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Câncer de pele e a importância dos fotoprotetores na sua prevenção
O câncer da pele é a neoplasia de maior incidência em várias partes do mundo e também no Brasil. Há evidências de tendência de aumento da morbidade e mortalidade por câncer da pele. Essa tendência ascendente pode ser atribuída a múltiplos fatores como mudança de hábito da população em relação à proteção mecânica e exposição solar cotidiana, aumento da incidência dos raios ultravioleta, valorização estética do bronzeamento da pele e principalmente ao aumento da exposição à radiação ultravioleta (Bardini et al,2012).
O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e no mundo, e corresponde a 27% de todos os tumores malignos do País, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da Saúde.
Segundo o Inca, O do tipo melanoma (forma mais grave do tumor) ocorre mais raramente e pode levar à morte. Já o não melanoma (tumor maligno com baixa taxa de mortalidade) é mais frequente em ambos os sexos e menos grave, mas pode causar deformações no corpo.
O câncer de pele melanoma tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina) e é mais frequente em adultos brancos. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Já câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, porém, se não tratado adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas (INCA,2019).
LEITE, Samantha; SILVA, Rayne; SANTOS, Josiane. Orientador DREHER, Ana 
PROJETO INTERDISPLINAR
Introdução
Metodologia
Busca Virtual na base de dados Google Acadêmico, Scielo, revisão de artigos e revisão de documentos explicativos desenvolvidos pelo INCA (instituto nacional de câncer).
Radiação UV
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelos fotodanos cutâneos. Na prática, é comum separarmos a radiação UV em três partes: UVC,UVB e UVA (ARAÚJO,2008).
A região UVC é também conhecida como região germicida ou bactericida, possui energia elevada e é altamente lesiva ao homem, com efeitos carcinogênicos e mutagênicos. É absorvida em sua maioria pela camada de ozônio. As radiações UVB, embora de menor comprimento de onda e com menor poder de penetração na pele, são as mais energéticas. Devido à sua alta energia, são os responsáveis pelos danos agudos e crônicos à pele, tais como manchas, queimaduras descamação e câncer de pele (ARAÚJO,2008).
Já as radiações UVA, de maior comprimento de onda, são menos energéticas e 600-1000 vezes menos eritematógenos que os UVB e penetram mais profundamente na pele. As radiações UVA originam radicais livres oxidativos, sendo responsáveis pelo envelhecimento cutâneo precoce (fotoenvelhecimento) por doenças de fotossensibilidade e também contribuem para o desenvolvimento do câncer (ARAÚJO,2008).
Protetores Solares
Filtros solares são preparações para uso externo ou tópico, que atenuam a radiação ultravioleta (UV) antes que esta penetre na pele ( Toffeti,2006).
A qualidade de um fotoprotetor depende de seu fator de proteção solar (FPS) e de suas propriedades fisico-químicas (formação de uma película ideal sobre a pele, estabilidade, baixa hidrossolubilidade e hipoalergenicidade) (Toffeti,2006).
Os protetores solares podem ser físicos ou químicos (Toffeti,2006).
A determinação do FPS (fator de proteção solar) é realizada através da relação que compara o tempo necessário para a radiação ultravioleta (UV) provocar uma reação eritematosa mínima (DEM) em pele com filtro solar, em relação à mesma pele não protegida pelo filtro. A resultante é uma medida de tempo em minutos e não de potência (TOFFETI,2006).
FPS= DEM pele protegida
DEM pele não protegida
Como exemplo tem-se: se um indivíduo pode ficar ao sol por dez minutos sem nenhuma proteção, com filtro de FPS 15 este tempo irá se prolongar 15 vezes. Isto é, 150 minutos (duas horas e trinta minutos)(TOFFETI,2006).
Fator de Proteção Solar (FPS)
O fator de proteção solar ou FPS vem descrito na embalagem dos protetores e consiste em um método bem aceito mundialmente para a avaliação da eficácia. Baseia-se na habilidade de proteger contra o eritema solar (vermelhidão após a exposição solar) e se expressa por meio de um número (COSTA,2012).
Tabela 1: Relação entre o fator de proteção solar e a porcentagem de radiação eritematosa absorvida 
Fonte: Adaptado de Toffeti,2006
Produtos com alto FPS (10 a 25 vezes mais protetores) são sempre mais aceitáveis do ponto de vista cosmético, ainda que pessoas com pele naturalmente mais escura possam ser protegidas de forma adequada com níveis mais baixos (FPS 5 a 10). No entanto, o tempo de exposição deveria ser limitado até quando o filtro solar é utilizado, uma vez que doses de radiação ultravioleta recorrentes podem também resultar em efeitos cutâneos adversos em longo prazo (TOFFETI,2006).
Segundo Toffeti (2006), indivíduos que têm hábito de exposição frequente à radiação ultravioleta durante a infância, aos 21 anos já apresentam sinais de danos na pele. Aos 40 anos, virtualmente todas as pessoas tem sinais de fotoenvelhecimento que podem ser:rugas, manchas, ressecamento e espessamento da pele, lesões cutâneas e em alguns casos câncer da pele. 
Em 2015, foi realizado no Juazeiro do Norte (CE) um estudo entre universitários sobre a utilização de fotoprotetores, onde foram distribuídos questionários para 283 pessoas, 102 de sexo masculino (36%) e 181 feminino (64%).
Apenas 48 % afirmaram utilizar fotoprotetores com frequência.
85% afirmaram a importância da utilização do mesmo, enquanto 15% discordam, banalizando seu uso (Silva,2015).
Conclusão
A exposição a radiação ultravioleta emitida pelo Sol se mostra como principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele, ainda mais quando iniciada ainda na infância. Os fotoprotetores tem papel importantíssimo na atenuação dessa exposição e apresentam grande eficácia. Mesmo diante destas informações o uso destes fotoprotetores ainda é banalizado e ignorado por muitas pessoas, o que provoca aumento de casos de câncer de pele na população.
1 ARAUJO T. S de, et al. PROTETORES SOLARES E OS EFEITOS DA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA. Scientia Plena. Vol 4, Num 11. 2008
2 SILVA, André L. Araújo et al. A IMPORTÂNCIA DO USO DE PROTETORES SOLARES NA PREVENÇÃO DO FOTOENVELHECIMENTO E CÂNCER DE PELE. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, Juazeiro do Norte, v. 3, n. 1, p. 3-8, ago. 2015.
3 BARDINI, Gabriela. Avaliação do conhecimento e hábitos de pacientes dermatológicos em relação ao câncer da pele. Arquivos Catarinenses de Medicina, Santa Catarina, v. 41, n. 2, p. 56-63, jan. 2012.
4  COSTA, Caroline Sousa. Epidemiologia do câncer de pele no Brasil e evidências sobre sua prevenção. Diagn Tratamento, São Paulo, v. 4, n. 17, p. 206-208, jan. 2012.
5 INCA, 2019
6 TOFETTI, Maria Helena de Faria Castro. A importância do uso do filtro solar na prevenção do fotoenvelhecimento e do câncer de pele. – Revista Científica da Universidade de Franca, Franca, v. 6, n. 1, p. 59-66, abr. 2006.
Referências
Figura 1: tipos de protetores solares
Leite,2021
Bloqueadores Químicos
Absorvem a Radiação Solar, tornando-a menos energética
Bloqueadores Físicos
Refletem a radiação solar

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