C-A-H), ou em conjunto com sulfatos formam os trisulfoaluminato de cálcio hidratado (etringita). Ferrita (C4AF) ferroaluminato tetracálcico, Ca2AlFeO5ou 4CaOAl2O3Fe2O3, também é considerado uma fase intersticial, representa cerca de 5% a 15% do clínquer, não tendo uma velocidade uniforme no que se diz respeito a reação com a água (C-A-F- H). 20 Capítulo 18 – Produtos de cerâmica vermelha: As cerâmicas são obtidas a partir de uma massa a base de argila, submetida a um processo de secagem lenta e, após a retirada de grande parte da água cozida em temperaturas elevadas. Para a comprovação das propriedades de uma dada cerâmica se faz necessário realizar testes por meio de ensaios de caracterização, com o objetivo de verificar se o material a ser utilizado possui as propriedades necessárias para se sua moldagem e secagem. Em ensaios de caraterização realizados diretamente na matéria-prima temos as técnicas para identificação dos argilominerais em argilas ou massas. Um método rápido e preciso é o da fluorescência de raios X, no entanto é muito caro. Por isso, faz-se uso da técnica de difração de raio x, a análise térmica e a microscopia ótica. A difração de raios X é um método de identificação de elementos contidos na argila baseado nos picos registrados em um difratograma. A termogravimetria é um ensaio complementar a ATD (análise térmica diferencial), consiste na determinação da variação de massa da amostra em função do acréscimo de temperatura ao longo do tempo. Para caracterizar uma argila, é necessário analisar a sua distribuição granulométrica (estado de agregação das partículas), importante na resistência mecânica e na textura do material. A plasticidade é uma outra característica importante de ser analisada, uma vez que ela é fundamental para saber o quanto aquele material consegue se deformar antes de romper suas ligações, ainda mais por conta da extrusão realizada para moldar a argila, se a mesma não possuir uma certa plasticidade, poderá trincar ou não adquirir forma. Em ensaios de caraterização realizados em corpos de prova, novamente com o objetivo de identificar se o material possui as propriedades necessárias para a moldagem e secagem de produtos cerâmicos. Os ensaios usuais são: umidade de conformação, determinação de contração linear, massa específica, porosidade, resistência à flexão e absorção de água após a queima. O processo começa com a determinação do teor de água da argila, moldando pequenos corpos de prova colocados em uma estufa até reduzirem a sua umidade para cerca de 1%, em seguida são queimados com uma temperatura constante (150ºC/h) até atingirem de 800ºC a 1000ºC, quanto maior a temperatura, maior resistência e menor a 21 porosidade, no entanto, maior será o consumo de energia e o custo de produção, além de existir o perigo da argila atingir a sua temperatura de fusão. A umidade de conformação corresponde ao menor teor de umidade possível para que a argila mantenha a sua forma depois de passar pela extrusora, sem apresentar fissuras ou defeitos aparentes. A contração linear nada mais é do que determinar as dimensões da peça ao longo de todo o processo de fabricação, desde o corpo de prova até depois da queima. A massa específica é determinada pós a extrusão, ou compactação, após a secagem e após a queima. A tensão de ruptura à flexão é realizada por meio de um ensaio com dois pontos de apoio. O processo de fabricação da cerâmica vermelha é separado em cinco parte: preparação da massa, moldagem, secagem, queima e resfriamento. Na preparação da massa, um sazonamento é feito de modo a retirar os minerais presentes na argila, através de uma alta exposição à água, seguida de mistura e homogeneização. É conveniente misturar dois ou mais tipos de argila de modo a suprir ao máximo as deficiências presentes, pois desse modo, uma complementa a outra. A moldagem das peças é feita a partir de extrusão ou prensagem, sendo a última mais utilizada na moldagem de telhas. No processo de secagem é necessário que o teor de água seja reduzido aos poucos de modo a não causar fissuras ou deformações na peça. Nesse processo ocorre a migração da água para o exterior, de modo que o calor gerado pela evaporação da água faça com que a superfície da peça seque mais rapidamente que seu interior. Desse modo, a concentração não uniforme é algo que aumenta ainda mais a chance de o componente vir a adquirir fissuras e/ou deformações. A concentração para extrusão é de 3% a 8% e para prensagem é de 0,5%. A velocidade de secagem dependerá da temperatura, umidade, tamanho da peça, granulometria e direção da incidência do ar sobre o componente moldado. Essa secagem pode ser artificial (cerca de 3 dias) com o uso de estufas ou câmaras de alvenaria, ou por secagem natural (10 a 30 dias), realizada por meio de estocagem em locais protegidos da chuva. A etapa de secagem das peças é de grande importância na produção da cerâmica vermelha, pois interfere na qualidade final dos produtos. Sem o devido controle, o processo de secagem pode provocar elevados gradientes de umidade no interior do bloco, gerando defeitos irreversíveis como trincas e deformações. 22 Na queima, a argila sofre mudanças irreversíveis na sua estrutura. Até os 150ºC ocorre a evaporação da água livre, desta até atingir 600ºC ocorre a perda de água adsorvida (água presa as moléculas), de 800ºC a 1100ºC ocorre a oxidação e vitrificação do material cerâmico. Fatores como: velocidade de acrescimento de temperatura, manutenção de temperatura e resfriamento (8 a 24 horas) são fundamentais para que se obtenha um produto de boa qualidade. Os principais componentes cerâmicos são: blocos maciços e blocos cerâmicos. O primeiro componente possui uma maior resistência a compressão, porém absorvem muita água (15% a 25%). Os blocos cerâmicos são divididos em duas categorias: blocos de vedação e blocos estruturais, sendo o primeiro projetado para aguentar somente o peso da alvenaria que lhe faz parte (furos em sentido horizontal ou vertical), enquanto o segundo tem a função de suportar toda a carga prevista na estrutura (furos em sentido vertical). 23 Capítulo 19 – Materiais cerâmicos para acabamentos e aparelhos: Os revestimentos cerâmicos, se bem fabricados e aplicados, são antialérgicos, tornam o material mais fácil de limpar, revestem este material com uma película que o protege contra fogo e possuem baixa condutividade térmica. As principais matérias primas utilizadas para revestir um material cerâmico são: feldspato, calcário e quartzo. Quanto mais fina a película, maior a área superficial e mais eficiente será a sinterização. A granulação errada fará com que a resistência do material caia, o tempo necessário para prensar o mesmo aumente e o número de peças produzidas despenque. É importante trabalhar sempre com o material de um mesmo lote a fim de evitar problemas, pois cada lote fora fabricado de uma forma diferente, mesmo que mínima, interferindo assim na homogeneidade das cerâmicas utilizadas. Para uma correta especificação da peça cerâmica e assim saber se a mesma se encaixa nos padrões do projeto, devem-se realizar ensaios nessas peças. Saber o quando de água a peça absorveu é uma das etapas mais importantes dessa especificação, sendo essa feita da seguinte forma: a peça, depois de seca em uma estufa, é pesada para depois ser encharcada com água e novamente pesada. A avaliação da abrasão sofrida pelo material cerâmico esmaltado é realizada através uma metodologia desenvolvida pela PEI, essa metodologia separa o esmalte a ser aplicado, variando de 0 (pior esmalte) até 5 (melhor esmalte). Uma outra classificação muito importante na aplicação de placas cerâmicas é a de remoção de manchas, que varia de 5 (mais fácil) a 1 (impossível de limpar), quanto mais lisa e menos porosa, maior será a facilidade de se limpar a peça cerâmica. 24 PROVA 3: Capítulo 12 – Microestruturados polímeros: Polímeros são macromoléculas constituídas de cadeias formadas pela repetição de uma unidade básica denominada “mero”. Polimerização são as reações químicas intermoleculares pelas quais os monômeros são ligados. O grau de polimerização representa a quantidade de meros existente em uma molécula. Uma molécula é dita saturada quando todas as ligações nela presente são simples. Os átomos modificadores de cadeia servem para dar a molécula uma determinada propriedade, a exemplo tem-se o cloro, que juntamente com átomos de carbono e hidrogênio formam o PVC (policloreto de vinila). Quando se tem a repetição de um único mero dizemos que este forma um homopolímero, quando há a repetição de dois ou mais meros dizemos que esta estrutura é um copolímero (união de vários comonômeros). Quanto a estrutura das macromoléculas pode-se dizer que os homopolímeros não possuem classificação, já os copolímeros podem ser classificados em: • Alternado: quando há a alternação uniforme dos comonômeros; • Em bloco: junção de um conjunto de comonômeros iguais, alternados uniformemente por outro conjunto de um outro comonômero; 25 • Grafitizado ou enxertado: grupos de um mesmo comonômero “enraizados” em um conjunto maior de um outro comonômero; • Estatístico: conjunto de comonômeros em grande desorganização; Com relação a polimerização temos que esta pode ser dividida em dois tipos: • Adição (processo em cadeia com três etapas reacionais): macromolécula formada por monômeros sem perda de moléculas (não há resíduos); • Condensação: macromolécula formada a partir de monômeros polifuncionais, com perca de pequenas moléculas (há resíduos). Polímeros termoplásticos: polímeros que, ao serem aquecidos, amolecem e, ao resfriarem, retomam a rigidez inicial. Podem ser produzidos por meio de extrusão, injeção ou sopro. Estes polímeros possuem ligações físicas intermoleculares fracas (forças de Wander Waals) e são materiais recicláveis. Polímeros termorrígidos ou termofixos: reagem quimicamente, formando ligações cruzadas entre as cadeias, e se solidificam. Não amolecem com o 26 aumento de temperatura, chegando a degradar se forçados a amolecer. Não são recicláveis e possuem ligações intermoleculares fortes (covalentes). 27 Capítulo 21 – Vidros na construção civil: Entende-se por vidro um produto fisicamente homogêneo obtido através do resfriamento de compostos inorgânicos após um processo de fusão, estes compostos acabam por resfriar de modo a não desenvolverem cristais através de um aumento contínuo de viscosidade. O vidro possui um grande uso na engenharia civil, graças as características que o mesmo possui, a exemplo temos: sua durabilidade, dureza, impermeabilidade, transparência, capacidade de ser produzido a partir de uma matéria prima abundante no planeta (sílica), e ser 100% reciclável. É possível notar que um vidro resfriado lentamente possui uma densidade maior se comparado a um vidro que sofreu um resfriamento brusco, isso se deve ao fato de átomos presentes no produto possuírem um maior tempo para se rearranjarem, tomando, portanto, uma forma mais organizada, porém não adquirindo uma cristalização da sua estrutura. No processo de fabricação do vidro, a superfície sempre esfria mais do que o interior da peça, sendo assim, esta camada externa acaba por ocupar um maior volume (resfria rapidamente), enquanto o seu interior acaba por ocupar um menor volume, já que os átomos ali presentes adquiriram um maior tempo para conseguirem organizar a sua estrutura. Sendo assim, por conta dessa diferença de volume, surgem tensões de compressão na superfície e de tração no interior, que poderão ser suficientes para fazer com que o vidro se quebre antes mesmo de ser utilizado. Deve-se realizar um recozimento para aliviar as tensões adquiridas durante o processo de fabricação, recozimento esse que deve possuir sofre um resfriamento lento para garantir que não haverá tensões residuais. Através de um resfriamento brusco na superfície do vidro, durante o processo de recozimento, é possível se obter vidros temperados. O uso da têmpera dará ao material uma maior dureza, porém fará com que o mesmo perca grande parte de sua ductilidade, desta forma, possuirá tensões permanentes de compressão na sua parte externa e de tração no seu interior, no entanto, isso dificultará a propagação das trincas no material e aumentará a sua resistência, quando comparado com o vidro recozido. O vidro a base de sílica pura (areia) possui excelentes qualidades, porém o custo de produção envolvido é muito alto já que, a matéria prima bruta deve ser aquecida a uma temperatura altíssima (cerca de 2000°C) para que ocorra uma fusão homogênea do mesmo, sendo assim, é conveniente fazer uso de aditivos (óxidos modificadores de 28 cadeia) que diminuam este ponto de fusão, a fim de reduzir ao máximo os custos para a produção de um vidro de melhor qualidade. Pode-se classificar os vidros a partir de sua composição química, sendo essas: • Sodo-cálcico: São utilizados na fabricação de vidros para janelas, em embalagens, indústria automobilística, na construção civil e na indústria de eletrodomésticos; • Boro-silicato: utilizado em utensílios domésticos; • Ao chumbo: dão mais brilho, utilizados na fabricação de copos, taças, cálices e peças artesanais; • Aluminoborossilicato: utilizados na fabricação de vidros cerâmicos, fibras de vidro e tubos de combustão. Como já tipo, o vidro a base de material sodo-cálcico é, também, utilizado para a confecção de vidros para janelas. Ele pode ser obtido através do processo de fabricação float ou estirado, podendo assim ser transformado em um vidro temperado, curvo, laminado, espelhado, dentre outros. Um vidro que possui em sua composição química o sodo-cálcico possui vários componentes, os principais são: • Um vitrificante: a sílica na forma de areia (SiO2); • Um fundente: diminui a temperatura de fusão, pode ser a base de soda ou potássio, na forma de sulfato ou carbonato; • Estabilizante: Cal, na forma de carbonatos. Processo de fabricação do vidro float: Diferente do vidro estirado (plano), no qual o processo baseia-se no estiramento contínuo do material, inicialmente vertical, de espessura regular e com suas faces polidas, o vidro float possui um método de produção muito mais eficiente, visto que, o produto final possui um nível de irregularidade muito baixa, se comparado com o do vidro plano, pois, para que a matéria prima bruta fique “perfeitamente plana” os fabricantes usam a diferença de densidade entre os componentes ao seu favor. Sabe-se que líquidos buscam sempre se manter planos independente da condição na qual se encontram, sendo assim, utilizar um líquido como uma grande mesa “perfeitamente plana” foi a ideia que os desenvolvedores do processo tiveram a fim de garantir que o vidro não adquirisse as grotescas irregularidades de uma mesa convencional. O líquido utilizado no processo é o estanho, elemento que possui uma maior densidade que a matéria prima bruta do vidro float, sob uma atmosfera controlada. 29 O vidro é obtido por meio do escoamento da mistura vitrificante sobre uma base de estanho líquido. Assim que a fina camada de vidro é formada sobre este estanho, se faz necessário manter a temperatura a cerca de 1100°C, para que qualquer tipo de irregularidade adquirida ao longo do processo possaser minimizado. Para a produção do vidro float alguns estágios devem ser cumpridos: • Forno de fusão: a mistura dos componentes do vidro deve ser posta no forno, por meio de correias transportadoras, e levadas a uma temperatura de até 1600°C para que a massa fique bem homogênea; • Banho float: A massa é derramada em uma “piscina” de estanho líquido, sobre o qual, por diferença de densidade, flutua. A espessura do vidro é definida nesta parte do processo; • Galeria de recozimento: a folha de vidro é resfriada de maneira controlada até 120°C, sendo então preparada para o corte; • Inspeção automática: antes de ser cortada, a lâmina de vidro passa por uma inspeção a fim de detectar possíveis falhas e fazer um refugo (descarte), quando necessário. • Recorte, empilhamento e armazenagem. Após todos estes processos, o vidro pode ainda sofrer beneficiamentos, como: têmpera, furação, opacação, dentre outros. Na construção civil são utilizados vários tipos de vidros, abaixo serão citados alguns deles: • Vidro float incolor: é utilizado como base para a produção em grande escala dos vidros coloridos, laminados e reflexivos; • Vidro float colorido ou absorvente: processo de produção idêntico ao do float incolor, com a diferença de que são adicionados minerais específicos para dar a tonalidade desejada a peça. A principal finalidade deste vidro é a de reduzir a transmitância solar, reduzindo o ganho de calor e ofuscando o interior do edifício; • Vidro temperado: fabricação que consiste no uso da têmpera, obtida a partir de um aquecimento gradativo, seguido de um resfriamento rápido através de jatos de ar. Por conta de o vidro ser um mau condutor, somente a sua superfície adquire 30 dureza, já que ela é a parte na qual resfria mais rapidamente, deixando o centro da peça com as moléculas menos rígidas; • Vidro laminado: compostos por duas ou mais lâminas de vidro coladas por filmes de policarbonato de polivinil (PVB). Para garantir a conexão filme-vidro, o mesmo acaba por sofrer um tratamento térmico sob pressão; • Vidros metalizados ou reflexivos: são produzidos tendo como base o vidro float incolor ou colorido. Estes vidros tem como finalidade absorver comprimentos de onda específicos, para assim vir a atingir a cor requerida. Para isso, óxidos de metais específicos são lançados na superfície da placa, em um processo conhecido como “pulverização catódica”, que nada mais é do que produzir elétrons muito energizados e faze-los colidir com a placa. • Vidro aramado: possui uma resistência menor que a do temperado, porém é considerado de segurança. É um vidro impresso translúcido ou colorido, com uma malha metálica em seu interior que lhe garante resistência a corrosões, ao fogo e não produz estilhados, pois essa malha acaba por “segurar” os cacos de vidro em sua estrutura. FAZER O CÁLCULO DE ESPESSURA DO VIDRO 31 Capítulo 44 – Tintas na construção civil: Quando seca e curada, a tinta camada sobre a superfície que a protege do ingresso de agentes agressivos ao seu interior, além de ser utilizado como meio de se adquirir um certo perfil estético. Com o passar dos anos, a necessidade de se obter um produto que agrida cada vez menos o meio ambiente ficou fez com que novas tecnologias fossem desenvolvidas. A principal delas é a formulação de produtos com um menor teor de VOC (compostos orgânicos voláteis) ou isentos deste tipo de emissão. De modo geral as tintas são constituídas de 4 componentes: resina, pigmento, solvente e aditivo. Porém, nem sempre todos os aditivos se encontram presentes nas tintas, a exemplo dos vernizes, que por serem translúcidos, não possuem pigmento. • Resina: é a parte não volátil da tinta (não evapora em temperatura ambiente), o desempenho da pintura, ao longo do tempo na qual a mesma fica exposta ao meio externo. A resina proporciona funções, na superfície do material, tais como: propriedades mecânicas (tração e elasticidade), resistência ao intemperismo (água, poluentes, radiação UV...), resistência química (alcalinidade de argamassa), aderência, dentre outras. • Pigmentos: Podem ser orgânicos e inorgânicos (TiO2), coloridos, brancos ou pretos. São praticamente insolúveis, geralmente possuem partículas muito pequenas, na casa dos nanômetros. São utilizados para dar cor, opacidade e aumentar a durabilidade da tinta (proteger o substrato) por meio do seu poder de reflexão de luz. O óxido de alumínio, pigmento com maior dureza, é utilizado para dar a tinta uma maior resistência a abrasão. • Solvente: É um veículo volátil, tem como objetivo dissolver a resina, dando a viscosidade adequada para a sua aplicação, resistência a abrasão, influindo na secagem, na espessura e no nivelamento. A tinta látex tem como solvente a água. Os solventes mais comuns, utilizados em tintas são: hidrocarbonetos alifáticos, acetatos entre outros. • Aditivos: são espécies químicas adicionadas em pequena quantidade que modificam determinadas características da tinta. Alguns aditivos podem, por exemplo, garantir ao material uma resistência maior a agentes biológicos, outros ajudam no processo de secagem da tinta, ou até mesmo evitam que a mesma fique com bolhas. 32 A partir da concentração volumétrica de pigmentos pode-se chegar à conclusão que quanto maior a quantidade de pigmento presente na tinta, menos brilhosa essa tinta será, porém mais barata também. Abaixo tem-se o percentual de PVC presente em cada tipo de tinta: I. Alto brilho --------- 10% a 15% II. Semi brilho -------- 15% a 30% III. Acetinado ----------- 30% a 35% IV. Fosco --------------- 35% a 45% Tanto o acetinato quanto a tinta fosca são tintas látex PVA (poliacetato de vinila). Quanto mais PVC, menos brilho e menos empolamento a tinta terá, assim como sua resistência a tração e alongamento e mais permeável a tinta será. As tintas e vernizes podem ser classificadas de acordo com a sua composição química: • Base solvente: produtos que contem ou são diluíveis em solventes orgânicos; • Base água: produtos diluíveis ou dispersos em água. O sistema de pintura é composto não só pela tinta de acabamento, mas sim por fundos e líquidos preparadores de paredes, massas e pôr fim a tinta de acabamento. • Fundo: pode ser dividido em dois, selador (pigmentado, geralmente branco ou cinza) e fundo preparador de superfície (não pigmentado), é recomendado de se usar esta última caso a superfície esteja friável (partículas com pouca coesão), para dar coesão a estas partículas. Caso a superfície já tenha uma coesão adequada, usa-se o selador para reduzir a absorção de tinta pela argamassa. Esta etapa é destinada a primeira ou mais demãos sobre a superfície. Em caso de aplicação em materiais metálicos deve-se fazer uso do primer, onde entram pigmentos anticorrosivos; • Massa: produto pastoso que serve para corrigir as irregularidades da superfície já selada. Deve ser aplicada uma fina camada para evitar fissuras e reentrâncias. A massa pode ser acrílica ou látex, esta última sendo mais recomendada para o uso da tinta látex e a primeira para a tinta acrílica, no entanto, nada impede que se inverta a ordem, já que a massa acrílica é mais difícil e cara de ser aplicada, pois não possui um grande potencial de aderência; 33 • Lixamento: a realização desta etapa é importante para garantir que a tinta de acabamento adquira uma maior adesão a massa; • Tinta de acabamento: parte visível do sistema de pintura. Apresenta as propriedades que se deseja, inclusive a questão de tonalidade. Os tipos de resina mais importantes para a obtenção de um produto de sistema de base aquosa são: • PVA (poliacetato de vinila), que são de base aquosa e termoplásticos São recomendados para aplicações em interiores; • Acrílico: recomendadas para uso em interior e exterior.Utilizada em alvenaria, metais (esmalte) e madeira (tinta a óleo). As tintas também podem ser classificadas em látex acrílico e PVA. Normalmente as tintas látex são comercializadas de acordo com a sua qualidade, esta que pode ser: Econômica, Standart e Premium, sendo que estas ainda podem ser subdivididas em semibrilho, acetinato ou fosco. Como já dito, são recomendadas para aplicações em superfícies interiores e exteriores de alvenarias à base de cal e cimento, gesso, bloco de concreto e cerâmicas não vitrificadas. O gesso, por ser pulverulento (que pode ser reduzido a pó), liso e absorvente, deve receber uma camada de fundo preparador de massa e ser pintado com tinta látex fosca (PVA). As tintas látex acrílica, geralmente, apresentam uma maior resistência a aderência (por isso é mais difícil de ser aplicada), maior durabilidade, resistência a água e à alcalinidade, se comparadas as tintas látex PVA. As tintas látex PVA apresentam uma maior porosidade, menor resistência a alcalinidade e uma menor aderência, consequentemente possuem uma maior facilidade de aplicação, esta é recomendada para ambientes internos com pouca agressividade. A recomendação é de que, para este tipo de tinta, a repintura seja feita a cada cinco anos. De um modo geral o acabamento fosco é recomendado para uso com fins decorativos, já que não oferece uma proteção muito eficaz ao substrato, este tipo de acabamento possui uma maior capacidade de esconder imperfeições. Com relação aos fundos acrílicos é possível afirmar que um fundo sem pigmento (fundo preparador de superfície) está sujeito a uma maior penetração de corpos externos, por isso é mais recomendado para aumentar a coesão entre as partículas. Já o fundo pigmentado (selador) é recomendado para reduzir e uniformizar a absorção de corpos 34 externos pela superfície. Ambos os fundos possuem um potencial de secagem rápida, sendo possível a aplicação da tinta de acabamento no mesmo dia. As massas niveladoras possuem basicamente a mesma ideia dos fundos apresentados acima, podem ser divididas em massa corrida e acrílica, sendo esta última utilizada para ambientes tanto internos como internos, mas é preferível o seu uso em ambientes internos, enquanto a massa corrida é recomendada apenas para ambientes internos. Com condições normais de umidade e temperatura, estas massas possuem uma secagem rápida, sendo possível tanto o lixamento como a aplicação da tinta de acabamento no mesmo dia. Os vernizes acrílicos são recomendados para uso em superfícies de concreto, possuem base água e solvente e são resistentes a intempéries e alcalinidade. Os sistemas alquídicos (álcool + ácido) são constituídos de resinas alquídicas, estas resinas são a evolução da tinta a óleo, um grande ponto negativo deste sistema é que, assim que aberta a embalagem, ao reagir com o oxigênio, a mesma acaba por entrar em um processo de endurecimento. A resina alquídica possui uma baixa resistência a alcalinidade, a imersão em água e a solventes fortes, esta resina possui um grande teor de VOC (componentes orgânicos voláteis). O esmalte sintético é recomendado para superfícies metálicas, madeiras e alvenaria a base de cimento e cal, concreto. Este tipo de esmalte é ótimo para ambientes não agressivos e deve ser aplicado em superfícies bem secas. Quando em contato com superfícies molhadas, o esmalte se descola do concreto ou reboco, pois são saponificantes. Na saponificação os ácidos do esmalte reagem com os hidróxidos de cálcio, formando manchas, descolando e deixando o esmalte pegajoso. A secagem é mais lenta, não permite uma outra demão no mesmo dia. O primer (fundo anticorrosivo) é um fundo preparador de superfície utilizado em peças metálicas, como deve ser aplicado diretamente no material, deve conter pigmentos anticorrosivos. O grau de proteção varia de acordo com a quantidade de pigmento presente. A massa deve ser aplicada após o primer. O verniz sintético é utilizado para aplicação em superfícies de madeira, a película expõe o substrato, deixando a mostra os nós e veios naturais da madeira. Possui um processo de secagem lento. A película formada não protege a madeira contra radiação solar, por isso é recomendado que se use este verniz em interiores. Nos sistemas dos bicomponentes tem-se: 35 • Tinta e verniz epóxi: são usadas em madeira e concreto, principalmente em pisos, recomenda-se usar em interiores, já que o material não reage muito bem aos raios ultravioleta, perdem brilho e amarelam. Neste tipo de tinta e verniz tem-se dois componentes, um primeiro componente é a base pigmentada ou o verniz, enquanto a outra serve como um agente de cura (endurecedor). • Tinta e verniz poliuretânica: recomendado para ser utilizado em ambientes externos já que possuem tanto boa resistência a abrasão como química e solar. Sua desvantagem é o alto custo, no entanto possui um ótimo custo-benefício, já que apresenta uma menor permeabilidade, protegendo o substrato de uma melhor forma. 36 Capítulo 34 – Madeiras na construção civil: As células do câmbio se reproduzem, algumas mantendo o caráter maristemático outras regenerando a casca ou formando a madeira. As células do câmbio seguem dois esquemas de especialização: um para Coníferas e um para as Dicotiledônias. • Coníferas: distinguem-se em duas formações básicas: traqueídes e raios medulares (células radiais). O primeiro pode constituir até 95% da madeira, são células alongadas e que se comunicam por meio de válvulas nas pontas, possuem a função de conduzir a seiva bruta. Os raios medulares são um conjunto de células alongadas achatadas, dispostos horizontalmente, da casca à medula. • Dicotiledôneas: distinguem-se em três formas básicas: vasos, fibras e raios medulares. Os vasos são células alongadas (menores), arredondadas e vazadas, podem constituir até 50% da madeira, se comunicam de forma igual aos traqueídes. As fibras são fechadas, porém não maciças, são responsáveis pela resistência mecânica e a pela rigidez. Os raios medulares já foram explicados anteriormente. Os chamados “lúmens” nada mais é do que os espaços internos vazios presentes na madeira. Com relação a umidade da madeira, tem-se que a madeira se encontra verde quando a mesma ainda contém moléculas de água presentes nos lúmens. Após cortada a árvore vai perdendo umidade, até chegar ao ponto de possuir água somente no seu interior, desconsiderando os vazios, neste ponto a madeira encontra-se saturada e pronta para o corte. O PS (ponto de saturação) geralmente ocorre quando o tronco chega a uma umidade contida em um intervalo que varia de 20% a 30% (referencial de 25%). O nível de umidade de equilíbrio (UE) depende tanto da umidade relativa do ar (URA) como da 37 temperatura (T), a norma trabalha com uma umidade de igual a 12%, porcentagens inferiores são conseguidas a partir do uso de câmaras de vácuo ou estufas.
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