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Idealismo alemão

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Idealismo alemão
É uma corrente filosófica que surgiu na Alemanha, principalmente através do trabalho de Immanuel Kant
Tudo se iniciou om Immanuel Kant, que trouxe todos os problemas do Idealismo Alemão posteriormente veio Ficht que continua os estudos indo para o lado mais naturalista do conhecimento ontológico do idealismo alemão. Em seguida temos Schelling e Hegel, que pode ser considerado um dos últimos Idealistas Alemães.
Hegel influenciou muito a posteridade, como Cal marx e outros pensadores do século XX Immanuel Kant também teve muita influência após esse movimento.
Até hoje não se a conclusão de tudo que os autores começaram. 
O idealismo alemão tem como principal característica a desconfiança e o ceticismo, em relação a um Cânone moderno, ou seja, conjunto de preceitos inquestionáveis, a modernidade construí alguns canos filosóficos, como o racionalismo, a crença no potencial emancipatório da razão. O cânone iluminista, ele se divide em duas partes, definindo a razão como atributo inerente ao humano, nos humanos somos inerentes racionais, trazendo o conceito Homo sapiens sendo uma categoria filosófica, segundo o humano seria naturalmente racionalista e isso o distingue dos outros animais do mundo biológico, a cânone de iluminista seria nossa característica intrínseca e elementar e aquilo que nos faz caminhar, rumo ao progresso.
Iluminista franceses eram muito otimistas a marcha evolutiva, marcado por metafisica racionalista, de que a razão é que movimenta é a grande potência que move o processo histórico. Ou seja, a história, caminharia sempre no sentido da evolução do progresso.
Revolução cartesiana e terminou na metafisica iluminista francesa.
O ceticismo humeano.
Espirito (inteligência)
Natureza (objeto)
Não existiria um pensamento puro completamente apartado do mundo natural. 
Segundo Alexi de Tocqueville que testemunhou no século XIX, o sentimento moderno de ruptura, que embora na revolução que se opera no estado social nas leis nas ideias e nos sentimentos dos homens esteja bem longe de terminar, já não se poderia comparar suas obras com nada do que foi visto anteriormente no mundo.
“Remonto de século em século até a antiguidade mais remota: não percebo nada que se pareça com o que está diante dos meus olhos. Como o passado não ilumina mais o futuro, o espirito caminha em meio as trevas” (TOCQUEVILLE; 2005 p. 399) 
Embora muitos pensadores eram otimistas com relação as transformações modernas
Tocqueville não tinha esse sentimento, pelo contrário o mesmo apresentava um tom melancólico perante a modernidade. 
No século XVIII e XIX, os iluministas reunião muita motivação e esperança perante a realização do progresso da humanidade na razão e na ciência. Entre esses otimistas estava, Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat o marquês de Condorcet.
Condorcet dizia que nos, vivemos uma era única na história humana, uma era de progresso, de avanço, de império da razão. A esperança quanto a condição futura da espécie humana podem ser reduzir a estes três pontos importantes: a destruição da desigualdade entre as nações; os progressos da igualdade num mesmo povo; e finalmentes o aperfeiçoamento real do homem. 
A revolução industrial trouxe novidades técnicas que potencializaram a capacidade de produção a níveis nunca vistos, tecnologia no transporte, a comunicação que ficou mais fácil, podendo encurtar a distância, e com a colonização da America fica mais visível as luzes da razão. A revolução medica trouxe consigo uma perspectiva de vida e qualidade de vida maior. 
Porem o ambiente cultural otimista encontrou também seus críticos que desconfiavam do potencial emancipatório da razão. Entre esses destaca-se o filosofo britânico David Hume (1711-1786).
Em grande medida o idealismo alemão foi inspirado no ceticismo de Hume.
Robert Fogelin define o ceticismo da seguinte forma:
“Um cético filosófico lida com argumentos e, em particular, os argumentos que põem em questão os supostos fundamentos para algum sistema de crenças. O sistema de crenças pode ser mais ou menos amplo, e a forma do desafio cético pode variar de acordo com o assunto.”
O ceticismo de Hume tem como base o culto da razão, tendo como objeto o sistema de crenças iluminista. Hume tinha como projeto filosófico denunciar a ausência de fundamentos
racionais na crença iluminista, defendendo que essa crença não deve ser seguida. Suas críticas não se limitam na filosofia pura, mas como também tinha o interesse político enfraquecer o pensamento iluminista junto ao senso comum. 
“Tanto a vida comum como na pratica cientifica, é preciso limitar nossas investigações a nossas faculdades limitadas e, nessas investigações modestas, sempre se devem ajudar nossas crenças e probabilidades com bases na experiencia.” Hume
Revolução cartesiana
A revolução cartesiana vinha se estruturando na Europa desde o século XVI. Entre essas revoluções alguns aspectos se destacam:
- Cognição Humana: Essa mudança implodiu o preceito epistemológico medieval segundo o qual o conhecimento humano era sempre incompleto e lacunar, cabendo apenas a Deus o conhecimento total e perfeito. A modernidade cartesiana/ iluminista acabou com a limitação preliminar que a episteme medieval impunha a cognição humana.
- Insuficiência metodológica: a partir de agora, qualquer eventual incapacidade de conhecimento se justifica pela insuficiência metodológica, e não pelo mistério divino. Hume confronta exatamente essa ambição cognitiva iluminista. Seu ceticismo, portanto, assume a forma de uma advertência que destaca os limites cognitivos humanos.
- Ceticismo humano: Ao negar certeza iluminista, Hume não está negando completamente a possibilidade de conhecimento. Ele chama a atenção para o fato de que todo conhecimento possui uma dimensão e probabilidade, pois a própria inteligência humana é incapaz de alcançar o conhecimento perfeitamente verdadeiro. Kant se apropriou do ceticismo humano para formular as bases da corrente de pensamento que seria conhecida como idealismo alemão
Immanuel Kant
Kant tinha como principal característica de pensamento filosófico a abstração, que por muitas vezes dificulta a compreensão. Kant teve como base filosófica os conceitos do ceticismo de Hume, construindo novas estruturaras que posteriormente influencia diversos autores, passando a ser reconhecidos como representantes do idealismo alemão. No tratado os prolegômenos a toda metafisica futura, publicado em 1833, Kant vê o conceito humano de “causa” como um “bastardo da imaginação”, como filho ilegítimo da cognição moderna, que na contramão das inclinações metafisicas. Tão caras ao iluminismo, apelou para a experiencia como instancia mediadora do conhecimento. Ao fazê-lo, Hume, segundo Kant, apresentou colaboração imprescindível para o mesmo pensamento moderno, apresentando uma espécie de regulação capaz de mitigar os exageros da imaginação metafisica, demonstrando que a razão não pode pensar a priori a partir de conceitos de relação causa e efeito. “Hume demonstrou de forma irrefutável, e ousada, que a razão não opera de maneira completamente independente das circunstâncias, interrompendo, assim o dogmatismo inerte e dando uma direção completamente diferente as minhas pesquisas de campo da filosofia especulativa. (Kant).
Para Kant, Hume abriu caminhos com ao questionar o procedimento dedutivo do iluminismo Frances, facilitando assim que suas deduções, ou seja, plano da imaginação ou da metafisica pura, a ponto de aplica-la ao mundo fenomênico, ao plano das coisas concretas. Para Kant o iluminismo francês é dedutivo e por isso é frágil, já o indutivo, opera de forma contraria. O plano fenomênico, somente é possível teorizar de um cuidadoso exame de realidade concreta. Não se trata de negar a elaboração metafisica, mas condiciona-la a experiencia, não a considerando um fim em si, como exercício de pura especulação. Esse é o fio central da filosofia de Kant. 
Segundo visto no texto o que Kant discorda de Hume é a questão do conceito de “causa”. Segundo Kant, Hume possui uma relação um tanto ingênua e de fetichecom a experiencia, como se ela pudesse se dar em estado puro, involuntariamente de qualquer elaboração conceitual prévia.
“Perde-se-ia completamente o tal conceito de causa, se quisesse deriva-lo, como Hume o fez, de uma frequente associação daquilo que acontece com aquilo que o antecede e do habito daí, decorrente de conectar representações. Ao invés disso, o mais correto seria formular um conceito a priori capaz de iluminar as experiencias, não necessariamente enquadrando-as em uma rigidez conceitual metafisica, mas ciente da artificialidade cognitiva da elaboração intelectual, trata o conceito com via essencial e irremediável de acesso a experiencia.
Kant tinha como propósito encontrar o meio termo da razão pura do iluminismo francês e a ortodoxia empirista humeana, entre a pura abstração e a total rejeição da teorização, que se tornou o fio condutor da tradição de pensamentos que hoje chamamos de iluminismo alemão.
Lembrando que Kant se apropriou do ceticismo de Hume ao afirmar que a experiencia é o ponto de partida para a produção de todo conhecimento. Sendo assim não existe um estado racional puro, imune a qualquer influência ordinária no qual o sujeito cognoscente pudesse se inserir para pensar a realidade idealmente. O que existe para Kant, são homens no mundo representando a si mesmo nos seus esforços de representação da realidade. Ou seja, para Kant o sujeito se constrói como sujeito de conhecimento ao logo de sua vida, sensibilizando pelas experiencias que marcam sua trajetória. Ao produzir conhecimento, o sujeito representa a realidade observada e o repertorio de experiencias que o constitui. O conhecimento então é duplamente representacional. 
O sujeito Kantiano é resultado do acumulo de experiencias.
O conhecimento produzido significa é representa a realidade analisada e o sujeito entendido como subjetividade formada por um amplo repertorio de experiencias. São essas experiencias que formam a ideia através da qual o sujeito se debruça sobre a realidade.
Johann Fichte
Nasceu em Rammenau, sendo trinta anos mais jovem que Kant. 
O pensamento dos filósofos moderno esta, a cerca de compreender as condições humanas e suas subjetividades e conhecimento da realidade. Porem esses filósofos não tratam a subjetividade como ponto de partida para o conhecimento, mas se preocupam com seus dispositivos próprios, como suas estruturas internas. Com perguntas como: Como se constrói o sujeito do conhecimento? Como o sujeito do conhecimento tenta conhecer a realidade? 
Como esse questionamento os filósofos modernos apresentam diversas possibilidades de solução para o problema.
Fichte assim como Kant fez com Hume se apropria parcialmente da elaboração Kantiana. O conceito de estado e ação é fundamental na teoria fichteana, negando também o idealismo puro do iluminismo francês, que supõe a existência de ideias desencarnadas sem sujeito.
O sujeito fichteano é o resultado da ação epistemológica original, no momento em que o sujeito, conscientemente, transforma-se me sujeito de conhecimento.
Para Fichte o conhecimento só é afetado pelas experiencias vividas durante a racionalização epistêmica. Ou seja, não importa as escolas onde os filósofos estudaram, seu ambiente familiar, suas viagens, suas emoções de infância e sua juventude. Importa apenas o momento em que ele descobriu-se como filosofo, debruça-se sobre determinada realidade. É nesse momento que Fichte chama de “estado de ação”, quando o sujeito toma conhecimento de sua tomada de posição como sujeito do conhecimento.
Tanto Kant quanto Fichter, rejeitam a metafisica pura, que supõe a possibilidade de ideias autônomas, desencarnadas, para eles uma ideia somente existe a partir da ação subjetiva.
Schelling
Filosofia da Natureza e religião.
Diferente de Fichte e Kant que estavam preocupados com a subjetividade cognoscente, Schelling se preocupa com o objeto dessa subjetividade, chamada de “natureza”. Ele tinha como projeto essa divisão de natureza e espirito, ditava por Descartes. Os pensadores cartesianos separavam o sujeito e objeto, espirito e natureza, para eles a natureza, o objeto é sempre passivo, para Descartes não existia a possibilidade da natureza se deixar explorar. Porém Schelling discordava, dizendo que o objeto e natureza não faz outra coisa a não ser se deixar explorar.
Lembrando que para Schelling o termo natureza não designa necessariamente de floresta, mares, fauna e flora, mas sim a realidade que se torna algo da intervenção filosófica.
Para Schelling natureza e espirito sujeito e objeto são inseparáveis. Pois ao tentar entender a realidade o sujeito já está sob a ação da própria realidade. A realidade para ele é a potencializadora da vida, autoridade reguladora de toda possibilidade de conhecimento. Por isso a pretensão cognoscente descolada da natureza seria não apenas pretenciosa, mas tola. Para ele o pensamento cartesiano foi a primeira decadência moral da humanidade, pois para ele é impossível separar radicalmente espirito (sujeito cognoscente) e a natureza (objeto), tornando a natureza objeto de ser livremente manipulado pelo espirito. A natureza seria a não razão, a total ausência de sentido, enquanto o espirito seria o monopolizados da razão.
Para a dimensão teológica na filosófica “natureza” no limite de Deus, porém para Schelling a divindade panteísta segundo a qual Deus está presente em todas as coisas.
Para ele a forma inata da manifestação de DEUS no mundo é a natureza, que é independente da consciência humana, sendo a inteligência humana fica livre quando toma consciência da presença de Deus em todas as coisas., é exatamente a comunhão com a presença do divina que permite o homem, conhecer as coisas do mundo. As religiões seriam as formas através das quais os homens tentam tomar consciência de DEUS em todas as coisas.
Diferente de Kant e Fichte que utilizam-se, da metafisica para a construção do seu conhecimento através do sujeito. Schelling destaca a racionalidade intrínseca ao objeto (natureza).
Friedrich Hegel
A fenomenologia do espirito e a filosofia do direito..
Considerado como o pensado filosófico que melhor sistematizou as diretrizes da forma de pensamento do Idealismo alemão 
Na busca de tenta entender como se dá a relação do espirito com a natureza Hegel encontra algumas respostas:
Tese :a tese em que o sujeito cognoscente experimenta a natureza e faz uma afirmação e não apenas o observa como diz a filosofia cartesiana.
Antítese: a própria realidade reage, ela não é passiva.
Síntese: No terceiro momento o espirito, o sujeito cognoscente, responde a reação, adaptando sua tese ao contraditório natural.
O processo cognitivo, é a relação entre sujeito e objeto, entre espirito e natureza.
Idealismo alemão
O idealismo alemão feito por Kant, Fichte, Schelling e Hegel não era exatamente uma corrente de pensadores filosóficos, mas ela veio justamente para responder as questões pendentes postas pela modernidade cartesiana / iluminista.
Niilismo
Conceito de niilismo: é um conceito filosófico que remete a formulação do mundo contemporâneo que busca intensamente romper com a naturalização de valores tidos como componentes do ser (valores morais), das verdades do mundo, dos exercícios de verdade. Niilismo é o exercício do nada, da marcha para o abismo, não é a toa vinculado ao pessimismo.
Arthur Schopenhauer
Ele nega o iluminismo, criando a filosofia com categorias como vontade e representação. Para ele ao tentar conhecer qualquer aspecto da realidade o sujeito do conhecimento sempre leva consigo suas próprias apresentações. Para ele todo conhecimento é o resultado das representações internalizadas no sujeito, representações que traduzem, antes de qualquer coisa, suas vontades inconscientes. A ciência e a razão tão louvada nos pensamentos iluminista, nada mais seriam que projeções de vontade, dos desejos humanos mais instintivos.
Os iluministas acreditavam que o homem possuía somente a razão pura, atribuindo sua essência aos homens sapiens. Porem para Schopenhauer o ser humano é naturalmente um ser dominante, movido porvontades pré-racionais, para ele se o ser humano não tivesse nenhum esforço e trabalho, a humanidade já teria sido suspensa com esse mundo ideal. Nesse mundo hipotético o humano não desejaria pois só desejamos aquilo que não temos, e quanto mais longe de nos está o objeto de desejo, mais desejado ele é, uma vez conquistado o objeto de desejo, a vontade não é saciada, pois o desejo já produz outro objeto para si. “O desejo por sua natureza já é dor: sua realização traz rapidamente a saciedade; a posse mata todo o encanto; o desejo ou a necessidade de novo se apresentam sob nova forma: senão, é o nada, é o vazio; é o tedio que chega. Se nos matássemos toda a nossa vontade, nosso destino seria inevitavelmente o tedio. Eis a condição trágica da vida humana. (Schopenhauer)
O ser humano é movido irracionalmente por suas vontades e quando conquista o objeto de desejo passa a desejar o que não tem., sendo assim o ser humano não é vocacionado a felicidade, afastando-se no otimismo iluminista. Porém o niilismo do autor admite a possibilidade de compensação para o dilema humano da felicidade impossível. Sendo que a compensação está na arte, na experiencia estética, na música.
Ao defender a ideia de que o humano não é um ser unificado e racional, mas fragmentado, passional e movido pelos instintos pré-racionais da vontade a filosofia de Schopenhauer lançou uma pista que seria seguida pelos fundadores da psicologia clínica, sendo fundamental para os estudos psicanalíticos de Freud.
Friedrich Nietzsche
Ficou conhecido pelo seu pensamento revolucionário, com críticas contundentes em relação a filosofia anterior. Porém ao analisar cuidadosamente seus textos é possível notar certos pensamentos do idealismo alemã, apesar de suas grandes críticas a respeito de Kant e Hegel. Pode-se dizer que antes o Idealismos alemão era considerados como uma corrente de resposta ao idealismo francês, porém com a chega de Nietzsche o que era considerado somente como resposta virou um pensamento.
Para Nietzsche não há uma, verdade intrínseca, pois a verdade seria tão fantasiosa como qualquer divindade, já que esse conhecimento dessa verdade não passa de uma crença similar a qualquer crença religiosa. “Toda verdade de saber é impulsionada por uma vontade de poder sobre a qual o espirito não tem controle, não tendo sequer ciência. O espirito deseja saber porque deseja poder, a pulsão demiúrgica do conhecimento não tem nenhuma relação com a curiosidade, ou com método, tal como prometeram os primeiros modernos. Tem relação com vontade de dominação. Todo conhecimento é também ato de violência.” (NIETZCHE).
Nietzsche fez críticas a todos os possíveis filósofos, incluindo o idealismo alemã., porém seu conceito com relação da negação da possibilidade de conhecimento de uma verdade substancial a partir da afirmação de presença de um filtro cognitivo que transforma todo conhecimento em manifestação de conceitos previamente elaborados pelo sujeito cognoscente, por exemplo, já pode ser encontrada na leitura que Kant fez de Hume.
Todo conhecimento é mediado por experiencias que se materializam na carne no corpo. Esse chamado ao corpo aponta para o projeto nietzscheano do observador cartesiano universal, incorpóreo.
Nietzsche não somente replica o idealismo alemão, ele radicaliza a tal ponto que se torna critico desse mesmo idealismo alemão. Ao criticarem a metafisica idealista, os idealistas alemães não negaram a possibilidade do conhecimento em dar conta de uma realidade substantiva. O Binômio razão versus verdade que funda o racionalismo ocidental foi resguardado.
Kant = criticou a ortodoxia empirista de Hume ao defender a capacidade da razão subjetiva em conhecer a verdade substantiva através da mediação conceitual.
Nietzsche critica Kant exatamente porque nega a existência de uma verdade substantiva. Ao radicalizar a crítica dos idealistas alemães ao pensamento cartesiano/iluminista, Nietzsche acaba se voltando contra o próprio idealismo alemão, estabelecendo com essa tradição uma relação ambígua: ao mesmo tempo herdeiro e crítico.
Ecos do idealismo Alemão na literatura de Franz Kafka
O idealismo alemão foi marcado pelo pessimismo com o qual encara as promessas epistemológicas e politicas feitas pela modernidade cartesiano iluminista: conhecimento puro e regrado mitologicamente, a afirmação da ciência e da razão como vetores do progresso e da felicidade humana.
O período do idealismo alemão ficou conhecido por volta do século XIX e XX como “Idealismo pós-kantiano.
Kant inspirou diversos autores, entre eles “Franz Kafka” auto do A metamorfose (1915), O processo (1925) e O castelo (1935).
Franz Kafka ficou mais conhecido após a segunda guerra mundial. 
Em seu livro metamorfose, Franz conta a estória de um homem chamado Gregor cuja vida era comum juntamente com sua família, até o momento em que ele e sua família se transformam e um inseto nojento. Com essa obra Kafka, quis destacar que a modernidade trouxe consigo uma transformação, novas técnicas, e que tudo está em constante mudança e com o isso o homem “Gregor” de seu livro sofre uma mudança em sua vida, que de fato já não era tão perfeita e com necessidades materiais e com a metamorfose ele e sua família se tornam insetos assim tonando as coisas ainda pior. 
Kafka falava muito da melancolia, sugerindo que esse movimento de transformações, sempre caminha no sentido trágico do oposto a felicidade. 
Em sua obra o processo Kafka relara a história de um homem que foi processado, e preso o dia de seu aniversário, porem nem ele mesmo sabe que o processou, nessa literatura Franz debate muito sobre a questão complexa e burocrática do estado moderno, e suas dificuldades para tentar resolver e descobrir quem o processou e qual o motivo de tal situação.
Em sua obra o castelo, o enredo é bem simular ao anterior. O Protagonista K colocado pelo autor com somente essa inicial, pois para ele o indivíduo moderno era caracterizado somente por uma letra, nessa estória K foi contratado para medir as terras do castelo, porém não saber como obter informações sobre sua contratação, vai a diversos departamentos, pede informações para diversos funcionários porem as informações são truncadas, e com isso vem o sentimento de angustia.
Kafka não era filosofo, ele criava literaturas, com personagens fictício e situações fantasiosas. Porém suas estórias tinham significado, com sua forma de ver e perceber o mundo.
O idealismo alemão é uma certa forma de ver a realidade, de interpretar a modernidade que começou a ganhar corpo na cena intelectual germânica no final do século XVII, sobreviveu ao século XIX e se fortaleceu ao logo do século XX.
Sigmund Freud
Além de ser o criado da psicanalise Freud também apresentou uma interpretação da tradição ocidental, influenciado pelo idealismo alemã. Seu confronto da ontologia cartesiana/ iluminista que definia a capacidade racional intrínseca (homo sapiens). Freud definia o home através de irracionalidade de sua consciência, portanto ele definia o homem por aquilo que é, mas não tem consciências, por suas pulsões desejos(id), disciplinados reprimidos pela consciência e pelo superego.
Para Freud as doenças mentais não eram patológicas, mas sim resultados de repressão e desejos e afetos, e a terapia tem como característica trazer para a consciência tudo aquilo que está no inconsciente, para que o analisando consiga lidar melhor com seus desejos, traumas e frustações.
Inspirados em Schopenhauer, Freud acreditava que a revolução industrial não traria para o homem mais felicidade, mas sim frustação e mal-estar, pois a civilização industrial aprimorou as práticas de controle do pensamento e do desejo, transformando o superego em potência ainda mais censora e geradora de neurose. Ou seja, tudo isso acontece por que o homem para vive em sociedade precisa ter controle de seus impulsos ativando assim o Ego e com isso seus desejos ficam reprimidos, assim o superego é a razão entendida como consciência.
Para a tradição racionalista, que deita suas raízes nos gregos, a razão é a natureza humana.Para a modernidade cartesiana/iluminista, a razão é natureza humana e vocação para o progresso e para a felicidade. Para Freud, a razão é uma invenção da civilização. Mais do que isso: é o preço a ser pago pela civilização, fardo pesado, causa primeira de doenças da mente.
O homem moderno pintado por Freud está longe de ser aquele projetado pela imaginação iluminista. É melancólico, angustiado, carrega sobre os ombros o fardo de uma racionalidade que, ao invés de ser emancipatória, é policialesca. Porém, Freud não abre mão totalmente da possibilidade de emancipação pela razão, não chegando ao limite de um niilismo radical. Freud quis fazer da psicanálise uma ciência natural.
O homem moderno freudiano, angustiado, tem uma chance de libertação: a terapia, a intervenção psicanalítica, em que o médico o ajuda a tomar consciência do recalque, a lançar luz sobre aquilo que estava nas sombras, perdido no id, no mundo da inconsciência. Essa é a felicidade possível para Freud: a libertação terapêutica, que é bastante diferente da apoteose coletiva tão alardeada pelo pensamento iluminista.

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