Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução à leitura e produção textual De acordo com a gramática de Faraco e Moura (1997): Interpretar significa explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. Ou seja: • Através do texto, infere-se que; • É possível deduzir que; • O autor permite concluir que; • Qual é a intenção do autor ao afirmar que. Compreender significa intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito. • O texto diz que; • É sugerido pelo autor que; • De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação; • O narrador afirma que. As tipologias textuais fundamentais para a vida acadêmica do educando, a saber: descrição, narração e dissertação. Pontuação e suas definições- a pontuação não é apenas um mero recurso utilizado por quem fala, servindo simplesmente para imitar a entonação oral. Seu objetivo maior é, além de ordenar a frase escrita, ser responsável por orientar o leitor, para que este seja capaz de compreender o raciocínio do autor de determinada frase, parágrafo ou texto, tem três funções essenciais, são elas: “indicar pausas e inflexões da voz (a entonação) na leitura; separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas; esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade”. Os sinais de pontuação são de suma importância na construção de textos, pois eles tornam os parágrafos e textos coesos e coerentes, evitando causar ambiguidades. Vírgula (,) - quando usamos a vírgula estamos marcando uma pausa de pequena duração, ou seja, o raciocínio em relação à frase fica suspenso, à espera de ser completado. Seu papel é orientar o sentido de uma ideia. I. Não se pode separar os elementos essenciais de uma oração, ou seja, o sujeito do verbo, o verbo de seu complemento, o substantivo de seu adjunto, entre outros. II. A vírgula deve ser usada para isolar: • Vocativos- Ex: Prezado aluno, expedimos sua declaração. • Apostos- Ex: Nós, professores, precisamos do apoio do sindicato nessa luta. • Adjuntos adverbiais- Ex: Em julho, teremos férias coletivas. III. A vírgula deve ser usada para assinalar a supressão de uma palavra ou de um grupo de palavras: Ex: Eu estava feliz com a notícia e vocês, tristes. IV. O uso da vírgula acontece também quando: a) Há inversão de palavras (a ordem correta é: sujeito/ verbo/ complemento. Ex: Com um semblante preocupado, ele saiu. b) Há uma sequência de palavras de uma mesma classe gramatical ou de orações: Ex: A menina estava deslumbrante, radiante, cheia de vida. Chegou em casa, comeu, disparou para o trabalho. c) Termos aos quais queremos dar ênfase: Ex: Ao gerente, todos entregam os pedidos. V. Devem ser colocadas entre vírgulas: a) As expressões explicativas ou orações intercaladas: • Explicativa- Ex: O contrato será assinado pelo dono da casa, conforme a decisão do juiz, na próxima semana. • Oração intercalada- Ex: Todos participaram, como deveriam, da última reunião. Obs.: a oração intercalada pode vir também separada pelo duplo travessão e por parênteses. VI. Usa-se vírgula para indicar a elipse do verbo: Ex: O ofício foi digitado, o trabalho, manuscrito. VII.Para separar datas de topônimos: Ex: São Paulo, 15 de março de 2009. Haverá vírgula antes da conjunção E quando: • As orações têm sujeitos diferentes. Ex: O diretor solicitou, e o secretário escolar não cumpriu o pedido. • A 2a oração repetir o conceito da 1a (pleonástica). Ex: Solicitei-lhe, e solicito. • O E foi puramente enfático (polissíndeto). Ex: E suspira, e geme, e sofre, e sua. • O E tenha valor de “mas” (adversativa). Ex: Esforçou-se, e chegou por último. Ponto e vírgula (;)- Marca uma pausa maior que a da vírgula e menor que a do ponto. É utilizado para separar os itens de uma enumeração (relação) feita na vertical até o penúltimo item e para separar os considerados de uma lei ou de um decreto. O ponto e vírgula também é utilizado em trechos nos quais ocorreram muitas vírgulas, e ainda para encerrar um “tema”, e não um assunto. Ex: Cláudio solicitou dólar e euro; João, reais. Foram admitidos na escola: – Secretaria escolar: Pedro, Leandro, Cláudia; – Financeiro: Fernando, José, Felipe. Dois pontos (:)- são utilizados antes de enumerações, citações, exemplos, esclarecimentos ou explicações; antes da fala de uma personagem, nos diálogos de um texto; na invocação de correspondências, e depois de uma nota ou observação. Ex: Nosso Presidente disse: – Quando estaremos prontos para enfrentar a crise? Parênteses ( )- são utilizados depois de uma citação para indicar o nome da obra e do autor do qual ela foi extraída e para dar uma explicação a respeito de um termo citado no texto, e para incluir letra, número ou sinal (asterisco, por exemplo) no texto, indicando nota de rodapé ou nota bibliográfica. Ex: “As meninas do Leblon não olham mais para mim (eu uso óculos).” (Óculos – Herbert Vianna). Observação: Não se usa vírgula antes de parênteses. Tampouco se usa esse sinal para indicar a grafia de uma palavra errada. Aspas (" “) - São utilizadas no início e no fim de uma citação ou de um trecho/texto transcrito de uma obra; para indicar o uso proposital de um vício de linguagem; dar ênfase ou destacar uma palavra, expressão ou frase; e para indicar uma palavra estrangeira. Ex: No seu “flat”, havia um grande “playground”. Travessão (–) - É utilizado para colocar palavras, expressões ou orações em evidência; para introduzir a fala de uma personagem no diálogo; e para indicar um trajeto. Ex: Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Reticências (...)- São utilizadas para indicar suspensão ou interrupção de pensamento; para indicar hesitação, ironia, malícia ou qualquer outro sentimento que o autor não quer explicitar; para dar tempo ao leitor, a fim de que ele reflita sobre o que foi escrito na mensagem; e para indicar continuação. Ex: Falava, falava, falava... Obs.: Se as aspas abrangem todo um trecho, elas devem ser colocadas depois do ponto final desse trecho. Leitura e interpretação de texto- “ler” um texto vai além da identificação de palavras. A leitura de um texto também exige conhecimento de mundo, de gramática, de vocabulário, de tipologia textual e de linguística. Inicialmente, é necessária uma primeira leitura, a fim de identificar o assunto/ tema do qual o texto trata. Em um segundo momento, ocorre a leitura efetiva do texto, que consiste em uma atividade solitária: a leitura-descoberta. Por fim, o leitor passa às atividades de pós-leitura, nas quais o texto é relacionado à sua realidade, para que possa refletir sobre si mesmo e sobre o meio em que vive. Conceito de leitura- Leitura significa percorrer com a vista um (texto, sintagma ou palavra), interpretando-o por meio de uma relação estabelecida entre as sequências dos sinais gráficos escritos (alfabéticos, ideográficos) e os sinais linguísticos próprios de uma língua natural (fonemas, palavras, indicações gramaticais). Ler, portanto, significa perceber, adivinhar, interpretar, guiando-se por indícios mais ou menos subjetivos; decifrar o que não se revela facilmente, o que está além do literal. Também significa deduzir, guiando-se por indícios objetivos (alguma coisa não explícita, não declarada, mas indiretamente constatável); inferir. Conceito de interpretação- interpretar significa fazer inferências ou chegar à conclusão de algo, autorizada por sinais, indícios ou indicadores presentes em um texto. “Interpretar supõe acrescentar sentido, ler nas entrelinhas, preencher os vazios e, dentro dos limites de determinado material, ampliar o seu conteúdo”. No cartum, o significado da palavra escrita é reforçado pelos elementos visuais, próprios da linguagem não verbal. A separação das letras da palavra em balões distintos contribui para expressar principalmente a seguinte ideia: “dificuldade de conexão entre as pessoas”. Opções da questão: a) dificuldade de conexão entreas pessoas b) aceleração da vida na contemporaneidade c) desconhecimento das possibilidades de diálogo d) desencontro de pensamentos sobre um assunto Coesão e coerência textual- Todo texto é composto por uma macroestrutura e uma microestrutura. Expor uma informação inédita e expandir o texto. Haver uma relação entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido. Coerência textual- A macroestrutura refere-se à coerência, ou seja, à manutenção da mesma referência temática em toda a extensão do texto. Cada palavra tem seu sentido individual, porém, quando elas se relacionam, montam outro sentido. O mesmo raciocínio vale para as frases, os parágrafos e os textos. Quando existe um raciocínio entre as frases, parágrafos e ou textos o que se pode obter é um conteúdo semântico compreensível. Para que exista coerência em toda a extensão do texto tem que apresentar um ponto de vista, uma nova visão de mundo, expor uma informação inédita e expandir o texto e haver uma relação entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido. Para que ela exista, é necessário: a) Existir harmonia de sentido, de modo a não ter nada ilógico, nada desconexo; b) Haver uma relação entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido; c) Existir uma inter-relação entre as partes do texto; d) Expor uma informação nova e expandir o texto; e) Não apresentar contradições entre as ideias; f) Apresentar um ponto de vista, uma nova visão de mundo. Há diversos níveis de coerência: a) Coerência narrativa: diz respeito às partes da narrativa e à lógica existente entre essas partes. b) Coerência argumentativa: diz respeito à estrutura argumentativa e ao raciocínio argumentativo. c) Coerência figurativa: diz respeito à combinação de figuras para manifestar um dado tema. Por exemplo, dizer que tocavam uma música clássica em um baile funk. d) Coerência temporal: diz respeito às leis da sucessividade dos eventos. e) Coerência espacial: diz respeito à compatibilidade entre os enunciados, de acordo com a sua localização no espaço. Por exemplo, seria incoerente dizer que 450 pessoas estavam na sala de estar do apartamento. f) Coerência no nível de linguagem: diz respeito à compatibilidade entre os personagens e o receptor em seus respectivos níveis de linguagem. Um personagem não escolarizado, dificilmente, produziria textos no padrão culto. Coesão textual- é a parte fundamental de um texto, pois ela é um mecanismo utilizado na sintaxe que serve para relacionar as palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si, ou seja, a coesão acontece do uso de uma conjunção, de um pronome relativo e de um pronome oblíquo átono, com a intenção de tornar o texto mais compreensivo. São vários os mecanismos de coesão. • Emprego adequado de tempos e modos verbais: • Emprego adequado de pronomes, conjunções, preposições, artigos: • Emprego adequado de vocabulário (coesão lexical): Um dos expedientes de coesão mais utilizados é o lexical. Como se sabe, o léxico é o "repertório de palavras existentes em uma determinada língua". Em um texto sobre futebol, ocorre coesão lexical quando se emprega, por exemplo, "o atacante" no lugar de um jogador que exerça essa função. É óbvio que o emprego de "o atacante" só é possível se o nome do jogador em questão já tiver sido citado no texto. Tipologia textual: narração, descrição e dissertação- Narração- Quando temos uma sequência de fatos, fictícios ou não, que ocorreram com personagens em um dado local e sucessão temporal, temos o tipo textual denominado de narração. São unidades indispensáveis da narração: fato, episódio ou incidente (O quê?), personagem ou personagens envolvidos (Quem?). No entanto, ocorre a presença facultativa das seguintes circunstâncias: • Como? Modo como os fatos se desenvolvem; • Quando? Época, tempo e momento em que se deu o fato; • Por quê? Causa ou motivo do acontecimento; • Onde? Local ou locais de ocorrência; • Por isso: Resultado ou consequência. São elementos básicos que compõem a narração: • Tempo: • Espaço: • Ação: • Personagens: • Foco narrativo: • Estrutura da narração: Descrição- A descrição é o tipo de texto que “usa vários atributos que constroem uma imagem física para o leitor” Dissertação- Dissertar é defender uma tese, um ponto de vista. Para isso, são necessários argumentos. Para Pasquale e Ulisses (2008), o texto dissertativo não pretende obrigar o leitor a mudar de ponto de vista, a ideia é convencê-lo de que uma tese tem razão de ser, que o escritor tem argumentos para defender a posição que defende. Assim como o texto descritivo e o narrativo, ou dissertativo deve ser organizado, levando em conta a seguinte estrutura: tema (o assunto sobre o qual o texto será escrito), título (referência ao assunto do qual o texto trata, vem em forma de uma frase), introdução (prepara o leitor, deve estar relacionada ao que será discutido no desenvolvimento, deve ser objetivo e breve), desenvolvimento (trecho mais importante da redação, no qual são mostrados o raciocínio lógico, as deduções, a argumentação etc. É importante que seja maior que a introdução), conclusão (é a parte final da redação, em que o autor assume seus pontos de vista e apresenta uma síntese das ideias expressas no desenvolvimento). Noções gerais e conceitos de dissertação- Existem dois tipos de dissertação: a dissertação expositiva e a dissertação argumentativa. A primeira tem como objetivo expor, explicar ou interpretar ideias, e a segunda procura persuadir o leitor ou ouvinte de que determinada tese deve ser acatada. Na dissertação argumentativa, além disso, tentamos, explicitamente, formar a opinião do leitor ou ouvinte, procurando persuadi-lo de que a razão está conosco. Na dissertação expositiva, podemos explanar sobre o assunto sem combater as ideias das quais discordamos. A importância do uso das estratégias de leitura para o secretário escolar- alguns pontos são importantes para que aconteça a eficiência na hora da leitura. 1. Como é seu procedimento de leitura? 2. Como escolher suas leituras? [...] 4. Quando vai a um espetáculo (teatro, show, cinema), costuma observar a conversa dos outros como se fosse um texto? [...] 8. Quando vê jornal na televisão ou ouve no rádio, presta atenção em quem fala? Presta atenção em seus colegas quando falam? Como é sua atenção? 9. Se as pessoas utilizam uma palavra que não conhecem, qual seu procedimento? Se em sua leitura, vê uma palavra que não sabe o que significa, procura no dicionário o seu significado? [...] 18. Você tem o costume de anotar trechos interessantes de sua leitura? Faz sublinhar? Como é sua sublinha: indiscriminada ou parcimoniosa? Acha tudo importante? Resumo- É a apresentação concisa e, frequentemente, seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais ideias do autor da obra. Resenha- Depois de ler vários assuntos sobre resenha, tentando buscar a melhor e a mais simples forma de definir e explicar o método de escrever resenhas, descobri, no blog de Fernando Nogueira da Costa, estes quatro passos para escrever uma resenha: Primeiro: contextualiza o livro dentro de algum debate, mostrando qual é o “estado-da-arte”; Segundo: resuma o que diz o(s) autor(es) com suas próprias palavras, sem nenhum adjetivo; Terceiro: confronto a segunda parte com a primeira, isto é, mostre como o autor avançou em relação ao debate; Quarto e último: conclua fazendo uma análise sobre o que poderia ter avançado e não avançou, ou seja, apresentando sua (autor da resenha) contribuição original ao debate. A resenha um resumo crítico. O resumo crítico poderá ser feito com mais abrangência sobre o assunto, permite comentários. Estrutura- A resenha deve ser escrita em terceira pessoa, implicando em certa neutralidade, o que é limitado, porque na seleção e na organização do texto jáexiste a intenção de quem escreve. Elementos de identificação- Uma resenha deve conter os seguintes elementos: • Autor; • Título; • Local da publicação; • Editora; • Data; • Edição; • Tamanho; • Autoria; • Resumo; • Tipo de Livro; • Bibliografia; e • Apreciação. Os tipos de resenhas existentes- resenha crítica, resenha temática e resenha descritiva. Na resenha acadêmica crítica, os oito passos formam um guia ideal para uma produção completa. 1. Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar; 2. Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado; 3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, sobre o número de páginas do texto completo em capítulos e em seções; 4. Descreva o conteúdo: agora sim, utilize de três a cinco parágrafos para resumir claramente o texto resenhado; 5. Análise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar a sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou, até mesmo, utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de três parágrafos para isso, porém não há limite estabelecido. Dê liberdade ao seu senso crítico. 6. Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (no caso de ser útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc. 7. Identifique o autor: cuidado, pois aqui você vai dizer quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha, no caso, você. Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador. 8. Assine e identifique-se: agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo. Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião do resenhista. Na resenha temática, você vai falar de vários textos que tenham o assunto (tema) em comum. Os passos são mais simples: 1. Apresente o tema: diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados na resenha e qual o motivo que fez você escolher esse assunto; 2. Resuma os textos: utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto; 3. Conclua: você acabou de explicar cada um dos textos, agora é a sua vez de opinar e tentar chegar à conclusão sobre o tema tratado; 4. Mostre as fontes: coloque as referências bibliográficas de cada um dos textos que você usou; 5. Assine e identifique-se: coloque seu nome e uma breve descrição. Diferença entre Resumo e Resenha- Uma resenha deve ser feita com base em algo que você leu, e na qual você pode colocar suas opiniões próprias de forma crítica. Já o resumo nada mais é do que a diminuição de um texto ou de algum assunto abordado, nunca perdendo o foco do assunto principal. Fichamento- é um dos instrumentos de estudo que consiste no ato de registrar os escritos de um livro e/ou um texto, a fim de tornar mais fácil o entendimento do mesmo posteriormente. Um dos objetivos do fichamento é dar possibilidades ao estudante de ter maior facilidade na assimilação do conhecimento, além de também facilitar a execução dos trabalhos acadêmicos, ou seja, dar oportunidade de o aluno retornar com rapidez a leitura nos pontos chaves da mesma. A estrutura do fichamento é feita da seguinte forma: cabeçalho, indicando o assunto e a referência da obra, ou seja, a autoria, o título, o local de publicação, a editora e o ano da publicação. Os três tipos básicos de fichamentos são: o fichamento de citações, o fichamento de resumo ou conteúdo e o fichamento bibliográfico. Redação técnica e seus conceitos- quando se fala em redação técnica sua principal característica é ser um tipo de texto regido por princípios de objetividade e de obediência ao que diz respeito à norma gramatical. O campo de utilização dessa modalidade de linguagem abrange artigos e teses científicas, e redação comercial ou administrativa. Consideram-se expressões clichês, cabíveis de rejeição total: • Agradecemos-lhe antecipadamente; • Ansiosamente, aguardamos resposta; • Pedimos-lhe, bondosamente, que nos responda às perguntas formuladas; • Pela presente, acusamos; • Lamentamos informar; • No devido tempo; • Rogamos notificar-nos quando do recebimento desta; • Rogamos acusar recebimento; • Permita-me dizer; e • Serve esta para inteirá-lo. Os princípios utilizados na linguagem técnica são a clareza, a concisão (frases despojadas de adjetivação e advérbios), a precisão e o tratamento (pronomes). Formalmente, a redação técnica ainda se preocupa com a estética, englobando elementos como margens, parágrafos, espaço interlinear, espaço entre parágrafos e divisão do texto em tópicos e capítulos. Texto literário e texto empresarial- O texto literário trabalha mais as funções emotivas e poéticas, enquanto que o texto empresarial trabalha as funções referenciais e apelativas, utilizam linguagem culta, porém com variantes diferentes. O nível culto, cujo vocabulário é diferenciado e rico, possui sintaxe complexa e respeita as normas gramaticais. O texto empresarial e suas características- parece desejável que o redator seja exigente quanto ao excesso de palavras. Por isso, devemos restringir a redação ao seu essencial, por exemplo, prefira as expressões da direita, apresentadas a seguir: • Acusamos o recebimento: recebemos; • Anteriormente citado: citado; • Segue em anexo a esta: anexamos; • Sua correspondência, datada de: sua carta de; • Melhor usar o índice da carta: sua carta de – 190-98; • Será prontamente atendido: será atendido; • Na expectativa de: esperamos; • Um cheque nominal no valor de: um cheque de; • No decorrer do ano em curso: durante 2012; e • O corrente mês de julho: neste mês. A correspondência empresarial moderna e o secretário escolar- As mudanças mais importantes nos documentos empresariais relacionam-se ao estilo da linguagem e à disposição dos elementos. Vejam alguns exemplos a seguir: • Década de 60 Estilo: prolixo – uso e abuso de vocabulário mais sofisticado, clichês, subterfúgios. Disposição dos elementos: denteado – com espaços na margem esquerda e na abertura dos parágrafos. • Década de 90 Estilo: objetivo – apresentação das informações necessárias com clareza. Disposição dos elementos: bloco – uma única margem vertical do lado esquerdo. O Diário Oficial da União como importante ferramenta de uso do secretário escolar- Entre os vários usos da redação empresarial, um deles pode ser desenvolvido dentro do Diário Oficial da União. O Diário Oficial também pode ser chamado de um edital no qual se faz presente todos os assuntos oficiais registrados e publicados. A padronização da correspondência oficial O ofício é uma espécie de correspondência oficial que deve ser usada por autoridades públicas ou privadas, com o intuito de tratar assuntos ou serviços de interesse administrativo. Memorando ou comunicação interna- O memorando é um aviso por escrito de caráter interno e administrativo, uma vez que estabelece a comunicação entre as unidades, departamentos ou setores de uma mesma empresa, instituição, órgão, podendo se encontrar, hierarquicamente, em níveis diferentes ou semelhantes. Finalidades: Complementar uma correspondência anteriormente enviada, expor projetos e ideias, apresentar novas diretrizes, dentre outras. Características: É uma carta de tramitação rápida, simples e eficaz, sem se prender a burocracias iminentes. Linguagem: Formal, com discurso claro, objetivo e preciso. Estrutura: Timbre – Identificao setor ou unidade da instituição que expede o documento. Compõe-se juntamente à logomarca ou ao selo do órgão. Índice – Tipo de memorando, seguido da sigla da unidade expedidora e do número sequencial do documento. Data – Tradicionalmente, a data era disposta na mesma linha do índice, com alinhamento à direita. O uso do computador, porém, tornou essa disposição um procedimento mais demorado. Colocar a data na linha abaixo simplifica a tarefa. Destinatário – Identifica a unidade ou setor da instituição para a qual se dirige o documento. Assunto – Corresponde à matéria de que trata o memorando. Vocativo – Invoca o destinatário e é seguido de vírgula. Comunicação – É o conteúdo do memorando. Deve-se evitar, por serem desnecessárias, linhas em branco entre os parágrafos, que devem ser numerados a partir do segundo. Deve-se sempre mencionar, de forma clara, o assunto do documento. Fecho – Consiste no arremate da comunicação, com a saudação do destinatário. As expressões consagradas para o fechamento dos memorandos são “Respeitosamente” (para autoridades de hierarquia superior) e “Atenciosamente” (para autoridades de mesma ou inferior hierarquia). Assinatura – É o campo formado do conjunto assinatura, nome e cargo do emitente. Tipos de memorandos • Sintético: para comunicações mais rotineiras, elaborado em meia folha de papel A4, já impresso. • Extenso: para esclarecimentos e informações mais detalhadas. Circular informativa- A circular pode ser chamada de carta, e-mail, manifesto ou ofício. Ela é elaborada para vários destinatários de uma vez só, com textos idênticos. Seu conteúdo trata sobre instruções, ordens ou recomendações, no intuito de realizar determinada tarefa ou serviço. E-mail comercial- Ao se redigir um e-mail comercial, devemos levar em consideração todos os aspectos utilizados em uma carta comercial, inclusive os aspectos estruturais. Deve haver clareza, simplicidade, coerência e coesão entre as ideias.
Compartilhar